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Breve análise económico-financeira do Município de Portimão SETEMBRO DE 2014

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económico-financeira

do Município de Portimão –

SETEMBRO DE 2014

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Introdução

O presente relatório sintetiza a situação económico-financeira do Município de Portimão relativamente ao mês de Setembro de 2014, subdividido em vários capítulos de indicadores.

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SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA DO MUNICÍPIO DE PORTIMÃO NO MÊS

DE SETEMBRO DE 2014

DO PONTO DE VISTA DA CONTABILIDADE ORÇAMENTAL

EVOLUÇÃO DOS CABIMENTOS E DOS COMPROMISSOS

Até ao mês de Setembro de 2014, foram efetuados cabimentos no montante de 183.117.537€ (187.562.296€ no mês de Setembro de 2013), os quais, representam cerca de 98,55% do valor total do Orçamento da Despesa para 2014 (184.068.494€). Os cabimentos registaram uma redução na ordem dos 2,4% (menos 4.444.759€) relativamente ao mesmo período de 2013.

Refere-se ainda que dos 183.117.537€ de cabimentos registados no mês corrente de 2014, 141.617.689€ (77,3%) dizem respeito a cabimentos transitados de anos anteriores.

Na verdade, no mês de Setembro de 2014, os cabimentos do exercício ascenderam a 41.499.848€ (42.421.248€ em 2013), menos 921,4 mil de euros (-2,2%) que o registado no mesmo período de 2013. Importa ainda referir, que em 2013 e face ao período homólogo de 2012, a redução tinha sido de 721,1 mil euros.

Até ao mês de Setembro de 2014, o montante de compromissos assumidos ascenderam a 181.392.064€ (187.257.408€ no mês de Setembro de 2013), representando cerca de 98,5% do total do Orçamento da Despesa para 2014. Face ao período homólogo de 2013, registou-se um decréscimo de cerca de 3,1% (menos 5.865.344€).

Por outro lado, do montante de compromissos assumidos no mês de Setembro de 2014, cerca de 139.614.033€ (77%) dizem respeito a compromissos transitados de anos anteriores.

O montante de compromissos assumidos relativos ao exercício económico de 2014, ascendeu a 41.778.031€ (43.067.441€ em 2013), menos 1,2 milhões de euros (-3%) que os registados no mesmo período de 2013.

Un: euros

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Por seu lado, o montante de compromissos assumidos e não pagos atingiram no final de Setembro de 2014 os 149.454.363€, quando no período homólogo de 2013, tinha alcançado os 156.515.944€, menos 7.061.581€ (-4,5%), conforme gráfico seguinte. Apesar deste índice ainda apresentar valores muito elevados, registam-se uma evolução muito positiva face ao período homologo, o que demonstra o esforço de por um lado melhorar o rigor da realização da despesa e por outro uma melhoria na disponibilidade de tesouraria que permite reequilibrar responsabilidades em divida.

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Como anteriormente referido, os compromissos no mês de Setembro de 2014 atingiram os 181.392.064€, dos quais, 139.614.033€ (77% do total), dizem respeito a anos anteriores e 41.778.031€ (23% do total), ao exercício de 2014.

Por seu lado, o montante de faturas registadas no Município em 30 de Setembro de 2014, ascendeu a 172.316.142€, dos quais, 139.017.381€ (80,6% do total), são referentes a exercícios anteriores e 33.298.761€ (19,3% do total), são do ano de 2014.

No mês de Setembro de 2014, foram feitos pagamentos no montante de 31.937.701€, dos quais, 22.917.689€ (71,7% do total), dizem respeito ao ano em curso e 9.020.013€ (28,3% do total), a anos anteriores, conforme consta nos quadros seguintes.

Por outro lado, ao nível da contabilização dos compromissos assumidos pelo Município de Portimão, e como anteriormente já referido, 181.392.064€, estão contabilizados no próprio exercício, com fortes reflexos no cálculo dos Fundos Disponíveis.

Contudo, 67.856.064€ estão contabilizados em exercícios futuros. Este montante diz essencialmente respeito, a compromissos do Município com amortizações de capital dos empréstimos de médio e longo prazo a vencerem-se nos próximos exercícios económicos de acordo com os respectivos planos de amortização, a contratos de prestação de serviços, a contratos-programa, a protocolos ou outros instrumentos de caracter plurianual.

Importa no entanto referir que este montante não tem qualquer influência no cálculo dos Fundos Disponíveis no exercício de 2014, com exceção daqueles que estão contabilizados no 1.º trimestre de 2015.

COMPROMISSOS DE ANOS ANTERIORES DO ANO TOTAL

REQUISITADOS / ASSUMIDOS 139 614 033 € 41 778 031 € 181 392 064 €

FATURADOS 139 017 381 € 33 298 761 € 172 316 142 €

PAGOS 9 020 013 € 22 917 689 € 31 937 701 €

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Apesar da inversão da tendência, ainda se verifica um elevado montante de compromissos assumidos e não pagos. Esta realidade demonstra claramente as dificuldades de tesouraria que o Município de Portimão tem atravessado nos últimos cinco anos. Por outro lado, a não operacionalização dos empréstimos no âmbito do PAEL e Reequilíbrio Financeiro, por recusa do visto do Tribunal de Contas não permitiu ajustar este indicador à realidade orçamental e de tesouraria do Município de Portimão.

Esta evolução significativamente positiva nos montantes de cabimentos e compromissos do exercício, representa uma inversão na metodologia da execução orçamental do Município de Portimão, à qual, não serão alheias, as medidas de contenção da despesa implementadas pelo executivo municipal, a vinculação ao Plano de Ajustamento Financeiro aprovado pela Assembleia Municipal de Portimão e ainda à aplicação da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso.

EVOLUÇÃO DA RECEITA

O orçamento da receita, no mês de Setembro de 2014, registou uma execução na ordem dos 17,8%, representando um valor de receita total de 32.747.267€ (31.194.533€ em 2013) do orçamentado para o ano de 2014.

Esta taxa de execução da receita situa-se em níveis muito baixos se compararmos com a taxa de execução média dos municípios portugueses que em Dezembro de 2013 atingiu os 64,6% conforme espelhado no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses.

As Receitas Correntes correspondem a 92,8% do total (60,4% foi a média registada para todos os municípios em 2013). Destas, 63,5% dizem respeito a Impostos Diretos (24,5% média dos municípios), 17,8% a Transferências Correntes (23,1% média dos municípios), 4,6% a Ativos Financeiros (1,2% média dos municípios), 3,2% a Rendimentos de Propriedade (3,3% média dos municípios), 2% a Transferências de Capital (17,3% média dos municípios) e 5,2% a Outras Receitas (1,3% média dos municípios), conforme ilustrado no gráfico seguinte:

TOTAL CONTABILIZADO NO EXERCÍCIO ANOS SEGUINTES TOTAL CONTABILIZADO NO EXERCÍCIO + EXERCÍCIOS FUTUROS

MONTANTE CONTABILIZADO

41 778 030,97 €

181 392 063,96 €

67 856 064,50 €

249 248 128,46 €

139 614 032,99 €

CONTABILIZAÇÃO DOS COMPROMISSOS - SETEMBRO DE 2014

COMPROMISSOS

DE ANOS ANTERIORES DO ANO

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De referir que as receitas totais do Município de Portimão, dependem essencialmente da arrecadação de Impostos Diretos, nomeadamente de IMI – Imposto Municipal sobre Imoveis.

No período em análise, verificou-se um crescimento da receita global em cerca de 1,5 milhões de euros (+4,9%) face ao período homólogo de 2013.

Para este crescimento, contribuíram positivamente as rubricas de Impostos Diretos em 2,4 milhões de euros, Taxas, Multas e Outras Penalidades em 15 mil euros e Outras Receitas Correntes em 679,5 mil euros.

Citando o Anuário Financeiro destaca-se que os Impostos Diretos são repartidos por: 60,5% IMI (Imposto Municipal sobre Imoveis), 12,1% Imposto Único de Circulação, 17,7% Imposto Municipal sobre as Transmissões de Imoveis, 9,6% de Derrama e 0,2% de Impostos Abolidos.

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Contrariamente, registaram-se contributos negativos nas rubricas de Impostos Indiretos em 369,5 mil euros nos Rendimentos de Propriedade em 12,8 mil euros nas Transferências Correntes em 422,6 mil euros e nas Vendas de Bens e Serviços Correntes em 68,9 mil euros.

Importa no entanto esclarecer, que o crescimento registado na rubrica de Impostos Diretos está directamente relacionado com o crescimento da arrecadação de IMI em mais 2 milhões de euros.

Por seu lado, o decréscimo registado na rubrica de Impostos Indiretos tem essencialmente a haver com a transferência desta receita, por delegação de competências, para a Portimão Urbis, E.M., já registada no exercício de 2013.

Quanto ao decréscimo de 546,6 mil euros nas Transferência de Capital, o qual, está directamente relacionado com a redução das comparticipações financeiras a projetos de investimento candidatados pelo Município de Portimão. Acresce ainda, que o Plano de Ajustamento Financeiro em curso, limita o investimento ao montante anual do FEF capital.

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EVOLUÇÃO DA DESPESA

No que se refere ao Orçamento da Despesa, até ao mês de Setembro de 2014, foram pagos aproximadamente 31.937.701€ (30.741.463€ em Setembro de 2013), os quais representaram cerca de 17,4% do orçamentado para o ano de 2014.

Esta taxa de execução da despesa situa-se em níveis muito baixos se compararmos com a taxa de execução média dos municípios portugueses que em Dezembro de 2013 atingiu os 83%, conforme apresentado no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses.

Estes pagamentos foram essencialmente referentes a Despesas com o Pessoal correspondendo a 33,7% (29,2% foi a média registada para todos os municípios em 2013), a Despesas com Aquisição de Bens e Serviços correspondendo a 13,3% (26,8% média dos municípios), Ativos Financeiros correspondendo a 12,1% (0,2% média dos municípios), Subsídios correspondendo a 10,3% (1,5% média dos municípios), Juros e Outros Encargos correspondendo a 8,4% (1,7% média dos municípios), Passivos Financeiros correspondendo a 7% (6,4% média dos municípios) e Transferências Correntes correspondendo a 6,3% (6,4% média dos municípios).

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Relativamente ao mesmo período de 2013, verificou-se um aumento de cerca de 3,9% (+1,1 milhões de euros) nos pagamentos efetuados.

A evolução da despesa no mês de Setembro de 2014 face ao período homólogo de 2013, é caracterizada pela homogeneidade no montante das rubricas, o que poderá indiciar uma estabilização da despesa face aos ajustamentos feitos nos últimos dois anos.

Contudo, e da análise comparativa, verificou-se que as rubricas de Ativos Financeiros, de Juros e Outros Encargos, de Subsídios, de Outras Despesas Correntes, e de Despesa com o Pessoal foram aquelas que registaram maiores níveis de variações positivas, respetivamente, 1,6 milhões de euros, 779,7 mil euros, 470,8 mil euros, 351,8 mil euros e 259,5 mil euros.

Para tal, contribuiu as decisões de inconstitucionalidade do Tribunal Constitucional, por parte do Tribunal Constitucional, dos cortes nos Custos com o Pessoal, a liquidação de juros bancários com efeito de especialização e do reforço para a cobertura de Resultados Líquidos Negativos Antes Impostos das empresas do sector empresarial local.

Por outro lado, verificaram-se variações negativas de grande relevância, nomeadamente, na rubrica de Passivos Financeiros (1 milhão de euros) de Aquisições de Bens e Serviços (831 mil euros) e na rubrica de Aquisições de Bens de Capital (331,5 mil euros).

Por último, e mais uma vez verificou-se uma forte correlação entre a receita arrecadada e a despesa paga.

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ANÁLISE DOS DESVIOS DA RECEITA E DA DESPESA

Fica este período do ano de 2014 marcado pela decisão do Tribunal de Contas relativo à recusa de visto sobre o processo referente ao empréstimo celebrado com a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças no âmbito do PAEL, assim como nos processos referentes a empréstimos para Reequilíbrio Financeiro, celebrados entre autarquia e diversas instituições bancárias. Apesar da não operacionalização dos empréstimos anteriormente referidos em termos orçamentais, mantem-se

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Por outro lado, e tendo em conta que a dotação orçamental é anual, o que poderá desvirtuar a análise dos desvios em duodécimos (execução orçamental no nono mês), foi utilizado um critério de repartição duodecimal, isto é, foi dividida a dotação orçamental anual por 9/12. Por outro lado, procedeu-se ao ajustamento (diminuição) dos montantes constantes no Plano de Ajustamento Financeiro na análise do mês de Setembro, de forma a demonstrar a realidade orçamental do exercício de 2014.

Contudo, a análise da execução/desvios da Receita e da Despesa será sempre efectuada tendo como referência os dois critérios (duodecimal e anual).

DESVIOS DA RECEITA

A primeira nota a referir, é que a execução do Orçamento da Receita no mês de Setembro de 2014, registou um baixo grau de execução na ordem dos 17,8% (32,7 milhões de euros arrecadados), menos 151,3 milhões de euros (considerando o critério anual).

Contudo e tendo em conta a metodologia referida para a análise duodecimal, a taxa de execução é de cerca de 94%, menos 2 milhões de euros do que o previsto na arrecadação da receita para o mês de Setembro de 2014.

Por seu lado, a Receita Corrente registou uma execução na ordem dos 69,7%, menos 13,2 milhões de euros (considerando o critério da dotação anual) ou de 95,1%, menos 1,5 milhões de euros (considerando o critério da dotação duodecimal).

Estas taxas de execução orçamental parecem muito aceitáveis e próximas da realidade orçamental para o exercício económico de 2014 do Município de Portimão.

De facto, a arrecadação de Impostos Diretos no mês de Setembro de 2014 registou uma taxa de execução anual na ordem dos 70,2% e uma taxa de execução duodecimal de cerca de 93,6%.

As rubricas de Rendimentos de Propriedade, de Transferências Correntes, de Transferências de Capital, registaram uma taxa de execução anual de, respectivamente, 58,5%, 73,7% e 52,3%, bem como, uma taxa de execução semestral de, 78%, 98,3% e 69,7%.

Por seu lado, e em sentido contrário, estão as rúbricas directamente relacionadas com a arrecadação da receita proveniente dos empréstimos no âmbito do PAEL e Reequilíbrio Financeiro, nomeadamente,

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Passivos Financeiros, (responsável pelo desvio global pois não se verificou qualquer execução), Ativos Financeiros, Outras Receitas de Capital e Reposições não Abatidas nos Pagamentos, com respetivamente, 26,6%, 128,3% e 284,8% de execução anual.

Salienta-se que as receitas derivadas da rubrica de Passivos Financeiros, corresponde, a cerca de 72% do valor das receitas orçamentadas (184 milhões de euros).

As baixas taxas de execução dos Ativos Financeiros tem haver com a transferência por parte da EMARP – Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão, E.M., relativa à redução do Capital Social, medida inscrita no Plano de Ajustamento Financeiro e dependente da operacionalização dos empréstimos anteriormente referidos.

Por último, as taxas de execução da rubrica de Taxas, Multas e Outras Penalidades, está directamente relacionada com a Taxa de Proteção Civil, a qual, só será aplicada no segundo semestre de 2014, conforme definido no respectivo Regulamento.

Un:euros

01 IMPOSTOS DIRECTOS* 29.617.668,00 22.213.251,00 20.791.199,83 70,20% -8.826.468,17 -29,80% -1.422.051,17 -6,40%

02 IMPOSTOS INDIRECTOS 666.300,00 499.725,00 384.449,06 57,70% -281.850,94 -42,30% -115.275,94 -23,07%

04 TAXAS, MULTAS E OUTRAS PENALIDADES** 1.306.900,00 230.175,00 194.121,18 14,85% -1.112.778,82 -85,15% -36.053,82 -15,66% 05 RENDIMENTOS DE PROPRIEDADE 1.783.750,00 1.337.812,50 1.044.029,03 58,53% -739.720,97 -41,47% -293.783,47 -21,96% 06 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 7.934.299,00 5.950.724,25 5.850.681,54 73,74% -2.083.617,46 -26,26% -100.042,71 -1,68% 07 VENDA DE BENS E SERVIÇOS CORRENTES 801.900,00 601.425,00 438.133,41 54,64% -363.766,59 -45,36% -163.291,59 -27,15% 08 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 1.500.300,00 1.125.225,00 1.698.022,22 113,18% 197.722,22 13,18% 572.797,22 50,91%

43.611.117,00 31.958.337,75 30.400.636,27 69,71% -13.210.480,73 -30,29% -1.557.701,48 -4,87%

09 VENDAS DE BENS DE INVESTIMENTO 128.600,00 96.450,00 7.665,54 5,96% -120.934,46 -94,04% -88.784,46 -92,05% 10 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 1.264.396,00 948.297,00 660.757,70 52,26% -603.638,30 -47,74% -287.539,30 -30,32% 11 ACTIVOS FINANCEIROS*** 5.648.351,00 1.761.263,25 1.500.502,81 26,57% -4.147.848,19 -73,43% -260.760,44 -14,81%

12 PASSIVOS FINANCEIROS 133.308.030,00 0,00 0,00 0,00% -133.308.030,00 -100,00% 0,00 0,00%

13 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 83.000,00 62.250,00 106.500,78 128,31% 23.500,78 28,31% 44.250,78 71,09%

15 REPOSIÇÕES NÃO ABATIDAS NOS PAGAMENTOS 25.000,00 18.750,00 71.203,50 284,81% 46.203,50 184,81% 52.453,50 279,75%

140.457.377,00 2.887.010,25 2.346.630,33 1,67% -138.110.746,67 -98,33% -540.379,92 -18,72% 184.068.494,00 34.845.348,00 32.747.266,60 17,79% -151.321.227,40 -82,21% -2.098.081,40 -6,02%

* Na repartição do orçamento da receita, considerou-se para esta rubrica a repartição em duodecimos no entanto o IMI terá um fluxo financeiro acrescido em Maio, Agosto e Dezembro. % FACE AO MÊS

SETEMBRO DESVIO DE EXECUÇÃO

ANALISE DOS DESVIOS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA RECEITA ATÉ AO MÊS DE SETEMBRO 2014

**Na repartição do orçamento da receita, considerou-se para esta rubrica, a repartição mensal deduzida de 1 milhão de euros repartido em duodecimos, referente à Taxa de Proteção Civil, receita RECEITAS CORRENTES

RECEITAS DE CAPITAL

TOTAL RECEITAS DE CAPITAL TOTAL RECEITAS CORRENTES

TOTAL DAS RECEITAS

GRAU DE EXECUÇÃO A 30-09-2014 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL A 30-09-2014 DUODECIMAL ANUAL RECEITAS DOTAÇÃO ORÇAMENTAL VALOR FACE AO ANUAL % FACE AO ANUAL VALOR FACE AO MÊS SETEMBRO

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DESVIOS DA DESPESA

Do ponto de vista da execução orçamental da Despesa, há em primeiro lugar, que apontar a baixa taxa de execução utilizando o critério anual de 17,4%.

Contudo, se utilizarmos a metodologia duodecimal atingimos uma taxa de execução na ordem dos 83,2%, conforme consta no mapa seguinte.

O desvio global negativo da despesa face ao orçamentado para 2014, atingiu no mês de Setembro de 2014 cerca de 82,7% (critério anual) ou de 16,8% (critério duodecimal), conforme consta no quadro seguinte.

Por outro lado, e utilizando a metodologia de análise orçamental da despesa, ponderada do efeito despesas assumidas referentes a anos anteriores e que se enquadram no PAF, as taxas de execução orçamental apresentam valores mais enquadrados com a realidade orçamental prevista para o mês de Setembro de 2014.

Este forte desvio alcançado pelo critério anual e duodecimal, não pode ser desassociado da não operacionalização do Plano de Ajustamento Financeiro (PAEL e Reequilíbrio Financeiro), nomeadamente no que se refere à não contratação dos empréstimos de médio e longo prazos que substituiriam as dívidas de curto prazo, em dívidas de médio e longo prazo, implicando ao nível orçamental, que se registasse uma elevada taxa de concretização/execução, “limpando” os cabimentos e os compromissos relativos a anos anteriores, e que estava previsto para o primeiro semestre de 2014 e que o Tribunal de Contas recusou os respectivos vistos.

De facto, as rubricas de Aquisição de Bens e Serviços, de Juros e Outros Encargos, de Subsídios, de Aquisição de Bens de Capital, de Transferências de Capital, de Ativos Financeiros e de Passivos Financeiros, que, registaram taxas de execução anual de, respetivamente, 10,9%, 32,2%, 6,1%, 6%, 0,3%, 27,9% e 36,8%, estão diretamente influenciadas pela não operacionalização dos empréstimos no âmbito do PAEL e Reequilíbrio Financeiro.

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Un: euros

01 DESPESAS COM O PESSOAL* 16.436.751,00 12.031.313,25 10.755.296,21 65,43% -5.681.454,79 -34,57% -1.276.017,04 -10,61% 02 AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS** 38.923.242,90 6.992.432,18 4.259.281,65 10,94% -34.663.961,25 -89,06% -2.733.150,53 -39,09% 03 JUROS E OUTROS ENCARGOS*** 8.342.318,00 5.356.738,50 2.687.568,03 32,22% -5.654.749,97 -67,78% -2.669.170,47 -49,83% 04 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES**** 6.119.353,10 2.564.514,83 2.020.631,32 33,02% -4.098.721,78 -66,98% -543.883,51 -21,21% 05 SUBSÍDIOS***** 53.793.075,00 2.394.806,25 3.276.806,27 6,09% -50.516.268,73 -93,91% 882.000,02 36,83% 06 OUTRAS DESPESAS CORRENTES 1.217.920,00 913.440,00 1.027.920,25 84,40% -189.999,75 -15,60% 114.480,25 12,53%

124.832.660,00 30.253.245,00 24.027.503,73 19,25% -100.805.156,27 -80,75% -6.225.741,27 -20,58%

07 AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL****** 29.278.953,00 1.859.214,75 1.772.275,84 6,05% -27.506.677,16 -93,95% -86.938,91 -4,68% 08 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL******* 10.005.837,00 1.429.377,75 31.337,00 0,31% -9.974.500,00 -99,69% -1.398.040,75 -97,81% 09 ACTIVOS FINANCEIROS******** 13.794.294,00 2.920.720,50 3.846.022,49 27,88% -9.948.271,51 -72,12% 925.301,99 31,68% 10 PASSIVOS FINANCEIROS********* 6.150.750,00 1.913.062,50 2.260.562,38 36,75% -3.890.187,62 -63,25% 347.499,88 18,16% 11 OUTRAS DESPESAS DE CAPITAL 6.000,00 4.500,00 0,00 0,00% -6.000,00 -100,00% -4.500,00 -100,00%

59.235.834,00 8.126.875,50 7.910.197,71 13,35% -51.325.636,29 -86,65% -216.677,79 -2,67% 184.068.494,00 38.380.120,50 31.937.701,44 17,35% -152.130.792,56 -82,65% -6.442.419,06 -16,79%

Para as restantes rubricas da Despesa, a repartição do orçamento da receita anual foi mensuallizada. DUODECIMAL ANUAL DESPESA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL A 31-09-2014 GRAU DE EXECUÇÃO A 31-09-2014

DOTAÇÃO ORÇAMENTAL DESVIO DE EXECUÇÃO

VALOR FACE AO ANUAL

% FACE AO ANUAL DESPESAS CORRENTES

TOTAL DESPESAS CORRENTES

DESPESAS DE CAPITAL

TOTAL DESPESAS DE CAPITAL TOTAL DAS DESPESAS

ANALISE DOS DESVIOS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA DESPESA ATÉ AO MÊS DE SETEMBRO 2014

VALOR FACE AO MÊS SETEMBRO

% FACE AO MÊS SETEMBRO

****** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 26,8 milhões de euros que se encontram no PAF ******* Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 8,1 milhões de euros que se encontram no PAF ******** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 9,9 milhões de euros que se encontram no PAF ********* Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 3 milhões de euros que se encontram no PAF * Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 395 mil euros que se encontram no PAF ** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 29,6 milhões de euros que se encontram no PAF *** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 1,2 milhões de euros que se encontram no PAF **** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 2,7 milhões de euros que se encontram no PAF ***** Na repartição do orçamento da despesa, considerou-se para esta rubrica, uma mensualização da despesa prevista (9/12), deduzida de 50,6 milhões de euros que se encontram no PAF

(16)

DO PONTO DE VISTA DA CONTABILIDADE PATRIMONIAL

A análise do Balanço sintético dos primeiros nove meses de 2014, comparativamente ao mesmo período de 2013, há a realçar as seguintes tendências:

O Ativo Líquido Total cresceu cerca de 6,1 milhões de euros, motivado essencialmente pelo crescimento de cerca de 5,1 milhões de euros do “Imobilizado Líquido” e pelo crescimento de 3 milhões de euros relativos à rubrica de “Acréscimo e Diferimentos”, apesar do decréscimo de cerca de 2,3 milhões de euros da rubrica de “Dívidas de Terceiros Médio Longo Prazo e de Curto Prazo”.

Ao nível dos Fundos Próprios, verificou-se um crescimento global em cerca de 5,1 milhões de euros. Este crescimento espelha principalmente o crescimento registado nas rubricas de “Reservas” na ordem dos 11,8 milhões de euros.

O Total do Passivo regista um crescimento de cerca de 1 milhão de euros, face ao mesmo período de 2013, motivado essencialmente pelo crescimento da rubrica de “Acréscimos de Custos”, em cerca de 3,4 milhões de euros. Importa referir que nesta rubrica são contabilizados / especializados os juros de mora e compromissos do período ainda não faturados.

Un: euros

30/09/2013 30/09/2014 30/09/2013

Activo Activo

Bruto Líquido

IMOBILIZADO 422 310 131 131 127 097 291 183 034 286 016 104 FUNDOS PRÓPRIOS

Bens do domínio público 142 930 489 93 382 035 49 548 454 52 273 119 PATRIMÓNIO 217 546 656 217 914 244 AJUSTAMENTOS DE PARTES DE

CAPITAL 486 365 486 365

RESERVAS 85 856 530 74 015 998

Imobilizações Corpóreas 233 279 713 35 083 403 198 196 310 190 246 870 RESULTADOS TRANSITADOS -164 474 549 -156 735 959

Investimentos financeiros 42 860 349 0 42 860 349 42 775 319 RESULTADOS LÍQUIDOS DO EXERCÍCIO -7 133 896 -8 501 878 EXISTÊNCIAS 178 108 0 178 108 186 666 TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS 132 281 105 127 178 771

DÍVIDAS DE TERCEIROS – M / LONGO PRAZOS: 554 305 0 554 305 622 590 PASSIVO

DÍVIDAS DE TERCEIROS – CURTO PRAZO 16 370 732 2 586 961 13 783 771 16 062 078DÍVIDAS A TERCEIROS – M / LONGO

PRAZOS 9 484 441 11 745 820 DEPÓSITOS EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E

CAIXA 1 444 450 0 1 444 450 1 224 048 DÍVIDAS A TERCEIROS – CURTO PRAZO 148 801 459 148 939 831 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 22 231 488 0 22 231 488 19 153 916 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 38 808 151 35 400 980

Acréscimos de proveitos 22 187 051 0 22 187 051 18 939 853 Acréscimos de custos 18 153 384 13 143 819

Custos diferidos 44 437 0 44 437 214 064 Proveitos diferidos 20 654 767 22 257 161

TOTAL DE AMORTIZAÇÕES 131 127 097

TOTAL DE PROVISÕES 2 586 961 TOTAL DO PASSIVO 197 094 051 196 086 631

TOTAL DO ACTIVO 463 089 215 133 714 059 329 375 156 323 265 402TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRIOS E DO

PASSIVO 329 375 156 323 265 402

BALANÇO SINTÉTICO RELATIVO A 31 DE SETEMBRO DE 2014

30/09/2014 ACTIVO Amortizações /

Provisões FUNDOS PRÓPRIOS + PASSIVO

Imobilizações Incorpóreas 3 239 581 2 661 660 577 921 720 796 Activo Líquido

(17)

A análise à Demonstração de Resultados relativa ao período em análise, e comparativamente ao mesmo período do ano anterior, há a destacar os seguintes comentários:

Melhoria dos Resultados Líquidos do Exercício, registada uma redução dos resultados negativos em cerca de 1,3 milhões de euros.

Comportamento favorável e positivo dos Resultados Operacionais, registada uma melhoria na ordem dos 3,1 milhões de euros.

Aumento dos proveitos em 10,2% (2.270.371€), face ao mesmo período de 2013.

Decréscimo dos “Custos Operacionais” em cerca de 3,6% (917.819€).

Aumento dos “Custos com Pessoal”, motivado pela reposição dos cortes salariais considerados inconstitucionais.

Os “Custos e Perdas Financeiros” registaram um ligeiro decrescimo face ao ano transato na ordem dos 7% (337.309€), bem como, o registo do decréscimo de 2,2% nos “Proveitos e Ganhos Financeiros”, contribuindo assim para uma ligeira melhoria dos Resultados Financeiros, no entanto manteve-se em terreno negativo com um valor de – 3.066.580€.

(18)

resultando um saldo negativo de 7,1 milhões de euros, no ano anterior o saldo ficou-se em 8,5 milhões de euros negativos.

Un: euros

Código Contas 30/09/2014 30/09/2013 Código Contas 30/09/2014 30/09/2013

CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS

61 Custo mercadorias vendidas e das matérias consumidas: 268 665 227 760 71 Vendas e prestações de serviços: 471 176 519 376

62 Fornecimentos e serviços externos: 4 080 801 4 483 020 72 Impostos e taxas 17 273 771 14 279 723 64 Custos com o pess oal: 11 601 271 10 724 205 75 Trabalhos para a própri a entidade 0 0

63 Transferências e subsídios correntes concedidos e prestações s ociais 2 502 743 3 910 244 73 Proveitos suplementares 53 128 27 425

66 Amortizações do exercício 5 348 418 5 325 906 74 Transferências e subsídios obti dos 6 607 816 7 299 915

67 Provisões do exercício 476 537 489 779 76 Outros proveitos e ganhos operacionai s 36 781 45 863 65 Outros cus tos operacionais 58 642 93 982

(A) 24 337 077 25 254 896 (B) 24 442 672 22 172 301

68 Custos e perdas financeiros 4 505 649 4 842 958 78 Proveitos e ganhos financeiros 1 439 069 1 470 941

(C) 28 842 726 30 097 854 (D) 25 881 741 23 643 242

69 Custos e perdas extraordinários 5 535 094 2 998 263 79 Proveitos e ganhos extraordinários 1 362 183 950 998

(E) 34 377 820 33 096 117

88 Res ultado l íquido do exercício -7 133 896 -8 501 878

(X) 27 243 924 24 594 239 (F) 27 243 924 24 594 239

105 595 -3 082 595 -3 066 580 -3 372 017 -2 960 984 -6 454 612

-7 133 896 -8 501 878

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS SINTÉTICA A 30 DE SETEMBRO DE 2014

Resultado Líquido do Exercício: (F – E) Resumo:

Resultados Operacionais: (B – A) Resultados Financeiros: (D – B) – (C - A) Resultados Correntes: (D – C)

(19)

CÁLCULO DAS CAPACIDADES DE ENDIVIDAMENTO

De acordo com a metodologia definida no Regime Financeiro das Autarquias Locais e na Lei do Orçamento do Estado para 2014, o limite de endividamento total do município de Portimão para o ano de 2014 é de 56.574.150€, conforme espelhado no quadro seguintes:

(€)

Observações

ANO 2011 ANO 2012 ANO 2013 TOTAL DAS RECEITAS CORRENTES LIQUIDAS (ULTIMOS 3 ANOS) MÉDIA DAS RECEITAS CORRENTES LIQUIDAS (ULTIMOS 3 ANOS)

TOTAL DE RECEITAS A CONSIDERAR PARA EFEITOS DE CÁLCULO DOS LIM ITES DE ENDIVIDAM ENTO

NOTA: O MUNICÍPIO AINDA AGUARDA ORIENTAÇÕES DA DGAL SOBRE A METODOLOGIA DE CÁLCULO

56.574.149,69 (B) = 150% × (A)

LIM ITE AO ENDIVIDAM ENTO LÍQUIDO DE ACORDO COM O DISPOSTO NA LEI DAS FINANÇAS LOCAIS N.º 1 DO ARTIGO 52.º DA LEI N.º 73/2013 -

-LIMITES DE ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL 2014

- - 37.716.099,79 A

RECEITAS MUNICIPAIS CORRENTES LIQUIDAS COBRADAS

38.803.324,82 34.995.816,11 39.349.158,44 113.148.299,37 37.716.099,79

Desta feita, e de acordo com a metodologia de cálculo do endividamento líquido municipal, no mês de Setembro de 2014, o Município de Portimão excedeu o limite de capacidade de endividamento total em cerca de 91.201.267€, conforme descrito nos mapas seguintes.

(€) Saldo devedor Saldo cre dor

2 TERCEIROS 147.775.417,11

21 Clie nte s , Contribuinte s e Ute nte s 297.078,42

219 Adiantamentos de Clientes, Contribuintes e Utentes 297.078,42

22 Fornece dore s 100.314.231,76

221 Fornecedores, c/c 98.666.396,69

222 a 227 (...)

228 Fornecedores - Facturas em recepção e conf erência 1.647.835,07

23 Em prés tim os obtidos 20.025.572,28

23111 Empréstimos bancários de curto prazo 3.000.000,00

23121 Empréstimos bancários de médio e longo prazo 14.494.177,28

23123 Outros empréstimos obtidos de médio e longo prazo - Estado 2.531.395,00

25 De vedore s e cre dore s pe la exe cução do orçam e nto 623.271,08

251 Devedores pela execução do orçamento

252 Credores pela execução do orçamento 623.271,08

26 Outros de vedore s e credore s 26.515.263,57

261 Fornecedores de imobilizado 25.883.594,44

2611 Fornecedores de imobilizado, c/c 5.261.047,83

2612 a 2617 (...) 20.550.003,13

2618 Facturas em recepção e conf erência 72.543,48

262 Pessoal 61,44

263 Sindicatos 1.890,18

264 Administração autárquica 631.669,13

CONTAS

(20)

Por último, e tendo em conta que o Município de Portimão procedeu à cobertura de resultados Antes Impostos Negativos (reequilíbrio do SEL), da empresa do sector empresarial local detidas a 100% pelo Município de Portimão, nomeadamente, de 3.836.469€ até finais de Maio de 2014 à Portimão Urbis SGRU – Sociedade de Gestão e Reabilitação Urbana, S.A., não há necessidade de proceder à consolidação do endividamento total entre o Município de Portimão e as empresas do SEL.

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO

De acordo com a fórmula de cálculo do prazo médio de pagamentos (PMP) efectuada pela DGAL – Direcção Geral das Autarquias Locais, o Prazo Médio de Pagamento (PMP) do Município de Portimão, no primeiro semestre de 2014, última informação disponível por parte da DGAL, ascendeu a 1974 dias, mais 1173 dias que no 1º trimestre de 2013, este indicador agravou-se face à última avaliação (31/03/2014). Invocando mais uma vez o Anuário e em termos comparativos com o final do ano de 2013 a média do universo dos Municípios em estudo apresentou um Prazo Médio de Pagamentos de 123 dias, neste mesmo período o Município de Portimão detinha como índice 1054 dias, conforme consta no quadro seguinte.

Excesso 91.201.267,43 ENDIVIDAMENTO LÍQUIDO

Margem

NOTA: O MUNICÍPIO AINDA AGUARDA ORIENTAÇÕES DA DGAL SOBRE A METODOLOGIA DE CÁLCULO

SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PORTIMÃO EM SETEMBRO DE 2014 FACE AO LIMITES

Data

30/06/2011 31/12/2011 31/12/2011 31/12/2012 31/03/2013 31/12/2012 31/03/2013 30/06/2013 30/09/2013 30/09/2013 31/12/2013 31/03/2014 30/06/2014

PMP (dias)

733

908

908

1 970

1 140

1 970

1 140

801

780

780

1 054

1 055

1 974

Fonte:DGAL - Direcção-Geral das Autarquias Locais

EVOLUÇÃO DO PMP (em dias) CÁLCULADO PELOS CRITÉRIOS DGAL

0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 0 1 /0 6 /1 1 0 1 /0 8 /1 1 0 1 /1 0 /1 1 0 1 /1 2 /1 1 0 1 /0 2 /1 2 0 1 /0 4 /1 2 0 1 /0 6 /1 2 0 1 /0 8 /1 2 0 1 /1 0 /1 2 0 1 /1 2 /1 2 0 1 /0 2 /1 3 0 1 /0 4 /1 3 0 1 /0 6 /1 3 0 1 /0 8 /1 3 0 1 /1 0 /1 3 0 1 /1 2 /1 3 0 1 /0 2 /1 4 0 1 /0 4 /1 4 0 1 /0 6 /1 4

PMP (dias)

PMP (dias)

(21)

Contudo, não deixa de ser importante referir que o cálculo do PMP – Prazo Médio de Pagamento está negativamente influenciado pela titularização de faturas em operações financeiras, nomeadamente, “factoring” que, por dificuldades de tesouraria do município de Portimão, têm vindo a serem prorrogadas com o acordo das instituições financeiras.

A expetativa do Município de Portimão de reconverter, a muito curto prazo, as dívidas de longo prazo em empréstimos de médio e longo prazos, materializada na candidatura ao FAM – Fundo de Apoio Municipal, fará naturalmente com que o PMP – Prazo Médio de Pagamento decresça significativamente atingindo seguramente os níveis de Junho de 2008.

PAGAMENTOS EM ATRASO

De acordo com o disposto na legislação em vigor, nomeadamente, a Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso e no Orçamento do Estado para o ano de 2014, o Município de Portimão não pode ter Pagamentos em Atraso num mês, superiores ao do mês anterior. Na verdade, o Município está obrigado a reportar mensalmente à DGAL – Direção-Geral das Autarquias Locais o resultado dos Pagamentos em Atraso. A evolução do cálculo dos pagamentos em atraso tem sido gradualmente positiva, tendo vindo a registar-se um decréscimo sustentado, conforme quadro seguinte:

Por outro lado, e conforme disposto no Orçamento do Estado para 2014, o Município de Portimão está obrigado, durante o primeiro semestre de 2014, ao limite máximo de pagamentos em atraso de 91.349.904€.

Na verdade, os pagamentos em atraso nos primeiros nove meses de 2014, atingiram os 88.790.236€, tendo sido alcançada a meta definida, conforme consta no quadro seguinte:

DATA

31-12-2013

31-01-2014

28-02-2014

31-03-2014

30-04-2014

MONTANTE PA

96.081.174,00 €

96.030.965,00 €

95.997.341,00 €

95.993.220,00 €

95.906.237,00 €

DATA

31-05-2014

30-06-2014

31-07-2014

31-08-2014

30-09-2014

MONTANTE PA

95.897.265,51 €

91.148.653,03 €

91.102.975,64 €

89.100.685,15 €

88.790.236,44 €

Fonte:DGAL - Direcção-Geral das Autarquias Locais

(22)

FUNDOS DISPONÍVEIS

Este indicador demonstra a capacidade de o Município de Portimão proceder a novos compromissos (processo de despesa).

O cálculo do F.D., em 2014, registou uma evolução negativa até Maio de 2014, conforme consta no quadro seguinte.

A partir de Maio, verificou-se uma inversão do comportamento do indicador, no qual não será alheio o esforço de pagamentos efetuados pelo Município, atingindo em Setembro os 114,8 milhões de euros negativos,

A inversão completa para Fundos Disponíveis positivos, só será possível com uma solução de reconversão dos compromissos de curto prazo em compromissos de médio e longo prazo.

Tendo em conta a forte pressão dos compromissos de anos anteriores para o cálculo dos Fundos Disponíveis mensais, parece-nos que esta inversão só terá efeitos práticos com a operacionalização do Fundo de Apoio Municipal.

Un. Euros 96 157 793,00 € Informação Reportada à DGAL 4 807 890,00 € 91 349 904,00 € 88 790 236,44 € Informação Reportada à DGAL

MONTANTE DE PAGAMENTOS EM ATRASO CALCULADO PARA SETEMBRO DE 2014 DISPOSIÇÃO PREVISTA NO ARTº 94º DO OE - (BASE MÊS DE SETEMBRO DE 2013) REDUÇÃO DOS PAGAMENTOS EM ATRASO EM JUNHO DE 2014, PREVISTA NO ORÇAMENTO DO ESTADO (redução de 5%)

VALOR MAXIMO A CONSTAR NOS PAGAMENTOS EM ATRASO EM 1º SEMESTRE DE 2014

CÁLCULO DO VALOR MÁXIMO DE PAGAMENTOS EM ATRASO EM SETEMBRO DE 2014

DATA

31-12-2013

31-01-2014

28-02-2014

31-03-2014

30-04-2014

MONTANTE PA

-

130.310.596,00 €

-

117.160.258,00 €

-

119.467.345,00 €

-

122.719.182,00 €

-

145.819.978,58 €

DATA

31-05-2014

30-06-2014

31-07-2014

31-08-2014

30-09-2014

MONTANTE PA

-

146.456.412,68 €

-

141.588.500,99 €

-

105.488.184,44 €

-

98.504.744,46 €

-

114.847.434,59 €

Fonte:DGAL - Direcção-Geral das Autarquias Locais

(23)

Conclusão

O ano de 2014 será caracterizado pela continuação do processo de ajustamento da economia portuguesa, enquadrado pelo Programa de Assistência Económica e Financeira. Por seu lado o orçamento da receita e da despesa do Município, está em linha com o Plano de Ajustamento Financeiro aprovado pela Assembleia Municipal de Portimão, verificando-se ainda os seguintes desequilíbrios estruturantes:

Fraca execução orçamental da Receita, na ordem dos 17,8% (32.747.267€), face ao

orçamentado (184.068.494€), motivada pela perspetiva frustrada da

operacionalização dos empréstimos PAEL e Reequilíbrio Financeiro;

Fraca execução orçamental da Despesa, na ordem dos 17,4% (31.937.701€), face ao

orçamentado, motivado pela divida acumulada e pela não operacionalidade dos empréstimos PAEL e Reequilíbrio Financeiro;

Elevado nível de compromissos assumidos e não pagos que em Setembro de 2014

atingiram os 149.454.363€.

Inexistência de Fundos Disponíveis que em Setembro de 2014 atingiram

114.847.434€ negativos.

Elevado índice de pagamentos em atraso que em Setembro de 2014 atingiram os

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