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NOÇÕES GERAIS DE DIREITO

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Academic year: 2022

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(1)

NOÇÕES GERAIS DE

DIREITO

PORTALEGRE

CFG

(2)

Referências

• Constituição da República Portuguesa;

• Lei Orgânica da Guarda Nacional Republicana;

• Lei n.º 74/98, de 11 de novembro;

• Convenção sobre Relações Diplomáticas;

• Convenção sobre Relações Consulares;

• Decreto-Lei nº 319-A/76, de 3 de maio;

• Lei Orgânica nº 1/2001, de 14 de agosto;

• Lei Orgânica nº 1/2006, de 13 de fevereiro;

(3)

Referências (Continuação)

• Lei nº 14/79, de 16 de maio;

• Lei n.º 39/80, de 5 de agosto;

• Lei nº 30/84, de 5 de setembro;

• Lei nº 31/84, de 6 de setembro;

• Lei n.º 21/85, de 30 de julho;

• Lei nº 387-A/87, de 29 de dezembro;

• Lei n.º 9/91, de 9 de abril;

• Lei n.º 13/91, de 5 de junho;

(4)

Referências (Continuação)

• Lei nº 101/2003, de 15 de novembro;

• Lei n.º 68/2019, de 27 de agosto;

• Decreto-Lei n.º 267/80, de 8 de agosto;

• Decreto-Lei n.º 90/2015, de 29 de maio;

• Decreto-Lei nº 138/2019, de 13 de setembro;

• Código Civil;

• Estatuto dos militares da GNR;

• Regime Geral das Contraordenações;

• Manual de Noções Gerais de Direito.

(5)

Caracterizar o

Ordenamento Jurídico

enquanto Sistema

(6)

Objetivos Específicos

a. Conceito de Direito e de Sistema Jurídico;

b. Direito e outros Sistemas Normativos;

c. Distinção entre Direito Positivo e Direito Natural;

d. Estado versus Ordem Jurídica.

(7)

Direito & Sistema Jurídico

Segundo Hans Kelsen, DIREITO é:

“Sistema de normas que regulam o comportamento

humano assistido de proteção coativa.”

(8)

Direito & Sistema Jurídico

Direito

Possibilita a vida em sociedade

É um fenómeno

humano

Impõe comportamentos Impõe

sanções Estabelecido

pelo Estado.

(9)

Direito & Sistema Jurídico

Conclui-se que o DIREITO é:

• Base da subsistência da vida social;

• Imprescindível para que cada homem possa exercer livremente as

suas liberdades.

(10)

Direito & Sistema Jurídico

O Direito não é um mero conjunto ou complexo de normas jurídicas,

mas um conjunto de normas correlacionadas e harmónicas, com

regras explícitas e mecanismos para preenchimento de lacunas.

(11)

Direito & Sistema Jurídico

Conjunto de normas (Jurídicas) que constituem o sistema jurídico da sociedade.

Conjunto de normas jurídicas sistematizadas.

ORDEM JURÍDICA

ORDENAMENTO JURÍDICO

(12)

Direito & Sistema Jurídico

Direito Natural

• É o direito inerente a todo ser humano, desde o nascimento até à sua morte.

• Não depende do Estado ou de qualquer lei, sendo de

carácter universal, imutável e atemporal. Este direito

baseia-se nos princípios humanos e na moral.

(13)

Direito & Sistema Jurídico

Direito Positivo

• É o direito produzido pelos órgãos competentes de um determinado Estado

• Terá sempre conectividade teológica em relação ao

Direito natural

(14)

O Direito e os Outros Sistemas Normativos

• Toda sociedade organizada é organizada através de normas;

• Não existe sociedade sem normas;

• As normas indicam aos indivíduos, caminhos para poderem alcançar determinados fins.

MORAL RELIGIÃO OS USOS

SOCIAIS

(15)

Estado Vs. Ordem Jurídica

Estado – Caracteriza-se por uma sociedade politicamente

organizada, fixada num determinado território,

tendo como caraterísticas principais a soberania

e a independência.

(16)

Estado Vs. Ordem Jurídica

ESTADO

Bem estar

Segurança Justiça

(17)

Estado Vs. Ordem Jurídica

Ordem Jurídica

• Conjunto de normas (Jurídicas) que constituem o sistema jurídico da sociedade.

Ordenamento Jurídico

• Conjunto de normas jurídicas sistematizadas.

(18)

Síntese

• Conceito de Direito e de Sistema Jurídico;

• Direito e outros Sistemas Normativos;

• Distinção entre Direito Positivo e Direito Natural;

Estado versus Ordem Jurídica.

(19)

QUESTÕES?

(20)
(21)

NOÇÕES GERAIS DE

DIREITO

PORTALEGRE

CFG

(22)

Caracterizar o

Ordenamento Jurídico

enquanto Sistema

(23)

Objetivos Específicos

a. Critérios de distinção entre Direito Público de Direito Privado;

b. Importância da distinção para a intervenção da GNR;

c. Principais Ramos do Direito e as relações jurídicas que

os regulam.

(24)

Direito Público Vs. Direito Privado

O Direito é uno, é indivisível, sendo que sua divisão em vários ramos, tem a função única e exclusiva de facilitar a aprendizagem e a sua aplicação.

A principal divisão no modelo jurídico continental

compreende o Direito Público e o Direito Privado.

(25)

Critérios De Distinção – Direito Público e Direito Privado

Dos

Interesses

Da Posição dos Sujeitos Da Qualidade

dos Sujeitos

(26)

Critérios De Distinção – Direito Público e Direito Privado

Direito público: Conjunto de normas que visam satisfazer, predominantemente, interesses coletivos;

Direito privado: São as normas que regulam as situações dos

particulares.

(27)

Critérios De Distinção – Direito Público e Direito Privado

Direito público: são as normas que regulam as situações em que intervenha o Estado, ou em geral qualquer entidade pública;

Direito privado: são as normas que regulam as situações dos

particulares.

(28)

Critérios De Distinção – Direito Público e Direito Privado

Direito Público – São normas que regulam as relações jurídicas em que um deles (Entidade Pública – Estado) está numa posição de supremacia por se encontrar no exercício de poderes públicos.

Direito Privado – São normas que regulam as relações jurídicas em que

ambos os sujeitos são simples particulares, estando os mesmos em

igualdade.

(29)

Direito Público

Constituído pelos ramos do Direito, cujas normas estabelecem a

organização e o funcionamento do Estado e das demais entidades

públicas, reguladores dos direitos e deveres públicos do Estado

perante as pessoas, e destas perante o poder investido da sua

autoridade pública - “Ius Imperii”.

(30)

Ramos do Direito Público

DC

DA

DT

DF DF

DP

DPP

(31)

Ramos do Direito Público – Interesse GNR

Direito Penal – Conjunto de normas que fazem corresponder à violação dos seus preceitos, como consequência jurídica, uma pena criminal.

Direito Processual Penal – Conjunto das normas

jurídicas que regulam o exercício do poder punitivo do

Estado através da investigação dos crimes e da

aplicação das penas e das medidas de segurança.

(32)

Ramos do Direito Público – Interesse GNR

A Guarda não pode dirimir conflitos de natureza privada, devendo, nesses casos, limitar a sua ação à manutenção da ordem pública.

(Art4º da Lei Nº 63/2007 de 6 de novembro, LOGNR)

(33)

Intervenção da GNR

• O acesso à justiça constitui um Direito Fundamental de qualquer cidadão – Art.º20º, nº1, da CRP;

• A Guarda presta um serviço público e por maioria da razão, a sua atuação serve exclusivamente o interesse público.

• Às Forças de Segurança cabe defender a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos – Art.º272º, da CRP.

• A responsabilidade pela realização da justiça compete aos

Tribunais, e não à GNR.

(34)

Intervenção da GNR

A Guarda Nacional Republicana, como Força de Segurança, está ao

serviço exclusivo do interesse público e não ao serviço do

interesse particular de um qualquer cidadão ou organização.

(35)

Intervenção da GNR

A GNR garante as condições de segurança que permitam o

exercício dos direitos e liberdades e o respeito pelas garantias

dos cidadãos, bem como o pleno funcionamento das instituições

democráticas, no respeito pela legalidade e pelos princípios

do Estado de Direito.

(36)

Síntese

• Critérios de distinção entre Direito Público de Direito Privado;

Importância da distinção para a intervenção da GNR;

• Principais Ramos do Direito e as relações jurídicas que os regulam.

(37)

QUESTÕES?

(38)
(39)

NOÇÕES GERAIS DE

DIREITO

PORTALEGRE

CFG

(40)

Caracterizar o

Ordenamento Jurídico

enquanto Sistema

(41)

Objetivos Específicos

a. Justiça pública como a única aceite num Estado de Direito - exceções;

b. Autotutela de Heterotutela;

c. GNR e a exclusividade de servir o interesse público.

(42)

Justiça Pública

• O acesso à justiça constitui um Direito Fundamental de qualquer cidadão – Art.º20.º, nº1, da CRP;

• A Guarda presta um serviço público e por maioria de razão, a sua atuação serve exclusivamente o interesse público.

• Às Forças de Segurança cabe defender a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos – Art.º272.º, da CRP.

• A responsabilidade pela realização da justiça compete aos

Tribunais, e não à GNR.

(43)

Justiça Pública

Requisitos :

• Efetivam-se na impossibilidade de se recorrer à autoridade pública;

• Que esse recurso no momento em que se efetivasse, seria inútil para a defesa do direito ou interesse legalmente protegido.

São cumulativos.

(44)

Autotutela Vs. Heterotutela

Autotutela (Exceções) – Ocorrer quando é o próprio sujeito a assegurar-se que o Direito é cumprido.

Heterotutela – Verifica-se quando um terceiro, investido de

jurisdição, age em nome das partes através de um processo,

visando pacificar a relação entre os conflituantes (só a heterotutela

garante a igualdade de tratamento).

(45)

Autotutela Vs. Heterotutela

Portugal é um Estado de Direito Democrático, e como tal, exerce a

heterotutela, garantido os meios de tutela jurídica para a defesa dos

direitos subjetivos e interesses legítimos dos seus titulares,

possuindo o monopólio da coercibilidade através dos seus órgãos.

(46)

A GNR ao Serviço exclusivo do Interesse Público

A Guarda Nacional Republicana, como Força de Segurança, está

ao serviço exclusivo do interesse público e não ao serviço do

interesse particular de um qualquer cidadão ou organização.

(47)

A GNR ao Serviço exclusivo do Interesse Público

A GNR garante as condições e segurança que permitam o

exercício dos direitos e liberdades e o respeito pelas garantias

dos cidadãos, bem como o pleno funcionamento das instituições

democráticas, no respeito pela legalidade e pelos princípios do

Estado de Direito.

(48)

Síntese

• Justiça pública como a única aceite num Estado de Direito - exceções;

Autotutela de Heterotutela;

• GNR e a exclusividade de servir o interesse público.

(49)

QUESTÕES?

(50)
(51)

NOÇÕES GERAIS DE

DIREITO

PORTALEGRE

CFG

(52)

Caracterizar o

Ordenamento Jurídico

enquanto Sistema

(53)

Objetivos Específicos

a. Conceito de Norma Jurídica;

b. Distinção entre Previsão e Estatuição;

c. Sanção como elemento do sistema jurídico;

d. Caraterísticas da Norma Jurídica (Generalidade; Abstração;

Imperatividade e Coercibilidade).

(54)

Conceito de Norma Jurídica

O Direito é transmitido aos seus destinatários (Sociedade) através de

normas jurídicas escritas (Direito Positivo), podendo definir-se estas

como, normas de conduta obrigatórias que compõem o Direito,

estabelecidas ou autorizadas pelo Estado e garantidas pelo seu

poder

.

(55)

Características das Normas Jurídicas

As normas jurídicas apresentam características que são comuns a

outras normas (morais, de cortesia, etc.) e tal como estas, referem-

se também às condutas exteriores dos homens, tendo sempre em

vista os outros como referência, ou seja, a convivência do individuo

numa determinada Sociedade.

(56)

Características das Normas Jurídicas

ABSTRAÇÃO COERCIBILIDADE

GENERALIDADE

IMPERATIVIDADE

(57)

Estrutura das Normas Jurídicas

• As normas jurídicas destinam-se a impor condutas perante determinadas situações que acontecem ou poderão acontecer numa sociedade.

• Sendo um Facto Jurídico, todo o acontecimento de origem natural ou humana que gera consequências jurídicas.

• Assim, segundo a doutrina, um Facto Jurídico é todo o acontecimento, natural ou humano, capaz de criar, conservar, modificar, ou extinguir relações ou situações jurídicas (ex.: quando alguém dispara uma arma na direção de uma pessoa).

(58)

Previsão Vs. Estatuição

Previsão normativa ou hipótese legal: Prevê factos e situações, ou seja, são situações de facto, representadas como possíveis, genericamente determinadas, que podem realmente acontecer numa pluralidade indeterminada de casos.

Estatuição: Se essas situações se verificarem aplicam-se determinadas consequências.

(59)

A Sanção como elemento do Sistema Jurídico

O Direito impõe comportamentos tendo em vista uma Sociedade mais justa e mais segura.

O Direito não prescinde da força, isto é, requer coercibilidade, ou seja,

uma ameaça de uma sanção efetiva.

O Direito carece para fazer valer a sua vigência com base numa coercibilidade instituída pelo próprio Direito.

(60)

A Sanção como elemento do Sistema Jurídico

Coercibilidade traduz-se em sanções que poderão ser de 2 naturezas:

• Evitar que a norma seja violada ou Fazer com que se realize a norma à força (coercibilidade preventiva);

• impondo sanções no caso de violação (coercibilidade repressiva).

(61)

Síntese

• Conceito de Norma Jurídica;

• Distinção entre Previsão e Estatuição;

Sanção como elemento do sistema jurídico;

Caraterísticas da Norma Jurídica (Generalidade; Abstração;

Imperatividade e Coercibilidade).

(62)

QUESTÕES?

(63)
(64)

NOÇÕES GERAIS DE

DIREITO

DE PORTALEGRE

(65)

Caracterizar o

ordenamento jurídico

enquanto sistema

(66)

Objetivos específicos:

a. Definir fonte do Direito

b. Diferenciar as fontes tradicionais de direito

c. Caraterizar a Lei como fonte imediata do Direito

d. Identificar Fontes de Direito Comunitário

(67)

Fonte de Direito

Uma das tarefas fundamentais quando falamos em Direito, é determinar o que é direito em cada caso concreto, ou seja, saber quais as normas que são jurídicas e quais as que não são e determinar o seu conteúdo.

Para fazer esta operação, basta aplicar

os critérios que cada sistema jurídico

estabelece para fixar como se produzem as

normas jurídicas e como podem ser

conhecidas. É essa a maneira de as normas

se manifestarem que se denomina fontes do

direito.

(68)

Fontes tradicionais de direito

• Lei

• Jurisprudência

• Costumes ≠ Usos

• Doutrina

(69)

Fontes tradicionais de direito

Lei - norma escrita e geral emanada do poder público e dirigida a regular a conduta dos indivíduos.

Jurisprudência - significa conjunto das decisões e interpretações das leis levadas a cabo pelos Tribunais.

Costumes - as regras sociais resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e prolongada, o que resulta numa certa convicção de obrigatoriedade, de acordo com cada sociedade e cultura específica. (Usos - as regras sociais resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e prolongada.)

Doutrina - é o resultado do estudo que jurisconsultos, juristas e

filósofos do direito, fazem a respeito do direito.

(70)

Fontes Formais do Direito

Imediatas (a lei constitui o processo principal de criação do Direito)

Mediatas (a doutrina, a

jurisprudência e o costume).

(71)

Fontes Materiais do Direito

Fenómenos socioeconómicos

Fenómenos políticos

Fatores que criam direito, dando origem a normas válidas

(72)

Acórdãos uniformizadores de jurisprudência

No que concerne à jurisprudência, devemos compreender como próprio da natureza humana que nem sempre uma determinada norma jurídica não é interpretada e consequentemente aplicada da mesma forma pelos Tribunais.

Para tal, existe um regime processual que permite aos

interessados na eliminação da contradição interpretativa,

recorrerem para o Supremo Tribunal de Justiça, de modo a que

este Órgão estabeleça um critério interpretativo uniforme, através

de um Acórdão Uniformizador de Jurisprudência.

(73)

Direito comunitário

Portugal é membro de pleno direito da União Europeia desde 1986.

A adesão implicou a incorporação no Direito Interno, do acervo jurídico comunitário. Com a adesão, Portugal obrigou-se a cumprir as disposições dos Tratados Europeus e a adaptar a legislação nacional a essas disposições.

Atualmente, após a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, os Tratados em vigor na União Europeia são:

• O Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia

• O Tratado da União Europeia.

(74)

Fontes de direito comunitário

Originárias (Tratados)

Derivadas

(Regulamentos e

Diretivas)

(75)

Síntese

• Definir fonte do Direito

• Diferenciar as fontes tradicionais de direito

• Caraterizar a Lei como fonte imediata do Direito

• Identificar Fontes de Direito Comunitário

(76)

QUESTÕES?

(77)
(78)

NOÇÕES GERAIS DE

DIREITO

DE PORTALEGRE

(79)

Caracterizar o

ordenamento jurídico

enquanto sistema

(80)

Objetivos Específicos:

a. Conhecer a importância da Constituição

b. Especificar o processo que leva ao surgimento de uma Constituição

c. Descrever o princípio da separação de poderes

(81)

Constituição da República Portuguesa

Portugal vive, desde 1822, em

regime constitucional, ou seja, num

regime em que a organização, estrutura

e funcionamento dos órgãos supremos

do Estado estão submetidos a uma lei

fundamental, que é a que tem o mais

alto valor porque é a base de todo o

sistema político e jurídico e que se

chama lei constitucional ou Constituição

Política.

(82)

Constituição da República Portuguesa

Documento que contém a lei fundamental do país Direitos, liberdades e

garantias

Deveres

Órgãos de soberania e

seu funcionamento

(83)

Constituição da República Portuguesa

1822 1826 1838

1911 1933 1976

Monárquicas Republicanas

Até à data de hoje,

Portugal teve seis

Constituições escritas.

(84)

Constituição da República Portuguesa

A Constituição de 1976 é a mais vasta e a mais complexa de todas as Constituições Portuguesas, por receber os efeitos do denso e heterogéneo processo político do tempo da sua formação, por aglutinar contributos de partidos e forças sociais em luta pelo controlo ideológico que a lei fundamental do país devia ter plasmado.

A presente Constituição entrou em vigor no dia 25 de Abril

de 1976

(85)

Constituição da República Portuguesa

A Constituição da República Portuguesa ocupa o lugar cimeiro do nosso edifício legal, por conseguinte nenhuma norma jurídica pode contrariar a nossa Lei Fundamental.

A Constituição é a Lei Fundamental do Estado que estabelece os

grandes princípios da organização política e da ordem jurídica em

geral e os direitos e deveres fundamentais do cidadão.

(86)

Constituição da República Portuguesa

Direitos e Deveres

Fundamentais Organização Económica

Organização do Poder Político

Garantia e Revisão da Constituição

CRP

(87)

Parte I - Direitos e Deveres Fundamentais

Estão consagrados os Direitos, Liberdades e Garantias dos cidadãos, prevenindo que sejam cometidos atropelos a esses mesmos direitos.

Obriga ao respeito e à dignidade da pessoa humana através de princípios, nomeadamente, do princípio da igualdade em que todos os cidadãos são iguais perante a lei.

É ainda garantido a igualdade de oportunidades dos cidadãos relativamente ao ensino, ao trabalho, o direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover.

(88)

Parte II – Organização Económica

Está direcionada para assuntos de ordem económica e social

onde são tratadas as políticas agrícolas, comercial e industrial, bem

como prevê o sistema financeiro e fiscal.

(89)

Parte III – Organização do Poder Político

Estabelece as normas como é exercido o poder político em Portugal.

Diz-nos quais são os Órgãos de Soberania: Presidente da Republica, Assembleia da Republica, Governo e Tribunais) existentes no nosso País.

Consagra o princípio da separação e interdependência entre os

mesmos Órgãos.

(90)

Na Parte IV – Garantia e Revisão da Constituição

Garante a constitucionalidade das normas legais existentes em Portugal e a fiscalização dessa mesma constitucionalidade pelo Tribunal competente.

É prevista a revisão da Constituição, feita pela Assembleia da República sempre que julgue conveniente e desde que decorridos cinco anos sobre a data da publicação da última lei de revisão ordinária.

(91)

Génese de uma Constituição

Foram as correntes filosóficas do Contratualismo, do Individualismo e do Iluminismo, de que são expoentes doutrinais Seyes (O Terceiro Estado), Locke (Tratado sobre o Governo), Montesquieu (Espírito das Leis), Rousseau (Contrato Social), e importantíssimos movimentos económicos, sociais e políticos produzidos no século XVIII, que nos conduziram ao Estado constitucional, representativo ou de Direito.

(92)

Génese de uma Constituição

Até aos finais do Século XVIII, as constituições dos Estados eram costumeiras ou consuetudinárias, compunham-se de praxes, tradições, costumes, e por vezes de uma ou outra lei ou documento, como por exemplo a Carta Magna Inglesa.

Na idade média a Magna Carta, assinada por João de Inglaterra em 1215, adotava medidas que protegiam a vida, a liberdade e a propriedade nos pleitos com a justiça além de se estabelecerem barreiras ao poder real.

(93)

Génese de uma Constituição

O ponto culminante de viragem é a Revolução Francesa (1789-1799), cujas ideias foram amplamente divulgadas por todos os países, às quais Portugal não ficou indiferente.

As primeiras constituições escritas surgem com o movimento independentista das colónias, (Exemplo: EUA).

(94)

Estado Constitucional

Estado assente numa Constituição reguladora tanto de toda a sua

organização como da relação com os cidadãos e tendente à

limitação do poder.

(95)

O Princípio da Separação de Poderes

Poder político traduz-se no poder exercido pelo Estado para aprovar as leis e impor o seu cumprimento, de modo a regular a vida em sociedade.

Os poderes fundamentais levados a cabo pelo Estado são:

Poder Legislativo

Poder Executivo

Poder Judicial

(96)

O Princípio da Separação de Poderes

Poder Legislativo (Assembleia da República)

Poder Executivo e Legislativo (Governo)

Poder Judicial

(Tribunais)

(97)

Síntese

• O que é a Constituição

• Especificar o processo que leva ao surgimento de uma Constituição

• Descrever o princípio da separação de poderes

(98)

QUESTÕES?

(99)
(100)

NOÇÕES GERAIS DE

DIREITO

DE PORTALEGRE

(101)

Caracterizar o

ordenamento jurídico

enquanto sistema

(102)

Objetivos específicos:

a. Conhecer a hierarquia das normas jurídicas b. Enumerar atos legislativos

c. Definir o processo de feitura das leis

d. Identificar as fases da feitura das leis

(103)

Hierarquia das normas jurídicas

A hierarquia das leis respeita a

hierarquia dos órgãos que as emanam

e prende-se com o facto de que nem

todas as normas têm o mesmo

valor jurídico, isto é, é caso de

contradição entre si, umas

prevalecerem sobre as outras, ou

umas só existem porque foram

autorizadas por norma superior.

(104)

Hierarquia das normas jurídicas

As normas de hierarquia superior prevalecem sobre as normas de hierarquia inferior.

Se uma norma de hierarquia inferior contrariar uma norma de

hierarquia superior poderá ser considerada inconstitucional

ou ilegal, consoante contrarie, respetivamente a Constituição

da República Portuguesa ou qualquer outra lei.

(105)

Constituição

Direito Internacional e Comunitário Leis e Decretos Leis

Decretos Legislativos Regionais Decretos Regulamentares

Decretos Regulamentares Regionais Portarias

Regulamentos das Autarquias Locais

(106)

Atos Legislativos

1. São atos legislativos as leis, os decretos-leis e os decretos legislativos regionais.

2. As leis e os decretos-leis têm igual valor, sem prejuízo da subordinação às correspondentes leis dos decretos-leis publicados no uso de autorização legislativa e dos que desenvolvam as bases gerais dos regimes jurídicos.

Artigo 112.º CRP

(107)

Atos Legislativos

Regulamentos: são atos legislativos vinculativos, aplicáveis em todos os seus elementos em todos os países da UE.

Diretivas: são atos legislativos que fixam um objetivo geral que todos os países da UE devem alcançar. Contudo, cabe a cada país elaborar a sua própria legislação para dar cumprimento a esse objetivo.

Decisões: só são vinculativas para os seus destinatários específicos (por exemplo, um país da UE ou uma empresa), sendo-lhes diretamente aplicável.

Recomendações: não são vinculativas. Uma recomendação permite às instituições dar a conhecer os seus pontos de vista e sugerir uma linha de conduta sem todavia impor uma obrigação legal aos seus destinatários.

Pareceres: são instrumentos que permitem às instituições fazer uma declaração de forma não vinculativa, ou seja, sem impor qualquer obrigação legal aos seus destinatários. Um parecer não é vinculativo.

(108)

Feitura de uma Lei

Quando se fala em Lei, há que distinguir

as leis, dos decretos-lei dado que a

distinção entre estes dois diplomas

assume alguma importância,

nomeadamente no que respeita ao

processo da sua elaboração.

(109)

Feitura de uma Lei

Lei emerge do poder legislativo da Assembleia da República, que é órgão legislativo por excelência.

artigo 161º c) e d) da CRP

Os decretos-lei são criados pelo Governo, aprovados em Conselho de Ministros, no exercício do seu poder legislativo, quer no uso da competência própria, quer mediante autorização legislativa da Assembleia da República.

artigos 161.º, 164.º, 165.º e 198.º e art. 200º, n.º 1 alínea d) da CRP.

(110)

Processo de feitura de uma Lei

Elaboração

Discussão e Aprovação

Promulgação e Referenda

Ministerial Publicação

Entrada em Vigor

(111)

As Fases do Processo de Feitura de uma Lei

• A elaboração do projeto ou proposta de Lei

• A Discussão e Aprovação de um projeto ou proposta de Lei

• A Promulgação e Referenda Ministerial de uma Lei

• A Publicação no Diário da República de uma Lei

• A entrada em vigor de uma Lei

(112)

A elaboração do projeto ou proposta de Lei

A iniciativa legislativa cumpre aos deputados, aos grupos parlamentares através de projeto lei (iniciativa parlamentar), ao governo por via de proposta de lei (iniciativa governamental), e nas regiões autónomas às Assembleias Legislativas através de proposta de lei (iniciativa regional).

A qualquer desses órgãos e a grupos de cidadãos eleitores, compete ainda a iniciativa da proposta de lei e do referendo (artigo 167º da Constituição).

(113)

A Discussão e Aprovação de um projeto de Lei

A discussão dos projetos e propostas de lei na Assembleia da República, compreende um debate na generalidade e outro na especialidade, estando prevista a votação final e global.

A Assembleia da República, através da votação, rejeita ou aprova o projeto ou proposta de lei discutido, na totalidade ou em parte, com ou sem emendas.

Artigo 168º da CRP

(114)

A Publicação no Diário da República de uma Lei

A Publicação é a forma de levar a lei ao conhecimento geral dos cidadãos, sendo, que a partir daí a lei tem existência jurídica.

Artigo 119º n.º 2 e 3 CRP

As leis são publicadas no jornal oficial, o Diário da República e só tem eficácia jurídica, isto é, só se torna obrigatória depois de publicada.

Artigo 119º n.º 1 alínea c) da CRP

(115)

A entrada em vigor de uma Lei

De acordo com o Art.º 5 n.º 2, do Código Civil, decorrerá um intervalo entre a publicação e a sua entrada em vigor. O período de tempo entre a publicação e a entrada em vigor da lei (vacatio legis) pode ser maior ou menor tudo dependendo da urgência da entrada em vigor da lei.

Na falta de fixação do dia, os diplomas referidos no número anterior entram em vigor, em todo o território nacional e no estrangeiro, no 5.º dia após a publicação.

(116)

Síntese:

• Conhecer a hierarquia das normas jurídicas

• Enumerar atos legislativos

• Definir o processo de feitura das leis

• Identificar as fases da feitura das leis

(117)

QUESTÕES?

(118)
(119)

NOÇÕES GERAIS DE

DIREITO

DE PORTALEGRE

(120)

Caracterizar o

ordenamento jurídico

enquanto sistema

(121)

Objetivos específicos:

a. Definir o conceito de caducidade

b. Identificar a revogação como forma de cessação de uma lei

c. Enumerar as formas de revogação

(122)

Cessação da Vigência de uma Lei

Todas as normas têm uma determinada duração, que pode ser certa ou incerta.

Muitas acabarão por cair em desuso ou no

esquecimento pelo curso normal do tempo,

não obstante que se mantenham válidas.

(123)

Cessação da Vigência de uma Lei

Uma Lei cessa a sua vigência, (é banida do ordenamento jurídico, deixando de ser obrigatória) por:

Resulta de cláusula expressa pelo legislador, contida na própria lei, de que esta só se manterá em vigor durante determinado prazo ou enquanto durar determinada situação (Lei Temporária).

Resulta duma nova manifestação de vontade do legislador, contrária à anterior; através de um acto legislativo de igual ou superior valor jurídico, determina que a norma anterior seja banida do ordenamento jurídico.

(124)

Revogação quanto à Forma

Expressa: Quando a nova lei declara que revoga uma determinada lei anterior.

Tácita: Quando resulta da incompatibilidade entre as normas da lei nova e as da lei anterior.

De Sistema: Quando a lei nova regular toda a matéria da lei

anterior.

(125)

Revogação quanto à sua extensão

Ab-rogação ou revogação total - quando a lei nova atinge todas as disposições da lei anterior.

Derrogação ou revogação parcial - quando a lei nova atinge

apenas algumas das disposições da lei anterior, mantendo-se

as restantes em vigor.

(126)

Considerações relativamente à Revogação

• Lei Geral não revoga Lei Especial

• Lei Especial pode revogar Lei Geral mas só no âmbito de aplicação daquela (da especial)

• A Revogação de uma Lei revogatória, não implica o ressurgimento

da Lei que esta revogara, a menos que contenha menção

expressa. Este processo designa-se por:

(127)

Síntese:

• Definir o conceito de caducidade

• Identificar a revogação como forma de cessação de uma lei

• Enumerar as formas de revogação

(128)

QUESTÕES?

(129)

Referências

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