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Acção, pensamento e futuro Autor(es):

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Academic year: 2022

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Acção, pensamento e futuro

Autor(es): Tavares, Gonçalo M.

Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra URL

persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/43079

DOI: DOI:http://dx.doi.org/10.14195/0870-4112_3-3_11 Accessed : 14-Oct-2022 04:41:47

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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BIBLOS

FUTUROS 3

NÚMERO 3, 2017

3.ª SÉRIE

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS

Revista da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

(3)

Cruzamentos

GONÇALO M. TAVARES

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DOI

https://doi.org/10.14195/0870-4112_3-3_11 Recebido em setembro de 2016 Aprovado em dezembro de 2016

Biblos. Número 3, 2017 • 3.ª Série pp. 225-226

ACÇÃO, PENSAMENTO E FUTURO Action, thought and the future

GONÇALO M. TAVARES caminho@editorialcaminho.pt Associação Portuguesa de Escritores

(5)

226

GONÇALO M. TAVARES

1. Valéry escreveu algumas páginas importantes sobre o histórico encontro entre Napoleão, símbolo do “império fundado sobre a inteligência em acção”, e Goethe, símbolo do império “da inteligência em estado de liberdade”. E que também foi o encontro entre o poder e a cultura. Desse encontro saíram as célebres palavras de Napoleão a Goethe: “Você, é um Homem”, numa de- monstração do respeito que a Pura acção – Napoleão – ainda assim guarda pelo Puro pensamento.

Claro que esta divisão entre acção-pensamento é sempre um pouco ar- tificial e forçada – o próprio Valéry escreveu que “não existe teoria que não seja um fragmento, cuidadosamente preparado, de alguma autobiografia”. Ou seja, a teoria - a organização do pensamento - tem uma ligação fortíssima e inabalável, às acções sucessivas que, a certa distância, formarão aquilo a que chamamos biografia de uma pessoa.

2. Por outro lado, conhecimento e possibilidade de acção estão muitas vezes afastados, separados, quase como se fossem inimigos.

Um exemplo literário. Num sonho ficcional em redor das teorias de Einstein, o escritor Alan Lightman apresenta uma espécie de vagabundos que têm a particularidade de conhecer já o futuro. Um desses viajantes que vem do futuro “é obrigado a assistir aos acontecimentos sem neles tomar parte, sem neles interferir”.

Sabe o que vai acontecer (tem um conhecimento excepcional, sabe a mais), mas nada pode alterar (está desprovida de acção). E eis o que sucede: esse via- jante sente “inveja das pessoas que vivem no seu próprio tempo, que podem agir livremente, sem pensar no futuro...”.

Ele, o viajante do futuro, aquele que tem uma informação privilegiada, não pode agir, em suma: “Perdeu a sua personalidade”.

O importante neste pequeno conto é a relevância dada ao agir relativa- mente ao conhecer.

De facto, no futuro certamente saberemos mais – enquanto indivíduos e enquanto colectivo. Porém, isso não é o essencial.

No futuro vamos conseguir agir mais? – eis a questão central.

Referências

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