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Estudo sobre as finanças pessoais das internas do centro de detenção provisória feminino de Parnamirim/RN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS -CCSA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS -DCC

KÁTIA MARIA CARVALHO DE MEDEIROS

ESTUDO SOBRE AS FINANÇAS PESSOAIS DAS INTERNAS DO CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA FEMININO DE PARNAMIRIM/RN

Natal/RN 2017

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KÁTIA MARIA CARVALHO DE MEDEIROS

ESTUDO SOBRE AS FINANÇAS PESSOAIS DAS INTERNAS DO CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA FEMININO DE PARNAMIRIM/RN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Ciências Contábeis do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Ms. Ivan Alves do Nascimento.

Natal/RN 2017

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, o autor de minha vida, por sempre ter me iluminado nos momentos mais difíceis.

Agradeço a minha mãe, por tudo que me ensinou, por me apoiar sempre e estar sempre ao meu lado

Agradeço à minha família, em especial minha avó e minha tia Beatriz e meu marido Rodrigo.

Agradeço a todos os meus professores do ensino fundamental, médio e superior que contribuíram para minha formação como pessoal e profissional. Agradeço a meu orientador Prof. Ivan Alves do Nascimento, a quem admiro por toda sua dedicação e empenho à classe contábil e por sua paciência e atenção com este trabalho.

Por fim, agradeço a todos os meus amigos, colegas de faculdade e todas as pessoas, que contribuíram com este trabalho

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RESUMO

Cada vez mais fala-se em crise financeira, em reduzir gastos, e saber lidar com suas próprias finanças é algo básico e fundamental nesses tempos. E a educação financeira, juntamente com a contabilidade pessoal, através de um orçamento pessoal e planejamento financeiro, ajudam as pessoas a não se endividarem e gastarem de forma “saudável”. Dessa forma, se mantém a tranquilidade e torna-se mais preparados para imprevistos, isso para qualquer tipo de população. O presente trabalho tem como tema as finanças pessoais das internas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim/RN. O objetivo geral da pesquisa foi traçar um perfil financeiro das internas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim/RN, com o intuito de esboçar um panorama acerca do orçamento doméstico e planejamento financeiro pessoal das internas pesquisadas. A fundamentação teórica mostrou tópicos de grande relevância associados às finanças pessoais como controle, educação financeira, planejamento financeiro, contabilidade pessoal. Foi utilizado um questionário para o levantamento dos dados da pesquisa e um aplicativo para apuração e análise dos referidos dados. Com a análise foi possível perceber que as internas não possuem conhecimento sobre suas finanças e ainda não possuem uma educação financeira satisfatória para que possa ter a renda melhor aproveitada.

Palavras-chave: Finanças Pessoais. Orçamento. Planejamento Financeiro. Internas.

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ABSTRACT

More and more we hear of financial crisis, of reducing expenses, and knowing how to handle your own finances is something basic and fundamental in these times. And financial education, along with personal accounting, through personal budgeting and financial planning, help people not to get into debt and spend in a "healthy" way. That way, it keeps the tranquility and becomes more prepared for unforeseen, this for any type of population. The present work focuses on the personal finances of the inmates of the Parna-mirim / RN Center for the Provisional Detention of Women. The general objective of the research was to outline a financial profile of the inter- natives of the Parnamirim / RN Women's Interim Detention Center, with the intention of sketching a panorama about the domestic budget and personal financial planning of the inmates surveyed. Theoretical fundamentals showed important topics related to personal finances such as financial management, financial education, financial planning, personal accounting. A questionnaire was used to collect the survey data and an application to calculate and analyze the data. With the analysis it was possible to realize that the interns do not have knowledge about their finances and do not yet have a satisfactory financial education so that they can have the best income.

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Tabela 1: Idade...

...11 Tabela 2- Quantidade de

filho...12

Tabela 3-Trabalhavam antes de serem presas...13

Tabela 4 – Faixa de renda mensal...13 Tabela 5 – Bens que possuem...14

Tabela 6- Como adquiriram os bens...14

Tabela 7- Moram em casa de aluguel...15

Tabela 8- Possuem cartão de crédito...15

Tabela 9- Possuem conta bancária...16

Tabela 10- Como as compras são realizadas...16

Tabela 11- Possuem dívidas em atraso...17

Tabela 12- Mantém controle sobre seus gastos mensais...18

Tabela 13- Reserva...18

Tabela 14- À quem recorrem em caso de gastos inesperados...19

Tabela 15- Controle dos ganhos e gastos...19

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... ... 1 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA... 1 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA...2 1.2.1 Geral ... ...2 1.2.2. Específicos... ...2 1. JUSTIFICATIVA... ...2 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...4

2.1 CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA DE

PARNAMIRIM...4 2.2EDUCAÇÃO FINANCEIRA...4 2.3 FINANÇAS PESSOAIS...5 2.4 PLANEJAMENTO FINANCEIRO. ...6 2.5 CONTABILIDADE PESSOAL...8

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ENDIVIDAMENTO... ...10 3. METODOLOGIA... ...10 3.1 TIPOLOGIA... ...10 3.2 UNIVERSO, POPULAÇÃO E AMOSTRA...10 4.ANÁLISE DE RESUTADOS...11 4.1PERFIL PESSOAL... ..11 4.2 PERFIL FINANCEIRO... 13

4.3 PERFIL EM REALÇÃO AO ORÇAMENTO

DOMÉSTICO...17

5. CONSIDERAÇÕES

FINAIS...20 REFERÊNCIAS... ...21

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ESTUDO SOBRE AS FINANÇAS PESSOAIS DAS INTERNAS DO CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA FEMININO DE PARNAMIRIM/RN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Ciências Contábeis do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Nata, 26 de junho de 2017.

BANCA EXAMINADORA

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Prof. Ms. Ivan Alves do Nascimento (Orientador)

Prof. Victor Branco de Holanda

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1.INTRODUÇÃO

1.1CONTEXTUALIZAÇÃO

Desde os primórdios, e, mesmo que de forma rudimentar, os nossos ancestrais aplicaram técnicas de contabilidade e planejamento, controlando entrada e saída de bens baseadas nas trocas realizadas entre as pessoas.

Assaf Neto (2008) diz que: “(...)A partir dos anos 20 do século XX, já entendida como uma área independente de estudo, as finanças das empresas são motivadas a evoluir de maneira a atender à crescente complexidade assumida pelos negócios e operações de mercado”.

Após a crise de 1929, os gestores financeiros começaram a compreender que apenas a captação de recursos financeiros não basta para assegurar a sobrevivência das empresas. Para garantir continuidade dos empreendimentos, é necessário usar bem esses recursos financeiros visando o retorno para o capital aplicado, o que exige maior atenção aos aspectos internos da organização como a eficiência produtiva, para evitar desperdícios, e a eficácia estratégica, para tomadas de decisão mais acertadas. (GUEDES, 2010).

Em um mercado financeiro cada vez mais competitivo as empresas sempre falam na gestão financeira. O artigo publicado por Abreu, fala que a falta de uma Gestão Financeira estratégica e qualificada pode acarretar a perda de muito dinheiro e até mesmo a falência de uma empresa. Não acompanhar as transações financeiras, o saldo do caixa, as mercadorias em estoque e as despesas fixas e variáveis pode prejudicar irreversivelmente os resultados de uma organização.

Na gestão financeira pessoal não seria diferente. E por isso a importância de controlar gastos, ter um planejamento financeiro e um orçamento doméstico. Um orçamento familiar feito de maneira eficaz possibilita tirar proveito do momento econômico e político, gerar a satisfação pessoal, promover equilíbrio e controle, enfim beneficia a realização de um projeto de vida. Quando se tem o controle da sua própria situação financeira, tem-se mais tranquilidade, mais conforto e menos riscos de ficar endividado.

Quando se tem um emprego fixo, há uma renda garantida e muitas vezes o indivíduo sai comprando desenfreadamente sem o mínimo de

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2 planejamento. A partir disso é que pode começar o endividamento e consequentemente o empobrecimento de suas finanças

Temos gastos com necessidades básicas, mas também existe os imprevistos, os impulsos, as “apelações” das mídias, tudo levando a gastos que se colocados e planejados podem apresentar uma poupança, afim de investir esses recursos em algo mais rentável ou até mesmo manter uma reserva para os gastos inesperados.

A solução para isso é gastar conforme suas necessidades, da maneira mais equilibrada possível. Para isso faz importante a educação financeira, o planejamento financeiro, além de uma elaboração de um orçamento doméstico. Nesse contexto, o presente trabalho tem como problemática: Como está a situação financeira e o orçamento doméstico das internas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim/RN?

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA 1.2.1Objetivo Geral

Traçar um perfil financeiro das internas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim/RN, com o intuito de esboçar um panorama acerca do orçamento doméstico e planejamento financeiro pessoal das internas pesquisas.

1.2.2 Objetivos específicos

 Identificar o perfil pessoal das entrevistadas;

 Averiguar a situação financeira e existência de um planejamento financeiro pessoal;

 Expor a importância de um orçamento pessoal;

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A importância do tema escolhido neste trabalho se deve a situação financeira de muitas pessoas na atualidade, fazendo com que estas tenham ainda mais dificuldade em lidar com o dinheiro e elaborar o seu orçamento pessoal, para se planejarem financeiramente e evitar ou pelo menos amenizar uma fase difícil, no que diz respeito as finanças.

Nos dias atuais cada vez mais se fala em crise financeira, em economizar, poupar recursos. E diante da situação financeira em que se encontram muitas pessoas, bem como os pais, esta pesquisa explora o perfil de uma população ainda não estudada no que se refere a gestão de finanças pessoais, orçamento doméstico: as mulheres privadas de liberdade.

A abordagem a respeito do controle orçamentário familiar dentro do tema das finanças pessoais é uma questão pertinente à sociedade como um todo. Não é por se tratarem de internas que estas não possuem rendas, ou não há necessidade de uma educação financeira afim de possuírem o hábito de ter controle de seus ganhos e gastos, elaborando de certa forma um orçamento doméstico.

Trabalhando no sistema prisional há sete anos, pude observar que o perfil das internas mudou. Antes eram detidas mulheres que apresentavam condições financeiras deploráveis. Como a maior parte da sociedade imagina, eram pessoas miseráveis. No entanto, nos últimos, o número de presas com situação financeira diferente da que a sociedade prejulga vem aumentando e não diferente das demais mulheres da sociedade, são donas de casas e possuem alguma renda mensal.

Auferindo qualquer tipo de renda, tem-se a importância de gastar de forma consciente, mantendo controle sobre os gastos para que a renda seja melhor aproveitada. E o orçamento e o planejamento financeiro, dependendo da forma que são executados, podem ser ferramentas eficazes para o controle de receitas e despesas.

No aspecto científico, as práticas podem ser aplicáveis e funcionais, na forma de controle e planejamento orçamentário doméstico traçando um panorama de uma população diferente das estudadas. De posse do conhecimento a respeito de orçamento doméstico, as pessoas podem gerir mais eficiente e eficazmente o seu patrimônio. Desta forma, esta pesquisa pode ser útil para acadêmicos, profissionais e demais interessados no assunto.

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2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

São apresentados conceitos referentes ao tema escolhido, dentre eles educação financeira, finanças pessoais, planeamento financeiro.

2.1 CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA DE PARNAMIRIM

Centros de Detenção Provisória ou CDP são unidades prisionais cuja função é receber presos provisórios que aguardam julgamento.

O CDP feminino de Parnamirim fica localizado em Emaús – Parnamirim/RN foi criado no ano de 2012 e é destinado às mulheres que são presas provisoriamente (da grande Natal e interiores) até o julgamento pelo judiciário. São mulheres presas por diversos crimes, dentre os quais, os mais comuns são: tráfico, assalto e estelionato.

O centro tem capacidade para 60 internas. No ano de 2016, primeiro ano da entrevista, o CDP contava com 115 internas e no ano de 2017 com 92. É composto de três celas e uma cela de triagem, na qual ficam as internas que dão entrada na unidade e passam 10 dias sob observação para então serem distribuídas em uma das três celas.

2.2 EDUCAÇÃO FINANCEIRA

A educação financeira, segundo Hill (2009) apud OLIVEIRA et al, pode ser definida como a habilidade que os indivíduos apresentam de fazer escolhas adequadas ao administrar suas finanças pessoais durante o ciclo de sua vida.

Para Saito (2008) apud Borges (2011), a educação financeira é definida como a ação de transmitir um conhecimento que aprimore a competência financeira dos indivíduos, de modo que esse conhecimento capacite o indivíduo a tomar decisões de forma mais segura, com uma postura proativa na busca da satisfação.

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Através da educação financeira é que o indivíduo vai ter conhecimento e compreender melhor, se esse ainda não tinha, conceitos que envolve finanças, além de aprimorar suas habilidades para a tomada de decisão. Com a educação financeira, esse mesmo indivíduo entenderá melhor a questão dos riscos que envolve as tomadas de decisão e adquiri um senso crítico.

Faz parte do cotidiano das pessoas tomarem várias decisões em relação aos seus recursos financeiros. Porém, muitas não analisam como irão aplicar estes recursos e acabam por perder o dinheiro por falta de conhecimento, enfrentando transtornos por muito tempo.

A questão da educação financeira não é encher o indivíduo de informações e sim fazer com que este melhore suas habilidades para entender e interpretar fatos relativos a finanças, ou seja, aprende a gastar melhor seu dinheiro.

Uma pessoa educada financeiramente organiza melhor seus recursos, sente-se mais segura e, consequentemente, toma decisões mais sensatas e, geralmente, passam por momentos difíceis (financeiramente) de uma maneira melhor.

2.3 FINANÇAS PESSOAIS

Quando falamos em finanças logo vem à mente algo relacionado empresas, negócios, ou seja, o pensamos em finanças relacionando o dinheiro com a parte empresarial. Porém há um outro lado das finanças, as finanças pessoais, que não é diferente, porém se refere mais ao comportamento e as decisões financeiras tomadas por uma pessoa ou família para a sua vida. De acordo com Banco Central Brasil (2016) as finanças pessoais podem contribuir para o bem-estar do cidadão. A maneira de lidar com as finanças pessoais pode ser de fácil entendimento e de aplicação prática na vida das pessoas, razão pela qual pode ajudar o cidadão na administração de seus recursos financeiros, abrindo caminho para melhorar sua qualidade de vida.

Finanças pessoais nada mais é que o indivíduo gerir as entradas e saídas de dinheiro do seu orçamento.

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6 Finanças pessoais é a ciência que estuda os conceitos financeiros e como eles são aplicados nas decisões pessoais ou familiares. Talvez a razão mais importante para conhecer finanças é a de que você terá que tomar decisões financeiras que serão muito importantes em termos pessoais (ROSS; WESTERFIELD; JORDA, 2008, apud). Além de conhecer suas possibilidades e limites.

Conforme Vicente de Ramos (2011), “Gestão de Finanças Pessoais é um processo racional de administrar sua renda, seus investimentos, suas despesas, seu patrimônio, suas dívidas, objetivando tornar realidade seus sonhos, desejos e objetivos. ”

Para FOULKS; GRACI, apud LIZETE et al:

Finanças pessoais é uma ciência que estuda conceitos financeiros transmitindo a um indivíduo e fazendo que ele aplique estes conhecimentos em suas tomadas de decisões, permitindo com isso que mantenha um comportamento equilibrado de seus orçamentos diante do mercado financeiro. Para De acordo com Borges (2011) “finanças pessoais consiste na administração por parte do indivíduo, das entradas e saídas de dinheiro do orçamento”. Por meio deste controle das entradas e saídas de recurso é possível que o cidadão realize seu orçamento de maneira organizada e controlada, já que o mesmo sabe o que está entrando e saindo do seu bolso.

Um indivíduo adquirir conhecimento financeiro, aplicando seu conhecimento em suas decisões financeiras individualmente ou de sua família está aplicando as finanças pessoais. Desta forma administra o dinheiro de forma “mais adequada”, ganhando e gastando bem o dinheiro.

Existem alguns aspectos das finanças em geral que influenciam também nas finanças pessoais, e que as pessoas devem acompanhar para saber se a economia está num período bom ou de estagnação, e assim poder também gerir melhor seu dinheiro. A taxa de juros, a inflação e o câmbio são alguns desses fatores, talvez os principais.

A Inflação, quando exagerada, influencia no poder de planejamento, pois as mudanças de preços ocorrendo constantemente geram incertezas para o futuro e o planejamento sofre as consequências dessa incerteza e não pode ser executado com fidedignidade.

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A taxa de juros influencia no sentido de que a pessoa analisará, através desta, de compra algo importado ou qualquer outra decisão que envolva moeda estrangeira.

Já a taxa de juros, sendo essa uma das que mais influencia na vida das pessoas, já que a maioria recorre a financiamentos para realizar sonhos, para desfrutar de prazeres, para comprar carros, casa própria, etc. Se este financiamento for realizado sob taxas de juros altas, o pagamento pode se tornar difícil ou até mesmo não ser realizado. Logo a decisão recairia sob a análise desses juros e talvez fosse o caso de adiar a compra de algo, ou uma vagem. Ou até mesmo buscar ouras soluções como juntar o dinheiro, por exemplo.

Uma ferramenta muito importante nesse sentido das finanças pessoais é a contabilidade pessoal, através do orçamento doméstico.

2.4 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Segundo Borges (2011), o planejamento financeiro envolve o desenvolvimento de uma estratégia para que as pessoas alcancem seus objetivos, de forma que haja recursos financeiros para financiar as situações pretendidas.

Para Meyer (1972), o planejamento financeiro estabelece diretrizes de mudança e crescimento de uma empresa, preocupando-se com uma visão global, com os principais elementos de suas políticas de investimento e financiamento.

O planejamento financeiro, de acordo com Santos (1984) apud BUENO, significa ordenar a vida financeira de tal maneira que permita ao indivíduo ter reservas para os imprevistos e sistematicamente construir um patrimônio, seja ele financeiro ou imobiliário, que garanta fontes de renda suficientes para propiciar uma vida tranquila e confortável

Sabe-se que mesmo com o planejamento estruturado ocorre imprevistos, fatos que não estavam programados, mas que acontecem e prejudicam todo o planejamento feito anteriormente, logo, vê-se a necessidade de que o indivíduo também se planeje para essas necessidades eventuais. Embora como foi dito, trate-se de um evento imprevisível, no entanto se houver

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8 planejamento para tais ocorrências o comprometimento do planejamento feito pode ser zero o mínimo possível se o indivíduo não deixar reservas para situações eventuais.

O sucesso financeiro não depende de quanto cada indivíduo ganha, mas de como ele lida com o que ganha. Uma das primeiras lições da educação financeira é saber dar valor ao dinheiro.

Para iniciar um planejamento financeiro, o indivíduo deve ter um conhecimento profundo de sua renda e de suas necessidades. Depois são estipuladas metas e os objetivos para alcança-las. Quando não e faz um planejamento essas metas dificilmente serão alcançadas, desperdiçando tempo, trabalho e dinheiro. Por isso as pessoas, assim como as empresas, devem elaborar um orçamento que ajuda na administração de seus recursos.

O orçamento é de grande importância para o planejamento, tanto para economizar o dinheiro como também os gastos sobre controle, auxiliando assim na resolução de problemas. Um orçamento pessoal deve conter, resumidamente, entre outras coisas, a relação de todas as suas receitas, as despesas (fixas e pessoais) as sobras dos meses anteriores e o saldo final.

2.5 CONTABILIDADE PESSOAL

Contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta tudo aquilo que afeta o patrimônio de uma entidade. No entanto, conceitos e técnicas aplicados às empresas, poderão ser revertidos e utilizados por uma pessoa para que conheça sua vida financeira e tome decisões sensatas, adquirindo mais conhecimento e senso crítico.

A contabilidade desempenha papel importante no quis respeito à ordem e controle das finanças no caso dos patrimônios individuais. Com frequências as pessoas esquecem-se de que alguns conhecimentos básicos da contabilidade e de orçamento poderiam e muito ajudar no controle, ordem e equilíbrio dos orçamentos pessoais. (Iudícibus et al apud LIMA).

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Com a contabilidade pessoal, através das análises dos dados, qualquer pessoa pode entender melhor seus bens/ direitos e suas obrigações, e através do planejamento poupar para que seu patrimônio renda mais.

O futuro financeiro pessoal não deve ser confiado à sorte, à proteção do governo ou à empresa em que se trabalha. É muito importante garantir a sobrevivência futura, com dignidade e conforto. E para que se tenha êxito nessa dura jornada, o indivíduo deve aprender a conciliar os conhecimentos contábeis e financeiros, para que se possa quantificar, analisar e equilibrar seus ativos, passivos e consequentemente seu patrimônio líquido pessoal.

Segundo Frezatti (1997) um instrumento gerencial apropriado é aquele que permite um embasamento no processo decisório da organização. E nas finanças pessoais esse instrumento seria o orçamento.

Segundo o Instituto de Estudos Financeiros – IEF (2011), o orçamento financeiro pessoal é uma previsão de receitas (renda, juros, aluguéis, etc.) e despesas num determinado período de tempo (mês, trimestre, ano, etc.).

Conforme Boisvert (1999) apud Penteado(2010) o orçamento é um conjunto de previsões quantitativas dispostas de forma estruturada, uma materialização em valores dos projetos e dos planos.

“O orçamento descreve um plano de operações e investimentos por prazo determinado, orientado pelas metas e objetivos propostos pela administração da empresa, partindo das metas definidas no planejamento estratégico”

O orçamento propriamente dito, aquele que traduz monetariamente as informações financeiras de uma pessoa, pode ser desenvolvido de acordo com cada pessoa, com cada realidade, desde uma feita com papel e caneta, uma planilha eletrônica, no Excel, por exemplo, até mesmo através de aplicativos de celulares possui espécies de planilhas nas quais a pessoa apenas a alimenta-a com seus dados. (MORAIS JUNIOR,2008)

Se estiver alimentando uma planilha é possível fazer, paralelamente, uma série de reflexões sobre o estilo de vida e o padrão de consumo. Isso porque dinheiro não é apenas uma questão de números, da mesma forma em

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10 que se precisa ter uma visão microscópica em relação aos números, o ideal é também desenvolver uma visão precisa das motivações e impulsos que estão por trás do padrão de consumo (DOMINGOS, 2007).

O orçamento deve ser realizado de acordo com períodos, e no caso das finanças pessoais o melhor período seria mensal, já que a maioria das pessoas recebem seus salários por mês e que suas obrigações são mensais. Dessa maneira elabora-se o orçamento todo início do mês, preenchendo os valores reais do que aconteceu durante o mês. Com essas anotações o indivíduo pode compará-la com as informações que foram planejadas e através dessa comparação se pode corrigir problemas e se preparar para o futuro.

2.6 ENDIVIDAMENTO

Conforme Ferreira (2003) dívida é uma obrigação ou dever contraído junto a terceiros. Dívidas é um assunto delicado, muitas vezes causam transtornos quando não se sabe lidar com elas.

O Banco Central do Brasil (2016) diz que consideramos endividado aquele que não está conseguindo pagar seus compromissos, o que não é verdade, pois a partir do momento que um cidadão contrai uma dívida por um longo prazo, ela já deve ser considerada endividada. Neste caso, quando não conseguimos pagar as dívidas assumidas observa-se um patamar de endividamento bastante delicado e preocupante. Trata-se do endividamento em excesso, que tem como consequências a perda do patrimônio, comprometimento da renda com o pagamento de juros e de multas punitivas, e a redução do consumo entre outros fatores. O endividamento pode ser considerado também como o aumento das dívidas de uma pessoa junto a terceiros.

De acordo com matéria publicada no Portal G1 (2016) o percentual de famílias brasileiras endividadas caiu para o índice de 57,7% em julho de 2016, atingindo um menor patamar desde janeiro de 2015. A matéria destaca ainda que a redução o endividamento é um reflexo da crise econômica e que quase um quarto (23,5%) das famílias tem mais da metade da sua renda comprometida.

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3. METODOLOGIA

3.1 Tipologia

A pesquisa, conforme Beuren (2010) classifica, tem finalidade exploratória, onde através do estudo exploratório, buscamos aprofundar os nossos conhecimentos em determinada área, facilitando a formulação de hipótese.

Na pesquisa foram aplicados questionários nos meses de fevereiro do ano de 2016 e 2017, nas internas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim/RN, onde foi aplicado o procedimento de levantamento ou survey, com abordagem quantitativa, coletando os dados com questões fechadas.

O questionário foi impresso e entregue as detentas em cada uma das três celas. Por ter fácil acesso às internas, foi informado que seria entregue um questionário e que elas não eram obrigadas a responder, deixando o preenchimento de forma espontânea. Não houve preocupação em relação as internas que não sabiam ler, sugerindo para trabalhos futuros o acompanhamento com esse perfil de internas.

3.2 Universo, população e amostra.

O universo da pesquisa trata-se das internas do sistema prisional do Estado do Rio Grande do Norte.

A população da pesquisa refere-se as detentas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim/RN, localizado em Emaús, Parnamirim/RN. Já a amostra foram as 73 presas que responderam no ano de 2016, de um total de 115, uma amostra representativa de 63,47%; e 50 internas que responderam no ano de 2017, de um total de 92, uma mostra representativa de 54,34%.

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12 4.1PERFIL PESSOAL

A primeira parte do questionário trata-se de levantar um perfil social das entrevistadas, buscando dados em relação a idade, estado civil e quantidade de filhos.

Participaram da pesquisa 73 presas no ano de 2016 e 50 presas no ano de 2017, sendo que em ambos os anos a idade predominante é entre 18 e 25 anos, conforme mostra a tabela 1 abaixo:

Tabela 1-Idade. IDADE 2016 % 2017 % Entre 18 e 25 anos 36 49,31% 27 54% Entre 26 e 36 anos 23 31,51% 15 30% Mais de 36 anos 14 19,18% 08 16% Total 73 100% 50 100%

FONTE: Dados da pesquisa.

Constatou-se que a grande maioria das internas são solteiras, atingindo 71,23% em 2016 e 66% em 2017; já as casadas representam 12,33% em 2016 e 18% em 2017; as presas que declararam união estável são 9,6% em 2016 e 12% em 2017. As divorciadas representam um percentual de apenas 6,84% em 2016 e 4% em 2017. E apenas em 2017 uma interna informou que seu estado civil é viúva, o que representa 2% das 50 internas entrevistadas neste ano.

No perfil pessoal também buscou-se identificar quantos filhos cada interna tem. Os resultados estão expressos na tabela 2 abaixo:

Tabela 2- Quantidade de filhos

Quantidade de Filhos 2016 % 2017 % Nenhum 19 26,02% 11 22% 01 18 24,66% 13 26% 02 20 27,40% 14 28% 03 07 9,59% 05 10% Mais de 03 09 12,33% 07 14% Total 73 100% 50 100%

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Observa-se que o maior percentual no ano de 2016 foram as detentas com dois filhos, seguido das que declararam não ter nenhum filho, depois as que dizem ter um filho, seguindo as que tem mais de três e finalizando com as que tem três filhos; no ano de 2017, a maioria continuou com as que dizem ter dois filhos, seguindo, diferente do ano anterior, das que possuem um filho, em seguida as que não tem filhos, seguindo as que tem mais de três e finalizando com as que tem três.

4.2 PEFIL FICANCEIRO

Neste bloco do questionário é analisado o perfil financeiro das internas a fim de constatar a renda mensal; os bens que possuem e suas origens; se possuem investimentos; se tem cartão de crédito e como são realizadas suas compras.

A primeira questão desse bloco tratada procura saber se as internas estavam trabalhando antes de serem presas. A tabela abaixo mostra a percentagem dessa questão:

Tabela 3 – Trabalhavam antes de serem presas.

Quantidade de Filhos 2016 % 2017 %

Não Trabalhavam 24 32,88% 15 30%

Trabalhavam 48 67,12% 34 68%

Total 73 100% 1 2%

Fonte: Dados da pesquisa

Pode observar que em 2016 67,12% trabalhavam antes de serem presas e 32,88% não possuíam vínculo empregatício antes da prisão; já em 2017, 68% trabalhavam antes de serem presas, 30% não trabalhavam e 2% não responderam.

Tabela 4- Faixa de renda mensal.

Faixa de Renda 2016 % 2017 %

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Entre R$500,00 e R$1.000,00 30 41,10% 17 34%

Entre R$1.500,00 e R$3.000,00 8 10,95% 7 14%

Mais de R$3.000,00 6 8,22% 6 12%

TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Foi verificado que a maior faixa salarial, nos dois anos analisados, está entre R$500,00 e R$1.000,00, ficando a renda até R$500,00 em segundo lugar, seguido da renda entre R$1.500,00 e R$3.000,00; e apenas 6 internas, tanto no ano de 2016 quanto em 2017, responderam que tinham renda mensal maior que R$3.000,00.

Os bens que as internas possuem também foram verificados e mostrados na tabela 4, bem como a porcentagem de presas que possuem os bens apresentados em relação ao total de presas que responderam o questionário. As internas podiam marcar mais de uma opção nessa questão.

Tabela 5 – Bens que possuem.

Bens 2016 % 2017 %

Casa 36 49,31% 31 62%

Carro ou moto 14 19,17% 12 24%

Terreno 7 9,58% 9 18%

Ponto comercial 5 6,84 5 10%

FONTE: Dados da pesquisa.

Verifica-se que o bem mais comum das internas é a casa, onde em 2016 49,31% declararam possuir tal bem e em 2017 foi 62% das internas, seguido do carro ou moto, que corresponderam a 19,17% em 2016 e 24% em 2017.

Foi questionado como esses bens foram adquiridos e os resultados estão demonstrados as porcentagens no gráfico abaixo:

Tabela 6 – Como adquiriram os bens.

Bens 2016 % 2017 %

Financiado 16 23,28% 11 22%

Recurso próprio 22 31,50% 20 40%

(25)

Totlal 73 100% 50 100% Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que das presas que responderam a maioria adquiriram os bens através de recursos próprios, sendo 31,50% em 2016 e 4% em 2017, em segundo lugar os bens adquiridos foram através de doação e por último financiados.

Tabela 7- Moram em casa de aluguel. Moram em que tipo de casa 2016 % 2017 % Casa de aluguel 32 43,84% 18 36% Própria ou dos pais 41 56,16% 32 64% Totlal 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Foi perguntado se a internas moravam em casa de aluguel e no ano de 2016, 43,84,16% não moravam em casa de aluguel contra 56,16% que moravam em casa de aluguel; já no ano de 2017 64% não morava em casa de aluguel enquanto 36% pagam aluguel para morar.

Foi questionado se as internas tinham cartão de crédito e/ou conta corrente. Os resultados mostraram que em 2016 69,86% não possuíam cartão de crédito, enquanto 30,14% afirmaram possuir; no ano de 2017, 58% afirmaram não possuir cartão de crédito contra 42% que declaram ter o cartão de crédito.

Tabela 8 – Possuem cartão de crédito

Cartão de crédito 2016 % 2017 %

Possui 22 30,14% 21 42%

Não possui 51 69,86% 29 58%

TOTAL 73 100% 50 100%

(26)

16

Em relação a possuir conta bancária, no ano de 2016 50,68% possuíam conta e 49,32% não; em 2017, 54% afirmam possuir conta em banco e 46% respondera não possuir, conforme tabela abaixo:

Tabela 9- Possuem conta bancária.

Conta bancária 2016 % 2017 %

Possui 37 50,68% 27 54%

Não possui 36 49,32% 23 42%

TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Como as internas costumavam fazer suas compras também foi perguntado no questionário e as respostas estão conforme gráfico abaixo. Nele é possível observar que no ano de 2016, 46 internas responderam que compram à vista, o que corresponde a 63,01%, em contrapartida 27 presas responderam que costumam parcelar suas compras, 36,99% do total das entrevistadas; Já no ano de 2017, 35 internas afirmaram realizar suas compras à vista, o que equivale a 70% das entrevistadas nesse ano, enquanto 15 apenadas responderam parcelar suas compras.

Tabela 10- Como as compras são realizadas.

Compras 2016 % 2017 %

Á vista 46 63,01% 35 70%

Parceladas 27 36,99% 15 30%

TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: dados da pesquisa.

Uma outra questão procurou verificar se as entrevistadas possuem dívidas em atraso. Os resultados mostram que em 2016, 24 internas (32,88%) marcaram que possuíam dívidas em atraso e 49 declararam não possuir dívidas em atraso (67,12%); no ano de 2017, o número de presas que

(27)

disseram que não possuíam dívidas em atraso foi de 28 internas (56% das entrevistadas) enquanto 22 confirmam ter dívidas em atraso (44%).

Tabela 11- Possuem dívidas em atraso.

Dívidas em atraso 2016 % 2017 %

Sim 24 32,88% 22 44%

Não 49 67,12% 28 56%

TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Na última questão desse bloco da pesquisa foi questionado se as mulheres entrevistadas possuíam algum tipo de investimento. Foi constatado que no ano de 2016, apenas 22 internas afirmaram que possuíam algum tipo de investimento, enquanto 51 responderam que não; em 2017 a maioria também respondeu não possuir nenhum tipo de investimento, especificamente 32 internas, e apenas 18 responderam que possuíam investimento, sem especificar o tipo.

4.3 PERFIL EM REALÇÃO AO ORÇAMENTO DOMÉSTICO.

Nesse bloco da pesquisa procurou-se dados para saber se as internas realizavam algum tipo de orçamento pessoal, ou familiar, procurando analisar como as entrevistadas gerenciam seus recursos financeiros.

A primeira pergunta feita foi: “ você mantém controle sobre seus gastos mensais? ”. A resposta foi que a maioria afirmou que mantém sim esse controle. Os resultados mostraram que em 2016, 40 internas marcaram que mantém controle contra 33 que disseram que não; no presente ano, 30 internas responderam que mantém sim o controle, enquanto 20 ainda disseram que não controlam seus gastos financeiros, como podemos verificar na tabela abaixo:

(28)

18 Tabela 12- Mantém controle sobre seus gastos mensais.

Controlam seus gastos mensais 2016 % 2017 %

Sim 40 54,79% 30 60%

Não 33 45,21% 20 40%

TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Na segunda questão desse bloco foi perguntado se as internas costumam ou costumavam guardar uma reserva para emergências, afim de avaliar se elas se preocupam em não só investir, mas poupar para guardar caso necessite diante de alguma emergência que fuja do orçamento. Foi verificado no ano de 2016 que do total de 73 que responderam o questionaram, 34 disseram que guardam uma reserva, enquanto 39 afirmaram que não; em 2017, 28 guardam uma reserva contra 22 que afirmaram que não.

Tabela 13- Reserva.

Reserva 2016 % 2017 %

Guardam reserva 34 46,58% 28 56%

Não guardam reserva 39 53,42% 22 44%

TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Em seguida as internas foram questionadas a respeito de quando aparece algum gasto que não esperavam, a o que ou a quem ela recorre, dando como alternativas: cheque especial, empréstimos, vende algum bem, recorre aos pais e/ou familiares ou outros meios. Observando os resultados foi demonstrado que em 2016, 69 internas responderam que recorrem aos pais ou familiares em caso de emergência financeira, seguido por outros com o número de 12 internas, e os demais números são expostos na tabela abaixo; no ano de 2017 29 internas, das 50 que responderam, informaram que recorrem aos pais ou familiares, enquanto 10 disseram que recorrem a outras opções, 5 afirmaram vender algum bem, 5 recorrem a empréstimos e apenas 3 responderam que utilizam cheque especial em caso de emergências.

(29)

Tabela 14- À quem recorrem em caso de gastos inesperados.

Em caso de gastos inesperados recorrem: 2016 % 2017 %

Cheque especial 4 5,48% 3 6%

Empréstimos 6 8,22% 4 8%

Vende algum bem 2 2,74% 3 6%

Recorre a pais ou familiares 49 67,12 % 30 60% Outros 12 16,44 % 10 20% TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

As internas também responderam se mantém um controle anotando quanto ganha e quanto gasta por mês. No ano de 2016 das 73, 44 marcara que não anotam o que ganham e o que gastam, contra 29 que declararam anotar; já em 2017, 32 afirmaram não anotar enquanto 18 marcaram que anotam seus ganhos e seus gastos. O gráfico baixo mostra os resultados referentes a essa questão.

Tabela 15- Controle dos ganhos e gastos.

Controlam seus gastos mensais 2016 % 2017 %

Sim 30 39,73% 32 64%

Não 43 60,27% 18 36%

TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

Para finalizar a pesquisa, foi questionado se as internas se consideravam endividadas. Das entrevistadas, no ano de 2016, 54 não se consideram endividadas, contra 19 que responderam que se consideram; em 2017, 15 mulheres se consideram endividadas, enquanto 34 declararam que não estão endividadas. O percentual correspondente está demonstrado abaixo.

Tabela 16- Se consideram endividadas.

Endividadas 2016 % 2017 %

(30)

20

Não 54 73,97% 16 32%

TOTAL 73 100% 50 100%

Fonte: Dados da pesquisa.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desta pesquisa foi levantar dados em relação ao perfil financeiro bem como a noção de educação financeira em relação ao orçamento doméstico e planejamento financeiro, demonstrando um panorama com uma população diferente das comumente estudadas.

No que tange o perfil pessoal das internas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim – CDP Feminino, nos dois anos estudados, 2016 e 2017, a maior parte tem idade entre 18 e 25 anos, são solteiras, com dois filhos.

Já em relação ao perfil financeiro a grande maioria das internas, nos dois anos, afirmaram que estava trabalhando antes de serem detidas, e ganhavam entre R$500,00 e R$1.000,00. O bem material mais apresentado entre as entrevistadas foi a casa, e dessas a maioria adquiriu com recursos próprios. Em ambos os anos a maioria informou que moravam em casa própria ou dos pais, não possuíam cartão de crédito, mas possuíam conta bancária. Em relação as compras, o percentual maior foram as que compram à vista, e não tem dívidas em atraso.

Analisando a parte do questionário que diz respeito ao orçamento doméstico e a maioria, tanto no ano de 2016 quanto no ano de 2017, afirmou que controlam seus gastos mensais, porém observou-se que no ano de 2016 a maioria não guarda reserva para emergências, enquanto no corrente ano, a maioria das internas afirmaram guardar reservas para emergências. Uma outra questão abordada nesse bloco da pesquisa foi a quem elas recorrem quando se tem gastos inesperados, e a grande maioria, nos anos de 2016 e 2017, recorrem a pais ou familiares. Sobre o orçamento doméstico também foi perguntado se as internas anotavam, ou seja, tinham um controle de quanto

(31)

ganhava e quanto gastava por mês, e a grande maioria responderam que não fazem esse tipo de controle. E finalizando a pesquisa, as internas responderam que não se consideram endividadas.

Pode-se observar que o perfil financeiro das internas sou mudou, de um ano para o outro, em relação a questão de guardar reservas, tendo em vista que no corrente ano a preocupação com a reserva aumentou. Foi constatado também que a pesar da grande maioria afirmar que mantém controle dos seus gastos mensais, a grande maioria também não mantém um orçamento, planejamento, controle sistematizado, pelo menos anotando suas receitas e despesas mensais.

Para sugestões de trabalhos futuros, sugiro fazer links dos artigos com as variáveis apresentadas no trabalho bem como saber a fonte da renda.

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(32)

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IUDÍCIBUS, Sergio de et al. Contabilidade Introdutória. São Paulo: Atlas, 2010.

LIMA, Lindomar Gonçalves de. Finanças pessoais: um estudo sobre os servidores efetivos da prefeitura municipal de São Fernando-RN - Caicó, RN: UFRN, 2016. [online] Disponível em

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