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Análise Conjuntural da Economia e do Comércio

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Federação do Comércio do Paraná

Análise Conjuntural da Economia e do

Comércio

Setembro 2014

RELAÇÕES

COM O EXTERIOR

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2

Federação do Comércio do Paraná 1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

1.1 Balança Comercial Brasileira

O saldo da balança comercial de janeiro-setembro de 2014, é negativo: -US$ 690 milhões. O 1.º bimestre foi o principal responsável pelo saldo negativo no ano, considerando os reduzidos superávits mensais de março a maio, e que só voltaram a apresentar crescimento expressivo entre junho-agosto. Em 2014, devido ao corte de importações da Argentina, carente de reservas cambiais, o Brasil foi prejudicado por aquele que, historicamente, tem sido o maior mercado externo brasileiro na América Latina. A conta turismo é deficitária em todo o ano.

No ano de 2013 o saldo foi positivo, mas tão somente US$ 2,56 bilhões, muito inferior a 2012, quando atingiu US$ 19,4 bilhões. Em 2013, mesmo com a valorização do US$ (e desvalorização do R$), as exportações não foram o esperado/necessário. O pequeno saldo comercial de 2013 pode ser explicado por: recuperação dos EUA; restrições nos países do Euro; queda das vendas para Argentina; menor crescimento da China; alta tributação com efeito cascata; expansão geométrica da importação brasileira de petróleo- a conta petróleo-;

pequena participação de produtos de alta e média tecnologia nas exportações; predomínio de commodites nas exportações (bens de menor valor agregado). Os preços chineses- com

menores custos trabalhistas, também afetam a capacidade competitiva brasileira.

Se o dólar valorizado em 2013 (maior poder de compra ao importador externo) não permitiu elevar exportações devido fatores já mencionados, por outro lado, a desindustrialização ocorrida ainda não foi superada; não é a curto prazo que o perfil industrial do país se altera, moderniza ou recupera, considerando a manutenção de limitações competitivas. As commodities agrícolas exportadas tiveram melhora na cotação, devido a queda na safra americana. É necessário recuperar exportações da indústria de transformação, detentores de maior agregação de valor e mais empregos criados.

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatísticas de comércio exterior – Balança comercial mensal) (Consulta em 02/10/2014) (*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração.

TABELA 1 – BRASIL: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões) Período Exportações

* Variação

(%) Importações* Variação

(%) Balança

Comercial* Variação (%)

2007 160.649 16,58 120.617 32,04 40.032 -13,83

2008 197.942 23,21 172.985 43,42 24.958 -37,66

2009 152.995 -22,71 127.722 -26,17 25.272 1,26

2010 201.915 31,98 181.768 42,32 20.147 -20,28

2011 256.040 26,81 226.240 24,47 29.799 47,91

2012 242.580 -5,26 223.149 -1,37 19.431 -25,23

2013 242.183 -0,2 239.623 7,4 2.560 -87,2

Abr 20.632 6,77 21.626 12,88 -994 -706,10

Mai 21.822 5,77 21.064 -2,60 758 -176,26

Jun 21.134 -3,15 18.833 -10,59 2.301 203,56

Jul 20.807 -1,55 22.704 20,55 -1.897 -182,44

Ago 21.425 2,97 20.199 -11,03 1.226 164,63

Set 20.996 -2,00 18.849 -6,68 2.147 75,12

Out 22.821 8,69 23.045 22,26 -224 -110,43

Nov 20.861 -8,59 19.122 -17,02 1.739 676,34

Dez 20.846 -0,07 18.192 -4,86 2.654 52,62

2014 173.635 -2,26 174.325 -2,76 -690 -57,12

Jan 16.026 -23,12 20.084 10,40 -4.058 -252,91

Fev 15.934 -0,57 18.059 -10,08 -2.125 -47,64

Mar 17.628 10,63 17.516 -3,01 112 -105,27

Abr 19.724 11,89 19.218 9,72 506 351,79

Mai 20.752 5,21 20.040 4,28 712 40,71

Jun 20.467 -1,37 18.102 -9,67 2.365 232,16

Jul 23.025 12,50 21.450 18,50 1.575 -33,40

Ago 20.465 -11,12 19.297 -10,03 1.168 -25,84

Set 19.617 -4,14 20.556 6,52 -939 -180,39

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Federação do Comércio do Paraná 1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

1.2 Principais Produtos Exportados e Importados

1.3 Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados - US$ milhões FOB TABELA 4 - Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados FOB (US$ milhões) (Jan-Ago)

2013 2014

Exportação 156.655 154.018

Petróleo e Derivados 13.158 17.267

Demais 143.497 136.751

Importação 160.422 153.769

Petróleo e Derivados 28.195 26.581

Demais 133.841 127.186

Saldo -3.767 249

Petróleo e Derivados -15.037 -9.314

Demais 9.656 9.565

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial Brasileira Mensal) (Consulta em 02/10/2014) TABELA 2 – BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2014 (Jan-Ago)

Produto US$

Milhões

Percen tual (%)

1 Óleos Brutos De Petróleo 10.905,95 18,34

2 Farelo E Resíduos Da Extração De Óleo De Soja 5.003,08 8,41 3 Carne De Frango Congelada, Fresca Ou Refrigerada Incluindo Miúdos 4.621,66 7,77

4 Açúcar De Cana, em Bruto 4.482,37 7,54

5 Carne De Bovino Congelada, Fresca Ou Refrigerada 3.834,29 6,45

6 Café Cru Em Grão 3.646,14 6,13

7 Celulose 3.497,50 5,88

8 Óleos Combustíveis (Óleo Diesel,"Fuel-Oil",Etc.) 2.689,64 4,52

9 Automóveis De Passageiros 2.201,84 3,70

10 Aviões 1.982,52 3,33

11 Couros E Peles, Depilados, Exceto Em Bruto 1.971,45 3,31 12 Produtos Semimanufaturados De Ferro Ou Aços 1.931,71 3,25

13 Ferro-Ligas 1.861,39 3,13

14 Partes E Pecas Para Veículos Automóveis E Tratores 1.831,75 3,08

15 Óxidos E Hidróxidos De Alumínio 1.726,90 2,90

16 Motores Para Veículos Automóveis E Suas Partes 1.673,32 2,81

17 Milho Em Grãos 1.501,98 2,53

18 Motores, Geradores E Transformadores Elétricos E Suas Partes 1.492,22 2,51 19 Maquinas E Aparelhos Para Terraplanagem, Perfuração, Etc. 1.321,32 2,22

20 Açúcar Refinado 1.295,15 2,18

-- Total 59.472,18 100,00

TABELA 3 – BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS EM 2014 (Jan-Ago)

Produto US$

Milhões

Percen tual (%)

1 Óleos Brutos De Petróleo 10.119,01 15,96

2 Óleos Combustíveis (óleo Diesel,"Fuel-Oil",Etc.) 5.636,63 8,89

3 Automóveis De Passageiros 5.200,12 8,20

4 Partes E Pecas Para Veículos Automóveis E Tratores 5.042,10 7,95 5 Medicamentos Para Medicina Humana E Veterinária 4.555,63 7,19 6 Circuitos Integrados E Microconjuntos Eletrônicos 3.285,63 5,18

7 Naftas 3.138,84 4,95

8 Gás Natural 2.645,34 4,17

9 Partes De Aparelhos Transmissores Ou Receptores 2.413,61 3,81

10 Gás Natural Liquefeito 2.348,78 3,71

11 Circuitos Impressos E Outras Partes Para Aparelhos De Telefonia 2.193,26 3,46 12 Instrumentos E Aparelhos De Medida, De Verificação, Etc. 2.093,16 3,30

13 Veículos De Carga 2.010,52 3,17

14 Motores, Geradores E Transformadores Elétricos E Suas Partes 1.995,08 3,15 15 Compostos Heterocíclicos, Seus Sais E Sulfonamidas 1.942,00 3,06 16 Inseticidas, Formicidas, Herbicidas E Produtos Semelhantes 1.932,87 3,05

17 Cloreto De Potássio 1.821,10 2,87

18 Rolamentos E Engrenagens, Suas Partes E Peças 1.691,61 2,67 19 Polímeros De Etileno, Propileno E Estireno 1.664,77 2,63 20 Partes E Acessórios De Maquinas Automáticas Para Processamento De

Dados 1.653,28 2,61

-- Total 63.383,35 100

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Federação do Comércio do Paraná 1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

1.4 Intercâmbio Comercial Brasileiro

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de Conjuntura – Indicadores Econômicos – Capítulo V – Intercâmbio Comercial Brasileiro) (Consulta em 02/10/2014)

As restrições impostas pela Argentina às exportações brasileiras prejudicam a balança comercial nacional, a indústria exportadora brasileira e paranaense. Também o MERCOSUL perde e se enfraquece com as medidas adotadas pela Argentina.

1.5. Corrente de Comércio

(*) Dados de 2014 referentes aos meses de Janeiro a Agosto.

CORRENTE DE COMÉRCIO : obtida a partir da soma: exportações mais importações . Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de abertura comercial do país. No gráfico, os valores indicam o saldo total anual da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações.

(*) Mercosul: Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela; além do Brasil.

(1) Associação Europeia de Livre Comércio, inclui Islândia, Noruega e Suíça (inclui Liechtenstein).

(2) Exclui países do Oriente Médio e membros da Opep.

(3) Associação Latino-Americana de Integração.

(4) Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Venezuela.

(5) Inclui Porto Rico.

(6) Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Ucrânia e Uzbequistão.

(7) Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal, República Eslovaca, República Tcheca, Romênia e Suécia.

(8)

Angola, Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Indonésia, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela.

TABELA 5 – BRASIL: INTERCÃMBIO COMERCIAL (Em US$ Milhões)

Países

2013 (JAN-DEZ) 2014 (JAN-AGO)

Exportações Importações

Balança

Comercial Exportações Importações

Balança Comercial

AELC (1) 3.420 3.940 -520 2.598 2.563 35

África (2) 11.087 17.446 -6.359 6.039 11.341 -5.302

Aladi (3) 53.700 40.781 12.919 30.567 25.218 5.349

MERCOSUL (*) 29.533 20.450 9.083 16.837 12.168 4.669

Argentina 19.615 16.463 3.153 9.821 9.339 482

Paraguai 2.997 1.040 1.957 2.216 808 1.407

Uruguai 2.071 1.767 304 1.878 1.234 644

Venezuela 4.850 1.181 3.669 2.922 786 2.136

Chile 4.484 4.327 157 3.326 2.718 608

México 4.230 5.795 -1.565 2.422 3.648 -1.226

Outros (4) 15.453 10.209 5.244 7.983 6.684 1.298

Ásia 77.657 73.230 4.427 52.972 47.483 5.490

China 46.026 37.303 8.723 31.729 24.648 7.081

Coréia do Sul 4.720 9.491 -4.771 2.391 5.954 -3.563

Japão 7.964 7.081 883 4.375 4.032 343

Outros 18.947 19.354 -407 14.477 12.849 1.628

Canadá 2.702 3.002 -300 1.542 1.809 -268

EUA (5) 24.856 36.282 -11.425 17.809 23.624 -5.816

Europa Oriental (6) 4.178 3.598 580 2.990 2.618 372

Oriente Médio 10.954 7.369 3.585 6.608 5.131 1.477

União Europeia 47.541 50.712 -3.171 28.823 32.202 -3.380

Alemanha 6.552 15.182 -8.631 4.368 9.611 -5.244

França 3.394 6.498 -3.104 1.915 3.948 -2.033

Itália 4.098 6.719 -2.621 2.797 4.290 -1.494

Países Baixos 17.283 2.345 14.938 9.473 2.133 7.340

Reino Unido 4.067 3.615 453 2.634 2.230 404

Outros (7) 18.947 19.354 -407 14.477 12.849 1.628

Outros 6.083 3.266 2.816 4.071 1.780 2.291

Opep (8) 17.477 21.103 -3.626 10.601 13.918 -3.317

Total 242.179 239.626 2.553 154.018 153.769 249

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Federação do Comércio do Paraná 1. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

1.6 Relações Comerciais Brasileiras Com as Américas

TABELA 7 - Importações Brasileiras de países das três Américas: do Sul, Central e do Norte

(Jan-Ago)(em milhões de U$S)

País Importações Participação (%)

1 Estados Unidos 23.416,96 15,23

2 Argentina 9.339,34 6,07

3 México 3.648,24 2,37

4 Chile 2.714,39 1,77

5 Bolívia 2.625,31 1,71

6 Canadá 1.809,30 1,18

7 Uruguai 1.234,17 0,80

8 Colômbia 1.171,05 0,76

9 Peru 1.041,03 0,68

10 Paraguai 808,38 0,53

11 Venezuela 785,74 0,51

12 Trinidad e Tobago 835,27 0,54

13 Brasil 278,54 0,18

14 Costa Rica 225,65 0,15

15 Equador 93,46 0,06

- Total 153.767,34 100

TABELA 6 - Exportações Brasileiras para países das três Américas: do Sul, Central e do Norte

(Jan-Ago)(em milhões de U$S)

País Exportações Participação (%)

1 Estados Unidos 17.745,04 11,52

2 Argentina 9.820,79 6,38

3 Chile 3.325,92 2,16

4 Paraguai 2.215,72 1,44

5 Venezuela 2.922,04 1,90

6 México 2.421,89 1,57

7 Uruguai 1.878,34 1,22

8 Colômbia 1.548,65 1,01

9 Canadá 1.541,88 1,00

10 Bolívia 1.020,46 0,66

11 Peru 1.199,83 0,78

12 Equador 524,96 0,34

13 Bahamas 289,24 0,19

14 Trinidad e Tobago 363,35 0,24

15 Cuba 324,20 0,21

- Total 154.018,05 100

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6

Federação do Comércio do Paraná

1.7. Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna

Anunciadas ou vigentes desde maio/2010, para estimular o setor exportador e valorizar a produção da indústria nacional. Algumas das decisões não foram implementadas eficientemente e não produziram os efeitos necessários e esperados. As providências são as seguintes:

1. Créditos Tributários: Devolução de 50% dos créditos de PIS/PASEP, COFINS, IPI, acumulados na exportação até 30 dias após o pedido. Atualmente o retorno leva até cinco anos. Terão direito as empresas ;

a) que exportaram pelo menos 30% do faturamento nos últimos dois anos.

b) que sejam exportadoras há no mínimo quatro anos.

c) com tributação pelo lucro real e que utilizem nota fiscal eletrônica.

d) cujo histórico de pedidos de ressarcimento negados não supere em 15% o total solicitado nos últimos dois anos.

2. Banco de Fomento: Criação do EXIM Brasil (no estilo do Eximbank internacional), subsidiário do BNDES especializado em comércio exterior para diminuir burocracia e dar mais rapidez a

operações de exportação. Voltado para operações de longo prazo, como bens de capital e serviços de engenharia.

3. Micro e Pequenas Empresas: Poderão exportar até R$ 2,4 milhões sem a contabilização desse valor no limite de faturamento para enquadramento no Simples, que é também R$ 2,4 milhões.

4. Financiamento: BNDES poderá destinar R$ 7 bilhões para linha de exportação de bens de consumo subsidiada pelo Tesouro Nacional.

5. Garantias de criação:

a) FGCE-Fundo Garantidor de Comércio Exterior, que terá R$ 2 bilhões transferidos de fundo do BNDES.

b) FGIE- Fundo Garantidor de Infraestrutura, que reunirá fundos naval e de energia e as PPP’s (Parceria Público-Privada), somando R$ 5 bilhões.

c) EBS-Empresa Brasileira de Seguros para administrar risco dos fundos garantidores da União e para concessão de seguros com o setor privado.

6. Isenção: Ampliação do “drawback isenção” para o mercado interno, em que os tributos pagos na compra de insumos para produtos exportados poderão ser descontados na reposição de matéria- prima nacional.

7. Compras Governamentais: Produtos nacionais terão preferência nas compras do governo federal. O valor será de até 25% do similar produzido em outro país.

8. Autopeças: Acaba com o desconto de 40% sobre o Imposto de Importação de autopeças para estimular a produção nacional.

9. Valorização recente do dólar (e consequente desvalorização do R$) poderá favorecer exportações, conter a demanda de importados (que participam com 23% a 25% na demanda final), e elevar a produção interna em segmentos específicos.

10. Aumento do IPI para carros importados (set 2011): passou a vigorar em 2012;

11. Eleva de 3 para 5 anos a cobrança de 6% do IOF: nas operações de cambio contratadas após 12/03/2012.

12. Proteção a produtos da Zona Franca de Manaus: aumento de 20% p/ 35 do IPI de importados: motos, micro-ondas e aparelhos de ar condicionado.

13. Governo anuncia em 01/10/2012 lista de 100 produtos importados que terão aumento no imposto de importação.

14. Final de janeiro de 2013: Banco Central injeta dólares no mercado, para forçar baixa do dólar no mercado, como parte de uma política anti-inflacionária.

15. Junho/2013: providencias visaram estimular a permanência de US$ na economia brasileira.

16. Dezembro/2013: aumento no IOF para uso de cartões de crédito no exterior.

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Federação do Comércio do Paraná 2. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

2.1 Balança Comercial Paranaense

O saldo da balança comercial de janeiro-agosto/2014 no Paraná foi negativo: -US$ 91,81 milhões. Em 2013 o saldo foi negativo: -US$ 1,1 bilhões, um valor melhor- aliás, menos ruim- que os saldos negativos dos anos de 2011 e 2012. O dólar valorizado não ajuda a melhorar. A balança comercial de 2012 foi negativa e a pior dos últimos sete anos: US$ -1,678 bilhão. A corrente de comercio do Paraná (exportações mais importações) em 2013 foi US$ 41,02 bilhões, valor que sinaliza maior abertura econômica do Estado nos últimos cinco anos, mas com maior participação das importações. O saldo comercial negativo de 2011 a 2013, não ocorria desde 2005.

A crise nos países desenvolvidos influenciou na redução da cotação de commodities agrícolas no 1.º semestre/2012; essas cotações melhoraram em 2013, na sequência da elevação dos preços do milho e soja, devido à queda da safra nos EUA, permitindo melhor cotação desses importantes produtos da pauta paranaense. Por outro lado, a queda das exportações para países do euro refletem as limitações ainda vigente naquelas economias. A crise na economia da Argentina, a sua carência de divisas, mais as exigências adicionais por eles formuladas, dificultam exportações paranaenses para aquele país, o que prejudica bastante a indústria de transformação instalada no Paraná, que sempre teve naquele país um importante e grande mercado.

Fonte: www.mdic.gov.br –(Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial – Estados) (Consulta em 02/10/2014) (*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração

TABELA 8 –BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões) Período Exportações

Variação

(%) Importações*

Variação (%)

Saldo Balança Comercial *

Variação (%) 2007 12.352,86 23,33 9.017,99 50,85 3.334,87 -17,42

2008 15.247,18 23,43 14.570,22 61,57 676,96 -79,70

2009 11.222,83 -26,39 9.620,84 -33,97 1.601,98 136,64

2010 14.176,01 26,31 13.956,96 45,07 219,05 -86,33

2011 17.394,23 22,70 18.767,23 34,47 -1.373,00 -726,78 2012 17.709,59 1,81 19.387,10 3,30 -1.677,52 -22,16 2013 18.239,20 2,99 19.343,80 - 0,23 - 1.104,60 -34,26

Mai 1.824,49 15,39 1.624,52 -5,71 199,97 241,06

Jun 1.706,73 -6,45 1.615,67 -0,55 91,06 54,46

Jul 1.744,80 2,23 1.574,61 -2,54 170,18 86,89

Ago 1.933,06 10,79 2.078,61 32,01 -145,55 -185,52

Set 1.669,72 -13,62 1.515,96 -27,07 153,75 205,64

Out 1.706,08 2,18 1.773,30 16,96 -67,22 -143,72

Nov 1.405,71 - 17,61 1.448,57 -18,30 - 42,86 - 36,24

Dez 1.227,83 - 12,65 1.562,65 7,88 - 334,82 681,26

2014 11.555,77 -5,51 11.647,58 -10,71 -91,81 88,70

Jan 904,545 -26,33 1.217,33 -22,10 -312,78 -6,58

Fev 1.313,19 45,18 1.304,34 7,15 8,85 - 102,83

Mar 1.486,05 13,16 1.419,41 8,84 66,64 653,19

Abr 1.671,43 12,48 1.425,21 0,41 246,22 269,47

Mai 1.560,96 -6,61 1.645,81 15,48 -84,85 -134,46

Jun 1.457,73 -6,61 1.306,81 -20,60 150,93 277,87

Jul 1.656,06 13,61 1.914,17 46,47 -258,11 -271,02

Ago 1.505,80 -9,07 1.414,66 -26,10 91,14 -135,31

(8)

8

Federação do Comércio do Paraná

2. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

2.2 Principais Destinos de Produtos do Paraná

Hjkhj

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança Comercial Brasileira:

Unidades da Federação) Consulta em 02/10/2014 2.5 Exportações por Tipos de Bens

(1) Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 02/10/2014)(*) Dados Atualizados. Sujeitos à alteração.

(2) Dados preliminares.

(3) Bens de Capital: bens que geram riqueza: máquinas que fabricam outros bens; ou bens de longa duração: equipamento hospitalar

Bens Intermediários: bens manufaturados ou matérias-primas processadas utilizadas na produção de outros bens (exemplo: peças para veículos) Bens de Consumo: utilizados para o atendimento das necessidades humanas imediatas: alimentos, remédios, etc

(*) CORRENTE DE COMÉRCIO: obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de abertura comercial. No gráfico, os valores indicam o saldo no período da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações.

TABELA 9 – PARANÁ: PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO DE PRODUTOS (1)

2013 (Jan – Dez) 2014 (JAN-AGO)

Dez Principais

Destinos US$ Milhões Participação Percentual

(%) Dez Principais Destinos US$

Milhões

Participação Percentual

(%)

1 China 3.978,89 37,20 China 3.059,68 44,97

2 Argentina 2.048,89 19,16 Argentina 810,58 11,91

3 Países Baixos (Holanda) 839,00 7,84 Países baixos (holanda) 473,39 6,96

4 Estados Unidos 720,42 6,74 Estados unidos 468,70 6,89

5 Alemanha 635,46 5,94 Alemanha 451,88 6,64

6 Arábia Saudita 628,95 5,88 Paraguai 415,27 6,10

7 Paraguai 622,46 5,82 Arábia saudita 341,38 5,02

8 Japão 420,62 3,93 Franca 285,20 4,19

9 Franca 418,70 3,91 Itália 252,25 3,71

10 Coreia Do Sul 382,81 3,58 Coreia do sul 245,04 3,60

--- Total 10.696,20 100,00 Total 6.803,38 100,00

2.3 Principais Produtos Exportados

TABELA 10 – PARANÁ: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2014 (JAN-AGO ) (1)

Produto US$

Milhões

Percen tual (%) 1 Soja, Mesmo Triturada, Exceto Para Semeadura 3.164,81 37,44 2 Bagaços E Outros Resíduos Sólidos, Da Extração Do Óleo 1.034,96 12,24 3 Pedaços E Miudezas, Comestíveis De Galos/Galinhas 797,70 9,44

4 Outros Açúcares De Cana 558,48 6,61

5 Carnes De Galos/Galinhas ,Não Cortadas Em Pedaço 512,85 6,07 6 Óleo De Soja, Em Bruto, Mesmo Degomado 319,19 3,78 7 Milho Em Grão, Exceto Para Semeadura 261,39 3,09 8 Automóveis Com Motor Explosao,1500<Cm3<=3000 248,35 2,94 9 Outras Madeiras Comp.Folheada, Espessura < 6Mm 201,67 2,39 10 Outros Papéis/Cartões Para Escrita, Etc.Fibra Mecan 186,31 2,20

11 Café Solúvel, Mesmo Descafeinado 177,47 2,10

12 Consumo De Bordo - Combustiveis E Lubrif.P/Em 171,14 2,02 13 Farinhas E "Pellets",Da Extração Do Óleo De S 149,40 1,77 14 Adubos Ou Fertilizantes Com Nitrogênio, Fosforo 138,34 1,64

15 Madeira De Coníferas, Perfilada 124,05 1,47

16 Carnes De Outros Animais, Salgadas, Secas,Etc. 113,59 1,34 17 Outros Couros Bovinos, Incluindo Búfalos 96,84 1,15 18 Tratores Rodoviários Para Semi-Reboques 69,81 0,83 19 Madeira De Coníferas, Serrada/Cortada Em Folhas 64,59 0,76 20 Outros Motores De Explosão, Para Veículos 62,04 0,73

-- Total 8.452,99 100,00

2.4 Corrente de Comércio

TABELA 11 –

PARANÁ: CORRENTE DE COMÉRCIO Período US$

Milhões* Var (%) 2008 29.817,40 39,52 2009 20.843,67 -30,10 2010 28.132,97 34,97 2011 36.161,45 28,54 2012 37.096,97 2,59 2013 41.024,11 1,11 Jun 3.322,40 -3,67

Jul 3.319,41 -0,09 Ago 3.748,40 12,92 Set 3.222,19 -14,04 Out 3.178,91 -1,34 Nov 2.676,46 -15,81 Dez 3.780,34 41,24 2014 23.203,27 -0,07

Jan 2.121,80 -23,96 Fev 2.617,28 23,35 Mar 2.905,54 11,01 Abr 3.096,64 6,58 Mai 3.206,78 3,56 Jun 2.764,54 -13,79

Jul 3.570,23 29,14

Ago 2.920,46 -18,20

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Federação do Comércio do Paraná 2. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

2.6 Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem

(*)Considera apenas blocos econômicos e não países não pertencentes a estes blocos.

2.7 Principais Empresas Exportadoras do Paraná

2.8 Principais Empresas Importadoras do Paraná

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 02/10/2014) TABELA 12 – PARANÁ: PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO E ORIGEM DE PRODUTOS

2014 (JAN-AGO) 2014 (JAN-AGO)

Principais Blocos

Econômicos de Destino US$

Milhões

Percen tual (%)

Principais Blocos

Econômicos de Origem US$

Milhões

Percen tual

(%) Ásia (Exclusive Oriente Médio) 4.715,55 46,83 União Europeia - UE 3.245,63 32,67 União Europeia - UE 1.974,60 19,61 Ásia (Exclusive Oriente Médio) 3.075,47 30,96

Oriente Médio 826,74 8,21 África 1.088,95 10,96

Aladi (Exclusive Mercosul) 746,28 7,41 Estados Unidos (Inclusive Porto Rico) 784,95 7,90

Demais Blocos 1.807,30 17,95 Demais Blocos 1.739,26 17,51

Total 10.070,48 100,00 Total 9.934,26 100,00

TABELA 13 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS EXPORTADORAS EM 2014 (JAN-AGO)

20 Principais Empresas Exportadoras US$

Milhões Percentual (%)

1 Cargill Agrícola S A 823,59 12,89

2 Brf S.A. 616,41 9,65

3 Cooperativa Agropecuária Mouraoense Ltda 593,41 9,29

4 Bunge Alimentos S/A 564,33 8,83

5 Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. 484,66 7,59

6 Renault Do Brasil S.A 419,17 6,56

7 Chs Do Brasil - Grãos E Fertilizantes Ltda. 390,77 6,12

8 Nidera Sementes Ltda. 375,36 5,87

9 Usina De Açúcar Santa Terezinha Ltda 295,68 4,63

10 Volvo Do Brasil Veículos Ltda 230,53 3,61

11 Klabin S.A. 223,04 3,49

12 Petróleo Brasileiro S A Petrobras 208,66 3,27

13 Seara-Ind. E Comercio De Produtos Agro-Pecuário 180,43 2,82 14 Copacol-Cooperativa Agroindustrial Consolata 165,01 2,58

15 Noble Brasil S.A. 155,74 2,44

16 Seara Alimentos Ltda 151,46 2,37

17 C.Vale - Cooperativa Agroindustrial 149,02 2,33

18 Adm Do Brasil Ltda 124,48 1,95

19 Cooperativa Agroindustrial Lar 122,94 1,92

20 Usina Alto Alegre S/A - Açúcar E Álcool 114,68 1,79

--- Total 6.389,38 100,00

TABELA 14 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS IMPORTADORAS EM 2014 (JAN-AGO)

20 Principais Empresas Importadoras US$

Milhões Percentual (%)

1 Petróleo Brasileiro S A Petrobras 1.169,62 19,61

2 Volkswagen Do Brasil Ltda 1.028,52 17,25

3 Renault Do Brasil S.A 895,69 15,02

4 Volvo Do Brasil Veículos Ltda 430,60 7,22

5 Cnh Industrial Latin America Ltda. 287,26 4,82

6 Fertipar Fertilizantes Do Paraná Limitada 229,78 3,85

7 Positivo Informática S/A 227,67 3,82

8 Yara Brasil Fertilizantes S/A 220,18 3,69

9 Electrolux Do Brasil S/A 181,10 3,04

10 Mosaic Fertilizantes Do Brasil Ltda. 180,53 3,03

11 Brf S.A. 153,28 2,57

12 Adama Brasil S/A 146,62 2,46

13 Sig Combibloc Do Brasil Ltda 114,34 1,92

14 Fertilizantes Heringer S.A. 112,10 1,88

15 Nortox Sa 110,28 1,85

16 Nissan Do Brasil Automóveis Ltda 108,25 1,82

17 Bunge Alimentos S/A 104,29 1,75

18 Macrofertil - Industria E Comercio De Fertiliza 91,34 1,53

19 Plant Bem Fertilizantes S.A. 86,81 1,46

20 Tetra Pak Ltda 85,06 1,43

--- Total 5.963,31 100,00

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10

Federação do Comércio do Paraná 2. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

2.9 Exportações por Fator Agregado

Fonte: www.mdic.gov.br (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta : 02/10/2014)

2.10 Balança Comercial dos Principais Exportadores Municipais

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 02/10/2014)

TABELA 15 – PARANÁ: EXPORTAÇÃO – TOTAIS POR FATOR AGREGADO (Em US$ Milhões)

Período Básicos Indústria- lizados

Operações

Especiais TOTAL 2007 4.233,78 7.949,75 169,32 12.352,86 2008 5.787,48 9.152,08 307,62 15.247,18 2009 4.985,13 6.024,36 213,33 11.222,83 2010 5.983,15 7.921,86 270,99 14.176,01 2011 7.952,48 9.056,69 385,06 17.394,23 2012 8.356,71 9.022,70 330,17 17.709,59 2013 9.068,37 8.916,49 254,34 18.239,20

Mar 766,64 597,28 22,79 1.386,71

Abr 875,78 679,84 25,55 1.581,17

Mai 967,24 834,55 22,71 1.824,49

Jun 919,32 769,39 18,02 1.706,73

Jul 954,66 770,14 20,00 1.744,80

Ago 1.042,07 863,41 27,58 1.933,06

Set 849,87 802,18 17,66 1.669,72

Out 828,98 851,18 25,92 1.706,08

Nov 615,79 768,01 21,91 1.405,71

Dez 386,65 826,09 15,09 1.227,83

2014 6.352,26 5.016,96 1.232,93 11.555,77

Jan 345,05 545,02 125,86 904,55

Fev 686,35 604,99 91,16 1.313,19

Mar 868,74 594,77 130,56 1.486,05

Abr 1.112,96 532,59 92,70 1.671,43

Mai 904,38 633,96 169,85 1.560,96

Jun 796,41 638,40 175,91 1.457,73

Jul 865,85 763,21 217,85 1.656,06

Ago 772,53 704,02 229,05 1.505,80

TABELA 16 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL DOS MAIORES EXPORTADORES MUNICIPAIS EM 2014 (JAN-AGO) (Em US$ Milhões)

15 Principais

Municípios Exportações

Percen tual (%)

Importações

Percen tual (%)

Balança Comercial

Corrente de Comércio

1 Paranaguá 3.452,67 33,15 1.357,74 14,15 2.094,93 4.810,41

2 Maringá 1.877,48 18,02 187,15 1,95 1.690,33 2.064,64

3 Curitiba 933,96 8,97 2.666,41 27,80 -1.732,45 3.600,38

4 Ponta Grossa 913,90 8,77 423,28 4,41 490,62 1.337,18

5 São José dos Pinhais 772,72 7,42 2.623,63 27,35 -1.850,91 3.396,35

6 Londrina 551,95 5,30 299,12 3,12 252,83 851,07

7 Araucária 400,90 3,85 1.527,40 15,92 -1.126,49 1.928,30

8 Cascavel 302,80 2,91 97,57 1,02 205,22 400,37

9 Telêmaco Borba 297,76 2,86 24,11 0,25 273,64 321,87

10 Rolândia 241,95 2,32 17,71 0,18 224,23 259,66

11 Cafelândia 164,85 1,58 5,48 0,06 159,36 170,33

12 Palotina 139,71 1,34 10,20 0,11 129,52 149,91

13 Foz do Iguaçu 130,10 1,25 129,07 1,35 1,03 259,18

14 Guarapuava 121,93 1,17 94,68 0,99 27,25 216,62

15 Cambé 114,14 1,10 128,65 1,34 -14,50 242,79

-- TOTAL 10.416,84 100 9.592,21 100 824,62 20.009,05

(11)

Federação do Comércio do Paraná 3. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO NA ECONOMIA BRASILEIRA

No período janeiro-agosto/2014 o IED superou US$ 42 bilhões. Considerando ser ano eleitoral- último ano de governos federal e estaduais- mais a “copa do mundo”, há condições para que a entrada de capital externo- o IED- seja maior que em 2013. Poderiam comprometer a entrada de IED no país: a melhora na economia dos EUA, a possibilidade de adoção pelo governo brasileiro de medidas restritivas que interfiram no rendimento dos investimentos ou ainda fatores aleatórios imprevistos, inclusive os de conotação política.

O IED é um fluxo importante de capital: permite ampliar produção, inovar e modernizar produtos, e melhorar produtividade. Sua mensuração considera somente o capital externo produtivo, capaz de gerar novos bens e serviços. Difere do capital especulativo, aplicado em títulos da dívida pública ou bolsa de valores, que contém um perfil de imediatismo quanto ao retorno, ou seja, não vem para permanecer a longo prazo. Surgindo uma crise, sai do país, sem gerar empregos, produtos e serviços.

O IED de 2013, quase US$ 64 bilhões, foi um pouco menor que 2012. As expectativas de crescimento do IED em 2013 foram comprometidas por limitações econômico-políticas no país, mais a melhoria na economia dos EUA e saída de aplicações da BOVESPA.

Em 2012, o IED foi menor que o de 2011. A credibilidade da economia brasileira no exterior, não atingiu os níveis anteriores: o exterior até se demonstra surpreso com a rápida deterioração das referências anteriores, a começar pelo PIB de 1,0% em 2012. O PIB de 2013 deverá crescer mais que o de 2012; no entanto, não atingirá as previsões iniciais.

Em 2010-2011, houve grandes investimentos de empresas automotivas para instalação ou ampliação, com o BNDES financiando parte dos gastos e uma teia de incentivos fiscais concedidos pelos estados que sediaram tais empresas. No episódio recente de valorização do US$, as automotivas enviaram ao exterior parcelas significativas dos lucros obtidos. O IED de 2005 a 2008 cresceu, associado à confiança do exterior e ao crescimento verificado até set/2008. Em 2009, houve queda expressiva associada à crise do período.

Fonte: www.ipeadata.gov.br - (Conta financeira – Investimentos diretos – Estrangeiros no país) (Consulta em 02/10/2014)

(*) Acumulado no ano; dados preliminares

TABELA 17 – IED NO BRASIL Período Valor em

Milhões* US$

Variação Percentual

(%) 2005 15.066 -16,97 2006 18.822 24,93 2007 34.584 83,74 2008 45.058 30,29 2009 25.948 -42,41 2010 48.506 86,93 2011 66.660 37,43 2012 65.242 -2,13 2013 63.969 -2,00

Jun 7.170 84,81

Jul 5.212 -27,31

Ago 3.775 -27,58

Set 4.770 26,38

Out 5.362 12,39

Nov 8.334 55,44

Dez 6.490 -22,13

2014 * 42.001 7,66

Jan 5.115 -21,19

Fev 4.053 -20,76

Mar 4.977 22,80

Abr 5.233 5,14

Mai 5.963 13,96

Jun 3.924 -34,19

Jul 5.898 50,31

Ago 6.840 15,96

(12)

12

Federação do Comércio do Paraná 4. DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA

A dívida externa brasileira total resulta do somatório das dívidas do setor público (governos: federal, estaduais e municipais, mais Distrito Federal e as empresas públicas) e do setor privado. Os números disponíveis apontam uma dívida de médio e longo prazo muito superior à de curto prazo, fato que contribui para reduzir a pressão para pagamentos.

Para 2014, tem-se aumento da dívida em relação à existente em dezembro/ 2013: de US$ 312 bilhões sobiu para US$ 333 bilhões em agosto de 2014. A dívida de curto prazo corresponde a 13% do total; a de médio e longo prazo atinge 87% do total, tomando por base julho de 2014. A distribuição dessa dívida amplia elasticidade no pagamento e renegociações.

Os dados da dívida de curto prazo de 2011 e 2012 (comparados a 2010) apontam redução expressiva; no entanto, a dívida de médio e longo prazo para os mesmos períodos cresceu bastante. Para isso contribuiu juros menores no exterior, pois os tomadores de empréstimos buscam o menor custo do mesmo. Em 2012, a dívida do ano atingiu US$ 316,8 bilhões, um crescimento em relação a 2011, com maior participação das dívidas de médio e de longo prazo. A administração do estoque de divisas praticada pelo Banco Central, indica condições consistentes para desembolsos futuros para pagamentos da dívida externa.

A existência de dívida, mesmo que grande, não indica necessàriamente, inviabilização de uma economia. Pode representar captação de recursos que sejam necessários e importantes para o setor público ou empresários do setor privado mas, desde que utilizados dentro de uma gestão financeira eficiente podem ser perfeitamente justificáveis.

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Notas econômico-financeiras para a imprensa – Setor externo – TABELA 52) (Consulta em 02/10/2014) (*) Dados de Julho – 2014

22.1. Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado

A dívida externa brasileira está distribuída em dívida do governo e dívida do setor privado.

De acordo com o Banco Central, a dívida registrada para o período 2008-2012 está distribuída conforme Tabela abaixo.

Constata-se uma realidade pouco conhecida do grande público: do total da dívida externa brasileira, verifica-se que o setor privado, no período 2008 - 2012 é, na média, responsável por mais da metade dessa dívida. O biênio 2011-2012 mostra forte inversão de tendência comparada a 2008- 2010. O dado mais recente da dívida, ano de 2012, mostra o setor privado devendo 63,7%, quase o dobro do setor público. A dívida privada cresceu muito a partir de 2010, sob estímulo dos baixos juros no exterior e valorização do R$ perante o US$ até meados de 2011. A dívida pública está distribuída entre governos: federal, estaduais, municipais mais as estatais.

TABELA 19 – BRASIL: PARTICIPAÇÃO DA DÍVIDA EXTERNA

Ano Setor Público Setor Privado Total

2008 (1) 46,9% 53,1% 100%

2009 (2) 51,8% 48,2% 100%

2010 (3) 45,0% 55,0% 100%

2011 (4) 37,2% 62,8% 100%

2012 (5) 36,3% 63,7% 100%

2013 (6) 38,5% 61,5% 100%

Fonte: (1) Boletim Anual – 2008 do Banco Central do Brasil (p.153). (2) Boletim Anual – 2009 do Banco Central do Brasil (p.142).

(3) Boletim Anual – 2010 do Banco Central do Brasil (p. 135). (4) Boletim Anual – 2011 do Banco Central do Brasil (p. 129).

(5) Boletim Anual – 2012 do Banco Central do Brasil (p. 129). (6) Boletim Anual – 2013 do Banco Central do Brasil (p. 121) TABELA 18 – DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA

(Em US$ Milhões)

Período Valor Curto Prazo (%) Médio e Longo Prazo Valor (%) Total

2006 20.323 11,78 152.266 88,22 172.589

2007 38.901 20,13 154.318 79,87 193.219

2008 36.444 18,37 161.896 81,63 198.340

2009 30.972 15,62 167.220 84,37 198.192

2010 56.450 22,12 198.734 77,87 256.804

2011 39.040 13,13 258.310 86,87 297.349

2012 37.535 11,85 279.295 88,15 316.831

2013 32.855 10,53 279.166 89,51 312.022

2014* 44.830 13,46 288.291 86,54 333.121

(13)

Federação do Comércio do Paraná 5. RESERVAS CAMBIAIS

O período janeiro-agosto/2014 aponta pequena elevação percentual das reservas cambiais do Brasil sobre dezembro/2013: de US$ 375,5 bilhões para US$ 376,1 bilhões em setembro/ 2014. Em 2013, ocorreu queda de 1,0% no estoque de reservas, comparado a 2012.

As reservas cambiais são muito importantes e estratégicas no atual contexto econômico. O “lastro cambial” revela disponibilidade de elevado estoque de divisas no BC, atuando como um colchão amortecedor desde o inicio da crise mundial de 2008, e permite ao Brasil maior credibilidade no mercado externo, manter o “grau de investimento” obtidos em 2008 e 2009 e ampliar entrada de capital externo. Essa importância pode ser avaliado a partir das restrições às importações da Argentina- carente de divisas- que vem afetando produção e demanda internas.

O grau de investimento permanece em 2014, apesar do corte da nota da dívida do Brasil de “BBB” para “BBB-“ pela agência de classificação de risco Standard and Poor's. A redução da nota pelas agências de classificação de risco significa que o acesso a crédito será menor e os juros pagos serão maiores. No entanto, a nota do Brasil é a maior das economias emergentes e, no atual cenário global, é um país que ainda vale o risco para os investidores.

Uma parcela dos US$ da reserva cambial é especulativa, por conta dos juros maiores pagos pelos títulos do governo, comparados à remuneração em outros países. É um volume de divisas importante para a economia brasileira, mas que gera um custo associado às aplicações do exterior em títulos do governo, que pagam altas remunerações. É o “capital especulativo”

volátil, sem compromisso com produção, investimento interno ou emprego e que, em função de um distúrbio no mercado externo poderá, rapidamente, sair do País. Os dólares do BC, em parte aplicados em títulos do governo americano, tem remuneração inferior à paga pelo governo brasileiro. Uma parcela das reservas advém da compra de US$ pelo BC em períodos de alta entrada que induziam a valorizar o R$; a outra parte vem das exportações.

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de conjuntura – Reservas Internacionais – Dados diários) (Consulta em 02/10/2014) TABELA 20 – BRASIL: RESERVAS CAMBIAIS

(Em US$ Milhões) (1)

Período

Reservas Cambiais no Banco Central

(1)

Variação Sobre o Período Anterior

(%)

2005 53.799 1,60

2006 85.839 59,60

2007 180.334 110,10

2008 193.783 7,46

2009 238.520 23,09

2010 288.575 0,82

2011 352.012 21,98

2012 379.095 7,69

2013 375.467 -0,97

Jun 371.902 -0,94

Jul 373.810 0,51

Ago 373.907 0,03

Set 375.158 0,33

Out 377.318 0,11

Nov 375.834 -0,07

Dez 375.467 -0,10

2014 --- ---

Jan 375.968 0,13

Fev 376.411 0,12

Mar 377.916 0,40

Abr 377.855 -0,02

Mai 379.171 0,35

Jun 380.001 0,22

Jul 379.880 -0,03

Ago 379.263 -0,16

Set 376.164 -0,82

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