~
ANÁLISE
DE
DISPOSITIVOS
ELETROMAGNÉTICOS
TRIFÁSICOS
MODELADOS
POR ELEMENTOS
FINITOS
ZDCONECTADOS
AOS
SEUS
CIRCUITOS
EXTERNOS DE
ALIMENTAÇÃO
FLORIANÓPOLIS
PROGRAMA
DE
APOS-GRADUAÇAO
EM
ENGENHARIA
AELÉTRICA
' /ANALISE
DE
DISPOSITIVOS
ELETROMAGNÉTICOS
TRIEÁSICOS
MODELADOS
POR ELEMENTOS
FINITOS
2D
CONECTADOS
AOS
SEUS
CIRCUITOS
EXTERNOS DE
ALIMENTAÇÃO
Dissertação submetida à Universidade Federal de Santa Catarina
como
parte dos requisitos para a obtençãodo
grau de Mestreem
Engenharia Elétrica..
ANA MARGARIDA
DE
OLIVEIRA
TRIFÁSICOS
MODELADOS
POR
ELEMENTOS
FINITOS
2D
CONECTADOS
AOS
SEUS
CIRCUITOS
EXTERNOS DE
ALIMENTAÇÃO
Ana
Margarida de
Oliveira
“Esta Dissertação foi julgada
adequada
para obtençãodo
Título de Mestreem
EngenhariaElétrica,
Área
de Concentraçaoem
Concepçao
e Análise de Dispositivos Eletromagnéticos,e aprovada
em
suaforma
final peloPrograma
dePós-Graduação
em
Engenharia Elétricada
Universidade Federal de Santa Catarina.”Prof.
Ptr
- uo-Peng, Dr.Orientador
~ä
A
z.
rof. Ildemar Cassana Decker, D. Sc.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia ElétricaBanca
Examinadora:'I
(A7
' Prof. at `c Kuo-Pe g, Dr. . ./Orientâr
/` ' A'V
._ ' vz f. Nelson Sado ET \ Q _=_,./ , . 17'
7
Prof. Renato Carlson, Dr.
/
,z_
¿/,
>Prof. J oão Pedro Assu ção Bastos, Dr.
2
. arcelo Grafulha VanTDi.\...
_
Ao
meu
orientador Professor Patrick Kuo-Peng pela dedicação e interesse' demonstradosdurante o desenvolvimento deste trabalho, e pelos inúmeros
momentos
de descontração que atenuaram as tensoes, naturaisem
um
processo de aprendizado. '-
Ao
meu
co-orientador Professor Nelson Sadowski, presente e solicito nosmomentos
de dúvidas e definições, por toda a atenção dispensada, orientações e apoio recebidos.A
todos os professores doGRUCAD
pelo incentivo e ajuda constante: Prof. Adroaldo Raizer, Professor Renato Carlson e Prof. Marcelo Grafulha Vanti e, especialmente, Prof. João PedroAssumpção
Bastos pela oportunidade de convivercom
este grupo tão rico e absorverum
pouco de seu conhecimento.
Ao
colega Jorge pela orientação dada queme
poupou preciosas horas de estudo, ao Maurício e J hoe pelosmomentos
de estudo e discussão, aoHugo
pela parceria durante os créditos,ao Luis, Golberi e
Ana
Cristina pela motivação e apoio, e a todos os demais colegas pela acolhida,carinho e incentivo.
Aos meus
pais, Ali e Revanier, peloamor
e compreensão infinitos,sem
eles minhasconquistas nao seriam possíveis.
Ao
meu
esposo e companheiro J oãoMarco
pelo carinho, paciência, compreensão e apoio nas intermináveis horas de -trabalho. _Acima
de tudo, a Deus,meu
amparo.ANÁLISE'
DE
DISPOSITIVOS
ELETROMAGNÉTICOS
TRIFÁSICOS
MODELADOS
POR ELEMENTOS
FINITOS
2D
CONECTADOS
AOS
SEUS
CIRCUITOS
EXTERNOS DE
~
ALIMENTAÇAO
Ana
Margarida
de
'Oliveira
Mar./2000
Orientador: Patrick
Kuo-Peng
Co-orientador: NelsonSadowski
, .
Area
de Concentraçao:Máquinas
Elétricas çPalavras-chave: Dispositivos Eletromagnéticos Trifásicos, Elementos Finitos 2D,
AcoplamentoAutomático
dasEquações
deCampos
Eletromagnéticos eCircuitos Elétricos.
Número
de páginas: 81 ‹O
presente trabalho aborda o desenvolvimento e aimplementação
deum
método de
análisede dispositivos eletromagnéticos trifásicos alimentados por circuitos elétricos externos.
O
dispositivo eletromagnético émodelado
peloMétodo
de Elementos Finitosem
duasdimensões e o
equacionamento do
circuito é feitoem
variáveis de espaço de estados.Um
acoplamento forte entre os dois sistemas de equações é conseguido utilizando-se as
grandezas
comuns
aambos,
isto é:h as correntes e as tensões nos enrolamentosdo
dispositivo eletromagnético.
A
montagem
dos sistemas de equações é totalmenteautomática e sua resolução simultânea. Este
método
estáimplementado
noprograma
denominado
EFCIR,
um
Programa
de SimulaçãoNumérica
de Conversores EstáticosAssociados a Estruturas Eletromagnéticas
Modeladas
peloMétodo
de Elementos Finitos.A
fim de validar ométodo
proposto,foram
realizadas simulações ecomparações
são feitascom
o programa PSPICE.
_ANALYSIS
or
THREE-PHASE
ELECTROMAGNETIC
SDEVICES
MODELLED
BY Two-DIMENSIONAL
FINITE
ELEMENTS
METHOD
CQUPLED
To
ITS
EXTERNAL
~
~
FEEDING
CIRCUITS
SS
Ana
Margarida
de
Oliveira
Mar./2000Advisor: Patrick
Kuo-Peng
Co-advisor:Nelson
Sadowski
Area
of Concentration: ElectricalMachines
Keywords:
Three-Phase Electromagnetic Devices,Two-Dimensional
FiniteElements
,Automatic Coupling of Electromagnetic Fields and Electrical Circuits
Equations. Â
Number
of Pages: 81This
work
deals with thedevelopment
and implementation of a analysismethod
of three-phase electromagnetic devices fed
by
external electric circuits.The
electromagnetic deviceis
modeled by
two-dimensional finite elementmethod and
the circuit equations are writtenin a state space form.
A
strong coupling of thetwo
equations systems is obtained usingboth
common
variables,which
are, the currents and the voltages of their electromagneticdevice windings.
The
assembly of the equation systems is performed automaticallyand
its resolution is Simultaneous. Thismethod
isimplemented
in aprogram
calledEFCIR,
withis a Numerical Simulation
Program
of Static Converters Associated to ElectromagneticStructures
Modeled
by
the Finite ElementsMethod.
A
In order to validate the proposed method, simulations are performed and comparisons are
performed
between
EFCIR
and
theprogram
PSPICE.
Dedicatória iii
Agradecimentos
ivResumo
v
Abstract viSumário
viiIntrodução Geral
1Capítulo 1:
Equações do
DispositivoEletromagnético
1.1. Introdução 5
1.2.
Equaçoes
deMaxwell
61.3. Pdrenzizl vetor
Magnéúcoz
Ã
31.4.
Condições
de .Contorno 111.5.
Equacionamento
dos Condutores 14 1.6.Equação
Global da Estrutura Eletromagnética 161.7.
Método
de Elementos Finitos 171.7.1. Aplicação
do
Método
Residual 171.7.2.
Método
de Galerkin20
1.8. Sistema de
Equações do
Dispositivo Eletromagnético22
1.9.
Conclusão
24
Capítulo 2:
Estudo Topológico de
Circuitos Elétricos2.1. Introdução 25
2.2.2. Matriz de Laços Fundamentais: B, 2.2.3. Relação entre
K2
e B, 2.3.Determinação
Automática deK2
2.3.1. Matriz de Incidência:F
2.3.2. Algoritmo deWelsh
2.4.Conclusão
Capítulo 3:
Acoplamento
dasEquações do
DispositivoEletromagnético
edo
CircuitoExterno de
Alimentaçao
3. l. Introduçao
3.2. Associação das
Equações
deCampo
edo
Circuito de Alimentação3.3
Equacionamento
em
Variáveis de Estado dos Circuitos deAlimentaçao
3.4
Chaveamento
nos Circuitos de Alimentação3.4.1. Cálculo da
Tensão
nos Terminais dos Interruptores3.5.
Conclusão
Capítulo 4:
Análise
de
Dispositivos TrifásicosConectados
a CircuitosElétricos
Externos
de
Alimentação
4.1. Introdução
4.2. Análise de Circuitos Trifásicos
4.2. l. Resolução Analítica
4.2.2. Resolução Utilizando o
Método
Implementado no
Programa
EFCIR
4.3.
Conclusao
5.2. 5.3. 5.4. 5.5.
Retificador Trifásico
em
PonteConversor Trifásico de
Meia-Onda
Motor
Trifásico deImas
PermanentesConclusão
Geral
Bibliografia
O
comportamento
de dispositivos eletromagnéticos é caracterizado pela distribuição doscampos
eletromagnéticosem
seu interior ena
região ao seu redor.As
quatro equaçõesdenominadas Equações
deMaxwell,
em
conjuntocom
suas RelaçõesConstitutivas,
englobam
em
si todas as relações existentes entre as grandezaseletromagnéticas, tornando possível a análise temporal e/ou espacial
do comportamento de
campos
eletromagnéticos nos diferentes meios presentes, assimcomo
da
interdependênciaexistente entre suas componentes, o
campo
elétrico e ocampo
magnético [l].No
entanto, a solução destas equações é,na
maioria dos casos reais, de difícilabordagem
pormétodos
analíticos.A
complexidade
encontradana
geometria dosdispositivos reais,
bem
como
nas diversas interfaces entre meioscom
características diferentes,exigem
o desenvolvimento demétodos
numéricos para representação e solução destas equações.Com
o contínuo desenvolvimento dos computadores digitais,métodos
numéricos mais precisos
podem
ser utilizados para descrever ocomportamento
doscampos
eletromagnéticosem
estruturas reais.Neste trabalho é utilizada
uma
particularização dasEquações
deMaxwell,
trabalharemos
com
o conjunto de equações quedescrevem
osfenômenos
magnetodinâmicos, aplicado a casos
em
eletrotécnica.A
formulação é feita utilizando-se opotencial vetor magnético e a representação
do domínio
de cálculo,em
duas dimensões.A
discretizaçãodo domínio
de estudo é feita utilizando-se oMétodo
deElementos
Finitos,
que
éuma
técnica numérica na qual odomínio
de cálculo deve serdecomposto ou
discretizadoem
pequenas regiões,denominadas
elementos finitos, que neste trabalho sãoelementos isoparamétricos de primeira ordem.
O
método
de elementos finitosbidimensional é usualmente utilizado
na
modelagem
de dispositivos eletromagnéticos,permitindo o estudo
do comportamento
local destes dispositivos, levandoem
conta ascorrentes de Foucault nas partes condutoras, a saturação dos materiais ferromagnéticos,
assim
como
osmovimentos
das partes móveis [1] [11] [13].O
Método
de Galerkin, particularizaçãodo
Método
de Resíduos Ponderados, émétodos
de Elementos Finitos e Galerkin, obtém-seum
sistema matricial de equaçõesque
descreve o
comportamento da
estrutura eletromagnética.Quando
as estruturas eletromagnéticas estão associadas a circuitos de alimentaçãomais
ou
menos
complexos, é importante considerarum
acoplamento forte entre asequações
do
circuito exterior de alimentação e asequaçõesdo campo
magnéticoda
estrutura. Assim, para simularmos dispositivos eletromagnéticos alimentados por circuitos elétricos externos é realizada a resolução simultânea destes dois sistemas de equações presentes.
O
acoplamento destes sistemas é feito utilizando-se as variáveis que sãocomuns
a
ambos:
as correntes e tensões nos enrolamentosdo
dispositivo eletromagnético [5] [9].No
equacionamento do
circuito elétricoé utilizada a Teoria dos Grafos aliada aTeoria de Circuitos Elétricos [l5]. Estas teorias possibilitam a
montagem
deum
sistemamatricial de equações, utilizando-se variáveis
em
espaço de estado, que permite adeterminação de todas as variáveis
do
circuito, correntes e tensõesem
cadaum
de seuselementos, a partir
da
declaração inicialde
sua topologia. ._
O
circuito de alimentaçãopode
conter, dentre os diversos elementosque
ocompõe,
dispositivos semicondutores operandocomo
chavesou
interruptores. Estesdispositivos
mudam
seus estados determinando novas seqüências de operaçãodo
circuito, oque
altera suas características elétricas.Como,
duranteum
intervalo de simulação, váriasmudanças
de estadopodem
ocorrer nos diversos interruptoresdo
circuito, a determinaçãodestas
mudanças,
e consequentemente das diversas seqüências de operação, deve ser feitade
forma
totalmente automática, dispensandoum
conhecimento
anterior destas seqüências.A
modelagem
em
variáveis de estado adotada, vinculada à topologiado
circuito, possibilitaa automatização deste procedimento. Para isso, adota-se, neste trabalho,
um
modelo
resistivo binário para estes semicondutores de potência.
No
estado atualdo programa
EFCIR
(Programa
de SimulaçãoNumérica
deConversores Estáticos Associados a Estruturas Eletromagnéticas
Modeladas
peloMétodo
dos
Elementos
Finitos), estemétodo pode
ser utilizado para simulação dos casosonde
oscircuitos de alimentação são monofásicos acoplados a dispositivos magnéticos estáticos
ou
O
objetivo geraldo
presente trabalho é adequar estemétodo
para resoluçãotambém
de sistemas de equações elétricas e magnéticasquando
o circuito de alimentação e0 dispositivo eletromagnético são trifásicos, pois o
método
formulado até entãonão
é aplicável a este tipo de conjunto conversor / dispositivo trifásico,havendo
assimuma
lacuna a ser preenchida neste
campo
de estudos.Esta limitação ocorre devido a
forma
como
os dois sistemas de equações estãoacoplados.
O
circuito elétrico associado à estrutura eletromagnética éum
sistemaconcentrado,
ou
seja, seus elementos sãomodelados
por parâmetros concentrados.Assim
sendo, os enrolamentos
do
dispositivo eletromagnético são consideradoscomo
parâmetrosconcentrados
na
declaraçãoda
topologiado
circuito e, aomesmo
tempo, sãomodelados
por parâmetros distribuídos pelas equações de
campo
que descrevem
o dispositivo.A
Teoria dos Grafos Lineares, utilizada na formulação
do
circuito elétrico,fomece
onúmero
necessário de equações linearmente independentes para resolução
do
circuito concentradomas
estas equações,na
maioria dos casos trifásicos, são insuficientes para resoluçãodo
sistema distribuído. Desta forma, torna-se necessário obter novas equações, linearmente
independentes das anteriores, que
completem
o sistema, possibilitando o acoplamento dasequaçoes de
campo
e de circuito.Assim, este projeto visa o desenvolvimento de
uma
nova
metodologia de cálculodas equações elétricas e magnéticas que possibilite a resolução dos casos trifásicos e sua
implementação
computacionalno
software existente, para aplicaçãoem
conjuntosconversor/ dispositivo eletromagnético estáticos trifásicos.
Destacam-se os seguintes objetivos específicos:
' Estudo
da
modelagem
de dispositivos eletromagnéticos pelométodo
de elementosfinitos
em
duas dimensoes;' Estudo
da
representaçãoem
variáveis de estadodo
circuito elétrico de alimentaçãoacoplada às equações dos
campos
eletromagnéticos;I Pesquisa
de
soluções quepermitam
simular os conversores estáticos associados àsestruturas eletromagnéticas trifásicas;
Para expor todos -os objetivos específicos, o presente trabalho divide-se nos
seguintes capítulos: -
Capítulo 1)
Equações do
Dispositivo Eletromagnético,onde
são apresentadas as equaçõesque descrevem
ocomportamento
doscampos
em
um
dispositivoeletromagnético
em
duas dimensões;Capítulo 2) Estudo Topológico de Circuitos Elétricos,
onde
é apresentada _a Teoria dosGrafos. Esta teoria permite a determinação automática das matrizes
que
descrevem
o circuito elétricoextemo
que
será acoplado ao dispositivoeletromagnético; ç
Capítulo 3)
Acoplamento
dasEquações do
Dispositivo Eletromagnético edo
CircuitoExtemo
de Alimentação,onde
são apresentadas as equaçõesem
espaço deestados
do
circuito elétrico e seu acoplamentocom
as equaçõesdo
dispositivo eletromagnético.Aqui
é apresentadoum
método
geral para 0 acoplamento dasequações
do
conjunto conversor / dispositivo eletromagnético trifásicosestáticos; .
-_
Capítulo 4) Análise de Dispositivos Trifásicos Conectados a Circuitos Elétricos Externos
de Alimentação,
onde
é apresentada a resolução analíticade
um
circuitoretificador trifásico de
meia-onda
alimentado porum
transformador trifásico.Neste
exemplo
é evidenciada aforma
como
eram
equacionados problemas- trifásicos e os erros
que
ocorriam nas matrizesfinais
do
sistema de equaçõesmatriciais e a solução
implementada
após este trabalho;Capítulo 5) Aplicações e Resultados,
onde
são apresentados algunsexemplos
utilizando-seo
método
proposto; os resultados obtidos são validados utilizando-se oprograma
EFCAD,
processadorEFCM,
ePSPICE;
Conclusão
Geral. `1.1.
Introdução
Este capítulo trata das equações
que descrevem
as_ estruturas eletromagnéticasalimentadas por conversores estáticos. Utiliza
em
sua formulaçãouma
particularização dasEquações
deMaxwell, que descrevem
ocomportamento
doscampos
eletromagnéticos, ede suas Relações Constitutivas. Este conjunto de equações é então aplicado a casos
em
eletrotécnica, sendo admitidas simplificações
que
nos permite desacoplá-lasem
dois outros sistemasque descrevem
problemas distintos: a eletrostática e omagnetismo
[l].Trabalharemos
com
o conjunto de equações quedescrevem
osfenômenos
magnetodinâmicos. -
É
apresentada a formulação utilizando o potencial vetor magnético, oque
permitesua aplicação
em
casosque
apresentemou
não correntes elétricasem
seus domínios decálculo.
A
representaçãoem
duas dimensões possibilita a simplificação no tratamento deste potencial, não se tornando necessário relevar sua natureza vetorial [l] [1 l] [l3].Os
dispositivos eletromagnéticos analisados são apresentadosem
domíniosde
cálculo limitados, possuindo diversos sub-domínios preenchidos por materiais diferentes.
Assim, torna-se necessária a introdução de Condições de Contorno, que
condicionam
oscampos na
interface entre diferentes meios e nos limitesdo domínio
a seaproximarem do
comportamento
real [1] [13]..
Dois
tipos de condutorespodem
estar presentesna
estrutura: os condutoresmaciços
ou
espessos, considerados conexos (ligados entre si) e curto-circuitados, e oscondutores finos
ou
multifilamentares, alimentados por circuitos externos [l3].É
adotado oMétodo
de Elementos Finitos para discretizaçãodo problema
em
elementos isoparamétricos triangulares de primeira ordem.
O
Método
de Galerkin,particularização
do
Método
de Resíduos Ponderados, é utilizado para a obtenção dasequações
que
serão resolvidas numericamente.A
condensação das matrizes elementares dos diversos elementos damalha
resulta1.2.
Equações
de
Maxwell
As
quatroEquações
deMaxwell
englobam
em
si todas as relações existentes entreas grandezas eletromagnéticas [l]. Através delas é possível a análise
do comportamento
espacial e/ou temporal de
campos
eletromagnéticos, assimcomo
da
interdependência existente entre suas componentes: ocampo
elétrico,E,
e ocampo
magnético,H.
›
A Abaixo, estas equaçõesestão apresentadas
em
suaforma
localou
pontual, sendoassim aplicáveis a quaisquer situações. Estão expressas
em
função doscampos
elétrico e'
_. _,
magnético e
também
de suas respectivas induçoes elétrica,D,
e magnética,B
.São
estesos quatro
campos
vetoriaisque
compõem
e caracterizam .orcampo eletromagnético..-.› _, (1.1)
rotE+êÊ=O
õt __ "' i (1.2)rotH-fã-2:]
õt aâviš=
0 (1-3)avô
z
p <1.4› onde:I
Ê
- vetorcampo
elétrico (V/m);_.,
I
B
- vetor induçao magnética (T);I t -
tempo
(s);
I fl - vetor
campo
magnético (A/m);I
Õ
- vetor indução elétrica (C/m2);-›
I J - densidade superficial de corrente elétrica (A/m2);
I p - densidade volumétrica de carga elétrica (C/m3);
Somam-se
a estas equações as Relações Constitutivasou
Complementares.São
eletromagnéticos.
A
presença de não-linearidades,ou
induções remanentes,ou
mesmo
ocomportamento
doscampos
na
interface entremeios
diferentes é introduzidacom
o auxíliodeste conjunto de equações:
É
=
IIMHIIÊ+52
(15)fiznznfi
<1-6>.. _,
J=n‹z||E
<“>
onde:
I - tensor de permeabilidade magnética
do
meio
(H/m);___.
I
B0
-mduçao
magnética remanente (T);I - tensor de permissividade elétrica
do
meio
(F/m);I
"GH - tensor de condutividade elétrica
do
meio
(1/Qm
).Durante este trabalho, lidaremos
com
casosem
eletrotécnica. Desta forma,algumas simplificações serão admitidas [l] [l3]:
l-°.
VA
corrente de deslocamento é desprezívelem
comparação
com
a correntede
añ
»aõ
d "--
J :--=O;
COII UÇEIO Í at<<
1 atSob
esta condição, o conjunto dasEquações
deMaxwell
pode
ser desacopladoem
dois grupos principais, eletrostática e magnetismo,
que
podem
ser estudadosde
forma
independente.2°.
Não
existe desequilíbrio de cargas elétricas: p=
0;V
3°.
Os
meios dielétricos e condutores são lineares,ou
seja, 5 e6
são constantes,podendo
ser desconsiderada sua natureza tensorial;4°.
Os
meios
magnéticos são isotrópicosporém
não-lineares,podendo
sofrer ofenômeno
Assim, as
Equações
deMaxwell
e suas RelaçõesComplementares
abordadas são: rotñ =.l (1-8) _,d¡vB
=
0 (1-9) _."
1.10 rotE=-ai
( ) öt _..d1vD=0
(1-11)§:H(H)fi+§)°
(1.12)õzefi
(1.l3)Í:6Ê
(l.l4)O
sistema constituído pelas equações (l.8), (1.9), (1.10), (l.l2) e (1.14)tem
apropriedade de tratar os problemas de magnetismo. Problemas de magnetostática
não
-›
apresentam a variação temporal da indução magnética
Íalyt
== 0).Nos
casosem
que
estavariação está presente temos problemas de magnetodinâmica.
São
estes os casos deprincipal interesse neste trabalho. -
Aplicando-se a divergência
em
ambos
os lados da equação (1.14), ecom
o auxíliodas equações (1 . 13) e (1.ll),
obtemos
a equaçãoda
conservaçãoda
corrente elétrica:àivízo
(U5)
1.3.
Potencial
Vetor Magnético:
Ã
VPara abrangermos todo o
domínio
de estudo,podendo
estar presentes regiõesonde
__.
existam correntes elétricas, utilizaremos o potencial vetor magnético,
A,
na formulaçaodo
problema
[1] [11] [13].A
partirda
equação (1.9)podemos
introduzi-lo atravésda
relação:uma
vezque
a identidade: ._. _, âiv(f<›¢x)= 0,vx
(1-17) Substituindo (1 . 16)em
(l.10), obtemos: __ _' (1.18)rot{E+êâ}=-O
8:A
equação acima
nos permite definirum
potencial escalar elétrico, (1),que
serelaciona
com
(1 . 18) atravésde
seu gradiente.*
_.
_, (l.19)
'
E+-88%:-grad¢
Utilizando as equações (1.l4), (1.8), (1.12), (l.16) e (1.19),
obtemos
aequação
do
sistema magnetodinâmico:
__ _' __. (l.20)
rot(vrotA)=
6%-
88;:-
grad¢}+
rotvB(,onde:
I q) - potencial escalar elétrico [V];
I
v
- relutividade magnéticado
meio
(inverso da permeabilidade:v
=1/tt).A
equação
(l.20) é relativa ao potencial vetor magnéticoem
regiõesonde
existamimãs permanentes.
Em
regiõesonde
estes imãsnão
estão presentes,Bo
será nula.Além
disso,
em
regiõesonde
têm-se<S¢0
e existem correntes impostas externamente, aequaçao (1.20) é expressa
como:
_rot(vrotÃ)=
Í
(121)
onde:
Em
regiõesonde
6 :
0 e não existem correntes impostas: Vrot(vrotÃ)=
0
(1-22)Em
problemas tratadosem
duas dimensões, ocampo
magnéticoE
e sua induçãomagnética
E
pertencem ao plano de estudo oxy [1] [l3]. Então, através das equações__. _,
(l.l6) e (l.8),
podemos
verificarque
os vetoresA
e Jpossuem
apenasuma
componente,sendo esta perpendicular ao plano oxy,
ou
seja,na
direçãodo
eixo oz. Isto nos permitesimplificar o tratamento destas grandezas, irrelevando sua natureza vetorial.
-nv #2
By
B
Boy
Ê;
II _ _.A
M
X 5' 3'O
Z x_
J
;
zf_Figura 1.1
-
Representação do domínioem
duas dimensões.âzB,â+B,3
<1~23>ÃIAE
(l.24)3:1;
(125)
onde: ç
'
BX
eBy
-componentes da
indução magnéticana
direção dos eixosox
e oy,respectivamente; I i
_
Na
hipótese deum
sistema bidimensional,podemos
abrir o primeiromembro
da
equação (120), colocando-a
na
forma: A8
vaA
+
8vaA
-GÕA-6
rad¢+v
LB” -v
--aB°*:O
(126)
dx
8x
dydy
dt g °Ôx
°dy
onde:
I Box e Boy -
componentes
deBa segundo
as direções dos eixosox
e oy,respectivamente. A
e reescrever seus dois primeiros termos, obtendo:
(l.27)
.
A
»
âB,
aB
d1v(vgradA)-GQ--6grad¢+v°
íy-vo
im*
=
O
dt '
dx
dy1.4.
Condiçoes de
Contorno
A
estrutura eletromagnética a ser analisada pertence aum
domínio
de cálculo limitado. Este possui fronteiras, fisicamente próximas à estrutura,que
o delimitam.Em
um
caso real estes limites se encontram
no
infinito, não estando ocampo
magnético existentena
peça circunscrito aum
espaço limitado. Assim, torna-se necessária a introduçãode
Condições de Contorno,
que
condicionam oscampos
na
interface entre diferentes meios enos limites
do domínio
a seaproximarem do comportamento
real. Estas condiçõespodem
ser de dois tipos [1] [l3]:
(a) Condições de Dirichlet:
Em
toda a fronteira F1 o potencial vetor magnético é impostocomo
condiçãode
contorno.
O
potencial vetor magnéticoA
é conhecido, fixo e constante, igual àAo.
%_O
t(128)
ar,
(b)
Condições
deNeumann:
Não
é conhecido o potencial vetor magnético,mas
sim ofluxo
atravésda
fronteiraF2.
Em
toda esta fronteira temos:ÔÃ
-q
(1.29)aí;
°onde:
- ___.
I
nn
- vetor unitário na direçãonormal
à fronteira F2.Geralmente
em
problemas eletromagnéticos qc é nulo.Quando
oproblema
apresenta simetria, odomínio
'de cálculopode
ser reduzido,através
da
aplicação conscienciosa das condiçõesde
Dirichlet eNeumann.
Desta forma,apenas
uma
partedo
dispositivo precisa ser definido paraque
todo ele seja caracterizado.s pzziúaizoz A(»+1z)= Arzz) F1
S anfi-periódico: A(x+h) = -A(x)
Sub-domínio S _
E
A(›z)
A(zz+h)
Figura 1.2
-
Representação de domínios (anti) periódicos.Outros problemas
podem
apresentar periodicidadeou
anti-periodicidade,ou
seja,podem
se caracterizar pelaàrepetiçãoda
geometria deum
sub-domínio Sem
todo seudomínio
de estudo.Também
estes casospodem
ter odomínio
de cálculo reduzido,assumindo
a geometria deum
desses sub-domínios [l3].A
condição de periodicidadeimpõe
às fronteirasque
delimitam a porção periódica potenciaiscom
valores iguais. J á aporém
de sinais contrários, às fronteirasque
delimitam a porção anti-periódica. Basta a definição desta porção elementar, periódicaou
anti-periódica, paraque
todo0 domínio
realseja caracterizado. `
Além
das fronteiras impostas pela delimitaçaodo
domínio, outras, internas a ele,estão presentes.
São
as interfaces de separação entremeios
diferentes, presentesna
estrutura eletromagnética e/ou
no
espaçoonde
ela está inserida.Atribuindo os sub-índices l e 2 para diferenciarmos os
campos
presentesem
doismeios
vizinhos,devemos
garantir [1] [13]: ›;.§1'=;.š
(130)
;×í,z;×m
<1.31›gjfzgjš
(132)
;×"é§z;ק
‹1z33›Se
nãohá
correntes superficiaisno
limite de separação dos dois meios, ascomponentes
tangenciaisdo
campo
magnético se conservam. Considerando a hipótesede
um
dosmeios
comportar imãs permanentes, porexemplo
omeio
2,podemos
obter, através1
aA
1aA
1 ' (1-34) .:
.+ Bm
ul õn ¡ no õn ,2 no da equação (1. 12):Garantindo a continuidade da
componente
normalda
indução magnética, temos:ai
_
3A
(1.35)Bt , õt 2
I Í - vetor unitário tangencial à fronteira. onde:
Se
não existem imãs permanentes nos meiosem
contato, a equação (1.34)pode
~
_1_.ê_é
_
mà
<*~36>tt,
Õn
1uz Õn
2permanecendo
aequação
(l.35) inalterada.1.5.
Equacionçamento
dos
Condutores
Os
condutores presentesno domínio
de cálculopodem
ser classificados de acordocom
dois tipos diferentes [13]. Esta classificação levaem
consideração a seção doscondutores e a freqüência dos
fenômenos
presentes.São
eles:(a) Condutores
Maciços ou
Espessos:Os
condutores assimdenominados
possuem
dimensões suficientemente grandesem
relaçao às freqüências dos fenômenos, sendo considerada a distribuiçao irregularda
corrente elétrica através de sua seção transversal devido ao efeito pelicular.
t
»
Figura l.3
-
Condutor espesso ou maciço.A
força eletromotrizem
um
condutormaciço
é definida pela equação:Um
=Rm1m+RmQõÊai:`-as
(137)
onde:
I i
Rm
- resistênciado
condutor,em
corrente contínua[Q
];
' Im - corrente elétrica
no
condutor [A];'
Sm
- seção transversaldo
condutor [m2].Através de (1.37)
podemos
verificarque
a corrente totalque
atravessa o condutorpode
ser separadaem
duas parcelas: a primeira,uniformemente
distribuída ao longoda
seção e a segunda, relativa às correntes induzidas
no
condutor.(b) Condutores Finos
ou
Multifilamentares:Os
condutores assimdenominados
apresentam dimensões reduzidas, sendo acorrente elétrica
que
os atravessa consideradauniformemente
distribuída ao longo de suaseção transversal.
São
formados porNm
condutores conectadosem
série, todoscom
seçãosuficientemente
pequena
para evitar o efeito pelicular, constituindo as espirasde
uma
bobina.
\
\
-~'l'› .<'+¡-E-.IA õ{=-~.:r:-«'.» - i. ~ . , ._-4.1,;-,,;. ¬.l5¿.¿n__.v * "›‹' _ _ . . _ . . . . _ . _ _ _Figura 1.4
-
Condutores finos ou multifilamentares.A
força eletromotriz no conjunto destes NCQ condutores finos é definida pelaequação: 1.38
Uf
=Rf1f+Nm¿fiaÂós
( ) A sf Sr at onde:I
Rf
- resistência total dos N60 condutores finos[Q
];I If - corrente elétrica [A];
I Neo -
número
de condutores finos;I
L
-comprimento do
condutor [m];I Sf - seção
do
conjunto dos Neo condutores finos [m2].1.6.
Equação
Global
da
Estrutura Eletromagnética
O
método
de cálculo abordado neste trabalho considera a presença de imãspermanentes, de condutores maciços e de condutores finos
na
estrutura eletromagnética.-
Desta forma, o
comportamento
doscampos
presentesna
estrutura eletromagnéticapode
ser estudadocom
o auxíliodo
sistema de equações a seguir:a
VaA
+a
vaA
_6aA+
1,+6Um
W
öB,,_V
also,_O
(13921)ax
ax
ay
ay az sf/Nu,L
°ax
° ay`
(l.39b)ÔA
dIU
':RI
‹“
+R
-d
+6-f
fi,-[G ôt S drUm=RmIm+Rmjjõ¿Í_9-'itxds
(13%)
Sm onde:I É - indutância de cabeça de bobina.
À
equação
(l.39b) foi acrescentadoum
termoque
representa a indutânciade
cabeça
debobina
presente nos enrolamentosda
estrutura. Este termo é aqui adicionadoporque não é possível considerar sua presença
quando
amodelagem
do
dispositivo é feitaem
duasdimensões
[l3]. .Dispositivos eletromagnéticos reais apresentam
uma
geometria complicada,não
sendo possível a resolução analítica
do
sistema. Para solucionar este problema, a resoluçãoelementos finitos será utilizado para a discretização
do domínio
e oMétodo
de ResíduosPonderados, particularmente o
Método
de Galerkin, será utilizado na formulaçãonumérica
do
problema. . i1.7.
Método
de Elementos
FinitosNa
solução por elementos finitos odomínio
de estudo deve ser subdivididoou
discretizado [1].
Em
aplicações2D,
a superfícieque
representa estedomínio
é divididaem
pequenas regiões, sendo cada
uma
delasdenominada
um
“elemento finito”.Os
pontosque
definem o elemento são
denominados
“nós”ou
“graus de liberdade”.Os
nósque
delimitamos elementos
recebem
uma
numeração
globalou
real, única e distintaem
cadaum
dos nósda malha, e
uma
numeração
localou
intema.A
numeração
local é utilizada para realizar asoperações algébricas sobre o elemento n, resultando
em um
desenvolvimento genéricoque
se aplicará a cada elemento, independentemente
de
suanumeração
real dentroda
malha.¿
Elemento
n
1äš
ãš
Nós
globais: š,_¡fik
2
elemento rs3
Nós
locais: 1, 2, 3 .Figura 1.5
-
Elemento finito isoparamétrico triangular de primeira ordem.Neste trabalho sãoutilizados elementos finitos isoparamétricos triangulares
de
primeira ordem,
ou
seja, estes elementos são definidos pelos três nós localizados nosvértices
do
triângulo e o potencial vetor magnético é definido poruma
função linearda
posição dentro
do
elemento,denominada Função
deForma
ou
de Interpolação.1.7.1.
Aplicação
do
Método
Residual
A
solução obtida utilizando-se ométodo
de elementos finitos,A,
éuma
aproximação e difere
da
solução exata, Ac,que
seria obtida atravésda
resolução analíticado
problema.Quando
substituímos a solução obtida através destemétodo numérico na
a
VaA
+
a.aA
6aA+
I,+
Um
W-
8B.,,V
also, SR(1-40)
v
-
cs-
=
õx
õx
By
Ôy
ãt S,/Nm
L
°Õx
°Ôy
Para estabelecermos
um
procedimento numérico, forçaremos ER a zero utilizandoa operação:
'
(W,9t)=ƒW9iào=o
(1-41) onde:I
W
-'função de ponderação;I
Q
-domínio
no
qual a condição é aplicada. ,ç
Segundo
a escolhada Função
de Ponderação diferentes variantesdo
método
deelementos finitos
podem
aparecer.Neste caso, a equação (1.39a) ficará:
[aí
api) aaA}
[aA
1,ufl
(1-42)
HW
-
v-
+-
v-
+
~o~+--+o-
+
QÕx
8x
By
By õtSf/Nm
L
an
'+{v0T:¿-v0àlš;¿¶}dQ=O
Os
termos agrupados entre colchetes se referem a partes distintasda
estmturaeletromagnética Ve serão analisados separadamente.
O
primeiro termo se refere a definiçãodo
potencial vetor elétrico,dada
em
(1.l6), o segundo, aos condutores, e o terceiro, aosimãs permanentes presentes
no domínio
[l3]..
1°) Referente à definiçao de
A:
(1.43)
HW
-a-vai
+i
vii
dQ
Q
Ôx
öx_Ôy
By
Aplicando a identidade vetorial:
e o teorema
da
divergência, obtemos:§
WvgradA
- ndI¬-
v gradA
-gradWd§2
(1 '45)r(Q) Q
onde: I '
'I`(Q) - superfície fechada
que
delimitao domínio
Q.
O
primeiro termo da equação (1.45) corresponde à condição deNeumann»
não
homogênea.
A2°)
Termo
referente aos condutores:1
aA
Um
ízƒw-Sfñwàoijwõíâo-{)jWõT
dg
(l .46)3°)
Termo
referente aos imãs permanentes:-
aB0y
_
ai
(1.47)Aplicando a identidade vetorial
dada
em
(l.44) e a divergência, temos:'
aw
aw
(148)
rí2vvv0B0,‹1r-jQjv0(BUy
5;-Box
ãlúo
onde:
í›
I
Bm
-componente
tangencial deB0
.Agrupando
as equações obtidasem
(l.46), (1.47) e (l.48) teremosnovamente
aequaçao geral
do
problema..§Wvgfz‹z1A-H<11¬~
flvgfaâAz
gfz‹1W‹1Q+
jjW<saÂdQ+
flwióo-
(149)
r(Q) Q
'
Q at fz
sf/NCQ
Um
aw
aw
_
+fiWõ_dQ+
5fv\fv0B0,‹1r-Ljvo{B0 a_X-Box
-ayjúo _
0
Q
L
r(QO
primeiro termodo
lado direito de (l.49) está relacionadocom
as condições decontorno
do
problema, sendo nulo nas fronteirasque receberam condições de Dirichlet etambém
nasque
apresentam condições deNeumann.
É
importante ressaltar que, sendo aequação (l.49) igual a zero, a
soma
das integraisem
F(Q)
e asoma
das integraisem
Q
no
primeiro
membro
da equação
também
devem
ser nulas. Assim,podemos
verificar que, tanto nas fronteirasextemas
quanto nas internas ao domínio,onde
as integraisem
F(Q)
se aplicam, teremossempre
esta condição satisfeita [l3].A
equação (l.49)pode
ser entãosimplificada, sendo reescrita
na
forma: ~.
gvgraàAzgfaâW‹1Q+gw‹;%àQ+gWš-%¿I;‹1Q+
(150)
f.
+LjWõ%âQ-gv,(Boya¿%-B0,gflúrzzo
A
equação (l.50) é geralmentedenominada
como uma
“forma fraca” deformulação [ll].
A
origem
desta terminologia estáno
fato de que na equação (l.42)existem termos de derivadas de segunda ordem, enquanto
que na
equação (l.50) existemapenas derivadas de primeira ordem, o que
toma
a sua manipulação,em
termosde
técnicasnuméricas, muito mais fácil.
1.7.2.
Método
de Galerkin
Agora
torna-se necessária a aplicaçãodo
conceito de discretizaçãodo domínio
aométodo
residual. Paraum
domínio
discretizadoQ
teremos a equação (1 .4l)dada
por:stkófzzo
Í[\/1*
Êév ,É
(l.5l)
onde:
I
Wk
- função de ponderação para onó
k;I
K
-número
de nósdo
domínio;A
equação
(l.5l) corresponde aK
equações, paraK
valores de potencialdesconhecidos
em
K
nós presentes na resoluçãodo
problema.O
potencial A(x, y) é representado pela equação:A(x,y)=2AkNk
(1-52)_ K
onde: .
I
Ak
- valordo
potencialno nó
k; IN
k - função de
forma ou
interpolação.Nk(xk.Yk) =1
Nk(›z¡,y]. )=o
\
5
.V
Nk<*ú›Yi)=°Nk(X¡'zYj )=0 Nk(xj ,yj )=0
Figura 1.6 ~ Função de forma ou interpolação.
Nk
éuma
função associada aonó
k, talque quando
x=
xk e y=
yk teremosA(xk
, yk )= Ak
. Esta função deve serNk
(xk ,yk)=
1 .Todas
as outrasK-1
funçõesdevem
valer
N
j(xk,yk)=
0 paraj¢
k.Teremos
assimuma
funçãoque
atua fortementeno nó
onde
é definida,quando
se iguala aum,
eque
decresce linearmente ao se afastar destenó
em
direçao aos nós vizinhos, sendo zero sobre estes nós. .O
Método
de Galerkin consisteem
adotar, tanto para função deforma
quanto parafunção de ponderação,
uma
mesma
função, que será a descrita acima. Esta escolhaconduz
a
um
tipo particular demétodo
de resíduoponderado
e permite realizarmos a integração1.8.
Sistema
de
Equações do
DispositivoEletromagnético
De
acordocom
as condições expressas anteriormente,podemos
escrevero
sistemade equações obtido
em
(1 .50)na forma
matricial abaixo [l3]:MA+NâA-PI,-P'Um=D
“'53”
Q.¿A+R.I
:U
(1.53b) dt “` `“ d d (l.53c) QEIÍA-t-Rlf +L-(Elf=
Uf
onde: 'I
A
- potencial vetor magnético nos nósda malha
de discretização;I If - correntes nos condutores finos
ou
multifilamentares presentes na estruturaV eletromagnética; -
I
Uf
tensao nos terminais dos enrolamentos de condutores finos;I Im - correntes nos condutores maciços
ou
espessos presentesna
estruturaeletromagnética;
I
Um
tensao nos terminais dos condutores maciços;I
R
- matriz de resistências,em
corrente contínua, dos enrolamentos de condutoresfinos;
I
L
- matriz de indutâncias de cabeça de bobinas de condutores finos;I R` - matriz de resistências,
em
corrente contínua, dos condutores maciços.As
demais
matrizes sao obtidas durante o processo demontagem
das matrizeselementares devido aos
métodos
de Elementos Finitos e de Galerkin.I
M
- matriz relacionada à permeabilidade:mil.
= HvgradN¡
-gradNjdQ
(1-54)I
N
- matriz relacionada à condutividade:nú
=ƒjõNiNj‹1Q
_ (1-55)Qt
I
P
- matrizque
relaciona a corrente impostano
elemento aos nós que o delimita:A
matriz elementar pü será nula se o elementoQe
não pertencer à bobinade
condutores finos.
Caso
ele pertença à bobina j, sua contribuição será avaliadacomo
dado
abaixo:
Nm
(1.5ó)pk]
z
äiliviào
, f
I P' - matriz
que
relaciona a corrente induzidano
elemento aos nós que o delimita:Analogamente, pgj será não nula
somente quando
o elementoQe
pertencer aocondutor
maciço
j , sendo dada por:_
. (1.57)
p ij
=
N¡dQ
I
D
- vetor dos imãs permanentes:di
=
jƒv[¿radN¡ ×iš:]-Em
_(1-58)
QC
I
Q
e Q'- matrizes de enlace defluxo
nas bobinas de condutores finos e maciços,_ respectivamente:
Também
as matrizes elementares qü e qšjsomente
serão não nulas caso oelemento
QC
pertença, respectivamente,àbobina
i e ao condutormaciço
i e iguais a:qü
=
Njdg
(159)
qkj
=HR,,,,õ,NJ.dQ
(1-60) QzNeste trabalho os condutores maciços são considerados conectados entre si,
constituindo esta ligação
um
curto-circuito perfeito(Um
=
0).Apenas
os condutores finossão considerados alimentados por circuitos elétricos externos [l3]. Estas considerações
levam
à simplificaçãodo
sistema de equações obtidoem
(l.53),que
toma
aforma
final:MA+N-ÉÍA-P1zD
(lima)
QíA+R1+LÂ1=U
(Lólb)
dt dt onde:
I I - vetor das correntes nas bobinas
do
dispositivo eletromagnético alimentado porcircuito elétrico externo.
~ 1.9.
Conclusao
Neste capítulo
foram
apresentadas as equações básicas quedescrevem
osfenômenos
eletromagnéticos, asEquações
deMaxwell
e suas Relações Complementares.A
partir deste conjunto de equações particularizaçõesforam
admitidas para os casosem
eletrotécnica [l]. Considerações
foram
feitas sobre os diferentes meios presentesna
estrutura e sobre sua representação
em
duas dimensões,chegando
assim às equações geraisque descrevem
ofenômeno magnetodinâmico
[13].Foi
também
abordado ométodo numérico
escolhido para resolução dessas equações,Método
de Elementos Finitos. Para concluirmos a discretizaçãodo problema
adotamos
ométodo
de Galerkincomo
Método
de Resíduos Ponderados,chegando
ao2.1.
Introdução
E
Neste capítulo é apresentada
uma
breve revisão sobre o estudo topológico decircuitos elétricos. Este estudo
tem
como
base a Teoria dos Grafos Lineares e sua aplicação é particularizada à teoria de circuitos elétricos [5] [l5]. ,A
partir dos dados de entrada dos elementosdo
circuito é possível determinar suaárvore e, consequentemente,«determinar seus elementos
ramo
e elo.Definida
uma
árvoredo
circuito,podemos
aplicar as Leis de Kirchhoff dasMalhas
e dosNós
para relacionarmos osramos
e os elosdo
circuito. Esta relação é feitautilizando-se a matriz
denominada
Matriz de Cortes Fundamentais,K2.
V
O
equacionamento
automático dos circuitos está diretamente ligado àdeterminaçao de
K2.
. .2.2.
Topologia dos
CircuitosAs
características de qualquer circuito elétricodependem
dos elementos usados ede
como
estes elementos estão conectados entre si [l5].A
Topologia dos Circuitos (ouTeoria dos Grafos Lineares) trata
somente da
maneiracomo
os elementos estãointerligados e
não da
natureza dos próprios elementos.Um
grandenúmero
de propriedades úteispode
ser deduzido de tal estudo e estas propriedadespodem
ser aplicadasem
teoriade
circuitos.
Aqui
são apresentadas algumas definições básicas sobre esta teoria, utilizadasdurante o desenvolvimento deste capítulo, sendo necessárias para seu entendimento [l5].
Em
qualquer circuito elétricopodemos
identificar onúmero
de elementos, b , e 0número
de nós, n, presentes.Na
figura 2.1 está representadoum
circuitocom
5 elementose'4 nós (b
=
5, n=
4).Tomaremos
este circuitocomo
exemplo
para as definiçõesque
virãoC1
. 2R
-4+
3L
Elementos: E, C1, C2,R
eL
E
'C2
Núsz1,2,3e4
. ~T
. 1Figura 2.1
-
Circuito elétrico.Um
grafo linear,ou
simplesmenteum
grafo, éformado
a partirdo
circuito elétrico original, desprezando-se a natureza dos elementos presentes, substituindo-os por simples linhas,denominadas
braços, e representando os nós por pontos.O
grafodo
circuitoacima
émostrado
na
figura 2.2. i .H~
2Iv4
IDI
A braços: I, II, III,IV
eV
1 nós: 1,2,3
e4
`Figura_2.2 - Grafo orientado.
Um
grafo orientadotem
uma
seta de orientação associada a cada braço. Estaorientação
pode
ser escolhida utilizando-se as setasde
correnteou
tensãodo
circuito original. Neste trabalho sera adotado o sentido positivoda
corrente para orientação dosbraços
que correspondem
a dispositivos semicondutores.O
sentido dessa orientação ficaassim
amarrado
ao único sentidono
qual o dispositivo permite que se estabeleçauma
circulação de corrente.
Da mesma
forma, o sentido dos braços vinculados a elementosgeradores, fontes de tensão e corrente, será aquele
no
qual a corrente é injetadano
circuito.Um
grafo conectado é aqueleonde
existeum
caminho
entre quaisquer dois nós.Um
grafo não conectado consiste de duasou
mais partes isoladas, correspondendo a circuitostambém
isolados,podendo
estesserem
analisados separadamente.As
figurasem
2.3(a) e 2.3(b) sãoexemplos
de grafos conectado e não conectado, respectivamente.A
-
C
E
c^E
B
(a)1)
F
B
DMF
G
Figura 2.3
-
(a) Grafo conectado; (b) Grafo não conectado. _Um
laço deum
grafo éum
conjunto de braçosque
formam
um
únicocaminho
fechado.
Cada
nó
em
um
laço deve ter exatamente dois braços, pertencentes ao laço, ligados a ele. ; 11 F ` ` 11 I: 3 I I 4 111m
¿,.-~-“E1
1 1 1 Loço 1-Iv-11-Lu `Loço 1-Iv-V-Lu Loço 11-v
Figura 2.4
-
Possíveis laços da figura 2.2.Uma
árvore deum
grafo éum
subgrafo conectado que liga todos os nósmas
não
contém
nenhum
laço. Assim,quando
todos os n nós tiverem sido ligados, a árvore conteráexatamente (n
-1)
braços. Ir ` rr ' Ir ,F-_*-"`~
/--.Hx
1 1 Í II-1 b-7 2' bi .E
~ Hd J. l-l há *'21 UiE
*‹: A I-I IQ2
. w _Et
, <: à_ , 1 . Árvore (a) ramos: I-III-IV elos: 11-V Árvore (b) ramos: I-II-III elos: IV-V Árvore (c) ramos: I-IV-V elos: 11-IIINa
escolha deuma
árvore, os braçosde
um
grafopodem
ser divididosem
duascategorias
mutuamente
exclusivas: os ramos, r, são os (n -1) braçosque
pertencem à árvore e os elos, e, braçosque não
pertencem à árvore.O
número
de elos presentesem
um
grafopode
ser obtido atravésda
equação: .ezb-n+1
(2.1) onde:I '
e -
número
de elosdo
grafo;I b -
número
de braços;" n -
número
de nós.Um
conjunto de elospode
conterou
nãoum
ou
mais laços.Um
corte éum
conjunto de braços cujaremoção
divide o grafo originalem
dois subgrafosnão
conexos. Jáum
CorteFundamental
é aquele que contém, dentro desteconjunto
de
braços, apenasum
únicoramo
da
árvore considerada. Assim,podemos
afirmarque
onúmero
de cortes fundamentais,NCF,
é igual aonúmero
deramos do
grafo, eatribuir a cada corte fundamental a orientação
do
ramo
que
o caracteriza.H
®
F”
~H
2IV
V, 4 2 IVV
.... -. 4 2,IV
V
__ ____ __ I 111 111@
111 1 1 1Corte fundamental II Corte fundamental III Corte fundamentalI
Figura 2.6
-
Cortes fundamentais da figura 2.5(b).Analogamente,
podemos
definirum
Laço Fundamental
como
aqueleque contém
apenas
um
único elo dentre os braçosque
ocompõe.
Deste forma, teremos onúmero
delaços fundamentais, NLF, igual ao
número
de elosdo
grafo e possuindo, cadaum,
aE
®
z---a<--3---r
....--zz
z---.Ié.f,,,3,,-;~f ....Hz.
I 111» IIn
1 V 1Laço
fundamental
IV
Laço
fundamental
V
'
Figura 2.7 - Laços fundamentais da figura 2.5(b).
Com
o auxílio das duas últimas definiçõespodemos
obter duas matrizes essenciais à formulação das equaçõesdo
circuito: ao matrizde
cortes. fundamentais,K2,
e amatriz de elos fundamentais, Bl [5] [l5].
2.2.1.
Matriz de Cortes
Fundamentais:
K2
A
matriz de cortes fundamentais éuma
matriz esparsa. Seus elementos kijnão
nulosobedecem
aos critérios abaixo:I kü
=
1 - se o braçoj pertence ao corte i , tendo a
mesma
orientação deste;I kg
=
-l
- se o braçojp pertence ao corte i , tendo orientação contrária a ele.
Sua
montagem
é feita atravésda
varredura dosNCF
cortes fundamentais e dos bbraços
do
grafo. Assim, suadimensão
final é igual a:ó¡m(1<)= (n
-1)×(b)
(22)
Podemos
ordenar as colunas deK
, colocando primeiro osramos
e depois os elosdo
circuito. Esta ordenação nos permite particionar esta matrizem
duas sub-matrizes,K,
eK2,
como
a seguir: AK
z
[K, §K,] (2-3)K1
:I
(2.4)e, de acordo
com
a Lei dosNós
de Kirchhoff, o somatório das correntes nos braçosde
um
corte é igual a zero:
1<[1]=
0
(2.5)então, teremos:
ir » (2.ó)
[1<,51<2- =-0
16 E
que
podemos
escrevercomo:
'
[i,]= -1<2[ie] (21)
onde:
'
[ir] - vetor das correntes nos
ramos do
circuito; I[ie] - vetor das correntes nos elos
do
circuito.Para o
exemplo
ilustrado na figura 2.6, teremos:ramos
I 11 III ÉIV
V
elos (288)l
O O
É -l-0
corte IK=[1<,51<,]= 0
10
3_1
1com
110 0
1 É 1O
corte IIIDestacando a matriz de cortes fundamentais:
-I
0
(2.s1›)1<2= -1
11
0
Assim,