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1ª Aula A Natureza da Oração

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Academic year: 2021

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1ª Aula

A Natureza da Oração

Objetivo do curso: Ajudar cada cristão a orar mais! Ajudar cada cristão a entender que a oração é o meio pelo qual Deus é CONVIDADO a fazer parte de nossas vidas (não há outra maneira!).

Objetivo da aula: Entender que a oração é o meio para nos aproximarmos mais d’Ele!

1. Captação

“Estudar um quadro não faz de um homem um pintor; ouvir uma música não faz de um homem um músico; e ler orações e sobre orações não o torna uma autoridade no seu exercício.” W.G. Scroggie

O objetivo com essa captação é fixar que, principalmente em um curso sobre oração, o foco não pode ser informação, e sim, transformação. Que não se pode entender a oração como uma matéria teórica. Falar de oração é antes de tudo uma observância e vivência diária.

Também lembrar que nossa ”campanha” para 2009 é “Estar em Sua presença”. Não é “estar mais na IBCU”, ou “participar de uma koinonia”, ou ainda “ajudar mais”. Estar em Sua presença implica 100% em relacionamento, que é o foco dessa primeira aula.

Questionar sobre:

Onde aprenderam sobre oração? Em que ambiente aprenderam a orar? Quando aprenderam a orar? Para que ou por quê devem orar?

FALAR SOBRE OS HÁBITOS DE ORAÇÃO DOS JUDEUS DO 1º. SÉCULO. O Judeu do primeiro século dificilmente podia imaginar um culto sem orações. O roteiro do culto era centrado nas orações e na meditação das escrituras. Havia a leitura de três textos que faziam a abertura e os lembrava da unicidade do povo. Depois eram feitas orações e leituras da Torá.

Além da oração no culto, havia as orações cotidianas. De manhã, antes de qualquer atividade, e à tarde, os homens adultos deviam REZAR. Voltados para o templo de Jerusalém, recitavam uma prece de benção e depois o Shemá. Todo judeu também devia REZAR as “dezoito bençãos” (Shemone Esrê) de manhã, à tarde e à noite. Cada benção começa com: “Bendito, és tu, Rei do universo...”

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Assim, a oração era um costume meramente formal desligado de qualquer sentido (Lc 20: 46-47). Imaginem, portanto, a reação desses religiosos ao verem a naturalidade, informalismo (chamava Deus de Pai!), freqüência, duração, intensidade, com que Jesus orava. Ele certamente surpreendia a todos também nesse aspecto. Daí, chegar um momento que seus discípulos tinham que perguntar como ele conseguia. A Oração Dominical foi um curso “à jato” sobre oração!.. No texto de Lc 11: 1, os discípulos, então, pedem “Senhor, ensina-nos a orar...”. Talvez, como nós, eles com certeza achavam que suas orações eram inadequadas. Como nós, olhavam para Jesus e queriam saber como conseguir. Jesus, então, atendeu ao pedido deles e disse: “Portanto, vós orareis assim...” (Mt 6: 9). O termo assim implica a existência de um “modo” de orar... Mas, estaria Jesus se referindo a uma técnica? Uma forma? Ou uma disposição?

2. Transmissão

Falamos do primeiro século. Mas, retroagindo um “pouco” mais no tempo, qual foi a primeira vez que houve oração na bíblia? E qual a primeira vez que aparece a palavra oração?

Leitura bíblica:

Gn 1:28 – primeiro registro de comunicação Gn 3:8

Deus cria o primeiro casal e vinha diariamente conversar com eles. Talvez com os dois juntos, talvez um de cada vez, talvez um dia de um jeito e o outro, de outro. Imagino que fosse uma conversa sem palavras religiosas, sem uma fala afetada, sem uma concentração forte. Mas, só um “bate-papo” dos acontecimentos cotidianos.

Gn 4:26 – pela leitura desse versículo subentende-se que teria havido um período de suspensão de invocar (ou comunicar-se) a Deus... período de independência e auto-suficiência... de não se relacionar com Deus. Enos é considerado o iniciador da religião ou culto, por que é à partir do seu nascimento que os homens começaram a invocar o nome do Senhor. Parece ter havido alguma conexão entre o nome dado por Sete a seu filho e o fato das pessoas terem começado a invocar o nome do Senhor, porque “Enos” significa “homem” ou “povo”, enfatizando que as pessoas são mortais e limitadas. Ficou óbvio que a morte era o destino comum da humanidade. Aquela geração tomou consciência de suas limitações e fragilidade e “então, se começou a invocar o nome do Senhor”.

Deus não interveio... Deixou que o homem quisesse buscá-lo. a. Arbítrio

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Deus quem primeiro quis se relacionar conosco (Gn 1:28), conversar conosco, ter comunhão. A oração surgiu da vontade de Deus de se relacionar com o homem!

i. Propósito é ter contato com Deus. Ter comunhão com o Pai.

COMUNHÃO = KOINONIA = ÍNTIMO COMPANHEIRISMO ou AFINIDADE. Comungar significa se reunir e falar. Para dois seres terem comunhão (comungarem) precisam se conhecer, gastar tempo juntos e, quanto mais tempo juntos, mais unidos ficam. FAZER UM DINÂMICA PEDINDO QUE DOIS ESTRANHOS SE LEVANTEM E PROCEDER COM UMA APRESENTAÇÃO FORMAL. DAÍ, DESENVOLVER UMA COMPARAÇÃO ENTRE UMA MERA APRESENTAÇÃO E UM RELACIONAMENTO. DEPOIS, COMPARAR C/ NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS. NOS RELACIONAMOS OU APENAS FOMOS APRESENTADOS?

ii. Deus nos criou, nos busca, nos atrai e nos sensibiliza à oração, ou melhor, a falar com ele. Ele quer que estejamos perto D’Ele. Não somos nós que “buscamos a Deus”. Ele quem nos busca; que está pronto a qualquer sinal de interesse para se relacionar conosco. iii. Qualquer relacionamento surge da vontade, do desejo ou de

uma decisão consciente. É necessário exercer nosso arbítrio. Há um ditado popular que diz: “quando um não quer, dois não brigam.” Da mesma forma diria: “quando um não quer, dois não se relacionam!” não se conhecem, não se tornam íntimos. DEUS QUER. Ele já tomou sua decisão imutável há muito tempo. Ele está pronto... está à porta. Ap. 3:20.

Serpente no deserto – Nm. 21: 4-9

 Única exigência foi que exercessem seu livre arbítrio. Não era preciso se arrastar, ou decorar um versículo e recitar, não era preciso gritar, não era preciso entender, não era preciso sentir-se bem, feliz, em paz, e nem era preciso entender. Bastava olhar.

Exercemos nosso arbítrio para irmos à igreja, freqüentar os cultos, a escola bíblica, para fazer sacrifícios, ajudar nos ministérios (atividades), dar dinheiro, etc. Essas decisões, no entanto, não desenvolvem qualquer relacionamento com Deus! É como escolhermos limpar a casa, pagar as contas, cozinhar, lavar e passar a roupa, levar filhos na escola, no shopping, nas festas, comprar coisas, etc. achando que essas atividades em si contribuem para desenvolver um relacionamento! É preciso considerar o OBJETO que motiva essas atividades. Is. 1:10-17

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P.S.: A oração não é uma atividade religiosa!... É o meio de comungar com o sagrado, com o divino! Assim, a vontade não pode ser exercida para uma atividade, mas para um relacionamento!

b. Atitude

i. Voltando as instruções de Jesus sobre o “modo” de orar, estaria Jesus se referindo a uma técnica? Forma? As instruções se concentram nas atitudes! É muito mais do que meras palavras. Tantas pessoas recitam a “Oração do Pai Nosso” achando que esse é o modo que Deus aprecia. Rezam antes de jogos, em passagens de ano, em aniversários, em funerais, em grandes ajuntamentos seja para celebrar ou lamentar. Mas, não era esse modo em absoluto que Jesus tinha em mente.

ii. O expressar-se em palavras só tem significado para nós. Inclusive a bíblia é clara em afirmar que essa é uma fraqueza que possuímos. Rm. 8: 26

Logo, até a pessoa mais destituída de recursos (intelectuais, emocionais e materiais) pode orar. Basta abrir a porta!

iii. Jesus se antecipava aos acontecimentos.

Ao vermos algumas ‘respostas de oração’ de Jesus percebemos que ele se antecipava às palavras... Conhecia profundamente a necessidades daqueles com quem interagia; mais do que eles próprios:

• Ele já conhecia as intenções de Judas (Lc. 22:20); • A covardia de Pedro (Lc 22:34);

• A inquietação e preocupações de Marta (Lc. 10: 41);

• Os pensamentos e más intenções dos fariseus (Mt 9: 4; Lc 11: 37-54; 20: 23);

• A carência espiritual das multidões (Mt.14: 14); • Da motivação de sua família (Mt 12: 46-50); • Da pouca fé dos seus discípulos (Mt 8: 23-27);

• Da vida de pecado da mulher samaritana (Jo. 4: 7-30); • Da avareza do jovem rico (Mc 10: 21);

• Da ambição dos discípulos (Mc 10: 35-45); • A carência espiritual de Zaqueu (Lc 9: 1-10).

Enfim, antes de pronunciarem qualquer palavra, ele sempre soube das suas verdadeiras necessidades! Dos reais motivos pelos quais precisavam orar!

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iv. Faz todo sentido que a oração seja uma atitude do nosso coração! Um desejo, uma intenção, um anseio, uma angústia, que Ele reconhece como oração. É algo que antecede às palavras que sairão da nossa boca. Eu oro minha condição, minhas limitações, minha disposição e não coisas. Gn 18: 12-13; Gn 21: 17.

3. Implicação

a. VIDA RELIGIOSA X VIDA AUTÊNTICA

Mt 7: 21 – Nadar, nadar, nadar para depois morrer na praia! Confundir a oração com uma mera prática religiosa é correr o risco de chegar diante do pai e ouvir: “Não te conheço! Não sei quem você é!”

A oração não pode nascer da orientação do pastor, do professor da escola bíblica, de costumes ou tradições religiosas! A natureza da oração não é a liturgia do culto! A natureza da oração é o próprio desejo de querer conhecer pessoalmente a Deus. Tem que nascer do interior de cada um.

4. Aplicação

a. PARE toda prática religiosa!

b. Rever sua prática de oração (se é que existe!) e, sincera e honestamente, confrontar-se sobre o que efetivamente faz:

i. Cumpro um mero protocolo religioso? ii. Termino do mesmo jeito que comecei?

iii. Penso em impressionar quem ouve ou procura usar “palavras apropriadas”?

iv. Expresso sinceramente o que está no meu íntimo?

v. Tenho consciência de que entro na presença do Deus Todo Poderoso, Criador de TUDO?

c. Sondar meu íntimo e tentar orar pelo que realmente preciso. Pensar em um filme onde o ator ignore a importância do personagem com o qual tem acesso para se relacionar.

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Referências

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