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SAÚDE DA CRIANÇA RESUMO DA SEMANA 07 TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO

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RESUMO DA SEMANA 07

SAÚDE DA CRIANÇA

TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO

Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos.

Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais.

Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos.

Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo.

Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.

ALEITAMENTO MATERNO

A OMS, recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a:

• Maior número de episódios de diarreia;

• Maior número de hospitalizações por doença respiratória;

• Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos;

• Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco;

• Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional;

• Menor duração do aleitamento materno.

IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO

• Evita morte infantis;

• Evita diarreia;

• Evita infecção respiratória;

• Diminui o risco de alergias, hipertensão, colesterol alto e DM;

• Reduz chance de obesidade.

• Melhor nutrição;

• Efeito positivo na inteligência;

• Melhor desenvolvimento da cavidade bucal;

• Proteção contra câncer de mama;

• Evita nova gravidez;

• Menores custos financeiros;

• Vínculo afetivo mãe ↔ filho;

• Melhor qualidade de vida.

PRODUÇÃO DO LEITE MATERNO

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O leite produzido é armazenado nos alvéolos e nos ductos. Os ductos mamários não se dilatam para formar os seis lactíferos, como se acreditava até pouco tempo atrás. O que ocorre é que durante as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a aréola se enchem de leite e se dilatam (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).

• Grande parte do leite de uma mamada é produzida enquanto a criança mama, sob estímulo da prolactina.

A ocitocina, liberada principalmente pelo estímulo provocado pela sucção da criança,

também é

disponibilizada em resposta a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem emocional, como motivação, autoconfiança e tranquilidade.

• Quanto mais volume de leite e mais vezes a criança mamar, maior será a produção de leite. Uma nutriz que amamenta exclusivamente produz, em média, 800 mL por dia. Em geral, uma nutriz é capaz de produzir mais leite do que a quantidade necessária para o seu bebê.

CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DO LEITE MATERNO

• Nos primeiros dias, o leite materno é chamado colostro, que contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do sétimo ao décimo dia pós-parto. O leite de mães de recém- nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo.

• A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana.

• A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a criança esvaziar bem a mama.

• Fatores imunológicos de proteção:

o IgA secretória, principal anticorpo ↔ microorganismos presentes nas superfícies mucosas o IgM momentâneo.

o IgG memória.

o Macrófago.

o Neutrófilo.

o Linfócitos B e T.

o Lactoferrina.

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o Lisosima.

o Fator bífido.

TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO

• Quando o bebê pega a mama adequadamente – o que requer uma abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola –, forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê.

• A língua eleva suas bordas laterais e a ponta, formando uma concha (canolamento) que leva o leite até a faringe posterior e esôfago, ativando o reflexo de deglutição. A retirada do leite (ordenha) é feita pela língua, graças a um movimento peristáltico rítmico da ponta da língua para trás, que comprime suavemente o mamilo. Enquanto mama no peito, o bebê respira pelo nariz, estabelecendo o padrão normal de respiração nasal.

• O ciclo de movimentos mandibulares (para baixo, para a frente, para cima e para trás) promove o crescimento harmônico da face do bebê.

LOCAL DA PEGA CORRETA DO BEBE

PONTOS-CHAVE DA PEGA ADEQUADA

• Mais aréola visível acima da boca do bebê;

• Boca bem aberta;

• Lábio inferior virado para fora;

• Queixo tocando a mama.

PONTOS-CHAVE DO POSICIONAMENTO ADEQUADO

• Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;

• Corpo do bebê próximo ao da mãe;

• Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);

• Bebê bem apoiado.

INDICATIVO DA TÉCNICA INADEQUADA

• Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;

• Ruídos da língua;

• Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;

• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama;

• Dor na amamentação.

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Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida, dificultando à pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada.

ACONSELHAMENTOS

• O profissional de saúde, enfermeiro, deve orientar a mãe quanto à amamentação nos diferentes momentos, iniciando-se no pré-natal.

• Observar e orientar relacionado à:

o Primeiros dias após o parto;

o Comportamento do bebê;

o Número de mamadas por dia;

o Duração das mamadas;

o Uso de mamadeira e chupeta;

o Aspecto do leite;

o Alimentação da nutriz;

o Retorno da mãe ao trabalho.

▪ Durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e guardar o leite em congelador. Levar para casa e oferecer à criança no mesmo dia ou no dia seguinte ou congelar.

Leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias;

▪ Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, esse deve ser descongelado, em banho- maria fora do fogo. Antes de oferecê-lo à criança, ele deve ser agitado suavemente para homogeneizar a gordura;

RETIRADA DO LEITE

• Dispor de vasilhame de vidro esterilizado para receber o leite, preferencialmente vidros de boca larga com tampas plásticas que possam ser submetidos à fervura durante mais ou menos 20 minutos.

• Procurar um local tranquilo para esgotar o leite;

• Prender os cabelos e usar touca ou um lenço limpo na cabeça;

• Usar máscara ou lenço na boca, e evitar falar, espirrar ou tossir enquanto estiver ordenhando o leite;

• Ter à mão pano úmido limpo e lenços de papel para limpeza das mãos;

• Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços. Não há necessidade de lavar os seios frequentemente;

• Secar as mãos e antebraços com toalha limpa ou de papel;

• Posicionar o recipiente em que será coletado o leite materno (copo, xícara, caneca ou vidro de boca larga) próximo ao seio;

• Massagear delicadamente a mama como um todo com movimentos circulares da base em direção à aréola;

• Pressionar suavemente o polegar e o dedo indicador, um em direção ao outro, e levemente para dentro em direção à parede torácica. Evitar pressionar demais, pois pode bloquear os ductos lactíferos;

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• Pressionar e soltar, pressionar soltar;

• A manobra não deve doer se a técnica estiver correta. A princípio o leite pode não fluir, mas depois de pressionar algumas vezes o leite começará a pingar. Poderá fluir em jorros se o reflexo de ocitocina for ativo;

• Desprezar os primeiros jatos, assim, melhora a qualidade do leite pela redução dos contaminantes microbianos;

• Mudar a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas;

• Alternar a mama quando o fluxo de leite diminuir, repetindo a massagem e o ciclo várias vezes. Lembrar que ordenhar leite de peito adequadamente leva mais ou menos 20 a 30 minutos, em cada mama, especialmente nos primeiros dias, quando apenas uma pequena quantidade de leite pode ser produzida;

• Podem ser ordenhados os dois seios simultaneamente em um único vasilhame de boca larga ou em dois vasilhames separados, colocados um embaixo de cada mama.

RESTRIÇÕES AO ALEITAMENTO MATERNO

• NÃO RECOMENDADO

o Mães infectadas pelo HIV;

o Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2;

o Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação;

o Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose;

• INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA o Infecção Herpética;

o Varicela;

o Doença de Chagas;

o Consumo de drogas de abuso;

• NÃO DEVE SER CONTRAINDICADO o Tuberculose;

o Hanseníase;

o Hepatite B e C;

o Dengue;

o Consumo de cigarros;

o Consumo de álcool.

PROCESSO DE DESMAME

• O desmame não é um evento, e sim um processo que faz parte da evolução da mulher como mãe e do desenvolvimento da criança. Nessa lógica, o desmame deveria ocorrer naturalmente, na medida em que a criança vai amadurecendo.

• Sinais indicativos para a criança:

o Idade maior que um ano;

o Menos interesse nas mamadas;

o Aceita variedade de outros alimentos;

o É segura na sua relação com a mãe;

o Aceita não ser amamentadas em certas ocasiões e locais;

o Às vezes dorme sem mamar no peito.

• Sinais indicativos para a mãe:

o Mãe estar segura de que quer (ou deve) desmamar;

o Entendimento da mãe de que o processo pode ser lento e demandar energia, tanto maior quanto menos pronta estiver a criança;

o Flexibilidade, pois o curso do processo é imprevisível;

o Paciência (dar tempo à criança) e compreensão;

o Suporte e atenção adicionais à criança – mãe deve evitar afastar-se nesse período;

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o Ausência de outras mudanças, por exemplo, controle dos esfíncteres, separações, mudanças de residência, entre outras;

o Sempre que possível, fazer o desmame gradual, retirando uma mamada do dia a cada 1–2 semanas.

 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR:

• A alimentação complementar deve prover suficientes quantidades de água, energia,

• proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, por meio de alimentos seguros, culturalmente

• aceitos, economicamente acessíveis e que sejam agradáveis à criança.

• O profissional de saúde torna-se promotor da alimentação saudável quando consegue

• traduzir, conceitos técnicos de forma prática, em linguagem simples e acessível.

 PROBLEMAS NUTRICIONAIS PREVALENTES NA INFÂNCIA:

• • Desnutrição;

• • Déficit estatural;

• • Obesidade infantil precoce;

• • Anemia

 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS DE IDADE

• Nos primeiros dias da introdução dos alimentos complementares, não é preciso se

• preocupar com a quantidade de comida ingerida; o mais importante é proporcionar introdução

• lenta e gradual dos novos alimentos.

CUIDADOS COM A HIGIENE

• O profissional de saúde deve orientar as mães, familiar e cuidadores sobre a importância de

• cozinhar bem as carnes.

 CRIANÇAS EM USO DE LEITE DE VACA

 10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

 RECÉM-NASCIDO

• É toda criança considerada desde o instante do nascimento até 28 dias de vida incompletos.

NASCIDO VIVO

• É o produto de um nascimento no qual existe evidência de vida ao nascer.

ABORTO

• É a expulsão ou extração de um embrião ou feto pesando menos de 500g (22 semanas de

• gestação), independente ou não da presença de sinais vitais.

 PERÍODO NEONATAL

• Compreende as quatro primeiras semanas de vida (0 a 28 dias incompletos).

• Denomina-se período neonatal precoce a primeira semana completa ou os sete primeiros dias

• de vida; o período neonatal tardio compreende as três semanas seguintes.

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 MORTE NEONATAL

• É ocorrida no período neonatal, ou seja, entre 0 e 28 dias incompletos após o nascimento.

• Neomorto é o nome que se dá à criança morta dentro deste período.

NATIMORTO

• É o produto do nascimento de um feto morto. Considera-se feto morto aquele que nasce

• pesando mais de 500g e que não tenha evidência de vida depois de nascer.

 MORTE NEONATAL PRECOCE

• É a morte de um recém-nascido durante os primeiros sete dias completos de vida.

 MORTE NEONATAL TARDIA

• É a morte de um recém-nascido depois de sete dias completos de vida, porém antes de 28 dias

• completos de vida.

AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM- NASCIDO

 CRITÉRIOS/VARIÁVEIS DE CLASSIFICAÇÃO

• Idade Gestacional: tempo transcorrido desde a concepção até o momento do nascimento.

Peso ao nascer.

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A IG:

• Pré-termo: idade gestacional inferior a 37semanas

• A termo: idade gestacional entre 37 e 41 semanas e 6 dias

• Pós-termo: idade gestacional igual ou maior que 42 semanas

 PESO X IDADE GESTACIONAL

RN Grande para a Idade Gestacional (GIG): Peso acima do percentil 90

RN Adequado para a Id. Gestacional (AIG): Peso entre o percentil 10 e 90

RN Pequeno para a Idade Gestacional (PIG): Peso abaixo do percentil 10

PESO AO NASCER

• RN Baixo Peso: peso < 2500g

• RN de Muito Baixo Peso: peso < 1500g

• RN de Muito Muito Baixo Peso: peso < 1000g

CONTRAINDICAÇÕES DO ALEITAMENTO

• Mães infectadas pelo HIV.

• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus linfotrópico humano de linfócitos T).

• Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação.

o Alguns fármacos são citados como contraindicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como, por exemplo, os antineoplásicos e radiofármacos.

• Criança portadora de galactosemia, doença do xarope de bordo e fenilcetonúria.

SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DO ALEITAMENTO

➢ Infecção herpética com lesões vesiculares na pele da mama.

➢ Varicela: cinco dias antes e dois dias depois do parto. Fazer Ighavz no RN em até 96horas.

➢ Doença de Chagas na fase aguda da doença ou sangramento mamilar evidente.

➢ Abscesso mamário até drenar e iniciar ATB.

➢ Consumo de drogas de abuso.

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SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO

• O Programa Nacional de Suplementação de Ferro recomenda suplementação a todas as crianças de 6 a 18 meses (a partir dos 4 meses para as que não estiverem em aleitamento materno exclusivo) e mais cedo para as de baixo peso ao nascer e as prematuras (com menos de 37 semanas) (BRASIL, 2005)[D].

• Clampeamento tardio do cordão umbilical (após cessar batimento do cordão - >3min) – estratégia de prevenção da anemia [B].

• Em 12 de setembro de 2014, foi publicada a Portaria nº 1977 que atualiza as diretrizes nacionais do Programa Nacional de Suplementação de Ferro.

• Crianças de 6 a 24 meses 1 mg de ferro elementar/Kg de peso diariamente até completar 24 meses

• Sulfato Ferroso Gotas (25 mg/ml)

CONCEITOS E ORGANIZAÇÃO DA CME – RDC 15/2012

CONCEITO:

A Central de Material Esterilizado (CME), de acordo com o Ministério da saúde, é um conjunto de elementos destinados à recepção, expurgo, preparo, esterilização, guarda e a distribuição dos materiais.

DEFINIÇÕES

Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico que destrói a maioria dos microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos

Desinfecção de nível intermediário: processo físico ou químico que destrói microrganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos inanimados e superfícies;

Desinfecção de baixo nível: elimina todas as bactérias na forma vegetativa, porém não age contra esporos, vírus não lipídicos e o bacilo da tuberculose. Tem ação relativa sobre os fungos. Ex: Quartenário de amônia.

CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS (Spaulding, 1968) (RDC 15/2012)

Crítico: limpeza + esterilização (tecido não colonizado - estéril)

Semi-crítico: limpeza + desinfecção de alto nível(rdc 15/2012) (mucosa colonizada)

o Observação: produtos para saúde semicríticos utilizados na assistência ventilatória, anestesia e inaloterapia devem ser submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível intermediário, com produtos saneantes em conformidade com a normatização sanitária, ou por processo físico de termodesinfecção, antes da utilização em outro paciente;

Não crítico: limpeza (pele íntegra ou contato indireto)

LIMPEZA

• Art. 18: Os produtos para saúde devem ser encaminhados para processamento na empresa processadora após serem submetidos à pré-limpeza no serviço de saúde, conforme Procedimento Operacional Padrão (POP), definido em conjunto pela empresa e o serviço de saúde contratante.

Limpeza manual: É o processo amplamente utilizado, no qual os artigos são limpos por peças. Emprega-se para a remoção de sujidades através do uso de: - água corrente fria ou morna, - escovas com cerdas macias e resistentes e - detergentes neutros ou enzimáticos.

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EPIs

ÁREA DE RECEPÇÃO E EXPURGO

• Limpeza manual

o Fricção com escovas e dos uso de soluções de limpeza

o Preferencial solução enzimática ‐ constituem combinações de detergentes e enzimas utilizados comumente em instrumentos de difícil acesso e lumens estreitos

o Friccionar artigos sob a água para evitar aerossóis

MEDIDAS DE SEGURANÇA DO ARSENAL

• Controle de temperatura

• Controle de umidade

• Limpeza adequada das prateleiras

• Manuseio adequado dos invólucros

• Uso direcionado

• Acesso restrito

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO

FÍSICO

• Vapor saturarado sob pressão

▪ Gravitacional – a injeção de vapor na câmara força a saída do ar frio.

• De 132°C a 135 °C – 10 a 25 min.

• De 121°C a 123°C – 15 a 30 min

▪ Pré-vácuo – Por meio de bomba de vácuo contido no equipamento, o ar é removido do artigo e da câmara.

• De 132 °C a 135 °C de 3 a 4 min.

• Especial para Prions - 18min

• Calor seco ‐ Estufa

▪ O processo de esterilização em estufas de ar quente é o método mais utilizado dentre os de esterilização por calor e está em desuso por não ser confiável.

• Esterilização por radiação ionizante

▪ Este tipo de esterilização é utilizada, especialmente, em artigos descartáveis produzidos em larga escala

QUÍMICO

• Glutaraldeído

• Ácido Peracético

• Ortoftadeído

FÍSICO‐QUÍMICO

• Plasma Peróxido de Hidrogênio

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• Óxido de Etileno

• Vapor a Baixa Temperatura de Formoldeído

PCDT-IST

CONSIDERAÇÕES DO PCDT-IST

• Infecções entéricas sexualmente transmissíveis;

• Projeto SenGono;

• Saúde sexual com Direito Fundamental;

• Escuta ativa;

• Novos algoritmos para abordagem do portador de sífilis;

• Prevenção combinada.

➢PREVENÇÃO COMBINADA

• Remete à conjugação de diferentes ações de prevenção às IST, ao HIV e às hepatites virais e seus fatores

associados. Assim, sua definição está relacionada à combinação das três intervenções: biomédica, comportamental e estrutural (marcos legais), aplicadas ao âmbito individual e coletivo.

MANDALA DA PREVENÇÃO COMBINADA

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➢SEXO SEGURO

• Usar preservativo;

• Imunizar para HAV, HBV e HPV;

• Conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s) sexual(is);

• Testar regularmente para HIV e outras IST;

• Tratar todas as pessoas vivendo com HIV – PVHIV (Tratamento como Prevenção);

•  Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicado;

• • Conhecer e ter acesso à anticoncepção e concepção;

• • Realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicado.

OFERTA DE PRESERVATIVOS

• A oferta do preservativo masculino e feminino deve ser realizada sem restrições de quantidade de retirada e sem exigência de documentos de identificação.

• A distribuição deve ser feita como parte da rotina de atendimento, conforme a necessidade de cada pessoa.

IMUNIZANDO CONTRA AS ISTs

• VACINA HPV;

• VACINA HEPATITE B;

• VACINA HEPATITE A.

PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS ISTs

• Corrimento vaginal;

• Corrimento uretral;

• Úlceras genitais;

• Verrugas anogenitais.

ÚLCERAS ANORRETAIS

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➢CORRIMENTO URETRAL/VAGINAL

VERRUGA ANOGENITAL

➢SÍFILIS ADQUIRIDA

• AGENTE ETIOLÓGICO: o Treponema pallidum

• TRANSMISSÃO o Sexual: maior nos estágios primário e secundário;

Vertical (80% intraútero): maior nos estágios primário e secundário + tempo de exposição fetal.

• CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA o RECENTE (primária, secundária e latente recente): até 2 anos de evolução;

TARDIA (latente tardia e terciária): mais de 2 anos de evolução.

• SÍFILIS PRIMÁRIA:

TEMPO DE INCUBAÇÃO: 10 a 90 dias (média 3 semanas);

MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: úlcera rica em treponemas, geralmente única e indolor, com borda bem definida e regular, base endurecida e fundo limpo, que ocorre no local de entrada da bactéria, CANCRO DURO;

DURAÇÃO DAS LESÕES: 3 a 8 semanas (independente de tratamento);

o Lesões aparecem em média entre 6 semanas e 6 meses após a cicatrização do cancro.

o EVOLUÇÃO DA LESÃO: Erupção macular eritematosa pouco visível (roséola), principalmente no tronco e raiz dos membros Lesões papulosas eritemato-acastanhadas em todo o corpo.

o A sintomatologia desaparece em algumas semanas, independentemente de tratamento, trazendo a falsa impressão de cura. Atualmente, têm-se tornado mais frequentes os quadros oculares, especialmente uveítes.

o A neurossífilis meningovascular, com acometimento dos pares cranianos, quadros meníngeos e isquêmicos, pode acompanhar essa fase, contrariando a ideia de que a doença neurológica é exclusiva de sífilis tardia.

o Assintomática - Diagnóstico exclusivo pela reatividade dos testes não treponêmicos e treponêmicos.

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• SÍFILIS TERCIÁRIA

o Período variável de latência: 2 a 40 após o início da infecção;

• É comum o acometimento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular. Além disso, verifica-se a formação de gomas sifilíticas (tumorações com tendência a

• o EXAMES DIRETO: ▪ Pesquisa do T.pallidum nas lesões;

• o TESTES IMUNOLÓGICOS;

• o TREPONÊMICOS: ▪ Testes rápidos, testes de hemaglutinação, imunofluorescência direta (FTA-Abs), ensaios imunoenzimáticos;

• o NÃO TREPONÊMICOS ▪ (anticorpos cardiolipina não específicos para T.pallidum)

• ▪ VDRL – qualitativo e quantitativo.

DIAGNÓSTICO:

• TRATAMENTO:

PENICILINA BENZATINA IM (ventro glútea – via preferencial).

Outras opções: doxiciclina (não gestantes) e ceftriaxona.

Devido ao cenário epidemiológico atual, recomenda-se tratamento imediato, com benzilpenicilina benzatina, após apenas um teste reagente para sífilis (teste treponêmico ou teste não treponêmico) para as seguintes situações (independentemente da presença de sinais e sintomas de sífilis):

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• • Atualmente, para definição de resposta imunológica adequada, utiliza-se o teste não treponêmico não reagente ou uma queda na titulação em duas diluições em até seis meses para sífilis recente e queda na titulação em duas diluições em até 12 meses para sífilis tardia.

SÍFILIS CONGÊNITA

• RASTREAMENTO E SEGUIMENTO DAS CRIANÇAS EXPOSTAS AO RISCO: o Teste não treponêmico: titulação 2x maior que materna;

• Hemograma com plaquetas;

• Transaminases, BTF e eletrólitos;

• Líquor (LCR);

• RX de ossos longos e tórax;

• Neuroimagem: US transfontanela.

• TRATAMENTO: o Benzilpenicilina potássica (cristalina) 50.000 UI/kg, IV, de 4/4h a 6/6h, por 10 dias.

CLÍNICA CIRÚRGICA

CONCEITO:

Enfermagem Cirúrgica é a parte da enfermagem que presta assistência ao paciente cirúrgico nos períodos pré, trans e pós-operatórios, com o objetivo de prevenir complicações físicas e emocionais para reabilitação e recuperação.

PERÍODOS

Pré-operatório: Abrange desde o momento da decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica.

o Pré-operatório Mediato: período desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior à mesma;

o Pré-operatório Imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica.

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Período Transoperatório: Compreende desde o momento em que o paciente é recebido no CC até o momento de seu encaminhamento para a sala de recuperação pós - anestésica (SRA).

Período Intra-operatório: Compreende desde o início até o final da anestesia.

Período pós-operatório: Inicia-se a partir da saída do cliente da sala de operação e perdura até sua total recuperação. Subdivide-se :

o Pós-operatório imediato (POI): até às 24 horas posteriores à cirurgia;

o Pós-operatório mediato: após as 24 horas e até 7 dias depois; e o Tardio: após 7 dias do recebimento da alta.

Recuperação pós-anestésica: O período de recuperação anestésica é considerado crítico, pois os pacientes encontram-se muitas vezes inconscientes, entorpecidos e com diminuição dos reflexos protetores. Observar:

o Estabilidade hemodinâmica;

o Amplitude respiratória normalizadas;

o Saturação de O² nos limites normais;

o Estabilidade da temperatura corporal;

o Estado de consciente.

CLÍNICA CIRÚRGICA

CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO

• Cirurgias Limpas: Não ocorre penetração no trato digestivo, respiratório ou urinário. É realizada em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação. Ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou de falhas técnicas grosseiras.

• Cirurgias Potencialmente Contaminadas: Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significante. É realizada em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Ausência de processo infeccioso e inflamatório.

• Cirurgias Contaminadas: Cirurgia de obstrução biliar ou das vias urinárias. Cirurgia em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível. Ocorrência de falhas técnicas grosseiras. Ausência de supuração local.

• Cirurgias Infectadas: É toda intervenção cirúrgica realizada em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração) e/ou tecido necrótico.

CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS QUANTO A FINALIDADE:

• Diagnóstica: É a exploração cirúrgica que permitirá ao médico a confirmação do diagnóstico; pode envolver remoção de tecido para posterior exame diagnostico(Laparotomia exploratória, biopsia de nódulo de mama).

• Ablativa: É a excisão ou remoção de uma parte doente do corpo (Amputação, remoção de apêndice, colecistectomia).

• Paliativa: Alivia ou reduz a intensidade dos sintomas da doença; não produzirá cura (Colostomia, desbridamento de tecido necrosado, ressecção de raízes nervosas).

• Reparação/Restauração: Restaura o funcionamento ou aparência de tecidos traumatizados ou defeituosos (Fixação interna de fraturas, revisão de cicatrizes).

• Obtenção para Transplante: Remoção de órgãos e/ou tecidos de uma pessoa com morte cerebral declarada para serem transplantados em outra pessoa

• Construtora: Restaura uma função perdida ou reduzida como resultado de anomalias congênitas (Reparo de fenda palatina, fechamento de septo atrial defeituoso).

• Cosmética: Realizada para melhorar a aparência pessoal (Blefaroplastia para corrigir deformações na pálpebra;

rinoplastia para remodelar o nariz)

CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS DE ACORDO COM O GRAU DE URGÊNCIA:

• Emergência: Sem demora Ex: Obstrução intestinal; Sangramento intenso.

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• Urgência: Dentro 24 – 48hs Ex: Infecção aguda da bexiga;

• Necessária : A condição exige a cirurgia dentro de algumas semanas. Ex: Catarata

• Eletiva: O tempo aproximado p/ cirurgia coincide com a conveniência do paciente. Ex: Hérnia simples ; Cisto superficial

• Opcional : Preferência pessoal. A decisão parte do paciente. Ex: Cirurgia plástica

POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS E O QUE FAZER

• Hipotermia: aquecer o paciente e controlar sua temperatura;

• Hipotensão arterial: Hidratação rigorosa pela via EV, Mantendo-se posição de Trendelemburg - para melhorar o retorno venoso.

• Atelectasia: Manutenção da ventilação (artificial); permeabilidade das vias respiratória; aspiração traqueal;

estimulação da tosse (pacientes conscientes); estimulação de exercícios respiratórios (fisioterapia); realizar nebulização; mudança de decúbito.

• Embolia Pulmonar: tratamento inicial da embolia pulmonar inclui a administração de oxigênio e de heparina, por via intravenosa. Trombolíticos são utilizados em caso de obstrução grave.

• Hemorragia (choque hipovolêmico);

• Retenção Urinária, náuseas, vômitos, constipação.

o Náuseas e vômitos: clientes sem sonda nasogástrica devem ser colocados em decúbito lateral ou com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem do vômito pela boca

o Constipação intestinal: Movimentação no leito, deambulação precoce, ingestão de líquidos e aceitação de alimentos ricos em celulose. A aplicação de calor na região abdominal e a orientação, ao cliente, para que degluta menos ar ao beber ou ingerir alimentos pode ajudar no retorno do movimento peristáltico e diminuir o acúmulo de gases. O médico pode prescrever laxante no período noturno e/ou lavagem intestinal nos casos mais resistentes.

o Retenção urinária: cateterismo intermitente asséptico, estímulo para deambular (se for indicado).

DEFINIÇÃO DE CHOQUE

• É a diminuição generalizada de irrigação sanguínea para as células de todo o corpo.

FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO

• Perda de sangue - aumento da força e frequência das contrações cardíacas, levando a: - o Diminuição da PA;

o Risco iminente de morte .

CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HEMORRÁGICO

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TIPOS DE HEMORRAGIA

Interna

Externa

CLASSIFICAÇÃO DA HEMORRAGIA

• Arterial

• Venosa

• Capilar

AVALIAÇÃO DO PACIENTE

• Alteração de nível de consciência, ansiedade, desorientação;

• Taquicardia, diminuição da PA, pulso radial fraco e rápido;

• Respiração rápida e curta;

• Pele fria, pálida, pegajosa;

• Diminuição do débito urinário.

OUTROS TIPOS DE CHOQUE:

• Distributivo: Neurogênico; Anafilático; Séptico

• Cardiogênico

TRATAMENTO DO CHOQUE HEMORRÁGICO:

• Monitorização do paciente, supressão do sangramento (compressão dos vasos ou tecidos quando possível), cateterismo vesical, balanço hídrico, tratamento da hipovolemia (cristaloides / coloides), hemoderivados (se necessário), controle da PVC, oxigenação adequada.

INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO

CONCEITO

Infecção do sítio cirúrgico são aquelas que acometem tecidos, órgãos e cavidades incisados durante procedimento cirúrgico. Ocorrem até 30 dias pós-operatório ou até o 1º ano no caso de colocação de próteses.

TIPOS DE INFECÇÃO EM SÍTIO CIRÚRGICO

• Incisional Superficial

o Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia e envolve apenas pele e subcutâneo.

o Ocorre: Drenagem purulenta da incisão superficial;

o A incisão superficial é aberta pelo cirurgião na vigência dos seguintes sinais ou sintomas: dor, aumento da sensibilidade, edema local, hiperemia ou calor.

• Incisional Profunda

o Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até UM ano, se houver colocação de prótese, e envolve tecidos moles profundos à incisão (ex: fáscia e/ou músculos).

o Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não de órgão/cavidade;

o Deiscência parcial ou total da parede abdominal ou abertura da ferida pelo cirurgião

• Órgão / cavidade

o Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até UM ano, se houver colocação de prótese, e envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia.

FATORES DE RISCO

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• Relacionados ao paciente:

o Infecção coexistente (sítio infectado distante do sítio cirúrgico).

o Diabetes Mellitus (quando descompensada oferece maior risco. Ex: glicemia acima 200mg/dl nas 1ªs 48hs de pós-op).

o Obesidade.

o Desnutrição.

o Tabagismo

o Corticoterapia (suprimem o sistema imunológico).

o Distúrbios Imunológicos.

o Idade.

o Colonização por micro-organismos. Ex: S. Aureus colonizam as narinas de 20 a 30% dos pacientes.

• Fatores relacionados ao Agente Infeccioso:

o Virulência (cap. Do MO em invadir o tecido do hospedeiro e produzir danos) o Resistência a antimicrobianos.

• Fatores relacionados ao procedimento cirúrgico:

o Ambiente livre de patógenos;

o Grau de contaminação da operação (cirurgias limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas, infectadas).

Natureza da indicação cirúrgica (urgência, eletivas). – Tempo

CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

CONCEITO:

A infecção hospitalar é aquela adquirida no hospital e que não estava presente ou em incubação quando da admissão do paciente. Ela pode manifestar-se durante a internação ou mesmo após a alta.

Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por: Infecção Relacionada À Assistência À Saúde (IRAS).

Esta mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos realizados em ambulatório, durante cuidados domiciliares e a infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde.

INFECÇÃO

• A infecção é resultante da interação entre: Os microrganismos, sua fonte de transmissão e hospedeiro.

TÉCNICAS ASSÉPTICAS

• Assépsia:

o Conjunto de meios usados para diminuir os germes patogênicos de umadeterminada superfície

• Antissepsia:

o Remoção parcial dos microorganismos da pele por agentes químicos (tecidos vivos)

• Degermação:

o Remoção de detritos, impurezas, sujeira e microorganismos da flora transitória e alguns da flora residente depositados sobre a pele, através de água, sabão, detergentes e anti-sépticos

• Desinfecção:

o É o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são destruídos. Técnica específica para ambientes e materiais.

• Esterilização:

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o É processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.

ANTISSÉPTICOS / DESINFETANTES:

• Antisséptico: empregado em tecido vivo;

o Um antisséptico adequado deve exercer a atividade germicida sobre a flora cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.

• Desinfetante: quando a utilizamos em objetos inanimados.

o Infecção Oportunista;

o Infecção hospitalar;

INFECÇÃO CRUZADA

• refere-se à transferência de microorganismos de uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa, resultando em infecção.

INFECÇÃO OPORTUNISTA: Patógenos que se aproveitam do estado de debilidade das defesas do organismo para causar danos, que normalmente não aconteceriam em indivíduos com estado imunológico preservado.

COLONIZAÇÃO: Crescimento e multiplicação de um microorganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro, sem manifestações clínicas ou resposta imunológica.

CONTAMINAÇÃO: presença de microorganismos em cultura sem que signifique colonização ou infecção.

INFECÇÃO: Danos decorrentes da invasão e multiplicação de microorganismos no hospedeiro, levando à uma resposta imunológica.

PRINCIPAIS INFECÇÕES HOSPITALARES

PNEUMONIA:

Pneumonia Hospitalar ou Nosocomial é definida como infeçcão do trato respiratório inferior que ocorre 48 horas ou mais após a internação, desde que não presente ou em incubação à admissão hospitalar.

OS MICRORGANISMOS PODEM ALCANÇAR O TRATO RESPIRATÓRIO PELA:

• Aspiração de secreções da orofaringe;

• Inalação de aerossóis contaminados;

• Disseminação hematogênica de um foco a distância

• Entubação orotraqueal ou traqueostomia;

• Sonda nasogástrica ou nasoentérica;

• Ventilação mecânica (causa mais frequênte).

PARA QUE A INFECÇÃO RESPIRATÓRIA OCORRA É NECESSÁRIO A PRESENÇA DE FATORES DE RISCO TAIS COMO:

• Perda das defesas do hospedeiro;

• Presença de um microrganismo altamente virulento;

• Uso de imunossupressores; - Cirurgias prolongadas;

• Retenção e aspiração de secreções acumuladas no interior do tubo orotraqueal;

• Idade e doença de base (Ex:DPOC).

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PATÓGENOS RELACIONADOS:

• S.pneumonia;

• Klebsiella spp.,

• E. coli, Enterobacter spp.,

• P. aeruginosa,

• Staphylococcus aureus,

o OBS: Aspergillus spp. e Pneumocystis carinii. São responsáveis por causar pneumonia em imunodeprimidos.

• Um tipo gravíssimo de pneumonia é a pneumonia por aspiração, comum em pacientes com nível de consciência reduzido..

o Tem como fonte principal, as secreções da vias áreas superiores, seguida pelo refluxo do trato gastrintestinal.

SINAIS E SINTOMAS DA PNEUMONIA:

• Incluem tosse com expectoração,

• febre,

• calafrios

• falta de ar

• dor no peito quando se respira fundo

• Vômitos

• perda de apetite

• prostração e dores pelo corpo.

• Hemoptise em casos mais graves.

• A febre da pneumonia é geralmente alta.

• Pode evoluir para Derrame Pleural

PRINCIPAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO:

• Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45º (quando não houver contraindicação);

• Aspirar a secreção em TOT ou cânula traqueal;

• Higiene oral diariamente;

• Recomenda-se a troca de circuito de ventilação mecânica quando houver sujidade ou mau funcionamento do equipamento;

• Recomenda-se a troca do sistema fechado de aspiração se houver sujidade ou mau funcionamento.

CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA:

• Produtos ou Equipamentos de Assistência Respiratória Críticos:

o Utilizados em procedimentos invasivos com penetração em pele e em mucosas adjacentes, incluindo todos os materiais que estejam diretamente conectados com essas regiões.

▪ Ex: TOT

▪ Cânula traqueal

▪ Sistema fechado de AVAS

• Semi – Críticos:

o São produtos ou equipamentos que entram em contato com mucosas íntegras colonizadas e exigem, no mínimo, uma desinfecção de alto nível.

▪ Ex.: nebulizadores

▪ umidificadores,

▪ inaladores e circuitos respiratórios, etc.

• Não – Críticos:

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o São produtos ou equipamentos destinados ao contato com pele íntegra .Exigem como processamento eles mínimo a limpeza e/ou desinfecção de baixo nível, entre um uso e outro.

▪ Ex.: oxímetros de pulso, etc.

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MAPA MENTAL DA SEMANA 07

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Referências

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