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BIG BANDS - A MARAVILHOSA ERA DO SWING

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MÚSICOS, FATOS & CURIOSIDADES • Nº 76 • JANEIRO 2012

“BIG BANDS”- A MARAVILHOSA ERA DO SWING

17ª PARTE

Dentro da série “A Maravilhosa Era do Swing” e após focarmos as “big bands” de Count Basie, Tommy Dorsey e Benny Goodman, passamos a partir desta edição e até a de número 81 (junho de 2012) a discorrer sobre a classe, a permanência, a liderança e a arte orquestral e composicional de DUKE ELLINGTON, um dos grandes ícones do JAZZ e da MÚSICA.

Ainda que os autores, ouvintes, assistentes, críticos e apreciadores da arte de DUKE ELLINGTON

concordem que seu instrumento principal era sua orquestra, foi como pianista que ele iniciou e descortinou sua carreira, sendo certo que seus solos no “instrumento síntese”, o piano, ainda que

relativamente poucos, mostram-nos um exímio “patrão das 88 teclas” (habitualmente ELLINGTON

tocava o piano como extensão de seu braço regente, teclando o essencial para lembrar as harmonias e as passagens, a partir das quais seus músicos caminhavam), daí porque essa série de 06 edições

sobre DUKE ELLINGTON é inteiramente dedicada a EDO CALLIA, pianista da TRADITIONAL JAZZ BAND

BRASIL, também seu arranjador, criador de versões de clássicos populares e compositor.

Enquanto pianista CALLIA sempre nos mostra sua irrepreensível técnica de acompanhamento dos solos

dos demais músicos da banda, sublinhando com precisão e domínio as harmonias em curso, assim como quando desenvolve seus solos, muitas vezes em “block chords”, prioriza total ênfase na melodia que tanto sabe enriquecer.

Por outro lado e reunindo o duo “Duke Ellington” + “Traditional Jazz Band”, importa registrar que a

banda gravou CD em São Paulo na primavera de 1982 e dentro da série “Vamos Ao Jazz” (que inclui

volumes para Louis Armstrong, Blues, Standards, Swing Era, Broadway) dedicado a ELLINGTON com 18

faixas e que está devidamente registrado na “Smithsonian Institution” (notável instituição americana voltada para a educação e a pesquisa, fundada e administrada pelo governo, com um complexo de 19 museus, 07 centros de pesquisa, editoras, auditórios e cerca de 150 milhões de itens em sua coleções, sendo os prédios localizados na capital americana, Washington, D.C.). Esse é um marco exclusivo para o, digamos assim, “JAZZ brasileiro”.

DUKE ELLINGTON foi antecessor, contemporâneo e sucedâneo da “Era do Swing”, já que sua obra e

suas formações orquestrais ocorreram e atuaram antes dessa denominada “década de ouro” (1935/1945 como muitos creditam, mas na realidade por cerca de 03 décadas), permaneceram notadamente atuantes nessa década e se prolongaram com a vida do maestro até praticamente seu óbito, cerca de 30 anos após. Após a morte de ELLINGTON a banda prosseguiu sob a batuta de outros

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Edward Kennedy Ellington, DUKE ELLINGTON, pianista, compositor, arranjador e dirigente de

orquestra, nasceu no dia 29 de abril de 1899 em Washington, D.C., capital dos U.S.A. (situada no leste americano a capital foi assim denominada em função do nome do primeiro Presidente dos U.S.A., George Washington, assim como ele foi homenageado dando nome ao estado de Washington no noroeste americano e cuja capital é a cidade de Olympia e, ainda, às 10 cidades com o nome de Washington nos estados de Geórgia, Illinois, Indiana, Iowa, Michigan, Missouri, New Jersey, Carolina do Norte, Ohio e Pensilvania).

Veio a falecer em New York no dia 24 de maio de 1974 e logo após completar 75 anos; sofrera um colapso no mês de janeiro em decorrência de tumor pulmonar e permaneceu hospitalizado até o final de março, quando faleceu, sendo seu funeral realizado na Catedral “St. John The Divine”, em New York, com a presença de cerca de 10.000 admiradores; também em New York e no Bronx seu corpo foi enterrado (“Woodlawn Cemetery”). Em 1997 foi criado e

instalado memorial a DUKE ELLINGTON no Central Park (5ª Avenida com a

110th Street, cruzamento que passou a denominar-se “Duke Ellington Circle”). Em sua terra natal, Washington D.C., está instalada a “The Duke Ellington School Of The Arts” dedicada ao ensino de estudantes com potencial para as artes.

ELLINGTON nasceu no seio de família da pequena burguesia de cor negra da capital, sendo que seu

pai, James Edward Ellington, era funcionário público como desenhista na Marinha americana, chegou a ser mordomo na família de médico importante em Washington e mais tarde na Casa Branca e, ainda, complementava seus ganhos trabalhando como chefe dos garçons em restaurante; tocava piano, conhecia muito bem as danças de salão e os vinhos, era figura afável e sempre pronto a quaisquer sacrifícios para o sustento da família. Daisy Kennedy Ellington, mãe de ELLINGTON, tocava piano,

era severa e rigorosa impondo a toda a família um comportamento sóbrio e até “senhorial”, sempre

tratou ELLINGTON como um “ser especial”, o que marcou o filho para o resto da vida tanto no falar

quanto no trajar e nos modos refinados, o que em nada o impediu de ser um “mulherengo”.

ELLINGTON desfrutou de uma infância completamente diferente das de seus irmãos de cor; estes

com suas vidas oprimidas nos “guetos” eram o oposto do que a família de ELLINGTON lhe

proporcionou, uma educação estruturada e voltada para a cultura, profunda, sensível, ao mesmo tempo que acelerada; a par desse aspecto é importante salientar que ELLINGTON foi filho único e

único filho até os 15 anos (quando nasceu sua irmã), podendo desfrutar dessas atenção e formação exclusivas até quase emancipar-se. Por sua postura desde jovem recebeu já no seio familiar e entre os amigos o apelido de “Duke” (duque)

Os estudos de piano foram iniciados com um professor (Henry Grant) e uma professora (Klingscale), ao mesmo tempo em que estudava nas melhores escolas da capital americana com dedicação, em particular para o desenho (que jamais abandonou, sendo que muitos de seus esboços, pinturas e gravuras tornaram-se patrimônio privado da comunidade da banda). Chegou a ser premiado em concurso da “NAACP” (“National Association For The Advancement Of Coloured People”), o que lhe garantiu uma bolsa no “Pratt Institute”.

Somente mais tarde a música tornou-se significativa para o jovem ELLINGTON, que passou a participar

das denominadas “rent-parties” (as festas organizadas pelos negros destinadas a angariar recursos para pagar o aluguel de suas moradias), já que os músicos mais requisitados para festas eram os pianistas e para apresentações em clubes (“True Reformer’s Hall”, “Abbot House”, “Oriental Theatre” e outros).

A música de ELLINGTON transcende a linguagem puramente jazzística e alcança tensões culturais que

a tornaram imortal. Com certeza se as formações de “big band” de ELLINGTON não foram as mais

puramente “swingantes” de todas as da “era do swing” (aquelas que, como dito nas edições anteriores, escreveram uma página magistral para o cenário do JAZZ por cerca de 03 décadas),

alinha-se entre as 06 grandes, ao lado de Count Basie, Tommy Doralinha-sey, Benny Goodman, Stan Kenton e Woody Herman, assim como também marcaram presença destacada as de Harry James e outras.

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Durante cerca de meio século de atividade musical a obra de ELLINGTON, além das composições

clássicas que a identificam, fez desfilar músicos notáveis como integrantes da banda, no contexto do grupo e como solistas, o que por si só já pode ser considerada uma enorme e magnífica contribuição para a história do JAZZ.

Antes mesmo de historiar ELLINGTON como pianista, líder de bandas, compositor e “construtor de

palco” para os solos de seus músicos, transcrevemos a seguir uma cronologia sintética dos marcos de seu trabalho, tomando como base o que escrevemos para o jornal “Hoje em Dia” de Belo Horizonte (Caderno de Cultura, 04, 11 e 18 de maio de 1994, coluna “Cantinho do Jazz” que então criamos e assinávamos, sempre na página 2).

1914 Aos 15 anos ELLINGTON escreveu sua primeira composição (“Soda Fountain

Rag”)

1915 a 1918 Com músicos de Washington (entre os quais Henry Grant, Klingscale e Oliver “Doc” Cherry) ELLINGTON aprimora sua formação musical prática

1918 Casa-se com 19 anos a 02 de julho com Edna Thompson; toca em bandas e locais da capital (os já indicados “True Reformer’s Hall”, “Abbot House e “Or

ental Theatre” entre outros) i

1919. Nasce seu filho Mercer Ellington em 11 de março; foi convidado para integrar as formações de Louis Thomas, de Daniel Doyle, de Doc Perry,

de Elmer Snowden (banjoista) e de Russel Wooding, mas dedicou-se à formação do núcleo da sua primeira banda, “The Duke Serenaders”, com seu vizinho Otto Hardwick (saxofonista) e Sonny Greer (baterista que permaneceu com ELLINGTON de 1919 até 1950)

1922 Já em New York estudou informalmente com os pianistas James P. Johnson e Willie “The Lion” Smith; reúniiu-se com Sonny Greer, Otto Hardwick e Wilbur Sweatman (saxofonista); retornou brevemente a Washington mas foi persuadido por Thomas “Fats” Waller (o genial pianista e compositor de “Honeysukle Rose” e “Ain’t Misbehavin’”) a regressar para New York

1923 a 1924 O primeiro trabalho em New York foi no clube “Barron’s” no Harlem, com Otto Hardwick / saxofone, Sonny Greer / bateria, Elmer Snowden / banjo e guitarra, e Arthur Whetsol / trumpetista compondo o quinteto capitaneado por ELLINGTON, passando depois para o “Kentucky Club” (então

“Hollywood Club”) na Broadway, já com o “The Duke Serenaders” intitulando-se “The Washingtonians”. Nesse ano de 1924 ELLINGTON inicia suas composições para o mercado da “Tin Pan Alley” (região no sul

de Manhattan ao lado da “Union Square”, onde se concentravam as editoras de músicas e onde tocavam suas composições os consagrados George Gershwin, Irving Berlin, Richard Rodgers, Cole Porter, Jerome Kern e outros desse calibre; lembramos que à época essas editoras musicais vendiam partituras para aqueles que possuíam piano em casa; esses consumidores de bom padrão escolhiam as partituras de acordo com o que lhes era demonstrado pelos pianistas de plantão). Também nesse ano de 1934

ELLINGTON compõe canções para o letrista Jo Trent e destinadas ao musical “Chocolate Kiddies”

1925 Durante curto período o grande Sidney Bechet incorpora-se ao grupo de ELLINGTON. Junta-se ao grupo

o trumpetista James “Bubber” Miley

1926 Welman Braud (contrabaixista) e Joe “Tricky Sam” Nanton (trombonista) passam a integrar a banda.

ELLINGTON conhece Irving Mills que torna-se seu empresário (e “assina” dai por diante várias

composições como parceiro de ELLINGTON até 1939, quando se desentenderam e Billy Strayhorn passou

a integrar a banda). A banda adota como prefixo a composição de “Bubber” Miley “East St. Louis Toodle-Oo”

1927 Surge a grande oportunidade para ELLINGTON: a “banda residente” do Cotton Club era a de Joe “King”

Oliver que exigiu mais dinheiro para permanecer no clube, sendo então o posto oferecido pelo proprietário, o “gangster” inglês Owney Madden, a ELLINGTON que alí passou a atuar a partir do dia 04

de dezembro com o título de “Duke Ellington And His Jungle Band” e já contando no grupo com Harry Carney (sax.barítono) e Barney Bigard (clarinete). Foi importante o fato de que os espetáculos do Cotton Club eram regularmente transmitidos pelo rádio “coast-to-coast”, o que tornou a banda conhecida a nivel nacional Nesse ano as composições mais importantes de ELLINGTON (em parceria

com “Bubber” Miley) foram “Black And Tan Fantasy” e “Creole Love Call”, esta gravada com a cantora Adelaide Hall (falecida em Londres em 07 de novembro de 1993 aos 93 anos)

1928 O grande saxofonista.alto Johnny Hodges (“The Rabbit”) entra para a banda e o destaque do ano são as composições “The Mooche” e “Black And Beauty”

1929 ELLINGTON trás toda a família para New York. A banda participa da revista musical “Show Girl” de

Ziegfeld e do curta-metragem “Black And Tan Fantasy”, filmado no Cotton Club. Otto Hardwick e “Bubber” Miley (que viria a falecer em 1932) deixam a banda, enquanto Juan Tizol (Juan Vicente Martinez Tizol nascido em San Juan / Porto Rico, trombonista, arranjador e compositor) e Cootie Williams (trumpetista) passam a integrar o elenco de ELLINGTON

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1930 Uma breve interrupção das apresentações no Cotton Club, permite a ELLINGTON figurar na filmagem em

Hollywood do longa metragem “Check And Double Check”. Como composições destacadas do ano situam-se “Mood Índigo”, “Wall Street Wail”, “Rockin’in Rhythm”, “Ring Dem Bells” e “Old Man Blues”. A banda apresenta-se nos clubes “Palace”, “Paramount” e “Fulton”, neste em concerto com o grande Maurice Chevalier

1931 Em fevereiro ELLINGTON desliga-se temporariamente do Cotton Club. É o ano da primeira longa

composição de ELLINGTON: “Creole Rhapsody”

1932 Esse ano marca 02 composições imortais de ELLINGTON: “Sophisticated Lady” e “It Don’t Mean A Thing

(If It Ain’t Got That Swing)”. A banda realiza concerto na “Columbia University” (que anos mais tarde outorgou-lhe o título de “Doutor Honoris Causa”), já com Lawrence Brown incorporado ao naipe de trombones. Retorna à banda o saxofonista Otto “Toby” Hardwick

1933 ELLINGTON compõe “Reminiscing In Tempo”, nostálgica homenagem à sua mãe falecida nesse ano. O

clássico do ano é a composição “In A Sentimental Mood”. O contrabaixista Billy Taylor entra para a banda substituindo Wellman Braud. Também entra para a banda o tumpetista Rex Stewart. A banda realiza temporadas por todo o território americano, assim como sua primeira viagem ao “Velho Continente” (ritual que se repetirá vezes sem conta no futuro, assim como para outros continentes, inclusive visitando o Brasil em 02 ocasiões, 1968 e 1971)

1936 Destaque para a composição de ELLINGTON e Juan Tizol “Caravan”, seguida de “Echoes Of Harlem” e

“Clarinet Lament”

1937 Mais clássicos: “Azure” e “Diminuendo And Crescendo Blues”, sendo esta composição a que se tornou lendária a partir do “Newport Jazz Festival” de 1956, em função do extraordinário solo do sax.tenorista Paul Gonsalves (14’20” de solo com 27 choruses, indicado na “Discografia”). Falece o pai de

ELLINGTON. Temporadas na “Apollo Theatre” (Harlem) e no novo “Cotton Club” (Broadway). Após 19

anos com ELLINGTON deixa a banda o trumpetista Arthur Whetsol (Arthur Parker Whetsol), que viria a

falecer em 1940 com apenas 34 anos

1938 “Prelude To A Kiss” é a composição em destaque no ano. Junta-se à banda o trumpetista “Shorty” Baker que logo depois desliga-se, reincorporando-se em 1943 a permanecendo até 1951

1939 Segunda excursão à Europa e primeira composição de Billy Strayhorn – William “Swee’Pea” Strayhorn (“Something To Live For”), que incorporou-se à banda com os notáveis Jimmy Blanton (contrabaixo) e Ben Webster (sax.tenor). Billy Strayhorn então com apenas 24 anos passou a ser o grande arranjador, homem de confiança e alter-ego de ELLINGTON; a edição de 24 de novembro

de 1996 do jornal “O Estado de São Paulo”, Caderno 2 / Especial Domingo, trouxe em sua página 01 o artigo “Despindo Ellington Para Vestir Strayhorn” do escritor Ruy Castro, pontuando aspectos interessantes da relação e das diferenças entre os dois; mais adiante retornaremos ao assunto

1940 O trumpetista Ray Nance substituiu Cootie Williams. Composições desse ano: “Bojangles” (homenagem ao grande Bill “Bojangles” Robinson, que atuava no Cotton Club ao tempo em que a banda de ELLINGTON ali se apresentava), “In

A Mellotone”, “Cottontail”, “Day Dream” (parceria com Billy Strayhorn) e “Never No Lament” (que todos passaríamos a conhecer após rebatizada como “Don’ Get Around Much Anymore”)

1941 Billy Strayhorn compõe a imortal “Take The ‘A’ Train”, mais tarde prefixo da banda

Seguiremos com o foco sobre DUKE ELLINGTON no próximo mês

Segue na “Revista Mensal do Jazz” nº 77, fevereiro/2012, “BIG BANDS” - A MARAVILHOSA ERA DO SWING -19ª Parte”.

Referências

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