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Ensaios em Produto Acabado

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Ensaios em Produto Acabado

NBR 13818

Prof. Edney Neves – IFPR – Campus Campo Largo – Curso Técnico em Cerâmica

Aula 15

Normas ABNT

Análise Visual do Aspecto Superficial Determinação da Absorção de Água

Determinação da Carga de Ruptura e Módulo de Resistência à Flexão

Associação Brasileira de Normas Técnicas

Prof. Edney Neves – IFPR – Campus Campo Largo – Curso Técnico em Cerâmica

ABNT

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

foi fundada em 1940 e é o

órgão responsável pela

normalização técnica

no Brasil, fornecendo a base

necessária

ao

desenvolvimento

tecnológico

brasileiro;

É uma entidade privada, sem fins lucrativos,

reconhecida

como

único

Foro

Nacional

de

Normalização através da Resolução n.º 07 do

CONMETRO, de 24.08.1992;

ABNT

É

membro fundador e representante oficial no Brasil

da

ISO

(International

Organization

for

Standardization),

da

COPANT

(Comissão

Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN

(Associação Mercosul de Normalização);

ABNT

O conteúdo das normas é de responsabilidade dos

Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de

Normalização Setorial (ONS). São feitas pelas

Comissões

de

Estudo

(CE),

formadas

por

representantes dos setores envolvidos (produtores,

consumidores

e

neutros

universidades,

laboratórios e outros).

ABNT

Catálogo de normas

on line

.

(2)

Placas Cerâmicas

Esta tipologia de produto cerâmico deve seguir as

seguintes normas da ABNT:

 ABNT NBR 13816:1997 – Placas cerâmicas para revestimento –

Terminologia.

 ABNT NBR 13817:1997 – Placas cerâmicas para revestimento –

Classificação.

 ABNT NBR 13818:1997 – Placas cerâmicas para revestimento –

Especificação e Métodos de Ensaios.

 ABNT NBR 15463:2013 – Placas cerâmicas para revestimento –

Porcelanato.

Obs.: Tais normas foram baseadas nas ISO 10545-1 a 17 e ISO 13006.

Placas Cerâmicas

ABNT

NBR 13816

:1997 – Placas cerâmicas para

revestimento –

Terminologia.

Norma NBR 13816:1997

Placas Cerâmicas

ABNT

NBR 13817

:1997 – Placas cerâmicas para

revestimento –

Classificação.

Norma NBR 13817:1997

Placas Cerâmicas

ABNT

NBR 13818

:1997 – Placas cerâmicas para

revestimento –

Especificação e Métodos de

Ensaios.

Norma NBR 13818:1997

Análise visual do aspecto

superficial

Importância do resultado:

• Determina a qualidade superficial do produto;

• Determina o critério de qualidade mínimo aceitado pelo

mercado (norma);

• Os resultados auxiliam nas melhorias do processo e do

produto (dados estatísticos);

• Influência direta (volume de produção) e indireta

(3)

Análise visual do aspecto superficial

Figura 1. Esquema da aparelhagem para o ensaio de absorção de água. Fonte: NBR 13818:1997 Luxímetro

Cavalete (Painel de no mínimo

1,20 m x 1,00 m) Lâmpada com temperatura de cor de

6000 K a 6500 K

Instrumento para medir distância entre o painel e observador (Ex.: trena)

Análise visual do aspecto superficial

Figura 2. Temperatura da cor de lâmpadas. Fonte: www.Philips.com.br Lâmpada com temperatura de cor de 6000 K a 6500 K

Preparação dos corpos de prova

As placas cerâmicas devem ser coletadas aleatoriamente (mínimo de 4 embalagens/paletes diferentes)

Montar um painel de no mínimo 2 m² ou 30 peças.

Exemplo:

Formato Critério

De 7,5 x 7,5 cm a 20 x 20 cm Coletar 50 peças (prevalece critério 2 m²) De 20 x 20 cm a 30 x 30 cm Coletar 30 peças (prevalece critério de n° de peças) De 30 x 30 cm a 50 x 50 cm Coletar 30 peças (prevalece critério de n° de peças) Formatos grandes Coletar 30 peças (prevalece critério de n° de peças)

Procedimento

1. Instalar painel onde as placas ficarão dispostas, de maneira que o ângulo em relação ao chão fique a 70° ± 5°;

2. As placas devem ser iluminadas com intensidade de 330 ± 30 lux;

3. O inspetor (observador) deve se posicionar a 1,00 ± 0,05 m de distância do painel;

4. Examinar as placas com o objetivo de verificar a existência ou não de defeitos.

(rachaduras, base descoberta por falha do vidrado, depressões, crateras, bolhas, furos, pintas, manchas, defeitos do baixo esmalte, defeitos na decoração, cantos e lados lascados, despontados, saliências, incrustações de corpos estranhos; riscados; diferença de tonalidade em caixas de marcações idêntica)

Expressão dos resultados:

• Dividir o n° total de placas SEM DEFEITOS perceptíveis pelo número total de placas examinadas;

(%) = °

° ×

• Se o resultado for inferior a 95%, coletar novamente mais 4 embalagens/paletes diferentes e realizar nova verificação (considerar peças amostras anteriormente para o cálculo).

Relatório do ensaio:

No controle de qualidade em uma indústria seria conveniente acrescentar as informações: DATA DE FABRICAÇÃO, NOME/FORMATO E MARCA,FORNO,NOME DO INSPETOR,TURNO OU HORÁRIO DA INSPEÇÃOe um campo paraOBSERVAÇÕES.

Data do Ensaio

Procedimen to

N° total de Pçs Examinadas

N° total de Pçs Sem Defeitos

Porcentagem de Pçs sem defeitos (%)

Defeitos Encontrados

(4)

Determinação da Absorção

de Água

Prof. Edney Neves – IFPR – Campus Campo Largo – Curso Técnico em Cerâmica

Importância do resultado:

• Indica a qual grupo de absorção a cerâmica pertence

(Porcelanato, Grês, Poroso, etc.);

• Quanto menor a absorção de água maior será a resistência

mecânica;

• A absorção ocorre somente pelo suporte cerâmico (quando

presente, o esmalte não apresenta porosidade, sendo considerado impermeável).

Determinação da Absorção de Água em Revestimentos

Figura 1. Esquema da aparelhagem para o ensaio de absorção de água. Fonte: NBR 13818:1997 Estufa (110 ± 5°C) Recipiente Dessecador Balança

(resolução de 0,01% da massa do c-p)

Preparação dos corpos de prova

1 placa cerâmica = 1 corpo de prova;

Para placas cerâmicas de área ≥ 0,04 m² = 5 corpos de prova;

(ex.: placa cerâmica maior que 20 cm x 20 cm)

Para placas cerâmicas de peso inferior a 50 g deve juntar um número de placas suficiente para atingir peso entre 50 g e 100 g (cada grupo será considerado 1 corpo de prova);

Placas com dimensões maiores que 20 cm podem ser

cortadas para o ensaio, desde que todas as partes sejam inclusos;

Procedimento

1. As placas devem estar secas (para garantir a constância do peso a norma recomenda a secagem das peças e resfriamento em dessecador);

2. Pesar os corpos de prova;

3. Imergir os corpos de prova verticalmente, de modo que não tenham contato (uso de água destilada ou deionizada) e aquecer a água até fervura, mantendo por 2 horas; 4. Os corpos de prova devem ser resfriados até a temperatura

ambiente por meio de circulação de água corrente; 5. Retirar o excesso de água com uma flanela e realizar

Expressão dos resultados:

• Aplicar a equação:

= − !

!

× 100

• O resultado será a média aritmética, considerandouma casa após a vírgula.

(5)

Relatório do ensaio:

No controle de qualidade em uma indústria seria conveniente acrescentar as informações: DATA DE FABRICAÇÃO, FORNO,

TEMPERATURA DE QUEIMA (Sup./Inf.), CICLO e CÓDIGO DA

COMPOSIÇÃO CERÂMICA.

Data do Ensaio Corpo de prova Nome produto Marca ou Fabricante Formato (dimensão nominal)

Procedimento Abs(%)

01/01/16 CP 1 RV Cestec IFPR 30 x 30 cm NBR 13818 – B 12,5 01/01/16 CP 2 RV Cestec IFPR 30 x 30 cm NBR 13818 – B 11,5 01/01/16 CP 3 RV Cestec IFPR 30 x 30 cm NBR 13818 – B 11,8 01/01/16 CP 4 RV Cestec IFPR 30 x 30 cm NBR 13818 – B 11,7 01/01/16 CP 5 RV Cestec IFPR 30 x 30 cm NBR 13818 – B 12,1

Média  11,9

Determinação da Carga de

Ruptura e Módulo de

Resistência à Flexão

Prof. Edney Neves – IFPR – Campus Campo Largo – Curso Técnico em Cerâmica

Importância do resultado:

• Quanto menor a absorção de água maior será a resistência

mecânica;

• Auxilia a definição dos ambientes de uso do produto cerâmico

(garagens, indústrias com empilhadeiras, comércio,

dormitórios, etc.);

Grupo Absorção de Água Carga de Ruptura (N) Módulo de Resistência a Flexão (MPa) Denominação

e ≥ 7,5 mm e área ≤ 50 cm²: N.A. e ≥ 7,5 mm e área > 50 cm²: ≥ 1800 e < 7,5 mm e área ≤ 50 cm²: ≥ 1000 e < 7,5 mm e área > 50 cm²: ≥ 900 e ≥ 7,5 mm e área ≤ 50 cm²: N.A. e ≥ 7,5 mm e área > 50 cm²: ≥ 1500 e < 7,5 mm e área ≤ 50 cm²: ≥ 900 e < 7,5 mm e área > 50 cm²: ≥ 1000 e ≥ 7,5 mm: ≥ 1100 e < 7,5 mm: ≥ 700 e ≥ 7,5 mm: ≥ 1000 e < 7,5 mm: ≥ 600 e ≥ 7,5 mm: ≥ 800 e < 7,5 mm: ≥ 500

e ≥ 7,5 mm: ≥ 600 e ≥ 7,5 mm: ≥ 15 e < 7,5 mm: ≥ 200 e < 7,5 mm: ≥ 12 BIa

área > 50 cm²: 37

área ≤ 50 cm²: 45

Grês

Semi Grês

BIIb 6% a 10% ≥ 18 Semi Poroso

BIb 0,5% a 3% ≥ 30

BIIa

Porcelanato Esmaltado

BIII ≥ 10% Poroso

≤ 0,1% ≥ 45 Porcelanato Técnico

3% a 6% ≥ 22

≤ 0,5%

Tabela 1. Valores mínimos de MRF e CR em função do grupo de absorção de água e espessura da placa cerâmica. Fonte: NBR 13818:1997

Determinação da C.R. e M.R.F.

Figura 1. Aparelho para determinar o MRF e a CR. Fonte: NBR 13818:1997

Célula de Carga (medidor de força com

resolução de 2%)

Figura 2. Vista em perspectiva do aparelho. Fonte: NBR 13818:1997

• Preparação dos corpos de prova

Selecionar os corpos de prova aleatoriamente;

Realizar o ensaio preferencialmente em placas inteiras. Caso tenham comprimento > 30 cm, poderá ser cortada;

Se largura do corpo de prova for maior que 4,8 cm o ensaio deverá ser realizado em 7 corpos de prova; para medidas inferiores em 10 corpos de prova.

Placa 20 cm x 40 cm

20 cm

(6)

Procedimento

1. Remover qualquer sujeira no corpo de prova;

2. O corpo de prova deverá estar seco (uso de estufa a 110 °C) e ensaiados no máximo até 3 horas após esfriamento; 3. Inserir o corpo de prova sobre os apoios, sendo que a

superfície de uso para cima e largura paralela aos apoios (deverá haver a saliência, conforme tamanho da placa)

Comprimento da placa Saliência fora do apoio ( l )

≥ 95 10 mm

48 ≤ c < 95 5 mm 18 ≤ c < 48 2 mm

Procedimento

4. A barra central deverá estar alinhada com o centro do corpo de prova e equidistante das barras de apoio inferiores; 5. A força deverá ser aplicada gradativamente, com velocidade

de 1 ± 0,2 MPa/s;

6. A espessura mínima deverá ser medida na seção de ruptura do corpo de prova (excluindo a medição próximo as bordas).

Expressão dos resultados:

• Para determinar o Módulo de Resistência à Flexão:

$%& = 3 × & × ( 2 × × *+í-./ Sendo:

MRF é o módulo de resistência à flexão (MPa) eminé a mínima espessura ao longo da ruptura após

ensaio (mm) • Para determinar a Carga de

Ruptura:

0% =& × (

Sendo:

CR é a carga de ruptura (N) F é a força de ruptura (N)

L é a distância entra as barras de apoio (mm) b é a largura do corpo de prova ao longo da ruptura após ensaio (mm)

Relatório do ensaio:

No controle de qualidade em uma indústria seria conveniente acrescentar as informações: DATA DE FABRICAÇÃO, FORNO,

TEMPERATURA DE QUEIMA (Sup./Inf.), CICLO, CÓDIGO DA

COMPOSIÇÃO CERÂMICA,ESPESSURAeABSORÇÃO DE ÁGUA.

Data do Ensaio

Corpo de prova

Nome / Marca / Formato Norma

Valores d, t, l

(mm) CR (N) F (N) MRF (MPa)

01/01/16 CP 1 RV Cestec / IF / 30x30 cm NBR 13818 – c 20, 5, 10 610 655 15,5 01/01/16 CP 2 RV Cestec / IF / 30x30 cm NBR 13818 – c 20, 5, 10 690 705 16,5 01/01/16 CP 3 RV Cestec / IF / 30x30 cm NBR 13818 – c 20, 5, 10 750 695 16,8 01/01/16 CP 4 RV Cestec / IF / 30x30 cm NBR 13818 – c 20, 5, 10 680 702 15,7 01/01/16 CP 5 RV Cestec / IF / 30x30 cm NBR 13818 – c 20, 5, 10 710 710 17,1

... ... ... ... ... ... ... ...

Imagem

Figura 1. Site ABNT para busca de normas técnicas. Fonte: www.abntcatalogo.com.br
Figura 1. Esquema da aparelhagem para o ensaio de absorção de água. Fonte: NBR 13818:1997 Luxímetro
Figura 1. Esquema da aparelhagem para o ensaio de absorção de água. Fonte: NBR 13818:1997Estufa (110 ± 5°C)RecipienteDessecadorBalança
Tabela 1. Valores mínimos de MRF e CR em função do grupo de absorção de água e espessura  da placa cerâmica

Referências

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