AÇÃO DOS ANTIOXIDANTES NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE NEOPLASIAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.
(Orquidéia de Castro Uchoa Moura) (Maria Samara Pereira Braz) (MSc. Jackeline Lima de Medeiros)
(FAMETRO – Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza).
E-mail para contato (jackeline.medeiros@fametro.com.br)
Título da Sessão Temática: Processo de Cuidar
RESUMO
Os antioxidantes atuam absorvendo ou deslocando os oxigênios reativos, evitando alterações nos carboidratos, lipídios (peroxidação) e no DNA e RNA celular.
Alimentos ricos em antioxidantes quando ingeridos em quantidades suficientes previnem o desenvolvimento de muitos tipos de câncer. O Objetivo dessa pesquisa foi apresentar o conhecimento sobre as ações e a importância da ingestão de antioxidantes para prevenção e tratamento de neoplasias. Metodologia: Estudo descritivo, realizado por revisão integrativa da literatura. Foram utilizadas as bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SCIELO e Google Acadêmico. Obteve-se como resultado 3091 artigos, contudo apenas 120 artigos estavam na íntegra. Após a leitura do resumo, foram selecionados 14 artigo, no idioma português. Foi verificado que as dietas ricas em antioxidantes são de grande relevância para redução de radicais livres e durante tratamento quimioterápico. É necessário o olhar clínico para proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes.
Palavras-chave: Antioxidantes. Câncer. Radical Livre
INTRODUÇÃO
Câncer, termo científico de uma doença que tem como etiologia o crescimento desordenado de células com alterações genéticas em tecidos e órgãos promovendo a perda de função dos mesmos (FURTADO et al., 2013).
CONEXÃO FAMETRO: Ética, Cidadania e Sustentabilidade XII SEMANA ACADÊMICA
Inserir os nomes dos autores (Luana Dias)
CONEXÃO FAMETRO:
ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE XII SEMANA ACADÊMICA
ISSN: 2357-8645
As neoplasias surgem devido a interações entre fatores endógenos e ambientais. Mutações genéticas espontâneas, agentes patogênicos como metais; radicais livres do oxigênio; radiações são exemplos desses fatores (ROHENKOHL et al, 2011).
Segundo INCA (2016), 60% dos 14 milhões de casos novos estimados, no ano de 2012, ocorreram em países em desenvolvimento e 70% dos óbitos ocorreram nesses mesmos países. A estimativa de neoplasias no Brasil para os anos de 2016-2017 é de 576 mil casos.
Estudos mostram que o consume de antioxidantes apresenta eficácia no combate de processos neoplásicos, uma vez que os antioxidantes são substâncias que podem absorver e deslocar elétrons livres evitando a oxidação que geram efeitos danosos ao organismo (FERNANDES; MAFRA, 2005).
A ingestão de antioxidantes pode favorecer o controle do crescimento tumoral, potencializando os efeitos dos medicamentos utilizados no tratamento do câncer, levando assim a redução da dose administrada, ou também podem atuar na prevenção de neoplasias (ROHENKOHL et al, 2011).
Diante do exposto, é relevante o conhecimento sobre o consumo dos antioxidantes na terapêutica nutricional tanto de pacientes sadios como acometidos pelo câncer para proporcionar uma melhor qualidade de vida a estes.
Sendo assim, o objetivo desse estudo foi apresentar o conhecimento sobre importância da ingestão de antioxidantes para prevenção e controle de neoplasias, bem como seus mecanismos de ações no organismo.
DESENVOLVIMENTO / PERCURSO METODOLÓGICO
Estudo descritivo, realizado por meio de revisão integrativa da literatura, que visa reunir e sintetizar resultados de pesquisas sobre um tema ou questões específicas, como metodologia sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema investigado (POLIT; BECK, 2011).
Para a elaboração desta revisão integrativa, as etapas foram percorridas:
estabelecimento da hipótese, do objetivo, dos critérios de inclusão e exclusão de artigos;
definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados e apresentação.
A questão de pesquisa para a busca dos artigos foi: Quais são as ações dos
antioxidantes na prevenção e no controle do câncer?
Foram utilizadas as bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SCIELO e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram “antioxidantes”,
“câncer”, “ radical livre”, de forma integrada. Os critérios de inclusão foram: artigos na íntegra, sem delimitação temporal, que contemplassem o objetivo da pesquisa
O processo de seleção dos artigos foi procedido a partir da leitura do título e resumo. Quando estas informações foram suficientes, o texto completo foi analisado para verificar a adequabilidade aos critérios de inclusão.
A busca foi realizada em agosto de 2016, onde obteve-se como resultado 3091 artigos, contudo apenas 120 artigos estavam na íntegra. Após a leitura do resumo, foram selecionados 14 artigos, no idioma português.
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Para que o organismo desempenhe todas suas atividades é preciso que um importante processo denominado de metabolismo oxidativo ocorra. Esse processo dar- se pela oxidação da glicose e apresenta como resultado final a produção de gás carbônico, água, energia e outros subprodutos. No entanto, no processo metabólico o oxigênio pode ser reduzido parcialmente levando a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). Quando ocorre o desequilibrio entre produção e eliminação de EROs, tem-se o estresse oxidativo, isso resulta na alteração do DNA e RNA celular gerando doenças, tais como neoplasias. (SILVA; JASIULIONIS, 2014).
Durante o estresse oxidativo a membrana celular é a mais atingida pela ação dos radicais livres de oxigênio (RLO), em virtude da peroxidação lipídica tendo como resultado a oxidação das estruturas de ácidos graxos poli-insaturados. Essas alterações na estrutura da membrana promovem a perda de seletividade nas trocas iônicas acarretando perda de conteúdo celular, levando a morte celular. Como o estresse oxidativo é um fator negativo para o desenvolvimento de células carcinogênicas, os antioxidantes dietéticos são considerados como agentes eficazes na profilaxia e no combate a essas patologias (ZIMMERMANN, 2008).
Os antioxidantes atuam absorvendo ou deslocando os oxigênios reativos, evitando alterações nos carboidratos, lipídios (perioxidação) e no DNA e RNA celular.
São classificados em endógenos e exógenos. Os endógenos são produzidos pelo próprio
organismo e têm uma subclassicação: enzimáticos (superóxidos dismutases
citoplasmática e mitocondrial, catalase, glutationaperoxidase, glutationaredutase) e não
enzimáticos (glutationa, ácido lipóico, albumina, ubiquinona, metalotioneínas,
transferrina, ceruloplasmina). Já os exógenos são adquiridos por meio da ingestão alimentar ou fitoterápicos (ácido ascórbico, tocoferol, carotenóides, compostos fenólicos e demais metabólitos secundários vegetais, zinco, cobre, selênio e magnésio) (PAREIRA, 2012).
Entre as principais enzimas responsáveis pela defesa antioxidante do organismo destacam-se a superóxido dismutase (SOD), a catalase (CAT) e a glutationa peroxidase (GPx), que constituem a primeira defesa endógena de neutralização das espécies reativas de oxigênio (EROS). Através delas, as células tentam manter baixas as quantidades do radical superóxido e de peróxidos de hidrogênio, evitando assim, a formação do radical hidroxil. As defesas não-enzimáticas são compostas principalmente por antioxidantes, por exemplo, a glutationa (GSH), a vitamina A, vitamina C, vitamina E, zinco e selênio. (ROHENKOHL et al, 2011).