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EDUCAÇÃO NUTRICIONAL E PERCEPÇÃO DE CUIDADORES DE DIFERENTES INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DO IDOSO NA CIDADE DE PONTA GROSSA PR

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¹ Faculdades CESCAGE. Curso Superior de Nutrição. E-mail: alaissas@yahoo.com.br.

² Faculdades CESCAGE. Docente do Curso de Nutrição. E-mail: josiane.o.almeida@hotmail.com.

Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/revistanutrir

ISSN: 2358-2669 / 11ª Edição (JAN - JUL) de 2019.

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL E PERCEPÇÃO DE CUIDADORES DE DIFERENTES INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DO IDOSO NA CIDADE DE PONTA

GROSSA – PR

Alaíssa Scudlarek ¹ Josiane de Oliveira Almeida ²

RESUMO: A educação nutricional é um método que leva a informação sobre a saúde nutricional e pontos que são relacionados à nutrição. O objetivo desse estudo é analisar a relação entre a educação nutricional adequada com o bem-estar do idoso de distintas ILPI (Instituição de Longa Permanência do Idoso). Compôs-se a amostra no total de 18 funcionários de ambas as instituições. Deste total 89% (n=16) eram mulheres e 11% (n=2) homens. Os resultados apresentaram diferenças, sendo 58% sabendo do conceito de educação nutricional,onde essa porcentagem partiu da ILPI que consta o profissional nutricionista. Já 63% da outra instituição alegam não saber. Em relação a educação nutricional a instituição com a presença de nutricionista obteve 58% de respostas afirmativas. Nota-se que há uma falha dos profissionais que atuam em ambas as ILPIs estudadas quanto a sua percepção em relação ao que se deve ofertar ao idoso. Ao realizar o estudo notou-se a necessidade do saber por parte de ambas as instituições, sobre as questões de nutrição e alimentação, porém, cada uma com suas necessidades e suas deficiências específicas. Em média as respostas foram de quesito positivo, e mostrou o quanto o profissional nutricionista operando em conjunto na equipe das instituições tem sua devida importância.

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO NUTRICIONAL; IDOSOS; ESTRATÉGIA;

QUALIDADE DE VIDA.

NUTRITIONAL EDUCATION AND PERCEPTION OF CAREGIVERS OF DIFFERENT INSTITUTIONS OF LONG PERMANENCE OF THE CITY'S SENIOR

CITIZEN PONTA GROSSA-PR

ABSTRACT: Nutritional education is a method that leads to information on nutritional health and points that are related to nutrition. The objective of this study is to analyze the relationship between the adequate nutritional education with the welfare of the elderly of different Institution of long permanence of the elderly. The sample was composed in the total of 18 employees of both institutions. Of this total 89% (n = 16) were women and 11% (n = 2). The results showed differences, being 58% knowing the concept of nutritional education, where this percentage came from the Institution of long permanence of the elderly that the professional nutritionist. 63% of the other institution claims not to know. In relation to feeding for people in the elderly stage the institution with nutritionist obtained the highest percentage corresponding to 70%. It is noted that there is a failure of the professionals who work in both ILPIs studied as to their perception in relation to what should be offered to the elderly. In carrying out the study, we note the need for knowledge on the part of both institutions, on nutrition and food issues, but each one with their specific needs and shortcomings. On average the answers were positive, and showed how much the professional nutritionist operating together in the staff of the institutions has its due importance.

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KEYWORDS: NUTRITIONAL EDUCATION; ELDERLY; STRATEGY; QUALITY OF LIFE.

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos a expectativa de vida da população aumentou consideravelmente. Devido a este fato tira-se a conclusão de que está relacionado à melhoria da qualidade de vida das pessoas, e avanços da ciência e também a melhora do atendimento, ampliação e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) (PIRES; MATOS;

PIRES, 2018).

O crescimento da população

idosa tem aumentado

consideravelmente, estima-se que o número de idosos irá aumentar para 30 milhões. Por meio desse, o setor da saúde necessita de profissionais capacitados, com conhecimento técnico, obtendo sucesso nas funções exercidas. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) associadas à idade são inevitáveis, sendo assim o profissional da saúde necessita de um aprofundamento em relação à compreensão sobre o papel que a nutrição desempenha nessa fase da vida (BUENO et al., 2008).

A educação alimentar e nutricional (EAN) tem por finalidade contribuir para a promoção e a proteção da saúde, através de uma alimentação adequada e saudável, desempenhando o desenvolvimento humano conforme as necessidades envolvidas com a alimentação (BRASIL, 2012).

A promoção de práticas alimentares saudáveis revela uma característica de valor significativo, para afrontar os novos desafios no campo da saúde, alimentação e nutrição de qualquer indivíduo, sendo assim a educação alimentar e nutricional está interligada a essas práticas (MAGNONI, 2010).

A EAN é executada de forma que possa melhorar o entendimento de distintos pontos relacionados a nutrição, para ocorrer uma qualificação com êxito em tarefas que são executadas em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), logo, refletindo na melhor integração em questões de patologias, dúvidas relacionadas à alimentação saudável na idade avançada, troca de informação e principalmente a educação nutricional, auxiliando de forma geral toda equipe (MENEZES et al., 2010).

O padrão alimentar do público idoso é reflexo de uma longa vida, com seus costumes e regras, sendo difícil muitas vezes reorganizar a forma de se alimentar, causando impacto no indivíduo e até mesmo certa resistência (KUMPEL et al,.

2011).

A alimentação saudável tem sido uma grande estratégia para a promoção à saúde e qualidade de vida. A educação nutricional sendo aplicada para os cuidadores das ILPIs é uma forma que garante um retorno benéfico para as instituições em questão de qualidade de vida dos residentes, no entanto nem todos sabem o que envolve e o que abrange esse termo “educação nutricional”. De modo geral, aplica-se num método onde a execução de forma adequada tem eficácia e

resultados esperados,

complementando a qualidade de vida da população idosa (BRANDÃO et al., 2010).

É de extrema importância o profissional nutricionista acompanhar os cuidadores e funcionários responsáveis pela alimentação do idoso. Esse profissional pode intervir em assuntos que abrangem determinadas patologias através do

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seu conhecimento acerca da alimentação, sendo um profissional que completa a equipe que opera no âmbito asilar, declarando seu valor e mostrando que a instituição que não há o acompanhamento desse profissional logo tem sua produtividade em declínio, afetando os idosos que nelas residem.

Diante de conflitos sociais abrangendo a falta de cuidado em especificidade aos idosos institucionalizados e idosos em moradia residencial, o envelhecimento em si o qual causa negatividade na maior parte dos casos, apesar de ser algo natural e inevitável, submete o organismo a diversas alterações orgânicas, afetando o metabolismo, a ingestão de alimentos, o estado nutricional atual, a atividade física, a dependência para realizar atividades diárias e o risco de desenvolvimento de doenças (LOPES, 2016).

A nutrição humana abrange distintos aspectos, nas questões psicológicas, fisiológicas e socioculturais que devem ser trabalhadas por profissionais habilitados e que tenham conhecimento à nutrição e saúde humana objetivando a melhoria e a restauração da saúde, a prevenção das doenças (BUENO et al., 2008).

As questões relacionadas à alimentação e nutrição têm grande importância mundial e têm sido cada vez mais discutidas. Sendo assim, a EAN pode ser considerada indispensável, visto que a aprendizagem resultante dessa prática influencia as escolhas alimentares, mesmo os hábitos que pessoas idosas têm levado consigo por longa data, gerando mudança para sua expectativa de vida (ZANCUL, OLIVEIRA, 2007).

O nutricionista exerce papel fundamental na organização dos serviços de nutrição, avaliação e acompanhamento do estado nutricional, mostrando assim a

relevância que têm o

acompanhamento do profissional em específico na área geriátrica (BENETTI et al.; 2014).

Diante deste contexto o objetivo deste estudo foi analisar a percepção de cuidadores sobre a educação nutricional de distintas instituições especializadas no atendimento geriátrico na cidade de Ponta Grossa - Pr, onde uma há o acompanhamento de um profissional nutricionista e outra não.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de um estudo de natureza básica, classificada quanto aos objetivos como descritiva, aos procedimentos como pesquisa de campo do tipo levantamento e abordagem como qualiquantitativa.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa das Faculdades Ponta Grossa, sob o parecer consubstanciado n° 2.474.332 e CAAE nº 8224918.0.0000.5689.A coleta de dados foi realizada no período maio de 2018. Participaram desta pesquisa 18 cuidadores, de ambos os gêneros que trabalham em duas ILPIs da cidade de Ponta Grossa – PR, uma sob supervisão de um nutricionista responsável e outra não.

Foram excluídos do estudo os funcionários que não aceitaram participar e aos que aceitaram assinaram o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido).

Inicialmente foi aplicado um questionário, contendo seis questões fechadas abordando temas como educação alimentar e nutricional e importância da presença e supervisão do nutricionista em ILPIs.

O questionário aplicado aos cuidadores foi de própria autoria.

Na sequência da aplicação do questionário iniciou-se um ciclo de palestras com base no Guia Alimentar do Idoso (BRASIL, 2009), onde foram abordados diferentes

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aspectos em relação à saúde nutricional do idoso. Em ambas as instituições totalizaram-se em seis palestras, três em cada instituição.

Após realizar as palestras colheu-se o depoimento daqueles participantes que aceitaram expor sua opinião a respeito das temáticas abordadas e de que forma estas poderiam os beneficiar profissionalmente.

As respostas do questionário inicial foram confrontadas com os depoimentos obtidos após os ciclos de palestras. Os resultados foram tabulados e expostos por meio de gráficos através do programa Microsoft Office Excel 2010®.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Compôs-se a amostra no total de 18 funcionários de ambas as instituições, sendo 9 de cada. Deste total 89% (n=16) eram mulheres e 11% (n=2) homens, nota-se que a prevalência de mulheres se sobressaiu, assim como em dois estudos realizados por Brigola et al.

(2013) e de Lino et al. (2016), que encontraram a prevalência de 76% e 70% de trabalhadores do gênero feminino respectivamente.

Pimenta, Costa e Gonçalves (2009), analisaram o domínio de mulheres na função cuidador de idoso por obter o ato de cuidar e saber desempenhar diversas funções, por encaixar-se no papel de mãe, esposa ou filha, criando afetividade por parte dos idosos residentes nas ILPIs.

As entrevistas realizadas após os ciclos de palestras foram aceitas apenas pelos funcionários da ILPI que havia o acompanhamento de um nutricionista. Os outros cuidadores da outra instituição não aceitaram gravar.

A definição de qualidade de vida correlaciona-se com diversos aspectos como a auto-estima e o bem-estar está relacionado ao estado

emocional, à interação social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o próprio estado de saúde, os valores culturais, éticos e a atividades diárias e o ambiente em que se vive (SCHREINER; SACCOL, 2015).

A autonomia do pode ser comprometida, onde mostra que este grupo torna-se vulnerável e com dificuldades em realizar atividades básicas, propiciando o risco de deficiência nutricional, sendo assim possuindo maior fragilidade (NOURHASHÉMI et al., 2001).

Considera-se que os idosos apresentam características próprias que os tornam um grupo especialmente vulnerável e resistente, apresentando dificuldade em realizar atividades de forma autônoma acaba gerando um risco iminente de deficiência nutricional, que o idoso pode apresentar consequentemente, maior fragilidade, comprometendo o estado de saúde geral do idoso, aumentando a suscetibilidade a quedas e fraturas, hospitalizações, cuidados institucionalizados e até morte, portanto torna-se evidente que os idosos necessitam de cuidados especiais (FUKUZAKI et al., 2015).

Nascimento et al (2011), analisaram num estudo de revisão onde mostrou que os idosos estão em transição nutricional, e demonstraram a prevalência a obesidade e o sobrepeso, são fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e câncer.

Tal fato requer entendimento da equipe cuidadora em relação aos cuidados de indivíduos institucionalizados, onde e educação alimentar e nutricional pode estar apoiando esta equipe.

A figura 1 mostra a relação de opiniões de diferentes cuidadores em relação à educação nutricional.

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Figura 1 – Educação Nutricional. Você sabe ou já ouviu falar?

Instituição sem Nutricionista Instituição com Nutricionista

63%

58%

42%

38%

Sim Não

Fonte: O autor, 2018.

De acordo com a figura 1, os resultados apresentaram diferenças, sendo 58% sabendo do conceito de educação nutricional, essa porcentagem partiu da ILPI que consta o profissional nutricionista. Já 63% da outra instituição alegam não saber, no entanto esses profissionais não têm acesso e acompanhamento de um profissional na instituição, despertando carências em assuntos ligados a nutrição.

Durante a entrevista o Cuidador 1 declarou “(...)eu entendi melhor sobre o que é educação nutricional(...)pensava que era algo totalmente diferente. Depois ficou bem mais claro. Foi bem instrutivo.”

A importância da educação nutricional é dada como relevante. Os profissionais necessitam ser instruídos sobre os cuidados com a higiene, o preparo dos alimentos e alimentação geriátrica. Esses funcionários são a ponte entre o profissional nutricionista e os idosos que residem nas instituições, tendo ótima associação da conduta em relação à alimentação auxilia o profissional em tomadas de decisões

(CERVATO-MANCUSO; VINCHA;

SANTIAGO, 2016)

É preciso estar atento com as demandas necessárias quais o público idoso necessita (CAMARGOS et al., 2015), o conhecimento de tais

exigências facilita a

operacionalização e a obtenção de resultados satisfatórios, gerando maior qualidade de vida ao idoso residente destas ILPIs.

Sabe-se que as estratégias que cercam a alimentação na fase idosa terão melhores formas e melhor eficácia com relação a sua saúde do idosos sendo operacionalizadas de forma correta. Porém, não deve ser visto o conhecimento como um todo, sendo que uma das equipes colaboradoras não possuem o mesmo conhecimento, no entanto é de grande importância que os profissionais participem de palestras que são direcionadas ao ramo de trabalho, surgindo efeito no rendimento da ILPI.

Relatos do cuidador 4 são significativos e mostram o quanto a aplicação da educação nutricional faz diferença no rendimento de uma ILPI

“(...)não sabia o que era educação

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nutricional(...)Eu achei bem interessante, e tem coisas que você falou que vou usar aqui com os idosos da instituição.”

Ao ser aplicado a pergunta

"Na sua opinião, a Educação Nutricional serve de estratégia para promover a saúde alimentar em ILPIs?" na questionário aplicado, foi totalizado 100% de respostas afirmativas em ambas as instituições.

No entanto, notou-se o desconhecimento do guia alimentar do idoso e de sua existência por parte dos cuidadores de forma geral, fato grave, visto que este manual é

um grande material de apoio para o cuidado do idoso.

Conforme a narrativa do cuidador 1, observa-se a importância da implantação de manuais, folders e palestras no âmbito asilar “(...) no guia tem pontos bem importante específicos pra idosos e junto com as palestras esclareceu tudo”.

A figura 2 demonstra a importância de um profissional nutricionista operando em uma ILPIs em opinião dos cuidadores das diferentes instituições.

Figura 2 - Classificação da importância do profissional nutricionista na ILPI por parte dos funcionários.

Instituição com nutricionista Instituição sem nutricionista

100%

75%

25%

Importante Não muito importante

Fonte: O autor, 2018.

Um estudo realizado por Vasconcelos e Magalhães (2016), mostrou o desinteresse por parte de profissionais da saúde em procurar um profissional nutricionista efetuando ações para prevenção, manutenção e promoção da saúde, mesmo havendo a presença de um profissional na instituição.

Sabe-se que a educação nutricional é um meio de levar informação, assim como todo tipo de educação existente, no entanto, ela permite avaliar e aplicar determinados assuntos que estão

correlacionados a nutrição, logo, refletindo na qualidade de vida do idoso (BRANDÃO et al., 2010).

Há diversos fatores importantes no âmbito asilar, a presença de um nutricionista é uma delas, visto que a presença deste profissional é relevante, pois é o profissional qualificado a executar toda e qualquer ação relacionada a quantidade adequada da alimentação em termos de fornecimento de energia e nutrientes (TORAL;

GUBERT; SCHMITZ, 2006).

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O nutricionista é um profissional habilitado para diversas funções dentre elas o cálculo da adequação nutricional para um único indivíduo, preparação de cardápios e coordenação no setor de produção das refeições incluindo compras, garantindo uma alimentação balanceada e adequada, ao mesmo tempo atrativa aos olhos, tendo em vista as alterações fisiológicas e degenerativas de indivíduos nesse estágio da vida (UNIVERSIDADE

ESTADUAL PAULISTA.

FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS et al., 2009).

Os cuidadores 3 e 4 apresentam princípios relevantes em relação a importância do profissional nutricionista “(...) muito importante sim, ajuda a equipe inteira e também os idosos da instituição(...)”, “é importante para toda a equipe e também pra instituição, toda instituição deve ter o

acompanhamento deste

profissional(...).Ele entende de alimentação(...)”

Um estudo realizado por Nogueira et al (2016), menciona a qualidade de vida de idosos institucionalizados e de idosos domiciliares semi-dependentes. Em umas das questões que mencionava sobre Guia alimentar o rendimento de maior pontuação foi de idosos institucionalizados, contando com a presença de um profissional nutricionista, onde no âmbito asilar aplicava-se a educação nutricional e alimentar, além de ocorrer o planejamento de cardápios.

É importante frisar que a educação alimentar em idosos lúcidos tem eficácia para melhor aceitabilidade em refeições ofertadas, incentivo a manutenção da saúde, de um modo que seja lúdico, em virtude de que oportuniza o auto cuidado do idoso residente de uma ILPI, pois ele tem consciência de que bons hábitos são benéficos e refletem na

qualidade de vida (COUTINHO et al., 2016).

Um estudo realizado por Roque et al (2010), mostrou a não colaboração de idosos em ILPIs em relação a participação tanto de ações movidas dentro das instituições quanto no momento da alimentação, por muitas vezes necessitar de auxílio, no entanto justifica que a presença de um nutricionista equilibra positivamente por estar presente no dia a dia e por efetuar suas práticas dentro da ILPI como, planejamento de cardápios e monitoramento individual.

Benetti et al (2014), relata que a presença do nutricionista em ILPIs tem grande valor, destacando- se positivamente por ocorrer a supervisão nutricional e cuidado especial ofertado ao idoso, podendo auxiliar na instituição retratando-se na qualidade de vida. Também destaca a má nutrição em idosos institucionalizados, declarando novamente a relevância deste profissional.

A figura 3 ilustra a classificação em relação a uma orientação mais eficaz em específico para idosos.

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Figura 3 - Dentre as alternativas a seguir, qual você considera a mais correta para o público idoso?

Instituição com nutricionista Instituição sem nutricionista 70%

50%

25% 25%

20%

10%

Ótimo Bom Mediana

Fonte: O autor, 2018.

A instituição com nutricionista obteve a maior porcentagem correspondente a 70%.

Promoção da saúde, o entendimento no processo de capacitação e auxílio ao idoso, onde mostra que a qualificação para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde,incluindo uma maior participação no controle deste processo, possibilitando bem estar na velhice (MENEZES et al., 2010).

A alimentação adequada e o conhecimento desta são relevantes, pois ajudará o idoso a possuir melhores condições em relação à saúde, podendo o cuidador facilitar a escolha das refeições, combinações e alimentos permitidos, visto que os idosos na maioria apresentam patologias em comum como diabetes, hipertensão, colesterol alto.

Ayres (2007), diz que os colaboradores da saúde devem

possuir amplo conhecimento técnico em suas práticas profissionais, a fim de garantir o bem estar de seus receptores, o que leva a conclusão de que o conhecimento do cuidador mesmo que básico em relação à abrangência e necessidades do idoso garante sucesso em suas práticas e ações dentro da instituição na qual operacionaliza.

Segundo Menezes et al.

(2010), o profissional tende a estar focado na busca de rumos que o oriente a uma prática com êxito, um conhecimento específico e que possa estar comprometido com as ações relacionadas aos idosos e seus costumes no que se inclui alimentação e nutrição.

A figura 4 investiga a percepção dos cuidadores em relação a uma melhor orientação básica para idosos.

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Figura 4 - Analise da orientação mais correta em relação aos idosos residentes das ILPI's, na opinião dos cuidadores.

Instituição com nutricionista Instituição sem nutricionista 45%

25%

20% 20%

15% 15%

Alimentos de fácil acesso Refeições menos frequentes Equilibrar as refeições para não repetir, evitar ganho prejudicial

de peso

Fonte: O autor, 2018.

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Nota-se que há uma falha dos profissionais que atuam em ambas as ILPIs estudadas quanto a sua percepção em relação ao que se deve ofertar ao idoso. Araújo et al (2013), descreve que os cuidadores obtém determinadas dificuldades em relação a abrangência ao se cuidar de idosos como, a falta de conhecimento e falta de formação.

Ainda ressalta que o grau de escolaridade tem grande peso em relação ao entendimento de determinados assuntos que engloba o público da terceira idade por parte dos cuidadores.

Já Nakatani et al. (2003), diz que a falta de conhecimento por parte dos cuidadores afeta a qualidade de vida do idoso por terem de efetuar ações como, acompanhar dietas específicas, ler bulas de remédios, entender dosagens e vias de administração, além da compreensão sobre a importância na prevenção de doenças na terceira idade.

Após os ciclos de palestras os entrevistadores foram questionados novamente sobre esta pergunta anterior, se após as ações mudariam suas respostas, através dos relatos foi possível perceber mudanças nas opiniões.

Os cuidadores evidenciaram seus erros e optaram por mudanças de opiniões, o cuidador 1 relata

"(...)marquei alimentos de fácil acesso, mais não pensei que esse alimento seria industrializado que pode fazer mal ao idoso. Hoje eu marcaria a última opção.” Pode ser visto também na resposta do cuidador 4 “(...)marquei refeições menos frequentes achando que comer muito muito engordava.”

Durante os questionários os entrevistados foram indagados sobre a participação em palestras envolvendo a nutrição do idoso, se

julgavam importante ou não, totalizou-se em 100% de ambas as instituições alegando ser importante e refletido na qualidade de vida dos idosos institucionalizados.

Após as ações, foi solicitado aos cuidadores que redigissem de forma eloquente aspectos abordados durante as palestras e de que forma os assuntos abordados poderiam beneficiar a instituição.

Os relados dos cuidadores em relação às palestras foram positivos “(...)Você apresentou o guia alimentar para idosos, o que para eles é algo novo (...) De fato, a educação nutricional é uma ferramenta como você disse que pode estar interferindo na vida do idoso positivamente. Eu gostei, por mim teria sempre este tipo de trabalho aqui na instituição. E por você ter disponibilizado o guia aqui facilita a rotina de trabalho”.

Nota-se como a educação nutricional mesmo que passada de forma simples e de fácil entendimento tem aspectos positivos, podendo efetuar melhor rendimento das ILPIs, surgindo efeito na qualidade de vida dos idosos. O cuidador 2 ainda ressalta “(...)gostei muito dessa palestra, tinha várias coisas que eu não sabia, coisas simples mais que fazem a diferença no dia a dia”,

Fuentes et al (2014), enfatiza que a capacitação do profissional especializado no cuidado geriátrico faz-se necessário e relevante, entretanto necessita de recurso para tal preparação, como no presente resultado, onde constatou 100% de importância na questão de palestras educacionais envolvendo idosos.

Redigindo a frase de Martins et al.(2007) "(...) novos saberes provocam novos fazeres..."

Percebe-se que os profissionais sabem e declaram a

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importância de palestras que levam informação aos colaboradores.

Ainda sobre a importância da alimentação saudável junto ao idoso, outro fator significativo é a distribuição de panfletos e manual, pois apenas palestras assistidas caem no esquecimento, sendo assim tendo em mãos um seguimento estimulará colocar em prática aquilo que se foi ensinado.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao realizar o estudo nota-se a necessidade do saber por parte de ambas as instituições, sobre as questões de nutrição e alimentação, porém, cada uma com suas necessidades e suas deficiências específicas.

Em média as respostas foram de quesito positivo, e mostrou o quanto o profissional nutricionista operando em conjunto na equipe das instituições tem sua devida importância, pois este entende de questões individuas de cada patologia que cerca o público idoso.

Sabe tratar individualmente cada necessidade e como intervir positivamente num tratamento e numa qualidade de vida através do alimento e como aplicá-lo.

Em vista dos resultados obtidos, considera-se fundamental discutir as abordagens fáceis de compreender para utilizar nas práticas educativas em alimentação e nutrição, mas sim uma tentativa de restabelecer novas relações entre o paciente, nutricionista e cuidador.

Enfim, a percepção dos cuidadores de ambas as instituições em relação a educação nutricional, importância do profissional nutricionista e orientações a idosos são relativas e variam de uma ILPI

para outra, dado a este fato concluir- se que em relação a variação de opiniões pode ser dada a situação de uma ILPI ter acompanhamento de um nutricionista e outra não, evidenciando a importância deste profissional.

REFERÊNCIAS

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