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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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Segurança Pública: uma análise institucional e de políticas públicas na última década (2008-2017)

Louise de Almeida dos Reis – loloareis@gmail.com – Polo Itaocara - UFF/ICHS

Resumo

O presente estudo aborda os aspectos da segurança pública no Brasil nos últimos dez anos, em termos institucionais e programáticos. O objetivo geral do trabalho é analisar o contexto em que se encontra a segurança pública no Brasil de 2008 a 2017, a fim de investigar medidas preventivas e de controle por meio de políticas públicas. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica e documental que embasou a realização da discussão do estudo, além de levantamento de dados oficiais do governo sobre a segurança pública, para análise dos resultados. Foi observado que, na última década, tanto as taxas de criminalidade quanto a de gastos públicos com segurança foram elevadas, o que denota a necessidade de políticas mais efetivas no investimento dos recursos para a visualização de resultados concretos.

Palavras-chave: Segurança Pública; Violência; Políticas Públicas.

1 – INTRODUÇÃO

A segurança pública compreende-se como principal requisito à garantia de direitos e ao cumprimento de deveres, enquanto princípio constitucional. É vista como uma demanda social que carece de estruturas estatais e demais organizações da sociedade para se tornar efetiva. O sistema de segurança pública é composto pelas instituições ou órgãos estatais encarregados de seguir ações direcionadas à garantia da segurança e possui como eixo político estratégico a política de segurança pública que é o conjugado de ações esboçadas em planos e programas e praticados para assegurar a segurança individual e coletiva (CARVALHO; FÁTIMA E SILVA, 2011).

Para Costa e Grossi (2007) a segurança pública tem sido alvo de muitas pesquisas, e se tornado discussão presente na sociedade e para os governos por ser um problema emergente, uma vez que os mecanismos de enfrentamento da criminalidade e da violência não têm sido capazes de garantir a segurança da sociedade.

Os autores acrescentam que no campo do processo de construção da política de segurança pública, são preparados os instrumentos e as estratégias de enfrentamento da violência e da criminalidade que atingem o meio social. A participação das instituições representativas da sociedade civil torna-se decisiva para a proposição de qualquer política pública. A complexidade da questão se traduz na importância da real participação da sociedade como meio de democratizar o aparelho estatal objetivando a garantia de uma segurança cidadã (CARVALHO; FÁTIMA E SILVA, 2011).

Para Costa e Grossi (2007), a seriedade dos acontecimentos da violência e da criminalidade no Brasil, com a emergência de situações repentinas capazes de colocar em risco cidades inteiras, não tem, contudo, admitido a oferta de respostas inovadoras em busca de mais eficiência no que diz respeito às políticas de segurança pública.

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2 Em contrapartida, grande parte das vezes, as medidas adotadas pelo Poder Público em seus diversos âmbitos, tem se resumido a mais do mesmo, ainda que conhecidamente ineficazes na produção de resultados favoráveis ao bem-estar social em termo de segurança (CARVALHO; FÁTIMA E SILVA, 2011).

A partir deste cenário, surgiu o seguinte problema: Como se encontra o contexto da segurança pública brasileira ao longo da última década?

O presente trabalho é relevante devido o crescimento da violência urbana nos últimos anos e da importância que o brasileiro tem dispensado a esta questão. Conforme o Instituto Data Folha (2002), a segurança pública era a segunda principal preocupação dos eleitores (21%), atrás apenas do desemprego. Também, para a população, os governos municipais (27%), estaduais (30%) e federal (32%) eram igualmente responsáveis pela segurança da sociedade.

Diante disso, foram exigidos maiores investimentos em segurança, reformas nas estruturas das polícias e implantação de políticas públicas mais eficazes. É esperado do Governo Federal, por parte da sociedade, um envolvimento maior na gestão da segurança pública.

Neste contexto, o objetivo geral do trabalho é analisar o contexto em que se encontra a segurança pública no Brasil de 2008 a 2017, a fim de investigar medidas preventivas e de controle por meio de políticas públicas. Entre os objetivos específicos estão o de argumentar sobre a segurança pública e o direito fundamental consagrado ao cidadão, bem como discorrer sobre o cenário atual da Segurança pública no Brasil.

A metodologia utilizada para realização desse trabalho, contou com auxílio de bibliografias que abordam esta temática, utilizando-se de revistas, artigos e publicações presentes na internet. A partir dessa pesquisa, será desenvolvida a revisão bibliográfica que servirá de base para realização da discussão do estudo, além de levantamento de dados oficiais do governo sobre a segurança pública, por meio de base de dados online.

O trabalho está organizado da seguinte forma: Primeiramente, foi feito uma conceituação da segurança pública como direito fundamental; em um segundo momento foi apresentado a atual conjuntura em que se encontra a sociedade civil em termos de segurança pública, os fatores motivadores e o posicionamento do Poder Público em relação a essa situação; em um terceiro momento foi apresentada a metodologia utilizada para a realização do trabalho; em seguida, foram expostos dados da pesquisa e as eventuais interpretações obtidas por meio de gráficos de análises da criminalidade e gastos do poder público com a pasta da segurança; por fim, foi apresentado e discutido a formulação de medidas propostas pelo Poder Público que levem à sociedade civil, o bem estar advindo de uma segurança pública de qualidade .

2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A temática da segurança pública tem ganho notoriedade no Brasil. Sendo compreendida como um direito fundamental intrínseco a todos os indivíduos e promotor da efetivação dos demais direitos, da cidadania e da solidificação do Estado Democrático de Direito. Porém, ao longo do trabalho serão expostos elementos que tornam distante e complexa a real função desse conceito, principalmente, nos dias atuais. Diante disso, resta demonstrar a importância do papel do Poder Público diante da garantia da segurança pública.

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3 2.1 – Segurança Pública: direito fundamental consagrado ao cidadão

A segurança pública é tema constante de inúmeros diplomas legais enquanto direito que deve ser assegurado à sociedade pelo Estado. Nota-se que, desde os primórdios das leis, tratados, convenções, ela é tratada desta maneira.

Em 1776, a Declaração de Direitos da Virgínia, aludiu em seu primeiro artigo que todos os homens nascem livres e tem direitos à liberdade, à vida, à propriedade, a procurar a felicidade e a ter segurança. Em 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mencionou em seu artigo 2º, que o fim da associação política é guardar os direitos imprescindíveis do homem, entendidos como o direito à liberdade, propriedade e à segurança. Em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos reuniu em seu artigo 3º os três direitos fundamentais comuns a toda a humanidade: “Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”

(RODRIGUES, 2009, p. 139). Também, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), de 1969 que entrou em vigor em 1978 e foi admitida pelo Brasil em 1992, traz diversos dispositivos sobre segurança pública (RODRIGUES, 2009).

Seguindo esta linha, em 1988, a Constituição da República Federativa do Brasil, no caput do seu artigo 5º, elenca a segurança pública no rol dos direitos fundamentais, garantindo aos brasileiros e estrangeiros o direto à vida, liberdade, igualdade, propriedade e segurança (BRASIL, 1988).

Nesta mesma Carta Magna, mais especificamente no caput do artigo 6º, a segurança é classificada com um direito social, atrelando-se a ordem social. Dessa forma, fica claro que a segurança é um dos desígnios do Estado que promove ao cidadão a obtenção dos seus próprios objetivos. Além disso, ela configura-se como dever do Estado e responsabilidade de todos, conforme o artigo 144 da referida Constituição, onde se institui um conceito democrático de segurança pública (SOUZA, 2008).

Nesse contexto, desde a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão já se dispunha que para assegurar os direitos consagrados naquele diploma, era preciso de uma força pública de confiança da população para atuar a favor da coletividade, e nunca, com foco em interesses particulares. Ainda, o inciso II do artigo 29, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, afirma o dever do Estado respeitar os direitos fundamentais para atingir o bem-estar social e assegurar a ordem pública. Assim, compreende-se que a segurança pública busca garantir a real eficácia dos direitos e liberdades fundamentais, possibilitando o exercício da cidadania e o convívio harmônico em sociedade (REPRESENTAÇÃO DA UNESCO NO BRASIL, 1998).

Observados os artigos 5º, 6º e 144 da Constituição Federal de 1988, a segurança pública se estabelece como direito fundamental com características de defesa ou liberdade, de prestação social e proteção perante terceiros, conforme o contexto que se insere nos artigos citados, respectivamente. Unindo essas funções se obtém um conceito amplo de segurança pública, como sendo um direito fundamental que adjudica ao seu titular prerrogativas que efetivam a garantia da dignidade da pessoa humana, da liberdade e igualdade, firmando um estado de proteção que possibilita que os cidadãos usufruam de todos os outros direitos garantidos no ordenamento jurídico (FABRETTI, 2014).

Souza (2009, p. 300) traz um conceito de segurança pública que permite uma análise profunda do mesmo: “A um Estado que possibilita (viabiliza) o livre exercício dos direitos, liberdades e garantias consagrados na Constituição e na Lei. A segurança é, simultaneamente, um bem individual e coletivo, tal como a sociedade pertence a todos e a cada um”.

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4 Os autores Matsuda, Graciano e Oliveira (2009, p. 21), também aduzem sobre a temática: “[...] é uma política que deve ser desenvolvida pelos órgãos públicos e pela sociedade, dentro dos limites da lei, garantindo a cidadania de todos”.

Em um conceito amplo, a segurança pública é o meio por onde é expressamente garantido a proteção à vida, à liberdade e ademais direitos considerados fundamentais à pessoa humana, almejando a concretização de um convívio pacífico e harmonioso entre os indivíduos que formam a sociedade. Resumidamente, a segurança pública é um direito fundamental que garante aos elementos da sociedade a fruição de todos os demais direitos consagrados no ordenamento jurídico. Porém, a sociedade e tudo que nela há, vai se adaptando a realidade do momento. No cenário atual, esse conceito de segurança pública está compreendido sob uma perspectiva mais complexa devido às mudanças sofridas e aos novos problemas sociais enfrentados. A ideia de direito fundamental garantido pelo Estado vai se distorcendo quando se ultrapassa a esfera policial e encara-se problemas sociais que geram, de forma direta, um forte impacto na vida das pessoas, como a violência, a criminalidade, a guerra de facções, o tráfico de drogas, armas e de seres humanos (RODRIGUES, 2009).

É imprescindível destacar que quando o direito fundamental à segurança pública é ferido, há um rompimento quase que automático com a garantia dos outros direitos fundamentais (ALVES, 2011).

2.2 – O cenário atual da Segurança pública no Brasil

Após analisado o conceito de segurança pública, pode-se observar que a manutenção desse direito fundamental tem sido cada vez mais difícil. A sociedade se encontra, atualmente, refém de uma arma letal que destrói a garantia desse direito: a criminalidade. O Brasil vem enfrentando um cenário de insegurança e criminalidade em dados que apontam o crescimento de crime organizado em todo país representado pelas facções criminosas presentes em todos os estados da federação. Há um grande índice de crimes que não estão relacionados com as organizações criminosas, mas que ainda assim geram aflição e insegurança em toda a sociedade brasileira tal como roubos, homicídios, pequenos furtos além da violência injustificada presente principalmente nos grandes centros urbanos do país tornando a população refém do medo (DIAS; MANSO, 2018).

Ainda há que se destacar que, conforme aborda autores como Farias (2018, p.03) dentre as vítimas de homicídio no Brasil, “71% são negras. O perfil de quem mata e morre no país é o mesmo: homens negros, com baixa escolaridade e renda, moradores de periferia e com idade de até 29 anos”.

Para Soares (2006) as explicações para o tema não são simples. Especialmente, é preciso fugir da recorrente generalização. Não existe o crime, no singular. O que existe é uma enorme variedade de práticas criminosas, relacionadas a contextos sociais diversos. Por isso, é ilógico pensar que seria admissível assinalar somente um motivo para o universo heterogêneo da criminalidade. Sobre tal cenário, observa-se que muitos crimes como roubos derivam de questões socioeconômicas e de políticas sociais capazes de evitara que as ruas de todo o país se torne lar de pessoas com pouca ou nenhuma perspectiva de vida tornando-se marginalizadas de modo que, dessa forma não se mostre:

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5 [...] difícil recrutar um verdadeiro exército de jovens quando se oferecem vantagens econômicas muito superiores às alternativas proporcionadas pelo mercado de trabalho e benefícios simbólicos que valorizam a autoestima, atribuindo poder aos excluídos.

Por outro lado, os operadores do tráfico de armas, que atuam no atacado, lavando dinheiro no mercado financeiro internacional, não são filhos da pobreza ou da desigualdade. Suas práticas são estimuladas pela impunidade. (SOARES, 2006, P. 93- 94).

Observa-se, desse modo, que pobreza e desigualdade são e não são fatores motivadores da criminalidade, e isso dependerá do tipo de crime, do contexto intersubjetivo e do meio cultural que é avaliado. Esse quadro complexo requer políticas sensíveis às muitas extensões que o formam. Por isso, é necessário abandonar as visões unilaterais e o voluntarismo. Sob uma análise institucional, percebe-se que nos últimos dez anos tem se oferecido maior atenção à segurança pública devido ao aumento dos índices de criminalidade e pela percepção da necessidade de reformas administrativas visando promover a cultura de paz (CANO, 2006).

A partir dessa premissa, nota-se a falta de controle da condição de proteção social e ordem pública, fato que vem movimentando outras esferas do País, como o governo federal, Municípios, terceiro setor e especialistas no assunto, a fim de formular políticas públicas de segurança mais efetivas (CANO; RIBEIRO, 2007).

Diante desse panorama, quanto às políticas públicas de segurança, o Poder Público atua por meio de suas polícias na tentativa de combate e repressão à criminalidade:

O contexto institucional, na esfera da União, caracteriza-se pela fragmentação no campo da segurança pública. O problema maior não é a distância formal, mas a ausência de laços orgânicos, no âmbito de coordenação das políticas públicas. O que se está enunciando é grave: os respectivos processos decisórios são incomunicáveis entre si. As polícias brasileiras, de um modo geral, são ineficientes na prevenção e na repressão qualificada, na investigação e na conquista da indispensável confiança da população. Problemas ligados à corrupção e à brutalidade ultrapassam qualquer patamar aceitável. São refratárias à gestão racional, não avaliam a própria performance, nem se abrem a controle e monitoramento externos. Não se organizam com base em diagnósticos sobre os problemas a enfrentar, o modo de fazê-lo, as prioridades a definir e as metas a identificar. Não planejam sua prática, a partir de diagnósticos, fundados em dados consistentes, nem corrigem seus erros, analisando os resultados de suas iniciativas – os quais, simplesmente, ignoram. São máquinas reativas, inerciais e fragmentárias, inscritas num ambiente institucional desarticulado e inorgânico, regido por marcos legais rígidos e inadequados (SOARES, 2006, p. 99- 100).

Como exposto, a situação é complexa. É preciso um envolvimento dos órgãos gestores das políticas públicas com as forças policiais brasileiras, atuando com a ajuda da sociedade, maior conhecedora da realidade, nos focos de violência, para que mova ações no âmbito da segurança pública. Com esse olhar mais aproximado poderão nascer políticas de inclusão social que possibilitem ações positivas a fim de incitar a diminuição dos índices de criminalidade (GONDIM; VAREJÃO, 2007).

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6 3 – METODOLOGIA

Segundo Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento científico, é necessária a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o método que possibilitou chegar ao conhecimento. Para o autor, já houve época em que muitos entendiam que o método poderia ser generalizado para todos os trabalhos científicos. Os cientistas atuais, no entanto, consideram que existe uma diversidade de métodos, que são determinados pelo tipo de objeto a pesquisar e pelas proposições a descobrir.

A pesquisa aqui exposta é do tipo aplicada quanto à sua natureza, a fim de sugerir medidas preventivas de assistência, controle e fiscalização do poder público sobre o setor de segurança pública em busca de alcançar o bem-estar da sociedade, conforme define Unisanta (2018, p.2), pois, esta “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”.

Classifica-se, quanto ao objetivo da pesquisa, como explicativa. Lakatos e Marconi (2001) afirmam que a pesquisa explicativa registra fatos, analisa-os, interpreta-os e identifica suas causas. Essa prática visa ampliar generalizações, definir leis mais amplas, estruturar e definir modelos teóricos, relacionar hipóteses em uma visão mais unitária do universo ou âmbito produtivo em geral e gerar hipóteses ou ideias por força de dedução lógica.

Para Gil (1999), a pesquisa explicativa tem como objetivo básico a identificação dos fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenômeno. É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos fenômenos.

Quanto à abordagem do problema a pesquisa se classifica como qualitativa. Segundo Gil (1999), o uso dessa abordagem propicia o aprofundamento da investigação das questões relacionadas ao fenômeno em estudo e das suas relações, mediante a máxima valorização do contato direto com a situação estudada, buscando-se o que era comum, mas permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.

O presente artigo se desenvolveu por meio de pesquisa bibliográfica, utilizando as metodologias propostas por Fonseca, Gil e Lakatos e Marconi. A fundamentação teórica teve como base livros, pesquisas e estudos de diversos autores que discorreram sobre a segurança pública no Brasil.

Para Fonseca (2002, p. 37):

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta.

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7 Sobre as características da pesquisa bibliográfica, aduz Gil (1999, p. 37):

Os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema. O desenvolvimento da discussão do trabalho, sempre leva em consideração o amparo teórico oferecido pela pesquisa bibliográfica, que deve ser referente a temática do estudo.

Para exposição dos resultados e sua discussão, contou-se com o levantamento de dados oficiais do governo sobre a segurança pública, por meio de base de dados online, como Scielo.

Ademais, o presente estudo visa expor a representatividade da segurança pública para a sociedade em geral enquanto direito fundamental e realizar uma análise do atual contexto em que este setor se encontra a fim de sugerir medidas preventivas de assistência, controle e fiscalização do poder público em busca de alcançar o bem-estar da sociedade. Assim, os resultados aqui encontrados, dizem respeito à generalização de todo universo do assunto durante o levantamento realizado no período do estudo.

4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao observar o âmbito da segurança pública nacional, dois fatores merecem destaque para avaliar seu cenário na última década: violência e verbas destinadas.

Para realizar uma análise sobre os índices de violência, há muito de se utilizar a contagem do número de homicídios como ferramenta de mensuração. Seja por sua gravidade ou por ser um dos crimes mais bem notificados, o que facilita a previsão nas estatísticas, o homicídio se tornou o indicador utilizado com mais frequência.

Importante ressaltar que as publicações ligadas aos órgãos nacionais de segurança pública utilizam a nomenclatura “Mortes Violentas Intencionais”, que possui o mesmo significado de homicídio.

Cabe ainda a observação de que se referir ao número de homicídios como um bom indicador de criminalidade e violência não significa que os demais indicadores são inúteis ou falhos.

Nesse sentido, avalia-se os resultados primeiramente pelo comparativo da taxa de mortes violentas intencionais em 2008 e no mais recente estudo do Anuário Brasileiro de Segurança Pública do ano de 2018 que retratam os dados referentes tema do ano de 2008 ao ano de 2016, como demonstra a Figura 1:

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8 Figura 1 - Taxa de Homicídios por 100 mil habitantes a partir de 2008

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2018)

A Taxa de Homicídios por 100 mil habitantes é de 63.895 em 2017, com uma média de 175 mortos por dia e uma taxa de 30,8 mortes a cada 100 mil habitantes. Esses dados demonstram um crescimento de 2,9% entre 2016 e 2017 (FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2018). Sendo assim, foi feito um apanhado destacando os estados com as maiores e menores taxas de Homicídios, conforme Figura 2:

Figura 2 – Maiores e menores Taxas de Homicídios por 100 mil habitantes no Brasil

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2018)

Como se depreende da análise das figuras acima expostas, houve um aumento da Taxa de Homicídios nos últimos 10 anos, apresentando-se algo em torno de 26,7 no ano de 2008 e 30,8 no ano de 2017, último ano pesquisado pelo Anuário. Neste ano, recebeu destaque no Brasil com a maior taxa o Estado do Rio Grande do Norte e menor taxa o Estado de São Paulo.

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9 Esses dados demonstram tanto a naturalização do fato como a falta de compromisso dos três entes federal, estadual e municipal com a difícil pasta da segurança pública. Os reflexos desses índices atingem negativamente inúmeros fatores, principalmente a saúde, a dinâmica demográfica e, consequentemente, o processo de desenvolvimento econômico e social.

Muitas questões estão ligadas ao aumento da violência, como educação e inclusão social, contudo o fator econômico merece uma atenção especial por possuir relação mais direta.

Podem se elucidar 4 pontos que exemplificam essa afirmativa:

- Mercado de trabalho: o progresso econômico eleva a oferta de vagas de trabalho, de forma simultânea do aumento do salário real do trabalhador. A alta do mercado de trabalho diminui o incentivo à entrada no mundo da criminalidade, reduzindo os incentivos a favor do crime, o que possibilita a queda das taxas. Por óbvio, se as oportunidades de emprego estão limitadas somente a um grupo restrito da sociedade, em parte dos casos, a facilidade do mundo do crime se torna atrativa para aqueles sujeitos que permanecem desempregados, sem oportunidades e perspectivas futuras. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea, após intenso estudo sobre todos os municípios brasileiros desde a década de 80, concluiu- se que a cada 1% de redução da taxa de desemprego houve uma queda de 2,1% na taxa de homicídio (CERQUEIRA; MOURA, 2015).

- Mercados ilícitos: representam um dos pontos negativos que decorrem da economia dos centros urbanos. Com o crescimento desses negócios, surge o aumento à prevalência da violência mortal, empregada não somente na disputa por mercados, mas ainda como forma de cobrança ou vingança (CERQUEIRA; MOURA, 2015).

- Desorganização Social: a influência do fator econômico resulta também, ainda que indiretamente, em um processo de desorganização social, a partir da migração de mão de obra na busca por oportunidades, unida a modificações no espaço urbano e áreas residenciais, que formam um descontrole social com o aumento de ocasiões para a ocorrência de crimes, devido também à facilidade de anonimato e de fuga do indivíduo que comete o delito, como as periferias e comunidades carentes (CERQUEIRA; MOURA, 2015).

- Falta de qualidade das Políticas Públicas: decorrente das citadas transformações urbanas e sociais que ocorrem rapidamente e sem a cobertura das políticas públicas preventivas e de controle adequadas, tanto na pasta da segurança pública, mas também da educação, assistência social, cultura e saúde, constituindo assim outro ponto principal onde o fator econômico pode atingir a taxa de criminalidade nas cidades. Ou seja, a qualidade da política pública é uma questão crucial para a redução das dinâmicas criminais (CERQUEIRA;

MOURA, 2015).

Ainda, é importante avaliar quanto foi investido em segurança pública desde o início do período pesquisado, assim a Figura 3 traz as despesas per capita dos anos de 2008 e 2009:

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10 Figura 3 – Despesa per Capita com Segurança Pública (2008-2009)

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2010)

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11 As Verbas destinadas à Segurança Pública em 2017 foram de 84,7 bilhões de reais, sofrendo uma variação de 0,8%. O Brasil gasta R$ 408,13 por cidadão com segurança pública, o que corresponde a 1,3% do PIB nacional. O investimento é de 9,7 bilhões da União, ocorrendo um aumento de 6,9%; 5,1 bilhões para os Municípios com redução de 2% e 69,8 bilhões para as Unidades da Federação, com variação de 0,2% (FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 2018).

Pelo exposto, percebe-se que o gasto per capita com segurança pública cresceu de R$208,47 em 2008 para R$ 408,13 em 2017, se elevando na União e Estados e diminuindo para os Municípios.

Os gastos com segurança pública são apenas uma parcela do montante total, demonstrando a ausência de exata noção dos valores investidos em Segurança Pública:

Existem custos econômicos intangíveis, sobre os quais não há uma despesa específica, mas que contribuem para diminuir a qualidade de vida e o bem-estar da população Assim, além de execução orçamentária destinada ao sistema de justiça criminal (Polícias, Ministério Público, Defensorias, Justiça e sistemas de execução penal e socioeducativo), outras despesas devem ser incluídas no cálculo como sistema de saúde para tratamento de vítimas, assistência e previdência social, seguros, segurança privada, custo econômico dos homicídios, aumento dos custos de logística, diminuição da receita com turismo, perda de investimentos etc. (CERQUEIRA, 2017, p. 76).

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública (com base em dados do Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional – STN) determina as despesas com segurança pública no Brasil sob a categoria “Função Segurança Pública”, e a divide em subcategorias que consideram somente as despesas do governo com segurança (FBSP, 2017).

Para determinar tais despesas, definidas como os “custos do crime” é preciso de abrangência e a consideração de três vetores:

a) custos sociais do crime: “que incluem os custos de vitimização em termos de perda de qualidade de vida devido a homicídios e outros crimes violentos e de renda não gerada da população encarcerada”; b) custos incorridos pelo setor privado: “que incluem as despesas de empresas e domicílios com prevenção do crime, especificamente gastos com serviços de segurança”; c) custos incorridos pelo governo: “que incluem despesas com o sistema judicial, serviços policiais e administração de prisões” (JAITMAN; TORRE, 2017, p. 22).

A partir dessas explanações, observa-se a diversidade de abordagens metodológicas na verificação das despesas com segurança pública, podendo ser considerados todos os gastos da violência ou somente os gastos governamentais com segurança. Verifica-se que a União e os Municípios ficam com uma parcela muito inferior da responsabilidade comparada aos Estados da Federação. Além disso, o investimento na pasta de segurança pública também é muito variável a depender do Estado. Nesse sentido, observa-se a necessidade de uma uniformização nas despesas com segurança pública que serão mensuradas.

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12 Destaca-se ainda – e principalmente –, a informação de que os gastos com segurança pública nacional aumentaram quase o dobro de 2008 a 2017, no entanto, a taxa de criminalidade também sofreu crescimento, o que traz o questionamento sobre a eficiência da aplicabilidade desses recursos. Não é preciso somente investir, antes de tudo é extremamente relevante saber investir, é o momento do know-how ser implementado.

Acredita-se que para melhor retorno das políticas públicas existentes, é necessário, primeiramente, da mais precisa coleta de dados a fim de levantar estatísticas fiéis. Nos anos 70, a violência urbana tomou a atenção e apreensão da sociedade e das ciências sociais, entre outras, que passaram a acompanhar seu desenvolvimento. A informatização dos distritos policiais e o desenvolvimento de uma cadeia de soluções tecnológicas passaram a possibilitar apurações mais concisas e céleres (CARVALHO; FÁTIMA E SILVA, 2011).

Em 2012, a Lei nº 12.681 elaborou o Sistema Nacional de Informações em Segurança Pública (Sinesp) para possibilitar o armazenamento, tratamento e integração de dados para ajudar na formulação, implementação, execução, acompanhamento e avaliação das políticas na área.

A fim de promover o desenvolvimento de políticas públicas de segurança, três das principais organizações que trabalham com essa pasta no país, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e os Institutos Sou da Paz e Igarapé, elaboraram propostas na chamada “Agenda Segurança Pública É Solução” (FBSP, 2017).

A citada publicação encontra-se estabelecida sobre duas prioridades que a segurança pública precisa encarar nos próximos quatro anos: 1) Diminuição e prevenção dos crimes violentos, e 2) Enfraquecimento das estruturas do crime organizado. As propostas para encarar os problemas encontrados se decompõem em sete eixos programáticos: 1. Sistema eficiente para gerir a segurança pública; 2. Estruturas estatais coercitivas e regulatórias para encarar o crime organizado; 3. Efetividade e eficácia do trabalho da polícia; 4. Reestruturação do sistema prisional; 5. Programas de prevenção da violência; 6. Reorientação da política de drogas; 7.

Regulação e o controle das armas de fogo (FBSP, 2017).

5 – CONCLUSÃO

A segurança pública, direito fundamental consagrado constitucionalmente ao cidadão, faz parte dos principais pilares da sociedade, tornando-se alvo de inúmeras políticas públicas de implementação.

A partir do estudo, foi possível observar que o cenário da segurança pública se agravou com os anos, ao passo que os investimentos em segurança pública quase dobraram, contudo a taxa de homicídios – taxa mais usada para mensuração da violência urbana – continuou crescendo.

O governo apresenta alguns projetos legítimos na tratativa da segurança pública, contudo, fica claro que a pasta da segurança pública exige medidas mais efetivas que previnam um quadro irreversível, de forma que ao menos controle o atual panorama e origine expectativas de mudanças. Para isso, é preciso basear as políticas e ações em casos que refletiram impactos positivos mensuráveis na segurança pública nacional e que garantam o compromisso com os valores democráticos.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

13 Obviamente, este estudo não pretendeu esgotar todos os aspectos ligados à segurança pública, mas sim explanar o panorama nacional na última década, abrindo margem para posteriores estudos sobre modelos de políticas publica efetivas e aplicáveis ao Brasil.

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Rodrigo Vitorino Souza. Direitos fundamentais: uma tomada de posição dos direitos sociais no sistema constitucional. 196f. Dissertação (Mestrado em Direito).

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