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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

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Academic year: 2022

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L ICENCIAMENTO DO

E STABELECIMENTO I NDUSTRIAL DA G RAVOTÊXTIL S OCIEDADE

DE A CABAMENTOS T ÊXTEIS , S.A.

P ROJETO DE E XECUÇÃO M EMÓRIA D ESCRITIVA E

J USTIFICATIVA

G RAVOTÊXTIL - S OCIEDADE DE

A CABAMENTOS T ÊXTEIS S.A.

Travessa da Agrela N.º 26 4820 – 403 Fafe

to 20 20

(2)

1. Í

NDICES E

L

ISTAS DE

E

LEMENTOS

1.1. Índice Geral

1. ÍNDICES E LISTAS DE ELEMENTOS ... 2

1.1. Índice Geral ... 2

1.2. Lista de Figuras ... 3

1.3. Lista de Tabelas ... 3

1.4. Índice de Anexos ... 4

2. INTRODUÇÃO ... 5

2.1. Apresentação Geral ... 5

2.1.1. Identificação do Proponente ... 5

2.1.2. Identificação do Projecto... 6

2.1.3. Justificação do Projecto ... 6

2.1.4. Localização do Projeto ... 8

2.2. Designação e Âmbito do EIA ... 10

2.3. Objetivos de Projeto ... 11

2.3.1. Fase em que se encontra ... 11

2.4. Identificação da Entidade Licenciadora ... 11

2.5. Identificação dos Responsáveis pela Elaboração do EIA ... 11

2.6. Antecedentes do EIA ... 13

3. DESCRIÇÃO DO PROJETO ... 18

3.1. Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A. ... 18

3.1.1. A Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A. e o Ambiente ... 19

3.1.2. Enquadramento Territorial ... 19

3.1.3. Localização exata da Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A. ... 19

3.1.4. Plano Diretor Municipal ... 20

3.1.4.1. Adequação da edificação à utilização pretendida ... 21

3.1.4.2. Indicação da natureza e condições do terreno ... 21

(3)

3.1.4.3. Inserção urbana e paisagista da edificação ... 21

3.2. Descrição do Processo Produtivo da Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A. 23 3.2.1. Tipo de Atividade e Capacidade Produtiva ... 23

3.2.2. Produtos/Tipo de malha ... 23

3.2.3. Principais Matérias Consumidas ... 24

3.2.4. Descrição Geral do Processo Produtivo ... 24

3.2.5. Máquinas e Equipamentos ... 27

3.3. Aspetos Ambientais ... 28

3.3.1. Principais Aspetos Ambientais Associados ao Processo Produtivo ... 28

3.3.2. Consumo de Recursos ... 28

3.3.3. Resíduos Industriais, Efluentes Líquidos, Emissões Gasosas e Ruído ... 32

1.2. Lista de Figuras Figura 1 – Identificação do Projeto. ... 8

Figura 2 – Localização do Projeto no contexto nacional e regional. ... 9

Figura 3 - Fluxograma produtivo. ... 26

1.3. Lista de Tabelas Tabela 1 – Identificação do proponente do Projeto ... 6

Tabela 2 - Equipa responsável pela elaboração do EIA ... 13

Tabela 3 - Planeamento das diferentes atividades associadas a este Projeto com indicação do seu estado de execução ... 18

Tabela 4 – Desconformidades do Projeto relativamente ao ordenamento ... 20

Tabela 5 - Capacidade instalada do Projecto ... 23

Tabela 6 - Estimativa das principais matérias consumidas pela Gravotêxtil, S.A. no ano de 2019 ... 24

Tabela 7 - Listagem de equipamentos associados a este Projeto com indicação do número de unidades instaladas ... 28

Tabela 8 – Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos (APA00016887) e características das captações do Projeto ... 29

(4)

Tabela 9 – Volume de água extraído das captações subterrâneas a partir de maio de 2019 (data de início das licenças) ... 30 Tabela 10 - Consumo de Recursos Energéticos pela Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A. no ano 2019 ... 31 Tabela 11 – Produção de resíduos industriais gerados pela Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A. no ano 2019 ... 33 Tabela 12 – Parâmetros físico-químicos do efluente industrial descarregado no coleor, em 25- 03-2019 ... 34 Tabela 13 – Parâmetros físico-químicos do efluente industrial descarregado no coletor, em 24- 06-2019 ... 34 Tabela 14 – Parâmetros físico-químicos do efluente industrial descarregado no coletor, em 26- 09-2019 ... 35 Tabela 15 – Parâmetros físico-químicos do efluente industrial descarregado no coletor em 30- 12-2019 ... 35 Tabela 16 – Parâmetros físico-químicos do efluente industrial descarregado no coletor, em 20- 02-2020 ... 36 Tabela 17 – Parâmetros físico-químicos do efluente industrial descarregado no coletor, em 19- 03-2020 ... 37 Tabela 18 - Fontes fixas de emissão gasosa ... 38 Tabela 19 – Resultados das caracterizações das emissões gasosas da Gravotêxtil e respetivos limites de emissão (2018 e 2020) ... 41

1.4. Índice de Anexos

ANEXO DESCRIÇÃO N.º

Anexo I [Projeto]

Planta Anos de Construção I.1

Certificado OEKO-TEX I.2

Certificado GOTS I.3

Planta Layout Industrial I.4

Planta Enquadramento Geral I.5

Carta de Ordenamento I.6

Carta de Condicionantes I.7

(5)

ANEXO DESCRIÇÃO N.º

Planta Localização de Furos I.8

Licenças de Captações Subterrâneas I.9

Licença de Exploração Cogeração I.10

MIRR 2019 I.11

Termo de Autorização Águas do Norte I.12

Contrato Águas do Norte I.13

Boletins de Análise de Efluentes Líquidos I.14 Relatórios de Monitorização de Efluentes Gasosos I.15

Regime Isenção Trienal Gravotêxtil I.16

Isenção de alteamento de chaminés I.17

Ruído Ambiente I.18

2. I

NTRODUÇÃO

O presente documento constitui a memória descritiva do projeto de execução relativo ao licenciamento do estabelecimento industrial da Gravotêxtil – Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A.

Este documento acompanha o Estudo de Impacte Ambiental do projeto, de acordo com a legislação em vigor, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 152-B/2017, de 11 de dezembro.

2.1. Apresentação Geral

2.1.1. Identificação do Proponente

É proponente deste Projeto a Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A., doravante designada por Gravotêxtil, inserida no sector têxtil, mais especificamente na atividade de tingimento e acabamento têxtil. Na Tabela 1 – Identificação do proponente do Projeto indicam-se os dados de identificação do Proponente do EIA.

(6)

Sede Travessa da Agrela N.º 26 4820-403 Fafe

Denominação do Estabelecimento Industrial

Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A.

Classificação de Atividade Económica 13301 - Branqueamento e tingimento Número de Identificação de Pessoa

Coletiva 501 481 303

Pessoa a Contactar Pedro Cunha

Email pedro.cunha@gravotextil.pt

Telefone 253 490 130

Tabela 1 – Identificação do proponente do Projeto 2.1.2. Identificação do Projecto

O Projeto que se submete o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), daqui em diante designado por Projecto, consiste no licenciamento na íntegra do já edificado, da instalação industrial que contempla vários edifícios construídos ao longo dos últimos anos e todos os equipamentos produtivos, bem como todos os equipamentos/infra-estruturas auxiliares.

O Projeto prevê ainda uma ampliação de 125 m2 de implantação (111 m2 de área útil), resultando numa área total de construção 250 m2, distribuída em 2 pisos (piso -1 e piso 0). O piso -1 servirá como área de armazém, enquanto que o piso 0 constituirá uma extensão da área de acabamentos físicos.

2.1.3. Justificação do Projecto

A Gravotêxtil é uma empresa que se dedica à prestação de serviços de tingimento e acabamento em todo o tipo de malhas têxteis nas mais variadas composições, tendo o know- how e equipamentos internos para produzir todos os tipos de tingimento (directos, reactivos, ácidos, dispersos, catiónicos, disperso-directos, disperso-reactivos, reactivo-ácidos, catiónico- reactivos) e acabamentos, sendo químicos (amaciamento, pré-encolhido, aloé vera, mão de seda) ou mecânicos (râmola, sanfor, carda, lâmina, calandra, esmeril carbono). Tem como missão prestar estes serviços de qualidade de acordo com as especificações e vontade do cliente, para isso apostando em recursos humanos altamente especializados e em meios tecnológicos avançados.

(7)

Devido à capacidade instalada de 42,5 t/dia de tingimento (através das máquinas de tingir malha, doravante também designados JET’s), o estabelecimento encontra-se sujeito, de acordo com o estabelecido no n.º 4 do Artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, ao procedimento de AIA. A realização do EIA faz parte do processo de licenciamento industrial do tipo 1, de acordo com as normas disciplinadoras de exercício da atividade industrial, estabelecidas no Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2015, de 11 de maio relativo ao Sistema da Indústria Responsável, SIR.

Associadamente, o Projeto é abrangido pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, relativa às emissões industriais (Prevenção e Controlo Integrados da Poluição, PCIP).

A atual administração da Gravotêxtil tem procurado desde sempre obter o licenciamento da sua atividade de forma a cumprir a legislação em vigor, sendo o cumprimento de todos os requisitos legais aplicáveis uma preocupação constante. Tal objetivo não tem sido conseguido devido a questões relacionadas com o PDMF, que se descrevem mais à frente.

Graças ao Regime Extraordinário da Regularização de Atividades Económicas (RERAE), definido pelo Decreto-Lei n.º 165/2014, de 5 de novembro, e prorrogado pela Lei n.º 21/2016, de 19 de julho, torna-se possível sanar as desconformidades ao nível do ordenamento do território e que se revelavam entraves ao licenciamento do estabelecimento industrial.

Este Projeto visa dar cumprimento ao estabelecido na legislação em vigor, descrita anteriormente.

Com a concretização do presente Projeto a Gravotêxtil ambiciona obter o licenciamento da sua atividade de modo a cumprir a legislação que se lhe aplica, objetivo ansiado há muito tempo.

A concretização deste objetivo primordial irá permitir à Gravotêxtil continuar no mercado de forma sustentada, apostando na optimização dos seus processos, eficiência interna e flexibilização das suas operações, de forma a corresponder às solicitações cada vez mais exigentes dos seus clientes. Para tal, é imperativo o controlo integral dos processos para poder reduzir o ciclo de desenvolvimento do produto, prestando um serviço de valor acrescentado em conformidade com os requisitos e vontade dos clientes.

Além do referido, o licenciamento revela-se também fulcral no objetivo de poder concorrer a novos mercados e certificações que permitam alargar o seu raio de acção, preparando a Gravotêxtil para o futuro, uma vez que numa economia cada vez mais globalizada só poderão sobreviver as empresas mais modernas e competitivas.

(8)

A identificação do Projeto encontra-se na Figura 1.

Figura 1 – Identificação do Projeto.

2.1.4. Localização do Projeto

O Projeto que se submete a procedimento de AIA encontra-se localizado na freguesia de Fafe, concelho de Fafe e distrito de Braga. A Figura 2 – Localização do Projeto no contexto nacional e regional. mostra a localização do Projeto no contexto nacional e regional. O Projeto situa-se na sub-região do Ave, na região Norte de Portugal.

(9)

Figura 2 – Localização do Projeto no contexto nacional e regional.

A Gravotêxtil localiza-se muito próxima do centro urbano de Fafe. A sua envolvente constitui uma zona de ocupação mista, bastante consolidada, onde se encontram algumas unidades industriais e onde se verifica a presença de habitações e terrenos agrícolas.

A uma escala de maior pormenor, localiza-se o Projeto sobre um extracto da carta militar (Figura 3 - Fluxograma produtivo.).

(10)

Figura 3 - Localização do Projeto e respectiva envolvente na cartografia militar (Carta Militar n.º 85) à escala 1:25.000.

O lote de terreno associado à implantação do Projeto possui uma área com cerca de 22.036,00 m², com uma área de implantação de 10.847,00 m².

2.2. Designação e Âmbito do EIA

A designação do Projeto é a seguinte: “Licenciamento do Estabelecimento Industrial da Gravotêxtil – Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A.”.

O presente EIA tem como objetivo enquadrar e integrar o Projeto nos mais elevados critérios que visem a protecção da qualidade do ambiente, sendo que, e quando tal for aplicável, proporá a implementar as melhores práticas ambientais para minimizar os impactes negativos e maximizar os impactes positivos.

O EIA desenvolveu-se sobre três vectores:

Operacional: caracterização global dos principais impactes ambientais associados ao Projeto;

Preventivo: recomendar a adopção das melhores práticas a curto, médio e longo prazo para minimizar os impactes ambientais negativos e maximizar os impactes ambientais positivos;

PROJECTO

(11)

Holístico: integrar o Projeto no conjunto dos sistemas físicos e biológicos e suas inter- relações e dos factores económicos, sociais e culturais que possam influenciar, directa ou indirectamente, a biosfera e a qualidade de vida do Homem.

Pretende-se que os resultados obtidos, reflectindo a estratégia adoptada, se apropriem ao fim a que se destinam.

2.3. Objetivos de Projeto

O Projecto agora em sede de AIA tem como objectivos:

Licenciar toda a unidade fabril, bem como todos os edifícios já edificados;

Licenciar a pequena ampliação a construir, que se destina a um aumento da capacidade de armazenamento (malha) e a área de acabamento para aumento.

2.3.1. Fase em que se encontra

O Projecto encontra-se em fase de Projecto de Execução. Nesse sentido, a avaliação de impactes associados será focalizada nas fases de Construção, Exploração e de Desativação do Projecto.

2.4. Identificação da Entidade Licenciadora

A entidade licenciadora ou competente para autorização é o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. A Autoridade de AIA é a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).

2.5. Identificação dos Responsáveis pela Elaboração do EIA

Na Tabela 2 - Equipa responsável pela elaboração do EIA é identificada a equipa técnica responsável pela elaboração do EIA.

Coordenação do EIA

Davide Fernandes, licenciado em Biologia/Geologia, licenciado em Engenharia do Ambiente e Território, Mestre em Toxicologia Ambiental, pós-graduado em Ecologia, Ambiente e Território

Apoio à Coordenação

Marta Ferreira, licenciada em Engenharia do Ambiente, Mestre em Tecnologia Ambiental

Carlos Peixoto, licenciado em Engenharia Mecânica

Socioeconomia Davide Fernandes, licenciado em Biologia/Geologia, licenciado em Engenharia do Ambiente e Território, Mestre em

(12)

Toxicologia Ambiental, pós-graduado em Ecologia, Ambiente e Território

Ordenamento do Território

Davide Fernandes, licenciado em Biologia/Geologia, licenciado em Engenharia do Ambiente e Território, Mestre em Toxicologia Ambiental, pós-graduado em Ecologia, Ambiente e Território

Solo e Uso do Solo

Eduardo Gonçalves, licenciado em Geologia, Mestre em Geologia e Doutorado em Hidrogeologia

João Martins, licenciado em Biologia e Mestre em Ecologia, Ambiente e Território

Geologia e Geomorfologia Eduardo Gonçalves, licenciado em Geologia, Mestre em Geologia e Doutorado em Hidrogeologia

Hidrogeologia

Eduardo Gonçalves, licenciado em Geologia, Mestre em Geologia e Doutorado em Hidrogeologia

Davide Fernandes, licenciado em Biologia/Geologia, licenciado em Engenharia do Ambiente e Território, Mestre em Toxicologia Ambiental, pós-graduado em Ecologia, Ambiente e Território

Meio Hídrico e Hidrologia Eduardo Gonçalves, licenciado em Geologia, Mestre em Geologia e Doutorado em Hidrogeologia

Fauna

Joaquim Mendes, licenciado em Biologia

Carla Maia, licenciada em Biologia, Mestre em Biologia e Doutorada em Ecossistemas Aquáticos

Flora, Vegetação e Habitats

Paulo Alves, licenciado em Biologia e pós-graduado em Ecologia, Ambiente e Território

Duarte Silva, licenciado em Biologia Aplicada e Mestre em Ecologia da Paisagem e Conservação da Natureza

Arqueologia e Património Pedro Costa, licenciado em História variante Arqueologia Ambiente Sonoro Marta Ferreira, licenciada em Engenharia do Ambiente, Mestre

em Tecnologia Ambiental

Qualidade do Ar Marta Ferreira, licenciada em Engenharia do Ambiente, Mestre em Tecnologia Ambiental

Resíduos Marta Ferreira, licenciada em Engenharia do Ambiente, Mestre em Tecnologia Ambiental

Paisagem

João Martins, licenciado em Biologia e Mestre em Ecologia, Ambiente e Território

Paulo Alves, licenciado em Biologia e pós-graduado em Ecologia, Ambiente e Território

Duarte Silva, licenciado em Biologia Aplicada e Mestre em Ecologia da Paisagem e Conservação da Natureza

Substâncias e Preparações Perigosas

Marta Ferreira, licenciada em Engenharia do Ambiente, Mestre em Tecnologia Ambiental

Ana Gonçalves, Mestre em Engenharia Biológica Sistemas de Informação

Geográfica

João Martins, licenciado em Biologia e Mestre em Ecologia, Ambiente e Território

Ana Silva, licenciado em Engenharia Geográfica e Mestre em Engenharia Geográfica

Plantas e Elementos

Arquitetónicos Vânia Ferreira (LPDM, Lda.)

(13)

Tabela 2 - Equipa responsável pela elaboração do EIA O EIA foi realizado entre Setembro de 2019 e Fevereiro de 2020.

2.6. Antecedentes do EIA

A Gravotêxtil, S.A. foi fundada a 20 de Março de 1984, por David Teixeira e Alberto Fernando Clemente, apresentando como atividade principal a gravação de quadros para estamparia, com um capital social, à época de 500.000$.

No crescimento da Gravotêxtil destacam-se os seguintes marcos históricos:

Em abril de 1988 é realizado o primeiro pedido de instalação de licenciamento industrial junto do Ministério da Indústria e Comércio, MIC, tendo sido aprovado o projecto de instalação em agosto do mesmo ano, condicionado à requisição da vistoria e ao envio do alvará de obras.

Pouco tempo depois, um ofício datado de agosto de 1988 é novamente solicitado ao MIC com comprovativo da legalidade da pretensão (ver Anexo I.13 e I.14).

Em 1991, os serviços que a empresa prestava passaram a ser, predominantemente, desencolagem e branqueação de malhas, uma vez que o tingimento tinha uma representatividade baixa naquela época.

Foi então, gradualmente, substituindo o seu parque de máquinas de forma a aumentar a sua capacidade produtiva que, consequentemente, aumentou a produção da empresa e originou com que o serviço de tingimento fosse a operação mais representativa. Paralelamente, a Gravotêxtil inicia-se na execução de serviços de acabamentos têxteis.

Em 1993 foi requerido ao Ministério da Indústria e da Energia a vistoria, tendo sido a mesma realizada em Junho de 1994 e autorizada a laboração a título provisório por 365 dias em Maio de 1995.

Em 1996, a empresa reforça a sua capacidade de oferta de serviços apostando numa revolução tecnológica do seu parque industrial.

Nos finais do ano 1997, a Gravotêxtil transforma a sua forma jurídica em sociedade anónima.

Em Julho de 1999 é aprovado o projecto da ETAR, tendo sido emitida em Janeiro de 2000 a Licença de Utilização do Domínio Hídrico.

(14)

Após vistoria, realizada em Maio de 2002, é emitida nova autorização de exploração condicionada. Em Setembro do mesmo ano é solicitado novo pedido de alteração do estabelecimento industrial.

Em agosto de 2003 o pedido de alteração é indeferido devido à falta da certidão de localização e do projecto eléctrico. É dada a indicação da necessidade de ser novamente instruído um processo de licenciamento industrial por parte da entidade coordenadora de licenciamento à época.

Em julho de 2007 é solicitado pela Direção Regional da Economia do Norte à Gravotêxtil a indicação da capacidade instalada anterior a Setembro de 2002 e o possível enquadramento na Licença Ambiental (PCIP).

Em 2007 foi realizado o averbamento do processo de licenciamento industrial para S.A., até então em Lda. Ainda no mesmo ano é solicitada pela Gravotêxtil, a exclusão do enquadramento no regime PCIP.

Em abril de 2008 é realizado novo pedido de alteração ao licenciamento industrial.

Em novembro de 2009 são solicitados elementos adicionais à Gravotêxtil.

Em 2009 é solicitado pedido de autorização de recursos hídricos para captação de águas subterrâneas a partir de um furo (ver Anexo I.15).

Em janeiro de 2010 a empresa concorre ao QREN INOVAÇÃO – Inovação Produtiva – Projeto N.

13811, no valor de 898.993,77€, tendo como principais objetivos a aquisição dos seguintes equipamentos:

Montagem de linha de aproveitamento de Águas/Banho + Tanque 50 m3;

Compressor de parafuso rotativo KAESER – Modelo ASD 47 SFC / 7,5 bar;

Secador de ar comprimido por refrigeração KAESER – Modelo TD 61;

Microfiltro para tratamento de ar comprimido KAESER – Modelo TD 61;

Reservatório de ar comprimido – 2000 L – 10 bar;

JET Innoflow EXL HT1 CX2;

JET Innoflow EXL HT3 CX2;

JET Innoflow EXL HT4 CX2;

Ampliação do sistema de doseamento LAWER;

JET EXL HT4 CX2 (Montagem/Instalação das linhas de Vapor, Água, Condensados, Esgotos);

(15)

JET EXL HT3 CX2 (Montagem/Instalação das linhas de Vapor, Água, Condensados, Esgotos);

JET EXL HT1 CX2 (Montagem/Instalação das linhas de Vapor, Água, Condensados, Esgotos);

Máquina de Secar/Lavar;

Conversão da Râmola Santa Lúcia para queima direta a Gás Natural;

Conversão da Râmola Santa Lúcia para queima direta a Gás Natural;

Recuperador LUWA de Energia Térmica de 1 Caldeira de Vapor;

Montagem de Recuperador LUWA.

Em 2011 é indeferido o pedido de alteração efectuado em abril de 2008.

Em setembro de 2015 concorre a um novo Quadro de Apoio PT2020 SI Inovação – Inovação Produtiva – Projeto N. 14984 no valor de 972.030,04€. Os equipamentos contemplados no projeto foram:

Carda LAFER;

Cozinha de Cores de Corantes LAWER;

JET Athena 3A 1.000 kg SCLAVOS;

JET Athena 3A 250 kg SCLAVOS;

JET Athena 3A 500 kg SCLAVOS;

Dosorama WS 288 TECNORAMA.

Em abril de 2017 é requerido junto da Câmara Municipal de Fafe a deliberação do interesse público, ao abrigo do regime especial de licenciamento RERAE.

Em julho de 2017 é emitida a Declaração de Interesse Público, tendo sido neste mês solicitada a regularização ao abrigo do regime especial de licenciamento – RERAE.

Em Março de 2019 concorrem de novo a uma linha de investimento – PT2020 SI Inovação – Inovação Produtiva – Projeto N. 44839, no valor de 946.990,12€, que envolveu os seguintes equipamentos:

JET CANLAR 400 kg;

JET CANLAR 400 kg;

JET CANLAR 750 kg;

JET CANLAR 750 kg;

Substituição das Linhas de Condensados, Água Fria e Água Quente;

Máquina de Abrir Corino;

(16)

Upgrade dos JET’s Brazzoli;

Sistema Gestão de Produção SedoExpert.

O software SedoExpert será apenas instaladas em 2022.

Em maio de 2019 foram adaptadas algumas máquinas de tingir e outras substituídas por novos equipamentos, cujo objectivos são a redução dos banhos de tingimento, eficiência e redução de impactes ambientais.

Ao nível das infraestruturas/edifícios, ao longo dos anos, foram também efetuadas alterações/construções, constantes na “Planta Anos de Construção” no Anexo I.1, os anos de construção dos principais edifícios da Gravotêxtil e a sua finalidade à data.

Pelo exposto, o presente projeto viabilizará uma mudança estratégica no negócio da Gravotêxtil ao visar a legalização de todo o Projeto existente, permitindo o a) acesso a novas certificações, cujo requisito legal é a licença de exploração, b) ampliação da zona de armazenagem e da área de acabamentos físicos.

A Erro! A origem da referência não foi encontrada. apresenta o planeamento de diferentes atividades acopladas ao Projeto.

Piso -1 2001

Instalação dos balneários 

Instalação da oficina/serralharia 

2013 Construção de parte do edifício, onde se encontra actualmente a cogeração 

2018

Construção do PT relativo à cogeração 

Construção de parte do edifício da cogeração que irá albergar os geradores de

vapor 

2021 Construção do novo armazém de malha e transferência de localização das

caldeiras 

Piso 0 1991

Construção do edifício e instalação dos actuais acabamentos químicos e parte do armazém dos produtos químicos líquidos 

(17)

Instalação dos geradores de vapor 

Instalação da cozinha de cores 

1994

Construção do atual armazém de entrada 

Instalação do monta-cargas 

Instalação do laboratório físico 

1997

Construção e instalação dos acabamentos físicos 

2001

Ampliação dos acabamentos físicos 

Ampliação da zona de preparação de malha, instalação do reservatório de água limpa 

Instalação/ampliação da área de tinturaria 

Construção e instalação da ETAR, atualmente apenas designada tanque de homogeneização 

2012 Ampliação da zona de acabamentos químicos 

2014

Ampliação do armazém de entrada 

Ampliação da zona de acabamentos químicos 

Piso 0 2015 Ampliação do armazém de entrada 

2016

Ampliação/instalação da cozinha de cores com doseamento automático 

Ampliação do armazém de expedição 

(18)

Ampliação da zona de acabamentos químicos 

2021

Construção da expansão dos acabamentos físicos

Substituição da Râmola 1 

Piso 1 1999 Construção do atual arquivo morto  1994 Construção do actual arquivo de amostras 

2001 Ampliação do actual arquivo de amostras 

2016 Construção de novos laboratórios químicos  Tabela 3 - Planeamento das diferentes atividades associadas a este Projeto com indicação do seu estado de execução

3. DESCRIÇÃO DO PROJETO

Como se justifica na introdução do presente capítulo, a descrição da situação de referência efetua-se em paralelo com a descrição do Projeto.

3.1. Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A.

O edifício do estabelecimento industrial da Gravotêxtil – Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A. não possui licença de utilização camarária, tendo sofrido ampliações ao longo dos anos. Ao longo dos anos a Gravotêxtil encetou várias diligências, junto das várias entidades competentes, a fim de regularizar a sua situação a nível urbanístico junto da Câmara Municipal e a nível industrial junto do IAPMEI, IP., conforme descrito no ponto 1.6. Antecedentes do EIA.

A unidade industrial labora vinte e quatro (24) horas por dia durante cinco (5) dias úteis por semana em regime de três (3) turnos rotativos na área de produção. Excepção feita aos serviços administrativos que laboram num regime de turno normal, durante cinco (5) dias por semana.

A qualidade dos serviços prestados é, para a Gravotêxtil, uma componente importante e estratégica. Dispõe de quadros técnicos qualificados, sistemas de apoio da produção informatizado, um laboratório de desenvolvimento e controlo de qualidade moderno e máquinas

(19)

modernas, em todo o seu ciclo de produção, desde que recepciona as matérias-primas, até ao embalamento final em rolos de cartão.

A organização preocupa-se com a melhoria contínua, tendo em conta os objetivos são a rápida capacidade de resposta e controlo total dos processos, sempre numa perspetiva da total satisfação dos seus clientes.

3.1.1. A Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A. e o Ambiente

Tendo iniciado a sua atividade em 1984, a Gravotêxtil, é um dos maiores atores na área de atividade de branqueamento e tingimento de malhas para a indústria têxtil. A Gravotêxtil é certificada de acordo com os referenciais normativos Oeko-Tex (Anexo I.2 – Certificado Oeko- Tex) e GOTS (Anexo I.3 – Certificado GOTS).

O ambiente constitui uma preocupação real para a Gravotêxtil, que cimentou ao longo dos anos as suas preocupações de gestão ambiental. Para a Gravotêxtil, as estratégias ambientais, tal como as económicas e sociais, são vistas de forma integrada no quotidiano da empresa, procurando trabalhar em parceria com grupos de interesse, cumprindo a legislação aplicável e controlando os seus impactes ambientais no ar, água, solo, biodiversidade, procurando criar emprego e assegurar boas condições de trabalho.

Todas as matérias-primas utilizadas no processo produtivo são de qualidade certificada e controladas segundo rigorosos procedimentos internos.

Ao nível dos equipamentos, durante o ano de 2019, parte das máquinas de tingir foram adaptadas e outras substituídas, com vista à redução dos banhos de tingimento, o que por si só reduziu os consumos de água e efluente descarregado, bem como o consumo de energia e os efluentes gasosos.

3.1.2. Enquadramento Territorial

O Projeto que se submete a procedimento de AIA encontra-se localizado na freguesia e concelho de Fafe, no distrito de Braga. Em anexo são apresentados os seguintes enquadramentos locais do Projeto:

Planta de layout industrial (Anexo I.4);

Planta de Enquadramento Geral à escala 1:25.000 (Anexo I.5);

Plantas de Ordenamento do PDM de Fafe, com localização do Projeto (Anexo I.6);

Plantas de Condicionantes do PDM de Fafe, com localização do Projeto (Anexo I.7).

3.1.3. Localização exata da Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A.

De acordo com o Sistema WGS84, as Coordenadas geográficas da instalação são as seguintes:

(20)

Latitude 41º 9’ 14, 47’’

Longitude 8º 35’ 14, 47’’

3.1.4. Plano Diretor Municipal

O Plano Diretor Municipal de Fafe tem como âmbito e aplicação qualquer efeito de uso do solo, subsolo, suas alterações e licenciamento de quaisquer operações de construção civil, novas construções, ampliações, alterações, reparações, demolições, parcelamentos de propriedades e obras de urbanização.

A área de implantação da Gravotêxtil, S.A. situa-se, na sua totalidade, em terrenos com diferentes classificações. A unidade industrial atualmente instalada encontra-se em sede de licenciamento ao abrigo do RERAE, de acordo com o Decreto-Lei n.º 165/2015, de 5 de novembro, prorrogado pela Lei n.º 21/2016, de 19 de julho, dado que não possui licença de utilização de todo o edificado devido a desconformidades com o atual PDMF, nomeadamente aquelas apresentadas na Tabela 4.

Aviso n.º 10346/2020 Descrição do Requisito Legal e da Desconformidade

Artigo 74.º

Alínea e) “A frente mínima da parcela é de 17,5 m ou 12,5 m, respetivamente para edifícios isoladas ou geminados“ – o edifício não cumpre

Alínea f) “O recuo mínimo da edificação é de 8 m e o afastamento mínimo aos limites laterais e posterior é de 5 m e 6 m, respetivamente”- a edificação não cumpre os afastamentos em algumas partes do edifício

Alínea h)

“As edificações localizadas nos limites desta categoria de solos com uma área superior a 25 ha, devem salvaguardar afastamentos mínimos, em relação a estes limites de 10 m, devendo o Projeto de Arranjos Exteriores prever nestes limites a criação de uma cortina arbórea suficientemente densa que garanta uma adequada transição do espaço de atividades económicas para os espaços residenciais. Para os espaços desta categoria de solos com uma área inferior a 25ha, aquele afastamento será de 5.00 m para o recuo mínimo da edificação e de 6.00 m para o afastamento mínimo aos limites laterais e posterior, podendo em casos devidamente justificados aplicar -se a norma constante das subalíneas ii) e iii) da alínea f) do n.º 1 do Artigo 19.º” - A edificação não cumpre os afastamentos em algumas partes do edifício

Alínea j)

“Deve assegurar -se a criação de uma baía de estacionamento público em toda a frente da parcela, que permita a criação de um número mínimo de um lugar de estacionamento por cada 300 m² da área de construção exceto se este já existir em toda a frente da parcela confinante com a via pública ou se a frente da parcela confinante com a via pública em que se implanta a edificação não o permitir” – A frente da parcela confinante com a via pública não permite a criação de baía de estacionamento público em toda a parcela

Artigo 69.º

Alínea e) “O recuo mínimo da edificação é de 5 m e o afastamento mínimo aos limites laterais e posterior é de 6 m” – Na área com uso residencial de nível I a edificação não cumpre os afastamentos em algumas partes do edifício

Alínea h)

“Deve assegurar -se a criação de uma baía de estacionamento público em toda a frente da parcela, que permita a criação de um número mínimo de um lugar de estacionamento por cada 300 m² da área de construção exceto se este já existir em toda a frente da parcela confinante com a via pública ou se a frente da parcela confinante com a via pública em que se implanta a edificação não o permitir” – A frente da parcela confinante com a via pública não permite a criação de baía de estacionamento público em toda a parcela.

Tabela 4 – Desconformidades do Projeto relativamente ao ordenamento

(21)

Relativamente às classes de ordenamento que o Projeto ocupa, apresentam-se de seguida as mesmas, de acordo com o PDMF:

De acordo com a Planta de Condicionantes encontra-se em:

o Recurso agrícola e florestal – Reserva Agrícola Nacional (RAN);

o Área excluída da Reserva Agrícola Nacional (RAN);

o Recursos Ecológicos – Reserva Ecológica Nacional (REN);

o Área excluída da Reserva Ecológica Nacional (REN);

o Domínio hídrico – zona inundável (não classificada como zona adjacente aos leitos dos cursos de água.

De acordo com a Carta de Ordenamento, encontra-se em:

o Solo urbanizado – espaço residencial de nível I;

o Solo urbanizado – espaço de atividades económicas;

o Solo rural – espaços agrícolas;

o Áreas com funções específicas – estrutura ecológica fundamental.

Na planta de ordenamento – Anexo I – Zonamento acústico encontra-se em zona mista.

Na planta de ordenamento – Anexo II – Património Arqueológico encontra-se em zona cautelar de salvaguarda arqueológica.

3.1.4.1. Adequação da edificação à utilização pretendida

O edifício destinado a Indústria Tipo 1 é constituído por 3 pisos: piso -1, piso 0 e piso 1, formalizado por um volume que agora agrega 3 espaços distintos: armazém, parte administrativa e zona de produção, incluindo anexos de áreas técnicas de apoio à unidade industrial, bem como tanques e depósitos de apoio.

3.1.4.2. Indicação da natureza e condições do terreno

O edifício encontra-se construído num terreno que se apresenta sólido com uma pendente no sentido poente / nascente que se vai acentuando quando se aproxima do rio.

3.1.4.3. Inserção urbana e paisagista da edificação

O edifício localiza-se na freguesia de Fafe e insere-se num terreno com área de 22.036,00 m2. A construção predominante na envolvente é a habitação, embora existam alguns edifícios deste tipo na envolvente.

Dimensão do terreno com aumento previsto: 22.036,00 m2;

Área de implantação: 10.972,00 m2;

(22)

Área de construção: 12.903,00 m2;

Área de implantação total: 10.847 m2;

Volumetria com aumento previsto: 76.477,00 m3;

Volume atual: 75.402,00 m3;

Cércea: 10,30 m;

Altura da fachada: 8,30 m;

Número de pisos abaixo da soleira: 1;

Número de pisos acima da soleira: 2.

Para além da legalização da construção existente, o requerente pretende ampliar o edifício destinado a armazém de malhas e que se traduz num aumento de 250 m2 de área de construção. De referir que as construções existentes e a ampliar não abrangem a zona cautelar de salvaguarda arqueológica. Nesta zona mantém-se o terreno natural.

Ainda relativamente às desconformidades já enumeradas na Tabela 4, apresentam-se de seguida a explicação dos mesmos:

Actividades Económicas Afastamentos

O edifício a legalizar não poderá cumprir o disposto no n.º 1 da alínea f) do art.º 74 do PDMF,

“O recuo mínimo da edificação é de 8 m e o afastamento mínimo aos limites laterais e posterior é de 5 m e 6 m, respetivamente”. O edifício tem um recuo de 4 metros e nos limites laterais existem pequenas partes que têm afastamento inferior a 5 m.

Salvaguarda de afastamento mínimo de 15m, em relação ao limite de categoria de solo actividades económicas

O edifício a legalizar não poderá cumprir o disposto no n.º1 da alínea h) do art.º 74 do PDM de Fafe, “As edificações localizadas nos limites desta categoria de solos, devem salvaguardar afastamentos mínimos, em relação a estes limites de 15 m”., uma vez que a edificação, já se encontrava construída aquando da alteração do PDM.

Estacionamento público

Em relação ao estacionamento o projecto de arquitectura não poderá cumprir o disposto no n.º1 alínea h) do art.º 74 do PDM de Fafe, “Deve assegurara-se a criação de um lugar de estacionamento público por cada 300m² da área de construção”. A unidade industrial não tem previsto nenhum estacionamento público.

(23)

Espaço Residencial Nível II Afastamentos

O edifício a legalizar não poderá cumprir o disposto no n.º 6 alínea e) do art.º 69 do PDM de Fafe, “O recuo mínimo da edificação é de 8 m e o afastamento mínimo aos limites laterais e posterior é de 10 m”. O edifício tem um recuo de 4 metros e nos limites laterais e posteriores do edifício existem partes que têm afastamento inferior a 10m.

Estacionamento público

Em relação ao estacionamento o projecto de arquitectura não poderá cumprir o disposto no n.º1 alínea h) do art.º 74 do PDM de Fafe, “Deve assegurara -se a criação de um lugar de estacionamento público por cada 300 m² da área de construção”. A unidade industrial não tem previsto nenhum estacionamento público.

Uso a que se destinam as fracções

A fracção destina-se à indústria de tinturaria e acabamento têxtil.

3.2. Descrição do Processo Produtivo da Gravotêxtil - Sociedade de Acabamentos Têxteis, S.A.

3.2.1. Tipo de Atividade e Capacidade Produtiva

A Gravotêxtil, como já tinha sido anteriormente referido, presta serviços de branqueamento e tingimento, no sector têxtil. As atuais instalações dispõem de uma área total de 22.036,00 m2, dos quais 10.847,00 m2 são área de implantação. A Tabela 5 - Capacidade instalada do Projecto apresenta a capacidade instalada associada ao Projeto.

Processo Produtivo Capacidade Instalada (t/dia)

Tingimento 42,5

Tabela 5 - Capacidade instalada do Projecto 3.2.2. Produtos/Tipo de malha

A Gravotêxtil realiza o tingimento e acabamento de algodão, viscose, modal, poliéster, misturas entre elas e mistura com elastano.

(24)

3.2.3. Principais Matérias Consumidas

As principais matérias-primas utilizadas pela Gravotêxtil S.A. são produtos químicos (corantes, auxiliares e sódicos), cones de cartão e manga plástica, como matérias-primas subsidiárias. Na Tabela 6 - Estimativa das principais matérias consumidas pela Gravotêxtil, S.A. no ano de 2019 são apresentados a estimativa dos consumos de matérias utilizadas no ano de 2019.

Matérias

Consumidas Tipo de Utilização/

Processo Quantidade Unidades

Corantes Tingimento 112,84 t

Auxiliares Tingimento e

Acabamentos 868,80 t

Sódicos Tingimento 2155,31 t

Cones de cartão Acabamentos 287,79 unidades

Manga plástica Acabamentos 15,04 t

Tabela 6 - Estimativa das principais matérias consumidas pela Gravotêxtil, S.A. no ano de 2019 3.2.4. Descrição Geral do Processo Produtivo

O processo produtivo da Gravotêxtil é constituído pelas seguintes etapas:

Recepção da encomenda pelo departamento de encomendas. Se a encomenda é aceite, o cliente entrega os rolos de malha em cru no armazém.

Pesquisa de cores:

Sempre que existe um pedido de repetição de uma cor por um dado cliente, realiza-se a pesquisa informática da cor no actual sistema de arquivo de receitas já formuladas, o que permite à receita pretendida.

Caso se trate de uma cor nova, a empresa recorre ao seu laboratório para a reprodução da cor e elaboração da respectiva receita;

Tinturaria - tem como objectivo conferir à malha uma cor uniforme em toda a sua extensão. O processo de tingimento pode ser dividido em quatro etapas: preparação ao tingimento; tingimento; hidroextracção e abertura e secagem;

Preparação ao tingimento consiste em várias etapas, preparação de receituário, seleção do processo e equipamento a utilizar e preparação de cargas.

O local onde se prepara as receitas, são pesados os vários tipos de corantes, produtos químicos ou auxiliares necessários, exceto os auxiliares líquidos que são enviados por via automática.

(25)

Tingimento consiste na aplicação de corantes, produtos químicos e auxiliares (banho de tingimento) à malha. Este processo de tingimento é realizado através de máquinas denominadas por Jet´s.

Hidroextracção consiste na remoção da água em excesso da matéria, após o tingimento.

Abertura - as torres de abertura destinam-se a abrir o tecido, preparando-o para a operação seguinte a secagem.

Secagem, é realizada com o auxílio da râmola. Este equipamento é o secador mais utilizado uma vez que permite a evaporação da água em excesso presente nos artigos, permitindo fixar a largura e o comprimento pretendido.

Cardagem - esta operação de acabamento permite a formação de uma camada de pelo à superfície da malha, melhorando assim as propriedades de isolamento térmico e o toque.

Revista final/Enrolamento - tem como objetivo efetuar o último controlo de qualidade à malha. Esta fase é constituída pelas operações revista, final, enrolamento e embalagem.

Expedição - que consiste em enviar para o cliente a encomenda solicitada.

As várias etapas que constituem o processo produtivo são apresentadas esquematicamente na Figura 3 - Fluxograma produtivo.

(26)

Secção Tinturari Acabamea e ntos

Cliente

Dep. Comercial

Arm. Malha Crú

Cor

Pesquisa informática no

receitas já formuladas

Laboratório Não

Receita Sim

Preparação da malha para tingir

Colocação da malha nos Jet`s

e barcas

Processo de tingimento

Abrir Malha

Acabamento

Râmolas Secagem

Acabamentos especiais Acabamentos

Sanfor

Armazém expedição

Cliente Secção

Preparaçã o

Figura 3 - Fluxograma produtivo.

(27)

3.2.4.1. Posicionamento de Mercado

Um dos objectivos do presente Projecto é o alargamento do posicionamento da Gravotêxtil na cadeia de valor do sector têxtil, permitindo, tal como já mencionado anteriormente obter, em primeiro lugar as respectivas licenças camarárias dos edifícios já edificados e, consequentemente o licenciamento da actividade industrial. A concretização deste objectivo permite concorrer a novos projectos, a novas certificações de forma a conseguir novos mercados de venda, uma vez que, na maioria das situações, é necessário o licenciamento da actividade, além, de ser cumprimento legal geral.

Esta estratégia surge de um acompanhamento constante e dinâmico às necessidades do mercado nacional e internacional, estabelecendo como objectivo a entrada em mercados sofisticados com a oferta de um bem/serviço transaccionável.

3.2.5. Máquinas e Equipamentos

Seguidamente são apresentados os equipamentos associados a este Projeto (Tabela 7 - Listagem de equipamentos associados a este Projeto com indicação do número de unidades instaladas).

Atividade Equipamento Quantidade (N.º)

Acabamento

Tumbler 1

Cardas 4

Sanfor 2

Lâmina 1

Esmeril 1

Râmolas 6

Hidros 2

Máquina abrir 5

Calandras 2

Secadeiras 2

Tinturaria Jet's 30

Barcas 1

Cozinha de cores Estantes rotativas 2

(28)

Atividade Equipamento Quantidade (N.º) Bolseiros de envio de corantes 2

Dos-chen de envio de

auxiliares 3

Serralharia

Serrote de fita 1

Esmeril 1

Torno mecânico 1

Cogeração Gerador de vapor 1

Motor 1

Casa das caldeiras Gerador de vapor 2

Tabela 7 - Listagem de equipamentos associados a este Projeto com indicação do número de unidades instaladas

3.3. Aspetos Ambientais

3.3.1. Principais Aspetos Ambientais Associados ao Processo Produtivo

Os principais aspetos associados ao Projeto incluem o consumo de recursos hídricos, a descarga de águas residuais, consumo de recursos energéticos e a produção de resíduos, bem como a emissão de efluentes de gasosos para a atmosfera, provenientes dos geradores de vapor e dos equipamentos do setor do acabamento.

3.3.2. Consumo de Recursos

3.3.2.1. Consumo de Recursos Hídricos

A existência física do Projeto e a sua consequente laboração constituem aspetos ambientais a realçar na fase de exploração do mesmo, nomeadamente no que diz respeito aos consumos hídricos subterrâneos. O consumo de água refere-se ao consumo doméstico e industrial, sendo o consumo doméstico efectuado nas zonas sociais, nos balneários e sanitários. O consumo de água no ano 2019 foi de 480.331 m3.

O Projeto possui atualmente treze (13) captações subterrâneas, mais especificamente, treze (13) furos, que abastecem a zona de produção e respectivos laboratórios.

A localização das captações existentes no Projecto pode ser visualizada no Anexo I.8.

A Tabela 8 – Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos (APA00016887) e características das captações do Projeto apresenta a situação de cada uma das captações do Projeto e respetivas características. As licenças das diferentes captações subterrâneas estão presentes no Anexo I.9.

(29)

Designação

Situação Legal/

Código APA

N.º Autorização Coordenadas (Longitude/

Latitude)

Profundidade (m)

Volume Máximo

Mensal (m3)

Volume Máximo Anual

(m3) Furo 1 Licenciada

450.10.02.02.007808.2 019.RH2 / A006725.2019.RH2

8.115219/41.26-

5781 90 4 600 57 000

Furo 2 Licenciada

450.10.02.02.007813.2 019.RH2 / A006724.2019.RH2

8.115137/41.26-

5855 90 3 000 33 000

Furo 3 Licenciada

450.10.02.02.007807.2 019.RH2 / A006726.2019.RH2

8.115028/41.26-

5912 120 6 500 70 000

Furo 4 Licenciada

450.10.02.02.007815.2 019.RH2 / A006723.2019.RH2

8.115167/41.26-

5813 100 4 800 58 500

Furo 5 Licenciada

450.10.02.02.007818.2 019.RH2 / A006957.2019.RH2

8.115071/41.26-

5780 100 5 000 56 500

Furo 6 Licenciada

450.10.02.02.011172.2 018.RH2 / A006727.2019.RH2

8.115029/41.26-

5727 90 5 000 54 000

Furo 7 Licenciada

450.10.02.02.011171.2 018.RH2 / A006728.2019.RH2

- 8.114853/41.27

102 95 4 000 47 000

Furo 8 Licenciada

450.10.02.02.011170.2 018.RH2 / A006729.2019.RH2

8.114958/41.26-

5845 50 6 000 71 000

Furo 9 Licenciada

450.10.02.02.011169.2 018.RH2 / A006730.2019.RH2

8.114969/41.27-

108 50 5 000 57 500

Furo 10 Licenciada

450.10.02.02.011168.2 018.RH2 / A006753.2019.RH2

- 8.114950/41.27

138 100 6 000 71 000

Furo 11 Licenciada

450.10.02.02.011167.2 018.RH2 / A006731.2019.RH2

- 8.114826/41.26

5779 40 700 7 500

Furo 12 Licenciada

450.10.02.02.011166.2 018.RH2 / A006754.2019.RH2

- 8.114567/41.26

5737 70 6 000 66 500

Furo 13 Licenciada

450.10.02.02.011165.2 018.RH2 / A006732.2019.RH2

- 8.115065/41.26

5990 70 3 500 41 500

Volume Total de Extração Anual Titulado e Autorizado (m3) 691 000

Tabela 8 – Autorização de Utilização dos Recursos Hídricos (APA00016887) e características das captações do Projeto A Tabela 9 – Volume de água extraído das captações subterrâneas a partir de maio de 2019 (data de início das licenças) apresenta o volume de água extraída a partir das captações subterrâneas desde o início da vigência das licenças emitidas até ao passado mês de maio do presente ano.

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