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Condicionantes para a utilização da homeopatia por pecuaristas familiares / Conditioners for the use of homeopathy by family farmers

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.63133-63148 aug. 2020. ISSN 2525-8761

Condicionantes para a utilização da homeopatia por pecuaristas familiares

Conditioners for the use of homeopathy by family farmers

DOI:10.34117/bjdv6n8-663

Recebimento dos originais: 28/07/2020 Aceitação para publicação: 28/08/2020

Silvia Maria Soares Figueira

Especialista em Desenvolvimento Territorial e Agroecologia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Santana do Livramento

Endereço: Rio Grande do Sul (RS), Brasil.

Cláudio Becker

Doutor em Agronomia

Universidade Federal de Pelotas, Brasil. Professor Adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Endereço: Santana do Livramento, RS, Brasil.

Shirley G. da S. Nascimento

Doutora em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas, Brasil. Professora Adjunta na Universidade Federal do Pampa

Endereço: campus Dom Pedrito, RS, Brasil.

Daniel Hanke

Doutor em Ciência do Solo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. Professor Adjunto na Universidade Federal do Pampa

Endereço: campus Dom Pedrito, RS, Brasil.

Mariana Rockenbach de Ávila

Doutora em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. Colaboradora via FAPEG na Embrapa Clima Temperado

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RESUMO

A homeopatia é amplamente utilizada na pecuária global, e se tratando de bovinocultura a mesma tem se apresentado como uma alternativa ao uso de produtos químicos, também chamados de “convencionais”. Este artigo discute os condicionantes que determinam a utilização da homeopatia por pecuaristas familiares em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. A pesquisa que deu origem ao trabalho fundamenta-se na pesquisa qualitativa. Os dados foram analisados através de análise textual de discurso - ATD. Os principais resultados apontam que a homeopatia é uma ferramenta importante, principalmente no controle da mastite, e endo e ectoparasitas. Entretanto, os produtos não estão disponíveis para comercialização. Constatou-se que independente da viabilidade econômica, a falta de informação e a baixa oferta é o que condiciona a escassa adoção dos tratamentos.

Palavras-chave: bovinocultura, sustentabilidade, saúde animal. ABSTRACT

Homeopathy is widely used in global livestock, in the case of beef cattle, it has been presented as an alternative to the use of chemical products, also called "conventional". This article discusses the conditions that determine the use of homeopathy by family farmers in Santana do Livramento, on the border with Uruguay. The research that gave rise to the work was based on qualitative research. The data were analyzed through textual speech analysis - ATD. The main results point out that homeopathy is an important tool, mainly in the control of mastitis, and endo and ectoparasites. However, the products are not available for sale. It was found that regardless of economic viability, the lack of information and the low supply is what conditions the scarce adoption of treatments.

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1 INTRODUÇÃO

Na busca por uma produção intensiva de alimentos, propagou-se globalmente a “Revolução Verde”, processo que levou aos produtores rurais a ideia de modernização da produção com maior quantidade e qualidade (AVELINO et al., 2020). Foi por intermédio dos pacotes tecnológicos, e de uma extensão rural difusionista, que esse novo método de produzir ganhou força (ZAMBERLAN; FRONCHETI, 2001; RIVA et al, 2018), passando a utilizar produtos convencionais (químicos), modificando o ambiente e a vida do agricultor.

Os resultados deste sistema de produção, deixaram os agroecossistemas em situação vulnerável, através da contaminação do ar, da água (rios, córregos e do aquífero subterrâneo) e do solo pela alta carga de agrotóxicos, não permitindo que espécies como insetos e microrganismos se reproduzam e, realize um controle biológico de parasitas e verminoses (MITIDIERO, 2002; SERRA, 2016). Por intermédio do uso descontrolado de produtos químicos, os agricultores e pecuaristas necessitam de produtos mais potentes para ter o efeito esperado no controle das doenças. O pecuarista familiar enfrenta graves problemas no que diz respeito ao controle de endo e ectoparasitas, buscando o controle através de medicamentos, na maioria dos casos recorrendo aos alopáticos (químicos). Ademais, a maior causa de prejuízos ao produtor de leite do mundo todo, é a mastite clínica (com sintomas) e subclínica (sem sinais clínicos), na qual impacta diretamente na qualidade e quantidade do leite (MITIDIERO, 2002; ALMEIDA 2004; MASSIGNANI, 2015).

A homeopatia tem o propósito de transformar a realidade, diminuindo o uso intensivo de agrotóxicos no planeta. Esta contaminação prejudica o meio ambiente e a vida humana (ARENALES, 2002; GEMELLI; PEREIRA, 2018). Não obstante, há vários estudos comprovando, que os plantéis homeopatizados apresentam melhora no que tange o desempenho de todo o rebanho (BENEZ, 1999; ANDRADE; CASALI, 2011. ALMEIDA, 2011; LEAL; COSTA, 2013; ALMEIDA et al., 2015)

A homeopatia é amplamente utilizada na pecuária global, principalmente para reduzir o uso de antibióticos (DOEHRING; SUNDRUM, 2016), embora seja vista algumas vezes como alternativa controversa. Nesse sentido, evidencia-se a necessidade de estudos acerca de formulações homeopáticas (FIGUEIREDO et al., 2018), vias de administração e manejo, antes de concluir sua eficácia.

Sendo assim, este estudo tem como enfoque abranger a temática de tratamento homeopático, procurando esclarecer os benefícios e possíveis desvantagens deste manejo. Para tal, objetivou-se analisar o cenário atual da utilização do tratamento homeopático por parte dos pecuaristas familiares na produção de gado de corte e leite, no município de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul (RS).

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Diante dessa conjuntura, questiona-se: a) Como a homeopatia pode contribuir para a transformação deste cenário no município? b) Quais seriam os entraves para além da questão clínica que dificultam o uso da homeopatia pelos pecuaristas familiares? c) Que influência exercem as dimensões culturais, econômicas, ambientais, éticas nesse processo? d) Quais elementos embasam a opinião dos pecuaristas familiares que utilizam e os que não utilizam a homeopatia na produção?

2 MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho tem como universo de estudo o município de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul (RS). Este município localizado na região da campanha gaúcha situa-se sob as coordenadas Latitude: -30.8897, Longitude: -55.5323 30° 53′ 23″ Sul, 55° 31′ 56″ Oeste, possui 695.039 hectares 6.950,39 km², fazendo fronteira com o Uruguai. Possui 83.324 mil habitantes (IBGE, 2020) e sua principal fonte de renda é a pecuária de corte e agricultura (TORRES; MIGUELL, 2003).

A pesquisa assenta-se na pesquisa qualitativa (GIL, 1999) e usou de metodologia plural para dar conta de responder aos objetivos do trabalho. Como técnica de coleta de dados utilizou-se roteiro de questões semi-estruturado, registro fotográfico e observação não participante (MARCONI; LAKATOS, 1991).

Foram entrevistadas três categorias distintas, a saber: técnicos (04) e empresas (04) e agricultores e (07) pecuaristas familiares de gado de corte e de leite do município, identificando as formas de manejo utilizado na produção convencional ou homeopática. A seleção dos entrevistados se deu por critérios de atuação no setor e de relação com o tema de pesquisa. Todas as entrevistas foram gravadas com a autorização dos entrevistados, sendo preservados seus nomes verdadeiros, e logo depois, transcritas na sua integralidade. Para manter o anonimato dos interlocutores, optou-se por atribuir-lhes um nome fictício.

Após as transcrições, os dados foram agrupados por categorias e discutidos através das técnicas da análise textual de discurso. Realizou-se inicialmente a desconstrução e unitarização do corpus e posteriormente procedeu-se com a leitura e significação do material para posterior categorização dos discursos, descrição e interpretação (MORAES; GALIAZZI, 2016).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Cabe enfatizar o anseio dos agricultores e pecuaristas por uma produção economicamente viável bem como a crescente preocupação com o controle dos parasitas, devido à resistência aos medicamentos convencionais e a crescente contaminação pessoal e do meio ambiente.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.63133-63148 aug. 2020. ISSN 2525-8761 3.1 A OPINIÃO DOS TÉCNICOS

Se tratando de gado de corte no município estudado, a homeopatia está presente através de ações como da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER). No ano de 2013 deu-se início ao projeto intitulado “RS Biodiversidade”, que tem como badeu-se e essência apoiar os pecuaristas familiares que trabalham em até 300 hectares (ha) e também, que 70% da renda total da família seja oriunda da pecuária.

Um dos entrevistados do presente estudo ressaltou que, na atualidade, o manejo do campo nativo em pastoreio rotativo está com 25 projetos no município de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul (RS). Nesse contexto, a EMATER em conjunto com um laboratório homeopático, se propôs a inserir ao pastoreio rotativo, o tratamento homeopático para o gado de corte. Em 2014 foi implantada uma unidade demonstrativa em uma das propriedades rurais, pertencente a um pecuarista familiar que neste documento será chamado de José, localidade denominada “Florentina”, em Santana do Livramento.

Para dispor de um acompanhamento através da coleta de dados e informações da produtividade, confeccionou-se uma tabela onde foi possível verificar o cálculo total de suplemento mineral consumido e em quantos dias bem como saber quantas gramas da mistura homeopática cada animal consumiu. A homeopatia começou a ser utilizada no mês de outubro de 2014, onde se incorporou o composto homeopático em todos os piquetes, na qual detém 53 ha, divididas em 17 piquetes com gado de cria, sendo novilhas de primeira cria com os filhos. No princípio, o senhor José começou com a homeopatia somente para os animais jovens. Quando ele percebeu que o resultado estava sendo satisfatório, precisamente em dezembro do mesmo ano, foi estabelecido o tratamento para todo o gado que estava externamente dos piquetes.

No mês de fevereiro (2015) foi verificado pelo pecuarista que os animais que estavam fora dos piquetes mantinham-se muito bem e os animais inseridos nos piquetes apresentaram um pouco de carrapato, tendo que aplicar o medicamento convencional (alopático) como forma de controle. Nesse contexto, o entrevistado evidencia que:

Conforme a minha teoria, como os animais estavam no pastejo rotativo comendo pasto de qualidade, tiveram pouco interesse pelo consumo de sal (sal branco, cloreto de sódio um pouco de mineral e homeopatia). Diante disso, os animais, consumiam o sal em quantidade bem menor que 5g por animal por dia. Nos animais introduzidos no rotativo, tivemos que fazer uma aplicação de Pour-on, isso no verão retrasado 2014/2015 (Informação verbal, julho de 2016).

No ano de 2015, o pecuarista informa que, ao desmamar os terneiros utilizou carrapaticida, no entanto, não havia incidência de carrapato, mas aplicou por questão de hábito. Neste ano o produtor não necessitou utilizar nenhum medicamento alopático e os animais se mantiveram limpos

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dentro e fora dos piquetes. Com o auxílio de um médico veterinário ocorreu uma adequação do tratamento homeopático, suspendendo a homeopatia no inverno (período com menos incidência de carrapato), pelo fato que estes complexos diminuem a resposta neste período. Conforme o agente de extensão rural, o senhor José procura evitar o uso de químicos na propriedade e aponta como principal vantagem não precisar banhar os animais bovinos.

O Médico Veterinário A que atua principalmente na bovinocultura de corte, e trabalha com medicamentos homeopáticos, recomenda o tratamento para seus clientes e colegas de profissão. Este salienta que há muitos técnicos que usam a homeopatia, para as mais diversas necessidades, não apenas para o carrapato e verminose, mas também, no tratamento de cães, gatos, aves e outras espécies. Por sua vez, o Médico Veterinário B, trabalha há oito anos com a homeopatia, atuando diretamente com os assentados do município, preconiza um tratamento preventivo, principalmente utilizado no rebanho leiteiro.

Em relação às vantagens da homeopatia, os dois veterinários afirmam que existem muitos benefícios no uso de medicamentos alopáticos. Um exemplo é não deixar resíduos e não causar resistência, tornando o produto final, ou seja, carne ou leite, mais saudável. O veterinário A recomenda a homeopatia, mas com algumas ressalvas em relação à marca do produto:

Como na maioria dos produtos comercializados, existem boas marcas (empresas) de homeopatia e outras de menor qualidade. Além do mais, os resultados dos produtos não são imediatos e esse produto exige certo nível de organização em termos de esquema de tratamento e o comprometimento do produtor com esse esquema de tratamento (Informação verbal, maio de 2016). A homeopatia dispõe, ainda, um campo muito grande para desenvolver na região, diz o veterinário B, pois alguns assentados estão começando lentamente acreditar que os resultados já obtidos em algumas propriedades não são apenas ocasionais e sim fruto de um novo modo de tratar e prevenir doenças e infestações de parasitas.

Em relação ao entendimento da cooperativa regional, o veterinário B relata que a homeopatia é o melhor meio de produzir leite de qualidade, e está contribuindo muito para o aumento do uso do produto, impulsionados pela indústria leiteira, com a pressão da legislação pela produção de um leite de qualidade. Isso incentiva os produtores a utilizarem produtos que não deixem resíduos no leite. Conforme o veterinário B, o tratamento homeopático reflete na redução de custos, e também na redução da contaminação ambiental, melhorando a qualidade de vida de toda a família.

Estudos realizados por Signoretti et al. (2010) demonstraram que é factível o uso exclusivo de produtos homeopáticos na pecuária leiteira, inclusive em diferentes categorias, sendo uma alternativa vantajosa para os produtores, que deveria ser melhor divulgada, pois muitos ainda

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desconhecem os efeitos positivos da homeopatia no controle do carrapato e de outros produtos alternativos.

3.2 EMPRESAS QUE ATUAM NO RAMO

Inicialmente, destaca-se a atuação da Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste Ltda (Coperforte), que atualmente promove um incentivo aos produtores de leite para optarem pelo tratamento homeopático, havendo até uma valorização do leite produzido por vacas medicadas com homeopatia (SIGNORETTI et al., 2010).

De acordo com Mendonça e Moraes (2009) os agricultores familiares trabalham em pequenas áreas e isto influencia economicamente na sua atividade leiteira, refletindo na sua sustentabilidade.

A Coperforte conta com 800 associados ativos, tendo um papel fundamental no desenvolvimento sustentável, com este intuito há oito anos a cooperativa disponibiliza para seus associados, produtos homeopáticos. Porém, é continuamente utilizada a homeopatia por 100 associados. Segundo a coordenadora tesoureira da Coperforte, os produtos são destinados para o tratamento da mastite, vermes, parto, carrapato e para as vacas entrarem no cio.

Para a Cooperativa, a homeopatia é importante e reflete na atividade leiteira, por não ser um produto químico ela resolve e previne problemas do animal sem carência para a comercialização. Ao tratar com produtos químicos o produtor corre sempre o risco de apresentar resíduos no leite, neste caso o produtor é responsabilizado, tendo que ressarcir o valor do leite condenado. Como relata a coordenadora:

Hoje mesmo tem um tanque de leite condenado e o produtor terá que pagar porque ele usou um antibiótico e constatou, por conseguinte, o leite foi condenado. Ele terá que pagar todo o tanque. Não é só o leite dele perdido, por isso a gente aborda que se evite usar sempre o produto químico, porque o leite tem carência e necessita respeitar. Isso se trata da saúde, é um alimento tem que ter o maior cuidado (Informação verbal, julho 2016).

Esta situação é bastante frequente na cooperativa. Tanques são condenados, devidos aos descuidos do produtor, como neste caso em que houve a condenação da produção leiteira de um dos cooperados. Há vários estudos realizados, em relação à utilização da homeopatia na produção leiteira, através de uma produção de qualidade, com facilidade de manejo e bons resultados econômicos. Como mostra Mendonça e Moraes (2009) ao relatar a experiência da Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do Sul Ltda (COOPASUL), que através da homeopatia, diminuiu custos na produção leiteira, facilitando o desempenho da propriedade.

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A homeopatia é uma ferramenta que contribui para a qualidade e quantidade do leite como afirma Mendonça (2001 apud Signoretti et al., 2010), ao relatar o estudo realizado em uma fazenda com produtos homeopáticos, comprovando o controle de infestações de parasitas, assim como um aumento na qualidade do leite, devido a diminuição da contagem de células somáticas (CCS) e casos de mastite, recebendo uma bonificação de 1% no preço final do leite.

Ao relacionar à viabilidade econômica com o tratamento homeopático a coordenadora afirma:

“Além de tudo o benefício que ela trás, o custo dela é bem mais barato que o químico. Essa consciência é importante o produtor ter, porque segue fazendo um tratamento com custo baixo e com qualidade com bom resultado sem agredir o animal, sem agredir sua propriedade e a você mesmo que está usando o produto, coloca na ração junto enquanto está dando pra vaca ali de fácil manejo sim” (Informação verbal, julho 2006).

Como não há trabalhos específicos direcionados aos associados em relação à homeopatia, detém-se a cargo dos representantes dos laboratórios, quando vem ao município e então, a cooperativa reafirma o compromisso de levar novas técnicas que facilite o manejo de forma sustentável.

O que dificulta a venda é a falta de conhecimento e as falsas promessas feitas por vendedores, não prestando um acompanhamento ao agricultor durante o tratamento homeopático. Na visão do entrevistado, a homeopatia está ganhando espaço, e a tendência é o aumento na demanda, devido à resistência das doenças aos produtos convencionais e aos prejuízos ambientais causados.

Para o proprietário A, o importante é deter conhecimento e experiência com a homeopatia. Na sua loja agropecuária, quando tinha dois anos de empresa, começou a trabalhar com a homeopatia. O mesmo cita que em um primeiro momento a homeopatia respondeu ao esperado, depois de um tempo as vendas caíram pela falta de resultado, ficando com produtos estocados na loja acarretando em prejuízo. Ele não quis trocar de laboratório, preferiu não vender mais nenhum tipo de homeopatia. Já o proprietário B que há vinte anos trabalha no ramo, mas nunca trabalhou com a homeopatia afirma que:

O problema é que a homeopatia tem que ter um acompanhamento de um técnico para que o produtor utilize corretamente, e nós não dispomos de um profissional para dar esta assistência, e também é um mercado diferenciado com outros valores e tributação (Informação verbal, maio 2016).

Nas agropecuárias em questão, o atendimento é realizado por funcionários que recomendam o melhor tratamento, sendo sempre indicando um tratamento químico, sem o pecuarista ter a oportunidade de escolher um tratamento alternativo. Com este cenário podemos observar que as

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doenças são tratadas, sem levar em conta o ambiente que se encontra estes animais (TIEFENTHALER, 1996; ITAVO, et al, 2010).

Por ser preventiva e dar continuamente aos animais, o proprietário A e o proprietário B, salientam a dificuldade que o pecuarista tem em disponibilizar continuamente sal e cochos no campo, principalmente por ter outros animais no mesmo ambiente como ovelhas e cavalos. Sendo mais fácil de controlar a dosagem para o gado de leite por estar diariamente comendo no cocho na hora da ordenha.

Em relação à viabilidade econômica, o proprietário A, como já comercializou a homeopatia, salienta que o tratamento homeopático seria de baixo custo tanto para o pecuarista como para a agropecuária, principalmente na questão do carrapato por ser os medicamentos alopáticos de alto custo. No entanto, não conseguiu ter o resultado que ele esperava no controle do carrapato, tendo que suspender as vendas. Para o proprietário B os medicamentos alopáticos são economicamente mais viáveis por ter o resultado mais rápido que o homeopático.

Para a loja agropecuária, a viabilidade econômica dos medicamentos convencionais (químicos) está associada à lucratividade em torno destes medicamentos, de alto custo para os consumidores, pela frequência com que os mesmo são utilizados e tendo que repetir as aplicações em curto espaço de tempo.

3.3 OS AGRICULTORES E PECUARISTAS FAMILIARES

Foram realizadas três entrevistas com pecuaristas familiares, que tem como atividade principal a bovinocultura de corte, sendo uma mulher e dois homens, os quais não fazem uso da homeopatia. A pecuarista familiar que vamos tratar por Maria nesta pesquisa, já ouviu falar em homeopatia para animais, mas nunca lhe foi oferecido este produto nas lojas agropecuárias, onde costuma comprar os medicamentos de uso veterinário. O mesmo caso acontece com o pecuarista que será chamado de João.

O terceiro pecuarista vai ser tratado por Pedro, também não utiliza a homeopatia, sabe de pessoas que usam por intermédio da Emater. Como foi assentado pelo Banco da Terra, ele participa do programa RS Biodiversidade, através do projeto de potreiros rotativos em campo nativo. Há quatorze anos mora no local com sua família e utiliza todos os tipos de produtos químicos pra tratamento dos animais, vendidos no mercado, chegando a ocorrer uma situação que gerou um grande prejuízo para sua família:

"Um vizinho nos emprestou um remédio e nós banhamos e era um remédio de banho de ovelha (Diazenon) misturado com um remédio de banho de gado e acabou matando sete animais” (Informação verbal, Julho 2016).

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Está situação relatada, também aconteceu com um conhecido de Pedro, que teve um prejuízo maior que o dele, com perda de 50 animais envenenados. No caso da senhora Maria, ela utiliza produtos convencionais há muitos anos, desde quando ajudava seu pai na lida de campo, e ressalta:

“Parece que os remédios eram mais leves antes e não tão fortes como os utilizados agora. Meu pai fazia alguns medicamentos caseiros para o carrapato, mas não lembro mais a receita e pra aftosa ele banhava os animais no açude” (Informação verbal, julho 2016).

Ao serem perguntados se já ocorreu algum tipo de contaminação com as pessoas envolvidas no trabalho, durante o manuseio dos produtos convencionais, os entrevistados mostram-se conscientes do risco constante que correm diariamente, e afirmam que já ocorreu contaminação sim, como relata Maria:

Comigo não, mas com o meu filho sim. Ele passou mal usando o pour-on, deu dormência na boca, inclusive cada vez de usar ele tem que utilizar luvas e máscara. Eu tenho a impressão que foi nas mãos, porque estava muito ventoso e começou vim o cheiro forte do produto, respirou aquele cheiro. Deu dormência, chegou em casa se sentindo mal teve que ser levado pra o hospital. Depois disso ele passou a ter mais cuidado, mas se ele tá sem máscara ele pega, já fica sentindo na boca aquele gosto, ele sente aquele gosto na saliva (Informação verbal, julho de 2016).

Em relação à contaminação da carne e do meio ambiente, os entrevistados mostram-se preocupados, mesmo obedecendo à carência para o consumo ou para a venda do animal, indicado nos medicamentos, sabem que são produtos forte que agem no animal e são liberados no meio ambiente. Principalmente durante o banho de gado o volume de água com produto químico que cai no chão é grande afirma João.

As dificuldades dos entrevistados estão no controle do carrapato e o custo alto dos medicamentos convencionais, tendo que vender animais para pagar as despesas de tais medicamentos. No ano de 2015 ocorreu uma grande infestação de carrapato no rebanho bovino, aumentando o uso de medicamentos para o controle do parasita, segundo a senhora Maria foi necessário aumentar o número de banho e a carga de medicamentos também, sendo realizados cinco banhos por ano, com aplicações de medicamentos no lombo dos animais nos intervalos. Gerando um gasto em torno de R$ 7.200,00 por ano, o equivalente a R$ 600,00 mensais com medicamentos convencionais. Neste ano de 2016 o carrapato está mais controlado, até o mês de setembro foram realizados apenas dois banhos de imersão nos animais salienta a pecuarista.

Os três entrevistados relatam que são orientados nas agropecuárias na hora da escolha de qual medicamento convencional utilizar, “eles me indicam o remédio pra eu usar, mas são os químicos, como o pour-on pra o carrapato, e injetável que se usa pra o carrapato e pra vermes” salienta a pecuarista Maria. Segundo o senhor Pedro, falta informação sobre a homeopatia e como

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não é oferecido nas lojas agropecuárias, acaba não havendo interesse em procurar outro tratamento alternativo, diz ele sobre a necessidade de:

[...] mais informação para as pessoas, algo que as pessoas tivessem mais acesso, uma coisa que tu chegasses, assim, tu compras o que tu vês o que te oferecem. Pra ti comprar homeopatia tu tem que ligar pra uma empresa, não sei de onde, pra ti comprar, tu não vai ali nas veterinárias da cidade e tu não vai encontrar homeopatia, não tem um comércio que venda a homeopatia. É difícil o acesso ao produtor à homeopatia (Informação verbal, julho de 2016).

Ao ser perguntado se adota meios de proteção contra eventuais contaminações, tanto para si como para o meio ambiente, o entrevistado diz que como proteção pessoal utiliza luvas e máscara, e quando sobram embalagens de produtos químicos é feito a queima, “não seria o ideal, mas eu prefiro queimar do que deixar no meio ambiente” relata. Contribuindo para isto, está o fato de desconhecer quem receba estas embalagens e ser proíbo a reutilização, até mesmo nas lojas agropecuárias não realizarem esta coleta.

Ademais, entrevistou-se dois agricultores que utilizam a homeopatia no rebanho leiteiro, sendo que suas propriedades localizam-se em assentamentos de Santana do Livramento (RS) e são associados da cooperativa de leite do município. Também foi entrevistado um pecuarista familiar que utiliza a homeopatia no tratamento do rebanho bovino de corte.

Conforme a entrevista realizada com a agricultora, que será tratada por Ana, há oito anos utiliza produtos homeopáticos para suas vacas de leite. Esta nova alternativa chegou até o seu conhecimento, através do veterinário que na ocasião pertencia a Coptec, na oportunidade foi realizada uma reunião no assentamento, para a divulgação e comercialização deste tratamento, desconhecido para muitos agricultores na época.

Para o agricultor, que será chamado de Roberto, utiliza a homeopatia há quatro anos, por recomendação do veterinário da cooperativa de leite. No entanto o pecuarista entrevistado que será tratado por Carlos, trata a mais de um ano seus animais bovinos, tendo que buscar informações sobre a homeopatia na internet, pois no comércio local não encontrou, a partir daí entrou em contato com um laboratório homeopático para adquirir a homeopatia.

Em relação à compra da homeopatia os agricultores associados da cooperativa, adquirem os produtos homeopáticos direto da cooperativa, como já foi mencionado nesta pesquisa, o papel da mesma no processo de comercialização. No começo esclarece a agricultora Ana, que a dificuldade maior era em relação à compra da homeopatia no município, ficando às vezes sem o produto por não ter de quem comprar. Por isto a cooperativa resolveu comercializar, encurtando esse caminho entre o associado e os laboratórios homeopáticos. Desta forma devemos ressaltar o tipo de homeopatia utilizada pelos entrevistados, como sendo uma terapia complexista que segundo

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Tiefernthaler (1996 p. 21) “os complexos são oferecidos em grande escala pelas indústrias farmacêuticas homeopáticas”.

Para o senhor Roberto a carência que se deve ter com medicamentos convencionais, no tratamento da mastite, é um problema para o agricultor, está sempre arriscando perder o leite, o que não acontece no tratamento homeopático. Os entrevistados foram questionados quanto às dificuldades apresentadas no manejo com o tratamento homeopático e todos utilizaram o mesmo argumento, que não tiveram nenhuma dificuldade no manejo. Ainda, foi relatado pelo senhor Carlos “Não tive nenhuma dificuldade, a única coisa que altera é a rotina em termos de tratamento, eu tenho que misturar de maneira eficiente”.

As diferenças apontadas pelos entrevistados, em relação ao tratamento químico e o homeopático, estão associadas ao manejo dos animais: como a redução na movimentação, na diminuição de movimentação dos animais aos centros de manejo (mangueira), redução do uso de injetáveis e de stress, etc. Tais fatos refletem consideravelmente no comportamento dos animais na hora da ordenha, salientam os agricultores que tem por atividade a produção leiteira, pelo fato de estarem com suas vacas todos os dias na mangueira e receberem a homeopatia através da ração. Nesse sentido, os animais ficam mais dóceis, o que facilita o manejo.

Em relação a problemas de saúde, devido ao manuseio dos produtos químicos os entrevistados, afirmam que nunca tiveram esse tipo de problema. Entretanto, os entrevistados dizem conhecer, problemas de contaminação com vizinhos, devido o uso descontrolado dos medicamentos convencionais.

Assim sendo, a homeopatia contribui para a redução de qualquer tipo de contaminação dentro de uma unidade de produção, além, de ocorrer sem dúvidas, uma melhora no estado geral dos animais, como o ganho de peso, a melhora no pelo e na eficiência reprodutiva. Dessa forma, podemos ressaltar os benefícios apontados pelos entrevistados, não só no que diz respeito à saúde animal, mas também os resultados no meio ambiente. Como cita o agricultor Roberto:

Você conhece já ouviu falar do besouro aquele que carrega o esterco para baixo da terra, não existia lá em casa, tu não via, hoje se vê onde os animais estercam lá já tu vê eles virando, isso não existia, com o químico termina com ele. Quando parei de usar o químico e menos de um ano começou a aparecer e isso beneficia a natureza. No momento que ele tiver fazendo aquilo, ele tá levando o adubo pra baixo, essa é uma das coisas que eu vejo na natureza (Informação verbal, julho de 2016).

Segundo o relato acima, fica evidente a importância do equilíbrio ambiental, e os benefícios para o ecossistema. Não obstante, o tratamento homeopático em termos econômicos, segundo os agricultores entrevistados, que afirmam não possuir uma conta feita, mas salientam que devido seu uso continuo gera uma despesa considerável, mas mesmo assim seus benefícios são maiores, ao tirar

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o agricultor da vulnerabilidade onde se encontravam quando utilizavam os medicamentos alopáticos, diminuindo o descarte do leite e até mesmo o risco de perder um animal, assim, torna-se economicamente viável.

3.4 SÍNTESE DOS RESULTADOS

Para os entrevistados, a falta de informação sobre a homeopatia, como por exemplo material informativo, e necessidade de executar trabalhos acadêmicos relacionados ao uso de produtos homeopáticos e divulgação dos efeitos e uso correto, seriam determinantes para difundir este tratamento alternativo, aumentando assim a demanda, atrairia para o município mais opções de produtos homeopáticos e profissionais da área interessados em fomentar este método de tratamento.

Quadro 1 - Síntese dos principais condicionantes ao uso da homeopatia, identificados em Santana do Livramento, RS.

Fonte: Elaboração dos autores (2016).

O Quadro 1 foi elaborado considerando os limitantes identificados no estudo: a assistência técnica, a cultura, a eficácia, o econômico, a informação, o investimento, o manejo e o mercado, que são apontados como entraves para a utilização da homeopatia no município. Contudo, sugere-se a partir das informações obtidas, um planejamento e uma organização para que este tratamento alternativo possa ter viabilidade, eficiência e consequentemente bons resultados. Principalmente no que diz respeito à disponibilidade de profissionais para conduzirem a capacitação dos pecuaristas no controle e tratamento dos animais, assim como uma maior exposição dos produtos homeopáticos no mercado local.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do estudo conduzido, pode-se inferir que, apesar da homeopatia possuir um histórico de mais de dois séculos, sua utilização pelos agricultores e pecuarista está condicionada a inúmeros fatores. Destaca-se a presença marcante das indústrias multinacionais dos alopáticos, inseridas tanto no mercado mundial como no mercado local, o que traduz a transformação da cultura tradicional voltada para a natureza, e nas técnicas caseiras no tratamento animal, para o uso descontrolado dos produtos químicos.

Neste sentido, identificou-se a relação das lojas agropecuárias com seus consumidores, direcionando o tratamento convencional como a única opção de compra.

Pode-se concluir que, a não adoção da homeopatia pelos pecuaristas familiares não diz respeito à viabilidade econômica, pelo fato que os custos com medicamento convencionais são mais elevados, fator este que limita os lucros dos pecuaristas. Portanto a falta de informação e oferta dos produtos homeopáticos, para que estejam próximos dos interessados, são os principais condicionantes para aquisição este tratamento.

Ademais, a homeopatia veterinária traz muitos benefícios para os animais e consequentemente para a vida dos atores envolvidos neste processo. Sendo assim, as vantagens de produzir um alimento de qualidade, gera ganhos que irão impactar nas propriedades rurais e sociedade como um todo.

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