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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE DESIGN

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE DESIGN. EMILIA: MESA DE LUZ PARA CRIANÇAS COM BAIXA VISÃO. Myrella Barbosa Dantas Gico. RIO TINTO - PB 2019. 1.

(2) MYRELLA BARBOSA DANTAS GICO. EMILIA: MESA DE LUZ PARA CRIANÇAS COM BAIXA VISÃO. Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao curso de Design da Universidade Federal da Paraíba como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de bacharel em Design.. Orientador: Prof. ​Francisco Islard Rocha de Moura. RIO TINTO - PB 2019. 2.

(3) 3.

(4) 4.

(5) DEDICATÓRIA. Às minhas famílias, de sangue e de coração.. 5.

(6) AGRADECIMENTOS Agradeço e dedico, de todo meu coração, este trabalho a todas as pessoas que fizeram parte de minha jornada nestes quatro anos de graduação. Quatro anos que se passaram como um flash, intensos, prazerosos e com muitas, mas muitas dificuldades. Porém acima de tudo fui feliz, amadureci e cresci como ser humano como nunca imaginei que pudesse ser capaz. Capaz de aguentar momentos bons e ruins longe das pessoas que mais amo na vida, minha família. Minha amada família, Maryland minha mainha fonte eterna de amor, Mariana e Myllena minhas “irmães”, João meu pai cuidadoso , Nilma minha tia e dinda que me cuidou assim como uma mãe, Maria minha amada avó meiga e doce, dedico a vocês minha conquista, nossa conquista. Pois sem vocês nada do que estou vivendo hoje seria possível, eu sou imensamente feliz e abençoada pela família que tenho. Dedico a você mãe, por permanecer ao meu lado, me apoiar, me amar, ter dedicado sua vida a mim e minhas irmãs, com tanto cuidado e dificuldade. Sua caçula está se formando, seu sonho de ter as três filhas formadas finalmente se realiza. Obrigada por ser a mãe mais incrível do mundo, te amo mais do que consigo sentir. Minhas queridas irmãs, vocês são minhas inspirações, ser irmã de vocês é um privilégio. Obrigada por cuidarem de mim, me entenderem, me apoiarem, vocês são meu espelho e meu reflexo. Ainda vamos vencer muito juntas, assim como vencemos tantas fases de nossas vidas. Obrigada por apenas serem. Ao meu pai, por me apoiar nesta jornada, me aconselhar sempre que precisei e por não medir esforços para que minha vida nesses quatro anos fosse o mais leve e confortável possível. À minha tia Nilma e minha avó Maria, por todo cuidado na minha formação básica, por todo cuidado durante meu crescimento para que não me faltasse nada, por todos os ensinamentos e carinho. Vocês também são minha mães e sou imensamente abençoada por isso. Por último mas não menos importante dedico a minha segunda família, meus amigos. Todos os laços que criamos, toda a grande família que construímos, todos sempre apoiando e dando suporte aos outros, minha vida em Rio Tinto não teria sido a mesma sem vocês. Os levarei para sempre no meu coração. Dedico também a minha filha felina, Maria, por sempre estar ao meu lado nos momentos mais difíceis, por ter entrado na minha vida da forma mais especial e por ser a melhor gata do mundo, que conversa comigo da forma mais profunda que já senti, meu amor puro, meu anjo na terra. Por fim, a todos que fizeram parte de minha jornada de alguma forma, tudo que levarei é amor e aprendizado, essa foi e sempre será uma das partes mais especiais da minha vida. Este trabalho além de ser o resultado de quatro anos de estudo e dedicação é uma forma de resistência. Nenhum passo para trás, educação é e sempre será um ato de ousadia, força e transformação. Gratidão!. 6.

(7) EPÍGRAFE. “Ajude-me a crescer, mas deixe-me ser eu mesmo” -Maria Montessori. 7.

(8) RESUMO O projeto de conclusão do curso de Design ao qual este relatório refere-se traz como abordagem principal a adaptação de ferramentas utilizadas por crianças com baixa visão em fase escolar, com o intuito de proporcionar uma maior acessibilidade em diversos sentidos. Um dos pilares deste projeto é a difusão de uma ferramenta em plataforma aberta, e totalmente suscetível a alterações, sem um valor fixo, pois foi pensada para ser totalmente adaptável. O projeto fundamentou-se em dois métodos de ensino, o Reggio Emilia e o Montessoriano, ambos promovem a autonomia da criança em seus processos de aprendizado, levando em consideração as dificuldades enfrentadas pelas crianças com baixa visão dentro do âmbito escolar, o produto desenvolvido visa proporcionar autonomia a estes escolares, porém não só para eles, pois os métodos de ensino que norteiam o trabalho também promovem a coletividade. Este é um projeto que se baseia também no design universal, projetos para todos e não inclusivos exclusivos. A intenção deste produto é proporcionar às crianças, com ou sem baixa visão interações além da sala de aula e além dos contextos escolares, este projeto tem pretensões sociais e educacionais em sua base principal na busca de uma educação coletiva e livre. Palavras-chave: ​Baixa visão. Reggio Emilia. Montessori.. 8.

(9) ABSTRACT. The project of completion of the Design course to which this report refers brings as its main approach the adaptation of tools used by children with low vision in school phase, in order to provide greater accessibility in several ways. One of the pillars of this project is the diffusion of an open platform tool that is totally susceptible to change, without a fixed value, because it was thought to be fully adaptable. The project was based on two teaching methods, Reggio Emilia and Montessori, both promote the autonomy of children in their learning processes, taking into account the difficulties faced by children with low vision within the school, the product developed aims provide autonomy to these students, but not only for them, because the teaching methods that guide the work also promote the collective. This is not a project that is also based on universal design, exclusive for all and non-inclusive projects. The intent of this product is to provide children, with or without low vision, interactions beyond the classroom and beyond school contexts, this project has social and educational pretensions at its main base in the search for a free and collective education.. Keywords​: Low vision. Reggio Emilia. Montessori.. 9.

(10) SUMÁRIO. 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização 1.2 Problemática 1.3 Justificativa. 10 10 12 13. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral 2.2 Objetivos Específicos. 16 16 16. 3 METODOLOGIA. 17. 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1 Crianças com baixa visão e a inclusão escolar. 4.1.1 A criança 4.1.2 Design Inclusivo e universal. 4.2 Protagonismo infantil no ensino. 4.2.1 Reggio Emilia 4.2.3 Montessoriano 4.3 Inovação social como inclusão. 20 20 20 21 22 22 23 24. 5. FASE DE PROJETAÇÃO 5.1 Levantamento e análise de dados 5.1.1 Segunda- feira (Mapeamento) 5.1.2 Objetivo geral e perguntas 5.1.3 Mapa de análise 5.1.4 Conversa com especialistas 5.1.5 Como poderíamos? 5.1.6 Alvo 5.2 Anteprojeto 5.2.1 Terça- feira (Criação) 5.2.1.1 Demonstrações relâmpago 5.2.1.2 Esboços 5.2.1.3 Anotações 5.2.1.4 Ideias 5.2.1.5 Esboço da solução 5.2.2 Quarta-feira (Decisão). 26 26 26 26 28 29 31 32 34 35 35 38 39 43 44 48. 10.

(11) 5.2.2.1 Batalha de soluções 5.2.2.2 Storyboard 5.3 Projeto 5.3.1 Quinta-feira (Protótipo) 5.3.1 Protótipo 5.3.1.1 Especificações 5.3.2 Detalhamento do produto 5.4 Identidade visual. 49 50 51 51 52 52 56 57. 6.0 Considerações finais. 59. REFERÊNCIAS. 61. APÊNDICES. 64. 11.

(12) 1 INTRODUÇÃO. 1.1 Contextualização Uma boa educação primária é a base fundamental em nosso desenvolvimento para que nos tornemos bons profissionais e cidadãos, aprenderemos a nos expressar, comunicar e socializar, e ter profissionais e estruturas capacitadas para este suporte é de suma importância principalmente no caso de crianças que possuem algum tipo de limitação física. No Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma a cada 500 crianças possuem baixa visão e muitas delas estão em fase escolar ou pré escolar, fase determinante para o seu desenvolvimento como pessoa, pois será nesse ambiente em que ela construirá seus primeiros vínculos sociais e educacionais, entendendo seu lugar no mundo e no meio que vive. De acordo com Romagnolli (2008), para que o aprendizado da criança seja compatível com sua idade e com o ritmo de seus colegas, ao menos em algumas partes, a adaptação do seu ambiente de estudo, seus materiais didáticos e seus professores, precisam estar adequados às suas necessidades. É comum então as escolas que recebem alunos com baixa visão que preparem todo o ambiente para que o estudante tenha o mínimo de dificuldade possível para desenvolver suas atividades escolares. Contudo, mesmo que existam leis que garantam a inclusão de crianças com baixa visão nas escolas com todo o aparato possível, é comum encontrar centros despreparados. e. professores. sem. qualificação. necessária. para. atender. adequadamente os alunos. Causando muitas vezes um atraso do estudante, pois terá mais dificuldade para seguir a rotina de sua turma. Para que ocorra a inclusão da criança, é preciso que os seus educadores entendam suas peculiaridades e diferenças, pois mesmo pertencendo a um mesmo grupo, pessoas com baixa-visão, cada um terá sua necessidade visual. Buscar. 12.

(13) empatia para tratar as crianças com suas respectivas limitações fará com que se possa entender mais proximamente o que é ter baixa-visão. Os pais tornam-se peças importantes nesse processo pois é por meio deles que a identificação de algum tipo de dificuldade visual que a criança tenha, antes mesmo de ser incluída no meio escolar, pode ser descoberta. Seguida de exames com profissionais oftalmologistas, o diagnóstico pode ser feito com mais precisão, podendo assim recorrer a recursos ópticos corretores, como os óculos e lupas de aumento. Não há um meio específico para atender a crianças, pois como dito anteriormente cada uma terá uma necessidade específica, para isso é preciso entender o que a criança precisa e assim adaptar a sala de aula e seus materiais. Com lentes de aumento, aproximação, modificadores de contraste, iluminação adequada entre outros apetrechos (Figura 01) que usualmente precisará utilizar de suas duas mãos para que consiga ler um texto curto.. Figura 01 – Painel de estilo de vida do usuário. Fonte: A autora (2019). 13.

(14) Podemos imaginar como seria nossas vidas, diariamente, tendo que utilizar de mais de uma ferramenta para conseguirmos ler, nem que seja uma simples frase. Como também imaginarmos em nossa infância, sentindo-se diferente por conta de sua condição visual, tendo que usar várias ferramentas, enquanto seus colegas, escrevem e lêem com total facilidade. Como se sentiria? É por estes motivos que muitas delas sentem vergonha em estarem em sala de aula, sem confiança, desconfortáveis e possivelmente frustradas. Pois além disso a criança com baixa visão sente dificuldade de entender seu lugar no mundo, como pessoa e qual lugar ocupa. Estudar em um ambiente adaptado, com ferramentas específicas, com atividades adaptadas, com professor capacitado e até com colegas de classe que ajudem esse aluno, torna o processo mais fácil, porém cautelosamente, em que a criança não se sinta um fardo para os que estão ao seu redor, que possam entender que o incentivo para esta criança deva ser essencial, para que assim torne-se um adulto independente e confiante.. 1.2 Problemática Encontra-se então no cenário posto anteriormente, uma criança lidando com suas limitações, tendo que se esforçar muito mais que seus colegas de classe e precisando assim do auxílio de diversos recursos para que consiga ler, ver e escrever seus materiais didáticos, necessitando mais ativamente também de seu professor, para que adapte suas atividades, e reveze entre as avaliações orais e escritas. Forma-se assim uma criança insegura de si, constrangida, desestimulada. Pois mesmo que estes recursos a ajude em seu aprendizado, seus colegas podem tratá-la como um aluno diferente, causando o isolamento da criança.. 14.

(15) Importante analisar o mercado em que estes materiais estão inseridos, produtos em sua maioria com aparência “hospitalar” (Figura 02), que não despertam o interesse da criança além de que não são acessíveis financeiramente para uma parcela da população. Levando em consideração a importância do uso desses apetrechos pela criança, um valor elevado pode prejudicar a aquisição por parte de famílias e escolas que não possuem recurso suficiente para o mesmo. Figura 02- Prancheta de leitura com lupa. Fonte: CIVIAM. Proporcionando assim o uso de objetos mais simples, e de adaptações caseiras para atender as necessidades das crianças. Além da dificuldade de acesso a estes materiais já existentes, vendidos tanto em lojas físicas, que não abrangem um número significativo de regiões, como também nas virtuais, em que tarifas de envio são somados ao custo já elevado dos produtos. Produtos tais que comumente não são utilizados isoladamente pela pessoa com baixa visão, pois para cada tipo de ação realizada a mesma precisará de um ou mais acessórios.. 1.3 Justificativa ​Baseando-se no atual mercado que apresenta ferramentas para o auxílio de crianças com baixa visão, observou-se que são em uma maioria com aporte tecnológico, o que torna seu custo mais alto em relação à outras ferramentas. Como. 15.

(16) também nas dificuldades de utilização das ferramentas ópticas mais simples, como lupas, mesas com regulagem de altura e ferramentas físicas para a mudança de contraste. É possível supor que não são todas as escolas que conseguem adaptar de forma significativa o ambiente de estudos para o aluno com baixa visão, seja por falta de verba suficiente ou por pouca instrução de como proceder pedagogicamente em adaptações inclusivas. Assim como acontece no âmbito escolar, os pais também enfrentam dificuldades em casa para auxiliar seus filhos. A atitude dos pais e dos profissionais também oscilava entre dois extremos: ora tratavam esses jovens como cegos, ora como pessoas que enxergam. Os pais não permitiam que eles fossem sós para escola, embora adolescentes, e pediam sempre que os irmãos menores os acompanhassem. Por outro lado, esses pais não mostravam preocupação em lhes proporcionar recursos pedagógicos especiais necessários para sua aprendizagem, como recursos ópticos, cadernos com pautas largas e lápis com ponta grossa.(AMIRALIAN, 2004, p.20). Com base nessas informações este trabalho tem como objetivo proporcionar para o público estudado, mais autonomia, segurança e facilidade ao precisar utilizar recursos ópticos. Que seja principalmente acessível financeiramente para as escolas e responsáveis das crianças. Utilizando a prática da metodologia Reggio Emilia (MALAGUZZI, 1999), que aborda. autonomia, protagonismo e independência do. aprendizado, como também base no método Montessori (MONTESSORI, 1987) que preza pela sensorialidade na evolução cognitiva das crianças, ligado a formas, cores, luzes entre outros aspectos. Trazendo assim um campo de estudo aberto para adaptações e aprofundamentos mais direcionados à acessibilidade pedagógica. Tendo também em pauta que as crianças estão no caminho para construírem o nosso mundo, assim como os adultos de hoje já passaram pelas mesmas fases, sem distinção de nenhum tipo de limitação, deve-se oferecer e apoiar o desenvolvimento dos cidadãos que ocuparão o nosso lugar no futuro. Focando assim nas crianças com baixa visão, que enfrentam tantos obstáculos para se inserirem na sociedade, essa tal que também enfrenta dificuldades para adaptar-se. 16.

(17) às limitações alheias. Pensando de modo empático, social e sustentável, trazendo para este público algo que seja tão adaptável quanto todos os elementos participantes do seu cotidiano. Baseado nos métodos de ensino Reggio Emilia e Montessoriano, este trabalho procura buscar modos nos quais ao mesmo tempo que a criança seja a protagonista do ensino, todo o seu entorno esteja envolvido a apoiar e aprender junto a ela como fazer com que seu aprendizado se torne mais fácil. Como exemplo estes dois métodos citados inicialmente prezam pelo protagonismo da criança durante os processos de aprendizado. O Reggio Emilia tratando mais da parte pedagógica do processo, de forma evolutiva e modificável, com a participação inversa da detenção do saber onde o professor irá aprender como o aluno guia seu aprendizado e assim entenderá como melhor auxiliá-lo. Já o método Montessoriano trabalha com a aplicação de ambientes mais sensoriais e ativos, libertando a criança para descobrir seus sentidos e cognições sem que o conteúdo lhe seja imposto de uma forma limitada. Assim como esses dois métodos trouxeram uma revolução no cenário do ensino de crianças, o objetivo deste projeto é que tanto o aprendizado geral, como a construção de crianças com limitações se tornem independentes. Cenário tal que não é facilmente alcançado nos parâmetros da acessibilidade.. 17.

(18) 2 OBJETIVOS. 2.1 Objetivo Geral. O objetivo geral deste trabalho é apresentar uma alternativa de ferramenta para auxílio na alfabetização de crianças com baixa visão, proporcionando independência e autonomia.. 2.2 Objetivos Específicos. ● Aprofundar-se das metodologias de ensino Reggio Emilia, para possíveis aplicações na ferramenta; ● Aplicar os fundamentos sensoriais baseados por Montessori, para a definição de cores, texturas, luzes; ● Desenvolver formas adaptáveis das ferramentas já existentes para crianças com baixa visão; ● Avaliar materiais com bom custo e durabilidade para a confecção do produto; ● Avaliar itens de segurança em relação ao material utilizado, utilização de energia, lâmpadas, como também sobre as ferramentas que estarão soltas da mesa; ● Identificar o maior número possível de limitações que podem ser atendidas pelo produto, para assim alcançar um maior público; ● Estudar e aplicar medidas ergonômicas para o melhor uso possível entre diversas idades; ● Lançar o produto em plataforma aberta e gratuita para produção caseira e escolar.. 18.

(19) 3 METODOLOGIA. A metodologia para um projeto se faz uma das partes essenciais de planejamento, estruturação e realização. Na área do Design, especificamente, diversos autores desenvolveram metodologias para guiar projetos, cada um com etapas e abordagens diferenciadas, muitos inclusive seguem uma progressão linear de projeto em que cada etapa é de suma importância. Com o aparecimento de novas necessidades de projetação, acerca de novos produtos e novas demandas, a adaptação de alguns métodos foi vista e estudada como necessária. Atualmente, novas abordagens metodológicas vem aparecendo mostrando a importância de quebrar com a linearidade anteriormente utilizada, a ascensão de métodos abertos e dinâmicos tem ganhado mais espaço no âmbito do design. Assim sendo, este projeto fundamentou-se com base no método criado por Jake Knapp, John Zeratsky e Braden Kowitz, o SPRINT(2017), utilizado pelo Google para o desenvolvimento de projetos foi criado e melhorado até chegar em um processo de cinco dias seguidos, com uma equipe dedicada em tempo semi-integral na resolução de projetos desde a análise do problema até a solução de um produto ou serviço em pleno funcionamento. A divisão das fases ocorre em cinco passos distribuídos em dias da semana, da segunda até a sexta-feira. Para a realização deste projeto de conclusão de curso, optou-se por transformar os dias da semana em fases, algumas realizadas em mais de uma semana e outras previu-se que conseguiriam ser resolvidas em dias. Já em relação a equipe do Sprint, a adequação foi configurada em que alguns personagens e suas funções ficariam sob responsabilidade da aluna desenvolvedora deste trabalho, enquanto outros seriam terceiros escolhidos como qualificados o suficiente para cumprirem os papéis que lhes seriam destinados. Antes de iniciar as fases, o autor do método indica a etapa de pré projeto, em que chama de “ Preparando o terreno”, em que a equipe e o desafio serão definidos.. 19.

(20) O desafio irá delimitar o nível do Sprint, sendo o mesmo não exclusivo para projetos de longo prazo, fundamentando assim o seu tempo mínimo de cinco dias, o autor frisa que “quanto maior o desafio, melhor o sprint”, pois suas ferramentas foram pensadas para que soluções sejam encontradas de forma ágil e eficaz, a priori ajudando em três tipos de situações, altos riscos, tempo insuficiente e estagnação. Para este projeto foi avaliado o grande risco, por tratar-se do desenvolvimento de um produto com cunho inclusivo e por enfrentar outros tipos de produtos concorrentes existentes no mercado. Outro ponto importante é a pretensão da aplicação social do projeto, que seja inclusivo não apenas na instância da acessibilidade como também no recurso financeiro do projeto. No Sprint não se trabalha sozinho, o autor Jake Knapp frisa inclusive em uma passagem que “ninguém sabe de tudo”, isso fomenta a ideia de que projetos bem sucedidos não partem de uma mente apenas e sim de um grupo diverso, com especialidades e papéis diferentes, assim estando todos bem alinhados os processos e etapas fluem de maneira que pontos divergentes são resolvidos e os positivos são refinados entre soluções inovadoras que irão engrandecer o projeto. Para este projeto alguns personagens do sprint foram desempenhados pela autora deste trabalho, sendo eles, o Definidor, quem toma as decisões, o Facilitador, quem comanda as reuniões e o Especialista em finanças, nas análises de materiais e custo médio de projeto. Outros personagens importantes definidos foram os Especialistas em design e os especialistas do foco proposto no tema do projeto, no caso, crianças com baixa visão, para tais, respectivamente, foram escolhidos alguns alunos também concluintes do curso de design e para os assuntos específicos sobre o tema foram escolhidas duas pessoas externas, uma professora, com a pretensão de entender mais as relações dos processos de ensino e uma convidada que foi uma criança com baixa visão. A participação destes fora de imensa importância pois baseando-se ainda mais no termo “ninguém sabe de tudo” a participação de agentes externos. 20.

(21) trouxe possibilidades e questões não antes vistas e percebidas pela autora deste trabalho em seu processo de pesquisa e sondagem. Para o cronograma foram definidas três etapas, Levantamento e análise de dados, Anteprojeto e Projeto, em que dentro de cada uma foram encaixadas as fases do método Sprint, sendo a “Segunda-feira”, “Terça-feira”, “Quarta-feira” e “Quinta-feira”, a única que não teve possibilidade de ser incluída foi a “Sexta-feira”, a fase de testes, pois o produto foi tratado como uma alternativa de adaptação de ferramentas que já existem e funcionam separadamente. Tal cronograma ( Figura 03) não se prendeu a datas pois as fases do Sprint poderiam ser feitas no tempo de uma semana ou em menos de oito dias, ocorrendo modificações e alterações em decorrência da demanda de ferramentas e de agentes externos que não poderiam ser controlados regressivamente.. Figura 03 - Cronograma de projetação. Fonte: A autora (2019). 21.

(22) 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 4.1 Crianças com baixa visão e a inclusão escolar.. 4.1.1 A criança As crianças em sua fase escolar primária encontram-se em um vasto e novo mundo, em que irão a cada dia absorver de diversas formas tipos diferentes de conhecimentos. Destes podem ser considerados como principais, os conhecimentos sociais, metodológicos e empíricos. Contudo, tais experiências, para crianças com baixa visão não são vivenciadas da melhor forma possível e podem ser empecilhos.. O escolar com baixa visão pode encontrar dificuldades no processo educativo pelo fato de não existirem recursos materiais e humanos apropriados. Como conseqüência dessa situação, não recebe estímulo para a utilização do potencial visual e poderá estar fadado ao fracasso escolar (ROMAGNOLLI, 2008, p.2).. Tais dificuldades citadas pela autora podem ser avaliadas em referência a falta de conhecimento em entender a criança com baixa visão e todas suas barreiras para absorver o mundo visual ao seu redor. Amiralian (2004, p.20) afirma que “a ausência de clareza sobre como essas crianças percebem o mundo os levam [pais e professores] a considerar as suas dificuldades como decorrentes de outras incapacidades pessoais, e não de sua limitação para enxergar”. Romagnolli (2008, p.2) frisa dois diferentes recursos que delimitam, consideravelmente, o processo educacional em que se espera que a criança esteja incluída. O primeiro, refere-se a toda a estrutura física do local, onde o ambiente necessitará atender as necessidades do escolar com baixa visão.. 22.

(23) Pessoas com baixa visão necessitarão, para o desenvolvimento do seu processo de aprendizagem, de recursos específicos (lupas de apoio, telelupa, material com caracteres ampliados, etc.), capazes de maximizar a eficácia de seu resíduo visual (ROMAGNOLLI, 2008, p. 8).. Assim como recursos humanos apropriados, no caso, seus tutores e professores. Encontrasse nesse cenário uma grande lacuna de dúvidas para os que rodeiam o aluno com baixa visão. Pois resta entender como se caracteriza as limitações encontradas em quem tem baixa visão, pois como assinala Amiralian (2008), lida-se com a baixa visão como outros tipos de limitações, intelectuais por exemplo, “a ausência de clareza sobre como essas crianças percebem o mundo os levavam a considerar as dificuldades da criança como decorrentes de outras incapacidades pessoais, e não de sua limitação para enxergar” Amiralian (2008, p.20). Outro fator determinante para a vivência dessa criança é a sua identidade pessoal, como ela se enxerga no meio em que vive, como ela é entendida e o que serão suas referências como indivíduo. Amiralian (2008, p. 24) afirma que, “como as crianças com baixa visão ou são consideradas e tratadas como crianças cegas ou tratadas e consideradas como crianças videntes, elas não têm um espelho que reflita aquilo que elas realmente são”. Uma criança que entende seu lugar e que possui apoio e entendimento, crescerá confiante com sua condição, não como uma limitação mas como alguém diferente dos outros porém com as mesmas oportunidades e capacidades intelectuais, socialmente incluída e utilizando ferramentas que não são exclusivas para seu uso.. 4.1.2 Design Inclusivo e universal. O design busca em sua essência sempre atender o maior número possível de usuários, e que a inclusão se dê de forma correta, que nenhum usuário seja excluído ou precise se adaptar a algum ambiente. Cambiaghi (2007, p.15) demonstra que “Quanto mais um ambiente se ajusta às necessidades do usuário, mais confortável ele é. Todavia, se ocorre o inverso,. 23.

(24) quando o ambiente construído não leva em conta as necessidades ou limitações humanas, ele pode chegar a ser mais inóspito que o meio natural”. Para as crianças, se sentirem parte de algo fomenta sua progressão de crescimento, como seres sociais e pertencentes a algo, todavia, em uma sociedade que não está adepta a se moldar para que todos os indivíduos vivam diariamente sem encontrar barreiras, o indivíduo estará fadado a tentar se adaptar a materialidades que se fossem voltadas a suas necessidades todos poderiam utilizar. A cerca dessa ambientação inclusiva, Cambiaghi (2007, p.23), introduz que: “quando uma pessoa com deficiência está em um ambiente acessível, suas atividades são preservadas, e a deficiência não afeta suas funções. Em uma situação contrária, alguém sem qualquer deficiência colocado em um ambiente hostil e inacessível pode ser considerado deficiente para esse espaço.”. 4.2 Protagonismo infantil no ensino.. 4.2.1 Reggio Emilia Após a Segunda Guerra, por meio da necessidade das mães de trabalhar, surgiu na província de Reggio Emilia, na Itália, tal qual dá nome ao método de ensino que fora criado na cidade. Trabalhadores e comerciantes, ergueram uma escola para crianças pequenas, de acordo com Sá. A escola foi erguida com a venda de um tanque de guerra, seis cavalos e três caminhões, deixados pelos alemães. Esse movimento inicial envolveu toda a comunidade, mas de modo especial os pais, pois nasceu do desejo de reconstrução da própria história e da possibilidade de uma vida melhor para seus filhos (SÁ, 2010, p.57).. Para a criança, seja ela com ou sem algum tipo de limitação, ter a presença de figuras parentais ao seu lado, é de extrema importância. Servirão assim como o seu suporte para tudo que forem passar durante seu crescimento. Por tais motivos é possível afirmar que a metodologia de ensino de Reggio Emilia é tão relevante. [...]a escola de Reggio Emilia é inovadora também porque os pais dos alunos fazem parte dela; porque os eventos são organizados pelas famílias,. 24.

(25) professores e alunos, objetivando a integração e a coletividade; porque constitui uma continuidade do lar; e por causa da crescente intensificação do seu papel sociocultural naquela sociedade (SÁ, 2010, p.58).. Para além da confiança, em terem a escola como uma extensão de seu lar, as crianças em Reggio Emilia entraram em um novo patamar dentro da escola, onde elas não somente aprenderiam de seus professores, mas sim que este processo ocorresse para os dois lados, onde o educador também aprenderia com a criança. “[...] A finalidade era que o educador aprendesse com a criança a dar aulas, mediante seu esforço em compreender a lógica de aprendizagem dela[...]”. (SÁ, 2010, p.58), a partir deste ponto, é possível entender onde o conceito de protagonismo imposto a criança em seu ensino se fundamenta. O projeto ao qual este relatório se refere, tem como um de seus objetivos, trazer implícito a uma ferramenta física, os recursos que uma criança com baixa visão necessita dentro de seu processo de alfabetização e ensino geral, como também remeter os sentimentos de autonomia e confiança para que ela o utilize sem a necessidade do apoio ininterrupto de um adulto. Fazendo o caminho inverso ao do aprendizado convencional, onde o aluno irá absorver os conhecimentos transmitidos pelo professor, mas também remeter ao seu educador, a melhor forma que o seu processo deve seguir.. 4.2.3 Montessoriano Maria Montessori (1999), revolucionou a forma de educar ao ir contra preceitos delimitados para a educação das crianças, trazendo um método que se assemelha ao método Reggio Emilia ao transmitir para a criança que ela deve ser ela mesma, em todas as suas fases, principalmente na de construção social dentro da escola. O Método Montessoriano tem a criança como um ser livre, onde através de suas experiências ela pode auto-educar e auto-disciplinar.[...]crianças aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta do que pela imposição do conhecimento (FONTENELE; SILVA, 2012, p.2).. 25.

(26) Correlacionando os fatores sensoriais que crianças com e sem baixa-visão necessitam para seu desenvolvimento, é possível abordar conceitos que Maria Montessori aplica em sua metodologia.. Especialmente voltado para a educação pré-escolar, o Método Montessori tem como principais objetivos as atividades motoras e sensoriais da criança, num trabalho individual que abrange também o aspecto da socialização. Partindo do concreto para o abstrato, está baseado no fato de que as crianças aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta do que pela imposição do conhecimento (FONTENELE; SILVA, 2012, p.4).. É necessário então que esta criança possa aprender na escola, sendo tal como uma extensão de seus aprendizados domésticos, a progredir como ser humano e cidadão à sociedade a qual pertence. No Método Montessoriano, a escola não é apenas um lugar de instrução, mas também de educação para a vida.​(FONTENELE; SILVA, 2012, p.5) O ambiente em que ela estará inserida também fará toda a diferença, todos os recursos a sua volta tem de estar voltados para o seu desenvolvimento. Trata-se de uma pedagogia centrada na criança e as condições ótimas de crescimento para ela sintetizam-se no fator educador difundido num ambiente apropriado, vivido por um professor preparado e pela criança que se autoconstrói (FONTENELE; SILVA, 2012, p.8).. 4.3 Inovação social como inclusão A inovação social é um tema que vem sendo abordado a alguns anos e vem se tornando princípio fundamental no desenvolvimento de artefatos e serviços. Ao pensar em um novo recurso inclusivo para crianças com baixa visão que tenha, custo acessível, que faça parte de uma cadeia de ensino onde várias crianças durante um longo período de tempo possam utilizar e repassar para as próximas, além de ser um material não excludente, onde tanto crianças com baixa visão e videntes possam utilizar, pode ser inserido dentro da inovação social.. 26.

(27) Dentro deste âmbito o designer tem seu papel como fundamental no sentido da inclusão. Desde que de modo geral se voltado apenas para o processo industrial, o pensamento de analisar e resolver as necessidades da sociedade era um preceito. O papel social do designer industrial preconizava um olhar para os indivíduos ou grupo de indivíduos os quais não se encaixavam nos padrões da normalidade estabelecidos por grupos dominantes ou totalitários (SILVA, 2017, p.12). Contudo, para que um design social inclusivo aconteça, faz-se necessário avaliar o papel da indústria neste meio. Onde a produção em massa faz com que produtos tentem alcançar o máximo de usuários possíveis há pouco interesse na adaptação da produção para que sejam feitos artefatos específicos para necessidades específicas, é muito mais cômodo agradar e atender a uma maioria, produzir em série, do que estudar minuciosidades contidas entre os usuários. Artefatos voltados para uma inclusão social também continuarão merecendo destaque. Porém, acredita-se que a produção industrial carece de uma mudança profunda a qual inclua também a transformação de sua própria cultura (SILVA, 2017, p.29). A. inovação. também. possui. o. papel. de. mudar. comportamentos,. especificamente voltado para o projeto em questão, é possível ser analisado que o comportamento da sociedade sobre a pessoa com baixa visão, é de suma importância para que a mesma encontre seu lugar no meio em que vive e entenda seu papel como parte de algo e não como uma exceção, “ [...]definimos[...] inovação social como um processo (e não como um resultado) de busca pelo atendimento às necessidades sociais, partindo da mudança de comportamento de indivíduos de uma comunidade” (FREIRE, 2017, p. 116). É preciso entender que a inovação social pode estar ao alcance de todos para o alcance de todos, de forma que mude significativamente a sociedade, com ou sem interesses de algum retorno.. 27.

(28) Do ponto de vista individual, qualquer um pode se utilizar da inovação social para promover mudanças profundas e benéficas em que todos ganham, seja por meio de um negócio, organização filantrópica, governo ou outros movimentos da sociedade civil (ARRUDA ​et al​, 2017, p. 268).. 5. FASE DE PROJETAÇÃO 5.1 Levantamento e análise de dados Com base no método Sprint, apresentado na metodologia, este projeto norteia-se pelas fases definidas no método, porém diferentemente do original não foi realizado em dias porém em semanas e em alguns casos dias. A primeira fase referente. ao. levantamento. e. análise. de. dados foi realizada dentro da. “Segunda-feira”.. 5.1.1 Segunda- feira (Mapeamento) Tendo este projeto a fase de pesquisa bem estruturada a fase de levantamento de dados foi encaminhada para análises. Utilizando-se de ferramentas da referente fase, uma equipe de colaboradores foi convidada para construir junto a autora deste projeto dois materiais de suma importância para definições que irão interferir progressivamente até a penúltima fase realizada neste projeto.. 5.1.2 Objetivo geral e perguntas As duas ferramentas apresentadas em forma de painel (Figura 04) foram a definição de um objetivo de longo prazo, com base em todos os dados apresentados da fundamentação teórica, em que este foi levado em consideração até o final do projeto como um dos focos de todas as fases. Fora definido então o aperfeiçoamento de ferramentas para o processo de leitura na alfabetização e. 28.

(29) letramento1 de crianças com baixa visão. Após tal decisão, feita em conjunto pelos colaboradores e a autora, foram escolhidas duas perguntas, com o intuito de serem respondidas e levadas em consideração junto ao objetivo de longo prazo, sendo tais, - Como seria feita a reprodução? - Como tornar a ferramenta atraente e intuitiva para as crianças com baixa visão?. Figura 04- Painel do objetivo e perguntas.. Fonte: A autora (2019). A primeira pergunta é referente ao processo de reprodução do produto, pois sendo a fácil reprodutibilidade um dos principais requisitos deste projeto, a preocupação em como tal seria produzido e distribuído é um dos pontos importantes a serem analisados para a busca de soluções economicamente viáveis na atenção de abranger o maior número possível de usuários. Levando também em consideração o movimento “open source”, alternativa de disponibilização aberta de projetos em plataforma digital. Enquanto que a segunda pergunta questiona em que sentido o produto seria atraente o suficiente para as crianças com baixa visão como também para as videntes (que tem visão normal), sem tirar o foco do processo de aprendizagem ou 1. “Letramento é o uso das habilidades de leitura, de escrita e de raciocínio numérico para atingir objetivos, desenvolver o próprio conhecimento e agir na sociedade.” Celina Maria Ramos Arruda Macedo Doutora em Lingüística – PGL/CCE/UFSC. 29.

(30) fazer com que a criança se sinta constrangida em utilizar um material diferente das outras e que seja de fácil utilização, priorizando o requisito de utilização autônoma sem o auxílio de um tutor em tempo integral e da inclusão que não gera exclusão.. 5.1.3 Mapa de análise O segundo momento da reunião com os colaboradores, após as definições de objetivos e perguntas foi feito o mapa de análise (Figura 05) em que foram definidos os personagens principais do contexto de um lado e o objetivo final no oposto, com o intuito de traçar os caminhos em que cada um percorre, em concordância uns com os outros ou não, até chegar no ponto final do projeto e em seguida a escolha do alvo em que o problema está instalado. Foram estabelecidos três principais figuras, a criança, a escola e os pais, e o ponto final que seria uma nova ferramenta de leitura, percorrido os caminhos em que cada um passa foi analisado que o alvo do problema estava na adaptação.. Figura 05 - Mapa de análise do Sprint.. Fonte: A autora, 2019.. 30.

(31) 5.1.4 Conversa com especialistas Após. as. definições. anteriormente. citadas,. foram. selecionados. três. especialistas na área de design, para esclarecimentos mais específicos sobre o contexto.. Sendo. tal,. de. modo. geral um processo educativo que inclui. prioritariamente, crianças e pedagogos, foram escolhidas como especialistas uma professora e uma adulta que foi uma criança com baixa visão. No contato com a pedagoga foi apresentado todo o levantamento teórico, de forma resumida e clara como também os dois materiais construídos junto aos colaboradores. Foi então indagado a mesma se faltava algo tanto no painel de objetivos e perguntas como no mapa. Apenas para complementar, foi feita a sugestão, por parte dela, de incluir o termo letramento ao objetivo de longo prazo, sendo uma das etapas do aprendizado concomitante à alfabetização, sendo o processo de entendimento e interpretação. Dentro do contexto educacional, foi levantado o questionamento por parte da autora deste projeto qual faixa etária encontrava-se os alunos referentes a esta etapa educacional, analisando assim que, normalmente os pais e tutores inserem a criança na escola em idades nem sempre iguais, dificultando assim a delimitação de idade do público-alvo direto (que utiliza das ferramentas), levando em consideração também que, como apontado por ela, a criança com baixa visão é diagnosticada muitas vezes quando ingressa na escola, podendo inclusive sofrer atrasos em relação ao ritmo da turma vidente, caso ela não estude em uma escola voltada e adaptada a este público com demandas de inclusão e acessibilidade. Chegando assim a conclusão que não fosse delimitada uma faixa de idade e sim um período escolar, no caso do infantil 1 até o quarto ano do ensino fundamental, pois abarca a fase base do processo de ensino. Em relação ao recurso financeiro necessário para a aquisição do produto foi avaliado pela especialista pedagoga que é de suma importância que não se torne um impeditivo. Pois tanto escolas como pais e tutores interessados em adquirir,. 31.

(32) como sendo uma alternativa funcional que se assemelha a produtos com aporte digital e físicos. Levando em consideração a pretensão de inovação aberta para a difusão do projeto de forma gratuita e simplificada. Para finalizar foram feitas algumas sugestões técnicas de resoluções acerca da aceitação do produto por parte da criança, como ela se sentiria interessada em utilizar, sem sentir-se diferente em sala de aula e sem perder o foco. Foi cogitado assim que, a utilização de cores no produto seria importante porém de forma que não desvie a atenção da criança ao mesmo tempo que a mesma consiga por meio de algum sistema conseguir utilizar de forma autônoma a ferramenta, assim sendo como forma de solução foi indicado o uso de texturas e formas, para que assim a criança sinta-se instigada a por meio do toque e das cores identificar os acionamentos do produto, acrescentando repertório cognitivo ao seu processo pessoal de crescimento com base também no método montessoriano. A segunda especialista, no caso uma mulher adulta que foi uma criança com baixa visão, respondeu uma lista de perguntas onde foram questionados alguns pontos sobre sua infância com a baixa visão, sendo tais:. 1.. Com quantos anos você foi diagnosticada com baixa visão?. 2.. Com quantos anos você começou a estudar na escola?. 3.. Quais ferramentas para leitura você utilizava na escola ou em casa para ler?. 4.. Quais dificuldades você passou durante seu processo escolar?. 5.. Quais adaptações teriam lhe ajudado neste período?. 6.. Para a pessoa com baixa visão, adulta ou criança, qual fator é mais importante em um produto? Cor, textura, iluminação?. Em resumo ela foi diagnosticada com baixa visão e inserida na escola com dois anos e meio, utilizava em sala de aula de folhas com pautas mais grossas, lupas e. 32.

(33) materiais ampliados. Em relação ao o que ajuda nesse processo de leitura, foi dito por ela que os dois principais pontos são, iluminação e o contraste de cores.. 5.1.5 Como poderíamos? A ferramenta tem como finalidade buscar no meio das informações faladas a transformação de pontos importantes em perguntas.. Esta tarefa foi realizada. apenas pela autora deste projeto durante os momentos de troca de informações e questionamentos levantados pelos colaboradores e pelos especialistas. No decorrer das falas, entre uma informação e outra foram feitas algumas anotações, iniciando com a sigla CP (como poderíamos) buscando transformar e questionar possíveis problemas em soluções. Após as definições as perguntas foram selecionadas por tema e importância. Sendo tais: Questão social e financeira: CP ​Baratear a ferramenta? CP ​ Alcançar diferentes públicos? Questão educacional e estética: CP ​ Atender CBV ( crianças com baixa visão) e CV ( crianças videntes)? CP ​Deixar o produto neutro? O próximo passo ao Como poderíamos é o encaixe das notas no mapa de análise (Figura 06) , a intenção deste passo é relacionar pontos do mapa com suas respectivas possíveis soluções.. Figura 06- Aplicação das notas Como poderíamos.. 33.

(34) Fonte: A autora (2019). 5.1.6 Alvo A escolha do alvo, onde será depositado todo o foco do projeto, sendo ele tanto o público-alvo como um dos pontos do mapa foi escolhido pelo definidor, papel desempenhado pela autora deste projeto. Essa decisão guiará de que forma os próximos passos serão feitos, esboços e protótipos. Como o mapa apresenta mais de um personagem e mais de uma situação do contexto, é necessário analisar qual destes é o mais importante e qual deles mesmo que individualmente interferirá nos demais. Mesmo que a criança seja entendida como um público-alvo, compreende-se a mesma como o usuário, quem irá utilizar o produto, porém não será ela que decidirá a aquisição do mesmo. Um bom exemplo desta situação são produtos infantis em geral, os usuários são as crianças, porém o público-alvo são os pais e responsáveis, sendo eles os detentores do principal poder de escolha e obtenção. Levando isso em consideração, foi escolhido que o público-alvo do produto sejam os pais e responsáveis, onde dentro do contexto estarão buscando informações de adaptações significativas para as crianças, que estarão acompanhando seu desenvolvimento muito mais ativamente do que a escola. Supondo assim a situação. 34.

(35) em que a criança com baixa visão poderá levar para a escola o seu material de apoio. No entanto um dos requisitos deste projeto como citado anteriormente é que a ferramenta possa ser utilizada tanto pelas crianças com baixa visão como também pelas videntes, que tem visão normal, abrangendo assim também como um segundo público-alvo as escolas, principalmente as que utilizam como base de ensino a metodologia Montessoriana ou de Reggio Emilia, influenciando diretamente o modo que os processos educacionais se desenvolvem e amadurecem. Porém nos processos de criação todos os personagens serão levados em consideração, nos aspectos estéticos-formais do produto, a criança estará no centro, pois ela que utilizará e precisará se sentir, segura, confortável e atraída pelo produto. Já nas questões técnicas de aquisição, montagem e escolha, os pais, responsáveis e escolas serão levados em consideração. Unindo assim todas as particularidades e problemáticas que envolvem os processos analisados. Além do público-alvo também é definido nesta fase o evento-alvo, no caso a adaptação, que já fora vista como um ponto importante que norteia o projeto, como mostra o painel a seguir na figura 07.. Figura 07- Público e evento-alvo. Fonte: A autora (2019). 35.

(36) Também nesta fase retoma-se às perguntas do Sprint feitas inicialmente (Figura 08), em que uma delas estará alinhada aos alvos definidos. Figura 08- Pergunta do Sprint assinalada. Fonte: A autora (2019). Ao fim da fase Segunda-feira do Sprint, que durou em média duas semanas, foram definidos assim, objetivo de longo prazo, perguntas para serem solucionadas, um mapa de análise de contexto e personagens, e escolhidos os alvos principais do projeto. Seguindo assim para a Terça- feira, Esboços.. 5.2 Anteprojeto Assim como em outros métodos projetuais, a fase de criação é a mais esperada, tanto pelo caráter criativo do projetista e sua equipe como também pela sintetização e materialização física ou não da resolução do problema investigado. Na fase terça- feira, o foco são os esboços, porém eles não surgirão sem antes serem feitas algumas análises. Para complementar as mesmas foram utilizadas algumas ferramentas de outros métodos projetuais, pontuadas a seguir.. 36.

(37) 5.2.1 Terça- feira (Criação) A Terça-feira, assim como todos os outros dias do Sprint, são realizados em equipe, porém por conta da natureza do trabalho aqui apresentado, a autora optou por levar a continuidade deste projeto desempenhando os papéis que no Sprint seriam de um coletivo. Após a fase anterior, a atual é conduzida com uma meta, buscar adaptações de ferramentas de auxílio educacional para crianças com baixa visão a priori, podendo ser utilizada por crianças videntes e que atinjam de forma facilitada o público-alvo definido anteriormente, pais, responsáveis e escolas.. 5.2.1.1 Demonstrações relâmpago Trazendo para o contexto metodológico projetual tradicionalmente utilizado, as demonstrações relâmpago podem ser relacionadas às análises de concorrentes. O primeiro passo é a criação de listas com produtos semelhantes na busca de inspirações que possam ser utilizadas para a retirada de conceitos, formas e materiais. Para tal foi utilizada a ferramenta “Painéis Semânticos” (Figura 09) de Baxter (1998).. 37.

(38) Figura 09 - Demonstrações Relâmpago. Fonte: A autora (2019). Os produtos analisados foram tanto similares formais, como pranchetas de desenho e de leitura, produtos de mdf e ideias de encaixes simples. O detalhamento pode ser visto no quadro 1 em seguida.. 38.

(39) Quadro 01- Detalhamento Demonstrações relâmpago. Produto. Nome. Marca/ Designer. Descrição. Slim Studio. MOCHO. Mesa de desenho portátil e compacta de mdf. Mesa Ligera. David Rodrígez. SJÖPENNA. Mia Cullin. Bud. Etienne Esmenjaud. Prancha de leitura com lupa deslizante. CIVIAM. Mesa para computador de mdf com encaixes e passagem de ar. Luminária de piso com montagem por meio de abas e ligas elásticas. Luminária de mdf com montagem por encaixes.. Mesa para auxílio de pessoas com baixa visão com lupa.. Fonte: A autora (2019). Dos produtos comparados alguns itens foram vistos como boas possíveis soluções. Sendo elas o uso do mdf, o sistema de encaixe simples, a regulagem de. 39.

(40) altura e o suporte para lupa com altura para a utilização de livros e outros materiais de leitura. Como assinalado no mapa de análise o passo que precisaria ser focado é a adaptação, este projeto tem como pretensão justamente a transformação de ferramentas já existentes e que possuem funcionamento satisfatório de uma forma socialmente mais acessível. Sendo assim, a escolha de alternativas que usem encaixes sem a necessidade de implementos adicionais como uma quantidade grande de parafusos, por exemplo.. 5.2.1.2 Esboços Após as análises dos concorrentes e as anotações de pontos interessantes, os esboços foram iniciados. A principal referência para o formato principal do produto foi baseado na prancheta da marca MOCHO, demonstrada no quadro anterior no tópico Demonstrações relâmpago, pois é uma alternativa simples e que atende a sua função principal. A fase esboços no Sprint contém a fase de criação em quatro etapas, sendo elas: 1. Anotações, 2. Ideias, 3. Crazy 8s e 4. Esboço da solução. Por ser um produto com muitos elementos, pois irá reunir mais de um apetrecho, a única fase que não pode ser realizada foi o Crazy 8s, que consiste no esboço de oito ideias feitas em um tempo de um minuto cada, por conta disso o esboço rápido de um produto com tantos componentes não seria possível. No entanto as outras foram realizadas com êxito. A primeira, Anotar, tem como objetivo clarear todas as informações chave dos últimos momentos do Sprint, sendo elas o objetivo de longo prazo, as perguntas do “como poderíamos” e as anotações feitas durante as demonstrações relâmpago. A segunda, Ideias, consiste basicamente em rascunhos rudimentares de possíveis soluções, com base nas anotações feitas anteriormente.. 40.

(41) A terceira etapa, chamada Crazy 8s como explicado anteriormente não pôde ser realizada porém os esboços foram realizados por outra lógica. Após uma rápida avaliação das anotações feitas nas demonstrações relâmpago pôde-se observar que a palavra encaixe se repetia mais de uma vez, levando isso em consideração esta palavra foi destacada como uma palavra-chave para orientar os esboços. Outra medida tomada, em relação aos desenhos foi a necessidade da seleção dos itens básicos necessários para o produto.. 5.2.1.3 Anotações Primeiro passo das anotações, relembrar objetivo de longo prazo e como poderíamos.. Objetivo de longo prazo: Aperfeiçoar ferramentas para o processo de leitura na alfabetização e letramento.. Como poderíamos (CP): CP ​Baratear a ferramenta? CP ​ Alcançar diferentes públicos? CP ​ Atender CBV ( crianças com baixa visão) e CV ( crianças videntes)? CP ​Deixar o produto neutro? Retomando assim a pesquisa realizada da fase de embasamento teórico foram listadas ferramentas dentro dos três contextos analisados, baixa-visão na infância, metodologia Reggio Emilia e Montessori. Destas foram extraídas referências de produtos utilizados e formas de ensino. Nos quadros 02, 03 e 04, a seguir pode-se ter uma visão mais clara das características e aplicações referentes a cada um, respectivamente.. 41.

(42) Quadro 02 - Produtos do contexto Baixa visão. Baixa visão Ferramenta. Tiposcópio. Contraste. Lupa de aumento. Aproximação. Característica. Imagem de referência. Aplicação no projeto. Folha plástica de cor preta com retângulos vazados para ajustar o contraste e isolar frases.. No mesmo formato como uma ferramenta complementar.. Ajustes realizados com acetato de cor amarela e mudança de luz. No mesmo formato como uma ferramenta complementar.. Auxílio óptico para ampliação de materiais de leitura escritos.. No mesmo formato porém com calibragens de aumento diferentes.. Regulagem de altura do suporte para leitura.. Regulagem com maior área de suporte para uma maior estabilidade.. Fonte: A autora (2019). 42.

(43) Quadro 03 - Produtos e métodos na metodologia Reggio Emilia. Reggio Emilia Ferramenta. Característica. Mesa de luz. Utilizada no método Reggio Emilia como experiência sensorial e para modificação de contraste.. Alternativa para mudança de contraste e estímulo visual para crianças com baixa visão e videntes.. Proporcionar autonomia na utilização individual e interações coletivas.. Aplicação de formas e materiais que despertam segurança e conforto.. Ambiente e mobiliário de interação. Materiais naturais. Imagem de referência. Utilização de materiais de origem natural para despertar novos sentidos e experiências.. Aplicação no Projeto. Introdução por meio de cores e texturas.. Fonte: A autora (2019). 43.

(44) Quadro 04​. - ​Produtos e métodos na metodologia Montessori Montessori. Ferramenta. Característica. Formas matemáticas. Utilização de formas e materiais matemáticos para incentivar pensamento lógico e autônomo.. Toque manual. Aprendizado facilitado pelo uso do tato estimulando sensações. Aplicação de formas confortáveis e textura de material.. Ambiente projetado para proporcionar autonomia na maioria das atividades. Aplicação de mecanismos simples que facilitem toda a utilização do produto. Autonomia. Imagem de referência. Aplicação no projeto. Aplicação pontual de formas geométricas.. Fonte: A autora (2019). Após feitas tais comparações, é possível extrair uma síntese que permeia os três contextos da seguinte forma, as ferramentas auxiliares e as referências de ensino precisam de uma base para assim compor um produto completo e sólido. Assim sendo, analisando aspectos formais de produtos utilizados em escolas o produto mais utilizado para servir como base para praticamente todas as atividades é a mesa. No entanto para uma melhor utilização, pensando no requisito que a criança possa ter o produto tanto em casa como na escola, a mesa deverá ser portátil.. 44.

(45) Em decorrência, possuindo uma base para apoiar e comportar as atividades as demais ferramentas podem ser aderidas a mesma. Caracterizando um produto com peças que se complementam e desempenham isoladamente suas funções. Um dos pontos importantes durante o embasamento teórico é a utilização de diversas ferramentas pelos indivíduos com baixa visão, para uma criança é possível supor que esta quantidade pode variar e gerar certo desconforto e problemas para administrá-las. Sendo assim, retomando a fase de ideias e esboços, já com o item base para aplicar as demais ferramentas, a mesa, foram listados todos os itens básicos necessários para o produto, contemplando tanto as ferramentas de ensino como as adaptações para a baixa visão.. Itens: Base : Mesa. Subitens: Iluminação de led Apoio para lupa Apoio para folhas e livros Pinos para acetato amarelo de contraste Regulagem de altura.. Após tal listagem foram feitos esboços para cada item a fim de resolver cada um separadamente de forma que em conjunto irão complementar-se de forma satisfatória. 5.2.1.4 Ideias Em continuação às definições extraídas da etapa Anotações, anteriormente apresentadas, foram esboçadas sem muitos caprichos, assim como é citado no livro. 45.

(46) Sprint. Esta fase faz-se necessária para dar o primeiro passos a formas e soluções para serem refinadas na etapa Esboço da solução. As ideias foram focadas em resoluções para a base do produto, uma mesa portátil, com regulagens de altura e tipos de encaixes, conforme pode ser visto na imagem a seguir na figura 10.. Figura 10 - Esboços da fase Ideias.. Fonte: A autora (2019). 5.2.1.5 Esboço da solução Como explicado anteriormente, os esboços foram elaborados para cada parte do produto. O primeiro item a ser resolvido foi o apoio para lupa, durante a primeira reunião com os colaboradores foi questionada a possibilidade de um apoio suspenso que permitisse o uso da lupa para a leitura de livros. Durante as pesquisas das demonstrações relâmpago um dos produtos, uma prancheta, já possui essa resolução porém é utilizado uma estrutura de metal para o apoio da lupa e o seu valor é consideravelmente elevado, aproximadamente R$ 1.390 ( mil trezentos e noventa reais).. 46.

(47) Sendo um dos requisitos deste projeto a disponibilização aberta, buscou-se uma solução com encaixes para o apoio da lupa. O resultado do esboço pode ser visto nas figuras 11 e 12.. Figuras 11 e 12 - Esboços do suporte para lupa.. Fonte: A autora (2019). A segunda resolução em esboço é referente ao tampo superior e a caixa que irá comportar as luzes de led. Para o tampo superior foi necessário resolver três detalhes, os pinos para encaixe do acetato de mudança de contraste, os “trilhos” para que o apoio da lupa possa ser deslizado nos sentidos verticais, para cima e para baixo e o suporte na parte inferior para os materiais didáticos como livros e folhas.. 47.

(48) A resolução de posicionamentos e encaixes pode ser vista a seguir na figura 13. Figura 13 - Esboço da parte superior da mesa.. Fonte: A autora (2019). Por último o último item solucionado foi a base da mesa, onde a regulagem da altura seria apoiada e o mecanismo de apoio para a parte superior seria encaixada. Importante ressaltar que durante a realização dos esboços o mecanismo de apoio foi resolvido para estar ligado por meio de dobradiças na parte inferior da caixa dos LEDs, e se encaixaria a uma parte vazada com mesmo formato na base, quando a mesa fosse fechada. Neste esboço também foi estudada a posição das dobradiças que ligarão as partes superior e inferior da mesa.. 48.

(49) Tais resoluções podem ser vistas na figura 14 a seguir.. Figura 14 - Esboços da parte inferior da mesa. Fonte: A autora (2019). No primeiro momento de esboço, foi pensado em uma regulagem com eixo de suporte centralizado, porém o risco de instabilidade deste tipo de regulagem, levando em consideração que o produto será utilizado por crianças, seria arriscado. Para tal um novo estilo de regulagem foi pensado, dois eixos de suporte e um mecanismo com formato de bandeira com duas pontas, trazendo consequentemente para o produto um ar mais descontraído.. 49.

(50) A figura 15 demonstra a solução do mecanismo de regulagem.. Figura 15 - Esboço da solução para regulagem.. Fonte: A autora (2019). Com os esboços feitos o projeto pôde avançar para a próxima etapa, a Quarta-feira.. 5.2.2 Quarta-feira (Decisão) A Quarta-feira no Sprint é a fase de decisão, onde as opções de soluções serão votadas por meio de algumas ferramentas, no entanto como já explicado anteriormente o grau de detalhamento do produto em questão é alto, por possuir distintos elementos. Para isso a escolha determinada para esta fase será em relação a questões funcionais do produto. Levando em consideração o caráter de disponibilização aberta do projeto, quanto mais simples ele for em seu modelo piloto mais facilmente ele estará suscetível a adaptações de acordo com as necessidades do usuário e. 50.

(51) consequentemente mais acessível financeiramente para a reprodução. Tendo em pauta estas informações três situações foram analisadas.. 1- Mesa com LED colorido, botões para ligar e desligar, mudança da intensidade da luz e fonte de energia por bateria. 2- Mesa com LED colorido, botões de ligar e desligar e intensidade de luz e fonte de energia diretamente na rede elétrica física do ambiente (tomada). 3- Mesa com LED branco, sem botões, com acetato leitoso e coloridos para mudança de intensidade e cor da luz por reflexo e fonte de energia na rede elétrica física do ambiente (tomada).. A partir dessas opções pode ser feita a fase “Batalha de soluções” com três requisitos, facilidade de reprodução, segurança, valor, apresentada no quadro 05 a seguir.. 5.2.2.1 Batalha de soluções Quadro 05 - Batalha de soluções.. Batalha de soluções Opção. Facilidade de reprodução. Segurança. Valor. 1. Baixa. Alta. Alto. 2. Baixa. Média. Médio. 3. Alta. Média. Baixo. Fonte: A autora (2019). A partir da análise e levando em consideração o contexto do projeto, a opção de mesa mais acessível em relação à reprodução e valor foi a terceira. Mesmo que. 51.

(52) no quesito segurança a avaliação seja média, o produto acompanhará sugestões de segurança para que o acionamento do objeto com a fonte de energia assim como seu uso seja supervisionado por um adulto, no entanto apenas como medida de precaução de possíveis acidentes e não como a retirada da autonomia de uso. Estas medidas entretanto farão parte do modelo piloto do projeto como citado previamente, estando o mesmo aberto a modificações.. 5.2.2.2 Storyboard Finalizando a fase de decisão, um breve storyboard foi pensado em relação ao processo de disponibilização do produto, pois a utilização do produto não é capaz de ser idealizada, já que, sendo disponibilizado em plataforma aberta mesmo a versão piloto pode sofrer alterações e receber tratamentos distintos por cada usuário que adquirir. As fases do storyboard podem ser analisadas na figura 16.. Figura 16 - Esquema do Storyboard. Fonte: A autora (2019). Finalizando assim a quarta-feira, decisões foram tomadas e assim a fase de prototipação e modelagem se iniciam na etapa Quinta-feira.. 52.

(53) 5.3 Projeto. 5.3.1 Quinta-feira (Protótipo) A fase de projetação do produto final, no Sprint, pode ser resumida a criação do protótipo. Para este projeto, antes da execução da modelagem gráfica volumétrica, foi construído um ​mockup em escala reduzida para demonstrar a solução de regulagem de altura. Nas figuras 17 e 18 a seguir pode ser observado os dois modos principais do produto, aberto e fechado. Figuras 17 e 18 - ​Mockups​ do produto nas posições fechado e aberto.. Fonte: A autora (2019). Após a resolução do ​mockup a modelagem digital e desenho técnico foram realizados, definindo-se assim medidas gerais e material da mesa com base em produtos similares.. 53.

(54) 5.3.1 Protótipo 5.3.1.1 Especificações Tomando como base os produtos similares, a escolha das medidas e do material utilizado não necessitou da utilização de matriz de decisão, pois sendo de caráter adaptável, utilizar um material que já é utilizado e que cumpre com sua função foi satisfatória. Sendo assim a escolha dos materiais foram escolhidas de acordo com o quadro 06. Quadro 06 - Descrição de materiais. Item. Material. Estrutura da mesa. MDF. Tampo central de material translúcido. Acrílico leitoso. Dobradiças. Metal. Luzes. Fitas de LED Fonte: A autora (2019). Com tais especificações o produto pôde ser modelado digitalmente e prototipado em escala para uma melhor visualização volumétrica do mesmo. O resultado pode ser visto nas figuras 19, 20, 21, 22, 23 e 24.. 54.

(55) Figura 19- Vista fronto lateral da mesa em posição fechada.. Fonte: A autora (2019) Figura 20 - Vista fronto lateral da mesa em posição aberta em 30°.. Fonte: A autora (2019). 55.

(56) Figura 21- Vista lateral posterior da mesa em posição aberta em 30°.. Fonte: A autora (2019) Figura 22 - Vista lateral do protótipo. Fonte: Clicklab, 2019.. 56.

(57) Figura 23 - Vista posterior do protótipo.. Fonte: Clicklab, 2019. Figura 24 - Vista superior do protótipo.. Fonte: Clicklab, 2019.. 57.

(58) 5.3.2 Detalhamento do produto Figura 25 - Detalhamento dos componentes na vista fronto lateral.. Fonte: A autora (2019). Figura 26 - Detalhamento do produto na vista posterior.. Fonte: A autora (2019). 58.

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