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RESUMO PÚBLICO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA NP 4406:2005

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RESUMO PÚBLICO DO

RELATÓRIO DE AUDITORIA NP 4406:2005

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ORGANIZAÇÃO: Associação para a Certificação Florestal do Tâmega

Nº RELATÓRIO: F2009.001 / 2

INTRODUÇÃO:

Este resumo público do processo de certificação foi elaborado pela APCER sendo relativo ao processo de certificação da Unidade de Gestão Florestal “Tâmega”, gerido pela Associação para a Certificação Florestal do Tâmega (ACFT), entidade gestora para o nível de certificação regional. O conteúdo deste relatório é público, tal como requerido pelo PEFC Portugal, mas a sua reprodução é proibida sem o expresso consentimento da ACFT. Para poder ser certificada segundo a NP 4406:2005, uma entidade deve submeter-se a uma avaliação independente. Esta avaliação envolve uma auditoria à gestão de áreas florestais específicas (denominadas Unidades de Gestão Florestal – UGF) e às entidades gestoras, para analisar a sustentabilidade da gestão dos recursos florestais.

A APCER está acreditada pelo IPAC para efectuar certificação de Sistemas de Gestão Florestal Sustentável (SGFS) segundo a norma NP 4406:2005. As organizações certificadas segundo esta norma por organismos de certificação acreditados podem usar a marca e logótipos PEFC. Para mais informação sobre a certificação em gestão florestal sustentável PEFC segundo esta norma, pode ser consultado o site do PEFC Portugal (www.pefc-portugal.cffp.pt).

Este resumo público contém informação geral sobre a ACFT e a UGF “Tâmega”, uma descrição do processo de avaliação, dos resultados da auditoria e da decisão de certificação. É disponibilizado no site do PEFC Portugal (www.pefc-portugal.cffp.pt) e da APCER (www.apcer.pt) num prazo de 7 dias após a decisão de certificação e/ou renovação.

AUDITORIA DE CONCESSÃO DATAS DA AUDITORIA: 21 Setembro 2009 e 3 e 4 de

Dezembro 2009

ÂMBITO DA CERTIFICAÇÃO

Produção de lenho de espécies florestais diversas e de cortiça na área sob gestão da Associação para a Certificação Florestal do Tâmega.

Nível de aplicação regional.

NÍVEL DE APLICAÇÃO

Certificação Regional

EQUIPA AUDITORA:

Ana Dahlin (Eng.ª Florestal, Auditor Coordenador) Carla Leite (em Treino)

Pessoa de contacto: nome, morada, telefone, fax e e-mail):

Professor Américo Manuel dos Santos Carvalho Mendes

Rua António Araújo Valente Nº 75, Tuias, 4630 – 236 Marco de Canaveses Tel 255 523 556, fax255 523 556, email acftamega@gmail.com

Produtos (espécies e produtos): Lenho de todas as espécies florestais presentes na área dos aderentes e cortiça. Descrição do ponto de venda: Em pé ou em carregadouro

Nome da UGF e respectiva localização:

Área gerida pela Associação para a Certificação Florestal do Tâmega, NUT III do Tâmega

Área total da(s) UGF(s) no âmbito (hectares):

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ORGANIZAÇÃO: Associação para a Certificação Florestal do Tâmega

Nº RELATÓRIO: F2009.001 / 2

ENQUADRAMENTO GENÉRICO DA ORGANIZAÇÃO:

A Unidade de Gestão Florestal (UGF) Tâmega integra actualmente 25 aderentes (ver lista anexa com aderentes), cujas 51 parcelas dispersas ocupam cerca de 215ha na NUT III Tâmega, compostos essencialmente por pinheiro bravo, resinosas e folhosas diversas, como sejam o carvalho americano e o castanheiro. A entidade promotora é a Associação para a Certificação Florestal do Tâmega (ACFT), associação sem fins lucrativos constituída com o objectivo exclusivo de promover a certificação regional. A UGF equivale à NUT III Tâmega, que compreende 199 000ha, e difere da área de intervenção do PROF Tâmega por este último incluir mais 3 concelhos, que a NUT III não inclui actualmente.

A ACTF inclui uma direcção, que é o responsável máximo pelo SGFS e reúne cada dois meses, e a Comissão Técnica Florestal (CTF), um órgão técnico e consultivo de apoio à Direcção, formada por um técnico florestal designado por cada Organização de Proprietários Florestais (OPF) associada da ACFT. A CTF reúne cada dois meses e estabelece a ligação entre a Direcção da ACF e todos os outros agentes, nomeadamente os Aderentes do SGFS, os “Técnicos florestais reconhecidos” e os “Operacionais reconhecidos”. Cada aderente é acompanhado por um Técnico reconhecido pelo SGFS. A execução das acções previstas nos seus Planos de Intervenção Florestais e Planos técnicos de execução é realizada por um Operacional reconhecido. A Associação para a Certificação Florestal do Tâmega foi devidamente reconhecida pelo Conselho da Fileira Florestal Portuguesa (CFFP) e tal foi confirmado pela APCER junto do mesmo.

Na auditoria de 1ª fase verificou-se que a área florestal dos aderentes representa 0,25% da área florestal da região candidata e 0,1% da área total da UGF. A APCER consultou o CFFP sobre aceitabilidade desta percentagem face ao que está expresso no Documento Técnico do CFFP 2003.01 para o nível de aplicação regional que define: “Esta entidade estará apta a solicitar a certificação no momento em que a área florestal dos aderentes for significativa, idealmente representando 50% da área florestal da região candidata que representa”. O CFFP pronunciou-se positivamente em 6 de Outubro de 2009, esclarecendo que: “a verificação em auditoria deverá incidir na representatividade das partes interessadas na gestão florestal à escala regional”, pois o mais importante é “o conjunto dos interesses representarem idealmente mais de 50% da área florestal da região”, informando que “a AFC Tâmega representa, em larga escala os interesses regionais económicos, ambientais e sociais”, e clarificando que "entende-se por conjunto de interesses os que representam a produção florestal da região”, concluindo que a ACFT “congrega as duas organizações mais representativas dos proprietários florestais da região que abrangem 11 dos 12 concelhos da NUT III – Tâmega, duas organizações de baldios que abrangem a totalidade dos concelhos da NUT III – Tâmega, uma associação regional, uma associação ambientalista, uma associação de municípios e 2 federações de organizações de produtores florestais, cumprindo o requisito de participação de partes interessadas”.

Estando assim esclarecido que os requisitos do Documento Técnico CFFP 2003.01 relativo à representatividade da área florestal da região candidata se referem à representatividade do conjunto de interesses representado na ACTF e não à área efectivamente gerida, foi efectuada a auditoria de concessão segunda fase.

FLORESTA E MODELO DE SILVICULTURA:

A região de actuação da ACFT compreende 199 mil ha, que se distribuem pelos concelhos de Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende, sendo 41% ocupado por espaços florestal, 84% dos quais estão arborizados. Nos espaços florestais da região PROF Tâmega dominam o eucalipto (46%) e o pinheiro bravo (34%), tendo o respectivo PROF identificado 10 sub-regiões homogéneas, às quais atribuiu 5 funções. As 51 parcelas dos actuais 25 aderentes ocupam 215 ha na NUT III Tâmega, e encontram-se essencialmente arborizadas por pinheiro bravo, resinosas e folhosas diversas, como seja o carvalho americano e o castanheiro. Um aderente tem 37 ha, os restantes têm menos de 16 ha de espaços florestais na sua maioria dispersos em várias parcelas.

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Nº RELATÓRIO: F2009.001 / 2

FLORESTA E MODELO DE SILVICULTURA (CONT)

Na região PROF Tâmega encontram-se quatro Sítios de Importância Comunitária (SIC) pertencentes à Rede Natura 2000 - Alvão/Marão, Rio Paiva, Montemuro e Valongo que no conjunto cobrem 16% do território. Apenas uma das parcelas dos aderentes se localiza num destes sítios. Cerca de 26% do território da região PROF Tâmega está abrangida por um corredor ecológico e cerca de metade da área dos actuais aderentes situa-se dentro desse corredor ecológico. Na prática todos os aderentes auditados (incluindo três em corredor ecológico) implementam uma silvicultura de produção, com base em pinheiro bravo, carvalho americano e/ou castanheiro, e algum carvalho alvarinho, onde as intervenções se encontram frequentemente dependentes da existência de programas de financiamento.

Foi elaborado um Plano de Gestão Florestal para a UGF, bem como Planos de Intervenção Florestal (PIF) para cada aderente, os quais acabam por constituir os planos de gestão florestal de cada aderente (nenhum aderente tem mais de 50ha não sendo assim necessário submeter Planos de Gestão Florestal à tutela).

A monitorização dos indicadores do Anexo A foi feita com base nos resultados do Inventário Florestal Nacional de 1995 para a escala da região PROF Tâmega e outros dados de escala regional.

METODOLOGIA DE AUDITORIA:

A auditoria de concessão foi realizada em duas fases. Na primeira fase auditou-se a documentação do grupo: Política, Objectivos e Metas, Estatutos, Plano de Gestão Florestal da UGF, Referencial Técnico, Estrutura e responsabilidades, documentos de adesão ao grupo, procedimentos de controlo documental, de auditoria interna, e de comunicação com as partes interessadas e a metodologia e resultados da avaliação dos indicadores do Anexo A. Também se auditaram as auditorias internas e a revisão pela gestão.

Na segunda fase privilegiou-se o planeamento e controlo operacional e a estrutura e responsabilidades, tendo sido contactados quatro aderentes. Foram analisadas a cartografia disponível para a UGF e para as parcelas dos aderentes, e os modelos de silvicultura aplicados em cada uma. Foram auditados: o maior aderente (37 ha), um aderente médio e dois aderentes pequenos e três técnicos florestais diferentes; uma das parcelas situava-se em Rede Natura 2000, e três situavam-se em corredor ecológico do PROF. Nas visitas de campo às parcelas dos aderentes observou-se uma operação de desbaste em curso, auditaram-se os aspectos de produção florestal em pinheiro bravo, carvalho americano, carvalho alvarinho e castanheiro, de conservação da natureza, flora e fauna, e observaram-se as principais condições físicas e biológicas da UGF. Nesta fase voltou a ser auditada alguma documentação, bem como os PIF de cada aderente visitado. Foram ainda revistas as acções desencadeadas em resposta às constatações identificadas na 1ª fase. Consideraram-se as seguintes cláusulas auditadas na sua totalidade na primeira fase – 3.1, 3.3.2, 3.3.5, 3.4.1, 3.4.4, 3.4.5, B.2.1, B.2.4 e B.2.5-, que por não terem havido alterações não foram objecto de nova avaliação na segunda fase.

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CONSULTA ÀS PARTES INTERESSADAS

As Partes Interessadas (PI) relevantes para esta auditoria foram identificadas com base na lista de Partes Interessadas fornecida pela entidade candidata e nas outras Partes Interessadas identificadas pela equipa auditora. Foi colocado um aviso no site da APCER com um mês de antecedência em relação à auditoria, mas deste não resultou qualquer contacto com a equipa auditora.

Foram escolhidas várias entidades para a realização de contactos directos, por amostragem dos representantes dos principais interesses relevantes para a gestão florestal da UGF. Esta consulta foi efectuada com base em telefonemas e emails efectuados/ trocados entre os dias 30 de Novembro e 3 de Dezembro 2009. Todas as entidades contactadas responderam, tendo fornecido informações relevantes para a auditoria.

Os comentários recebidos destas Partes Interessadas foram tomados em consideração na realização da auditoria, tanto na escolha dos locais a visitar no campo como nos assuntos abordados em geral. É apresentado um breve resumo dos comentários.

Como resultados da consulta pública, foram recolhidos comentários dos seguintes tipos de partes interessadas: Organismos públicos (serviços relacionados com a floresta (1) e com a conservação (1)), órgãos dirigentes dos baldios ou associações de baldios (2), organizações representantes dos interesses da indústria de transformação (1) e organizações não governamentais de conservação da natureza (1).

Da análise dos comentários recebidos, foram identificadas oportunidades de melhoria:

1. Na identificação e gestão adequada dos valores naturais presentes na UGF, e no controlo das ameaças a estes;

2. Na comunicação proactiva com as partes interessadas, sobretudo considerando o carácter regional da iniciativa em questão, para o qual a norma exige uma política florestal regional “assente em processos de consulta pública alargada, de modo a receber os contributos de todas as partes interessadas garantindo, assim, a sua adequação aos interesses regionais”.

Os comentários recebidos constituíram uma entrada para as Não Conformidades 2 e 3. Foi possível recolher igualmente comentários positivos da relação que as OPFs incluídas na ACFT estabelecem com as diversas Partes interessadas.

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RESUMO DA AUDITORIA

A auditoria decorreu segundo a Norma NP 4406:2005, incluindo os anexos A e B, que constituem as secções aplicáveis à organização. O plano de auditoria foi cumprido. A entidade auditada não propôs quaisquer exclusões, e considerou todos os indicadores do Anexo 1 como aplicáveis.

O Sistema de Gestão Florestal Sustentável (GFS) definido para a Gestão da Unidade de Gestão Florestal PROF Tâmega, cumpre na generalidade os requisitos da norma de referência auditados e dos restantes critérios de auditoria. O sistema de GFS implementado é adequado ao tipo, gama de produtos e volume de trabalho da organização.

Há uma clara divisão de responsabilidades entre a entidade responsável pela UGF (ACFT) e os aderentes a esta, descritas no Estatutos e nos procedimentos internos, as quais cumprem na generalidade os requisitos da norma de referência auditados e dos restantes critérios de auditoria para este nível de aplicação.

A EA encontrou como pontos fortes:

• A iniciativa demonstrada na candidatura à certificação florestal regional.

• A liderança, por parte das OPF envolvidas, em alguns temas florestais, como seja a promoção de Zonas de Intervenção Florestal e de actividades de recreio em áreas florestais.

A EA encontrou como áreas a desenvolver:

• A comunicação proactiva com partes interessadas oriundas de fora do sector florestal.

• Aprofundar a consciencialização para os valores naturais integrando-os nas práticas de gestão florestal. A auditoria foi realizada segundo metodologias de amostragem de actividades, processos, documentos e colaboradores entrevistados, cabendo à entidade auditada a identificação de situações paralelas ou associadas às constatações deste relatório e o desencadeamento de eventuais acções de melhoria adequadas.

O relatório foi lido e apresentado em reunião final estando registadas as divergências entre a equipa auditora e a organização auditada no presente relatório.

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Nº RELATÓRIO: F2009.001 / 2

CLAS. (1)

CLÁUSULA (2)

DESCRIÇÃO DAS NÃO CONFORMIDADES DESCRIÇÃO DAS

ACÇÕES CORRECTIVAS APRESENTADAS PELA

ACFT

1 3.2.1 A organização deve ter “um procedimento de recolha da

informação relevante para o estabelecimento de objectivos e metas, incluindo a primeira avaliação dos indicadores (Anexo A) aplicáveis à unidade de gestão florestal.”

A monitorização dos indicadores do Anexo A foi feita essencialmente com base nos resultados do Inventário Florestal Nacional de 1995 para toda a área da NUT III, complementados com outras fontes de dados regionais. Considerando que a percentagem (0,25%) que a área florestal de 215 ha dos aderentes representa relativamente à área florestal da região candidata (81.000 ha), os resultados da monitorização descritos no documento IND001_0 não permitem avaliar o cumprimento da política florestal, nomeadamente o cumprimento dos critérios pan-europeus de Gestão Florestal Sustentável, por não serem representativos da gestão efectuada na área aderente, nem em termos espaciais nem temporais.

Exemplos:

- O indicador 1.1 Volume total, o qual é apresentado como o volume total na região Tâmega por espécie, segundo resultados do IFN de 1995, resultados estes que não permitem, por exemplo, validar a rastreabilidade do volume de madeira vendida como certificada ao volume efectivamente existente na UGF certificada.

- O indicador 5.2 Qualidade da Água, o qual consiste na classificação do estado de perturbação dos 15 rios da região. Esta informação não reflecte a gestão da vegetação ribeirinha das linhas de água efectuada pelos 25 aderentes actuais. - O indicador 6.1 Investimento Florestal e Custos de Exploração, para o qual são apresentados os financiamentos públicos realizados na Região Tâmega. Estes financiamentos não ilustram as características do investimento florestal na área aderente, nem na região, dado que grande parte é ocupada por povoamentos de eucalipto, uma espécie que não é habitualmente alvo de financiamentos públicos.

Em auditoria a ACFT divergiu expondo que a alínea b) do ponto 2.1 do Anexo B (Informativo) justifica o apuramento dos indicadores do Anexo A à escala regional e informou que tinha pedido à AFN o fornecimento dos dados do último inventário florestal, tendo a resposta sido negativa. A ACFT salientou ainda que tinha pedido parecer da CFFP sobre este assunto. Em auditoria a equipa auditora manteve o seu entendimento, tendo esta divergência sido registada no relatório.

Posteriormente, a APCER recebeu uma carta de esclarecimento do CFFP (refª 19.120410), que suporta o entendimento da ACFT relativamente à interpretação da avaliação e monitorização dos critérios e indicadores Pan-Europeus aplicáveis à escala regional e permite aceitar a recusa, por parte da ACFT, desta Não Conformidade.

Estado: anulada

(1) Classificar as Não Conformidades Maiores com a sigla M

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CLAS. (1)

CLÁUSULA (2)

DESCRIÇÃO DAS NÃO CONFORMIDADES DESCRIÇÃO DAS

ACÇÕES CORRECTIVAS APRESENTADAS PELA ACFT 2 3.2.1 Anexo B 2.4

A organização deve ter “um procedimento de recolha da informação relevante para o estabelecimento de objectivos e metas, incluindo os pontos de vista das partes interessadas”, e a política florestal regional deve assentar “em processos de consulta pública alargada, de modo a receber os contributos de todas as partes interessadas garantindo, assim, a sua adequação aos interesses regionais”.

A EA verificou que a caracterização dos aspectos económicos, ambientais e sociais relevantes para a gestão florestal foram alvo de uma recolha de informação a nível regional complementada por informação ao nível de cada aderente, contudo a mesma não reflecte os pontos de vista das partes interessadas sobre a relevância dos mesmos por a ACFT não ter procedido à recolha sistemática destes pontos de vista. Exemplo: as entidades de vocação ambiental não forma ouvidas sobre os valores de conservação a preservar e as regras de gestão apropriadas, e as associações representantes da indústria de transformação de produtos florestais não foram ouvidas sobre as suas necessidade de produtos florestais).

Na sequência da auditoria de concessão de 1ª fase a ACFT empreendeu esforços para melhorar a comunicação com as Partes Interessadas mas ainda não está terminada a recolha de alguns pontos de vista, não estando por isso assegurado que a política tenha recebido contributos de todas as partes interessadas.

A organização irá continuar a recolha de pontos de vista das partes interessadas já iniciada, a qual terminará até Março 2010.

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CLAS. (1)

CLÁUSULA (2)

DESCRIÇÃO DAS ÁREAS SENSÍVEIS

3 3.3.6 A organização deve “definir critérios de execução das operações previstas no plano de

gestão florestal.”

A ACFT definiu modelos de silvicultura constantes no Plano de Gestão Florestal da UGF (PGF001_1, de 19/09/09). Contudo foram identificadas situações de desadequação do modelo aos objectivos definidos:

- O modelo de silvicultura do eucalipto, para produção de lenho para trituração, considera apenas uma rotação e não considera adubações.

- Outros modelos de conservação não consideraram orientações técnicas adequadas à prossecução de objectivos de conservação. Exemplos:

1) O “modelo castanheiro para conservação” da ACFT é idêntico ao “modelo de castanheiro para produção”, com a seguinte alteração: “todas as idades de intervenção são adiadas em 20%”. O modelo visa a “conservação de habitats”, mas não identifica quais os valores naturais a conservar, e inclui operações como podas de formação, desramações, desbastes e um corte final aos 54 anos; não é claro como estas operações, e um corte de realização aos 54 anos, contribuem para a conservação do habitat. Este é o modelo assumido na área da aderente A22, situado no sítio Alvão/Marão.

2) Analogamente, o “modelo de Q. Robur para conservação” é idêntico ao “modelo de Q. Robur para produção”, com a seguinte alteração: substituição da descrição das operações de desbaste e desramação pelo texto “redução da intensidade das intervenções”. O modelo inclui podas de formação, desramações, desbastes e um corte de realização no termo de explorabilidade; mais uma vez não é claro como estas operações asseguram a conservação do habitat. É o modelo assumido na área do aderente A7, situada em corredor ecológico.

Em auditoria, a AFCT afirmou discordar desta constatação, por considerar que por os modelos serem retirados do PROF Tâmega, são por isso os tecnicamente mais adequados.

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COMENTÁRIOS E OPORTUNIDADES DE MELHORIA

No seguimento da acção correctiva 2/2009 actualmente em curso, propõe-se a continuação da revisão da articulação entre “parâmetros de verificação” e sua meta com os indicadores da NP 4406, pois em vários casos os primeiros não decorrem nem contribuem directamente para os últimos. Esta revisão pode ser articulada com a análise crítica da metodologia de avaliação dos indicadores do anexo A, no sentido de explorar a possibilidade de fundir as duas.

A organização deve reflectir sobre a definição e implementação de uma metodologia de controlo de acácias (A. dealbata e melanoxylon) e Hakea sericia dispersas pela área dos aderentes, que seja tecnicamente adequada aos impactes ambientais provocados por estas invasoras.

Sugere-se o contacto com as entidades envolvidas na organização de provas de desportos motorizados, de modo a promover o controlo destas actividades em áreas aderentes.

Sugere-se a especificação da interpretação dos requisitos do PROF relativamente a povoamentos situados em corredores ecológicos. Muitas das parcelas aderentes situam-se em corredor ecológico, onde segundo o PROF não deve haver objectivos de produção. No entanto, três das áreas visitadas estavam situadas num corredor ecológico, e dominava a função de produção de carvalho americano e/ou pinheiro bravo.

Propõe-se a especificação das regras aplicáveis às actividades florestais executadas pelos aderentes, em particular no que respeita à segurança e cuidados a ter em termos ambientais ou de conservação.

Propõe-se o alargamento da área aderente às áreas dos aderentes actualmente ocupadas com matos com ou sem árvores dispersas, como seja o caso da área envolvente à parcela de 2,62 ha da aderente A22.

Sugere-se a especificação de cuidados a ter nas áreas identificadas nos planos técnicos de execução como sendo aspectos relevantes para a gestão (exemplo: A23 linhas de água e zonas húmidas).

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DECISÃO DE CERTIFICAÇÃO

Após o envio das acções correctivas pela ACFT, a auditora coordenadora analisou as respostas e respectivas evidências e justificações.

A APCER recebeu ainda uma carta do CFFP que suporta o entendimento da ACFT relativamente à interpretação da avaliação e monitorização dos critérios e indicadores Pan-Europeus aplicáveis à escala regional, esclarecendo qual o critério de auditoria a adoptar nos processos de certificação regional, resultando na anulação da Não Conformidade n.º 1.

A tomada de decisão é um processo conduzido por uma comissão de decisão composta por pessoas independentes da avaliação. A decisão sobre a concessão da certificação é tomada com base nos resultados da auditoria de concessão (relatório da auditoria e plano de acções correctivas apresentado pela entidade). Assim, podem verificar-se, consoante as situações:

• Concessão do “Certificado de Conformidade”;

• Concessão do “Certificado de Conformidade” com menção antecipada de auditoria de acompanhamento;

• Realização de uma auditoria de seguimento para verificação da implementação das acções correctivas propostas;

• Não concessão do “Certificado de Conformidade”.

A decisão de certificação é comunicada por escrito à entidade, no prazo máximo de um mês após a data de recepção da informação necessária para a verificação da adequabilidade e do encerramento das não conformidades, salvo casos devidamente justificados.

No caso de decisão de não certificação, a APCER fundamenta a sua decisão e propõe uma auditoria de seguimento, a realizar no prazo máximo de um ano.

A equipa auditora reviu as várias versões do plano de acções correctivas apresentado pela Entidade, e submeteu um parecer à comissão de decisão. Esta proposta, o relatório e resposta da organização foram revistos em comissão de decisão. Foi tomada uma decisão positiva de certificação.

O certificado da ACFT tem validade de 3 anos. Para mantê-lo a ACFT tem que continuar a cumprir os requisitos da NP 4406:2005, sendo objecto de auditorias de acompanhamento anuais num processo que se desenrola de modo semelhante à da auditoria de concessão.

A próxima auditoria deverá ter início antes de 4 de Dezembro de 2010; a próxima notícia pública relativa a esta UGF será aquando da auditoria de renovação, ou suspensão/ cancelamento do certificado.

Informação pública sobre a monitorização

Encontra-se disponível informação pública sobre os resultados da monitorização dos indicadores de Gestão Florestal Sustentável com carácter de divulgação pública, na sede da ACF Tâmega.

Referências

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