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A CARTOGRAFIA ESCOLAR COMO INSTRUMENTO DE INTERPRETAÇÃO DO ESPAÇO

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Academic year: 2021

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ISSN 2176-1396

A CARTOGRAFIA ESCOLAR COMO INSTRUMENTO DE INTERPRETAÇÃO DO ESPAÇO

Denise Lenise Machado 1 -UFSM Ana Carla Lenz 2 -UFSM Gilda Maria Cabral Benaduce 3 - UFSM Eixo – Ensino e Práticas nas Licenciaturas Agência Financiadora: Capes Resumo

No processo de ensino aprendizagem cabe ao docente ser o alicerce da construção do conhecimento, pois deve agregar outros elementos a sua prática didático-pedagógica para dar ao educando a possibilidade de construir sua consciência da diversidade espacial e para a formação de sua criticidade. O presente trabalho tem por objetivo contribuir na elaboração de novas técnicas de ensino/aprendizagem para o Ensino Fundamental baseadas nas ferramentas da Ciência Cartográfica. Para tal, elegeu-se o sétimo ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Dom Antônio Reis do município de Santa Maria, RS, Brasil. E, sabedores da faixa etária dos alunos que frequentam o sétimo ano, o trabalho procura considerar os estágios do desenvolvimento segundo Piaget. De acordo com o autor, nesta fase, os alunos já desenvolvem noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, sendo capazes de solucionar problemas concretos. O trabalho se desenvolveu em etapas: inicialmente, foram feitas leituras teóricas sobre os estágios de desenvolvimento segundo Piaget, noções básicas sobre alfabetização cartográfica e dos assuntos trabalhados no sétimo ano do Ensino Fundamental sobre a região Nordeste. Em um segundo momento, com a inserção dos graduandos de Geografia, bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID), na escola, elaborou-se um croqui da região nordeste pelos educandos, a qual foi reproduzido pelos mesmos no pátio da escola. Entre os principais resultados alcançados destaca-se a produção do conhecimento sobre o Nordeste através da elaboração do croqui, alicerçando a teoria à prática. Deste modo, observa-se que ao proporcionar a vivência da prática o docente contribui para o desenvolvimento e construção do conhecimento do educando a partir da utilização dos recursos disponíveis na Ciência Cartográfica, auxiliando tanto a prática didático-pedagógica como o processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para formação de cidadãos reflexivos capazes de ler e interpretar as transformações no e do espaço geográfico.

1

Estudante de Geografia-Universidade Federal de Santa Maria. denisegeomachado@gmail.com

2

Estudante de Geografia-Universidade Federal de Santa Maria. anacarlalenz@gmail.com

3

Orientadora. Professora titular do curso de Geografia Universidade Federal de Santa Maria.

g.benaduce@gmail.com

(2)

Palavras-chave: Cartografia escolar; Educação; Geografia.

Introdução

O ensino da Geografia por meio da Cartografia representa um importante instrumento de interpretação e compreensão da espacialidade. A cartografia escolar proporciona o meio adequado para que os alunos compreendam o espaço geográfico, ajudando no entendimento das codificações utilizadas para caracterizar o mesmo. A edificação da noção do que é espaço e dos códigos que nele se encontram, requer longa preparação, e está associada às práticas de codificar e de decodificar o espaço vivido pela criança. Neste sentido é preciso entender os caminhos metodológicos para se desenvolver as habilidades para elaborar e ler mapas e gráficos de forma eficaz: codificar e decodificar os símbolos, extrair a informação e interpretar a espacialidade ou ordem dos elementos representados para entender Geografia.

(Passini, 2012).

No processo de construção do conhecimento existem várias formas de estudar o local e compreender o espaço em que se vive permitindo ao educando sentir-se parte do todo, além de proporcionar o entendimento do porque de certas análises do espaço, para fornecer informações que visam desenvolver a experimentação concreta, com ideias claras e inteligíveis, auxiliando-o na fixação do conteúdo no processo de ensino e aprendizagem.

Neste contexto o presente trabalho tem por objetivo geral contribuir na elaboração de novas metodologias de ensino e aprendizagem para o Ensino Fundamental, baseado nas ferramentas da Ciência Cartográfica, e como objetivos específicos construir as noções básicas da educação cartográfica; elaborar um croqui da região Nordeste e reproduzir no espaço escolar a percepção construída pelos educandos. Para tal, elegeu-se a Escola Estadual Dom Antônio Reis do município de Santa Maria, RS, Brasil.

A estrutura teórica metodológica baseada nos princípios do construtivismo de

PIAGET permitiu que a temática – alfabetização cartográfica - se desenvolvesse de forma

dinâmica e interativa com o conteúdo desenvolvido no sétimo ano do Ensino Fundamental, o

qual está relacionado com os conhecimentos geográficos da região Nordeste do Brasil. Dessa

forma, os educandos elaboraram um croqui da região Nordeste o Brasil o qual foi reproduzido

no pátio da escola, e, como sínteses da atividade e de suas experiências relataram-nas de

forma escrita. Este estudo procurou enfatizar o estudo da cartografia escolar de forma

dinâmica envolvendo atividades lúdicas para trabalhar nas aulas de Geografia no ensino

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fundamental. As experiências didático/pedagógicas adquiridas contribuem para que metodologias mais adequadas de ensino em Geografia possam ocorrer em meio a reflexões dos acadêmicos sobre a realidade do ensino e aprendizagem da ciência Geográfica em relação à cartografia escolar.

Desenvolvimento

Um dos objetivos da Geografia escolar é procurar estabelecer relações entre a sociedade e à natureza, trazendo para sala de aula, para vivência do educando mecanismos necessários para compreensão de como ocorre esta relação. É no espaço, construído e reconstruído pelas ações humanas, onde são reproduzidas todas as formas de manifestações de diversos grupos sociais. Logo, as relações devem ser objetivadas para que se possa compreender o ambiente ao qual estamos inseridos, buscando aproximar da realidade dos educandos os conteúdos a serem trabalhados. Nesse contexto, a educação está presente como uma ferramenta importante e fundamental na formação do educando para a sociedade.

Estimular crianças desde os primeiros anos escolares a perceber os lugares que as cercam, procurando inseri-las no contexto em que vivem é uma forma de aproximá-las do mundo em que habitam. Desenvolver a noção de tempo e espaço e a percepção de como está relacionado e em constante transformação, bem como mostrar que quem transforma o espaço é o ser que o ocupa, é fundamental no seu processo de interação com o mundo contemporâneo.

A percepção espacial desenvolvida pela criança desde o estudo da sua rua, seu bairro até aquelas de grande complexidade como a sua cidade, são caminhos necessários para que possa compreender o espaço geográfico em que vive. Neste contexto, Callai (2005, p. 237) enfatiza “Compreender o lugar em que se vive encaminha-nos a conhecer a história do lugar e, assim, a procurar entender o que ali acontece”. Desta forma, a criança vivenciará desde cedo sobre a leitura do mundo, sendo fundamental para todos, que vivemos em sociedade.

Nesta perspectiva Callai (2005, p. 227-247):

Uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz

em si todas as marcas da vida dos homens. Desse modo, ler o mundo vai muito além

da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por

vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do

mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja

muito importante. É fazer a leitura do mundo da vida, construído cotidianamente e

que expressa tanto as nossas utopias, como os limites que nos são postos, sejam eles

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do âmbito da natureza, sejam do âmbito da sociedade (culturais, políticos, econômicos).

Piaget (1967, p.10-17) concebe a conduta humana como uma adaptação ou mesmo como uma contínua readaptação, cuja conduta é explicada como trocas funcionais entre o indivíduo e o meio exterior, comportando dois aspectos intimamente interdependentes: o cognitivo e o afetivo. Assim, como o conhecimento é gerado através de uma interação do sujeito com o meio, a partir de estruturas existentes no sujeito, não haverá desta maneira, sujeito sem objeto.

No processo de ensino e aprendizagem a Geografia juntamente com a Cartografia assume um papel relevante no desenvolvimento das noções e produções de mapas, cartas e plantas. A partir dos conhecimentos cartográficos consegue-se compreender diversos conteúdos relevantes à Geografia, principalmente no tocante aos seus diferentes conceito- chaves, como por exemplo, alfabeto cartográfico, espaço, território, região, e paisagem.

(CALLAI, 2005).

A cartografia representa um recurso para o ensino e a pesquisa de Geografia, ao possibilitar a representação dos diversos recortes do espaço e em diferentes escalas. Sendo assim, a cartografia se fundamenta na leitura e representação do espaço, permitindo uma visualização em diversas escalas local, regional ou global. Através dos mapas e outros recursos saberá distinguir os mais diferentes e distantes locais, possibilitando uma visão reflexiva da realidade na qual pertence. (ALMEIDA, 2001).

Portanto, a Cartografia é um instrumento necessário para a educação e na formação do conhecimento, sendo que, o desenvolvimento e aprendizagem da linguagem cartográfica tornam-se importantes desde o início da escolaridade, contribuindo para que eles venham a compreender como utilizar mapas, o que certamente o possibilitará realizar leituras sobre a representação do espaço geográfico. Oliveira (1978, p. 36) afirma:

[...] O estudo da Cartografia deve ser precedido pelo estudo de uma cartografia infantil, na qual a criança tenha oportunidade de desenvolver atividades preparatórias, para em seguida realizar concretamente as operações mentais de redução, rotação e generalização, que são propriedades fundamentais do processo de mapeamento. Para que o desenvolvimento de uma cartografia infantil seja eficaz, é preciso considerar o mapa como um entre os vários tipos de linguagem de que os homens dispõem para se comunicarem e se expressarem.

A construção e elaboração de mapas, plantas, croquis e maquetes em sala de aula é

uma forma prática para que o processo de ensino/aprendizagem se realize a respeito da

temática proposta. Dessa maneira, correlacionar e conciliar à teoria a prática é necessário,

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buscando fazer com que o educando vivencie a experiência, e construa seu conhecimento pelo ato vivido, tocado, operado. Cavalcanti (1999, p 136) acrescenta:

Cartografia é um importante conteúdo do ensino por ser uma linguagem peculiar da Geografia, por ser uma forma de representar análises e sínteses geográficas, por permitir a leitura de acontecimentos, fatos e fenômenos geográficos pela sua localização e pela explicação dessa localização, permitindo assim sua espacialização. Sabe-se que os alunos têm um interesse diferenciado pelos mapas.

A cartografia escolar mostra-se importante no processo de ensino e aprendizagem, tornando-se indispensável no ensino de Geografia, possibilitando elaborar diferentes representações do espaço vivenciado. A partir dela, é possível estabelecer relações entre fenômenos, sejam eles naturais ou sociais, os quais acabam auxiliando no processo de ensino, tanto para o ensino fundamental como o ensino médio.

A alfabetização cartográfica é indispensável para formação de educandos pensantes, pois possibilita ler e interpretar o mundo a sua volta, a partir de sua capacidade de visualizar o espaço geográfico e sua organização. Desta forma, o educando tem a possibilidade de buscar sua autonomia na leitura de diferentes representações e em diferentes escalas, tornando-o um sujeito cognoscitivo, contribuindo para significativas tomadas de decisões. Conforme Passini (2012, p. 39):

A habilidade de ler um mapa e um gráfico, decodificar os símbolos e a competência para extrair as informações neles contidos são imprescindíveis para a conquista da autonomia. A capacidade de visualizar a organização espacial é um conhecimento significativo para participação responsável e consciente na resolução de problemas do sujeito pensante. Aquele que observa o espaço, representa-o e tem capacidade para ler as representações em diferentes escalas geográficas será um sujeito cognoscitivo, que dará contribuições significativas na tomada de decisões.

Para formação de sujeitos pensantes e atuantes no espaço ao qual estão inseridos é relevante à compressão da leitura que se faz do mundo. E esta leitura ocorre a partir da aprendizagem proporcionada na escola, potencializada pela aprendizagem das noções espaciais, sendo na leitura do espaço o desenvolvimento da autonomia do educando para construção de seu pensamento crítico. O conhecimento construído de forma espontânea, a partir da vivência de cada indivíduo, de sua rua, seu bairro, da cidade onde mora, brinca e estuda possibilita a interação com o espaço sociocultural e auxilia na sistematização para elaboração de mapas, gráficos e croquis, bem como para a leitura e interpretação dos mesmos.

Neste sentido Passini (2012, p. 42) salienta:

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Podemos considerar como dever da escola proporcionar as aprendizagens das noções espaciais ao desenvolvimento das potencialidades de ler o espaço e sua representação como meios de desenvolver a autonomia. O aluno integra-se no espaço sociocultural ao fazer leituras do espaço onde mora, circula, estuda e brinca.

O conhecimento construído de forma espontânea, com sua vivencia, avança por meio de trabalhos de sistematização que a elaboração de mapas e gráficos exige.

Ao docente cabe salientar, que neste processo, ele passa a exercer o papel de mediador estabelecendo possibilidades a construção do conhecimento de forma reflexiva e crítica. O docente juntamente com as suas concepções de educação e do ensino de Geografia é que pode fazer a diferença. Assim, ao possibilitar estudos cartográficos voltados para a interpretação do cotidiano dos educandos através da construção de mapas, plantas, croquis representando dessa forma, o espaço vivenciado pelos mesmos, oferece ao educando a oportunidade de interpretar e analisar as várias informações contidas em cada um dos elementos, do objeto em estudo.

Caminhos Trilhados...

Para que esse trabalho fosse realizado foram elaboradas leituras a respeito dos teóricos da educação, tendo como base a teoria de Piaget, a partir das etapas do desenvolvimento cognitivo da criança, sendo que foram importantes para compreender a noção de espaço e a orientação espacial dos educandos. Sobre as noções básicas para a alfabetização cartográfica escolar foram priorizados os seguintes temas: os tipos de visões (oblíqua, vertical, frontal); os tipos de imagens (a bidimensional com duas dimensões largura e comprimento ou altura e a imagem tridimensional, que além das duas dimensões apresenta a profundidade). Tratou-se também do alfabeto cartográfico destacando três elementos: o Ponto utilizado para representar cidades, capitais de estados, entre outros; a Linha que representa rios, contornos de litoral, estradas, limites de cidades, estados, ferrovias e a Área, usada para representar as áreas de Estados, tipos de vegetação, áreas industriais. Importante também foi o estudo da escala, utilizado para representar a relação de proporção entre a área real e a sua representação.

Em um segundo momento, aplicou-se os conceitos sobre alfabetização cartográfica,

associados com o assunto trabalhado pelo educador em sala de aula. Tal prática versou na

utilização do pátio da escola para a elaboração de um croqui que retratasse a região nordeste

do Brasil, priorizando aspectos culturais, climáticos e topográficos. O croqui que representou

de forma mais adequada o nordeste foi reproduzido no espaço escolar. Por fim, os dados

foram tabulados e discutidos em laboratório.

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Dinâmica da Atividade

A dinâmica desta atividade levou em consideração o entendimento dos tipos de visões sugeridos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Foram trabalhados com os educandos os três tipos: visão obliqua - o observador olha o objeto de cima, mas inclina a cabeça um pouco para a diagonal; visão vertical – o observador olha o objeto de cima para baixo em linha reta; visão frontal – o observador olha o objeto de frente. Para a assimilação destes conceitos os alunos foram convidados a observar e reproduzir em seu caderno um objeto, o objeto eleito para essa atividade foi um dado, utilizando - se dos três tipos de visões.

A proposta seguinte buscou associar os tipos de visões com o entendimento dos tipos de imagens. Os educandos nesse momento tiveram a oportunidade de compreender como o cérebro reproduz o que estamos vendo, por meio da experiência vivida. O objeto eleito permaneceu o mesmo, eles observaram em seus desenhos, realizados na atividade anterior, duas dimensões e três dimensões, ou seja, imagem bidimensional – que apresenta somente comprimento e largura, ou largura e altura; e a imagem tridimensional - a qual apresenta três dimensões comprimento, altura e profundidade.

Após a dinâmica, foi trabalhado com os educandos o alfabeto cartográfico, composto por três elementos: o Ponto utilizado para representar cidades, capitais de estados, entre outros; a Linha que representa rios, contornos de litoral, estradas, limites de cidades, estados, ferrovias e a Área, usada para representar as áreas de estados, tipos de vegetação, áreas industriais. Para concluir a parte teórica da dinâmica trabalhou-se o conceito de escala. A escala utilizada para representar a relação de proporção entre a área real e a sua representação.

Para uma melhor compreensão dos conceitos ensinados os educandos foram desafiados a criar um croqui com os aspectos físicos e culturais da região nordeste brasileira.

Nos aspectos físicos os alunos deveriam representar o clima e a vegetação, em relação à cultura eles buscaram representar as festividades locais. Contudo, o conteúdo sobre a geografia regional nordestina brasileira a professora de Geografia da escola trabalhou com os educandos em outro momento. O croqui que melhor representou o Nordeste brasileiro e utilizou o conhecimento adquirido foi reproduzido no pátio da escola conforme figura.

Material reciclado também foi utilizado para representar o clima e a vegetação. Um

pallet nu foi aproveitado para destacar o clima semiárido, o qual envolve a região central do

Nordeste, neste tipo de clima as temperaturas são elevadas durante e as chuvas são irregulares

de prolongada estiagem. Onde prevalece o clima semiárido a caatinga é a vegetação

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predominante, para esboçar esse tipo de vegetação, os educandos utilizaram Cactos, os quais foram plantados em garrafas pet e pendurados no pallet.

A atividade elaborada e aplicada proporcionou experiência única. Pois a construção e elaboração de croquis e maquetes em sala de aula é uma forma de trazer a prática para o processo de ensino/aprendizagem por meio de conceitos estudados. Dessa maneira, correlacionar à teoria com a prática é uma dinâmica que busca auxiliar a fixação e aprendizagem do conteúdo, dentro da temática trabalhada.

Considerações Finais

A atividade desenvolvida com os educandos mostrou a relevância de se trabalhar com a alfabetização cartográfica para interpretação e leitura do espaço geográfico, bem como para a sistematização e elaboração de mapas e croquis. Pois, a cartografia para o ensino de Geografia é um recurso importante que auxilia no processo de ensino e aprendizagem da espacialidade do educando. Assim como, possibilita a representação dos diversos recortes do espaço em diferentes escalas.

A atividade contribuiu na elaboração de novas atividades didáticas para compreensão de conceitos básicos da cartográfica escolar. Desenvolveu também a concepção, por meio de experiências vivenciadas, de que as utilizações da alfabetização cartográfica permitem obter informações importantes para a representação da espacialidade e dos fenômenos geográficos da região Nordeste do Brasil. Por meio das atividades lúdicas desenvolvidas alcançou-se outro objetivo proposto: a elaboração de um croqui da região Nordeste, didática que trabalhou com o conhecimento cartográfico, durante as aulas teóricas, além da contextualização do cenário socioeconômico e socioambiental da região eleita como objeto. Na confecção do croqui, os educandos puderam utilizar na prática todos os conceitos trabalhados em sala de aula.

E, com a reprodução do croqui eleito no pátio da Escola Estadual Dom Antônio Reis do município de Santa Maria os educandos visualizaram o seu trabalho em diferentes escalas.

O trabalho realizado também contribuiu para a compreensão do educando, de que a Geografia trabalhada em sala de aula fornece a eles, informações que os ajustam a codificar e decodificar o espaço de vivencia social.

A partir do presente trabalho, pode se perceber que a Cartografia é uma ferramenta

necessária para construção do conhecimento em Geografia. É a partir dela que os educandos

estarão aptos para leitura e compreensão do mundo. Buscando em seus conceitos os subsídios

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para elaboração de mapas, croquis e gráficos, o que possibilita a interpretação do espaço geográfico. É na compreensão do mundo que os educandos se tornam indivíduos atuantes e pensantes no ambiente ao qual estão inseridos, proporcionando a autonomia para seres capazes de refletirem sobre suas atitudes e capazes de tomarem decisões.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Rosângela Doin de. (Org). Do Desenho ao Mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001. 120 p.

CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o Mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005.

Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br Acessado em: 14 set.2015

CAVALCANTI, Lana de Souza. Propostas curriculares de Geografia no ensino: algumas referências de análise. Terra Livre. São Paulo: AGB, n. 14, p. 125-145, jan.-jul. 1999.

OLIVEIRA, Lívia de. Estudo Metodológico e Cognitivo do mapa. USP. 1978.

PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e a aprendizagem em Geografia.

Colaboração Romão Passini.1 ed. – São Paulo: Cortez, 2012.

PIAGET, Jean. La Psychology de L’Intelligence. Parais: Armand Colin, 1967.

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