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ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA DA PRODUÇÃO DE CONCRETO COM SUBSTITUIÇÃO DE AGREGADO GRAÚDO POR RESÍDUOS DE TIJOLO CERÂMICO FURADO EM SINOP-MT ANALYSIS OF TECHNICAL FEASIBILITY OF THE PRODUCTION OF CONCRETE WITH BIG AGGREGATE REPLACEMENT FOR REMNANTS OF CE

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Academic year: 2019

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ANÁLISE DE VIABILIDADE TÉCNICA DA PRODUÇÃO DE CONCRETO COM

SUBSTITUIÇÃO DE AGREGADO GRAÚDO POR RESÍDUOS DE TIJOLO CERÂMICO

FURADO EM SINOP-MT

ANALYSIS OF TECHNICAL FEASIBILITY OF THE PRODUCTION OF CONCRETE WITH

BIG AGGREGATE REPLACEMENT FOR REMNANTS OF CERAMIC BRICK STUCK IN

SINOP-MT

Sahydi Tedesco Abrahão1, André Luis Nonato Ferraz2

Resumo: A construção civil é uma das atividades mais impactantes na economia brasileira e consequentemente responsável por grande geração de resíduos. O tijolo cerâmico é um destes resíduos que tem grande volume nos entulhos das obras residenciais e prediais. Este projeto de pesquisa teve como objetivo a reutilização desse resíduo na fabricação de concreto, analisando a sua utilização como agregado graúdo e comparando suas propriedades com o concreto tradicional. A analise comparativa foi realizada utilizando um traço de concreto convencional de 20 MPa, onde o agregado natural foi substituido pelo agregado reciclado de tijolo cerâmico,gradativamente a partir de 25%, 50%, 75% e 100%. Foram realizados ensaios de abatimento do concreto e resistência a compressão com 7 e 28 dias. O abatimento do concreto obteve um aumento de no máximo 2 centimetros e suas resistências finais passaram de 22 Mpa até 13 Mpa. Analisando estes resutados obteve-se uma ampla viabilidade na produção do concreto com agregado reciclado, para uso sem função estrutural, em muroes sarjetas e outras obras.

Palavras-chave: resíduo de tijolo cerâmico; agregado reciclado; concreto com agregado reciclado.

Abstract: The construction industry is one of the most impressive activities in the Brazilian economy and consequently responsible for large waste generation. The ceramic brick is one of the waste that has great volume in the rubble of the residential and building works. This research project aimed to reuse this waste in anufacturing concrete, analyzing their use as coarse aggregate and comparing their properties with traditional concrete. The omparative analysis was performed using a conventional 20 MPa concrete, where the natural aggregate was replaced by recycled aggregate ceramic brick, gradually from 25%, 50%, 75% and 100%. Tests were carried out concrete and lowered the resistance to compression with 7 and 28 days. The concrete base without replacing presented 22 MPa to 28 days. The concrete rebate obtained an increase of up to two centimeters and their final resistances went from 22Mpa to 13 Mpa. Analyzing these overall result was obtained a wide feasibility in the production of concrete with recycled aggregate for use without structural function in gutters muroes and other works

Keywords: ceramic brick waste; recycled aggregate; recycled aggregate concrete.

1Introdução

A construção civil é uma das atividades mais impactantes na economia brasileira e continuará assim pela necessidade de crescimento e a geração de empregos no país.

Segundo DIEESE (2012) a construção civil entre 1999 e 2009 obteve o maior crescimento relativo de 45,3%, em relação aos setores do mercado de trabalho. Com o potencial do setor aliado aos atrasos em termos de tecnologia construtiva, o que acarreta geração de grandes volumes de entulho, muitas vezes lançados em locais inadequados, o presente trabalho propõe uma destinação mais eficaz para estes resíduos. Estima-se que residências novas gerem 20% destes entulhos, prédios novos 21% e reformas 59%. Dentre todos os resíduos provenientes de construções 90% são sujeitos ao processo de reciclagem segundo a Guia Para Elaboração de Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, elaborada pelo CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, do Paraná).

Nos entulhos de construção, são encontrados normalmente restos de argamassa e concreto, materiais cerâmicos, materiais metálicos, madeiras, vidros e materiais plásticos. Os resíduos de tijolos cerâmicos, encontrados em maior volume, podem ser

adicionados a matrizes de concreto ou solo-cimento e a grande maioria dos outros resíduos podem, ser reciclados.

Os benefícios daí resultantes são incontáveis, podendo ser possível, mais adiante, ter em mente a criação de usinas para aproveitamento dos resíduos, com aplicação não apenas em concretos, mas também em outras possibilidades, em trabalhos de cunho social junto a prefeituras ou outras entidades não governamentais, gerando empregos e diminuindo o volume de material lançado na natureza.

O concreto segundo Pedroso (2009) é uma pedra artificial que possui grande facilidade de ser moldada quando fresco e alta resistência a compressão no seu estado endurecido, destacando-se no mercado mundial como um dos materiais mais utilizado. Com a maior demanda por concreto na construção civil a extração de agregados sofreu expressivo aumento. Este aumento impacta nas distâncias de transportes, uma vez que novas e distantes jazidas precisam ser exploradas com o esgotamento dos recursos naturais próximos as cidades.

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Sinop-MT que é fato inconteste, devido ao rápido crescimento do município, e deve permanecer nos próximos anos devido aos inúmeros empreendimentos e lançamentos imobiliários do setor da construção civil. A legislação brasileira, CONAMA 307, já regulamenta a destinação dos resíduos de construção e demolição, responsabilizando os geradores de resíduo pela sua deposição indevida e a utilização de resíduos na construção civil, que já ocorre em algumas cidades brasileiras, é uma opção atual no desenvolvimento sustentável brasileiro, diminuindo o impacto ambiental do despejo incorreto deste material e com potencial de redução de custos de produção do concreto na construção civil.

Segundo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) resolução nº 307, o reaproveitamento de tijolos cerâmicos furados (resíduo reutilizável classe A) é um processo de reciclagem que traz benefícios pela sua utilização como matéria prima.

A realização de pesquisas nas quais se utilizam materiais e técnicas alternativas de construção, no contexto atual de aproveitamento de resíduos e preservação ambiental, está assumindo papel de destaque e grande importância na engenharia, inclusive porque determinados tipos de resíduos podem até ser utilizados com vantagens técnicas e redução de custos, como é o caso da adição de material granular, oriundo de resíduos da construção civil, em composição de concreto.

2 Construção civil e sustentabilidade

O termo sustentabilidade é cada dia mais utilizado no ramo da engenharia civil, novas construções sejam residenciais ou comerciais que possuem características sustentáveis sustentabilidade, como o reaproveitamento de materiais, destacam-se no mercado atual. A sustentabilidade parte da ideia de buscar soluções e qualidade de vida pensando tanto nas gerações presentes quanto nas futuras, assim a necessidade de desenvolvimento é suprida através da conservação segundo Brundtland (1987). Nesta linha de pensamento olhando para a construção civil o termo sustentabilidade se destaca pelo consumo extremo dos recursos naturais, de aproximadamente 75% e também é caracterizada pelo alto volume de resíduos sólidos gerados segundo Jonh (2000). De acordo com Pinheiro (2006), o conceito de sustentabilidade tende a uma gestão consciente da utilização dos materiais em uma obra visando assim a diminuição dos resíduos e conservação dos recursos naturais.

3 Resíduo de Tijolo cerâmico

No Brasil o destino dos resíduos gerados pela construção civil ainda não recebem os cuidados necessários, resultando em prejuízos tanto para as construções quanto para as cidades, caracterizados pelo desperdício e poluição segundo Fraga (2006). Para a utilização destes resíduos na fabricação de um concreto reciclável é necessário o conhecimento da classificação, desenvolvimento e aplicações viáveis para que haja possibilidade de sua reciclagem Segundo Política Nacional de Resíduos Sólidos os Resíduos (2012) da Construção e Demolição (RCC) são classificados como reutilizáveis e classificados como A, compostos principalmente de restos de concreto, alvenaria, argamassa, solo e asfalto.

Podendo ser provenientes de reformas, construções, reparos ou demolições.

O tijolo é um dos materias de grande utilização na construção civil, porém sua fragilidade o torna um dos maiores resíduos gerados na construção. Segundo CÂNDIDO (2013) cerca de 25% dos resíduos em Sinop-MT são cerâmicos.

Figura 1 : Resíduos da construção civil Sinop. Fonte: (CÂNDIDO, 2013).

4 Concreto com agregado reciclado

Segundo PETRUCCI (1998) o termo concreto é composto da junção de cimento, agregado miúdo, agregado graúdo e água, podendo ter ou não adição de aditivos. Especificamente o agregado, é entendido como um material granular, possuindo forma e volume indefinidos, geralmente inerte, de propriedades e dimensões especificas para sua aplicação na fabricação do concreto.

Já o termo reciclável que refere-se ao reaproveitamento de um material que já foi utilizado anteriormente, adjunto a grande geração de resíduos sólidos oriundos do setor da construção civil, a reutilização destes entulhos torna o processo da reciclagem uma das melhores soluções para a diminuição desta poluição. O termo concreto com agregado reciclável é uma das técnicas que trazem a possibilidade de reutilizar os resíduos como agregados na fabricação de um novo concreto segundo Aragão (2007).

5 NBR 15116 (2004)

De acordo com a NBR 15116 (2004) pode-se utilizar de agregados graúdos provenientes da reciclagem na produção de concreto desde que não possuam função estrutural, alguns exemplos de aplicações são sarjetas, mourões e placas de muros. Contudo deve-se analisar o material e verificar o atendimento as exigências de aplicação de acordo com a norma. Segundo CONAMA (2007) Resíduos de tijolo cerâmico furado é um material é classificado como resíduo reciclável classe A, viabilizando-se a aplicação como agregado na fabricação de concreto desde que seja sem função estrutural.

6 Ensaio de abatimento de concretos

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A execução segue primeiramente com o preenchimento do cone com concreto em três camadas devidamente adensadas com o deferimento de 25 golpes para cada camada através do uso da haste. Após o concreto chegar ao topo o molde metálico é retirado cuidadosamente e o concreto perde seu tamanho e forma, através da medição de sua altura e geometria final conseguimos determinar as propriedades do concreto (NBR NM 67, 1996). A consistência é uma das principais características do concreto, pois definem as propriedades de trabalhabilidade do mesmo segundo Petrucci (2005).

Figura 2: Execução do ensaio de abatimento. Fonte: (Mehta e Monteiro, 2010).

7 Moldes e teste de resistência a compressão

A resistência é a capacidade de suportar esforços sem falhar sendo a resistência a compressão do concreto afetada por todos os materiais que são utilizados na sua fabricação, então torna-se indispensável à para sua confecção a análise do agregado usual ou reciclado (LEITE, 2001)

Segundo Araújo a resistência é medida através de ensaios em corpos de provas padronizados. Respectivamente pela NBR 5739 (Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos) e NBR 5738 (Procedimento para moldagem e cura de corpo de prova).

Figura 3: Padronização do molde de corpo de prova. Fonte: (ABNT ,1994).

8 Metodologia

A realização da pesquisa foi efetuada na cidade de Sinop/MT, para analisar a possibilidade de execução dessa técnica na região. Os procedimentos de efetivação foram feitos no laboratório de concreto e solos da Universidade do Estado do Mato Grosso, campus de Sinop – MT.

A metodologia da pesquisa foi elaborada com intenção de avaliar as características e propriedades mecânicas do concreto com incorporação de agregados graúdos oriundos de resíduos de tijolo cerâmico furado, a partir da realização de 5 corpos de prova para cada traço. Para atingir os resultados foi realizado a caracterização granulométrica, segundo a NBR 7217, dos materiais a serem utilizados, posteriormente a realização dos ensaios de abatimento segundo a ABNT NBR NM 67:1998, seguidos pela análise do teste de resistência à compressão referente a NBR 5739.

Primeiramente foi realizado o processamento de britagem manual do agregado graúdo reciclado de tijolo cerâmico, o material resultante foi peneirado em malha 19 mm, 12,5 mm, 6,86 mm e 4,8 mm, separando assim os agregados graúdos e miudos. Obteve-se então um material de módulo de finura 6,86, e diâmetro maximo de 19mm.

Para a confecção do concreto e consequentemente dos corpos de prova foi utilizado o cimento Portland CP II-E 32, areia media lavadae e sendo o cimento mais encontrado nas construções de sinop.

Deve-se lembrar que as caracteristicas fisicas da brita e da cerâmica são diferentes, resultando numa diferença de volumes ao se substituir um agregado pelo outro. Para tal confecção correta utilizou-se a massa do agregado reciclado segundo a equação de CABRAL, (2007).

𝑀𝐴𝑅= 𝑀𝐴𝑁∗𝑃𝑃𝐴𝑁𝐴𝑅 (Equação 01)

Em que:

𝑀𝐴𝑅= Massa do agregado reciclado, em kg. 𝑀𝐴𝑁 = Massa do agregado natural, em kg.

𝑃𝐴𝑅 = Massa específica do agregado reciclado, em g/cm3.

𝑃𝐴𝑁 = Massa específica do agregado natural, em g/cm³

Ainda é inexistente um método de Traço para concreto com adição de agregados reciclável. Segundo Tutikian e Helene (2005), um estudo de um novo traço de concreto deve visar tanto a resistência mecânica, trabalhabilidade e durabilidade, quanto a viabilidade econômica. Foi então determinado a resistência de 20 Mpa com base nas pesquisas e experimentos de Leite (2001) e o traço foi baseado nas pesquisas de Rissot (2015) visando alcançar resistências mínimas de 20 MPa (características do traço na tabela 01). Para melhor analise foram executado 4 teores de substituição agregado natural pelo agregado reciclável e um traço base com nenhum teor de substituição. Respectivamente descritos abaixo.

 25% de agregado reciclável;

 50% de agregado reciclável;

 75% de agregado reciclável;

 100% de agregado reciclável;

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Tabela 1: Traço Base, 1Kg cimento.

Traço Fator

a/c Areia (Kg) Brita (Kg) RCC (Kg) RCC (%) Traço Base 0,6 2,9 4,06 0 0 Traço 1 0,6 2,9 3,05 0,66 25 Traço 2 0,6 2,9 2,03 1,32 50 Traço 3 0,6 2,9 1,02 1,97 75

Traço 4 0,6 2,9 0 2,63 100

Fonte: O autor, 2016.

Tendo em vista a variação de massa dos agregados, foi necessário alterar a quantidadade para cada traço das amostras em relação ao traço base, para obter-se resultados contundentes. Abaixo ilustra-se a porcentagem no total de materias de cada Traço.

Figura 6 – Composição Traço Base. Fonte: O Autor, 2016.

As demais dosagens foram elaborados a partir da traço base, sendo substituída a brita pelo RCC (tijolo cerâmico) britado, sendo os mesmos demonstrados pelas figuras a seguir.

Na composição da Traço 01, substituiu-se 25% da brita utilizada no traço base por resíduo de tijolo cerâmico, resultante em 07% de RCC no total de materiais, confome a Figura 07.

Figura 7 – Composição com 25% de substituição. Fonte: O Autor, 2016.

Na composição da Traço 02, substituiu-se 50% da brita utilizada no traço base por resíduo de tijolo cerâmico, resultante em 14% de RCC no total de materiais, confome a Figura 08.

Figura 8 – Composição com 50% de substituição. Fonte: O Autor, 2016.

Na composição da Traço 03, substituiu-se 75% da brita utilizada no traço base por resíduo de tijolo cerâmico, resultante em 21% de RCC no total de materiais confome a Figura 09.

Figura 9 – Composição com 75% de substituição. Fonte: O Autor, 2016.

Na composição da Traço 04, substituiu-se 100% da brita utilizada no traço base por resíduo de tijolo cerâmico, resultante em 30% de RCC no total de materiais, confome a Figura 10.

Figura 10 – Composição com 100% de substituição. Fonte: O Autor, 2016.

9 Análise dos resultados

Primeiramente foi realizado a trituração do agregado e definido a curva granulometrica como indicado abaixo. Areia

28%

Brita 39% Cimento

10% Água

23%

Areia

Brita

Cimento

Água

Areia 29%

Brita 30% RCC

7% Cimento 10%

Água 24%

Areia

Brita

RCC

Cimento

Água

Areia 30%

Brita 21% RCC

14% Cimento

10% Água

25%

Areia

Brita

RCC

Cimento

Água

Areia 31%

Brita 11% RCC

21% Cimento

11% Água

26% Areia

Brita

RCC

Cimento

Água

Areia 32%

RCC 30% Cimento

11% Água

27%

Areia

RCC

Cimento

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Figura 11: Curva granulometrica. Fonte: O Autor, 2016.

Abaixo a figura ilustra o agregado gráudo para utilização no concreto separado do agregado miúdo.

Figura 12: Agregado graúdo e miudo reciclado Fonte: O Autor, 2016.

Após a produção do concreto foi realizado o teste de abatimento que informa a trabalhabilidade conforme a NBR NM 67. Analisando as caracteristicas geométricas do agregado reciclado podemos perceber que sua superficie é lisa quando comparada ao agregado graúdo natural, interferindo diretamente na capacidade de adensamento do concreto. Assim observou-se um aumento nos resultados do teste de abatimento, conforme ilustrado confome a Figura 13.

Figura 13 – Teste de abatimento Fonte: O Autor, 2016.

A Figura 14 ilustra o dos teste de abatimento executado, com a Traço base.

Figura 14 – Composição do slump com 0% de substituição. Fonte: O Autor, 2016.

Posteriormente foi iniciado a moldagem dos corpos de prova seguidos da cura para rompimento dos mesmos com 7 e 28 dias. Em sua totalidade foram rompidos 50 corpos de prova, sendo 10 para cada Traço, onde 5 foram rompidos com 7 dias e os outros 5 com 28 dias. De acordo com a NBR 5739/1994 que normatiza o teste de resistência compressão, através de uma carga e velocidade constante aplicada com uma prensa hidráulica, comprimindo as seções transversais dos corpos de prova até que os mesmos cheguem a ruptura.

Figura 15 – Processo de cura dos corpos de prova. Fonte: O Autor, 2016.

As Figuras 14, 15 e 16 apresentam resultados obtidos a partir dos corpos de prova rompidos com 7 dias :

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00

Dosagem Base

Dosagem 25%

Dosagem 50%

Dosagem 75%

(6)

Figura 16 – Traço Base - 12,75kg - 7 dias. Fonte: O Autor, 2016.

Figura 17 – Traço 25% - 12,28kg - 7 dias. Fonte: O Autor, 2016.

Figura 18 – Traço 100% - 7,65 - 7 dias. Fonte: O Autor, 2016.

Após todos os rompimentos com 7 dias serem encerrados os dados foram utilizados para que chegasse a uma resistência na unidade de MPa e estão representados na tabela abaixo:

Tabela 2: Corpos de prova rompidos com 7 dias.

Traço Traço Base 25% 50% 75% 100%

Utilizados

15,92 14,67 13,65 11,03 9,55 17,43 15,11 12,61 10,28 9,74 15,33 13,78 14,11 10,28 10,36

Descarte 17,51 15,33 12,30 9,16 10,80 14,42 13,63 14,63 11,51 7,88 Média 16,23 14,52 13,46 10,53 9,88

Fonte: O autor, 2016.

Na Tabela 02, foram apresentados os valores das resistências individuais, descartando os valores extremos e assim calculou-se a média, dos corpos de prova rompidos com 07 (sete) dias de idade.

A Figura 17 apresenta uma comparação das médias obtidas em cada Traço de 7 dias:

Figura 19 – Comparação das médias de MPA- Ruptura em 07 (sete) dias. Fonte: O Autor, 2016.

Com a analise dos gráficos podemos observar que o teor de 25% de substituição do agregado possui um valor de resistência a compressão proximo a Traço base mesmo tendo somento um redução de 10%. Porem ao analisar as dosagens em geral observamos a a curva decrescente na resistência a compressão conforme o teor de substituição do agregado aumenta, tendência esperada pelo fato do agregado de tijolo cerâmico ser menos resistênte em ralação ao natural. A Figura 18 e 19 apresenta um dos resultados obtidos a partir dos corpos de prova rompidos com 28 dias de Traço base:

Figura 20– Traço Base - 18,88kg - 28 dias. Fonte: O Autor, 2016.

Figura 21 – Traço 100% - 11,52 - 28 dias. Fonte: O Autor, 2016.

Após todos os rompimentos com 28 dias serem encerrados os dados foram utilizados para que chegasse a uma resistência na unidade de MPa e estão representados na Tabela 3 :

0,00 5,00 10,00 15,00 20,00

Base 25% 50% 75% 100%

Mp

a

(7)

Tabela 3: Corpos de prova rompidos com 28 dias.

Traço Traço Base 25% 50% 75% 100%

Utilizados

22,03 20,23 17,98 15,13 14,38 21,76 20,22 17,29 15,92 13,42 22,41 19,48 16,73 15,67 13,86

Descarte 20,76 21,28 16,61 14,63 13,11 23,57 19,02 18,23 16,77 14,63 Média 22,07 19,97 17,34 15,57 13,89

Fonte: O autor, 2016.

A Figura 22 apresenta uma comparação das médias obtidas em cada Traço de 28 dias:

Figura 20 – Comparação das médias de MPA- Ruptura em 28 dias. Fonte: O Autor, 2016.

Observa-se que a Traço base com 0% de agragado reciclado obteve um resultado esperado superando os 20MPa aos 28 dias e chegando a média de 22,07 MPa. Já analisando as outras dosagens, o teor de substituição de 25% satifez a resistência minima do teste alcançando uma média de 19,97 MPa muito proximo aos 20MPa esperados. Porém os teores de 50%, 75% e 100% obtiveram uma grande queda na resistência a compressão, causada pela inferioridade de resistência do agregado reciclavel quando comparado com o agregado natural observadas já com 7 dias e comprovada aos 28 dias, atingindo médias de 17,34 MPa, 15,57MPa e 13,89MPa respectivamente. Além de comparar as amostras a partir das resistências, fez-se necessário comparar os ganhos de resistência separados de cada idade Série 4 representando 28 dias e Série 3 representado 7 dias, conforme demonstrados na Figura 23:

Figura 23 – Ganhos de resistência. Fonte: O Autor, 2016.

Analisando os ganhos de resistência, não observou-se uma continuidade, o maior aumento ocorreu com o teor de substituição de 75% do agregado reciclado pelo natural e o menor com 50%, enquanto os as dosagens base e 25% obtiveram em média o mesmo ganho. A partir destas analises não foi possivel concluir se o maior fator de absorção do agregado reciclado influenciaria nos ganhos de resistência quando comparado com o agregado natural, mostrando-se inconstante ao longo do aumento de teores.

10 Considerações Finais

O tijolo cerâmico já provem de um processo de industrialização então as diferenças do concreto tradicional e o concreto com agregado reciclado era esperado, suas diferenças variam tanto nas características físicas como sua resistência, quanto nas caracteristicas quimicas de abosrção e composição.

Como todo processo de execução do concreto a primeira análise concluida foi do teste de abatimento do concreto, grande parte dos concretos com 20 Mpa, quando utilizados de forma estrutural pedem um teste de abatimento de 120 mm porém este valor varia de acordo com o tipo de obra. Segundo CAMPOS e MAZINI (20012) a geometria definida e a superficie do agregado infuencia diretamente no adensamento com a argamassa de concreto, analisando o agregado graudo de tijolo cerâmico, em seu projeto constatouse que o agregagado possuia uma forma geometrica definida como lamelar e uma superficie levemente lisa. Então analisando a variação de abatimento deste projeto de 4 a 6 centimetros pode-se dizer que as diferenças entras as caracteristicas do agregado natural para o agregado reciclado influenciaram em seu adensamento causando um acressimo de 2 centimetros no teste. Analisando a possibilidade de uso e segundo ANDOLFATO (2002) valores de abatimento entre 3 e 5 centimetros representam um concreto de consistencia firme onde são recomendados a serem utilizados em obras de pavimentos e obras maciças. A segunda e principal analise é a resistência a compressão do concreto. A Figura 24 representa a porcentagem de queda de resistência a compressão dos traços de 25%, 50%, 75% e 100% em relação a média de 20Mpa.

Figura 24 – Porcentagem de queda na resistência. Fonte: O Autor, 2016.

Podemos observar que o traço de 25% sofre uma queda de 9,5% em relação ao traço base e essa queda aumenta ao longo dos maiores teores de substituição em uma média de 9,3% passando para 21,4%, 29,4% 0,00

5,00 10,00 15,00 20,00 25,00

Base 25% 50% 75% 100%

Mp

a

Traço

9,5% 21,4%

29,4% 37,0%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0%

Traço 25% Traço 50%

Traço 75% Traço 100%

16,23

14,52 13,46

10,53 9,88 22,07

19,97 17,34

15,57 13,89

0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00

Traço

MPa

(8)

e até 37% respectivamente nos teores de 50%, 75% e 100%. Segundo CARRIJO (2005) a massa espcifica do agregado possui direta relação com a resistência do mesmo, onde uma maior massa especifica traz maior resistência a compressão do concreto e consequentemente uma maior resistencia a compressão. Segundo a analise de CAMPOS E MAZINI (2012) o agregado natural (brita01) e agregado reciclado de tijolo cerâmico possuemrespectivamento 2,87 e 1,86 g/cm³. Concluindo assimque a queda dos resultados de resistência acompressão podem ser causados pela diferencia de1,01 g/cm³ entre os dois agregados. Como analisados nos graficos o Traço Base correspondeu a sua finalidade, com 0% de substituição podemos observar médias acima de 20 Mpa, mais especificamente 22,07 Mpa. Comparando com o traço de 25% de substituição o valor médio de 19,97 Mpa representou uma queda já esperada pelo uso de ¼ de agregado reciclado em sua composição, porem adotando-se teores maiores de substituiçao, como o traço de 50% os resultados ficaram abaixo da média, assim como os teores de 75% e 100% respectivamente com o valores de 17,34, 15,57 e 13,89 Mpa. Observando estes resultados, concluise quanto a resistência a compressão a substituição dos agregados graúdos por RCD pode ser uma possibilidade viável sendo utilizados em diversas obras como sarjetas muroes e obras com resistências de 20 MPa 17MPa 15MPa e 13MPa com o teor de substituição em até respectivos de 25%, 50%, 75% e 100%.

11 Agradecimentos

Gostaria de agradecer a todos que estiveram ao meu lado em minha vida pessoal e acadêmica, professores, amigos, mas principalmente a minha família e tambem aqueles que me ajudaram na elaboração e execução Doutor orientador Andre Luis Nonato Ferraz, juntamente com a Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT,Rosemaria Tedesco Abrahão, Jose Henrique Cardoso Abrahão, Henrique Tedesco Abrahão, Guilherme tedesco Abrahão, Sara Tedesco Abrahão Doglas Henrique Fank, Fabio Felix, Wanderson Vilela, Claudio Lionis, José Chiló, Mizael Rodrigues, Rick Douglas.

12 Referencias Bibliográficas

ARAÚJO, J. M. Curso de concreto armado. 2. ed. Rio Grande: Dunas, v. 1, 2010. 257p.

ANDOLFATO, R. P. Controle Tecnologico Básico do Concreto. UNESP. Ilha solteira. 2002. p.29.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (ABNT).. NBR 5738: Moldagem e cura dos corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto. Rio de Janeiro,1994, 9p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto - ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 1994, 4p.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (ABNT). NBR NM 67: Concreto - determinação da

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Imagem

Figura 1 : Resíduos da construção civil Sinop.
Figura 2: Execução do ensaio de abatimento. Fonte: (Mehta  e Monteiro, 2010).
Tabela 1: Traço Base, 1Kg cimento.   Traço  Fator  a/c  Areia (Kg)  Brita (Kg)  RCC (Kg)  RCC (%)  Traço Base  0,6  2,9  4,06  0  0  Traço 1  0,6  2,9  3,05  0,66  25  Traço 2  0,6  2,9  2,03  1,32  50  Traço 3  0,6  2,9  1,02  1,97  75  Traço 4  0,6  2,9
Figura 14 – Composição do slump com 0% de substituição.
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