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Disciplina. Geografia. Geografia Física do Brasil

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Super Tópicos Vestibulares 1

Disciplina

Geografia

Geografia Física do Brasil

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Super Tópicos Vestibulares 2

Resumo

Relevo Brasileiro

O relevo brasileiro formou-se a partir de estruturas geológicas compostas, principalmente, por formações sedimentares (64% do território) recentes e estruturas vulcânicas e cristalinas de idade muito antiga (36% do território). Seu processo de formação e transformação foi muito influenciado pelos fatores exógenos, ou seja, pelos agentes formadores e modeladores do relevo que atuam na superfície do planeta Terra. O relevo brasileiro caracteriza-se pelo predomínio de áreas de médias e baixas altitudes, já que no Brasil não houve a formação de dobramentos modernos (pelo fato do território brasileiro se localizar sobre a placa tectônica sul-americana e apresentar uma estrutura rochosa antiga e estável, livre de

tremores de alta intensidade) e os escudos cristalinos mais elevados foram desgastados pelos agentes modeladores do relevo.

A estrutura geológica refere-se aos tipos de rochas que compõem uma determinada área, sua distribuição, idade e o processo geológico que as formou, enquanto o relevo refere-se à forma da superfície da terrestre. Neste sentido, a estrutura geológica indica a origem, a composição e a formação do terreno ao longo do tempo geológico, estrutura esta que assume uma determinada forma do relevo; por exemplo, as bacias sedimentares (estrutura) podem ser uma planície (forma do relevo), como é o caso da Planície do Pantanal.

Classificações do relevo brasileiro

Mapa do relevo brasileiro segundo a classificação de Jurandyr Ross Devido à grande diversidade de formas e estruturas de

relevo, o mesmo foi classificado pelos pesquisadores de diferentes formas, cada qual levando em consideração critérios distintos.

A primeira classificação do relevo brasileiro foi proposta por Aroldo de Azevedo, em 1949, e tinha por critério a altitude, isto é, o nível altimétrico das estruturas.

A classificação identificou 4 planaltos – Planalto das Guianas, Planalto Central, Planalto Atlântico e Planalto

Meridional – e 3 planícies – Planície Amazônica, Planície do Pantanal e Planície Costeira.

A segunda classificação foi de Aziz Ab’Saber, proposta em 1962. Adotou-se um critério baseado em processos geomorfológicos – erosão e intemperismo. O relevo seria então formado por planícies, estas relacionadas à sedimentação, e por planaltos, estes relacionados à erosão. Em relação à classificação de Aroldo de Azevedo, Ab’Saber dividiu o Planalto Atlântico em Planalto Nordestino e serras e Planaltos do Leste e Sudeste, além

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Super Tópicos Vestibulares 3

de acrescentar os Planalto do Maranhão-Piauí e Uruguaio- Sul-Rio-Grandense.

Atualmente, a classificação do relevo mais aceita na Geografia é a proposta por Jurandyr Ross, que se baseou nos estudos geomorfológicos do Brasil realizados até aquele momento (1995), principalmente nas obras de Aziz Nacib Ab'Saber e no projeto RadamBrasil, que realizou um levantamento e mapeamento sistemático dos recursos naturais brasileiros com o auxílio de imagens aéreas. Essa classificação utilizou como critérios o processo de formação das formas de relevo, o nível altimétrico e a estrutura geológica do terreno. De acordo com essa classificação, o relevo brasileiro pode ser dividido em 28 unidades, sendo elas áreas de:

Planaltos: Áreas de médias a altas altitudes, com superfícies irregulares e predomínio de processos de erosão. De acordo com essa classificação, as áreas de planalto no Brasil constituem onze unidades do relevo:

Planalto da Amazônia Oriental, Planalto da Amazônia Ocidental, Planalto e Chapadas da Bacia do Parnaíba, Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos Residuais Norte-amazônicos, Planaltos Residuais Sul- amazônicos, Planaltos e Chapadas dos Parecis, Planalto da Borborema, Planalto sul-rio- grandense, Planalto e Serras do Atlântico Leste, Planaltos e Serras de Goiás-Minas, Serras Residuais do Alto Paraguai.

Planícies: Superfícies, geralmente planas e de baixa altitude, formadas a partir do acúmulo de sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. Segundo essa classificação, o país possui seis áreas de planície:

Planície do Rio Amazonas, Planície do Rio Araguaia, Planície e Pantanal do Rio Guaporé, Planície e Pantanal do Rio Paraguai ou Mato-grossense, Planície das Lagoas dos Patos- Mirim, Planícies e Tabuleiros Litorâneos.

Depressões: Áreas formadas a partir de processos erosivos nas áreas de contato entre as bacias sedimentares (material menos resistente) e os maciços cristalinos (material mais resistentes). Nessa classificação, o Brasil possui onze unidades de depressões: Depressões Marginal Norte-amazônica, Depressão Marginal Sul-amazônica, Depressão do Araguaia, Depressão Cuiabana, Depressão do Alto do Paraguai-Guaporé, Depressão do Miranda, Depressão Sertaneja e do Rio São Francisco, Depressão do Tocantins, Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná e Depressão Periférica Sul-rio- grandense.

Outras formas do relevo brasileiro

Escarpa: forma de relevo localizada nas bordas dos planaltos que apresenta declive acentuado. Existem dois tipos, a escarpa de falha, originada a partir de movimento tectônico, e a escarpa de erosão, originada pela ação dos agentes externos. Exemplo: Escarpada Serra do Mar (SP).

Cuesta: forma de relevo com declividade suave de um lado e declividade abrupta em outro, originada pela ação dos agentes externos sobre rochas que apresentam diferentes resistências. Exemplos: Cuesta de Botucatu (SP).

Chapada: relevo de altitude considerável, em formato tabular e encostas escarpadas, encontradas no Nordeste e Centro-Oeste. Exemplo: Chapada Diamantina (BA).

Morro ou monte: forma do relevo que corresponde a uma elevação no terreno de topo arredondado.

Exemplo: Monte Pascoal (BA).

Montanha: relevo protuberante, com o cume definido.

Na maioria das vezes tem a origem associada ao choque entre placas tectônicas, contudo, pode ter também como origem o vulcanismo. A um conjunto de montanhas dá-se o nome de cordilheira. Exemplo: Pico da neblina (AM).

Inselberg: forma do relevo que é uma protuberância encontrada em áreas que apresentam o clima árido ou clima semi-árido e que foi formada pela maior resistência à erosão do que a área no seu entorno.

Exemplo: Inselberg de Itaberaba (BA).

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Super Tópicos Vestibulares 4 Perfis do relevo brasileiro

Três grandes recortes no relevo brasileiro originam perfis que permitem uma melhor visualização das formas do relevo encontradas. São eles os perfis: da região Norte, da região Nordeste e do Centro-oeste/Sudeste.

O perfil Norte possui aproximadamente 2 mil quilômetros e inicia-se nas serras de Roraima, estendendo-se até o estado de Mato Grosso. O ponto central deste perfil é o Rio Amazonas e as planícies no seu entorno, tanto à esquerda quanto à direita, que são seguidas por um planalto (Planalto da Amazônia central), depressões (Depressão Marginal Norte-Amazônica à esquerda e a Depressão Marginal Sul-Amazônica à direita) e mais planaltos (Planaltos Residuais Norte-Amazônicos à esquerda e Planaltos Residuais Sul-Amazônicos à direita).

O perfil Nordeste possui aproximadamente 1,2 mil quilômetros, estendendo-se do Maranhão à Pernambuco.

Ele conta com o rio Parnaíba, com Planaltos e chapadas da bacia do rio Parnaíba, com a Escarpa do Ibiapaba, com a Depressão Sertaneja, com o Planalto da Borborema, com os Tabuleiros litorâneos e, por fim, com o Oceano Atlântico.

O perfil Centro-Oeste/Sudeste apresenta aproximadamente 1,5 mil quilômetros de extensão, iniciado no Mato Grosso do Sul e estendendo-se até o litoral de São Paulo. Esse perfil conta com a planície do Pantanal, com os planaltos e as chapadas da bacia do Paraná, com o rio Paraná, com a depressão da bacia do Paraná, com planaltos e serras do leste-sudeste e, por fim, com o oceano Atlântico.

Vegetação brasileira

Vamos estudar os principais biomas brasileiros e o uso de cada um deles, demonstrando o impacto e a utilidade, além das principais características naturais de cada um.

• Floresta Amazônica

Possuindo clima equatorial, é classificada como uma formação florestal latifoliada ocupando também outros países da América do Sul. Possui alta heterogeneidade, ou seja, variedade de espécies e no geral tem folhas largas e árvores de grandes alturas.

Vegetação perene, pois as árvores não perdem folhas em um determinado período do ano. Sua vegetação pode ser dividida em três extratos:

o Igapós, áreas permanentemente alagadas ao longo dos rios que porta plantas de pequeno porte.

o Várzeas, áreas de inundação periódica com vegetação de porte médio, indo até 20 metros de altura

o Terra firme, área que ocorre a vegetação de grande porte, chegando a mais de 60 metros de altura.

Os principais impactos são: Queimadas para a retirada de madeira, contaminação de rios com o mercúrio (mineração), alagamentos para a construção de hidroelétricas e o desmatamento associado ao avanço do agronegócio, principalmente, pecuária e soja.

• Caatinga

A vegetação deste domínio é xerófila, adaptadas ao clima semiárido, armazenando água nas estações secas para se manter. Como exemplo podemos citar cactáceas e arbustos caducifólios e espinhosos. No verão, com a ocorrência de chuvas, brotam folhas e flores e no inverno fica seco. É o único bioma que está só e totalmente no território brasileiro, ocupando 10%

do país. Apesar de ser do semiárido, a caatinga possui riqueza de fauna e flora. Nos períodos de estiagem, perde suas folhas.

O principal impacto associado a essa vegetação é o processo de desertificação, devido à agricultura e à pecuária manejadas de forma inadequada.

• Mata atlântica

A mata atlântica ou Floresta Latifoliada tropical ocupa 13% do território brasileiro, sendo a terceira maior, depois do cerrado e da floresta amazônica. Fazendo parte do domínio morfoclimático dos mares de morros.

É presente no litoral do país, desde o estado do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Foi um dos domínios mais degradados pelo homem desde o período colonial. Assim, possui muitas espécies endêmicas, ou seja, espécies que só são encontradas e adaptadas a este domínio.

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Super Tópicos Vestibulares 5

O principal impacto está associado a exploração pelo homem (colonização e urbanização) o que levou à existência de apenas 7% da vegetação original.

• Cerrado

A “savana brasileira” é caracterizada por ser caducifólia, adaptada às duas estações bem definidas, além de ser em sua maioria arbustiva, possui raízes profundas e cascas grossas que dificultam a perda de água, visto que não é um recurso tão abundante na região. Com clima tropical típico, ou seja, estações bem definidas, a vegetação reflete que passa períodos com umidade muito baixa na maior parte do ano, assim as árvores são esparsas, não muito altas e com o tronco torcido. Existe também o cerradão onde a formação vegetal se dá de forma mais densa. O solo é pobre em nutrientes e muito ácido. É uma vegetação profundamente relacionada às queimadas e ao fogo.

O principal impacto está associado ao avanço da fronteira agropecuária. Hoje, 40% da vegetação original não existe mais, devido às a expansão do cultivo de soja e áreas de pastagem.

• Araucárias e Pradarias

Esse tipo de vegetação pertence a dois domínios que se localizam na região sul do Brasil, o primeiro mais ao norte da região e o segundo no extremo sul. A Floresta de Araucárias é uma floresta de pinheiros, em que a vegetação é adaptada às condições climáticas de temperaturas que variam entre moderadas a baixas no inverno, além de contar com solos férteis. Já os Pampas ou Pradarias apresentam uma vegetação rasteira, em que há o predomínio de gramíneas e herbáceas.

Ocupando 2% do território na região sul, ambas foram impactadas pela retirada de madeira oriunda de árvores, como o pinheiro-do-paraná, para a construção de moradias. Nas pradarias observa-se a ocorrência de arenização, devido à compactação do solo pelo gado, e à perda de fertilidade, devido às práticas agrícolas extensivas.

• Pantanal

Ocupando cerca de 2% do território brasileiro, o complexo do pantanal se localiza na região centro- oeste se estendendo também por Paraguai e Argentina. É considerado a maior planície inundável do mundo. Nas épocas de chuvas que são muito frequentes, há o extravasamento dos leitos dos rios, o que regula a dinâmica da fauna e quando os níveis do rio baixam, os solos ficam muito ricos em nutrientes. É uma zona de transição entre a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e o Cerrado.

Possui grande biodiversidade que vem sendo ameaçada cada vez mais pelo desgaste causado pelo

cultivo agropecuário contaminando o lençol freático e aquíferos da região com agrotóxico.

As massas de ar e o clima brasileiro

O Brasil sofre influência das massas de ar tanto continentais, quanto oceânicas, já que possui um extenso litoral de mais de 7 mil quilômetros. As massas de ar que influenciam o clima brasileiro são

mEc - Massa equatorial continental

Essa massa se origina na região do equador, no continente. A massa de ar equatorial acontece pela presença da Amazônia, que transporta umidade para outras regiões por meio de um enorme sistema de fluxo de água. As árvores da floresta amazônica podem ter raízes e troncos de muitos metros, possibilitando uma intensa troca atmosférica. A evapotranspiração da floresta é muito intensa a ponto de formar os ditos rios voadores que transportam umidade com as massas de ar para outras regiões não só do Brasil. É considerada uma massa de ar quente pela sua origem e atua fortemente no norte, centro-oeste e influencia o sudeste durante o verão. No inverno, com a redução da evaporação da água, essa massa de ar se manifesta em menor área.

mEa - Massa equatorial atlântica

Essa massa de ar se origina na região do equador e é oceânica. Tem origem do equador e é uma massa oceânica, trazendo as características do seu local de origem. Ela colabora para formação dos ventos alísios de nordeste. Os ventos alísios são constantes e úmidos e ocorrem em zonas subtropicais e tendem a gerar chuvas. Para a precipitação, dependem de baixa pressão atmosférica para ocorrerem. Isso quer dizer que se a pressão é baixa é porque as massas de ar podem subir, condensando e formando nuvens e chuva. O ar quente é menos denso que o ar frio, tendendo a subir enquanto o frio tende a descer. A movimentação das massas de ar ocorrem pela diferença de pressão atmosférica.

mTc - Massa tropical continental

Essa massa se origina na região dos trópicos, abaixo do equador, e é continental. Essa massa continental se origina nas regiões entre Bolívia, Paraguai e Argentina e é seca e quente. Sua atuação se dá no centro-oeste podendo atingir parte do sul e sudeste. No inverno, essa massa de ar pode servir de barreira a massas de ar mais frias.

mTa - Massa tropical atlântica

Essa massa se origina na região dos trópicos e é oceânica. Ela atua em todo litoral brasileiro, quente e úmida e se origina no atlântico sul, formando os ventos alísios de sudeste. É responsável pelas chuvas frontais no nordeste durante o inverno e chuvas orográficas nas serras com elevada altitude como no sudeste.

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Super Tópicos Vestibulares 6

mPa - Massa polar atlântica

Essa massa sai do polo sul, se origina no sul da argentina e é fria e úmida. É responsável pela neve no sul no país. A interação dela com a mTa formam chuvas no nordeste. Essa massa pode causar também quedas de temperatura na Amazônia.

O Brasil apresenta uma grande extensão territorial, sendo atravessado, ao norte, pela Linha do Equador e, ao sul, pelo Trópico de Capricórnio. Por isso, encontram-se diferentes climas no país.

Clima Equatorial

Esse clima está presente nas regiões próximas à Linha do Equador e é caracterizado por ser bastante úmido e apresentar uma pequena variação da temperatura ao longo do ano, que fica em torno de 26°C. No climograma, as barras verticais, que expressam a pluviosidade ao longo do ano, são bastante elevadas, com exceção dos meses de julho, agosto e setembro, período em que o índice de precipitação fica em torno de 100mm. Um exemplo de região que apresenta esse clima é a cidade de Manaus, no estado do Amazonas.

Clima Tropical

Esse tipo de clima está presente na maior parte do território brasileiro, estendendo-se pela parte central do país. É caracterizado por apresentar o inverno e o verão bem definidos por seus índices pluviométricos (baixo e elevado, respectivamente). No climograma, o clima tropical é apresentado com barras elevadas nos meses de inverno e barras baixas nos meses de verão. Quando à temperatura, não sofre grandes variações, ficando em torno de 18°C a 28°C. Um exemplo desse clima é a cidade de Goiânia, no estado de Goiás.

Clima Tropical Semiárido

Esse clima apresenta como características mais marcantes o baixo índice pluviométrico e as elevadas temperaturas. Um exemplo de região que apresenta esse clima é o estado de Pernambuco.

Clima Tropical de Altitude

Esse clima é caracterizado por apresentar os índices pluviométricos mais elevados que a temperatura. É o clima presente nas regiões acima de 800 metros. Os verões são tipicamente quentes e chuvosos e os invernos são frios e secos. Um exemplo de região que apresenta esse tipo de clima é a cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais.

Clima Tropical Atlântico ou Tropical Úmido

Esse tipo de clima abrange quase todo o litoral brasileiro e apresenta grande influência do Oceano Atlântico, que traz bastante umidade e, consequentemente, bastante chuva. Quanto à sua temperatura, é muito elevada no verão (40°C) e amena no inverno (20°C). Um exemplo de região que apresenta esse clima é a cidade do Rio de Janeiro.

Clima Subtropical

Esse tipo de clima está presente nas regiões ao sul do Trópico de Capricórnio. A quantidade de chuvas não varia muito ao longo do ano, mas as temperaturas sofrem grandes variações: o inverno é frio e o verão é quente. Um exemplo de região que apresenta esse tipo de clima é a cidade de Curitiba, no estado do Paraná.

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Super Tópicos Vestibulares 7

Exercícios

(ENEM 2017) A destruição, o transporte e a deposição de pequenos fragmentos rochosos dependem da direção e intensidade com que este agente atua na superfície terrestre, sobretudo em regiões áridas e semiáridas, com pouca presença de vegetação. É nesse ambiente que se verifica o constante trabalho de formação, destruição e reconstrução de elevações de areia que recebem o nome de dunas.

LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia geral. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1995 (adaptado).

A modelagem do relevo apresentado relaciona-se ao processo de erosão decorrente da ação

a) glacial.

b) fluvial.

c) eólica.

d) pluvial.

e) marinha.

(ENEM 2017) Ao destruir uma paisagem de árvores de troncos retorcidos, folhas e arbustos ásperos sobre os solos ácidos, não raro laterizados ou tomados pelas formas bizarras dos cupinzeiros, essa modernização lineariza e aparentemente não permite que se questione a pretensão modernista de que a forma deve seguir a função.

HAESBAERT,R. “Gaúchos” e baianos no “novo” Nordeste: entre a globalização econômica e a reinvenção das identidades territoriais.

In: CASTRO, I.E; GOMES,P.C.; CORRÊA,R.L.(Org.). Brasil:questões atuais da reorganização do território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.

O processo descrito ocorre em uma área biogeográfica com predomínio de vegetação a) tropófila e clima tropical.

b) xerófila e clima semiárido.

c) hidrófila e clima equatorial.

d) aciculifoliada e clima subtropical.

e) semidecídua e clima tropical úmido.

Disponível em: http://img0.cptec.inpe.br. Acesso em: 25 ago. 2014 (adaptado).

Disponível em: http://imagens.climatempo.com.br. Acesso em: 25 ago.

2014 (adaptado).

No dia em que foram colhidos os dados meteorológicos apresentados, qual fator climático foi determinante para explicar os índices de umidade relativa do ar nas regiões Nordeste e Sul?

a) Altitude, que forma barreiras naturais.

b) Vegetação, que afeta a incidência solar.

c) Massas de ar, que provocam precipitações.

d) Correntes marítimas, que atuam na troca de calor.

e) Continentalidade, que influencia na amplitude da temperatura.

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Super Tópicos Vestibulares 8

(ENEM 2016) Ameaça real à segurança de mais de 500 pessoas de 120 casas de Planaltina de Goiás, a voçoroca, que levou à decretação de situação de emergência no município pelo Ministério da Integração Nacional, foi vistoriada pelo procurador- geral de Justiça de Goiás e por várias autoridades das três esferas de governo. Durante a vistoria da erosão, que já mede quase 3 quilômetros de extensão, foi confirmada a liberação de recursos visando paralisar o processo degradante.

O fenômeno noticiado, sobre a área urbana de Planaltina (GO), tem sua origem explicada pela a) fraca cobertura vegetal e composição do solo,

resultado da ação erosiva natural das chuvas.

b) relação entre o declive do terreno e a força erosiva da água, resultado da evolução do relevo.

c) declividade do terreno e intensidade das chuvas, resultado do escoamento superficial das águas pluviais.

c) degradação ambiental e deficiência na drenagem de águas pluviais, resultado da ocupação e uso inadequado do solo.

d) decomposição e transporte de sedimentos por escoamento superficial, resultado de processos erosivos naturais às encostas.

(ENEM 2016) TEXTO I

O Cerrado brasileiro apresenta diversos aspectos favoráveis, mas tem como problema a baixa fertilidade de seus solos. A grande maioria é ácido, com baixo pH.

Disponível em: www.fmb.edu.br. Acesso em: 21 dez.

2012 (adaptado).

TEXTO II

O crescimento da participação da Região Central do Brasil na produção de soja foi estimulado, entre outros fatores, por avanços científicos em tecnologias para manejo de solos.

Disponível em: www.conhecer.org.br. Acesso em: 19 dez. 2012 (adaptado).

Nos textos, são apresentados aspectos do processo de ocupação de um bioma brasileiro. Uma tecnologia que permite corrigir os limites impostos pelas condições naturais está indicada em:

a) Calagem.

b) Hidroponia.

c) Terraceamento.

d) Cultivo orgânico.

e) Rotação de culturas.

(ENEM 2015)

De acordo com as figuras, a intensidade de intemperismo de grau muito fraco é característica de qual tipo climático?

a) Tropical.

b) Litorâneo.

c) Equatorial.

d) Semiárido.

e) Subtropical.

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Super Tópicos Vestibulares 9 (ENEM 2015)

Os movimentos de massa constituem-se no deslocamento de material (solo e rocha) vertente abaixo pela influência da gravidade. As condições que favorecem os movimentos de massa dependem principalmente da estrutura geológica, da declividade da vertente, do regime de chuvas, da perda de vegetação e da atividade antrópica.

BIGARELLA, J. J. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianópolis: UFSC, 2003 (adaptado).

Em relação ao processo descrito, sua ocorrência é minimizada em locais onde há

a) exposição do solo.

b) drenagem eficiente.

c) rocha matriz resistente.

d) agricultura mecanizada.

e) média pluviométrica elevada.

(ENEM 2015)

Algumas regiões do Brasil passam por uma crise de água por causa da seca. Mas, uma região de Minas Gerais está enfrentando a falta de água no campo tanto em tempo de chuva como na seca. As veredas estão secando no norte e no noroeste mineiro. Ano após ano, elas vêm perdendo a capacidade de ser a caixa-d’água do grande sertão de Minas.

VIEIRA, C. Degradação do solo causa perda de fontes de água de famílias de MG. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em:

1 nov. 2014

As veredas têm um papel fundamental no equilíbrio hidrológico dos cursos de água no ambiente do Cerrado, pois

a) colaboram para a formação de vegetação xerófila.

b) formam os leques aluviais nas planícies das bacias.

c) fornecem sumidouro para as águas de recarga da bacia.

d) contribuem para o aprofundamento dos talvegues à jusante.

e) constituem um sistema represador da água na chapada.

(ENEM 2013)

Os solos tropicais são naturalmente ácidos, em razão da pobreza do material de origem ou devido aos processos de gênese. Além disso, o manejo das áreas agrícolas pode conduzir os solos à acidificação.

SOUZA, H. A. et al. Calagem e adubação boratada na produção de feijoeiro. Revista Ciência Agronômica, v. 42, n. 2, abr.-jun. 2011.

Em solos ácidos como os brasileiros, o método mais indicado, com o elemento utilizado para a correção do problema descrito no texto é o(a)

a) descanso do solo a partir da técnica de pousio.

b) uso da calagem pela introdução de calcário no solo.

c) aração do solo para realizar a sua descompactação.

d) plantio direto para diversificar as culturas.

e) rotação de culturas para manter os nutrientes no solo.

Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante…

CUNHA, E. Os sertões. Disponível em: http://pt.scribd.com. Acesso em: 2 jun. 2012.

Os elementos da paisagem descritos no texto correspondem a aspectos biogeográficos presentes na

a) composição de vegetação xerófila.

b) formação de florestas latifoliadas.

c) transição para mata de grande porte.

d) adaptação à elevada salinidade.

e) homogeneização da cobertura perenifólia.

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Super Tópicos Vestibulares 10

Gabarito

1. C

As dunas são montanhas de areia, geralmente formadas no litoral, a partir de processo erosivos eólicos. Elas são sujeitas a constante movimentação e mudança de tamanho devido à ação do vento que destrói, transporta e deposita os sedimentos.

2. A

O texto descrevia um bioma brasileiro que possui árvores de galhos retorcidos, alternância de estações secas e acidez no solo (inclusive citando a existência do processo de laterização). Tais condições são encontradas no Cerrado brasileiro (predominante na Região Centro-Oeste). A questão exigia que o candidato soubesse as características climatobotânicas dos biomas brasileiros, pois a resposta falava em vegetações tropófilas (plantas adaptadas às variações de umidades – estações secas e úmidas) e clima tropical. Por eliminação dos climas, era possível chegar ao gabarito, apenas para quem tivesse identificado que se tratava da Região Centro-Oeste.

3. C

A questão pedia para comparar as condições climáticas das Regiões Sul e Nordeste. Observa-se que o Sul apresenta baixa temperatura e alta umidade, e o Nordeste, alta temperatura e alta umidade. O fator do clima responsável por essas características é a ação das massas de ar. Nesse sentido, massas que nascem no oceano são úmidas e influenciam o clima por onde passam. O Nordeste e o Sul do país são influenciados por essas massas, o que explica a umidade nessas regiões.

4. D

As voçorocas ocorrem pela evolução do ravinamento, resultante da retirada de cobertura do solo, deixando-o exposto e suscetível a erosão.

5. A

A questão fala a respeito da qualidade dos solos brasileiros. A calagem é o processo de adubar a terra com cal para corrigir a acidez do solo, problema citado nos textos. A rotação de culturas corrige o desgaste do solo pelas raízes podendo evitar doenças nas plantas.

6. D

Ao relacionar o diagrama e o mapa, é possível identificar que a região que apresenta um grau de intemperismo muito fraco é aquela com baixas médias de precipitação (espaços de clima semiárido), visto que a maior ocorrência do processo de intemperismo é decorrente das altas taxas de pluviosidade. Por isso, o gabarito só poderia ser aquele que destaca o sertão nordestino brasileiro.

7. B

As maiores ocorrências de movimentos de massa (deslizamentos) estão ligadas ao predomínio do escoamento superficial frente ao processo de infiltração, por isso, o processo que poderia minimizar sua ocorrência é aquele que fala em maior eficiência de drenagem.

8. E

As veredas mencionadas no texto são formações vegetais que ajudam no processo de estocagem de água, tanto que o texto a chama de “caixa d’água” que auxilia na criação de barragens. A região do norte-noroeste de Minas possui forte dependência desses repositórios e, por isso, a perda dessas vegetações geram profundas mudanças no cenário hidrológico local.

9. B

Os solos brasileiros são ácidos em sua maioria. Para neutralizar a acidez do solo e possibilitar o plantio nessa área, são adicionados materiais de caráter básico, como o cal.

10. A

O trecho de Os Sertões, do autor Euclides da Cunha, mostra a fala sobre a região do sertão nordestino, cujo bioma típico é a Caatinga que tem por características a vegetação xerófila (cactáceas) adaptada ao clima seco e quente do semiárido brasileiro.

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