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Utilização de elementos finitos com descontinuidades fortes na avaliação da robustez de estruturas de betão armado sujeitas a corrosão

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Academic year: 2021

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(2)

1. INTRODUÇÃO

Acontecimentos como o colapso das torres gémeas do World Trade Center a 11 de Setembro de 2001, ou mais recentemente o colapso da ponte na estrada I-35W sobre o Rio Mississípi nos EUA em 2007, entre outros, têm despertado o interesse dos engenheiros sobre a noção de robustez estrutural.

O conceito de robustez estrutural surge, em geral, associado à capacidade das estruturas de sofrerem danos ou colapsos parciais sem que isso afecte a competência das mesmas para desempenhar as funções para as quais foram projectadas. Por outras palavras, uma estrutura é robusta se as consequências resultantes de um eventual dano não forem desproporcionadas relativamente à dimensão desse dano ou à magnitude do evento causador do mesmo.

Apesar da utilidade e interesse do conceito, não existe ainda entre a comunidade científica um consenso sobre a definição de robustez e muito debate ainda subsiste sobre o assunto especialmente no âmbito da Acção COST-TU0601: “Robustness of Structures”.

Da mesma forma, a regulamentação e normativas mais recentes reconhecem a necessidade das estruturas serem projectadas de forma a serem robustas, no entanto as mesmas são pouco objectivas no que respeita à preconização de práticas e soluções de projecto para atingir esse objectivo. Os códigos actuais são incisivos em relação à segurança e colapso de elementos de uma estrutura, mas são pouco objectivos relativamente à sua segurança global.

Outra problemática actual no domínio da engenharia de estruturas é o da degradação das estruturas devido à corrosão das armaduras. Esta problemática tem ganho dimensão nos últimos danos face ao envelhecimento e deterioração do estado de conservação de muitas das obras de betão armado e devido aos custos associados à conservação e reparação das mesmas.

Apesar do conceito de robustez estrutural se apresentar normalmente associado a eventos extremos tais como ataques terroristas, sismos, furacões, explosões, entre outros, de facto o mesmo também pode ser muito útil quando aplicado a eventos de ocorrência mais provável tais como a deterioração de estruturas de betão armado por acção da corrosão das armaduras.

É objectivo desta comunicação apresentar um contributo para a definição e quantificação da robustez estrutural sobretudo em situações de deterioração de estruturas de betão armado por corrosão das armaduras.

2. ESTADO DE ARTE

2.1 Definição

Conforme se referiu, a robustez de uma estrutura designa a relação entre o evento ou o dano resultante e as consequências directas ou indirectas desse evento. Também se referiu que não existe uma definição consensual para o conceito de robustez. Alguns autores [1,3] definem a robustez como uma propriedade intrínseca da estrutura, isto é, quando depende

(3)

somente do dano ocorrido e das consequências directas. Outros autores [2] preferem definir a robustez como uma propriedade da estrutura e do seu meio envolvente, uma vez que avaliam a relação entre o evento causador do dano e as consequências indirectas.

É importante referir nesta altura que, quando a robustez é definida como uma propriedade da estrutura e do contexto em que se insere, o seu conceito é muito mais abrangente, extravasando o domínio da engenharia de estruturas. Ou seja, a robustez passa a depender de factores que não dependem da estrutura em si mas antes da exposição e das consequências indirectas que por sua vez dependem de contextos sociais e económicos.

2.2 Quantificação

Nesta secção apresentam-se algumas metodologias, propostas por diversos autores, para quantificar a robustez ou outros conceitos similares.

2.2.1 Frangopol e Curley (1987)

Em 1987, Frangopol e Curley [1] propuseram um factor probabilístico de redundância, definido como a relação entre a resistência da estrutura intacta e a reserva de resistência da estrutura danificada (Eq. (1)):

intacto R intacto danificado

(1)

onde R representa o factor de redundância e intacto e danificado representam os índices de

fiabilidade da estrutura intacta e danificada, respectivamente. O factor de redundância pode tomar valores próximos de infinito se a estrutura for muito robusta ou valores próximos da unidade quando a robustez é nula e não existe reserva de resistência após a ocorrência do dano em causa.

2.2.2 Baker et al. (2008)

Baker et al. [2] propuseram em 2008 uma metodologia para avaliar a robustez das estruturas baseada no risco. Neste caso a robustez pode ser obtida através da Eq. (2) e representa uma medida da relação entre o risco directo (Rdir) e risco total (Rdir+Rind).

dir Rob dir ind R I R R   (2)

O risco directo está associado às consequências directas e o risco total às consequências directas e indirectas.

2.2.3 Biondini e Restelli (2008)

Em 2008, Biondini e Restelli [3], utilizando uma estrutura em treliça sujeita à deterioração dos elementos de barra constituintes, definiram a robustez como a relação entre um

(4)

indicador da performance da estrutura no estado deteriorado fd e o mesmo indicador da

estrutura no estado original f0 (Eq. (3)):

0

d

f f

(3)

Foram utilizados deslocamentos em pontos notáveis, pseudo-carregamentos e determinadas propriedades da matriz de rigidez, como indicadores de performance da estrutura. Apesar da simplicidade do índice de robustez proposto, esta metodologia pode resultar ambígua uma vez que, para o mesmo tipo de dano em estudo, uma estrutura pode resultar robusta para um determinado nível de dano e rapidamente apresentar-se pouco robusta para um nível de dano ligeiramente superior.

3. PROPOSTA DE UM ÍNDICE DE ROBUSTEZ

Conforme se observou anteriormente, existem diversas formas de definir e quantificar a robustez de uma estrutura. Alguns autores preferem definir a robustez como uma propriedade da estrutura, outros preferem defini-la também como uma propriedade do seu meio envolvente. No que respeita à quantificação de robustez foram apresentadas três propostas, uma determinística, outra baseada no risco e outra no índice de fiabilidade da estrutura. Para melhor compreender a relação entre os vários índices e definições apresentados, representa-se na Figura 1 uma árvore de decisão ilustrando o processo de exposição/dano/colapso/consequência/risco de uma estrutura:

Figura 1. Árvore de decisão ilustrando o processo de exposição/dano/colapso/consequência/risco de uma estrutura.

Na Figura 1, P( ) e P( │ ) representam probabilidades e probabilidades condicionadas respectivamente. A mesma figura permite escrever a equação (4) de cálculo da probabilidade de colapso de uma estrutura como:

( )

( )

(

)

(

)

P F

P E

P D E

P F D

(4)

Para acções regulares de dimensionamento a probabilidade P(E) está relativamente bem definida nos manuais contemporâneos. O mesmo não se passa para acções extremas, visto

P(E) P(DlE) Consequências directas Cdir 0 P(FlD) Consequências totais C +Cind dir

Sem Dano, D 1ª Barreira 2ª Barreira Dano, D P( lE)D Exposição, E P( lD)F Colapso, F Sem Colapso, F Rdir R +Rind dir

(5)

que, devido à sua extraordinária ocorrência, a sua caracterização probabilística se torna uma tarefa extremamente difícil. A probabilidade P(D│E) , também definida nos regulamentos, representa a primeira barreira contra o colapso da estrutura uma vez que está associada a fiabilidade dos componentes constituintes da estrutura. Também se pode dizer que representa a vulnerabilidade da estrutura à exposição E. A vulnerabilidade pode ser diminuída, durante a fase de projecto, através duma correcta avaliação dos parâmetros e modelos de acções e resistência adoptados. A vulnerabilidade pode também ser reduzida através de um controlo de qualidade durante a fase de construção. A probabilidade P(F│D), mede a reserva de resistência da estrutura após a ocorrência de um dano, e por isso define um segunda barreira contra o colapso. Se o conceito de robustez for definido como uma propriedade da estrutura (relacionando o dano com as consequências directas na estrutura) então pode dizer-se que a probabilidade P(F│D) está estreitamente relacionada com a robustez e que a Eq. (4) poderia reescrever-se qualitativamente na forma da Eq. (5):

Segurança=Exposição×Vulnerabilidade×Robustez (5) Poderia então assumir-se a robustez como uma propriedade da estrutura e propor-se a seguinte definição para a mesma: Robustez é uma propriedade intrínseca da estrutura que mede o desempenho f da estrutura após a ocorrência de um dano D. Entenda-se por desempenho qualquer função para a qual a estrutura foi projectada, definida em termos quer dos estados limites últimos quer dos de serviço. O conceito de dano também é encarado de forma genérica, isto é, qualquer alteração do estado da estrutura que comprometa a sua competência, podendo considerar-se cenários como a deterioração, o colapso de um membro, um erro de projecto, entre outros.

A robustez pode assim ser melhorada se forem adoptados determinados critérios de dimensionamento que permitam que a estrutura possua reserva de resistência após a deterioração de um ou mais componentes. Muita discussão ainda subsiste sobre que critérios adoptar, agravada pelo facto de também não existir consenso sobre o conceito de robustez. No entanto, parece existir consenso sobre os benefícios para a robustez da adopção de critérios de dimensionamento que visem a redundância e a ductilidade.

Introduzindo também as consequências na Eq. (5) obter-se-ia em termos de risco a Eq. (6):

Risco=Exposição×Vulnerabilidade×Robustez×Consequências (6) Uma das razões pela qual tem sido difícil encontrar um consenso nesta matéria é o facto de se insistir na tentativa de encontrar qual o índice mais competente entre as várias propostas. De facto as Eqs. (5) e (6) permitem perceber que não é correcto comparar directamente o índice de robustez de Frangopol e Curley [1] com o de Baker et al. [2] uma vez que o primeiro representa uma medida probabilística da reserva de resistência da estrutura e o segundo uma medida do risco associado ao colapso. Enquanto o primeiro depende apenas

(6)

da estrutura, o segundo é variável consoante o contexto em que a estrutura se insere. Já a medida proposta por Biondini e Restelli [3] embora determinística aproxima-se mais da de Frangopol e Curley [1] uma vez que é uma medida da perda de performance da estrutura após a ocorrência de um dano.

Conforme referido anteriormente as normas e regulamentos mais actuais apenas preconizam que uma estrutura deve ser robusta, no entanto, os mesmos não apresentam uma definição concisa de robustez nem recomendações práticas para que as estruturas se comportem de uma forma robusta, nem critérios de quantificação. Nesta comunicação propõem-se que a robustez RD seja obtida através da Eq. (7), que fornece a área abaixo da

curva (Figura 2) definida pelo desempenho normalizado da estrutura f sujeita a um dano D também normalizado: 1 0 ( ) D D D Rf x dx  

(7)

onde f pode ser obtida pelo rácio entre a resposta da estrutura deteriorada e a resposta da estrutura intacta. D representa o dano normalizado e é obtido através da relação entre a deterioração existente e a deterioração máxima possível.

Figura 2. Quantificação da Robustez. Performance normalizada da estrutura obtida em função do dano normalizado.

O valor do índice de robustez proposto pode variar entre 0 e 1. Assume o valor 0, curva A, quando um nível de dano muito reduzido provoca um abaixamento repentino do desempenho da estrutura. Para a curva E o valor da robustez é de 1, o que significa que a competência da estrutura para desempenhar a função em estudo se mantém constante, independentemente do nível de dano existente. As curvas B, C e D representam robustez intermédia crescente.

4. EXEMPLO DE APLICAÇÃO

4.1 Introdução

Para ilustrar a metodologia de quantificação da robustez proposta na secção anterior, considera-se o exemplo de uma viga de betão armado carregada uniformemente, simplesmente apoiada, sujeita à corrosão das armaduras longitudinais (Figura 3).

f 1 1 d A B C D E 0 0

(7)

Figura 3. Viga de betão armado. (a) modelo longitudinal; (b) secção transversal.

Neste exemplo o desempenho da estrutura em análise é a sua capacidade de carga q máxima e o cenário de deterioração corresponde à corrosão das armaduras longitudinais Xp, medida em termos de percentagem de volume. As armaduras transversais foram sobredimensionadas de forma a que a capacidade de carga fosse determinada pela rotura à flexão por cedência das armaduras longitudinais.

Para ter em conta os efeitos da corrosão das armaduras foi adoptada uma metodologia proposta por Sánchez et al. [4]. Esta metodologia consiste na modelação da estrutura com recurso a elementos finitos enriquecidos com descontinuidades fortes [5] e na adopção de um modelo de dano isotrópico para o betão [6] permitindo a simulação do processo de fendilhação característico do betão armado. A análise da estrutura é efectuada em duas etapas distintas: na primeira fase efectua-se uma análise da secção transversal para ter em conta os efeitos da corrosão das armaduras; na segunda fase os resultados obtidos são então utilizados para caracterizar um modelo longitudinal da estrutura deteriorada com vista à determinação da capacidade de carga da estrutura.

4.2 Análise da Secção Transversal

A primeira fase da metodologia proposta por Sánchez et al. [4] consiste na análise da secção transversal sujeita uma expansão volumétrica das armaduras com o objectivo de simular o efeito da acumulação dos produtos resultantes da corrosão. A modelação da secção com recurso a elementos finitos onde foram incorporadas descontinuidades fortes e a adopção de modelo de dano isotrópico para a relação constitutiva do betão permitem simular a deterioração e fendilhação do betão em redor das armaduras. Na Figura 4 (a) é apresentada a deterioração do betão caracterizada por uma variável escalar d característica do modelo de dano isotrópico. A variável d pode assumir valores entre 0 e 1 se o betão se encontra intacto ou completamente degradado, respectivamente. Mais detalhes sobre o modelo podem ser consultados em [6]. Na Figura 4 (b) apresentam-se as linhas de isodeslocamento que denunciam a fendilhação resultante da acumulação dos produtos de corrosão. É possível ainda constatar através da análise das Figuras 4 (a) e (b) que a fendilhação coincide com as zonas mais deterioradas da matriz de betão e que provoca o destacamento do recobrimento das armaduras longitudinais. Refira-se no entanto que o efeito de confinamento proporcionado pela armadura transversal foi desprezado por aumentar o grau de complexidade da análise em questão.

0.20 0. 4 0 2Ø10 2Ø20 5.00 q (a) (b)

(8)

Figura 4. Análise Transversal. (a) Deterioração da matriz de betão; (b) linhas de isodeslocamento denunciando a fendilhação.

4.3 Análise

Longitudinal

A determinação da capacidade de carga da viga sujeita a corrosão das armaduras é efectuada com base num modelo de elementos finitos a duas dimensões. Neste caso a simulação do comportamento do betão armado é efectuada com recurso ao modelo proposto por [7] cuja principal característica é a reunião das propriedades da matriz de betão e das fibras de aço num só material composto (Figura 5 (a)).

Figura 5. Modelo Longitudinal 2D. (a) modelação do betão armado como um material composto; (b) deterioração da matriz de betão devido ao carregamento aplicado

para um nível de corrosão Xp=10%.

Para o betão é adoptado o já referido modelo de dano isotrópico caracterizado pela variável d resultante da análise transversal (Figura 4 (a)). O comportamento das fibras de aço resulta da conjugação em série de um modelo elasto-plástico, representando o comportamento do aço, e de um modelo rígido-plástico representando a aderência na interface aço-betão. Como se sabe a corrosão provoca uma diminuição da aderência entre o aço e o betão. Para caracterizar a deterioração da aderência adh(Xp) entre os dois materiais em função do nível

de corrosão Xp, adopta-se o modelo M-Pull proposto por Bhargava et al. [8] que pode ser

sintetizado na Eq. (8): 0.117 1.0 1.5% ( ) ( 0) 1.192· p 1.5% p adh p X adh p p if X X X e if X

      (8)

Na Figura 6 representa-se graficamente a Eq. (8).

1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0 d (a) (b) 1.0 0.5 0.0 d

betão com arm. longitudinais betão com arm. transversais betão de recobrimento

(9)

4.4 Avaliação da Robustez

A metodologia apresentada nas secções anteriores, que permite calcular a capacidade de carga da viga de betão armado deteriorada, é repetida para valores do nível de corrosão, Xp,

entre 0% e 100%. Na Figura 5 (b) pode observar-se o mecanismo de rotura para Xp=10%

devido à formação de uma fenda vertical junto ao meio vão da viga, por cedência das armaduras longitudinais inferiores. Na Figura 6 apresenta-se a capacidade de carga normalizada em função do nível de corrosão Xp. A mesma figura permite constatar que a

degradação da tensão de aderência com a corrosão é um factor preponderante para a capacidade de carga da viga. Os decréscimos mais singulares, mas menos expressivos, da capacidade de carga, para valores de Xp inferiores a 10% são devidos à deterioração do

betão e ao destacamento do recobrimento das armaduras, obtidos durante a análise transversal. Verifica-se também que para valores de corrosão superiores a cerca de 40% a capacidade de carga mantém-se constante, uma vez que a partir deste limite a resistência da viga é dada somente pelo betão, que representa cerca de 35% da resistência original.

Figura 6. Determinação da capacidade de carga normalizada em função do nível de corrosão nas armaduras.

A Eq. (7) permite finalmente calcular a área abaixo da curva correspondente à capacidade de carga normalizada da viga, resultando num valor de 40.5% da robustez (Figura 6), que representa uma capacidade de carga média da viga sujeita a valores de corrosão variando entre 0% e 100%. Este valor contrasta com um valor de robustez de 100% para uma viga de betão simples cuja capacidade de carga não é afectada pela corrosão.

5. CONCLUSÕES

Com vista à quantificação de robustez estrutural, foi proposto um índice de robustez calculado com base na performance média normalizada da estrutura sujeita a um dano variável também normalizado. A aplicação do índice proposto foi exemplificada no contexto de estruturas de betão armado sujeitas a corrosão tendo sido considerada a capacidade de carga e a corrosão das armaduras longitudinais respectivamente como a performance estrutural e o dano em estudo. A capacidade de carga da estrutura deteriorada foi determinada com recurso a um modelo de elementos finitos com discontinuidade fortes incorporadas. Os resultados obtidos para a robustez da estrutura permitem ter uma

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 Nível de Corrosão Xp (%) capacidade de carga normalizada tensão de aderência normalizada

(10)

percepção da susceptibilidade do desempenho da mesma à corrosão das armaduras longitudinais. Os resultados obtidos permitem ainda concluir acerca da importancia da tensão de aderência aço-betão na degradação da capacidade resistente da viga.

AGRADECIMENTOS

Os autores gostariam de agradecer o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da Acção Cost TU-0601.

REFERÊNCIAS

[1] Frangopol, D. M. and Curley, J. P. - Effects of damage and redundancy on structural reliability. Journal of Structural Engineering, 1987, 113(7), p 1533–1549.

[2] Baker, J., Schubert, M., and Faber, M. - On the assessment of robustness. Structural Safety, 2008, 30(3), p 253–267.

[3] Biondini, F. and Restelli, S. - Damage propagation and structural robustness. In Life-Cycle Civil Engineering: Proceedings of the International Symposium on Life-Life-Cycle Civil Engineering, IALCCE’08, Held in Varenna, Lake Como, Italy on June 11-14 2008, p 131.

[4] Sánchez, P., Huespe, A., Oliver, J., and Toro, S. - Numerical modelling of the load carrying capacity degradation in concrete beams due to reinforcement corrosion. In 8th World Congress on Computational Mechanics, 5th European Congress on Computational Methods in Applied Sciences and Engineering (ECCOMAS 2008). [5] Oliver, J., Huespe, A., Pulido, M., and Chaves, E. - From continuum mechanics to

fracture mechanics: the strong discontinuity approach. Engineering Fracture Mechanics, 2002, 69(2), p 113–136.

[6] Oliver, J., Cervera, M., Oller, S., and Lubliner, J. - Isotropic damage models and smeared crack analysis of concrete. In Second International Conference on Computer Aided Analysis and Design of Concrete Structures, 1990, volume 2, p 945– 958.

[7] Oliver, J. , Linero, D., Huespe, A., and Manzoli, O. - Two-dimensional modeling of material failure in reinforced concrete by means of a continuum strong discontinuity approach. Computer Methods in Applied Mechanics and Engineering, 2008, 197(5): p 332– 348.

[8] Bhargava, K., Ghosh, A., Mori,Y., and Ramanujam, S. - Corrosion-induced bond strength degradation in reinforced concrete analytical and empirical models. Nuclear Engineering and Design, 2007, 237(11), p 1140–1157.

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Figura 1. Árvore de decisão ilustrando o processo de  exposição/dano/colapso/consequência/risco de uma estrutura
Figura 2. Quantificação da Robustez. Performance normalizada da estrutura obtida em  função do dano normalizado
Figura 3. Viga de betão armado. (a) modelo longitudinal; (b) secção transversal.
Figura 4. Análise Transversal. (a) Deterioração da matriz de betão; (b) linhas de  isodeslocamento denunciando a fendilhação
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