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Legislação, Sumário TRABALHO FGTS PREVIDÊNCIA SOCIAL JURISPRUDÊNCIA

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Sumário

TRABALHO

ABONO PECUNIÁRIO DE FÉRIAS

Pagamento – Orientação ...129

ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Homologação – Resolução 5 CRMV-PB ...123

ESTETICISTA

Exercício da Profissão – Lei 13.643 ...124

ESTRANGEIROS

Autorização de Trabalho – Resolução Normativa 26 CNI ...122 Concessão de Visto – Resolução Normativa 26 CNI ...122

FARMACÊUTICO

Exercício da Profissão – Deliberação 2 CRF-AL ...125

JORNADA DE TRABALHO

Regime de Teletrabalho – Despacho S/N MTb ...123 Regime de Teletrabalho – Parecer 2 CONJUR-MTB-CGU-AGU ...123

MÉDICO-VETERINÁRIO

Exercício da Profissão – Resolução 5 CRMV-PB...123

PISO SALARIAL

Estado do Rio Grande do Sul – Lei 15.141-RS ...124

RADIALISTA

Exercício da Profissão – Decreto 9.329...126

TÉCNICO EM ESTÉTICA

Exercício da Profissão – Lei 13.643 ...124 ZOOTECNISTA

Exercício da Profissão – Resolução 5 CRMV-PB...123 FGTS

SALDO DAS CONTAS

Atualização – Abril/2018 – Edital S/N Caixa ...122 PREVIDÊNCIA SOCIAL

BENEFÍCIO

Restituição – Resolução 640 INSS...121 EFD-REINF

Normas para Apresentação – Ato Declaratório

Executivo 25 Cofis ...121 JURISPRUDÊNCIA

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Labora em condições de perigo todo o empregado que exerce suas atividades na área de operação de abastecimento de aeronaves, sendo devido o pagamento

de adicional de periculosidade...121 BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

O termo inicial do benefício de auxílio-reclusão, quando devido a dependente absolutamente incapaz, é a data

da prisão do segurado ...120

Legislação,

ÚLTIMO DIÁRIO PESQUISADO

05/04/2018

ANO:52 – 2018 FECHAMENTO: 05/04/2018 EXPEDIÇÃO:08/04/2018 PÁGINAS: 130/119 FASCÍCULO Nº: 14

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TRABALHO

ORIENTAÇÃO

ABONO PECUNIÁRIO DE FÉRIAS

Pagamento

Confira as normas que tratam do pagamento do abono pecuniário de férias

Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho (período aquisitivo), o empregado tem direito ao gozo de um período de férias.

A legislação faculta ao empregado converter uma parte dessas férias em dinheiro, ou seja, é concedido o direito de “vender” 1/3 de seu período de férias, não podendo o empregador se opor.

Neste Comentário, analisamos como se processa o cálculo e o paga- mento do abono pecuniário de férias, bem como alertamos alguns cuidados que devem ser tomados, após a edição da Lei 13.467/2017, conhecida popularmente como Reforma Trabalhista, que vigora desde 11-11-2017, com relação ao fracionamento e início do gozo das férias.

1. ABONO PECUNIÁRIO

O abono pecuniário de férias consiste em uma quantia em dinheiro correspondente a 1/3 do período de férias a que o empregado fizer jus.

Essa quantia será devida quando o empregado solicitar ao empre- gador a conversão daquele período de férias em valor monetário.

Em outras palavras, são os dias conhecidos como de “venda das férias”.

Essa conversão é uma faculdade atribuída apenas ao empregado, devendo ser concedida obrigatoriamente pelo empregador, quando solicitada dentro do prazo legal.

1.1. DOUTRINA

Segundo entendimento doutrinário, o abono pecuniário não deve ser contado como tempo de serviço.

Por conseguinte, não deve ser considerado nem antes nem depois do período de gozo das férias, tendo em vista que se trata de dinheiro, ou melhor, o empregado ganha mais e descansa menos.

Dessa forma, o abono pecuniário significa a conversão em dinheiro de 1/3 da duração original das férias, equivalendo à metade do valor do descanso, ou seja, o valor do abono deve corresponder à metade do valor das férias.

1.2. NÃO INTEGRAÇÃO NA REMUNERAÇÃO

O abono de férias ora mencionado, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não exce- dente de 20 dias do salário, não integrarão a remuneração do empre- gado para os efeitos da legislação do trabalho.

1.3. REGIME DE TEMPO PARCIAL

Trabalho em regime de tempo parcial é aquele cuja duração não exceda a 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas suple- mentares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até 6 horas suplementares semanais.

Desde 11-11-2017, com a Reforma Trabalhista, aos empregados que trabalham em regime de tempo parcial passou a ser facultado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecu- niário.

1.4. FRACIONAMENTO DAS FÉRIAS

A Reforma Trabalhista possibilitou que, desde que haja concor- dância do empregado, as férias possam ser usufruídas em até 3 períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 14 dias corridos e os demais não podem ser inferiores a 5 dias corridos, cada um.

Diante do exposto, vale ressaltar que, se um empregado com direito a 30 dias de férias concordar em fracionar as férias em 3 períodos, este não poderá solicitar o abono pecuniário, uma vez que o total mínimo de dias de fracionamento (14 + 5 + 5 = 24) inviabilizará o pagamento do período relativo à pecúnia (10 dias).

Contudo, o fracionamento juntamente com o abono pecuniário será possível na hipótese das férias serem fracionadas em 2 períodos.

Por exemplo:

Suponhamos que um empregado com direito a 30 dias de férias concorde em fracionar suas férias em 2 períodos, sendo o primeiro de 14 dias e o segundo de 6 dias, ou ainda, o primeiro de 15 e o segundo de 5, totalizando em ambos os casos 20 dias de gozo férias.

Neste caso, ainda restariam 10 dias relativos ao abono pecuniário.

1.5. EXEMPLO PRÁTICO

Digamos, por exemplo, que um empregado tenha direito a gozar férias de 30 dias, mas solicite abono pecuniário.

Neste caso, 1/3 de 30 dias de férias (período que o empregado tem direito) corresponde a 10 dias de abono pecuniário.

Assim sendo, subtraindo 10 dias de abono pecuniário dos 30 dias que seria a duração original de férias resulta no gozo de 20 dias de férias.

Suponhamos um empregado que tenha solicitado abono pecuniário e tenha direito a 30 dias de férias percebendo uma remuneração de R$ 2.700,00. Como seriam calculados as suas férias e seu abono pecuniário?

àREMUNERAÇÃO DE 20 DIAS DE FÉRIAS

– (R$ 2.700,00 ÷ 30 dias = R$ 90,00 x 20 dias férias) ...R$ 1.800,00 – Adicional de 1/3 sobre as Férias (R$ 1.800,00 ÷ 3) ...R$ 600,00 – Remuneração Bruta das Férias...R$ 2.400,00 àABONO PECUNIÁRIO

– Abono Pecuniário de Férias

(R$ 2.700,00 ÷ 30 dias = R$ 90,00 x 10 dias de

abono pecuniário)...R$ 900,00 – Adicional de 1/3 sobre o Abono (R$ 900,00 ÷ 3)...R$ 300,00 – Remuneração Bruta do Abono Pecuniário...R$ 1.200,00

(3)

Observação:

Como pode ser observado, o valor do abono pecuniário corresponde exatamente à metade do valor das férias a serem gozadas pelo empregado [R$ 2.400,00 (valor das férias) ÷ 2 = R$ 1.200,00 (valor do abono pecuniário)].

àTOTAL BRUTO A RECEBER

R$ 2.400,00 (20 dias de férias acrescidas de 1/3) + R$ 1.200,00 (abono pecuniário de 10 dias com mais 1/3) = R$ 3.600,00

2. PERÍODO DE FÉRIAS INCOMPLETO

Quando o empregado não fizer jus ao período completo de férias, em virtude de faltas injustificadas ocorridas dentro do período aquisitivo, também, nesta hipótese, poderá requerer o abono pecuniário, em correspondência com os dias de férias a que fizer jus.

Para esse fim, são consideradas faltas não justificadas aquelas ausências que não foram remuneradas pelo empregador.

Veja a seguir a quantidade de dias de férias que o empregado faz jus de acordo com as faltas não justificadas:

Faltas ao Serviço Não Justificadas Período de Férias (Dias Corridos)

até 5 dias 30

de 6 a 14 dias 24

de 15 a 23 dias 18

de 24 a 32 dias 12

Assim sendo, suponhamos um empregado que teve 14 faltas não justificadas no período aquisitivo de férias e solicitou abono pecu- niário.

Esse empregado tem direito originalmente a gozar 24 dias de férias.

Contudo, convertendo 1/3 dos 24 dias de férias resulta em 8 dias de abono pecuniário (24 dias de férias ÷ 3).

Sendo assim, o empregado terá direito a gozar apenas 16 dias de férias [24 dias (período de férias a que o empregado tem direito) – 8 dias (abono pecuniário)].

A mesma atenção, com relação ao fracionamento em conjunto com o abono pecuniário, observado o item 1.4, deve ser dispensada aos empregados que tiverem o período de gozo de férias reduzido em razão das faltas injustificadas.

A título de exemplo, citamos um empregado que faltou ao trabalho 15 dias sem justificar e que por essa razão só terá direito a gozar 18 dias de férias. Neste caso, não cabe nenhuma forma de fracionamento que possibilite ainda o pagamento do abono pecuniário. Isto porque o período referente ao abono pecuniário será de 6 dias, o que resul- tará em 12 dias de gozo de férias.

3. FÉRIAS COLETIVAS

Na hipótese de gozo coletivo de férias, os pedidos individuais do abono pecuniário não prevalecerão, pois a fruição das férias cole- tivas, pela totalidade dos empregados, implica uniformidade de sua duração.

A concessão do abono, nesse caso, deve ser objeto de acordo cole- tivo entre o empregador e o sindicato representativo da categoria profissional, não dependendo, portanto, de requerimento individual.

4. PRAZO DE REQUERIMENTO

O empregado que optar por converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário deve requerê-lo ao empregador até 15 dias antes do término do período aquisitivo.

O requerimento pode ser feito através de carta endereçada ao empregador, não podendo ser recusada a solicitação.

Por medida de segurança, é recomendável que o requerimento do abono seja elaborado em duas vias, ficando uma em poder do empregado, com o visto dado pelo empregador.

Para evitar a solicitação de abono pecuniário após o vencimento dos períodos aquisitivos, é aconselhável que o empregador expeça uma circular mensal, alertando aos empregados cujos períodos aquisi- tivos se completarão nos meses subsequentes.

Para solicitar o abono pecuniário, os empregados poderão utilizar o seguinte modelo de requerimento:

REQUERIMENTO DE ABONO PECUNIÁRIO A(o)_______________________________________

(Nome do Empregador)

______________________________ (Nome do (a) empregado (a), portador (a) da CTPS nº ________________, Série ________, vem solicitar o abono de 1/3 (um terço) de suas férias, relativas aos 12 meses de trabalho que completam no dia _____ de ______________ de _________, nos termos do artigo 143, § 1º da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.

___________________, ____ de ________________ de ________.

__________________________________

Assinatura do Empregado Ciente:

__________________________________

Assinatura do Empregador

5. REMUNERAÇÃO

O valor do abono pecuniário deve ser calculado sobre a remune- ração das férias, já acrescida do adicional de 1/3 a mais do que o salário normal, assegurado pela Constituição Federal.

5.1. PRAZO DE PAGAMENTO

O abono pecuniário deve ser pago juntamente com a remuneração das férias.

A legislação vigente determina que o pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono pecuniário será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período.

5.1.1. Pagamento em Dobro

Sempre que as férias forem concedidas após o prazo concessivo, ou seja, nos 12 meses subsequentes ao vencimento do período respec- tivo, o empregador terá que pagar em dobro a remuneração corres- pondente.

A base de cálculo do abono pecuniário acompanha a remuneração das férias.

Desse modo, sempre que as férias forem pagas em dobro, o abono pecuniário também será pago em dobro.

Exemplo Prático:

Considerando que um empregado com direito a 30 dias de férias perceba de remuneração mensal a quantia de R$ 1.651,50, tendo solicitado abono pecuniário e gozado suas férias após o período concessivo. A remuneração das férias de 20 dias e do abono pecu- niário será apurada da seguinte forma:

(4)

àREMUNERAÇÃO DE 20 DIAS DE FÉRIAS EM DOBRO – (R$ 1.651,50 ÷ 30 dias x 20 dias férias)...R$ 1.101,00 – Adicional de 1/3 sobre as Férias ...R$ 367,00 – Remuneração Bruta das Férias...R$ 1.468,00 – Remuneração Bruta das Férias em Dobro:

(R$ 1.468,00 x 2)...R$ 2.936,00 àDOBRA DO ABONO PECUNIÁRIO

– Abono Pecuniário de Férias

(R$ 1.651,50 ÷ 30 dias x 10 dias de abono pecuniário) ...R$ 550,50 – Adicional de 1/3 sobre o Abono Pecuniário ...R$ 183,50 – Remuneração Bruta do Abono Pecuniário...R$ 734,00 – Remuneração Bruta do Abono Pecuniário em

Dobro: (R$ 734,00 x 2) ...R$ 1.468,00 Observação:

Como pode ser observado, o valor do abono pecuniário corresponde exatamente à metade do valor das férias a serem gozadas pelo empregado (R$ 2.936,00 ÷ 2 = R$ 1.468,00)

àTOTAL BRUTO A RECEBER

R$ 2.936,00 (20 dias de férias dobradas acrescidas de 1/3) + R$ 1.468,00 (abono pecuniário de 10 dias em dobro com mais 1/3) = R$ 4.404,00

5.2. QUITAÇÃO

O valor do abono pecuniário será destacado no próprio recibo de quitação das férias.

A remuneração dos dias trabalhados no período correspondente ao abono será paga, normalmente, como salário, na folha ou recibo de pagamento do mês respectivo.

5.3. INÍCIO DO GOZO

Outra novidade trazida pela Reforma Trabalhista é a proibição do início das férias no período de 2 dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

6. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

A contribuição previdenciária incide sobre o valor das férias acres- cido do terço constitucional, não incidindo sobre o valor do abono pecuniário e da dobra da remuneração das férias concedidas após o prazo legal.

6.1. RECOLHIMENTO

O prazo de recolhimento da contribuição previdenciária incidente sobre o valor das férias acrescido do terço constitucional será até o dia 20 do mês seguinte àquele a que se referirem as férias, ainda que, por força da legislação trabalhista, elas sejam pagas antecipa- damente.

Se não houver expediente bancário no dia do pagamento, o recolhi- mento deve ser efetuado até o dia útil imediatamente anterior.

7. FGTS

Sobre a remuneração das férias acrescidas de 1/3 há incidência do FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

Entretanto, sobre o valor do abono pecuniário e seu respectivo adi- cional constitucional e da dobra da remuneração das férias conce- didas após o prazo legal não há incidência do depósito para o FGTS.

7.1. RECOLHIMENTO

O depósito do FGTS incidente sobre a remuneração das férias acrescidas de 1/3 deve ser efetuado até o dia 7 do mês subsequente ao de sua competência. Não havendo expediente bancário no dia 7, o recolhimento deve ser efetuado no dia útil imediatamente anterior.

Vale ressaltar que é considerado como competência o período de gozo das férias, observada a proporcionalidade do número de dias em cada mês.

8. IR/FONTE

As férias são tributadas por ocasião do efetivo pagamento, indepen- dentemente do período em que são gozadas.

Dessa forma, no cálculo do imposto, deve ser considerada a Tabela Progressiva vigente no mês em que as remunerações das férias forem pagas.

Além do valor pago a título de férias, deve ser considerado, no cálculo do imposto, o adicional de 1/3 assegurado pela Constituição Federal.

A retenção na fonte sobre a remuneração das férias abrange, inclu- sive, as importâncias pagas a título de férias não gozadas dentro do prazo legal e, por isso, pagas em dobro pelo empregador na vigência do contrato de trabalho.

As férias devem sofrer tributação em separado dos salários.

Isso significa que no cálculo do imposto incidente sobre as férias pagas num determinado mês não deve ser somado o salário porven- tura pago naquele mesmo mês.

Entretanto, o valor do abono pecuniário de férias e seu respectivo adicional constitucional não compõem a base de cálculo do Imposto de Renda.

8.1. RECOLHIMENTO

O Imposto de Renda incidente sobre a remuneração das férias acrescidas de 1/3 deve ser recolhido até o último dia útil do 2º decên- dio do mês subsequente ao mês de ocorrência do fato gerador, ou seja, mês do pagamento.

9. EXEMPLO PRÁTICO

Empregado mensalista, com direito a 30 dias de férias relativas ao período aquisitivo de 1-4-2017 a 31-3-2018, considerando-se, no exemplo, que o mesmo optou por converter 10 dias das suas férias em abono pecuniário e, ainda, os seguintes dados:

• Período de gozo de férias: 11-6 a 30-6-2018

• Data em que recebeu a remuneração das férias: 7-6-2018

• Remuneração mensal: R$ 1.863,00

• Salário diário: R$ 1.863,00 ÷ 30 = R$ 62,10 àREMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS

– 20 dias x R$ 62,10 ...R$ 1.242,00 – Adicional de 1/3: (R$ 1.242,00 x 1/3)...R$ 414,00 – Subtotal (1) ...R$ 1.656,00 àABONO PECUNIÁRIO

– 10 dias x R$ 62,10 ...R$ 621,00 – Adicional de 1/3: (R$ 621,00 x 1/3)...R$ 207,00 – Subtotal (2) ...R$ 828,00 àTOTAL BRUTO DAS FÉRIAS

– Subtotal (1) + Subtotal (2) = ...R$ 2.484,00 àINSS CALCULADO SOBRE AS FÉRIAS

– 8% sobre R$ 1.656,00 ...R$ 132,48 Nota:

Sobre o valor do abono pecuniário não há incidência da contribuição previdenciária.

(5)

9.1. RECIBO DE FÉRIAS

O empregado pode dar quitação ao empregador dos valores rece- bidos a título de férias e abono pecuniário, utilizando o seguinte modelo de recibo:

RECIBO DE FÉRIAS EMPRESA: Auto Peças Pechincha LTDA.

EMPREGADO: Zilton Rossi de Paula CÁLCULO

Valor das Férias c/ Adicional de 1/3 (20 dias) R$ 1.656,00 Contribuição Previdenciária (8%) R$ 132,48

IR/Fonte R$ 0,00

Subtotal R$ 132,48 (–) R$ 132,48

Abono Pecuniário c/ Adicional de 1/3 (10 dias) R$ 828,00

Líquido a Pagar R$ 2.351,52

RECIBO

Recebi a importância de R$ 2.351,52 (dois mil, trezentos e cinquenta e um reais e cinquenta e dois centavos), correspondente a 20 dias de férias e 10 dias de abono pecuniário, relativos aos 12 meses de trabalho completados em 31 de março de 2018, cujo gozo é de 11 de junho de 2018 a 30 de junho de 2018, pelo que dou plena quitação.

Rio de Janeiro, 7 de junho de 2018.

_____________________________________________

Assinatura do Empregado

9.2. PAGAMENTO DOS DIAS TRABALHADOS

Na folha de pagamento de junho/2018, cuja quitação deve ser efetuada até o 5º dia útil de julho/2018, o empregado fará jus à remu- neração bruta de R$ 621,00 (10 dias de saldo de salário), correspon- dente ao período trabalhado de 1-6 e 10-6-2018.

Portanto, no total bruto do mês, o empregado recebeu a quantia de R$ 3.105,00, compreendendo os 20 dias de férias com mais 1/3 (R$ 1.656,00), o abono pecuniário acrescido de 1/3 (R$ 828,00) e, também, o saldo de salário dos 10 dias trabalhados (R$ 621,00).

Se o empregado não houvesse optado pelo abono pecuniário, rece- beria a remuneração bruta das férias no valor de R$ 2.484,00 [R$ 1.863,00 (salário mensal) + R$ 621,00 (adicional de 1/3)].

9.3. DESCONTO DO INSS

No dia 6-7-2018, por ocasião do pagamento do saldo de salário do mês de junho/2018, a empresa irá recalcular o desconto do INSS da seguinte forma:

àINSS da competência junho/2018:

R$ 204,93 [9% de R$ 2.277,00 (20 dias com mais 1/3 = R$ 1.656,00 + salário dos 10 dias trabalhados = R$ 621,00)]

àINSS já retido no recibo de férias:

R$ 132,48 (8% de R$ 1.656,00)

àINSS a ser descontado no pagamento do saldo de salário:

R$ 72,45 (R$ 204,93 – R$ 132,48) Nota:

Sobre o valor do abono pecuniário não há incidência da contribuição previdenciária, do FGTS e do IR/Fonte.

10. PENALIDADE

As infrações ao disposto no Capítulo das Férias constantes na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho serão punidas com multa de valor igual a R$ 170,26 por empregado em situação irre- gular.

Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em dobro.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal de 1988 – arti- go 7º, inciso XVII (Portal COAD); Lei 8.212, de 24-7-91 (Portal COAD); Lei 13.467, de 13-7-2017 (Fascículo 29/2017 e Portal COAD); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – artigos 129 ao 153 (Portal COAD); Instrução Norma- tiva 1 SRT, de 12-10-88 (DO-U de 21-10-88); Instrução Normativa 99 SIT, de 23-8-2012 (Fascículo 35/2012); Instrução Normativa 971 RFB, de 13-11-2009 (Fascículo 47/2009 e Portal COAD); Instrução Normativa 1.500 RFB, de 29-10-2014 (Fascículo 44/2014 e Portal COAD); Portaria 290 MTb, de 11-4-97 (Informativo 16/97).

DECRETO 9.329, DE 4-4-2018 (DO-U DE 5-4-2018)

RADIALISTA Exercício da Profissão

Regulamento da profissão de Radialista é alterado

O Governo Federal, por meio do Ato em referência, cuja íntegra encontra-se disponível no Portal COAD, altera o Decreto 84.134, de 30-10-79 (Portal COAD), que regulamenta a profissão de Radialista, para estabelecer que o atestado de capacitação profissional, apresentado para fins de registro do Radialista na SRTb – Superintendência Regional do Trabalho, poderá ser fornecido por:

a) entidade pública ou serviço social autônomo que tenha por objetivo promover a formação ou o treinamento de pessoal especializado necessário às atividades de radiodifusão;

b) entidade sindical representativa dos trabalhadores da categoria profissional;

c) entidade sindical patronal do setor econômico; ou

d) empresa que englobe em seu objeto social as atividades descritas no quadro das funções em que se desdobram as atividades e os setores da profissão de Radialista, constante do Anexo do Decreto 9.329/2018.

(6)

DELIBERAÇÃO 2 CRF-AL, DE 15-2-2018 (DO-U DE 5-4-2018)

FARMACÊUTICO Exercício da Profissão

CRF-AL delibera sobre a responsabilidade técnica em estabelecimentos farmacêuticos

O CRF-AL – Conselho Regional de Farmácia do Estado de Alagoas, considerando a necessidade de estabelecer critérios e orientar a ação fiscalizadora para o emprego do Perfil de Assistência Farmacêutica durante as inspeções, delibera que as farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos deverão dispor, obriga- toriamente, de um farmacêutico diretor ou RT – Responsável Técni- co que efetivamente assuma e exerça suas funções e atribuições junto ao estabelecimento.

Os referidos estabelecimentos poderão dispor de tantos far- macêuticos, assistentes técnicos ou substitutos quantos forem necessários para garantir assistência farmacêutica durante todo o horário de funcionamento e auxiliar no desenvolvimento das ativida- des farmacêuticas, bem como nas ausências ou impedimentos dos titulares.

Deverá ser protocolado junto ao CRF-AL, pelos estabeleci- mentos supracitados, requerimento de averbação de responsabili- dade técnica com a descrição de horários de cada um dos seus RT necessários ao seu funcionamento.

Serão autuadas por ausência de RT as empresas cujas ativi- dades estejam sendo realizadas por farmacêuticos sem responsabi- lidade técnica averbada naquele estabelecimento, exceto na hipó- tese de contratação de farmacêutico para exercer suas atividades de forma eventual ou por tempo limitado, conforme DAP – Declaração de Atividade Profissional, nos termos da Resolução 612 CFF, de 27-8-2015 (Fascículo 36/2015).

Observado o Plano Anual de Fiscalização, as farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos submetidos à pre- sente deliberação estão localizados nos municípios de Arapiraca e Maceió. Contudo, à medida que a assistência plena for esten- dida a outros municípios, automaticamente, tais estabelecimen- tos estarão sujeitos à aplicação do Perfil de Assistência Farmacêu- tica.

Durante a ação fiscalizadora, os farmacêuticos fiscais do CRF-AL constatarão a presença ou ausência de farmacêutico no estabelecimento e observarão o Perfil de Assistência Farmacêutica do Estabelecimento antes da lavratura de Auto de Infração por Ausência de RT.

Considera-se presente o profissional que se encontrar no estabelecimento desde o início da inspeção, bem como o farma- cêutico que chegar durante a inspeção, independentemente do perfil, nos casos em que a empresa se situe dentro de empreendi- mentos que não possuam sanitários no seu interior (por exemplo, supermercados,shoppings, galerias, centros comerciais e hospi- tais).

Define-se como Perfil de Assistência Farmacêutica do Esta- belecimento ou do Farmacêutico o percentual obtido de presenças em relação ao número total de inspeções constatadas pela fiscaliza- ção em um período de 12 meses anterior à análise, sendo classifica- dos em:

a) Perfil 1 – Assistência Farmacêutica Efetiva: 71% a 100% de presença nas inspeções constatadas;

b) Perfil 2 – Assistência Farmacêutica Parcial: 41% a 70% de presença nas inspeções constatadas;

c) Perfil 3 – Assistência Farmacêutica Deficitária: 0% a 40%

de presença nas inspeções constatadas;

d) Perfil 4 – Sem Dados Definidos de Assistência Farma- cêutica: Estabelecimentos ou profissionais com número inferior a 3 inspeções em um período de 12 meses anteriores à análise;

e) Perfil 5 – Empresas irregulares ou ilegais.

Para efeitos de cálculo do perfil de assistência farmacêutica nos estabelecimentos, consideram-se os autos de infração aplica- dos por ausência.

Para efeito de cálculo do perfil de assistência farmacêutica do profissional, consideram-se todas as constatações de presença e ausência, mesmo aquelas ausências em que foram apresentadas justificativas.

Quando for constatada a ausência de farmacêutico diretor, assistente ou substituto, o inspetor do CRF-AL não autuará por ausência o estabelecimento que estiver enquadrado no Perfil 1, pois o estabelecimento possui assistência farmacêutica efetiva.

Serão autuados, contudo, os estabelecimentos que, mesmo que apresentem Perfil 1, tenham em tramitação Processo Adminis- trativo Fiscal para complementação de carga horária de assistência farmacêutica ou contratação de farmacêutico substituto para suprir ausências temporárias.

Serão autuados os estabelecimentos enquadrados nos Perfis 2, 3 e 4 quando da constatação de ausência do farmacêutico diretor, assistente ou substituto.

Ainda que o profissional tenha protocolizado comunicado de afastamento provisório, este somente se destinará para fins pes- soais relativos a eventual procedimento ético-disciplinar, não tendo, portanto, o condão de eximir o estabelecimento de manter farmacêu- ticos substitutos tantos quantos forem necessários à assistência plena preconizada em lei, devendo o serviço de fiscalização lavrar o competente auto de infração por ausência.

Os estabelecimentos enquadrados no Perfil 5 serão autuados quando estiverem sem RT há mais de 30 dias.

Aos distribuidores de medicamentos não se aplica o prazo supracitado, devendo tais estabelecimentos promoverem a substi- tuição imediata quando ocorrer a saída do RT, estando o serviço de fiscalização obrigado a proceder à autuação para contratação de RT em caso de descumprimento.

Não serão autuados para contratação de RT ou ainda comple- mentação de carga horária os estabelecimentos irregulares que apresentem protocolo de solicitação de responsabilidade técnica junto ao CRF-AL, desde que protocolizados dentro do prazo de 30 dias da data da última baixa de RT, e que ainda não tenham sido analisados ou indeferidos, devendo o estabelecimento manter cópia do protocolo na empresa.

Os estabelecimentos ilegais/clandestinos deverão ser autua- dos para contratação de RT, ainda que apresentem protocolo de soli- citação de responsabilidade técnica junto ao CRF-AL.

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LEI 13.643, DE 3-4-2018 (DO-U DE 4-4-2018)

ESTETICISTA Exercício da Profissão

Regulamentadas as profissões de Esteticista e de Técnico em Estética

O Governo Federal, através deste Ato, cuja íntegra encon- tra-se disponível no Portal COAD, regulamenta o exercício das profissões de Esteticista, que compreende o Esteticista e Cosmetó- logo, e de Técnico em Estética.

Considera-se Técnico em Estética o profissional habilitado em:

a) curso técnico com concentração em Estética oferecido por instituição regular de ensino no Brasil;

b) curso técnico com concentração em Estética oferecido por escola estrangeira, com revalidação de certificado ou diploma pelo Brasil, em instituição devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação.

O profissional que possua prévia formação técnica em esté- tica, ou que comprove o exercício da profissão há pelo menos 3 anos, contados de 4-4-2018, terá assegurado o direito ao exercício da profissão.

Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o profissional:

a) graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por instituição regu- lar de ensino no Brasil, devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação;

b) graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou equivalente, oferecido por escola estran- geira, com diploma revalidado no Brasil, por instituição de ensino devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação.

Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, entre outras, a res- ponsabilidade técnica pelos centros de estética que executam e apli- cam recursos estéticos.

Regulamento disporá sobre a fiscalização do exercício da profissão de Esteticista e sobre as adequações necessárias à obser- vância do disposto nesta Lei.

Esta Lei não compreende atividades em estética médica.

LEI 15.141-RS, DE 3-4-2018 (DO-RS DE 4-4-2018)

PISO SALARIAL Estado do Rio Grande do Sul

Governo do Rio Grande do Sul reajusta os pisos salariais para 2018

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do refe- rido Ato, reajusta, com efeitos a partir de 1-2-2018, os pisos salariais dos trabalhadores do Estado, que passam a vigorar da seguinte forma:

a)1ª faixa:R$ 1.196,47, para os trabalhadores na agricultura e na pecuária; nas indústrias extrativas; em empresas de capturação do pescado (pesqueira); empregados domésticos; em turismo e hospitalidade; nas indústrias da construção civil; nas indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos; em estabelecimentos hípi- cos; empregados motociclistas no transporte de documentos e de pequenos volumes – motoboy; e empregados em garagens e esta- cionamentos;

b)2ª faixa:R$ 1.224,01, para os trabalhadores nas indústrias do vestuário e do calçado; nas indústrias de fiação e de tecelagem;

nas indústrias de artefatos de couro; nas indústrias do papel, pape- lão e cortiça; em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas; empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas; empregados em estabelecimen- tos de serviços de saúde; empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza; nas empresas de telecomunicações, teleoperador (call-centers),telemarketing,call-centers, operadores

de “voip” (voz sobre identificação e protocolo), TV a cabo e similares;

e empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares;

c)3ª faixa:R$ 1.251,78, para os trabalhadores nas indústrias do mobiliário; nas indústrias químicas e farmacêuticas; nas indús- trias cinematográficas; nas indústrias da alimentação; empregados no comércio em geral; empregados de agentes autônomos do comércio; empregados em exibidoras e distribuidoras cinematográfi- cas; movimentadores de mercadorias em geral; no comércio arma- zenador; e auxiliares de administração de armazéns gerais;

d)4ª faixa:R$ 1.301,22, para os trabalhadores nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; nas indústrias gráfi- cas; nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana; nas indústrias de artefatos de borracha; em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de segu- ros privados e de crédito; em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares; nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas; auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino); empregados em entidades cultu- rais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional; marinheiros fluviais de convés, marinheiros fluviais de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais, empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de

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contêineres e mestres e encarregados em estaleiros; vigilantes; e marítimos do 1º grupo de Aquaviários que laboram nas seções de Convés, Máquinas, Câmara e Saúde, em todos os níveis (I, II, III, IV, V, VI, VII e superiores); e

e)5ª faixa:R$ 1.516,26, para os trabalhadores técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados quanto subsequentes ou concomitantes.

Esta Lei não se aplica aos empregados que têm piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo e aos servido- res públicos municipais.

Solicitamos aos nossos Assinantes que considerem os valo- res fixados pelo Ato ora transcrito em complemento ao item 6.9. SA- LÁRIO-MÍNIMO/PISOS REGIONAIS que consta dos Calendários das Obrigações dos meses de fevereiro a abril/2018.

RESOLUÇÃO 5 CRMV-PB, DE 6-11-2017 (DO-U DE 4-4-2018)

ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA Homologação

CRMV-PB institui requisitos para homologação de Anotação de Responsabilidade Técnica

O CRMV-PB – Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba, por meio do referido Ato, entre outras normas, institui o Livro de Registro e Anotações do Responsável Técnico, por ele fornecido, que tem como objetivo a anotação de ocorrências rela- cionadas à atividade e as recomendações do profissional à empresa assistida.

É obrigatória a permanência do livro na empresa e sua apre- sentação no ato das fiscalizações.

Ficam instituídos também os Formulários de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica ART-Proprietário, Sócio-Proprietário ou Diretor Técnico e o ART-Para Eventos Agropecuários e Desporti- vos, para a devida inscrição no CRMV-PB.

No caso de eventos, o prazo mínimo para a solicitação de homologação da ART será de 30 dias antes do início do evento.

Entende-se por início do evento o primeiro dia de sua realiza- ção e abertura ao público.

Nos eventos, será obrigatória a apresentação de termos de ocorrências e relatório do evento no ato da fiscalização.

Para o exercício das atividades pertinentes à Medicina Veteri- nária ou à Zootecnia pelas pessoas jurídicas, a responsabilidade técnica será de exclusiva competência de Médico Veterinário ou Zootecnista.

Quando o Médico Veterinário ou o Zootecnista for proprietário ou sócio de pessoa jurídica, ou, ainda, exerça algum cargo de dire- ção, a comprovação destes deverá ser feita na ART, devendo-se, neste caso, fazer prova do cargo ocupado ou da condição de proprie- tário e/ou sócio da empresa.

Os representantes do CRMV-PB, diretores, conselheiros e fiscais, devidamente identificados, poderão, quando em visita à empresa ou evento, solicitar informações ao Responsável Técnico e proceder anotações e registros no Livro de Registro e Anotações do Responsável Técnico.

DESPACHO S/N MTb, DE 26-3-2018 (DO-U DE 29-3-2018)

JORNADA DE TRABALHO Regime de Teletrabalho

MTb concede força executória ao Parecer Jurídico que trata do Teletrabalho

O MTb – Ministério do Trabalho, por meio deste Ato, cuja ínte- gra encontra-se disponível no Portal COAD, acolhe o opinativo da Assessoria Especial de Apoio ao Ministro para conceder força executória ao Parecer Jurídico 2 Conjur-MTb-CGU-AGU, de 26-1-2018, referente à aplicabilidade da Lei 13.467, de 13-7-2017 (Fascículo 29/2017 e Portal COAD), no que tange à exclusão do controle de jornada de trabalho dos teletrabalhadores, disposto no inciso III do artigo 62 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 (Portal COAD).

O presente Parecer concluiu que, regra geral, entende-se que os empregados que trabalham em teletrabalho não estão abrangi- dos pelo regime de jornada de trabalho, estando excluídos da prote-

ção da jornada, bem como dos demais direitos provenientes do Título II da CLT (Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho), tais como adicional noturno, horas extras ou qualquer outro que seja auferido por meio de controle da jornada de trabalho.

No entanto, caso sofram fiscalização dos períodos de cone- xão telemática, localização física ou qualquer outro meio capaz de controlar o horário do início e término do seu labor diário ou semanal, estão enquadrados na disposição do inciso XIII do artigo 7º da CF/88 (Portal COAD), que trata da duração normal do trabalho de 8 horas diárias e 44 semanais, e possuem direito à proteção da jornada, inclusive a eventuais horas extras etc.

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RESOLUÇÃO NORMATIVA 26 CNI, DE 20-2-2018 (DO-U DE 2-4-2018)

ESTRANGEIROS Autorização de Trabalho

CNI disciplina a concessão de autorização de residência para intercâmbio profissional

O CNI – Conselho Nacional de Imigração, por meio do Ato em referência, disciplina que o MTb – Ministério do Trabalho poderá conceder autorização de residência para fins de trabalho, com ou sem vínculo empregatício no Brasil, a imigrante que venha para participar de programa de intercâmbio profissional com entidade empregadora estabelecida no País.

Considera-se intercâmbio profissional, para efeito desta Resolução Normativa, a experiência de aprendizado sócio-laboral internacional realizada em ambiente de trabalho, com vistas ao apri- moramento da formação acadêmica inicial ou continuada, objeti- vando a troca de conhecimentos e experiências culturais e profissio- nais.

O prazo da residência será de até 1 ano, não renovável.

Ao imigrante matriculado em curso de graduação ou pós-gra- duação em instituição de ensino no exterior, no período de férias leti- vas, que pretenda trabalhar em entidade empregadora estabelecida

no País, poderá ser concedida pelo MTb autorização de residência prévia para emissão do visto temporário, por até 90 dias, improrrogá- veis. Este trabalho não se vincula à realização de estágio ou inter- câmbio profissional.

Ao interessado que esteja no território nacional, poderá ser concedida autorização de residência pelo MTb para exercer ativi- dade laboral, com ou sem vínculo empregatício, sendo nesta última hipótese a autorização concedida por meio da comprovação de oferta de trabalho, quando se tratar de realização de estágio profis- sional ou intercâmbio profissional. O prazo da residência, neste caso, será de até 1 ano, não renovável.

Não se aplicam os preceitos desta Resolução Normativa a imigrante em estágio educacional exigido para conclusão do curso superior e em férias-trabalho.

Fica revoga a Resolução Normativa 103 CNI, de 16-5-2013 (Fascículo 21/2013).

FGTS

EDITAL S/N CAIXA, DE 2018 (Não Publicado no DO-U)

SALDO DAS CONTAS Atualização

Caixa divulga coeficientes de JAM para crédito nas contas vinculadas em abril/2018

A Caixa – Caixa Econômica Federal, através do seu sítio, tornou público o Edital Eletrônico do FGTS, com validade para o período de 10-4 a 9-5-2018, no qual estão disponíveis as orientações para aplicação dos coeficientes próprios do FGTS, as respectivas finalidades e forma de utilização.

No Edital, que também se encontra disponível, alternativa- mente, nas agências da Caixa, estão contemplados os coeficientes para recolhimento mensal em atraso, por data de pagamento, a ser efetuado através da GRF – Guia de Recolhimento do FGTS, e para recolhimento rescisório em atraso, a ser realizado por meio da GRRF – Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS.

O Edital Eletrônico fixa os coeficientes de JAM – Juros e Atualização Monetária, que serão creditados nas contas vinculadas do FGTS em 10-4-2018, incidindo sobre os saldos existentes em 10-3-2018, deduzidas as movimentações ocorridas no período de 11-3 a 9-4-2018, conforme tabela a seguir:

(3% a.a.) 0,002466

conta referente a empregado não optante, optante a partir de 23-9-71 (mesmo que a opção tenha retroagido), trabalhador avulso e optante até 22-9-71 durante os dois primeiros anos de permanência na mesma empresa;

(4% a.a.) 0,003273

conta de empregado optante até 22-9-71, do terceiro ao quinto ano de permanência na mesma empresa;

(5% a.a.) 0,004074

conta de empregado optante até 22-9-71, do sexto ao décimo ano de permanência na mesma empresa;

(6% a.a.) 0,004867

conta de empregado optante até 22-9-71, a partir do décimo primeiro ano de permanência na mesma empresa.

As orientações e os coeficientes para cálculo do recolhimento em atraso do FGTS, válidos para o período deste Edital, bem como os coeficientes de JAM desde 1967, para crédito nas contas vincula- das do FGTS, também podem ser obtidos no Portal COAD, em Tabe- las Dinâmicas.

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PREVIDÊNCIA SOCIAL

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO 25 COFIS, DE 2-4-2018 (DO-U DE 4-4-2018)

EFD-REINF Normas para Apresentação

Aprovada nova versão dos leiautes da EFD-Reinf

A Cofis – Coordenação-Geral de Fiscalização, por meio deste Ato, aprova a versão 1.3.02 dos leiautes dos arquivos que compõem a EFD-Reinf – Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais, que será exigida para os eventos ocorridos a partir da competência de maio de 2018.

A escrituração é composta pelos eventos decorrentes das obrigações tributárias, cujos arquivos deverão ser transmitidos

por meio eletrônico pelos contribuintes obrigados a adotar a EFD-Reinf, nos prazos definidos pela Instrução Normativa 1.701 RFB, de 14-3-2017 (Fascículo 11/2017), alterada pela Instrução Normativa 1.767 RFB, de 14-12-2017 (Fascículo 51/2017).

O leiaute está disponível na internet, no endereço eletrônico http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/2133.

RESOLUÇÃO 640 INSS, DE 3-4-2018 (DO-U DE 4-4-2018)

BENEFÍCIO Restituição

Alterada norma que fixa percentual diferenciado de desconto de benefício pago além do devido

O INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, por meio do Ato em referência, altera o artigo 2º da Resolução 185 INSS, de 15-3-2012 (Fascículo 12/2012), para acrescentar novo percentual de desconto da renda mensal do benefício, nos casos de devolução de valores recebidos indevidamente da Previdência Social.

A alteração consiste em determinar que poderá ser consig- nado percentual de desconto de 10% para benefícios com renda mensal de até 2 salários-mínimos, desde que o beneficiário titular tenha a idade a contar de 70 anos.

Os percentuais de desconto levam em consideração o valor da renda mensal do benefício e a idade do titular.

Confira, a seguir, todos os percentuais de desconto para reali- zação de consignação em benefício:

RENDA MENSAL

DO BENEFÍCIO IDADE DO TITULAR PERCENTUAL DE DESCONTO

Até 2 salários-mínimos A contar de 70 anos 10%

Até 6 salários-mínimos Menor do que 21 anos e

a contar de 53 anos 20%

Até 6 salários-mínimos

Igual ou maior que 21 anos e inferior a

53 anos

25%

Acima de 6

salários-mínimos Independente da idade 30%

JURISPRUDÊNCIA

ACIDENTE DO TRABALHO

– AÇÃO REGRESSIVA – PRA- ZO PRESCRICIONAL – PRINCÍPIO DA ISONOMIA

– A Primeira Seção do STJ, por ocasião do julgamento do REsp. 1.251.993/PR, submetido à sistemática do art. 543-C do CPC, assentou a orientação de que o prazo prescricional nas ações indeni- zatórias contra a Fazenda Pública é quinquenal, conforme previsto no art. 1º do Decreto-Lei 20.910/32, e não trienal, nos termos do art.

206, § 3º, V, do Código Civil/2002. A jurisprudência é firme no sentido de que, pelo princípio da isonomia, o mesmo prazo deve ser aplicado nos casos em que a Fazenda Pública é autora, como nas ações de regresso acidentária. No caso, o Tribunal de origem aplicou o prazo

de cinco anos previsto no art. 1º do Decreto nº 20.910/32, nos termos da jurisprudência deste Superior Tribunal. Recurso Especial a que se nega provimento. (STJ – REsp. 1.411.393 – PR – Rel. Min. Og

Fernandes – Publ. em 26-2-2018) @160829

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

– AGENTE DE AERO- PORTO – LABOR EM ÁREA DE OPERAÇÃO DE ABASTECI- MENTO DE AERONAVES

– Nos termos da NR nº 16, labora em condições de perigo todo o empregado que exerce atividades na área de operação de abastecimento de aeronaves, sendo na hipótese devido o paga-

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mento de adicional de periculosidade. (TRT-12ª R. – RO 715-54.

2016.5.12.0056 – Rel. Des. Alexandre Luiz Ramos – Publ. em

30-1-2018) @160960

BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

– DEPENDENTE ABSO- LUTAMENTE INCAPAZ – MENOR IMPÚBERE – TERMO INICIAL

– O termo inicial do benefício de auxílio-reclusão, quando devido a dependente absolutamente incapaz, é a data da prisão do segurado. É firme o entendimento desta Corte de que os prazos decadenciais e prescricionais não correm em desfavor do absolutamente incapaz. Ademais, não se poderia admitir que o direito do menor fosse prejudicado pela inércia de seu represen- tante legal. Recurso Especial do particular provido. (STJ – REsp.

1.393.771 – PE – Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho – Publ. em

6-12-2017) @160613

CERCEAMENTO DE DEFESA

– INDEFERIMENTO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO – OCORRÊNCIA

– Nos termos do art. 369, do CPC, aplicável na seara traba- lhista, “as partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz”.

Como, no caso, o juiz indeferiu a expedição de ofício, requerido pela ré, à CEF, para que apresentasse o extrato analítico da conta vinculada da autora, incorreu em claro cerceamento de defesa, pois o deslinde do tópico dependia da verificação de quais parcelas de FGTS foram efetivamente quitadas. (TRT-12ª R. – RO 1218-68.

2017.5.12.0047 – Relª Desª Ligia Maria Teixeira Gouveia – Publ.

em 31-1-2018) @160956

CONTRATO DE TRABALHO

– UNICIDADE CONTRA- TUAL – PROVA – PRESCRIÇÃO

– Havendo prova nos autos que houve um único contrato de trabalho entre as partes, apesar de terem sido registrados em carteira três períodos contratuais distintos, em fraude à legislação trabalhista – art. 9º da CLT –, a prescrição bienal deve ser anali- sada em relação ao término do último contrato formalmente regis- trado. (TRT-3ª R. – RO 1947-2015-054-03-00-8 – Relª Desª Camil- la Guimarães Pereira Zeidler – Publ. em 8-2-2018) @160948

FÉRIAS

– FRACIONAMENTO EM TRÊS PERÍODOS – IRRE- GULARIDADE – PAGAMENTO EM DOBRO

– O Regional consignou que houve fracionamento inferior a dez dias, uma vez que no período de 2008/2009 o reclamante usufruiu de três períodos de férias, sendo um deles correspon- dente a sete dias. Esta Corte Superior tem entendido que o desrespeito à forma de concessão das férias implica frustração da finalidade perseguida pela norma, qual seja, a de se assegurar a recomposição física e mental do trabalhador, razão pela qual a irregular fruição dá ensejo ao pagamento de todo o período em dobro. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST – RR 819-24.2013.5.04.0234 – Relª Minª Maria Helena Mallmann –

Publ. em 16-2-2018) @160775

HORAS EXTRAS

– REGISTROS DE PONTO – AUSÊNCIA DE ASSINATURA DO TRABALHADOR – VALIDADE

– A legislação trabalhista não exige que os registros de ponto, para serem válidos, contenham a assinatura do trabalhador.

Logo, a apresentação de documentos de marcação de ponto apócrifos não invertem o ônus probatório. (TRT-12ª R. – RO 1111- 72.2016.5.12.0010 – Relª Desª Ligia Maria Teixeira Gouveia –

Publ. em 31-1-2018) @160953

INTIMAÇÃO

– REALIZAÇÃO EM NOME DE ADVOGADO DIVERSO DO EXPRESSAMENTE INDICADO – OCORRÊN- CIA DE PREJUÍZO – NULIDADE CONFIGURADA

– Conforme diretriz firmada na Súmula nº 427 do Tribunal Superior do Trabalho – TST –, havendo mais de um advogado, a parte, se assim o desejar, poderá indicar o nome de qualquer um deles para receber as comunicações, desde que com poderes de representação no processo. A partir daí, as intimações e publicações terão, obrigatoriamente, de ser realizadas em nome do advogado indicado, sob pena de nulidade. A publicação de intimações em nome de advogado distinto daquele apontado pela parte e a realiza- ção dos atos processuais correspondentes não convalidam a nuli- dade por falta de intimação em nome do advogado determinado quando caracterizado prejuízo. Decisão regional que, em tais cir- cunstâncias, considera válida a intimação do acórdão proferido em recurso ordinário em nome de advogado diferente daquele expres- samente indicado pela parte para receber intimações, chancela flagrante ilegalidade consubstanciada em vício de intimação, incor- rendo em cerceamento do direito de defesa e violando o comando inscrito no art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Recurso de Revista da Reclamada de que se conhece e a que se dá provimento.

(TST – RR 10150-17.2013.5.12.0037 – Rel. Convocado Des. Altino Pedrozo dos Santos – Publ. em 16-2-2018) @160769

JORNADA DE TRABALHO

– INTERVALO INTRAJORNA- DA – REDUÇÃO MEDIANTE AUTORIZAÇÃO DO MINIS- TÉRIO DO TRABALHO – COMPATIBILIDADE COM ACOR- DO DE COMPENSAÇÃO

– O acordo de compensação semanal de jornada não é incompatível com a eficácia da Portaria do Ministério do Trabalho que autoriza a redução do lapso intrajornada, por não verificada a existência de regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

(TRT-12ª R. – RO 1077-46.2017.5.12.0048 – Relª Desª Ligia Maria Teixeira Gouveia – Publ. em 31-1-2018) @160952

PENHORA

– VEÍCULO – PESSOA JURÍDICA – ALEGAÇÃO DE INSTRUMENTO DE TRABALHO

– A impenhorabilidade do instrumento de trabalho, prevista no art. 833, V, do CPC, além de ser inaplicável à pessoa jurídica, imprescinde da necessidade de prova de sua utilidade essencial para o desenvolvimento das atividades empresariais. (TRT-12ª R. – AP 10980-87.2015.5.12.0012 – Relª Desª Ligia Maria Teixeira Gou-

veia – Publ. em 31-1-2018) @160958

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PENSÃO POR MORTE

– EX-FERROVIÁRIOS DA RFFSA – EMBARGOS À EXECUÇÃO – LEGITIMIDADE DO INSS

– A pretensão formulada no presente apelo especial, relativa- mente à ilegitimidade passiva do Instituto Nacional do Seguro Social para figurar na execução, considerando-se a ausência de obrigação fixada no título exequendo a cargo da autarquia previdenciária, não pode ser acolhida. A Corte de origem concluiu, a partir da análise da decisão transitada em julgado, que houve a delimitação das respon- sabilidades tanto da União quanto do INSS na demanda. A revisão dessas conclusões implica o revolvimento dos elementos probató- rios da demanda, o que está obstado pela Súmula 7/STJ. Ainda que superado esse ponto, a jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que a União, juntamente com o INSS, é parte legítima para figurar no polo passivo de demanda na qual se postula o pagamento da complementação de pensão de que tratam a Lei nº 8.186/91 e o Decreto nº 956/69, devida aos pensionistas de ex-ferroviários da RFFSA. Recurso Especial conhecido em parte e, nessa extensão, não provido. (STJ – REsp. 1.575.227 – PR – Rel. Min. Og Fernandes

– Publ. em 26-2-2018) @160832

RELAÇÃO DE EMPREGO

– REQUISITOS – BOA-FÉ COMO ELEMENTO ESSENCIAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO

– Em se tratando de relação de emprego, é imprescindível a presença da pessoalidade, da prestação de serviços não eventuais, da onerosidade e da subordinação jurídica. No presente caso não foram constatados os requisitos para o reconhecimento da relação de emprego, uma vez que os elementos evidenciam prestação de serviços autônomos de consultoria em obras de construção civil para fins específicos de redução de custos. Aqui há que se invocar outro elemento essencial a qualquer relação jurídica que se estabeleça entre pessoas ou entidades, que tem sido sempre desenhado nos arraiais do Direito do Trabalho sob a mistificação de tratar-se de um direito de natureza protetiva: a boa-fé. Enquanto a Justiça do Traba- lho, e seus operadores mais proeminentes – juízes, procuradores e advogados –, teimarem em desconhecer a importância do elemento ético-jurídico da boa-fé como um dos basilares da relação traba- lhista, ela permanecerá abarrotada de processos e apenas supondo estar a distribuir renda e a fazer justiça social. (TRT-3ª R. – RO 2309-2013-020-03-00-5 – Rel. Des. João Bosco Pinto Lara – Publ.

em 7-2-2018) @160949

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA

– ENTE PÚBLICO – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS – ALEGA- ÇÃO GENÉRICA DE FISCALIZAÇÃO

– Sendo o tomador de serviços um ente público, tinha este o dever contratual de fiscalizar o cumprimento das obrigações traba- lhistas da empresa contratada, nos termos dos arts. 58, inciso III, e 67 da Lei 8.666/93, agindo de forma efetiva, para que não fossem descumpridos os direitos decorrentes da legislação do trabalho, tal como impunha o instrumento celebrado, de forma a não ocasionar prejuízos ao trabalhador de cuja força de trabalho se beneficiou.

Apesar de não ser automática a transferência de responsabilidade ao tomador dos serviços, não basta a alegação genérica em defesa ou no recurso de fiscalização do contrato quanto ao mero descumpri- mento da lei, como no caso da simples proibição de realizar licitação e imposição de multas que não revertam ao ressarcimento do traba-

lhador, devendo haver efetiva fiscalização concreta e punição que busque e torne possível a restituição dos direitos sonegados ao empregado, de cuja força de trabalho se beneficiou o ente público.

Constatado que a contratada não sofreu qualquer fiscalização concreta e punição por parte do contratante, de forma que se tencio- nasse impedir os prejuízos sofridos pelo trabalhador, impõe-se a responsabilização subsidiária do tomador dos serviços, nos termos dos arts. 186, 927 e 942 do Código Civil, uma vez que este incorreu em culpain vigilando, conforme o entendimento jurisprudencial paci- ficado na Súmula 331, V, do Colendo TST. (TRT-1ª R. – RO 192200-42.2007.5.01.0226 – Rel. Des. Rogério Lucas Martins –

Publ. em 24-1-2018) @160749

SALÁRIO

– COMISSIONISTA PURO – INTEGRAÇÃO DOS REFLEXOS EM REPOUSOS SEMANAIS NAS DEMAIS PARCELAS – INAPLICABILIDADE DA OJ 394 DO TST

– A impossibilidade de repercussão cumulativa de reflexos em repousos semanais remunerados nas demais parcelas sala- riais, consoante o disposto na OJ SDI-1 nº 394 do TST e Súmula nº 65 desse Regional, somente ocorrerá nas situações nas quais a remuneração mensal contemplar de forma completiva os repousos remunerados. Ou seja, quando a remuneração satisfazer conjunta- mente as horas trabalhadas e os repousos semanais, no caso, 220 horas. Todavia, no caso do comissionista puro, a sua remuneração contempla somente as comissões auferidas e as horas efetiva- mente laboradas na atividade de vendas. Dessa forma, a remune- ração do comissionista puro a ser considerada como base de cálculo de outras parcelas, como férias, gratificação natalina e FGTS, deve ser integrada pelas comissões auferidas e seus refle- xos nos repousos semanais remunerados. (TRT-12ª R. – RO 1392-14.2015.5.12.0026 – Rel. Des. Alexandre Luiz Ramos – Publ.

em 30-1-2018) @160959

TERCEIRIZAÇÃO

– TOMADOR DE SERVIÇOS – RESPON- SABILIDADE SUBSIDIÁRIA – ABRANGÊNCIA

– Positivado o procedimento de intermediação de mão de obra e o inadimplemento de obrigações trabalhistas a cargo do empregador, impõe-se o reconhecimento da responsabilidade sub- sidiária do tomador de serviços, nos termos da Súmula 331, IV, do TST. Enquanto beneficiária da força de trabalho, compete à toma- dora zelar pela efetiva satisfação dos direitos trabalhistas dos em- pregados alocados no atendimento de suas demandas, pois a tercei- rização não pode representar válido mecanismo de precarização das condições de trabalho. A responsabilidade subsidiária decorre, nesse caso, das culpasin eligendoein vigilando, estribando-se, pois, à luz dos pressupostos elencados nos arts. 186 e 927 do CCB, na presumida relação entre a conduta comissiva ou omissiva da empresa favorecida pela prestação de serviços e a transgressão de direitos daqueles que, mediante pessoa jurídica interposta, atuam em seu exclusivo benefício. A responsabilidade subsidiária contem- pla toda e qualquer obrigação pecuniária decorrente do contrato, independentemente da natureza das parcelas ou do título que as assegure, abrangendo todas as verbas objeto de condenação, inclu- sive as parcelas rescisórias, indenizatórias e de caráter cominatório, por força do princípio da restituição integral. (TRT-3ª R. – RO 1641-2014-054-03-00-0 – Rel. Des. Marcelo Lamego Pertence –

Publ. em 9-2-2018) @160946

Referências

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