CONDIÇÕES ACADÊMICAS E PRODUÇÃO
DE PESQUISA NA FURG*
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FABIANE PACHECO MARTINO··
RESUMO
A trajetória de vinte e cinco anos da Fundação
Universidade do Rio Grande permite abordar um tema
presente no campo do ensino superior: a produção do
conhecimento. O artigo, buscando discutir esse tema,
basicamente no que diz respeito ao desenvolvimento da
pesquisa, apresenta algumas análises de possíveis
. condições/fatores que interferem no processo, no âmbito da instituição mencionada.
PALAVRAS-CHAVE: Fundação Universidade do Rio Grande, produção de pesquisa.
1 -
INTRODUÇÃOA Fundação Universidade do Rio Grande, na trajetória de seus
vinte e cinco anos, apresenta possibilidades para estudos sobre um aspecto
relevante no cenário do ensino superior: a produção do conhecimento.
Nessa linha, coloca-se a necessidade de encaminhar o desvelamento de
elementos que concorrem para tal, no âmbito da FURG.
Um eixo fundamental para a produção do conhecimento situa-se
no desenvolvimento da pesquisa, a qual tem como uma de suas bases a
capacitação docente. O PICO (Programa Institucional de Capacitação
Docente)
FEDCBA
é um dos mecanismos que contribui diretamente para obtençãodessa capacitação, pelo fato de ter sido concebido com o objetivc de
incentivar a formação de pesquisadores.
Assim, visando dar início a investigações sobre a produção do
conhecimento em termos de atividades de pesquisa na FURG, o estudo
Trabalho elaborado com base no desenvolvimento do projeto Condições
Acadêmicas e Produção de Pesquisa na FURG, vinculado ao Dep. de Biblioteconomia e
História e ao Programa de' Bolsas de. Iniciação Científica (PIBIC) FURG/RS, sob orientação da Prof." Vera Isabel Caberlon e colaboração da Prof." Enriqueta Graciela Cuartas .
•• Acadêmica do Curso de Biblioteconomia e História - FURG.
concentra-se em analisar as condições que interferem nesse processo.
FEDCBA
Odesvelamento de tais condições/fatores recaiu, inicialmente, na avaliação
dos seguintes mecanismos:
- PICO / Licenças para freqüência a pós-graduação (séries: 76
79, 82, 85, 88, 91 e 94). '
- Tempo destinado a atividades de ensino, pesquisa e extensão na FURG.
Na abordagem contextualizada deste estudo, foram desenvolvidos:
histórico da FURG; histórico do PICO no cenário nacional
e
institucional;princípios institucionais, no que diz respeito ao desenvolvimento das atividades
de pesquisa da FURG, e outros fatores que interferem na produção do
conhecimento, como: número de docentes, regime de trabalho docente,
titulação docente. No que se refere a programas institucionais, além do PICO, foi realizada apreciação sobre o PIBIC como Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, isto é, voltado para o corpo discente.
Para a obtenção das informações requeridas pelo estudo, foram
adotados os seguintes procedimentos:
- análise documental' , para levantamento de dados referentes ao
histórico da FURG, histórico do PICO e do PiBIC, princípios institucionais e
titulação docente;
- entrevistas com os chefes dos Departamentos de cursos de
graduação da FURG, para levantamento de dados sobre número de
docentes, regime de trabalho docente e tempo destinado para atividades de
ensino, pesquisa e extensão da FURG;
- entrevistas com o Superintentente de Pesquisa e Pós-Graduação
da FURG e com as secretárias da SUPPOG, para esclarecimentos e
complementação de informações extraídas dos documentos analisados.
Assim, partindo do entendimento de que a pesquisa desempenha
um papel relevante no processo de desenvolvimento do conhecimento,
apresentamos, a seguir, algumas considerações no que se refere à atividade
de pesquisa na universidade brasileira.
2 -MLKJIHGFEDCBAPESQUISA E UNIVERSIDADE
A pesquisa nas universidades brasileiras tem representado um sério
problema, devido à pouca relevância com que é tradicionalmente considerada
dentro da atividade acadêmica, identificada exclusivamente com o ensino.
1 Foram analisados documentos como: Boletins Estatísticos da FURG, resumos dO~ Congressos de Iniciação Científica, pastas de docentes arquivadas na SUPPO (Superintendência de Pesquisa e Pós-Graduação da FURG).
212 BIBlOS, Rio Grande, 8:2 1 1 _ 2 2 4 , 1 9 9 6 ·
BARRETO (1994) coloca essa situação com um questionamento:
é a
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
u n iv e r s id a d e o lo c u s p r ó p r io p a r a d e s e n v o lv e r p e s q u is a s , o u d e v e a u n iv e r s id a d e lim it a r - s e à t r a n s m is s ã o c o m p e t e n t e d oc o n h e c im e n t o a d q u ir id o e s e d im e n t a d o ? O u a in d a , a a t iv id a d e
u n iv e r s it á r ia c a r a c t e r iz a - s e p o r s u p o r a in t e r lig a ç ã o
c o n c o m it a n t e en e c e s s á r ia e n t r e o e n s in o e ap e s q u is a ?
A resposta está legitimada na legislação do ensino superior que
estabelece a indissolubilidade do ensino, pesquisa e extensão. Entretanto,
ainda existem no ensino superior divergências a respeito do assunto e,
como conseqüência, desestímulo à pesquisa vinculada à atividade docente.
Os motivos podem ser vários: carência de recursos, docentes sem titulação,
excesso de carga horária dedicada ao ensino, entre outros.
No entanto, é necessário entender a importância da vinculação
entre ensino e pesquisa em termos de atualização e geração de novos
conhecimentos, tornando o ensino mais competente e contribuindo para a
consistência da pesquisa. RIGHES (1995, p. 7) lembra que "a rápida
obsolescência dos conhecimentos não permite mais pensar na universidade
apenas como repassadora de conteúdos".
BARRETO (1994) acredita que é possível formar um espaço onde
a reflexão sobre a atividade acadêmica seja desenvolvida de modo crítico e
sistemático, por meio do trabalho de pesquisa e sua integração com a
docência, em que o professor, mesmo não sendo pesquisador, deverá estar
familiarizado com a área da pesquisa.
Diante disso, o fator relevante para o desenvolvimento na
qualidade do ensino superior brasileiro fica depositado na atividade de
pesquisa. Segundo COELHO (1986, p. 103-104),
. . . n ã o s e e x ig e d o in d iv í d u o q u e s e in c lin a m a is p a r a o e n s in o ,
q u e s u a a t iv id a d e d e p e s q u is a r e s u lt e em contribuição original
ao c o n h e c im e n t o ( . . . ) . M a s is t o é in t e ir a m e n t e d iv e r s o d a
a f ir m a ç ã o d e q u e e le , p o r s e r p r e p o n d e r a n t e m e n t e u m p r o f e s s o r ,
n ã o n e c e s s it a f a z e r p e s q u is a . P e lo c o n t r á r io , a a t iv id a d e d e
p e s q u is a é c o n d iç ã o f u n d a m e n t a l p a r a a e x c e lê n c ia d e s u a a t iv id a d e d o c e n t e , a in d a q u a n d o a p r im e ir a s e ja m o d e s t a q u a n t o
ao e s c o p o d a q u e s t ã o a q u e se e n d e r e ç a e à im p o r t â n c ia d e s e u s r e s u lt a d o s p a r a o a v a n ç o d o c o n h e c im e n t o . . .
As universidades precisam do compromisso com a pesquisa, pois,
a Partir dela, teorias, premissas e formulações serão contestadas na busca
818LOS, Rio Grande, 8:2 1 1 - 2 2 4 , 1 9 9 6 .
de novos conhecimentos. Entretanto, pesquisar significa precaver-se contra
a urgência de produção de conhecimento, que transforma essa atividade em
simples repetição de fatos. Ê importante, também, a existência de
compromisso com a solução de problemas educacionais, tecnológicos
econômicos e sociais, entre outros, que fazem parte do estado, sociedade ~
universidade (BUARQUE, 1989).
Como diz SCHWARTZMAN (1986), é rio ambiente universitário
que cientistas encontram espaço para pôr em prática a iniciativa e a
criatividade. Tais espaços são, muitas vezes, garantidos por agências
financiadoras que apóiam diretamente o pesquisador ou o grupo de
pesquisa, através de suas fundações, institutos independentes, sistema de
bolsas de estudos, onde pesquisadores são isentos da burocracia e
controles do sistema universitário, sendo-Ihes proporcionada maior
flexibilidade para exercer suas atividades de pesquisa.
De qualquer forma, vale ressaltar que, no caso do Brasil, 90% da
produção científico-tecnológica tem emergido do ambiente universitário.
Certamente o sistema de pós-graduação que o país possui é catallsador da
produção do conhecimento (FRANCO e MOROSINI, 1992). No entanto,
cabe considerar que o acesso à pós-graduação pode ser facilitado já em
nível de graduação, onde a iniciação científica possibilita que alunos
universitários vivenciem a pesquisa já no decorrer de sua formação
acadêmica, permitindo, assim, a criação de "um público especial destinado a
qualificação pós-graduada stricto-sensu e voltado para as necessidades
das universidades de modo geral, no que diz respeito à reposição de
quadros" (INÃCIO FILHO, 1995, p. 84).
A iniciação científica envolve um comprometimento entre aluno e
docente. Na medida em que a pesquisa é vivenciada, acontece uma
necessidade de se buscar novas fontes de conhecimento. Assim, a
tendência é de que novos alunos e professores passem a integrar o
processo de pesquisa, tendo como ponto de partida seus cursos e
departamentos e, de forma mais abrangente, institutos ou faculdades.
Posteriormente, em função do desenvolvimento do "pensar cientificamente"
e da criatividade decorrentes das condições criadas pelo confronto direto
com as descobertas, gera-se um ciclo de trabalho, no qual, cada vez mais,
as pessoas estão comprometidas na busca de produtos efetivos.
Programas como o PICD (Programa Institucional de Capacitação
Docente) e PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica)
estimulam professores e alunos a desenvolver a pesquisa nas suas
respectivas áreas.
O primeiro programa (PICD), criado em 1974, foi elaborado para
que docentes tivessem acesso a um nível de aprimoramento que não
necessitasse partir exclusivamente da iniciativa individual ou programas
214
FEDCBA
B I B l b S . R i o G r a n d e . 8 : 2 1 1 - 2 2 4 .1 9 9 6 .isolados de algum departamento universitário. Esse progama, iniciado pela
CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior),
selecionou, em caráter experimental, quatro instituições de ensino superior
que enviaram, em 1975, bolsistas para freqüentar programas de
pós-graduação. Com a aprovação pelo Presidente da República, em julho de
1975, do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), o PICD foi oficialmente
introduzido como um subprograma regular do Ministério da Educação e
Cultura (CAPES, 1977). Esse subprograma caracterizou-se por:
- oferecer às instituições de ensino superior, quotas de bolsas
para atender seus programas de qualificação de docentes, em nível de
mestrado e doutorado, no país e no exterior;
- oferecer às instituições de ensino superior docentes substitutos.
Para suprir a grande demanda das instituições, foi implantado, em
1979, um novo subprograma, dessa feita para atender às necessidades de
formação de pessoal docente em nível de pós-graduação
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" la t o s e n s u " (deaperfeiçoamento e especialização).
A esses dois subprogramas, por iniciativa do DAU (hoje, SESU
-Secretaria do Ensino Superior) e da CAPES, veio juntar-se um terceiro, em
1980, de apoio e incentivo ao desenvolvimento do pessoal e das instituições
de ensino superior. Tais subprogramas são caracterizados da seguinte forma:
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PICO I: Pós-graduação " s t r ic t o s e n s u " .
Subprograma A - mestrado e doutorado no país.
Subprograma B - bolsas no exterior.
PICO 11:Pós-graduação " la t o s e n s u " .
Aperfeiçoamento e especialização no país.
PICO 11I:Projeto de apoio ao desenvolvimento do ensino superior
(PADES).
O segundo programa (PIBIC) visa estimular o desenvolvimento da
pesquisa no meio acadêmico, através da orientação de alunos de
graduação, no modelo CNPq. O PIBIC se apóia na atividade de Comitês
locais específicos, que se encarregam de acompanhar e avaliar o processo
de implantação e desenvolvimento das bolsas. Os projetos de pesquisa que
concorrem a bolsas do PIBIC são inscritos e analisados pelos Comitês
locais, que selecionam os projetos adequados ao seu desenvolvimento na
instituição, dentro da filosofia de estimular o interesse pela pesquisa junto
aos alunos de graduação. Após serem selecionados, os projetos são
submetidos a uma segunda e última análise, por parte somente das demais
Instituições que constituem o PIBIC.2
2 Vale ressaltar que o CNPq exige um coeficiente mínimo de rendimento de 7.0 (sete) para o bolsista.
B I B l O S . R i o G r a n d e . 8 : 2 1 1 - 2 2 4 . 1 9 9 6 .
Os estudantes contemplados com o programa participam
obrigatoriamente dos Congressos de Iniciação Científica, onde
FEDCBA
S à odivulgados os resultados alcançados pelas pesquisas desenvolvidas.
Assim, partindo do pressuposto de que a pesquisa deve ser
considerada de fundamental importância para a excelência da atividade
docente, procurou-se observar como se processa a atividade de pesquisa
na FURG. Para tanto, é estabelecido um breve panorama sobre alguns
referenciais históricos da instituição, seguido da análise das condições que
interferem na produção do conhecimento, em nível institucional local.
3 -
MLKJIHGFEDCBA
REFERENCIAIS HISTÓRICOS DA FURGA FURG tem sua origem ligada à criação da Escola de Engenharia
lndustrial". O surgimento da Escola de Engenharia na cidade do Rio Grande
deve-se ao fato de que a instituição representava para o município uma
forma de resgatar a força jovem que necessitava sair da cidade, já que não
encontrava ensino de nível superior onde residia. Era também uma maneira
que a comunidade tinha de manter seu parque industrial, pois necessitava
da formação de engenheiros (CABERLON, 1994).
De acordo com o documento relativo à instituição (Fundação
Universidade do Rio Grande, s. n. t.), foi possível observar que, desde sua
criação, em fins de 1969, até fins de 1972, a Universidade esteve estruturada no modelo tradicional, constituída pelas faculdades que lhe deram origem.
Em 1973, a estrutura da FURG foi modificada em atendimento às
exigências da Reforma Universitária, passando a existir cinco centros, a
saber: Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde, Centro de Ciências Humanas e Sociais, Centro de
Letras e Artes e Centro de Ciências do Mar.
Em 1977, ocorreu mais um importante passo para a adoção integral
das metas da Reforma Universitária Brasileira: desapareceram os Centros,
dando lugar. a Departamentos, que passaram a somar dezessete. Essa
estrutura, vigente até agora, está consignada no estatuto da Universidade.
A partir do advento da Lei n . ? 7596, de 10 de abril de 1987, passou
a FURG à condição de Fundação Pública, sendo definido que seu
funcionamento passasse a ser custeado precipuamente por recursos da
União Federal.
Cabe acrescentar que em 1987 foi elaborada a Filosofia e política
da Universidade.
3 Com autorização para funcionamento em 1955 e início das atividades em 1956.
216 BIBLOS. Rio Grande. 8: 211 - 224. 1996.
Tendo em vista este breve panorama, é apresentada a seguir a
discussão sobre os elementos que, eleitos para estudo, procuram dar
sustentação ao processo de produção de pesquisa na FURG.
4 - PRODUÇÃO DE PESQUISA NA FURG: FATORES INTERVENIENTES
As condições de produção de pesquisa na Universidade estão
fundamentadas pelo detalhamento da Filosofia e Política da Universidade,
no que diz respeito às atividades de pesquisa. As normas dele decorrentes
expressam os seguintes conteúdos (Fundação Uníversidade do Rio Grande,
1987): cada subárea de pesquisa possui um subcomitê, que é integrado por
todos os docentes que desenvolvem projetos de pesquisa na respectiva
subárea. Representantes desses subcomitês integram o Comitê Científico
da Instituição, que tem como objetivo geral elaborar o programa anual de
pesquisa.
Os objetivos específicos do Comitê Científico são (Fundação
Universidade do Rio Grande,1987):
1.°) estimular, dar parecer e/ou assessoria aos projetos de
pesquisa que lhe forem enviados;
2.°) opinar sobre a suspensão temporária, cancelamento ou
alteração dos projetos;
3.°) elaborar os planos anual e plurianual das atividades de
pesquisa, bem como o regimento do Colégio Científico, este homologado
pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (COEPE);
4.°) decidir sobre a aplicação dos recursos provenientes do Fundo
de Pesquisa;
5.°) sugerir a criação de órgãos suplementares encarregados de
coordenar programas específicos de pesquisa de interesse da Instituição.
A pesquisa institucional, fundamentada dentro da Filosofia e
Política da própria Universidade (Fundação Universidade Rio Grande, 1987),
contribui para que a Instituição se adapte melhor perante seus objetivos e
necessidades. A partir do momento em que a Universidade é capaz de
elaborar suas próprias metas de pesquisa institucional, ela colabora para a
formação de sua identidade.
No entanto, a produção do conhecimento na FURG recebe
influências de alguns fatores que permeiam as atividades de pesquisa. Em
outras palavras, a instituição apresenta resultados alusivos à produção do
Conhecimento, em que se pode ponderar alguns fatores intervenientes que,
aqui, estão definidos por mecanismos essenciais como: número de docentes,
regime de trabalho docente, titulação docente, licenças para afastamento de
docentes para pós-graduação e tempo destinado a atividades de ensino,
BIBLOS. Rio Grande, 8: 211 - 224, 1996.
pesquisa e extensão, além dos programas PICD e PIBIC.
Para a obtenção de respostas sobre cada um desses aspectos
algumas fontes foram pesquisadas. '
Para o
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n ú m e r o d e d o c e n t e s , r e g im e d e t r a b a lh o d o c e n t e e t e m p od e s t in a d o p a r a a t iv id a d e s d e e n s in o , p e s q u is a e e x t e n s ã o , tentou-se obter
de cada um dos dezessete Departamentos da FURG os dados específicos
para tal estudo, investigando os anos de 1980, 1985, 1990, 1993 e 1994.4
Para o P I C O / lic e n ç a s p a r a a f a s t a m e n t o d e d o c e n t e s p a r a p ó s
-g r a d u a ç ã o , procurou-se extrair os dados de pastas relativas às licenças para
afastamento de docentes para pós-graduação (Fundação Universidade do
Rio Grande, s. n. t.), arquivados na SUPPOG, analisando os anos de 1976,
1979, 1982, 1985, 1988, 1991
FEDCBA
e 1994.Com relação à t it u la ç ã o d o c e n t e , as informações foram obtidas de
acordo com dados retirados dos boletins estatísticos da FURG (BOLETIM
ESTATíSTICO, 1991, 1992, 1994), analisando os anos de 1985, 1990, 1993
e 1994.
Assim, a produção de pesquisa na FURG apresenta-se em um
contexto que, de acordo com o que foi exposto, descreve-se a seguir.
MLKJIHGFEDCBA
PICO
Na FURG, observa-se que o PICD ficou sob responsabilidade da
SUPPOG a partir de 1976, cabendo-lhe a tarefa de elaborar o projeto para
inclusão da Instituição no mesmo.
Como conseqüência, foram destinadas à FURG vinte vagas para
mestrado e uma para doutorado. A distribuição das vagas observa,
inicialmente, o critério de antigüidade do docente na categoria de Auxiliar de
Ensino.
A SUPPOG, acompanhando o desenvolvimento e realização do
PICD, tem encaminhado relatórios ao MEC com a nominata dos
participantes e instituições onde realizam seus estudos.
As Normas para participação dos docentes da FURG, no PICO
foram elaboradas e aprovadas pela Comissão de Representantes
5
e
posteriormente pelo COEPE, na seguinte forma:
10) interesse da FURG em obediência à sua política de
desenvolvimento;
4 A elucidação desses fatores apresentou certas dificuldades que ocasionaram um levantamento incompleto de informações. Dessa maneira, alerta-se que a exposiçãO dos dados pesquisados junto aos Departamentos requer complementações e continuidade do estudo.
S Formada por assessores e membros nomeados pelo Superintendente de Pesquisa e Pós-Graduação (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE, 1974).
218 B I B l O S . R i o G r a n d e . 8 : 2 1 1- 2 2 4 .1 9 9 6
2.°) possibilidades de afastamento dos docentes com base na
anuência dos Departamentos;
3.°) envio dos Auxiliares de Ensino, selecionados com base no
tempo maior de atividades docentes;
4.°) envio dos docentes em ordem ascendente das classes do
magistério.
Essas normas tiveram como finalidade maior adequar as
necessidades da Universidade, traduzidas pelas políticas institucionais, às
políticas estabelecidas pelo próprio programa.
Vale ressaltar que o PICD funciona de acordo com a lista dos
cursos recomendados que a CAPES envia à Universidade. Tais cursos
necessitam estar entre os conceitos A e B. Esses conceitos são medidos de
acordo com o relatório anual que a FURG envia à CAPES, no qual são
descritos itens como: aspectos organizacionais, orçamentários, produção
científica, etc. Sem a elaboração desse relatório não há financiamento para
as bolsas.
O fornecimento de bolsas ainda leva em conta o critério relativo ao
tempo de serviço do docente .que pretende realizar pós-graduação com
bolsa do PICD:
- para doutorado: não ter menos de 12 anos do tempo para
aposentadoria.
- para mestrado: não ter menos de 17 anos do tempo para
aposentadoria.
Isso revela que a CAPES espera obter um mínimo de retorno para
a instituição, principal envolvida no processo, e também para a sociedade,
base maior que sustenta a ação institucional.
Programas como esse deveriam ser uma constante em um país
que necessita de um campo forte na produção de conhecimento, aqui
apresentada pela pesquisa que é desenvolvida por instituições
universitárias. Isso porque o Brasil ainda requer muitos avanços em todas as
áreas que compõem sua sociedade.
A ciência e a pesquisa são aspectos relevantes. Aspectos que,
bem estruturados e mantidos pelo Estado e pelos envolvidos no processo de
desenvolvimento de produção de conhecimento, poderiam concreizar
resultados válidos para a formação de novas alternativas que talvez
revertessem o quadro de estagnação e atraso em todos os ângulos
-culturais, sociais, econômicos em que a nação é vista e vivenciada.
A universidade, como um núcleo de argumentações científicas,
pode ser o elemento que auxiliará a sociedade, o estado e a própria
universidade na formação de espaços de discussão com princípios
Coerentes, capazes de promover efeitos significativos para todos os
9rticuladores desse processo.
B I B l O S . R i o G r a n d e . 8 : 2 1 1· 2 2 4 . 1 9 9 6 .
Nessa ótica, o PICO é uma oportunidade para que as
universidades brasileiras tentem ser centros capazes de integrar diferentes
culturas. A partir do momento em que pessoas são beneficiadas por tal
programa, vivenciam novas realidades que podem favorecer a incorporação
de "visões" e ações novas, tanto individuais quanto coletivas.
PIBIC
Com relação ao PIBIC, em 1990, através de um esforço conjunto
da Universidade do Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas e
Universidade Federal de Santa Maria, instituiu-se, via CNPq, um convênio
visando auxílio de bolsas de iniciação científica. A FURG foi favorecida
inicialmente, com 35 bolsas. Após a seleção de projetos de pesquisa por
membros do Comitê Científico, realizou-se concurso para admissão de
alunos bolsistas da Universidade.
Os projetos de pesquisa que concorrem a bolsas do PIBIC na
FURG são inscritos junto à SUPPOG e analisados pelo Comitê Local, que
se encarrega de selecionar os projetos adequados ao seu desenvolvimento
na instituição, dentro da filosofia de estimular o interesse pela pesquisa junto
aos alunos de graduação. Após serem selecionados, os projetos são
submetidos a uma segunda e última análise por parte, somente, das demais
Instituições que participam do programa, no caso, Universidade Federal de
Pelotas e Universidade Federal de Santa Maria.
A realização dos Congressos de Iniciação Científica, requisito
fundamental do PIBIC, ocorreu a partir do ano de 1992. A cidade de Pelotas
foi o local escolhido para sediar o 1.° e o 3.° Congressos. A FURG, presente
em todos eles, sediou e organizou o 2.° Congresso de Iniciação Científica,
A análise do desenvolvimento do PIBIC na FURG demonstra que,
inicialmente (em 1992), foram apresentados cento e quinze trabalhos, Em
1993, este número cresce para cento e quarenta e três, e, em 1994, registra
um total de cento e trinta e três. Mesmo considerando as discrepâncias entre
as diferentes áreas de conhecimento da FURG nos períodos indicados
FEDCBA
6,entende-se que o aluno de graduação busca não só o aprimoramento de
seus estudos curriculares, mas também o envolvimento nas atividades de
pesquisa desenvolvidas sob orientação de docentes.
A pesquisa acadêmica é um investimento que possibilita a reunião
e levantamento de conhecimentos e a descoberta de novos conceitos que
poderão auxiliar numa possível mudança no futuro desses alunos que
buscam entender melhor o meio em que vivem. E, assim, talvez alcançar um
6 Por exemplo, as áreas de Engenharia, Ciências Biológicas e Ciências Exatas e da Terra participaram, nos três anos mencionados, com maior volu'me de trabalhos, em comparação com áreas como Ciências Socias Aplicadas e Ciências Humanas.
220 B I B l O S , Rio Grande, 8 : 2 1 1- 2 2 4 , 1 9 9 6 .
progresso mais próximo às reais necessidades da nossa sociedade.
Número de docentes
O levantamento efetuado em relação ao
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n ú m e r o d e d o c e n t e spropiciou, numa primeira leitura, a observação de que, entre os
Departamentos que forneceram os dados solicitados (dez dos dezessete
Departamentos da Universidade), há uma tendência predominante à
estabilização do número de docentes. Os anos analisados informam que
somente três Departamentos (Física, Oceanografia e Letras e Artes)
apresentam diminuição do corpo docente, e apenas dois (Química e
Ciências Morfo-Biológicas), registram aumento no número de professores. É
importante ressaltar, porém, que, sob um ponto de vista evolutívo", todos os
departamentos, com exceção do Departamento Materno-Infantil, indicaram
crescimento em termos de composição do corpo docente. Outrossim, é
preciso registrar a ocorrência de uma certa flutuação nos dados relativos a
esse aspecto, devido ao forte movimento de aposentadorias em andamento
na FURG.
Regime de trabalho docente
No que se refere ao r e g im e d e t r a b a lh o d o c e n t e , as informações
obtidas apontam para a significativa predominância do regime de trabalho de
dedicação exclusiva. Cabe registrar que, após o regime de dedicação
exclusiva, a situação que apresenta maior freqüência é a de 40 horas (em
sete dos dez Departamentos apresentados). O regime de 20 horas é
predominante em relação ao de 40 horas somente em três Departamentos.
Tempo para atividades de ensino, pesquisa e extensão
O fator relativo ao t e m p o p a r a a t iv id a d e s d e e n s in o , p e s q u is a e
e x t e n s ã o demandou entrevistas com os chefes dos dezessete departamentos
da FURG. Dos departamentos que forneceram os dados solicitados,
observa-se a predominância de ênfase nas atividades de ensino, variando de 10 a 32
horas semanais. As exceções ocorrem nos Departamentos de Oceanografia e
Geociências, onde a ênfase está situada nas atividades de pesquisa, variando de 15 a 20 horas semanais. As atividades de extensão ocupam menor carga
horária na maior parte dos Departamentos investigados. Somente os
Departamentos de Letras e Artes e Ciências Econômicas, Administrativas e
Contábeis fogem a esse padrão: o primeiro, priorizando as atividades de
extensão em relação às atividades de pesquisa, e o segundo apresentando
relativo equilíbrio na carga horária destinada a ambas as atividades.
7 Considerando os anos inicial e final da série investigada.
B I B l a s , Rio Grande, 8 : 2 1 1- 2 2 4 ,1 9 9 6 .
221
UFPR. Be/sA
PICO/Licenças para pós-graduação de docentes
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A análise das
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lic e n ç a s p a r a p ó s - g r a d u a ç ã o d e d o c e n t e s na FURGindica constância na utilização do PICO. A exceção ocorre no Departamento
de Ciências Jurídicas, que, pelas informações obtidas, não fez uso do
mencionado programa."
É necessário observar que a investigação desses mecanismos não
teve seus objetivos plenamente atingidos devido à pouca clareza
evidenciada pelos dados registrados. No entanto, tomando-os como amostra
representativa, é possível perceber que o PICO proporciona significativa
contribuição em termos de capa citação docente.
Titulação docente
A coleta de dados relativos ao fator t it u la ç ã o d o c e n t e , propiciou
observar a significativa predominância de mestres em relação a doutores.
Essa situação inverte-se principalmente no caso do Departamento de
Oceanografia, mas ocorre também, ainda que em menor escala, nos
Departamentos de Matemática, Ciências Morfo-Biológicas, Materiais e
Construção e Medicina Interna.
Cabe ressaltar que, considerando os anos inicial e final da série
investigada, há uma pequena tendência à diminuição em termos de número
de docentes com pós-graduação s t r ic t o sensu.
5 -CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista a exposição das informações coletadas e
considerando as limitações do estudo, são apresentadas a seguir algumas
considerações que, mesmo não tendo caráter conclusivo, permitem
estabelecer posições encaminhadoras de reflexão sobre o processo de
produção de pesquisa na FURG.
Assim, retomando rapidamente os dados já analisados, verifica-se
que:
_ de acordo com o fator n ú m e r o d e d o c e n t e s na FURG, os
Departamentos apresentam pequena variação entre a evolução
(crescimento) e a estabilização de seu quadro docente.
_ o fator r e g im e d e t r a b a lh o d o c e n t e n a F U R G revela que o mais
adotado pelos Departamentos é a Dedicação Exclusiva, seguido pelo regime
de 40h e, posteriormente, pelo regime de 20h.
FEDCBA
8 Há necessidade de aprofundar esclarecimentos, objetivando confirmação dessas informações.
222
BIBlOS, Rio Grande, 8: 211 - 224,1996.
- para o t e m p o d e s t in a d o a a t iv id a d e s d e e n s in o , p e s q u is a e
e x t e n s ã o , a rnaíorfa dos Departamentos destina maior carga horária para as
atividades de ensino, seguir10das atividades de pesquisa e extensão.
- quanto às lic e n ç a s p a r a a f a s t a m e n t o d e d o c e n t e s p a r a
pós-g r a d u a ç ã o n a F U R G , a maior parcela de contribuição é dada pelo PICO,
- em termos de t it u la ç ã o d o c e n t e n a F U R G , os Departamentos
possuem mais mestres do que doutores, exceto no caso do Departamento
de Oceanografia, que apresenta significativa maioria de doutores.
Relembrando que a investigação pretendeu analisar as condições
para a produção da pesquisa, pode-se dizer que o quadro geral obtido
demonstra uma situação favorável em termos de crescimento dessa produção.
O fato de a maior parte dos docentes estar sob o regime de
trabalho de dedicação exclusiva indica disponibilidade de tempo para o
exercício das atividades-fins da Universidade.
Dos 523 docentes que a FURG possui, 153 são mestres (29,2%) e
65 são doutores (12,4%)9, a maior parte deles capacitada através do PICO.
Isso indica a necessidade de manter a continuidade desse programa.
Quanto ao PIBIC, mesmo levando em conta o pouco tempo de experiência,
pode-se também confirmar a necessidade de sua manutenção a fim de
permitir o desenvolvimento da pesquisa junto ao corpo discente, sob uma
abordagem de integração mais efetiva com o corpo docente. Além disso, há
tendência para a correlação efetiva entre titulados e produção de pesquisa,
apesar de a investigação, nesse caso (fator t e m p o d e s t in a d o às a t iv id a d e s ) ,
precisar de complementação.
Entretanto, a FURG revela que ainda está posicionada
preponderantemente para as atividades de ensino, evidenciando
considerável desequilíbrio, se comparadas com o desenvolvimento de
atividades de pesquisa e extensão. Tal situação pode ser resumida através
da afirmativa de MOROSINI (s. n. t., p. 233-234):
. . . a t é mesmo nas u n iv e r s id a d e s q u e f o r a m b e n e f ic ia d a s p e la
p o lí t ic a e s t a t a l q u e p r o c u r o u n a d é c a d a d e 70 d e s e n v o lv e r
p r io r it a r ia m e n t e a p e s q u is a e o p ó s - g r a d u a ç ã o , a in d a h o je
c o n v iv e m la d o ala d o , e, m u it a s vezes d is t a n c ia d a s , ap r o d t lç ã o
e t r a n s m is s ã o d o s a b e r , p o is a in d is s o c ia b ilid a d e e n t r e e n s in o e
p e s q u is a se e x p r e s s a d e d if e r e n t e s f o r m a s e graus nas
d iv e r s a s á r e a s d o c o n h e c im e n t o .
9 Dados fornecidos pela SUPPOG em 1995.
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