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Avaliação do desenvolvimento de plantas de yacon cultivadas no CERAT/UNESP/Botucatu

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Academic year: 2021

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Avaliação do desenvolvimento de plantas de yacon cultivadas no

CERAT/UNESP/Botucatu

Eliana Kassumi Nishimoto1; Marcelo Álvares de Oliveira2; Cláudio Cabello2 .

1

CERAT/UNESP/Botucatu - Bolsista Iniciação Científica Fapesp – Centro de Raízes e Amidos Tropicais, C.P.237, 18603-970. Botucatu-SP. e-mail: eknishimoto@fca.unesp.br

2

Pesquisador Doutor CERAT/UNESP/Botucatu. Email: seccerat@fca.unesp.br

RESUMO

O yacon (Polymnia sonchifolia) é uma planta natural da região andina e foi introduzido como cultivo comercial no Brasil em 1991, em Capão Bonito - São Paulo. O interesse nesta cultura está no conteúdo em oligossacarídeos e inulina. Diante da importância relatada dos fruto-oligossacarídeos, o trabalho visou acompanhar o desenvolvimento da planta por meio das análises de altura da planta, massa fresca e massa seca das raízes tuberosas. As análises foram realizadas entre a 21ª e a 44ª semanas após o plantio e a cada duas semanas, a fim de determinar qual o ponto de maior produtividade da cultura. Os maiores valores numéricos em produtividade ocorreram entre a 29ª e a 35ª semanas após o plantio, sendo este período a época mais indicada para a colheita, visando produtividade.

Palavras-chaves: Polymnia sonchifolia, inulina, oligofrutanos.

ABSTRACT

The yacon (Polymnia sonchifolia) is a Andes Tropical root introduced as commercial cultivation in Brazil in 1991. The interest by this culture is due the frutooligosaccharide and inulina content. This work had as purpose to evaluate the development of plants by means of their height, fresh weight and dry mass of the root. The analyses occurred between 21st to 44th weeks after the plantation to determine the harvest point. The la rgest numeric values in productivity happened among the 29th and 35th weeks after the plantation, being this period the time more indicated for the crop, seeking productivity.

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INTRODUÇÃO

O yacon (Polymnia sonchifolia) é natural das regiões andinas e foi introduzido como cultivo comercial no Brasil em 1991, em Capão Bonito – São Paulo. Suas raízes subterrâneas são carnosas, doces e translúcidas, chegando até 20 cm de comprimento, de cor externa marrom e interna creme (Kakihara et al. 1996).

A planta apresenta caules aéreos, cilíndricos, que chegam a medir até 2,5 m de altura (Leon, 1968; Zardini, 1991), de coloração esverdeada com pilosidade em toda a superfície (National Research Council – USA, 1989). Estudos realizados por Nieto (1991) mostram que o potencial produtivo desta espécie é muito significativo, podendo alcançar rendimentos de 60 t.ha-1. Entretanto, Kakihara et al. (1996) obtiveram rendimentos de até 100t.ha-1 de raízes tuberosas na região de Capão Bonito – SP.

A maturidade é alcançada entre seis e oito meses após o plantio, quando tem início a floração. Este estádio é então seguido por um período de incremento no conteúdo dos fruto-oligossacarídeos nos rizóforos e raízes tuberosas, passando então para uma fase de senescência da parte aérea e dormência das subterrâneas (National Research Council – USA, 1989).

Os frutanos têm importância devido ao emprego de inulina na medicina, à obtenção de xaropes ricos em frutose (elevado poder edulcorante), à utilização de frutose como adoçante na alimentação de diabéticos e na produção de álcool por fermentação (Figueredo et al. 1992). Diante da importância relatada dos frutanos, o trabalho visou acompanhar o desenvolvimento da planta por meio das análises de sua altura, massa fresca e massa seca das raízes tuberosas, em Botucatu/SP, afim de determinar qual o ponto de maior produtividade da cultura.

MATERIAL E MÉTODOS

O campo experimental foi composto por 240 mudas propagadas por meio de rizóforos plantadas no dia 13 de setembro de 2001 na área experimental do CERAT/ UNESP/Botucatu, com espaçamento de 1metro entre linhas e 0,60 cm entre plantas. As análises foram realizadas a cada duas semanas a partir da 21ª até a 44ª após o plantio. As avaliações foram conduzidas nos Laboratórios de Análises do CERAT e foram analisadas as seguintes variáveis:

1) Altura da planta: foi medida desde o colo da planta até o ápice caulinar, com o auxílio de uma trena. Foram feitas aleatoriamente 20 medidas de plantas dentro do campo experimental em cada avaliação.

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2) Massa fresca das raízes tuberosas: em cada colheita as raízes tuberosas de cada planta foram retiradas e limpas, sendo colocadas em sacos plásticos para a determinação da massa. Para essa determinação foram utilizadas quatro repetições.

3) Massa seca das raízes tuberosas: para esta determinação quatro amostras de 50 a 60g de raiz foram levadas à estufa a 105°C, por 48 horas, para cada avaliação.

O delineamento estatístico utilizado foi inteiramente casualizado seguido do teste de Tukey a 5%, para as análises de altura de planta, massa fresca e massa seca. Nos dados de massa fresca se utilizou transformação de dados na base Raiz Quadrada. Utilizou-se regressão polinomial para traçar as curvas nas análises de altura de plantas e massa fresca, com intuito de encontrar o ponto de inflexão das curvas (Nogueira, 1991).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A altura das plantas aumentou polinomialmente até a 35ª semana para em seguida, ocorrer diminuição até a 42a (Figura 1). Os valores da massa fresca também aumentaram polinomialmente até a 35ª semana e em seguida ocorreram as diminuições dos valores a partir da 37ª semana, sendo que estatisticamente apenas a coleta inicial, 22ª semana, diferiu das coletas nas 29ª, 33ª e 35ª semanas que apresentaram valores superiores (Figura 2 e

Tabela 1).

Figura 1 - Altura média em centímetros de plantas de yacon cultivadas no Campo Experimental do CERAT/UNESP/Botucatu, durante as semanas que sucederam o plantio das mudas.

Figura 2 – Massa frescas em gramas de plantas de Yacon cultivadas no Campo Experimental do CERAT/UNESP/Botucatu, durante as semanas que sucederam o plantio das mudas.

y = -0,2502x2 + 18,714x - 227,78 R2 = 0,827 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 20 25 30 35 40 45 Tempo (semanas) Altura de Plantas (cm) y = -9,0893x 2 + 634,83x - 8811 R2 = 0,5145 400 900 1400 1900 2400 2900 20 25 30 35 40 45 Tempo (semanas) Massa Fresca (g)

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Tabela 1- Altura média em centímetros, massa fresca em gramas e massa seca em porcentagem de plantas de Yacon, durante as semanas que sucederam o plantio das mudas.

Idade das plantas (semanas)

Altura média das plantas (cm)

Massa Fresca (gramas)

Porcentagem de massa seca (gramas)

22 70,75 e 456,90 b 13,16 a 27 86,00 de 1705,00 ab 10,58 a 29 97,40 cd 2665,00 a 11,78 a 31 111,15 bc 1775,00 ab 12,10 a 33 111,25 bc 2710,00 a 11,35 a 35 131,75 a 2630,00 a 13,09 a 37 124,00 a 1710,00 ab 14,35 a 39 132,05 a 1640,00 ab 13,58 a 41 122,85 ab 1560,00 ab 11,10 a 43 109,85 bc 1632,50 ab 12,35 a Dms = 19,12 Cv% = 17,21 Dms = 22,79 Cv% = 22,46 Dms = 7,49 Cv % = 15,65

• Médias seguidas de letras iguais na coluna não diferem significativamente (p>0.05).

Assim sendo, o ponto de maior produtividade da cultura ocorreu na 35a semana após o plantio, onde a altura média das plantas foi de 131,75 cm e a porcentagem de matéria seca de 13,09%. A porcentagem de massa seca não variou nas diferentes épocas de colheita.

LITERATURA CITADA

FIGUEIREDO - RIBEIRO, R.C., DIETRICH, S.M.C., CARVALHO, M.A.M.,VIEIRA, C.C.J.,ISEJIMA, E.M., DIAS - TAGLIACOZZO, G.M.,TERTULIANO, M.F . As múltiplas utilidades dos frutanos. Reserva de carboidratos em plantas nativas do cerrado.

Ciência Hoje, v.14,p.16-18, 1992.

KAKIHARA,T.S., CÂMARA, F.L.A., VILHENA, S.M.C. et al. Cultivo e industrialização de yacon (Polymnia sonchifolia) : uma experiência brasileira. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE RAÍZES TROPICAIS, 1 e CONGRESSO BRASILEIRO DE MANDIOCA, 9, 1996. Resumo n0 148.

LEON, J. Botanica de los cultivos tropicales. Costa Rica: Colleción Libros e Materiales Educativos/ IICA, 1968, 193p.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Lost crops of the incas: Little-known plants of the andes with promise for worldwide cultivation. Washington: Academy Press, 1989. 415p.

NOGUEIRA, M.C.S. Curso de estatística experimental aplicada à experimentação agronômica. Piracicaba, Universidade de São Paulo, 1991. 168p.

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NIETO, C. C. Studius agronomicos y bromatológicos em “jicama” (Polymnia sonchifolia Polp. Endl.). Arch. Lationoam. de Nutr., v. 41, p. 213-21, 1991.

ZARDINI, E. Ethnobotanical notes on “yacon” Polymnia sonchifolia” (Asteraceae). Encon.

Referências

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