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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

METODOLOGIA E TÉCNICAS DE MONOGRAFIA

Prof. Ms. Marco A . Larosa

Rio de Janeiro 2001

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II

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

METODOLOGIA E TÉCNICAS DE MONOGRAFIA

OBJETIVOS:

Formular uma Base Orientadora de Ações, capaz de caminhar passo a passo com o desenvolvimento do aluno nos principais conceitos da pesquisa científica. Objetiva-se desenvolver habilidades, profundidade de conteúdos, instrumentos e técnicas para se alcançar uma situação problema de acordo com a função desempenhada no estágio (pré-requisito do curso) que o educando atuará. Prof. Ms. Marco A . Larosa

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III

AGRADECIMENTOS

A todos os autores, alunos e pessoas que, direta e indiretamente contribuem para confecção desta apostila e sua constante atualização. Ao corpo docente e coordenação deste curso de pós graduação da Universidade Candido Mendes.

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IV

DEDICATÓRIA

Dedico esta apostila a minha esposa que tanto colaborou para sua confecção e aperfeiçoamento.

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V

RESUMO

As aulas tradicionais de metodologia da pesquisa são consideradas por muitos alunos uma disciplina difícil, complexa e pouca aplicabilidade no mercado de trabalho, por se tratar de trabalho acadêmico a linguagem culta e específica dificulta a compreensão do leitor leigo ou empresário.

A proposta deste curso é adequar o trabalho acadêmico, que muitas das vezes são recolhido à biblioteca, tornando-se esquecido entre tantos outros até que algum interessado venha a consulta-lo e ineficaz em termos de aplicabilidade imediata por parte de seu autor. Nesta proposta objetiva-se buscar uma monografia adequada a realidade do mercado, ou seja, somando o trabalho acadêmico aos interesses do mercado, criando-se assim um monografia proposta ou simplesmente um projeto pronto a ser implantado no mercado.

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VI

METODOLOGIA

A metodologia do professor se destina a aulas presenciais, de conteúdo programático teórico e vivências adquiridas no decorrer de outros cursos e no próprio mercado de trabalho tornando as aulas dinâmicas e atraente para os educandos.

O aluno terá uma apostila didática que serve como base para consulta. A mesma foi baseada em bibliografias ( que são oferecidas ao aluno para consulta, ver bibliografia ).

Necessidade dos alunos (adequação) no decorrer de cada curso, uma espécie de retroalimentação para o professor, ou seja, ao final do curso o professor pede a opinião dos alunos em relação ao curso para que possa recicla-lo adequadamente.

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VII

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO 1

Metodologia Científica 09

CAPÍTULO II 28

A Monografia - Problematização

UNIDADE III

Formatação final da Monografia 45

UNIDADE IV 52

Formatação da monografia

BIBLIOGRAFIA 91

INDICE 94

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VIII

INTRODUÇÃO

C

iência: se trata de conhecimento público através de textos de pesquisa, o preparo de livros para o ensino e a organização de documentos com informações para públicos diferenciados. Estas são algumas das faces importantes do vasto processo de comunicação que sustenta permanentemente as atividades acadêmicas.

A comunicação direta viabiliza o intercâmbio de idéias e experiências entre as pessoas e meios sociais, previamente definidos, e a comunicação indireta, esta por meio de documentos, assume importância cada vez maior em nossa sociedade. A produção acadêmica, armazenagem de informações e uso de documentos constituem etapas essenciais para as variadas alternativas de acesso a informação que a sociedade busca para resolver problemas emergentes e prever o futuro próximo.

A pesquisa é muito importante para a educação, pois através da busca de conhecimento e aprofundamento de conteúdos o pesquisador descobre parâmetros que estão relacionados a sua realidade socio-econômica. A história se repete muitas vezes e com os erros do passado aprendemos a viver o presente e prevenir o futuro. Esta definição de educação, como processo de formação da competência humana, busca a qualidade que é encontrada no conhecimento inovador o ponto de partida para a formação ética do indivíduo. A pesquisa proporciona um questionamento crítico e criativo dos problemas sociais, ou seja, deixa-se o discurso de lado e busca-se soluções, discute-se dialeticamente o problema até encontrar soluções. Nesta disciplina o aluno vai encontrar na pesquisa, não um instrumento de ensino, mais sim uma poderosa ferramenta que pode ser muito útil na vida cotidiana e no desenvolvimento profissional.

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IX

CAPÍTULO I

METODOLOGIA CIENTÍFICA

(10)

X

FERRAMENTA CIENTÍFICA

P

lanejar e cumprir metas só serão possíveis através da utilização de ferramentas que encaminha o educando às respostas concretas do problema proposto, mas é necessário conhece-lo profundamente para então, discuti-lo dialeticamente. Através da ciência é possível resolver problemas em benefício do homem. A busca pela sobrevivência financeira e biológica do ser humano é o maior desafio da ciência nos dias de hoje.

1.1 - O Papel da Metodologia

Consiste em um plano detalhado de como alcançar os objetivos, respondendo às questões e testando hipóteses formuladas. Resumindo o “academes”, a metodologia é o ato que guia o aluno na investigação da verdade cientificamente.

1.1.1 - Pesquisa Científica

O conhecimento descoberto através da pesquisa pode ser aplicado a muitas coisas cotidianas e profissionais, seja na solução de problemas, convivência interpessoal ou em grupo, na formação de opinião através da retórica, no cotidiano profissional,... e muitos outros. Classificação geral:

Conhecimento Antecipatório:

Que pode antecipar um fenômeno natural ou social, uma ação e uma realidade pessoal ou de um grupo.

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XI

Conhecimento Cotidiano:

Recebimento de informações do macromeio social (que habita) que estimule o aprofundamento na matéria ou tema abordado. A apuração da informação oferece conhecimento sobre ela, que podemos classificar como diferença pessoal, ou seja, de interesse de uma ou duas pessoas. Atenção, este mesmo conhecimento pode servir também para milhares de pessoas, onde a apuração pode ser restritas a Mídia (imprensa) ou tornar-se científica, através da pesquisa.

Conhecimento Científico:

Se adquire através de comprovação de sua veracidade, por instrumentos reconhecidos pela sociedade científica. Seu resultado será de domínio público e de grande benefício no campo social.

1.1.2 – Leitura Preliminar

Ao definir o assunto que pretende estudas é necessário uma leitura preliminar para que se possa identificar, com mais conhecimento de causa, o tema que se pretende pesquisas na monografia. É a etapa onde se forma a idéia sobre o conteúdo geral a ser estudado.

No momento que se escolhe um tema generalizado, busca-se contato com autores (bibliografias) que permitam que você passe a conhecer melhor o assunto. Nesta fase não se deve buscar autores preferenciais, leia todos o que puder sobre o tema, afinal, cada autor tenha a sua visão ou versão sobre o mesmo e na busca pela verdade científica não se pode deixar influenciar ou Ter uma opinião formada sobre o fato.

(12)

XII

As leituras sucessivas permitem uma entrada segura no conhecimento específico que lhe dará base em direção da pesquisa por um tema mais específico. Neste momento as leituras lhe darão uma idéia concreta sobre as dificuldades, questionamentos, discordâncias e opiniões assumidas que vão esclarecer o assunto e possibilitar ao pesquisador algumas pistas sobre o tema principal a ser pesquisado na monografia.

O pesquisador deve Ter paciência, pois a meta é adquirir conhecimento sobre o tema para então produzir ações interiorizadas (conscientização do fato) em direção a novas ações exteriorizadas (opinião que possibilite discussão dialética sobre o tema). O importante é saber se situar sobre o problema em questão como exemplifica Augusto Thompson, pesquisador1:

“.. importa situar-se na geografia do problema, divisar estradas, caminhos, encruzilhadas, esquinas, becos sem saída, passagens de nível, aclives e declives, as planícies amenas, os picos e grotões assustadores. Aja como contemplador, interessado, arguto, atento, mas despido da intenção de intervir.”

É importante lembrar que o pesquisador deve ter consciência que o tema não pode ultrapassar as fronteiras do curso que estuda sob pena de proporcionar um aprofundamento em várias direções o distanciando cada vez mais da situação problemática prevista, logo, a monografia pode não levar-lhe a lugar algum. Mantenha-se fiel ao tema e direcione sua pesquisa bibliográfica neste sentido. As dificuldades se seguiram no momento em que você se aprofundar mais e mais no assunto. Não é tarefa fácil nem simples, demanda tempo e dedicação.

1 THOMPSON, 1991, P.20

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XIII

1.1.3 - A Metodologia

Segundo a definição científica é o método para se conseguir o conhecimento verdadeiro, analisando o objeto real, viabilizando sua comprovação e benefícios sociais, ou seja, o conhecimento é provado por qualquer pessoa em qualquer parte do universo. A ciência cria novos objetos de estudo que não existem no cotidiano.

Na verdade o que não existe no cotidiano é o conhecimento profundo do fato, só é possível conhecer superficialmente ou por vivências. Por exemplo, a famosa medicina popular, conhecimento de ervas e poções milenares que possuem características curativas. Após uma comprovação científica chegamos ao que se convenciona chamar de Homeopatia.

1.1.4 – Metodologia (Investigação científica)

É um estudo de casos que com dois enfoques definidos em Empírica e Teórica.

• Empírica: trabalha diretamente com o objeto real. EX: O antropólogo observa o ciclo de vida de uma espécie animal em extinção, do nascimento ao ataque de predadores mas, sem poder interferir em seu curso natural, apenas deve observar.

• Teórico: são idéias e conceitos científicos ou não que serão fundamentados apartir de documentos, livros ou pesquisa de outras pessoas. EX: Monografias realizadas com base em uma “idéia” ou problema à ser resolvido, onde o pesquisador busca comprovar o fato através de publicações que reforçam sua “idéia”.

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XIV

A investigação dever ser iniciada a partir de um planejamento, que na verdade é o mais importante momento da pesquisa. O planejamento parte da concepção teórica ( o problema, objetivos e hipóteses) e escolha do método que será utilizado na investigação (instrumentos de avaliação e captação de conteúdos). OBS: Toda a investigação é empírica ou teórica, sendo que ambas partem de um planejamento fundamentado na teoria ou na aplicação prática.

1.1.5 – Por que Investigar?

Há muitas razões que determinam a realização de uma pesquisa, mais as duas principais são; de ordem intelectual e de ordem prática. As primeiras decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer. A outra, decorre do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz.

Apesar de divididas por grupos( puras e aplicadas) pela ciência, ambas acabam se completando no decorrer do processo investigativo. Uma pesquisa sobre problemas práticos pode conduzir à descoberta de princípios científicos da mesma forma, uma pesquisa “pura” pode fornecer conhecimentos passíveis de aplicação prática e até imediata.

1.2 - A Pesquisa

Definição: ação racional e sistemática que objetiva encontrar respostas aos problemas propostos pelo pesquisador. Se recorre a uma pesquisa quando não há mais informações conhecidas ou nenhuma informação que possa solucionar o problema ou responder a uma simples pergunta. É necessário pesquisar quando a informação se encontra de forma truncada ou desordenada, que não possa determinar um caminho a ser seguido.

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XV

Seu desenvolvimento ocorre mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos. A pesquisa é um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados.

Razões para pesquisar: O que determina a realização de uma pesquisa? As Razões de ordem intelectual e as razões de ordem prática ( puras e aplicadas ).

As primeiras decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer. As últimas decorrem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente. Uma pesquisa sobre problemas práticos pode conduzir à descoberta de princípios científicos. Da mesma forma, uma pesquisa pura pode fornecer conhecimentos passíveis de aplicação prática imediata.

O pesquisador: Os argumentos acima são importantes para compreender-mos os motivos que levam uma pessoa a pesquisar e sua importância para a sociedade. Na verdade, esse conhecimento deve ser associado a um lado interessado, ou seja, o sucesso da pesquisa e suas descobertas para o mundo dependem de suas habilidades. O perfil dos pesquisadores:

• conhecimento do assunto a ser pesquisado;

• curiosidade;

• criatividade e imaginação disciplinada;

• auto-avaliação;

• sensibilidade social;

• confiança na experiência.

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XVI

A realidade do pesquisador: Ciência e romantismo é coisa do passado, onde o descobridor era reconhecido como um gênio. Hoje, o pesquisador depende de suas habilidades pessoais para desenvolver o processo de criação científica, mas também é muito importante o papel desempenhado pelos recursos de que dispões para o resultado final da pesquisa.

O capital: Possui um papel fundamental no processo, afinal não se pode duvidar da interferência do poder econômico no resultado, ou seja, amplos recurso tem maior probabilidade de ser bem sucedida em um empreendimento de pesquisa que outra cujos os recursos sejam deficientes.

Qualquer pesquisa deverá levar em consideração o problema dos recursos disponíveis. Para isso, deve estar atento aos gastos decorrentes da aquisição de material e equipamento necessário, evitando assim economia de tempo em busca da agilidade necessária para a confecção do trabalho.

O pesquisador precisa elaborar um orçamento adequado, ou seja, administrar seu trabalho de pesquisa. Alguns pesquisadores se sentem constrangidos com esta imposição extra- científica mais é fundamental para que o trabalho não sofra interrupções.

Obs: Não é mais possível dissociar a pesquisa científica das práticas sociais que as sustentam, a saber, interesses sócio-econômicos e políticos, prioridades institucionais, estrutura de poder das agências financiadoras, ideologia entre outros. Só pelo desenvolvimento do ensino e da pesquisa será possível compreender exatamente o significado do papel crítico que as instituições de ensino devem desenvolver.

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XVII

Planejamento: É uma antecipação da investigação, passo mais importante em direção a monografia. Neste momento o educando busca um assunto ou problema a ser investigado e através de ações internas, procura antever em qual direção deve seguir para resolver o problema, se há bibliografias sobre o assunto, se o fato que pretende dissertar é atual ou antigo, se o tema pode ser investigado em seu habitar ou distante, o custo operacional para o desenvolvimento e se há tempo hábil para buscar a solução.

É importante lembrar que o pesquisador deve ter noção do tempo a ser utilizado na finalização pesquisa, calcular o custo estimado para conclui-la no prazo e definir se o tema é atual ou não. Tema atualizado requer tempo e dedicação, afinal não existem muitas bibliografias disponíveis e não se surpreenda se ao termino do trabalho você conclua que deve publica-lo, já que não a quase nada no mercado e seu livro seria uma excelente fonte de futuras pesquisas.

1.2.1 - Classificação da Pesquisa

Para classificar alguma coisa é necessário definir critérios. Com a pesquisa não é diferente, convencionou-se classifica-la com base em seus objetivos gerais. Na pesquisa encontram-se três grupos:

Pesquisas Explorativas: Que proporciona maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito, ou seja, busca-se o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é bem flexível, de modo a possibilitar a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem:

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XVIII

• levantamento Bibliográfico

• entrevistas com pessoas que tiveram experiência prática como problema

• análise de exemplos

Pesquisas Descritivas: Descreva as características de determinada população ou fenômeno, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Utiliza-se coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática para se comprovar o problema. Também estuda-se as características de um grupo:

• sua distribuição por idade e sexo

• procedência e nível de escolaridade

• estado de saúde física e mental

• condições de habitação

• opiniões e atitudes

• crenças da população

Também são pesquisas descritivas aquelas que visam descobrir a existência de associações entre variáveis, como por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferências político-partidária e nível de rendimentos ou de escolaridade.

Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação. Neste caso a pesquisa descritiva aproxima-se da pesquisa explicativa. Mas há pesquisas que, embora definidas como descritivas a partir de seus objetivos, acabam servindo mais proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias.

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XIX

Pesquisas Explicativas: Procuram identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porque das coisas cotidianas e científicas. Por isso, a pesquisa explicativa é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideradamente.

Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado, facilitando assim a compreensão do leitor perante ao assunto proposto.

As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase exclusivamente do método experimental. Nas ciências sociais, a aplicação do método encontra dificuldades, razão pela qual recorre a observação. Nem sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em ciências sociais, mas em algumas áreas, sobretudo da psicologia, as pesquisas revestem-se de elevado grau de controle, chegando mesmo a ser chamada quase experimentais.

1.2.2 - Classificação dos Procedimentos Técnicos

A classificação das pesquisas em exploratórias, descritivas e explicativas é muito útil para o esclarecimento de um conteúdo transformando-o em um conceito. Mais para analisar os fatos do ponto de vista empírico (objeto real ), para confrontar a visão teórica com os dados da realidade, torna-se necessário traçar um modelo conceitual e operacional da pesquisa.

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XX

Delinear uma pesquisa: Refere-se ao planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a diagramação quanto a previsão de análise e interpretação de coleta de dados. O ambiente onde se coleta os dados e as formas de controle das variáveis envolvidas são considerados pelo delineamento.

Grupos de delineamento: Podemos definir dois grupos: aqueles que se valem das chamadas “fontes de papel” ( bibliografias ) e aqueles cujos os dados são fornecidos por “pessoas”. No primeiro grupo estão as pesquisas bibliográficas e a pesquisa documental. No segundo estão a pesquisa experimental, o levantamento e o estudo de casos.

Esta classificação não pode ser tomada como absolutamente rígida, visto que algumas pesquisas, em função de suas características, não se enquadram facilmente num ou noutro modelo. Entretanto, na maioria dos casos, torna-se possível classificar as pesquisas com base neste sistema.

1.3 - Coleta de dados

Para se coletar dados para uma pesquisa científica é necessário saber onde e o que se busca. A partir de um tema escolhido procura-se as informações em livros, documentos artigos científicos e de periódicos. As pesquisa são desenvolvidas quase que exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.

1.3.1- Pesquisa Bibliográfica

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XXI

O início dessa pesquisa parte de um material já elaborado, livros e artigos publicados.

Na verdade boa parte dos estudos são desenvolvidos pautados em outras publicações sobre o assunto, seja como fonte de consulta ou como ponto de partida para uma contestação. Não se esqueça o que importa é conhecer a fundo o assunto escolhido, como forma de agilizar a pesquisa e por conseqüência a monografia.

Uma Monografia basicamente se desenvolve mediante a consultas prévias sobre o assunto. Os livros e artigos, que podem ser encontrados facilmente em bibliotecas ou nos arquivos da redações de jornais e revistas, são a base documental que reforçam sua tese, ou seja, são assuntos comprovados cientificamente que servirão de base para o desenvolvimento da dissertação. Ë bom lembrar que na monografia deve constar referências bibliográficas dos autores consultados, que comprovam a veracidade da proposta do trabalho.

A) - Classificação das Fontes Bibliográficas: As fontes podem ser encontradas de acordo com a necessidade do pesquisador em diferentes meios de comunicação com na seguinte orientação:

livros de leitura corrente

livros de referência informativa remissiva

dicionários enciclopédias anuários almanaques Fontes

Bibliográficas

publicações periódicas

jornais revistas impressos diversos

Figura 1 – Gráfico para orientação básica de fontes de consulta

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XXII

Livros de leitura corrente: Abrangem as obras referentes aos diversos gêneros literários como: romances, poesias, teatro.., e também as leituras que proporcionem conhecimento científicos ou técnicos.

Livros de referência: São aqueles que têm por objetivo possibilitar a rápida obtenção das informações requeridas ou então a localização das obras que as contêm. São os livros de consulta. Desta forma pode-se falar de duas formas de livros de referência:

livros de referência Informativa, que contem a informação que se busca.

Os principais são: dicionários, enciclopédias, anuários e almanaques.

• livros de referência Remissiva, que remetem a outras fontes.

São mais conhecidos como catálogos. Uma lista ordenada de obras de uma coleção pública ou privada. Os tipos de catálogos são classificados como alfabético por autores, alfabético por assunto e sistemático, ou seja, as obras são ordenadas segundo as referências de seu conteúdo.

Publicações Periódicas: São editadas por fascículos, em intervalos regulares, com a colaboração de vários autores, tratando de assuntos diversos. As principais publicações são os jornais e as revistas, que representa una excelente fonte de consulta, principalmente as específicas, seja por assunto ou carreira (segmentadas). As matérias de jornal são rápidas e atualizadas diariamente e as revistas mais específicas e profundas, relação direta com o conteúdo.

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XXIII

Impressos Diversos: São os variados tipos de publicações que possuam conteúdo específico de uma entidade de classe, informativos, trabalhos acadêmicos e Home Pages científicas na internet. Por exemplo, os informativos do Conselho Regional de Medicina (CREMERJ), as jurisprudências da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) disponibilizadas na internet entre outros.

B) - Facilitando a pesquisa: A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla, o que facilita a pesquisa quando o assunto requer dados muito dispersos ou específicos. Como um pesquisador poderá observar a que tipos de seres vivos habitam e se alimentam em uma Vitória Régia do Amazonas? O pesquisador teria de se deslocar para Manaus mas, baseado em livros e CD-Rom não será preciso viajar. A pesquisa bibliográfica também é indispensável nos estudos históricos.

1.3.2- Pesquisa Documental

É semelhante a pesquisa bibliográfica, a diferença esta na natureza das fontes.

Enquanto a bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa.

A) - Fontes: Na pesquisa documental as fontes são mais diversificadas e dispersas. Existem os documento de

primeira mão

, que não receberam nenhum tratamento analítico, como documentos conservados em arquivos de órgãos públicos e instituições privadas ( associações científicas, igrejas, sindicatos, partidos, firmas e empresas...). Também existem os de

segunda

mão

, que de alguma forma foram analisados.

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XXIV

• Tipos de 1ª: cartas pessoais, diários, fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofício, boletins...

• Tipos de 2ª: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, amostragem ...

Você Sabia?

- que há importantes pesquisas elaboradas exclusivamente a partir de documentos que não são localizados em bibliotecas. Podem-se identificar pesquisas elaboradas a partir de fontes documentais como: correspondência pessoal, documentos cartoriais, registros de batismo, inscrições em banheiros...

B) - Pesquisando Documentos: Os documentos constituem fonte rica e estável de dados, porque eles resistem ao tempo ( no Brasil?) tornando-se mais importante fonte de consulta de pesquisa de natureza histórica. Seu custo é muito pequeno, pois basta somente que o pesquisador possua tempo, ou seja, chegando em um órgão público, paga-se uma taxa ou não, e o material estará lá o tempo que for necessário. As desvantagens se referem à não representatividade e à subjetividade dos documentos.

Obs

: O pesquisador deve estar atento com as diversas publicação, pois se ela foi coletada de forma duvidosa ou equivocada seu trabalho, fundamentado nestas publicações, vai produzir ou mesmo a ampliar esses erros. É necessário analisar com profundidade e em que condições os dados foram obtidos para se descobrir possíveis incoerências ou contradições. Cuidado.

1.4 - Fichamento Bibliográfico

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XXV

Tudo de interessante anote. Resenhas de livros e de artigos; resumos de posições;

súmulas de pontos de vista; frases; trechos de obras literárias entre outras. Sobretudo pensamentos que lhe ocorrem constantemente ou não( em relação ao tema proposto pelo autor ).

O importante é registrar logo, as idéias que vão surgindo. Deixando para depois, acontece às vezes, elas simplesmente vão dar uma volta na praia. Pouco adianta dispor de farto material, se inscrito numa montanha de folhar e rascunhos bem rabiscadas, em retalhos de papel, em blocos comuns, os assuntos se misturam e depois nem você próprio consegue entender. Na hora da montagem da monografia, tempo perdido e desespero eminente. Neste momento você perceberá a inutilidade da pesquisa que tanto lhe custou tempo e dinheiro.

Calma! Constitua um arquivo. Uma pequena caixa de sapatos ou algo mais sofisticado, como as fichas que seu windows 98/95 e 311 oferecem no botão iniciar, programas, acessórios e clicar em bloco de notas. Neste monumento à organização, você vai depositar suas fichas bibliográficas em vez de folhas soltas ou cadernos.

1.4.1 - A Ficha

Conceito: É um conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de material. São indispensáveis à identificação de publicações mencionadas em qualquer trabalho.

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XXVI

Objetivos: do cuidado com elas depende um dos arremates da obra, a lista bibliográfica, tanto quanto a correta apresentação das notas de rodapé ou de final de capítulo.

Elementos Complementares: São aqueles, opcionais que acrescentados aos essenciais, permitem melhor caraterizar as publicações referenciadas em bibliografias ou resumos.

Vamos observar que existem outras fontes de consulta e para cada elemento há uma única regra ou ordem de descrição, embora tenham características próprias quanto à forma de apresentação. Às especificações a seguir identificam os elementos das referências bibliográficas e estabelecem uma ordem ou seqüência padronizada para a apresentação.

Monografias ( livros, folhetos, dissertações..) Os elementos são: O autor, título, indicadores de responsabilidade, edição(local, editor e ano de publicação) descrição física( nº de páginas ou volumes, ilustração, dimensão, série ou coleção, notas especiais. Ex: DIAS, Gonçalves: Gonçalves Dias. poesia. Organizado por Manuel Bandeira; revisão crítica por Maximiano Silva. 11º ed. ,Rio de Janeiro: Agir, 1983. 80 p. Nossos Clássicos.

Sem Autoria Própria: Autor, título, edição(local, editor e ano de publicação), localização da parte referenciada. Ex: SOARES, Fernandes, BURLAMAQUI, Carlos Kopke. Pesquisas brasileiras, 1 e 2 graus. São Paulo: Formar, 1972. Vol. 3: Dados estatísticos, micro- regiões.

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XXVII

Com Autoria Própria: ORLANDO, José, LEME, Edson. Utilização agrícola dos resíduos de agroindústria. In: SIMPÓSIO SOBRE FERTILIZANTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA, 1994. Brasília.

Anais: EMBRASA, Departamento de Estudos e Pesquisas, 1994.

P.451-459.

Coleções ou Revistas: REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro; IBGE, 1990. Trimestral. Boletim Bibliográfico do IBGE.p.34

Fascículos, Suplementos e Números especiais: CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 maiores micro empresas do Brasil. Rio de Janeiro: SEBAE, vol. 7, 1995. Suplemento.

Artigos e Jornais: Biblioteca Climatiza seu Acervo. O Globo, Rio de Janeiro, 4 mar.1991. p.11, caderno c.

Internet: Em caso de autor definido – NISKIER, Arnaldo. Consciência Educativa. www.ABL.com.br . 1-1 p. 1998

Internet Site: www.bradesco.com.br . Banco Bradesco, site bradesco saúde, 1-4 p., 1997.

Agências e informativos On Line: Provão 97. Agência de Notícias UN, www.un.com.br . 2-4 p. 1997.

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XXVIII

CAPÍTULO II

PROBLEMATIZAÇÃO

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XXIX

O PROBLEMA

Em busca do que pesquisar o educando normalmente pare de um tema definido e complexo. O educando possui conhecimento pré-concebido do tema ou percebido durante seu dia-a-dia mais sem o devido aprofundamento. Este processo é considerado normal, afinal normalmente se parte do geral para o particular, atingindo a delimitação em um assunto.

O tema amplo permite que o educando busque cada vez mais informações, conceitos e teorias que lhe permita conhecimento profundo sobre o tema. Somente a partir deste conhecimento o educando poderá buscar particularidades ( na linguagem acadêmica chama-se variável) no tema que lhe indique uma particularidade do problema a ser resolvido. A segmentação do tema permite maior facilidade na busca de dados e aprofundamento direcionado.

A problematização se resume a toda pesquisa que se inicia com algum tipo de problema, ou indagação. Também pode-se chamar de problematização o aprimoramento de um sistema eficiente ou não, a final ambos podem ser aprimorados. Resolver problemas como reciclar profissionais para o mercado de trabalho ou tornar um software mais eficiente ainda. O problema pode ser definido das seguintes formas:

Questão matemática proposta para que se lhe dê a solução;

Questão não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento;

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XXX

Proposta duvidosa que pode ter diversas soluções;

Qualquer questão que dá margem à hesitação ou perplexibilidade, por difícil de explicar ou resolver;

Conflito afetivo que impede ou afeta o equilíbrio psicológico do indivíduo.

Podemos observar que todas as questões acima necessitam de uma resposta. A situação problema de uma monografia não é diferente das definição sobre o assunto. A que mais se aproxima da definição científica é a segunda questão, porque para realizar uma pesquisa científica é necessário verificar se o problema cogitado se enquadra na categoria de científico.

Alguns exemplos podem nos dar a noção dos que é problema científico ou não. Como analisar as seguintes propostas? Quais são as científicas?

O que deve-se fazer para que os motoristas de ônibus parem no ponto?

Como aumentar a produtividade do trabalhador?

Qual a melhor técnica para recuperar jogadores de futebol lesionados?

Não podemos negar que são problemas e que afetam o dia a dia de cada situação que a pergunta se refere, entretanto, podem ser consideradas científicas? Não. A pesquisa científica não pode dar respostas as questões normalmente técnicas ou estratégicas, que cabe ao proponente ou ao responsável pelo setor(um engenheiro, administrador, um economista, gerente, entre outros), ou seja, os problemas pesquisados podem ser questionados determinado por razões de ordem prática ou de ordem intelectual.

A partir dessas considerações pode-se dizer que um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis. Testar significa apurar se o fato ocorre no cotidiano que o educando escolheu para estudo, com uma resposta presumida,

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XXXI

positiva ou negativa. Testar uma variável não significa que ela já exista, o educando pode colher informações que identifiquem indícios de que um fato percebido pode vir a ser um problema em um futuro próximo. Como exemplo podemos dizer que:

A desnutrição determina o rebaixamento intelectual?

Em que ponto a escolaridade determina a preferência politico-partidária?

Como a formação intelectual e profissional do indivíduo podem influenciar no desenvolvimento econômico da Nação?

A formação universitária atual capacita o indivíduo a interagir com as novas tendências globalizadores?

Um pesquisador pode interessar-se por áreas já exploradas, com o objetivo de determinar com maior especificidade as condições em que certos fenômenos ocorrem ou com também podem ser influenciados por outros. Por exemplo, pode-se estar interessado em verificar em que medida fatores não econômicos agem como motivadores do trabalho. Na verdade, várias pesquisas sobre o assunto já foram realizadas, mas pode haver interesse em verificar variações entre os fatores.

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XXXII

2.1 – Pesquisa Preliminar

No momento em que o educando escolhe o tema a ser pesquisado na monografia ele deve possuir um conhecimento, mesmo que superficial, do tema. A dica para facilitar este processo preliminar e que o educando busque um tema em que ele já possua um grande conhecimento, seja por forma de leitura (autodidata) ou por força da prática do trabalho no meio, que pode-se chamar de vivências. Em regra geral, permite ao educando que:

Uma visão concreta do tema

Permite localizar o problema no meio social

Permite diagnosticar ligações e estado de dependência com relação a outros temas

Conceitos de autores que apontam uma direção(formar opinião) ou esclarece um fato

2.1.1 - Formulando o problema.

A formulação do problema se inicia através do estudo da literatura existente sobre o assunto, mergulhar a fundo no conteúdo para conhecer um objeto e discussão com pessoas que acumulam muitas experiências práticas no campo de estudo ou inicialmente problema proposto.

2.1.2- Regras para formulação do problema.

Na busca de soluções científicas para os problemas, desenvolveram-se regras básicas que facilitam, se é que podemos chamar de fácil, o encontro da situação problêmica :

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XXXIII

A) O problema deve ser formulado como pergunta;

B) O problema deve ser claro e preciso;

C) O problema deve ser empírico( baseado em experiências);

D) O problema deve ser suscetível de solução;

E) O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável.

A) Facilita a sua identificação por parte de quem consulta o projeto. Através da pergunta, efetivamente estará propondo o problema a ser pesquisado. Ex:

pretendo pesquisar sobre o problema da alta mensalidade cobrada, mas se reformular a questão Que fatores levam as escolas a aumentarem as mensalidades?

B) Os problemas não podem ser formulados de maneira vaga, impedindo que o consultor tenha dificuldades em saber do que se trata e por onde começar a resolver a questão. Ex: O que determina a natureza humana? Pode ser desde a criação familiar; pode ser devido ao meio social; a fome recria a natureza; entre outras tantas. Afinal qual é o problema do proponente que não está claro, logo, não posso identifica-lo.

C) Os problemas científicos não devem referir-se a valores regionais, étnicos, raça, religião, entre outros. Estes problemas conduzem inevitavelmente a julgamentos morais e considerações subjetivas, invalidando os propósitos da investigação científica, que possui a objetividade como uma das mais importantes características. Ex: A Mulher deve ocupar o lugar do homem no mercado de trabalho?

(34)

XXXIV

D) Um problema pode ser claro, preciso e referir-se a conceitos empíricos, porém não se tem idéia de como seria possível coletar os dados necessários à sua resolução. Para formular adequadamente um problema é preciso ter o domínio da tecnologia adequada à sua solução. Ex: “A partir de uma base no planeta Marte, será possível desvendar o mistério relacionado a ultima fronteira da galáxia”. Sem tecnologia adequada para montar a base e depois investigas a fronteira final, só na “Interprise” com Dr. Spok e tudo.

E) Normalmente os primeiros passos de uma pesquisa tendem à amplitude, sendo necessário um certo tipo de delimitação por parte do orientador. Este fator guarda estreita relação com os meios disponíveis para investigação. Ex: O que pensam os jovens? Seria necessário delimitar a população de jovens a serem pesquisados, mediante a faixa etária, ou classe social ou escolaridade ou pais casados e divorciados...Também se deve delimitar “o que pensam”, já que isto envolve múltiplos aspectos envolvendo percepção acerca dos problemas mundiais ou regionais ou holistica ou atitude em relação a religião...Neste caso, não é possível investigar tudo o que o jovem pensa em relação ao mundo ou religião. A pesquisa deverá se restringir acerca do que os jovens de determinada cidade pensam sobre alguns aspectos de uma religião específica.

OBS: Observem que em todos os casos, principalmente no ultimo a principal técnica é da forma de “pirâmide invertida”, passamos da generalidade à um fato específico. Centrar o problema é o grande segredo do sucesso de uma pesquisa, ganha-se tempo, bibliografia direcionada e planejamentos da metodologia a ser aplicada.

2.2 – Tema Específico

(35)

XXXV

Ao fim da busca do conhecimento sobre o tema generalizado, inicia-se outro processo em busca da excelência, que é o tema específico. O tema deve ser muito bem escolhido, pois dele dependerá o sucesso ou o fracasso da monografia. Para facilitar o processo de escolha, o educando deve seguir os mesmos padrões para a escolha do tema generalizado. Claro que o aluno terá um conhecimento muito profundo sobre o tema e não será difícil delimitar o objeto de estudo, ou seja o tema segmentado.

Com o tema definido, exclua itens que irrelevantes que não se inserem no contexto atual. Acrescente os dados necessários para aprimorar ou desenvolver o planejamento do novo tema. O educando pode traçar um roteiro de estudo para então definir, inicialmente, os pontos de estudo e aprofundamento. Como exemplo pode-se utilizar o seguinte tema:

1. Minha formação neste curso é a Educação. O que ocorre hoje no meio social em que estou inserido que envolva a Educação, sendo problema ou a partir dela apresentar solução.

2. Vamos dissertar sobre globalização, os problemas sociais que decorrem desta nova ordem social. Estude, leia, tome conhecimento sobre a globalização. O que é? Onde foi criada ou surgiu? Com que objetivos? Quais as causas e efeitos na sociedade? De que forma ele afeta o meio social que estou inserido? Entre outras perguntas ou questionamentos.

3. Ao aprofundar-se no assunto, identifique o curso em questão, a Educação na Globalização.

Pode-se levantar algumas variáveis sobre o fato como: Através da educação pode-se preparar a sociedade para a nova realidade social? A universidade é a ultima a se adequar a nova realidade? A formação profissional é adequada as novas necessidades de mercado? A educação pode evitar o desemprego? Neste mercado global a educação continuada é solução?

(36)

XXXVI

4. Entre os questionamentos, o educando deve escolher o tema que mais lhe ofereça opções bibliográficas, acesso direto as informações como estágios ou atividades práticas e por questões pessoais do aluno (gosta do tema, domina o tema ou vivência esta realidade).

5. O educando pode neste momento, propor um título para a monografia “A educação continuada requalificando o profissional”. Feito isso, mãos a obra em direção ao aprofundamento e levantamento de dados sobre o título proposto.

O primeiro passo seria a busca por bibliografias sobre o tema e depois consultar as bibliografias sugeridas por cada autor em suas obras. O segundo passo, pedir a intervenção do orientador para ajuda-lo. Jornais, revistas, internet, entrevistas com personalidades do meio em questão, são ótimas fontes de informação.

2.3 – Montando o título

Lembrando que o título parte de um questionamento ou pergunta, busque nomes breves, pois títulos muito longos mostra que sua capacidade de ser sucinto e objetivo não é muito boa. Lembre-se que a monografia tem a sua cara. O título longo tende a desmotivar o leitor a se interessar pela sua obra.

O título deve dar a entender ao leitor do que se trata o conteúdo da monografia. É bom evitar excessos de adjetivos, termos técnicos ou palavras que dificultem o acesso do leitor a informação contida na monogra. Lembre-se nem todos os leitores são do mesmo ramo de atividade que você. Não seja igual às pessoas que em governos passados censuravam as informação, filmes e peças teatrais, determinando o que se podia ver, ouvir, ler, vestir, comer...Não cometa o mesmo erro, facilite o acesso a informação.

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XXXVII

2.4 - A Hipótese

C

onceito: Hipótese é a proposição testada e que pode vir a ser solução do problema. Como exemplo: Quem se interessa por parapsicologia? A hipótese pode ser que pessoas preocupadas com a vida após a morte tendem a manifestar interesse por parapsicologia.

Podemos supor que a reposta satisfaz a pergunta, logo o problema estará solucionado. Então vamos supor que após pesquisa bibliográfica ou as demais formas de coleta de dados, descobrimos que além de pessoas que se interessam pela vida após a morte, exista uma religião que prega o fato; que a Ufologia é uma ciência que estuda a parapsicologia para explicar a comunicação com extraterrestres.

Neste caso descobriu-se que há pessoas e entidades que se interessam por parapsicologia, logo sua pesquisa é mais abrangente que o suposto inicialmente. Também pode ocorrer que não se consiga obter informações claras que indiquem ser aquela qualidade fator determinante no interesse por parapsicologia. Então a hipótese não terá sido confirmada e, consequentemente, o problema não terá sido solucionado.

2.4.1 - Classificando as hipóteses.

Hipótese Casuística: Há hipóteses que se referem a algo que ocorre em determinado caso; afirmam que um objeto, uma pessoa ou um fato específico tem determinada característica. Por exemplo pode-se, como fez Freud, formular a hipótese de que Moisés era egípcio e não judeu. Outro exemplo, que Tiradentes não foi mártires da inconfidência e sim que ele foi enforcado para encobrir os verdadeiros líderes do movimento e por outro lado, acabou servindo de exemplo na prevenção de próximos golpes. Esta hipótese é muito freqüente na pesquisa histórica, onde os fatos são tidos como únicos.

Hipótese Cotidiana: Antecipam que determinada característica ocorre com maior ou menor freqüência em determinado grupo, sociedade ou cultura. Ex: é elevado o numero de pessoas que buscam cursos de pós-graduação

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XXXVIII

para qualificar-se no mercado de trabalho. Outra hipótese é de que a procura pelo esoterismo é muito procurada pela classe média.

2.4.2 - As Variáveis

Seu objetivo é o de conferir maior precisão aos enunciados científicos, sejam hipóteses, teorias, leis princípios ou generalizações. O conceito de variável refere-se a tudo aquilo que pode assumir deferentes valores ou diferentes aspectos, segundo os casos particulares ou circunstâncias. Por exemplo, a idade é uma variável porque pode abranger diferentes valores. O mesmo ocorre com estatura, peso, temperatura, gostos, cidades mais visitadas...

As classes sociais também são consideradas variáveis, embora não possa assumir valores numéricos, mais abrange categorias: alta, baixa e média. Como o Brasil é o país dos fenômenos, também podemos incluir os sem Teto, descamisados, sem terra, órfãos da Encol...Muitas hipóteses elaboradas por pesquisadores sociais estabelecem a existência de associação entre variáveis. Alguns exemplos da hipóteses:

Alunos do curso de administração são mais conservadores que os de comunicação. As variáveis, curso e conservadorismo;

O índice de suicídios é maior entre os solteiros que os casados.

Variáveis, estado civil e índice de suicídios;

Países desenvolvidos apresentam baixos índices de analfabetismo. Variáveis, desenvolvimento econômico e índice de analfabetismo.

Nestes casos, as hipóteses apenas afirmam a existência de relação entre as variáveis. Podem até indicar a força ou o sentido da relação, mas nada estabelecem em termos de casualidade, dependência ou influência. Lembre-se da aula em que as variáveis se multiplicam ao momento que que o pesquisador se aprofunda, o que pode ser benéfico em busca da verdade científica ou não, causando o desvio do tema principal.

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XXXIX

Dependência entre Variáveis: As hipóteses deste grupo estabelecem que uma variável interfere na outra. Ex.: A classe social da mãe influencia no tempo de amamentação dos filhos. Neste caso, existe uma relação de dependência entre as variáveis, classe social é a independente e tempo de amamentação é a dependente.

As hipóteses deste grupo estabelecem a existência de relações casuais entre as variáveis. O pesquisador planeja seu trabalho no sentido de verificar em que medida determinadas condições atuam tornando provável a ocorrência do fato. Estabelecer relações entre as variáveis, indicando que os fenômenos não são independentes entre sí ou seja, uma relação simétrica, e não se relacional mutuamente ou relação recíprocas, mas que um exerce influência sobre o outro.

Ex. A) Associação entre um estímulo e uma resposta. Adolescentes, filhos de pais separados ou viúvos, passam a ter auto-estima em menor grau quando seus pais se casam novamente. Variáveis, novo casamento(estímulo) e auto-estima baixa.

EX. B) Disposição e uma resposta. Podem ser constituídas por atitudes, hábitos, valores, impulsos, traços de personalidade,... Pessoas autoritárias manifestam preconceito racial em grau elevado. Variáveis, autoritarismo(disposição) e preconceito racial(resposta).

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XL

EX. C) Propriedade e uma disposição. Essas propriedades podem ser constituídas por sexo, idade, naturalidade, por cor da pela, religião... Católicos tendem a ser menos favoráveis ao divórcio que os protestantes. Variáveis, religião(propriedade) e favoráveis ao divórcio(disposição).

EX. D) Pré-requisito indispensável e um efeito. O capitalismo só se desenvolve quando existem trabalhadores livres. Variáveis, existência de trabalhadores livres(Pré-requisito) e desenvolvimento do capitalismo(Efeito). Neste caso, a existência de trabalhadores livres é pré-requisito indispensável para o desenvolvimento do capitalismo, mas não suficiente para que isto ocorra.

EX. E) Relação permanente entre duas variáveis, que está compreendido na própria essência do todo. Observa-se a existência de relação entre urbanismo e secularização. Esta relação indica que a medida que as cidade crescem e se desenvolvem estímulos urbanos de vida, as explicações religiosas do mundo cedem lugar a explicações racionais. Não é que uma variável cause outra, mas que a secularização nasce da urbanização.

EX. F) Relação entre meios e fins. O aproveitamento dos alunos está relacionado ao tempo dedicado no estudo. Relações deste tipo são tratadas criticamente por muitos autores por apresentarem caráter finalista, o que dificulta a verificação empírica.

2.4.3 - Buscando a Hipótese.

O processo de elaboração de hipóteses é de natureza criativa. As hipóteses surgem de diversas fontes sem regras definidas. As principais são:

• Observação;

• Resultados de outras pesquisas;

• Teorias;

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XLI

• Intuição.

Observação: Este é o procedimento fundamental para se constituir a hipóteses. Se estabelece relações entre os fatos no dia a dia, que fornece os indícios para a solução dos problemas propostos pela ciência. Alguns estudos valem-se exclusivamente de hipóteses desta origem. Estas hipóteses têm pouca probabilidade de conduzir a um conhecimento suficientemente geral e explicativo.

Resultados de outras pesquisas: As hipóteses elaboradas a partir do resultado de outras investigações geralmente conduzem a conhecimentos mais amplos que aquelas decorrentes da simples observação. Baseando-se em confirmações de estudos anteriores, o resultado auxilia na demonstração de que a relação se repete regularmente. Ex. Em Cuba, uma pesquisa aponta que professores são mais motivados por salários do que por desafios. No Brasil uma pesquisa confirma a afirmativa anterior, então estes resultados passam a gozar de significado graus de confiabilidade.

Teoria: As hipóteses derivadas da teoria são as mais interessantes no sentido de que proporcionam ligação clara com o conjunto mais amplo de conhecimento das ciência. Pero, nem sempre isto se torna possível, visto muitos campos da ciência carecerem de teorias suficientemente esclarecedora da realidade. Ex. O educador Paulo Freire acreditava que para cambiar os rumos da nação, era preciso investir na educação básica, ou seja, as massas esclarecidas (sociedade), poderiam pressionar e exigir cambios. Existe outra teoria que prega o ensino geral e de qualidade, onde periodizando um ensino mais humanista e coerente com a realidade mundial, a partir das classes dominantes e média. Seria o processo inverso de Paulo Freire.

(42)

XLII

Intuição: Também há hipóteses derivadas de simples palpites ou de intuições.

A história da ciência registra vários casos de hipóteses desse tipo que conduziram a importantes descobertas. Como, porém, as intuições, por sua própria natureza, não deixam claro as razões que as determinam, torna-se difícil, a priori, a qualidade dessas hipóteses. Ex: Um pesquisador ao observar o crescimento da informatização profetiza que o próximo século será a “Era da Comunicação”.

2.4.4 - Principais Características:

Nem todas as hipóteses são testáveis, pode ocorrer que ela venha a ser descartada em um determinado momento da pesquisa. Isto acontece com freqüência com os pesquisadores que elaboram extensa relação de hipóteses e depois de detido análise descartam a maior parte delas. Para que um hipóteses seja considerada logicamente aceitável, deve apresentar determinadas características.

• A hipóteses deve ser clara, onde os conceitos e principalmente referentes as variáveis, precisam estar bem definidos. A hipóteses deve possibilitar o esclarecimento do conteúdo. Ex. Um hipóteses pode-se referir a nível de religiosidade, que será definido operacionalmente a partir da freqüência aos cultos religiosos.

• A hipóteses deve ser específica, ou seja, apontam o que de fato se pretende verificar. Ex. O conceito de status é claro, entretanto não existe atualmente a posição dos indivíduos na sociedade.

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XLIII

• A hipóteses deve ter referências empíricas, pois as que envolvem julgamento de valor não podem ser adequadamente testadas. As palavras como “bom, mau, deve e deveria” não conduzem à verificação empírica e devem ser evitadas na construção de hipóteses. Ex. Maus alunos não devem ingressar em faculdades de medicina.

• Deve ser parcimoniosa. Uma hipóteses simples é sempre preferível a uma mais complexa, desde que tenha o mesmo poder explicativo. Ex. Um mágico adivinhou a carta que uma pessoa escolheu no baralho. Pode-se levantar uma série de hipóteses para explicar o fenômeno. Uma delas poderia considerar a percepção extrasensorial e outra que o mágico espiou de alguma forma e mais, o baralho é marcado...É lógico que, a ultima é mais parcimoniosa deve ser a preferida, em uma primeira análise.

• A hipóteses deve estar relacionada com as técnicas disponíveis. Não se pode testar sempre uma hipóteses de forma empírica, é necessário que haja técnicas adequadas para a coleta dos dados exigidos para seu teste. Quando não forem encontradas técnicas adequadas para o teste das hipóteses, o mais conveniente passa a ser a realização de estudos voltados para a descoberta de novas técnicas ou a reformulação da hipóteses.

• Deve estar relacionada com uma teoria. As hipóteses elaboradas sem qualquer vinculo às teorias existentes não possibilitam a generalização de seus resultados. Ex. Mediante a aplicação de testes de nível intelectual, verificou-se nos Estados Unidos que filhos de imigrantes italianos e negros apresentavam nível intelectual mais baixo que os americanos de origem anglo-saxônica. Estas hipóteses, embora confirmadas, são bastante críticas quanto à sua generalidade. Há teorias que determinam que a inteligência esta ligada diretamente ao meio social. Foram elaboradas várias hipóteses relacionando o nível intelectual às experiências por que passam os indivíduos. Essas hipóteses

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XLIV

foram confirmadas e, por se vincularem a um sistema teórico consistente, possuem maior poder de explicação que as anteriores.

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XLV

CAPÍTULO III

O PROJETO

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XLVI

PROJETO DE PESQUISA

Para a apresentação de um projeto de pesquisa é necessário se ter os objetivos bem determinados, assim como o plano de coleta de dados e análise de dados. A redação do projeto exige que se disponha de informações seguras acerca de todos esses tópicos. Pode ocorrer que em algumas situações se faça necessário apresentar por escrito as intenções de pesquisa. Neste caso redigi-se um projeto provisório, que mais adequadamente deve ser denominado anteprojeto.

Existem vários tipos de pesquisa, logo, não pode haver uma padronização, contudo é possível definir um esquema capaz de abranger a maioria dos tipos que habitualmente aparecem nos projetos de pesquisa. Este esquema inclui as partes:

• Apresentação;

• Objetivos;

• Justificativas;

• Sistema conceitual;

• Teorias de Base;

• Metodologia;

• Cronograma;

• Anexos;

• Bibliografia;

3.1 - Identificação

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XLVII

São apresentados dados essenciais à identificação do projeto. Título e subtítulo;

entidade que se destina o projeto; entidade executora; coordenador; equipe técnica (se houver);

local e data. Este roteiro facilita a vida do educando na montagem final da monografia.

3.2 - Objetivos

A apresentação dos objetivos variam em fusão da natureza do projeto. Nos objetivos de pesquisa cabe identificar claramente o problema, apresentar sua delimitação, bem como apresentar as hipóteses a serem testadas. Apresenta-se os objetivos de forma geral e específicos.

3.3 - Justificativa

Consiste na apresentação, de forma clara e sucinta, das razões de ordem teórica ou prática que justificam a realização da pesquisa. No caso de pesquisa de natureza científica ou acadêmica, a justificativa deve indicar:

a) o estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema;

b) as contribuições que a pesquisa pode trazer com vistas a proporcionar respostas aos problemas propostos ou a ampliar as formulações teóricas a esse respeito;

c) a relevância social do problema a ser investigado;

d) a possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade proposta pelo tema.

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XLVIII

No caso de pesquisa de natureza prática, a justificativa deve considerar os objetivos da instituição e os benefícios que os resultados da pesquisa poderão proporcionar.

Atenção, neste caso a pesquisa não foi testada e vale a vivência ou experiência do educando para aferir possíveis afirmativas.

3.4 – Sistema Conceitual

Este sistema é exigido em pesquisas muito complexas, temas difíceis de desenvolver. Para isso é necessário definir de forma clara e precisa os conceitos contidos no problema e nas hipóteses, porém, muitos projetos de pesquisa não exigem tantos detalhes do sistema conceitual, por se referirem a problemas e hipóteses cujas referências empíricas (trabalha diretamente com o objeto real) são imediatas. Neste caso, quando o pesquisador quer verificar um fato relacionado com sexo, idade, escolaridade, etc.

3.5 – Teoria de Base

As pesquisas no campo da Psicologia, Sociologia, Antropologia, Ciências Políticas e Economia apoiam-se em teorias, que neste caso é importante indicar a teoria ou as teorias que fornecem a orientação geral da pesquisa. Obs.: Nem sempre é possível definir com clareza qual a teoria que lhe dará sustentação, principalmente se o assunto é muito recente e ainda não há respostas concretas que os defina, por isso este item não aparece em muitos projetos de pesquisa.

3.6 - Metodologia

A parte mais complexa na redação de um projeto de pesquisa é constituída, geralmente, pela especificação da metodologia a ser adotada. Podemos considerar os seguintes componentes:

• tipo de delineamento (traçar o esboço da pesquisa);

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XLIX

•amostragem;

•técnica de coleta de dados;

•análise dos dados;

•forma de relatório.

3.7 – Suprimentos e Equipamentos

Devem ser indicados de maneira detalhada necessários para a realização da pesquisa. Estes equipamentos e suprimentos variam consideravelmente de acordo com o tipo de pesquisa. Dentre os diversos itens que podem ser considerados formulamos os seguintes:

•questionários;

•formulários;

•impressos especiais para registro;

•manuais de instrução para os pesquisadores;

•equipamentos de registro (papel, caneta, computador, gravador, vídeo);

•pastas, brindes para os entrevistados.

3.8 - Cronograma

(50)

L

O projeto deve esclarecer acerca do tempo necessário ao desenvolvimento da pesquisa. Convém que seja indicado o tempo correspondente a cada uma das fases da pesquisa, bem como os momentos em que estas se interpõem. E não se pode esquecer que muitas das atividades são desempenhadas simultaneamente e é necessário ter a indicação de quando isto ocorre. As linhas indicam as fases da pesquisa e por colunas que indicam o tempo previsto.

3.9 - Anexos

Devem ser anexados ao projeto de pesquisa modelos dos instrumentos a serem utilizados para a coleta de dados, tais como: formulários, questionários e escalas de atitudes.

Dispensam-se da observação deste requisito as pesquisas que utilizam testes psicológicos ou instrumentos não padronizados de coletas de dados. Devem ser anexados modelos de outros materiais impressos como: manuais de instrução, mapa das áreas de investigação, material estatístico utilizados como base utilizado como base para seleção de amostras.

3.10 - Bibliografia

Nos projetos devem ser relacionados os livros, artigos e outras publicações consultadas, bem como todas as fontes de potencial interesse para o desenvolvimento da pesquisa para que o orientador e a banca examinadora possam buscar a veracidade de alguma citação e da própria teoria apresentada. Nas pesquisas orientadas para fins práticos pode também ser conveniente a apresentação da bibliografia, sobretudo quando o tema considerado for complexo.

3.11 - Como apresentar o projeto de pesquisa

(51)

LI

A tendência é apresentar formulas padronizadas para facilitar os trabalhos de elaboração, discussão e aprovação do projeto. A excessiva padronização em muitas situações pode ser prejudicial. No caso de modelo de elaboração de projetos de pesquisa acadêmica bastam duas laudas no mínimo e quatro no máximo, onde o pesquisador deve ser claro e objetivo ao dissertar sobre a problematização.

NOME DA INSTITUIÇÃO

TÍTULO DA MONOGRA

NOME DO AUTOR

NOME DO ORIENTADOR

DATA

Objetivos

Justificativa

Sistema Conceitual

Teorias de Base

Metodologia

Suprimentos e Equipamentos

Cronograma Anexos Bibliografia

(52)

LII

CAPÍTULO IV

A CONFIGURAÇÃO

(53)

LIII

CONFIGURAÇÃO BÁSICA

PARA MONOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Chegamos ao momento de vestir a monografia com as configurações básicas previstas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Atenção nas explicações em sala de aula, pois as configurações a seguir podem trazer alguma dúvida.

4.1 - Configuração de página:

• Papel: formato A 4

• Margem Superior: 3,00 cm

• Margem Inferior: 2,50 cm

• Margem Esquerda: 3,50 cm

• Margem Direita 2,50 cm.

• Espaçamento entre linhas: 1,5

• Fonte: Arial, Times News Roman.

Figura do word. Ver arquivo MtdCAPIV.DOC

4.2 - Corpo de Fonte:

• Para Títulos: 16 ( caixa alta )

• Para Subtítulos: 14 (caixa alta )

• Para Texto: 12 ( caixa baixa )

• Para Nota de Rodapé: ( automático do Window, depende da versão ).

Referências

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