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Controle de qualidade físico-químico de comprimidos de ibuprofeno 300 mg 1

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Controle de qualidade físico-químico de comprimidos

de ibuprofeno 300 mg

1

Fernanda Jancovithe da Silva2, Murilo Hiago Rodrigues2, Thabliny Martins Freitas2, Mariana Viana Pinto3.

1

.Trabalho realizado na Faculdade Montes Belos (FMB) como exigência parcial para receber o título de Bacharel em Farmácia

2

.Acadêmicos Faculdade Montes Belos, Curso de Farmácia.

3

Orientadora do trabalho de conclusão de curso Faculdade Montes Belos. *Email: marianavp85@gmail.com

Resumo: - Como todo medicamento, o Ibuprofeno necessita de um padrão de qualidade antes

mesmo de ser disponibilizado no mercado. Para que a população possa utiliza-lo, é necessário que passe por testes físicos e físico-químicos, os quais são preconizados por compêndios oficiais para comprovação de tal eficácia e qualidade farmacêutica. O ibuprofeno é um inflamatório não esteróide inibidor da ciclooxigenase, que apresenta atividades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. No Brasil, o mercado farmacêutico coloca à disposição do consumidor várias apresentações deste fármaco em várias dosagens, sendo uma delas a de 300 mg. Desta forma o consumidor pode fazer sua escolha levando em consideração o custo do medicamento e a qualidade que este apresenta. O presente trabalho executou a análise do medicamento Ibuprofeno 300 mg de comprimidos de três amostras de indústrias farmacêuticas diferentes, a fim de verificar a qualidade desses produtos que estão disponíveis ao consumidor. Para tanto, foram realizados alguns testes preconizados pela Farmacopeia Brasileira V ed. (2010) para se comprovar a qualidade de comprimidos de ibuprofeno. As amostras apresentaram diferenças nos resultados dos testes porém, todas estão em conformidade com as especificações do compêndio oficial para os testes realizados.

Palavras-chave: Amostras. Anti-inflamatório não-esteroidal. Medicamento.

Abstract:- Like any drug, Ibuprofen needs a standard quality before to be available on the

drugstore, so that people can use it, but is necessary to go through physical and physicochemical tests, which are recommended by the official compendia, to prove such efficacy and pharmaceutical quality. Ibuprofen is a non-steroidal anti-inflammatory cyclooxygenase inhibitor , which has anti- inflammatory , analgesic and antipyretic activities. In Brazil , the pharmaceutical market available to the consumer several presentations of this drug in various strengths, one of which is 300 mg, so the consumers can make choice considering the drug cost and the quality presents. This study was performed to analyze the drug ibuprofen 300 mg tablets in three different pharmaceutical samples in order to verify the quality of these products. So, some tests recommended by the Brazilian Pharmacopoeia V ed. (2010) were performed to demonstrate the quality of this ibuprofen tablets. The samples showed differences in test results, but all of them are in accordance with the specifications of the official compendium for testing.

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1 Introdução

O controle de qualidade deve assegurar a qualidade microbiológica, química e física dos produtos antes da sua dispensação, sendo assim um conjunto de medidas destinadas a conferir a qualidade dos medicamentos e demais produtos, para que possam satisfazer os princípios de pureza, eficácia, atividade e inocuidade (FERREIRA, 2011).

A terminação ensaio de qualidade é bastante abrangente, tendo por meta julgar se determinadas propriedades ou características do medicamento ou produto estão em concordância com especificações instituídas pelo próprio fabricante ou apontadas pelo próprio consumidor (FERRARINI, 2009).

Está estabelecido na RDC N° 17, de 16 de abril de 2010 da ANVISA que os estabelecimentos titulares com autorização para o funcionamento da fabricação de medicamentos são obrigados a ter um controle de qualidade. Nesta resolução está contido que o controle de qualidade é a parte das Boas Práticas de Fabricação (BPF) que garante que os produtos não sejam liberados para venda ou o fornecimento, antes que a qualidade destes seja comprovada satisfatoriamente (GIL, 2010).

Para garantir a segurança e a qualidade dos seus produtos antes de ser disponibilizados no mercado, a indústria

farmacêutica deve ter implantada uma política de Gestão da Qualidade Farmacêutica, onde o controle de qualidade de seus produtos, desde as matérias-primas utilizados para a fabricação até os produtos finalizados, necessitam ser testados. Os testes de qualidade dos medicamentos são efetivados com frequência na rotina dos laboratórios das indústrias, pois é uma questão crucial para garantir a qualidade do medicamento, ou seja, para uma maior segurança da população que irá consumir este produto (GIL, 2007).

Como todo medicamento, o Ibuprofeno necessita de um padrão de qualidade antes mesmo de ser disponibilizado no mercado, sendo ele um derivado do ácido propiônico, trata-se de um anti-inflamatório não-esteroidal, popularmente conhecido como AINE, o qual é classificado como anti-inflamatório não seletivo, com propriedades antitérmicas e analgésicas (ROBERTS II et al., 2003). O ibuorofeno é um inibidor eficaz da ciclooxigenase (COX), o qual age sobre as duas isoformas da COX. A COX-1 se encontra na maioria das células, tecidos normais e estômago, o que explica a alta ocorrência de efeitos gastrintestinais; e a COX-2, isoforma induzida nos casos de inflamação causada por citocinas e mediadores da inflamação (NARVÁEZ, et al., 2010).

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Os principais efeitos terapêuticos do ibuprofeno são oriundos da sua capacidade de inibir a produção de prostaglandinas. Esta inibição ocorre devido ao fato de uma competição reversível, onde o ibuprofeno se liga de uma forma reversível à enzima COX, competindo com o substrato natural, o ácido araquidônico. Sendo assim ocorre a diminuição da conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas, então faz com que o ibuprofeno faça a inibição específica da COX (NETO et al., 2007).

O medicamento ibuprofeno, é conhecido quimicamente como ácido α-metil-4-(2-metilpropil) benzenoacético, ele apresenta uma massa molar de 206,28 g∕mol. O ibuprofeno é um pó cristalino branco ou quase branco, com odor característico e fórmula molecular C13H18O2 (FARMACOPÉIA

BRASILEIRA, 2010).

Após administração oral do medicamento ele é rapidamente absorvido, e suas concentrações plasmáticas são atingidas em torno de 15 a 30 minutos no máximo. Ele possui meia-vida de 2 horas. A sua excreção ocorre rapidamente e de uma forma completa, cerca de 90% da dose administrada é excretada pela urina sob a forma de metabólitos ou de seus conjugados. (MORROW, et al 2003).

O objetivo deste trabalho foi realizar o controle de qualidade

físico-químico de comprimidos de Ibuprofeno 300 mg de três amostras de medicamentos similares de diferentes indústrias farmacêuticas adquiridos em drogaria. Realizou-se os testes de peso médio, doseamento e uniformidade de doses unitárias, de acordo com metodologias descritas pela Farmacopeia Brasileira, V edição (2010).

2 Material e Métodos

Este trabalho utilizou uma metodologia experimental, abordando uma análise quantitativa. As analises foram todas realizadas no laboratório de Controle de Qualidade da Faculdade Montes Belos

Utilizou-se três amostras de similares do Ibuprofeno comprimidos 300 mg, de diferentes indústrias farmacêuticas e adquiridas em drogaria. Foram utilizados 20 comprimidos de cada amostra. As amostras foram devidamente identificadas com letras A, B e C.

Pesou-se individualmente, 20 comprimidos de cada amostra em balança analítica e determinou-se o peso-médio dividindo a massa total dos 20 comprimidos por 20, em seguida determinou-se o limite máximo e mínimo para que os comprimidos fossem aprovados ou reprovados. O limite de variação é de ± 5,0%, de acordo com Farmacopeia Brasileira V, volume I (2010). Pode-se tolerar não mais que duas

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unidades fora dos limites especificados, porém nenhuma poderá estar acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas.

Foi feito o doseamento das três amostras em triplicata. Como descrito na Farmacopeia Brasileira, V edição, volume II (2010), pesou-se e pulverizou-se os comprimidos. Logo agitou-se uma quantidade de pó equivalente a 0,5g de Ibuprofeno com 20 mL de clorofórmio, filtrou-se em um funil de vidro e lavou-se o resíduo obtido com 50 mL de etanol que foi previamente neutralizado com hidróxido de sódio 0,1 M SV, onde utilizou-se fenolftaleína SI como indicador. E por fim titulou-se com hidróxido de sódio 0,1 M SV até a viragem para rosa. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 20,628 mg de C13H18O2.

Os resultados foram analisados de acordo com o preconizado pela Farmacopeia Brasileira, V edição (2010) e

determinou-se a média e o desvio padrão relativo das análises de cada amostra.

Para realizar a uniformidade de doses unitárias utilizou-se o método de variação de peso, de acordo com a Farmacopeia Brasileira, V edição (2010). Foi realizado o teste para as três amostras analisadas.

Pesaram-se 10 comprimidos de cada amostra, individualmente. A partir do resultado do doseamento, calculou-se o teor de ibuprofeno em cada um dos comprimidos. Os resultados foram analisados comparando-se a quantidade de fármaco em cada uma das 10 unidades testadas com o intervalo de aceitação preconizado pela Farmacopeia Brasileira. Determinou-se também o desvio padrão relativo e o valor de aceitação preconizado pela Farmacopeia Brasileira para cada amostra analisada.

3 Resultados e Discussão

O peso médio dos comprimidos de ibuprofeno estão apresentados nas Tabelas 1, 2 e 3.

Tabela 1: Resultado da determinação de peso dos comprimidos da amostra A (n=20).

Amostra Peso de cada comprimido (g) Peso médio encontrado (g) Variação aceitável (%) Peso máximo permitido (g) Peso mínimo permitido (g) A 1- 0,3820 11- 0,3802 2- 0,3819 12- 0,3764 3- 0,3939 13- 0,3693 4- 0,3897 14- 0,3720 5- 0,3907 15- 0,3824 6- 0,3849 16- 0,3866 0,3821 ± 5 0,4012 0,3630

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7- 0,3849 17- 0,3792 8- 0,3756 18- 0,3792 9- 0,3796 19- 0,3873 10- 0,3751 20- 0,3885 Desvio Padrão Relativo: 1,6892 %

Tabela 2: Resultado da determinação de peso dos comprimidos da amostra B (n=20).

Amostra Peso de cada comprimido (g) Peso médio encontrado (g) Variação aceitável (%) Peso máximo permitido (g) Peso mínimo permitido (g) B 1- 0,4460 11- 0,4395 2- 0,4391 12- 0,4395 3- 0,4441 13- 0,4313 4- 0,4430 14- 0,4415 5- 0,4454 15- 0,4357 6- 0,4425 16- 0,4460 7- 0,4388 17- 0,4407 8- 0,4492 18- 0,4449 9- 0,4479 19- 0,4390 10- 0,4467 20- 0,4440 0,4423 ± 5 0,4645 0,4202

Desvio Padrão Relativo: 0,9917 %

Tabela 3: Resultado da determinação de peso dos comprimidos da amostra C (n=20).

Amostra Peso de cada comprimido (g) Peso médio encontrado (g) Variação aceitável (%) Peso máximo permitido (g) Peso mínimo permitido (g) C 1- 0,3479 11- 0,3584 2- 0,3491 12- 0,3718 3- 0,3250 13- 0,3588 4- 0,3762 14- 0,3461 5- 0,3791 15- 0,3472 6- 0,3705 16- 0,3799 7- 0,3604 17- 0,3544 8- 0,3852 18- 0,3634 9- 0,3603 19- 0,3546 10- 0,3734 20- 0,3732 0,3647 ± 5 0,3830 0,3465

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Para cada amostra de ibuprofeno o teste foi realizado em triplicata e todas apresentaram o teor de fármaco dentro do

intervalo exigido pela Farmacopeia Brasileira. Os resultados obtidos estão apresentados nas Tabelas 4, 5 e 6.

Tabela 4: Resultados do doseamento da amostra A.

Amostra Teor de Ibuprofeno 1° Teste (%) Teor de Ibuprofeno 2° Teste (%) Teor de Ibuprofeno 3° Teste (%) Média da triplicata (%) A 105,6 106,84 104,78 105,56

Desvio Padrão Relativo: 0,9808 %

Tabela 5: Resultados do doseamento da amostra B.

Amostra Teor de Ibuprofeno 1° Teste (%) Teor de Ibuprofeno 2° Teste (%) Teor de Ibuprofeno 3° Teste (%) Média da triplicata (%) B 105,2 106,84 108,5 106,84

Desvio Padrão Relativo: 1,5443 %

Tabela 6: Resultados do doseamento da amostra C.

Amostra Teor de Ibuprofeno 1° Teste (%) Teor de Ibuprofeno 2° Teste (%) Teor de Ibuprofeno 3° Teste (%) Média da triplicata (%) C 108,5 109,32 106,85 107,67

Desvio Padrão Relativo: 1,1624 %

Os resultados da variação de peso das amostras A, B e C estão apresentados nas Tabelas 7, 8 e 9.

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Tabela 7: Resultados da variação de peso da amostra A (n=10).

Amostra A

Peso do comprimido (mg) Dose de Ibuprofeno (mg) Teor de Ibuprofeno (%) 1 380,8 325,9 108,63 2 389,2 317,6 105,86 3 390,2 323,8 107,93 4 386,8 315,6 105,2 5 384,6 327,9 109,3 6 379,7 325,9 108,63 7 372,1 321,7 107,23 8 371,6 311,4 103,8 9 379,5 313,5 104,5 10 380,0 307,3 102,43

Desvio Padrão Relativo: 2,199 % Valor de Aceitação: 10,442

Tabela 8: Resultados da variação de peso da amostra B (n=10).

Amostra B

Peso do comprimido (mg) Dose de Ibuprofeno (mg) Teor de Ibuprofeno (%) 1 446,1 309,4 103,3 2 438,9 311,4 103,8 3 444,6 319,7 106,56 4 448,4 325,9 108,63 5 444,2 307,3 102,43 6 443,9 299,1 99,7 7 441,3 315,6 105,2 8 438,1 311,4 103,8 9 445,2 303,2 101,06 10 440,4 305,2 102,73

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Tabela 9: Resultados da variação de peso da amostra C (n=10).

Amostra C

Peso do comprimido (mg) Dose de Ibuprofeno (mg) Teor de Ibuprofeno (%) 1 354,7 303,2 101,06 2 358,6 292,9 97,63 3 347,0 297,0 99 4 369,5 309,4 103,13 5 372,9 313,5 104,5 6 359,8 301,1 100,36 7 380,6 323,8 107,93 8 348,1 292,9 97,63 9 379,0 317,6 105,86 10 353,8 315,6 105,2

Desvio Padrão Relativo: 3,5430 % Valor de Aceitação: 9,418

De acordo com a Farmacopeia Brasileira, o peso médio dos comprimidos pode ter uma variação de no máximo 5,0% para que sejam aprovados. Nas amostras A e B que foram testadas, nenhum comprimido ficou fora do limite especificado, ficando portanto todas aprovadas no teste. Porém na amostra C, duas unidades ficaram fora dos limites especificados, mas não podendo ser reprovada devido estar preconizado na Farmacopeia utilizada, que só se pode reprovar uma amostra se estiver mais de dois comprimidos fora dos limites especificados. Existem diferenças de peso médio entre as médias das amostras, mas

verifica-se que a distribuição de peso nas unidades não são totalmente uniformes, já que os desvios padrão relativos obtidos variaram entre 0,9917% e 4,0728%.

Verifica-se uma diferença maior entre o peso médio da amostra B para a C, sendo que na amostra C existe uma maior diferença na distribuição de peso entre as unidades. O resultado obtido vai ao encontro de um estudo que avaliou a qualidade de comprimidos de ibuprofeno 600 mg. O referido estudo verificou semelhança no peso médio entre as amostras analisadas, sendo todas as amostras foram aprovadas, sendo que foi encontrada diferença significativa na

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distribuição de peso de algumas unidades (HOLLER, 2010).

O doseamento foi realizado com o conteúdo equivalente a 0,5g de ibuprofeno de cada amostra, devidamente homogeneizado, para cada amostra foram realizados ensaios em triplicata. A Farmacopeia Brasileira V (2010) preconiza que os comprimidos testados no doseamento devem conter entre 90,0% e 110,0% da quantidade declarada de ibuprofeno. Sendo assim, todas as amostras analisadas encontram-se em conformidade com o preconizado pela Farmacopeia Brasileira. Embora todas médias de teor encontradas estejam em conformidade com a especificação farmacopeica, estes encontram-se acima de 100% ou bem próximos a 100% da quantidade declarada de ibuprofeno. Os desvios padrão relativos encontrados nas três amostras analisadas variam entre 0,9808% e 1,1624% demonstrando assim uma baixa variação de peso e de dose em cada amostra analisada.

Em um estudo realizado em 2007, foram feitos analises de amostras de fluoxetina cápsulas de uma farmácia de manipulação, onde as cápsulas de todas as amostras foram aprovadas no doseamento, apresentando teor de fármaco na faixa de aceitação preconizada, ou seja, não menos que 90% e não mais que 110% (RETTORE et al., 2007). Já em um outro estudo realizado em 2010, onde foi determinado o

teor de ibuprofeno em comprimidos, todas as amostras analisadas foram aprovadas, mas diferente do resultado deste estudo, todas as amostras apresentaram teor abaixo de 100%, mas todas as amostras apresentaram o valor mínimo do princípio ativo preconizado pela farmacopeia (HOLLER, 2010).

Para garantir a administração de doses adequadas, cada unidade de cada amostra de um medicamento deve conter quantidade do componente ativo próxima da quantidade declarada. De acordo com a Farmacopeia Brasileira (2010) o teste de uniformidade de doses unitárias permite verificar a quantidade de componente ativo em unidades individuais de cada amostra e verificar se esta quantidade é uniforme nas unidades testadas. A uniformidade de dose unitárias pode ser avaliada por Variação de Peso (VP) ou Uniformidade de Conteúdo (UC).

Para este trabalho, optou-se pelo método de Variação de Peso, pois os comprimidos de ibuprofeno são de 300 mg de fármaco em cada unidade. De acordo com os resultados obtidos na determinação do conteúdo unitário de cada comprimido foi possível determinar o Valor de Aceitação, que para o ensaio de ambas as amostras foi menor que L1 (15,0). Os desvios padrão relativos encontrados nas três amostras analisadas variam entre 2,199% e 3,5430%, demostrando assim

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uma baixa variação de peso e dose de cada amostra analisada. Desta forma todas as amostras foram aprovadas para este teste, pois de acordo com a Farmacopeia Brasileira (2010) o comprimido de ibuprofeno deve apresentar uma variação de teor entre 90,0% a 110,0%, sendo assim, todas as amostras encontram-se dentro dos limites especificados, sendo que nenhuma unidade se apresentou acima ou abaixo do especificado.

O estudo realizado por Dias et al. (2011) apresentou o mesmo resultado, sendo que as amostras analisadas foram amoxicilina cápsulas de uma farmácia de manipulação, e todas elas encontraram-se dentro dos limites especificados, sendo que nenhuma unidade se apresentou acima ou abaixo do especificado pelo compendio oficial.

4 Conclusão

As três amostras de comprimidos de ibuprofeno de 300 mg analisadas foram aprovadas, cumprindo os requisitos dos testes de peso médio, doseamento e uniformidade de conteúdo preconizados pela Farmacopeia Brasileira.

Sendo assim, pode-se ressaltar que as amostras analisadas neste estudo apresentam qualidade satisfatória para que a população possa utilizá-las, fazendo sua escolha baseada no custo, e mesmo assim

ter um medicamento com a qualidade necessária para ter um tratamento eficaz para a sua enfermidade.

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