• Nenhum resultado encontrado

01) INTRODUÇÃO À ÓPTICA GEOMÉTRICA: Para efeitos didáticos, podemos dividir o estudo da óptica em duas outras

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "01) INTRODUÇÃO À ÓPTICA GEOMÉTRICA: Para efeitos didáticos, podemos dividir o estudo da óptica em duas outras"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

LISTA DE TEORIA 01

Goiânia, 03 de Fevereiro de 2015 Série: 3º ano e Curso Turma: _____

Aluno(a):______________________________________________________________

Disciplina: Física  Professor: Caçu  e-mail: manoel.fisica@gmail.com

01) INTRODUÇÃO À ÓPTICA GEOMÉTRICA:

Para efeitos didáticos, podemos dividir o estudo da óptica em duas ou- tras partes:

Óptica geométrica: a parte da óptica que se dedica ao estudo descriti- vo das trajetórias seguidas pela luz.

Óptica física: a parte da óptica que se dedica ao estudo da natureza de que é feita a luz, bem como de sua interação com a matéria.

Os diversos corpos que nos cercam podem ser vistos porque deles re- cebemos luz, que por sua vez consegue sensibilizar o nosso aparelho visual. O Sol, a Lua, uma pessoa e uma revista, por exemplo, enviam luz aos nossos o- lhos, o que nos permite enxergar.

Óptica geométrica: é o ramo da Física que estuda os fenô- menos relacionados com a luz. O nosso estudo em óptica geométrica que se ini- cia não precisa levar em conta a natureza ondulatória da luz. O conceito de raio de luz associado com alguns princípios básicos e o uso de geometria plana são suficientes para nossas pretensões.

02) CONCEITOS BÁSICOS:

Luz é uma forma de energia radiante que se propaga através de ondas eletromagnéticas, é o agente físico que, atuando nos órgãos visuais, produz a sensação da visão.

A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas e, consequen- temente, da luz, no vácuo, é geralmente representada pela letra c e vale, apro- ximadamente, 300000km/s no vácuo.

Raio de Luz: linha orientada que representa, graficamente, a direção e o sentido de propagação da luz.

Feixe ou pincel de luz: pincel de luz é o nome dado a um

"feixe" de luz que se propaga por um dado meio. Os pincéis de luz podem, ge- ralmente, se apresentar de três formas distintas:

Cônico Divergente: luz emitida por uma vela, retida em um recipiente com apenas um furo, por onde a luz pode sair.

Cilíndrico ou paralelo: luz emitida por uma fonte de laser.

Cônico Convergente: luz focada por uma lupa no seu foco.

Fonte de Luz: é todo corpo que pode ser visualizado. Pode ser classificado como:

Natureza: relaciona-se com a luz ser própria do cor- po (primária), ou refletida pelo corpo (secundária).

Primária: são aquelas que emitem luz própria. Exemplos: Sol, estre- las, lâmpadas acesas, chama de uma vela, ferro em rubro.

Secundárias: são aquelas que emitem difusamente parte da luz que recebe. Exemplos: Lua, pessoas, lâmpadas apagadas, corpo de uma vela, barra metálica.

Observação: as fontes primárias também podem ser subdivididas em INCANDESCENTE (emitem luz em decorrência da transformação de sua e- nergia térmica em energia radiante luminosa) e LUMINESCENTES (emitem luz, embora se encontrem a temperaturas relativamente baixas).

Observação: as fontes luminescentes também podem ser subdivididas em FLUORESCENTES (emitem luz durante a excitação) ou em FOSFO- RESCENTES (emitem luz após a excitação).

Dimensão Relativa: relaciona-se ao tamanho da fon- te no fenômeno estudado. Pode ser classificada como:

Puntiforme: é a fonte de luz (primária ou secundária) de dimensões muito pequenas (desprezíveis) quando comparadas com as outras dimensões que envolvem um fenômeno. Exemplo: o Sol em relação à Via - Láctea.

Extensa: é a fonte de luz (primária ou secundária) de dimensões não desprezíveis quando comparadas com as outras dimensões que envolvem um fenômeno. Exemplo: o Sol em relação ao Sistema Solar.

Observação: o conceito da dimensão da fonte é relativo, pois depende do fenômeno estudado.

Cor: relaciona-se com a frequência (espectro), po- dendo ser classificada como Monocromática e Policromática.

Monocromática: é fonte de luz que emite uma única cor de luz. E- xemplo: luz vermelha.

Policromática: é a fonte de luz que emite duas ou mais cores de luz.

Exemplo: luz branca.

Meios de propagação da luz: são aqueles que permitem ou não a propagação da luz, podendo ser classificados como: transparente, trans- lúcido e opaco.

Transparente: um meio é considerado transparente quando permite a passagem da luz e a visualização nítida de objetos através de- le. Exemplo: um vidro plano e de boa qualidade usado em uma vitrine, uma pe- quena porção de água pura em equilíbrio, ar.

Translúcido: é considerado translúcido o material que, embora permita a passagem da luz, não possibilita a visualização nítida de objetos através dele. Exemplo: vidro leitoso usado em ambulâncias, tijolo de vidro, uma porção de água em movimento.

Opaco: dizemos que um material, ou meio, é opaco quando impede totalmente a passagem da luz. Exemplo: uma superfície metáli- ca, parede feita de tijolos, uma grande porção de água.

Observação: elementos como a água e o plástico, dependendo da es- pessura, podem ser transparentes, translúcidos ou opacos.

03) FENÔMENOS LUMINOSOS:

Considere um feixe de luz que incide sobre uma superfície, mostrada a seguir, que separa dois meios diferentes. Verifica-se que a luz pode sofrer três fenômenos distintos.

A luz pode ser absorvida pela superfície. A absorção leva a um a-

(2)

luz possa atravessar a superfície de separação dos meios, verificamos o fenô- meno da refração.

Absorção: é o que ocorre quando a luz atinge uma superfície de cor escura e sem polimento. Neste caso, a luz é retida pela superfície, não ocorrendo refração ou reflexão. Quando a absorção ocorre, normalmente se ob- serva um aquecimento da superfície.

Reflexão: ocorre quando a luz atinge um meio e retorna ao meio original de propagação. Pode ser regular ou difusa.

Regular: ocorre em superfícies lisas ou polidas. Os raios de luz incidem paralelamente sobre uma superfície plana, sofrem reflexão também de forma paralela. É responsável pela formação de imagens.

Difusa: ocorre quando a luz atinge uma superfície rugosa e irregular. Também pode ser chamada de difusão da luz e é responsável pela visualização dos objetos.

Refração: é a passagem da luz de um meio material para ou- tro. Quando a luz se propaga no ar atmosférico e atinge uma lente de óculos, passando a se propagar através deste vidro, ela sofreu refração.

Regular: é quando os raios incidentes chegam para- lelos e após passarem pelo meio continuam paralelos (meios transparentes).

Difusa: é quando os raios incidentes chegam parale- los e após passarem pelo meio perdem seu paralelismo (meios translúcidos).

04) COR DOS OBJETOS:

A cor de um objeto é determinada pela cor da luz que ele reflete difu- samente.

Quando um corpo iluminado com luz branca se apresenta se apresenta verde, significa que o corpo reflete difusamente a luz verde e absorve as demais luzes que compõem a luz branca.

Se o corpo não absorver luz de nenhuma cor, refletindo todas, ele é um corpo branco.

Se o corpo absorver as luzes de todas as cores, ele é um corpo negro.

Em resumo temos:

 Objeto vermelho absorve as outras cores de luz e reflete difu- samente a luz vermelha.

 Objeto branco reflete difusamente todas as cores de luz.

 Objeto preto absorve todas as cores de luz. Teoricamente não constitui uma cor já que não emite luz.

Observação: quando um objeto não emite luz aos nossos olhos temos a sensação de “cor preta”.

Cores primárias: as cores primárias são o azul, verde e vermelho, com a superposição destas cores podemos formar todas as outras cores.

05) FILTRO DE LUZ:

Como o próprio nome diz “filtra uma cor de luz”, ou seja, só permite a passagem de uma cor de luz. Exemplo: o filtro de luz vermelha só permite a passagem da luz de cor vermelha.

06) PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA:

Princípio da propagação retilínea da luz: em um meio ma- terial homogêneo e transparente, a luz se propaga em linha reta.

Princípio da reversibilidade da luz: num meio homogêneo e transparente, a trajetória descrita por um raio de luz não depende do sentido de propagação.

Princípio da independência da luz: quando dois ou mais pincéis de luz encontram-se em uma determinada região, nenhuma de suas ca- racterísticas sofre modificações. Ou seja, as direções, os sentidos de propagação e as cores permanecem inalterados.

Observação: um meio é dito isótropo ou isotrópico quando a veloci- dade de propagação da luz é a mesma em qualquer direção.

Observação: um meio é dito homogêneo quando todos os seus ele- mentos de volume, isto é, todas as suas "partes" são iguais.

Observação: os meios em que a luz se propaga em linha reta (isto é, aqueles transparentes, homogêneos e isótropos) são denominados meios ordi- nários.

07) APLICAÇÕES:

Câmera escura de orifício: uma caixa de paredes opacas munidas de um orifício em uma das faces é denominada câmara escura de orifí- cio. Um objeto o é colocado em frente à câmara, conforme a figura. Raios de luz provenientes do objeto o atravessam o orifício e formam na parede oposta uma figura i, chamada imagem de o.

A semelhança entre os triângulos feitos pelo objeto e pela imagem com o orifício leva a equação:

p p o i'

Onde:

i: tamanho da imagem;

o: tamanho do objeto;

p’: distância do orifício ao fundo da câmera;

p: distância do objeto ao orifício da câmera.

Sombra e penumbra: sombra é uma região que não recebe luz da fonte, enquanto penumbra é uma região parcialmente iluminada.

Observação: para se ter penumbra deve-se ter uma fonte extensa de luz.

Fonte pontual: só forma sobra.

(3)

Fonte extensa: forma sombra e penumbra.

A formação de sombra e penumbra, a ocorrência de eclipses e a for- mação de imagens na câmara escura de orifício são evidências de que a luz se propaga em linha reta.

08) ECLIPSES:

Os eclipses ocorrem quando temos o alinhamento do Sol, Terra e Lua (eclipse lunar) ou Sol, Lua e Terra (eclipse solar).

Eclipse solar: ocorre quando a Lua (nova) se interpõe entre o Sol e a Terra.

Eclipse parcial do Sol: ocorre quando o observador se encontra no cone de penumbra.

Eclipse total do Sol: ocorre quando o observador se encontra no cone de sombra.

Eclipse anular do Sol: ocorre quando o observador se encontra no prolongamento do cone de sombra.

Observação: o eclipse solar só ocorre em fase de Lua nova.

Eclipse lunar: ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua (cheia).

Observação: o eclipse lunar só ocorre em fase de Lua cheia.

09) FASES DA LUA:

A Lua é uma fonte de luz secundária. Ela é vista porque reflete a luz que recebe o Sol.

O hemisfério da Lua voltado par a Terra não é necessariamente o mesmo que é iluminado pelo Sol. Por isso existem as diversas fases da Lua. Há quatro fases principais que se alternam em um intervalo de tempo de aproxima- damente sete dias.

Na posição 1 de sua órbita, a Lua fica com seu hemisfério não ilumi- nado voltado para a Terra; essa fase é chamada de Lua nova. Já na posição 2, metade do hemisfério iluminado da Lua fica voltado para a Terra, e vemos a Lua como um semidisco; é o quarto crescente. Quando a Lua alcança a posi- ção 3, é o hemisfério totalmente iluminado que fica voltado para a Terra, carac- terizado a fase da Lua cheia. Na posição 4, novamente vemos metade do he- misfério iluminado da Lua, mas nesse caso a fase é o quarto minguante.

(A) Lua prestes a se tornar nova; (B) Lua crescente;

(C) Lua cheia; (D) Lua minguante.

Os eclipses da Lua ocorrem na fase de lua cheia e os eclipses do Sol, na fase de lua nova. Entretanto essas ocorrências não são mensais, pois as órbi- tas da Lua em torno da Terra e da Terra em torno do Sol não estão contidas no mesmo plano. Nas épocas em que os três astros se alinham é que ocorrem os e- clipses.

Período de lunação ao longo de um mês:

O intervalo de tempo entre duas luas novas consecutivas é denominado período de lunação, que é de 29 dias, 12 horas e 44 minutos.

(4)

10) PONTO OBJETO (PO) E PONTO IMAGEM (PI):

Sistema Óptico (SO): consideramos um sistema óptico (es- pelho, lente, prisma, etc.).

Ponto Objeto (PO): a luz que incide em um sistema óptico define um ponto objeto. Ponto Objeto é o vértice do feixe de luz que incide em um determinado sistema óptico. Pode ser:

Ponto Objeto Real (POR): é formado pelo cruza- mento efetivo dos raios de luz incidentes.

Ponto Objeto Virtual (POV): é formado pelo cru- zamento dos prolongamentos dos raios de luz incidentes.

Ponto Objeto Impróprio (POI): é formado pelo cru- zamento hipotético (no infinito) dos raios de luz incidentes, uma vez que estes são paralelos.

Ponto Imagem (PI): a luz que emerge de um sistema óptico define um ponto imagem. Ponto Imagem é o vértice do feixe de luz que emer- ge (sai) em um determinado sistema óptico. Pode ser:

Ponto Imagem Real (PIR): é formado pelo cruza- mento efetivo dos raios de luz emergentes.

Ponto Imagem Virtual (PIV): é formado pelo cru- zamento dos prolongamentos dos raios de luz emergentes.

Ponto Imagem Impróprio (PII): é formado pelo cruzamento hipotético (no infinito) dos raios de luz emergentes, uma vez que estes são paralelos.

Associação de sistemas ópticos:

01) REFLEXÃO DA LUZ:

Reflexão da Luz: é o fenômeno que consiste no fato de a luz vol- tar a se propagar no meio de origem, após incidir na superfície de separação desse meio com outro.

Onde:

RI: raio de luz incidente na superfície S;

N: segmento de reta normal;

RR: raio de luz refletido pela superfície S;

i: ângulo de incidência;

r: ângulo de reflexão.

Leis da Reflexão:

1ª lei da reflexão: o raio incidente, a reta normal e o raio refletido são coplanares (estão no mesmo plano).

2ª lei da reflexão: a medida do ângulo de incidência é igual a medida do ângulo de reflexão.

r i

Observação: as leis da reflexão são válidas para quaisquer tipos de superfícies, planas ou curvas, pois a reflexão ocorre de maneira localizada em um único ponto.

Observação: as leis da reflexão não dependem da cor da luz, isto é, todas as cores sofrem reflexão exatamente da mesma forma.

Observação: os ângulos de incidência e reflexão variam no intervalo que vai de 0° a 90°.

Observação: as leis da reflexão também são obedecidas em superfí- cies irregulares.

02) ESPELHOS PLANOS:

Um espelho nada mais é do que uma superfície muito bem polida e com alto poder de reflexão.

Os espelhos planos comuns são obtidos a partir de placas de vidro transparente pintadas com tinta metálica refletora em uma das faces.

O espelho propriamente dito consiste apenas da camada de tinta metá- lica. O vidro serve unicamente como suporte para a tinta metálica, garantindo assim que a superfície de reflexão será regular. Além do mais, o vidro usado é transparente à luz. Assim espelho plano:

 é o mais simples e o primeiro dos diversos sistemas ópticos que estudare- mos.

 é o único sistema óptico que é sempre ESTIGMÁTICO (as imagens são perfeitas)

 são, em geral, representados graficamente da seguinte forma:

(5)

03) FORMAÇÃO DE IMAGENS:

Para se definir a formação de imagens em um espelho plano vamos lembrar das definições de ponto objeto e ponto imagem.

Ponto objeto: em relação a um espelho, é o vértice do pincel de luz que chega ao espelho.

Se os raios de luz efetivamente se cruzarem no ponto objeto, então ele é dito real. Se o cruzamento se der com os prolongamentos dos raios de luz, en- tão o ponto-objeto é dito virtual.

Se o pincel de luz que chega ao espelho for cilíndrico, isto é, por for- mado por raios de luz paralelos, o ponto-objeto é dito impróprio.

Ponto imagem: em relação a um espelho, é o vértice do pin- cel de luz que sai do espelho.

Se os raios de luz efetivamente se cruzarem no ponto imagem, então ele é dito real. Se o cruzamento se der com os prolongamentos dos raios de luz, então o ponto-imagem é dito virtual. Se o pincel de luz que sai do espelho for cilíndrico, isto é, for formado por raios de luz paralelos, o ponto imagem é dito impróprio.

Assim:

Considere um espelho plano E e um ponto P que emite luz, como indi- ca a figura a seguir:

Os prolongamentos de todos os raios refletidos no espelho, provenien- tes de P, passam por P′.

Os triângulos PI1I2 e P′I1I2 são congruentes. Logo, PI1 = P′I1. Portanto, concluímos que o ponto P e o ponto P′ são simétricos em relação à superfície refletora.

Para um observador que recebe os raios refletidos, parece que os raios vieram de P′, isto é, o observador vê P′ atrás do espelho. Dizemos que P′ é um ponto imagem virtual e P é um ponto objeto real, ambos em relação ao espelho E. Podemos dizer ainda que, relativamente a um espelho plano, o objeto e ima- gem têm naturezas opostas; se o objeto é real, a imagem é virtual e vice-versa.

Objetos e imagens reais situam-se na frente do espelho e objeto e ima- gens virtuais situam-se atrás do espelho.

Considerando a imagem de um corpo extenso, conjugada pelo espelho plano, observa-se que a mesma não pode ter uma superposição com o objeto.

Desta forma, dizemos que objeto e imagem são figuras enantiomorfas.

Objeto  ponto material:

Objeto  corpo extenso:

Note que:

 A imagem é virtual de um objeto real.

 A imagem é simétrica ao objeto em relação ao plano do espelho E.

 A imagem é enantiomorfa, isto é, de forma contrária ao objeto. Por is- so, dizemos que a imagem de um corpo extenso conjugada por um espelho pla- no não pode ser superposta quando o objeto não é simétrico, isto é, não pode

parecerá com sua mão esquerda e, portanto, não poderá ser superposta à sua mão direita (objeto).

04) CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM:

Quanto a natureza: a imagem conjugada por um Espelho Plano é sempre Virtual em relação ao Objeto Real, sempre Real de um objeto virtual e imprópria de um objeto impróprio.

Quanto a posição: podemos dizer que a imagem formada por um espelho plano é SIMÉTRICA do objeto em relação ao plano do espelho.

Quanto a forma e tamanho: sempre da mesma forma e ta- manho do objeto.

Quanto a orientação: sempre direita em relação ao objeto.

ENANTIOMORFAS: o objeto e a imagem tem a mesma forma e tamanho mas não se encaixam por simples sobreposição.

05) CONSTRUÇÃO FUNDAMENTAL:

Para se traçar um feixe de luz que vai do objeto para o observador, basta apli- car o conceito de simetria em relação ao plano do espelho, e fazer o prolonga- mento de reta que liga o ponto imagem ao observador, o ponto que o prolon- gamento ‘corta’ o espelho será o ponto de incidência de luz. Veja a figura:

06) CAMPO VISUAL:

É a região diante do espelho que pode ser vista pelo observador por re- flexão quando este olha diretamente para o espelho. Veja a figura:

Para uma posição (O) do olho do observador, define-se campo visual do espelho plano com sendo a região do espaço que se torna visível por refle- xão no espelho.

Dada a posição (O) do observador, determina-se a posição de sua ima- gem O' em relação ao espelho. A região do espaço visível por reflexão é deter- minada ligando-se o ponto O' aos extremos do espelho.

07) TRANSLAÇÃO DE ESPELHO PLANO:

Transladar um espelho plano nada mais é que deslocar (aproximar ou afastar) o espelho em relação ao objeto.

Imagine um objeto que se encontra a uma distância x de um espelho, desta forma a imagem também se forma a uma distância x, afastando o espelho em relação ao objeto de uma distância d, a nova distância entre o espelho e o objeto será de x + d e da imagem ao espelho também será x + d. Desta forma a imagem sobre um deslocamento D em relação a sua posição inicial, segue abai- xo a demonstração que D = 2d.

Igualando a distância do objeto a imagem 2 na situação (I) com a situação (II) temos:

) ( )

( x d x d

D x

x       d D d x D

x 2 2 2

2     

Onde:

d: é o deslocamento do espelho em relação ao objeto;

D: é o deslocamento da imagem em relação ao objeto.

Observação: dividindo os dois lados da equação por um intervalo de tempo temos:

eo

io

v

v2

Onde:

vio: velocidade da imagem em relação ao objeto;

veo: velocidade do espelho em relação ao objeto.

08) ROTAÇÃO DE ESPELHO PLANO:

Fazer uma rotação de um espelho plano nada mais é que girar o espe- lho em torno de um ponto de apoio. Na figura abaixo segue a rotação de um es- pelho plano em relação a um ponto O e a relação entre o ângulo de rotação do espelho e o deslocamento do raio de luz refletido.

Quando um espelho plano gira de um ângulo , em torno de um eixo perpendicular ao plano de incidência da luz, o raio refletido de um mesmo raio incidente, girará de:

 

(6)

Onde:

α: ângulo de rotação do espelho;

β: ângulo de desvio do raio refletido.

09) ASSOCIAÇÃO DE ESPELHOS PLANOS:

Dois espelhos planos podem ser dispostos de tal forma que as superfí- cies refletoras formem entre si um certo ângulo α. Desta forma pode se demons- trar que existe uma equação que relaciona o número de imagens formadas pelos espelhos e o ângulo entre eles.

Onde:

O: objeto real para E1 e E2; i1: imagem conjugada de P, por E1; i2: imagem conjugada de P, por E2; i’1: imagem conjugada de P1, por E2; i’2: imagem conjugada de P2, por E1.

 Número de divisões da circunferência (n):

90 4

360  

  n

n

 Como 90º é o ângulo  entre os espelhos, teremos:

360n

 Número (N) de imagens formadas:

360 1



N Onde:

N: número de imagens formadas;

α: ângulo entre os espelhos.

Observação: se (360°/α) é um número par, o objeto pode estar colo- cado em qualquer posição entre os espelhos.

Observação: se (360°/α) é um número ímpar, para se obter N ima- gens o objeto deve estar sobre o plano bissetor do diedro (α).

01) ESPELHOS ESFÉRICOS:

Espelho esférico é toda superfície refletora cuja forma é uma calota es- férica. Os espelhos esféricos podem ser côncavos ou convexos.

02) REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESPELHOS ESFÉRICOS:

Dependendo do lado da calota que reflete a luz temos:

Espelho esférico côncavo: é obtido quando a luz é refletida pelo lado interno da calota (lado côncavo).

Espelho esférico convexo: é obtido quando a luz é refletida pelo lado externo da calota (lado convexo).

Em resumo podemos simplesmente representar da seguinte forma:

03) ELEMENTOS GEOMÉTRICOS:

Para estudarmos a formação de imagens por espelhos esféricos, será necessário primeiro definirmos alguns elementos geométricos que nos serão úteis. Todos os espelhos esféricos apresentam os elementos do esquema a seguir:

C – centro de curvatura do espelho;

R – raio de curvatura do espelho;

V – vértice do espelho ou polo da calota;

F – foco principal;

f – distância focal;

EIXO: reta que passa pelo centro C;

α: ângulo de abertura ou formação, que é o ângulo com vértice no cen- tro de curvatura e cujos lados passam por pontos diametralmente opostos da ba- se da calota;

Eixo principal: é o eixo que contém V;

Eixos secundários: são os eixos que não contém V.

Observação: CV = R, logo R = 2f. Para espelhos de Gauss.

04) CONDIÇÕES DE NITIDEZ DE GAUSS:

Como vimos no capítulo anterior, os espelhos planos são os únicos sis- temas ópticos perfeitamente estigmáticos, isto é, formam para cada ponto obje- to um único ponto imagem correspondente. Todos os outros sistemas ópticos, incluindo os espelhos esféricos, são de forma geral astigmáticos, ou seja, for- mam de um único ponto objeto diversos pontos imagens.

Isto significa que, se o sistema é astigmático, as imagens por ele for- madas não apresentam nitidez.

Dentro de certas condições, as chamadas Condições de Nitidez de Gauss, os espelhos esféricos podem formar imagens nítidas.

O matemático é óptico alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855) ob- servou que um espelho esférico forma uma imagem nítida quando obedece a duas condições:

1ª condição de nitidez de Gauss: o espelho esférico deve ter pequena abertura angular.

2ª condição de nitidez de Gauss: os raios incidentes devem ser paraxiais, isto é, próximos ao eixo principal do espelho e com pequena in- clinação em relação a este.

Raios incidentes paraxiais estão próximos do eixo principal e são pou- cos inclinados em relação a esse eixo. Nestas condições a um ponto objeto (O) o espelho cônjuge um ponto imagem (I).

Daqui por diante, estaremos sempre trabalhando com espelhos esféri- cos gaussianos.

05) RAIOS NOTÁVEIS:

Raios paralelos ao eixo principal: todo raio de luz que inci- de no espelho esférico paralelamente ao eixo principal, reflete-se numa direção que passa pelo foco.

Raios com incidência pelo foco: todo raio de luz que incide pelo foco reflete-se paralelo ao eixo principal.

Raios com incidência pelo centro de curvatura: todo raio de luz que incide pelo centro de curvatura reflete-se sobre si mesmo.

Raios com incidência pelo vértice: todo raio de luz que incide pe- lo vértice reflete-se simetricamente em relação ao eixo principal.

Em resumo temos:

(7)

06) DETERMINAÇÃO GRÁFICA DAS IMAGENS CONJUGADAS PELOS ESPELHOS ESFÉRICOS:

Nessa análise o objetivo é a determinação das características da ima- gem formada pelo espelho. A saber:

NATUREZA: a natureza da imagem formada pode ser (real, virtual ou imprópria);

POSIÇÃO: é o lugar em relação ao espelho que a imagem é formada;

TAMANHO: é a relação entre o tamanho da imagem em comparação ao objeto (maior, menor ou igual);

ORIENTAÇÃO: é a comparação entre a imagem e o objeto na situação de sofrer uma inversão (direita ou invertida).

GEOMETRICAMENTE: para obtermos geometricamente a imagem de um objeto fornecida por um espelho esférico vamos, inicialmente, fazer algumas simplificações.

 O objeto será representado por uma seta;

 O objeto será colocado perpendicularmente sobre o eixo principal.

Nestas condições, podemos determinar a imagem do objeto conjugada pelo espelho traçando apenas dois raios de luz que, partindo da extremidade do objeto, refletem-se e cruzam-se (ou seus prolongamentos) no ponto em que é formada a imagem dessa extremidade. O restante do objeto (seta) é obtido li- gando-se esse ponto imagem ao eixo principal (perpendicularmente).

ESPELHO CÔNCAVO:

As características das imagens fornecidas pelos espelhos côncavos de- pendem da posição do objeto em relação ao espelho.

(I) Objeto antes do centro de curvatura:

(II) Objeto no centro de curvatura:

(III) Objeto entre o centro de curvatura e o foco:

(IV) Objeto no foco:

(V) Objeto entre o foco e o vértice:

ESPELHO CONVEXO:

Para qualquer posição de um objeto real, o espelho convexo fornece uma imagem virtual, direita e menor que o objeto.

(VI) Objeto em frente a um espelho convexo:

Observação: se o objeto é real a imagem é real, a imagem é invertida em relação ao objeto. Veja ilustrações I, II e III.

Observação: se o objeto é real e a imagem é virtual, a imagem é direi- ta em relação ao objeto. Veja ilustrações V e VI.

Observação: elemento (objeto ou imagem) mais afastado do sistema óptico é sempre maior. Veja ilustrações I a IV.

Observação: sempre que uma imagem é real, ela pode ser projetada sobre um anteparo.

Observação: sempre que o objeto encontrar muito afastado do espelho esférico, sua imagem estará formada sobre o foco.

Observação: sempre que um objeto puntiforme estiver sobre o foco do espelho esférico, sua imagem estará formada no infinito.

Observação: nesse caso e no anterior, não se define tamanho ou orien- tação da imagem.

07) ESTUDO ANALÍTICO DOS ESPELHOS ESFÉRICOS:

Elementos de estudo:

Onde:

i: tamanho (ordenada) da imagem;

p: distância (abscissa) do objeto ao espelho;

p': distância (abscissa) da imagem ao espelho;

f: distância (abscissa) focal do espelho.

Convenção de sinais para as orde-nadas:

Convenção de sinais para as abscissas:

08) EQUAÇÃO DOS PONTOS CONJUGADOS (EQUAÇÃO DE GAUSS):

Considere o objeto AB diante do espelho esférico e a respectiva ima- gem conjugada, como mostra a figura. Representaremos a posição do objeto por p e a posição da imagem por p′.

É possível demonstrar que:

' 1 1 1

p p f

09) AUMENTO LINEAR TRANSVERSAL:

Sejam i e o as medidas algébricas das dimensões lineares da imagem e do objeto, respectivamente, com orientação positiva para cima, pode-se de- monstrar que:

p f

f p

p o A i

'

A > 0 imagem direita, virtual (o > 0 e i > 0 ou o < 0 e i < 0);

A < 0 imagem invertida, real (o > 0 e i < 0 ou o < 0 e i > 0);

|A| > 1 imagem maior que objeto;

|A| = 1 imagem menor que objeto;

|A| < 1 imagem com mesmo tamanho do objeto.

Referências

Documentos relacionados

Vejamos o esquema abaixo: uma fonte pequena (puntiforme) de luz ilumina um objeto opaco; a região atrás do objeto não recebe luz sendo, portanto, uma região de sombra, que pode

Considerando uma avaliação de qualidade de forma quantitativa e classificatória, na variável de dados relevantes da realidade, utilizados para medidas serem

Gráfico 26 - Análise dos resultados da questão 4 da turma de Tecnologia em Redes de Computadores De acordo com os resultados obtidos na análise gráfica da questão 4,

Para essa implementação deve-se observar que muitos sistemas têm sido construídos baseados exclusivamente em requisitos técnicos, deixando a arquitetura implícita

Constituição Federal de 1988, TORNA PÚBLICAS AS RESPOSTAS AOS RECURSOS CONTRA O RESULTADO PRELIMINAR E O RESULTADO DEFINITIVOS DA PROVA DE TÍTULOS do concurso público de Provas

Essa prática pedagógica, como mencionado por Padilha (2002), contribui para a formação de indivíduos alheios sem a compreensão das dimensões que permeiam as

exemplo, as ondas sonoras no ar e as ondas luminosas geradas por uma fonte puntiforme (ou pontual) são tridimensionais.. Características físicas gerais

Para que um observador consiga ver uma imagem refletida pelo espelho é preciso que raios provenientes do objeto sejam refletidos pelo espelho e alcancem seu olho. Isso pode