As propostas teóricas:

Teoria do Urbanismo II

Aula 2

Unipê – Arquitetura e Urbanismo P.3.

Prof. Ana Laura Rosas

As propostas teóricas:

- Cidades Utópicas (Owen, Fourier)

- Cidade Jardim (Ebenezer Howard)

- Cidade Industrial (Tony Garnier)

- Cidade e seus princípios artísticos (Camillo Sitte)

Cidade Linear (Soria e Mata)

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A cidade Industrial

Aspectos modificadores da paisagem das cidades:

Densidade populacional

Industrialização

Habitações e condições precárias

Reformas Urbanas

Movimentos artísticos: Neoclassicismo, Romantismo, Arquitetura do Ferro etc.

Criticas ao modelo

Liberalismo (Smith)

Exploração capitalista (Engels)

Deduções gerais e unânimes – Desorganização, caos, poluição e feiúra.

Novo ambiente urbano possui limites menos precisos e modifica-se com velocidade muito maior que àquela cidade pré-existente.

Entram em jogo – quilômetros de ruas, números de habitantes, número de casas são imensos e fogem a qualquer representação direta. Ex: Londres, Paris, Viena.

Sugestão de Leitura complementar:

Tudo que é Sólido se desmancha no Ar : A aventura da Modernidade – Marshall Berman.

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A cidade Industrial

Os novos aspectos criam movimentos de repulsa e desprezo pelo monstro

(cidade).

Boudelaire, Defoe, Heine, Balzac, Engels, Dickens, Morris etc.

Engenheiros, reformistas e sanitaristas possuem visões de reforma imediata, onde

muitas das vezes não são encontradas soluções definitivas, mas paliativos.

Críticas ao modelo de reformas – especialmente ao de Paris.

Criticas a Lei de Expropriação

As habitações operárias

Salários

Iniciativas para a Reforma da Cidade Industrial

Os Utopistas:

a)

Robert Owen

b)

Charles Fourier

c)

Etienne Cabet

Fonte:http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gustave_Dor%C3%A9_- _Ludgate_Hill.png

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A cidade Industrial

a)

Robert Owen

Industriário (Escócia) – New Lanark - socialismo Utópico Estabelece Fábrica Modelo:

Controle organizacional

Harmonia entre os fatores internos e externos

Maquinaria moderna

Jornadas de Trabalho moderadas

Bons Salários

Moradias salubres

Escola primária e Creche próximas à fábrica

Fato pioneiro em toda a Inglaterra – e apresenta rendimentos muito bons – visitada por pessoas de todo o mundo

Mais adiante associa-se com J. Bentham (Filósofo)

Envolve-se com movimentos políticos – Um dos pioneiros da legislação do trabalho, do movimento cooperativo, das organizações sindicais.

Idéias Pioneiras – associa Industria e Agricultura

5 a)

Robert Owen

Segunda década do século XIX – Elabora modelo de Convivência social ideal Limita o numero de habitantes – 300 a 2000hab.

Extensão de terra a ser cultivada – 800 (323 ha) a 1500 acres – agricultura intensiva.

Formas coletivas de morar – cozinhas coletivas, equipamentos domésticos usados por associação Responsabilidades de Construção pela iniciativa privada – Proprietários de Terra, Capitalistas,

companhias comerciais, autoridades locais, associações cooperativas O excedente produzido é trocado livremente

Deveres e direitos regidos pela Lei comum

- taxas em moeda corrente, homens no serviço Militar.

Consegue colocar sua idéia em prática nos Estados Unidos.

Harmony – Estado de Indiana (1825)

Experiência Fracassa, Owen perde todo o capital empregado

Desavenças e fracassos com comunidade auto-suficiente

Contribuição: ocupação do Oeste Americano

New Harmony para USA – sob o ideário de Owen

6 a)

Robert Owen

Visto como um dos mais importantes utopistas do século XIX – Viu com clareza muitos problemas sociais e urbanísticos.

b) Charles Fourier

Contemporâneo de Owen

Não possuía os mesmos meios financeiros e capacidade do anterior.

Baseia-se em teorias filosófico-psicológica (defendia que as ações não derivassem de proveito econômico, mas de paixões) Até alcançar a Harmonia (social)

Esquema de cidade ideal – Concêntrica

Centro: cidade comercial e administrativa

Em trono: Cidade Industrial

Após: Cidade Agrícola

Propõe uma série de normas e regras para a composição das cidades (utópicas)

Densidade

Altura das Casas x largura das Ruas, abolição de muros.

Reunião das Comunidades (Phalanges – 1620 indivíduos) em edificações chamadas Falanstérios.

New Lanark, vila modelo de Robert Owen

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b) Charles Fourier

A vida desenvolve-se como um grande hotel; Velhos alojados no térreo;

Crianças no mezanino; adultos nos andares superiores.

Modelo Formalizado:

Simétrico; pátios e numerosas entradas, Pátio central, torre de ordem (observação)

O esquema de Fourier é tentado várias vezes na França, Argélia, EUA, Nova Caledônia sem êxito.

No segundo Império – Realiza-se um modelo em Guisa por J.B. Godin e experiência alcança relativo sucesso.

Modificando alguns pontos de Fourier:

Abole a vida em comum – cada família vive em um alojamento.

Grande edifício com Pátios + creches+ escola+ teatro+e outros serviços

Chama-se FAMILISTÉRIO.

Construção real – Familistério em Guise (França)

A comunidade chega a administrar, em regime de cooperativa de produção, os bens de Godin após sua

morte.

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b) Charles Fourier e Godin

Vista do Familistério de Guise - Godin

Vista Geral e esquemas dos edifícios do Familistério de Guise – Godin

Fonte. http://www.vivercidades.org.br/publique222/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1082&sid=21

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b) Etienne Cabet

Misto de crítica urbanística e reivindicação social Repressão dos movimentos operários

Surge a cidade ideal de Cabet –

Organização socialista de propriedade de produção

Mas em termos de uma grande metrópole – geométrica, com ruas em ângulos retos, e servida por um rio retilíneo.

Facilidades para o transito de pedestres e veículos

Mistura Romântica de reunião de estilos e belezas em uma grande metrópole – Icaria.

1849 – movem-se (icarianos) para USA e apenas em 1860 conseguem estabelecer o modelo que perpetua.

Residências situam-se no centro de uma fazenda de 3000 acres, dispostos de maneira similar ao paralelogramo de Owen.

Refeitório, Jardim, lavanderia, padaria etc.

Tamanho reflete a ordem mantida – mas não por muito tempo – 32 hab.

Favorece mais o surgimento de comunidades rurais.

Socialistas científicos chamam-nos de os Socialistas Utópicos.

Suas experiências fracassam, porem a cidade ideal por eles imaginada penetrou na cultura moderna E continuam a servir de incentivo para o progresso das instituições urbanísticas até nossos dias,

mesmo que não mais tomando-os ao pé da letra.

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Dos Utopistas às Cidades Jardim

As propostas dos urbanistas utópicos tornam-se inviáveis para a nova situação econômica e social.

Os novos regimes autoritários que se estabeleceram nesse momento em vários países da Europa, abandonam a política de não intervenção nas questões urbanísticas e empenham-se diretamente com os regulamentos e planos.

Os desenvolvimentos da urbanística moderna dependem intensamente da experiência técnica alcançada nesse período.

Perda de Carga ideológica

Eliminam a desordem humana mas, não alteram as causas no século seguinte, impulsionam uma revisão cultural

EBENEZER HOWARD E AS CIDADES JARDIM

Duas heranças:

A dos utopistas da primeira metade do século XIX – Owen (auto suficiência, síntese de campo e cidade)

Conceito de casa Unifamiliar (foco mais no ideal de privacidade que nas relações sociais – tentativa de fuga da promiscuidade e desordem das metrópoles)

Surgem as primeiras iniciativas movidas por esse ideal:

A Saint Georges Guild, próximo a Oxford – (Ruskin , 1871)

Port-Sunlight, Liverpool – (M. Lever, 1887 – 600 casas para empregados de sua fábrica de sabonetes)

Bournville, Birmingham – (G. Cadbury, 1898)

A partir de 1898 – iniciativas multiplicam-se!

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EBENEZER HOWARD E AS CIDADES JARDIM

Separa, em suas teorias, quais aspectos da vida urbana é indispensável coletivizar e quais deixar a iniciativa privada.

Forma corrente na época de suas idéias – especulação imobiliária campo é cada vez mais esmagado pela cidade que cresce sem limites; terrenos na área central ficam cada vez mais caros.

Na sua teoria – Cidade Jardim.

Tenta eliminar a especulação imobiliária; edifícios dão lugar a espaços verdes; somem os incentivos ao crescimento ilimitado; dimensões das cidades seriam estabelecidas mais claramente e o campo poderia ser alcançado por todos em um simples passeio a pé.

Seriam adicionados os benefícios da cidade: serviços públicos e as leis.

(1898) - Escreve um livro– Tomorrow, a Peaceful Path to Real Reform.

- Fundação da Sociedade – Garden City and Townplanning Association No seu ideário

Administração - por uma sociedade anônima (proprietária do terreno, mas não das moradias, dos serviços ou das atividades econômicas) Auto suficiência – equilíbrio harmônico entre industria e agricultura Ocupação - apenas 1/6 do terreno disponível – resto (destinado a

agricultura e arranjado ao redor do núcleo urbano, um cinturão de fazendas)

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EBENEZER HOWARD E AS CIDADES JARDIM

1903 – Construção da primeira cidade Jardim por Howard – LECHWORTH (50km de Londres) 1919 – Segunda tentativa – WELWYN (adquire mais sucesso que a primeira)

Plano da cidade de Letchworth e Esquema de localização das duas cidades e Londres.

Fonte: www.letchworthgc.com; http://studentweb.knowlton.ohio-state.edu/thombre1/

13 Plano da cidade de Letchworth e Esquema de localização das duas cidades e Londres.

Fonte: www.letchworthgc.com; www.lib.umd.edu/NTL/gardencities.html (Universidade de Maryland, USA)

Vista de Letchworth. Fonte: www.britannica.com

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AMPLIAÇÃO DA IDÉIA

Ebenezer Howard indica o número de 32.000 habitantes, dos quais 2.000

seriam agricultores, para a cidade-jardim ideal, sabendo-se que ele previa

núcleos de seis cidades-jardins ligadas entre elas e à cidade central de

58.000 habitantes. O conjunto formaria a «Cidade Social».

Esquema em detalha de um setor da Cidade-jardim. 15 Fonte:http://barreiros.arq.br/projetos/cidades%20jardim.html

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EBENEZER HOWARD E AS CIDADES JARDIM

A auto-suficiência prevista por Howard demonstra ser irrealizável, mas prejudicial para o sucesso da cidade jardim.

O cinturão agrícola é diminuído e perde qualquer relevância econômica

em Welvyn, ele reduz-se a um anteparo verde, a fim de garantir os limites impostos à cidade.

A cidade jardim demonstra ter condições de viabilidade, diversamente das utopias precedentes. A partir de 1900 consegue grande aceitação! Na Europa e EUA.

reduz-se a uma cidade como as outras sujeita a atração da metrópole

De tamanho não estável

Com uma ordenação fundiária semelhante a normal

De sui generis resta:

a marca agradável da concepção originária na elegância dos traçados das ruas, na uniformidade das construções,

na distribuição do verde.

Ainda pesam as críticas em relação ao modelo urbano (de cidade) pensado por Howard

Diferente de Owen (elogiado pelo seu ideário de integração família-cidadania), seu foco (Howard) muito mais realista, vai recair sobre o modelo urbano tradicional.

Além disso não se detém em pensar a arquitetura e o modelo urbano conseqüência

planimetrias labirínticas; contaminações estilísticas levadas ao excesso da liberdade eclética

(edifícios neomedievais, e tantos outros estilos do passado)

17 Plano da cidade de Stains. Fonte: http://barreiros.arq.br/projetos/cidades%20jardim.html (imagens: livro - livro Habitations a Bon Marché, de Henri Seller, publicado em Paris, provavelmente no final da década de 1920 )

Cidade Jardim de Arcueil Cachan.

Fonte:http://barreiros.arq.br/projetos/cidades%20jardim.html

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Tony Garnier e a Cidade Industrial

Nascido em Lyon, França.

Possui em seus projetos ideais do Socialismo.

Apresenta para o Grande Premio de Roma uma proposta de cidade Industrial realizável com:

Concreto armado; Ferro e Vidro. – seu projeto não agrada.

Em 1904 – apresenta-o novamente em Paris com complementações mais elaboradas.

Expondo mais tarde em um volume, os critérios que o guiaram:

Entende que a construção de cidades deva se dar de maneira a utilizar-se das aplicações industriais.

Utilizar as aplicações industriais na Arquitetura;

Instalação de Fábrica, Estrada de Ferro, Instalações sanitárias em setores específicos da cidade, muito dependentes de situações geográficas – Fábrica (próxima ao Rio), Instalações sanitárias (na posição oposta aos ventos do Sul) e moradias voltadas para o Sul e com visão para o Rio ;

Foram estabelecidos regulamentos para cada setor: construções, e a administração ficando com: a livre disponibilidade do solo; responsabilidade pela água; pão; carne; leite; remédios;

Conceitos de higiene: regulamentação de janelas nas casas e orientação ao Sul (Ventilação e Iluminação); Proibição às iluminações e ventilações indiretas (através de pátios ou átrios); Taxas de ocupação e índices de aproveitamento (parcela do lote a ser edificado geralmente menor a metade da superfície total do lote)

Fluidez de trafego através de espaços abertos por entre os lotes – favorecendo o Parque contínuo

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Tony Garnier e a Cidade Industrial (2)

Os conceitos lançados por Garnier, antecipam muitas decisões Modernas.

Normatizações higiênicas (ar, sol, vegetação);

Edificação em áreas abertas;

Separação entre percursos para pedestres (áreas Pedonais) e vias carroçáveis;

Conceito de Cidade-parque.

Obras concretas de Garnier:

Série de edifícios públicos e bairros residenciais para a cidade de Lyon na França (auxiliado por E.

Herriot, prefeito de Lyon) – em um ambiente real une teoria e prática.

Edifício para Leiteira (Fábrica Higienizadora de Leite) para a Cidade Matadouro e Mercado para animais

Estádio Olímpico (interrompido pela Primeira Grande Guerra) Hospital Grange-Blanche

Bairro para moradias chamado Etats-Unis (1928) Células de habitações unificadas que permitem uma

disposição variada dos edifícios, circulação veloz na via central; espaços verdes para os pedestres

entre os edifícios.

20 Plano Esquemático para a cidade Industrial.

Fonte: http://www.educatorium.com/projetos

Planejamento para a área habitacional.

Fonte: http://www.educatorium.com/projetos

21 Exterior e Interior do Halle Tony Garnier (Antigo Mercado). Fonte: http://www.educatorium.com/projetos e www.artnet.com/magazine_pre2000/reviews

Gare de trens e torre de comunicação da Cidade Industrial.

Gare de trens e torre de comunicação da Cidade Industrial.

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Tony Garnier e a Cidade Industrial (3)

Os edifícios de Garnier sobrevivem não apenas como relíquias da arquitetura, mas como órgãos que ainda funcionam na Lyon Moderna.

“Suas Pranchas são a conseqüência de cem anos de evolução arquitetônica na França” Le Corbusier

Garnier ataca os problemas da cidade e os problemas que a sociedade moderna apresenta a arquitetura. Enfrenta todas as dificuldades técnicas, administrativas, jurídicas, econômicas, sociais, o que o faz limitar-se em seus princípios algumas vezes.

Sugestão leitura adicional –Garnier: Benévolo (330) e Choay (163)

Maestria técnica e Aspectos Funcionais

Imagens do Hospital Edouard Herriot, Lyon. 1910-33. Fonte: www.museeurbaintonygarnier.com/r06.html

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Camillo Sitte - Cidade e seus princípios artísticos

Arquiteto austríaco.

Autor de várias construções religiosas e de planos de ampliação para algumas cidades austríacas.

Em 1889 – Publica o livro - Der Städtbau nach seinem künstlerischen Grundsätzen (A construção de cidades segundo seus princípios artísticos) acarreta grande sucesso e o torna subitamente famoso antes de 1900.

Disserta sobre a cidade moderna e limita-o ao “artístico” – decoração que se pode observar nos centros representativos e nos bairros de moradia

Revela os inconvenientes da cidade à época:

Monotonia, regularidade excessiva, simetria a qualquer custo, espaços inarticulados e desproporcionais à arquitetura.

Compara-os às cidades antigas (esp. medievais) – ambientes pitorescos e articulados segundo suas funções, composições assimétricas, hierarquia de espaços em relação adequada com os edifícios.

Propõe remédios práticos:

Foca importância nas praças

Espaços grandes e desarticulados – subdivisão Simetrias suavizadas por assimetrias parciais

Monumentos podem ser deslocados dos centros geométricos das praças para locais mais distanciados.

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Camillo Sitte - Cidade e seus princípios artísticos (1)

Suas convicções teóricas são um tanto restritas.

Crítica: Arte e Utilidade são experiências opostas nas recentes urbanísticas do Século XIX.

O Esquematizar tudo rigorosamente – era combatido por Sitte.

Sitte: torna-se o responsável pelo chamado “Ornamento Citadino” – o qual pesou por muito tempo sobre os estudos urbanísticos, impedindo o aprofundamento dos problemas substanciais.

Apesar dos preconceitos Sitte deixa duas contribuições importantes:

1 – desperta o interessa pelas cidades antigas (não mais apenas para os monumentos isolados!) 2 – Suas sugestões formais simplistas leva os arquitetos aos problemas fundamentais da

urbanística moderna – na sua comparação entre cidade antiga e cidade moderna . Lança a

métodos de intervenção, unindo teoria e prática e inicia uma série de experiências que o levarão a superar a teoria. Lida com a Complexidade orgânica dos ambientes antigos, mas não propõe cópias!

Propõe buscar a essência das cidades antigas e adaptá-las ao panorama moderno – e relacioná-las com os aspectos técnicos e administrativos da iniciativa.

Critica as reformas feitas no RingStrasse de Viena (inspiradas em Paris)

Sugestão leitura adicional- Sitte: Benévolo (352) e Choay (205). Cidade Linear: Benévolo (362) e Vitruvius:

www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp284.asp

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Arturo Soria y Mata - Cidade Linear

- 1

Engenheiro, contemporâneo de Howard (Cidade Jardim).

Dedica-se aos estudos técnicos, extraindo projetos e invenções e várias iniciativas industriais, derivadas de seus estudos.

A mais destacável teoria de Soria – Cidade Linear (exposta inicialmente em 1882, em um jornal de Madri)

Em contraposição a idéia e às propostas de Cidade em torno de um núcleo...

Soria propõe – UMA CIDADE DESENVOLVIDA AO LONGO DE UM EIXO (UMA FAIXA DE LARGURA LIMITADA) PERCORRIDA POR UMA OU MAIS FERROVIAS AO LONGO DESSE EIXO; E DE COMPRIMENTO INDEFINIDO!

A cidade proposta por Soria poderia “nascer” de cidades já existentes (puntiformes) e unir-se a outras através de sua extensão em linha, por triangulação.

Algumas recomendações:

Rua central – Largura de ao menos 40 metros

Arborizada e com ferrovia elétrica na área central

Travessas com aprox. 200 metros e largura de 20 metros

Edifícios cobrem apenas 1/5 do terreno

Lote Mínimo de 400 m

– 80 m

para moradia e 320 m

para jardins

Cidade extensível formada por casas isoladas – “cada família uma casa, em cada casa uma

horta e um jardim”.

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Arturo Soria y Mata - Cidade Linear

- 2

Primeira tentativa de por em prática seu modelo (teoria); Projeta um bairro linear em forma de ferradura em torno de Madri – 58 Km de distância.

Como primeira condição e facilitadora do processo foi a construção de uma linha

ferroviária próximo ao local escolhido. (entre as Vilas de Fuencarral e Pozuelo de Alarcon)

Projeto de 1882, de Arturo Soria y Mata, para a Cidade Linear

.

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Arturo Soria y Mata - Cidade Linear

- 3

A iniciativa próxima a Madri, deveria permanecer independente do controle e da subvenção

pública – por isso encontra dificuldades na compra dos terrenos e Não pode recorrer a

expropriação!

A parte da cidade que realiza perde os caracteres de regularidade impostos pela teoria e

tenta se adaptar aos ditames fundiários (relativo a terrenos, agrário, predial)

Modificações da experiência prática de Soria sofridas com o tempo – A destinação dos lotes não pôde ser mantida constante recebe interferência da periferia de Madri e hoje apresenta-se totalmente modificada.

As ideias de Soria, apesar de acusadas de simplistas, são importantes e furtíferas.

Pois ele pensa pela primeira vez:

- No peso dos transportes e a nova cidade

- Transportes que devem servir não somente àquela cidade tradicional, mas um território muito mais amplo;

- Pensa muito mais no relacionamento Residência-Local de trabalho

As propostas de Soria serão desenvolvidas no século seguinte – Partindo exatamente da relação residência-trabalho, assim veremos na próxima Unidade esses reflexos nas experiências:

Alemãs do Inicio do sec. XX e seus desdobramentos na Russia Comunista;

Nas propostas de Cidade Linear Industrial de Le Corbusier.

Observação importante em Benévolo (História da Arquitetura Moderna): O sistema de transporte ferrocarril (trem urbano de superfície) pensado por Soria é o embrião do complexo sistema de artérias necessárias para a cidade contemporânea. Mas a idéia de RUA-CIDADE já aparece bastante clara em sua importância nos escritos de Soria de 1889.

Sugestão de Site:

http://urbanidades.arq.br/2008/02/o-urbanismo/