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Atividades - 5 o Ano - 1 o Bimestre

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Academic year: 2021

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Texto

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Leia o texto abaixo.

“Miguel de Cervantes, um escritor espanhol, escreveu a his-tória de um cavaleiro que não tinha nada de maravilhoso: Dom Quixote.

Dom Quixote era um homem muito sonhador e adorava ler romances de cavalaria.Depois de tanto ler e fantasiar, saiu pelo mundo imaginando-se um cavaleiro, um cavaleiro trapalhão. Seu cavalo de batalha, Rocinante, era velho e magro. Seu escudeiro, Sancho Pança, não era nobre nem jovem e, ainda por cima, via-java montado num pequeno burro. Nada era mágico ou maravi-lhoso na vida de Dom Quixote. Quando ele saiu de sua casa para viajar pelo mundo em busca de aventuras, tudo deu errado.”

(Vice-versa ao contrário, Heloisa Prieto – adaptação)

UMA HISToRIA DE DOM QUIXOTE

(Moacyr Scliar)

Quando se fala num quixote, as pessoas logo pensam num desastrado, num sujeito que não consegue fazer nada direito; que tem boas idéias, mas sempre quebra a cara. E até repetem aquela história que o escritor espanhol Cervantes contou sobre o Dom Quixote.

Ele era um daqueles cavaleiros andantes que usavam armadura, lança e escudo; percorria as planícies da Espanha num cavalo muito magro e muito feio, chamado Rocinante, procurando inimigos a quem pudesse de-safiar em nome da moça que amava, a que ele chamava de Dulcinéia. Pois um dia, este Dom Quixote avistou ao longe uns moinhos vento. Naquela época, vocês sabem, o trigo era moído desta maneira: havia um enorme cata-vento que fazia girar a máquina de moer.

Pois o Dom Quixote viu, nesses moinhos, gigantes que agitavam os braços, desafiando-o para a luta.

Sancho Pança, seu ajudante, tentou convencê-lo de que não havia gi-gante nenhum; mas foi inútil.

Texto 1

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Dom Quixote estava certo de que aquele era o grande combate de sua vida.

Empunhando a lança, partiu a galope contra os gigantes...

O resultado, diz Cervantes, foi desastroso. A lança do cavaleiro ficou presa nas asas do moinho, ele foi levantado no ar e depois jogado longe. Para Sancho, e para todas as pessoas que ali viviam, uma clara prova de que o homem era mesmo um maluco.

Essa era a história que Cervantes contava. Já meu tatara-tatara-tata-ravô, que também conheceu o Dom Quixote, narrava o episódio de uma maneira inteiramente diferente.

Ele dizia que, de fato, Dom Quixote viu os moinhos e que ficou fas-cinado com eles, mas não por confundi-los com gigantes. “Se eu conseguir enfiar minha lança naquelas asas que giram”, pensou, “e se puder aguentar firme, terei descoberto uma coisa sensacional.” E foi o que ele tentou.

Não deu completamente certo, porque nada do que a gente faz dá completamente certo; mas, no momento em que a asa do moinho levan-tava o Dom Quixote, ele viveu o seu momento de glória. Eslevan-tava subindo, como os astronautas hoje sobem; estava avistando uma paisagem maravi-lhosa, os campos cultivados, as casas, talvez o mar, lá longe, talvez as terras de além-mar, com as quais todo o mundo sonhava. Mais que isso, ele tinha descoberto uma maneira sensacional de se divertir.

É verdade que levou um tombo, um tombo feio. Mas isso, naquele momento, não tinha importância. Não para Dom Quixote, o inventor da roda-gigante.

1.

Recorde que, no início do texto, a palavra “quixote” foi usada com letra minúscula.

Leia o verbete:

quixote

s.m. 1. Aquele que procede como Dom Quixote, que ingenua-mente se mete em questões que não lhe dizem respeito e, por via de regra, se sai mal. 2. Indivíduo ingênuo, romântico, sonhador.

Muitas vezes usamos, quando falamos ou escrevemos, nomes ou expres-sões que se referem a uma personagem ou a uma história muito conhe-cidas, por isso as pessoas entendem logo o significado do que estamos falando ou escrevendo.

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a) Assinale a alternativa que completa a frase a seguir:

Segundo o texto, quando se fala num “quixote” logo vem à mente:

( ) uma pessoa de grandes feitos, extremamente corajosa e que sempre obtém êxito em tudo o que faz.

( ) uma pessoa normal que, às vezes, conquista vitórias e, às vezes, sofre derrotas.

( ) uma pessoa com boas ideias, mas tão desastrada e atrapalhada que não consegue fazer nada corretamente.

b) Explique o significado da expressão abaixo: “mas sempre quebra a cara”

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

O mesmo fato – Dom Quixote enfiando sua lança na pá de um moinho de vento – teve duas interpretações:

 A que está na história de Cervantes.  A do tatara-tatara-tataravô do narrador.

2.

Na história escrita por Cervantes:

a) Dom Quixote se confundiu. O que ele pensou sobre as pás dos moinhos de vento?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

x

(Essa expressão significa que alguém sempre se dá mal, tudo o que lhe acontece dá errado.)

(5)

5

b) Por que Dom Quixote quis lutar contra os moinhos de vento?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

3.

Na história escrita pelo tatara-tatara-tataravô do narrador:

Qual o motivo que levou Dom Quixote a enfiar sua lança no moinho? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

4.

Qual foi o grande desastre vivido por Dom Quixote na história escri-ta por Cervantes?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

5.

Qual foi o grande momento de glória vivido por Dom Quixote na história do tatara-tatara-tataravô do narrador?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

6.

O tombo que Dom Quixote levou não teve importância na história contada pelo tatara-tatara-tataravô do narrador. Explique.

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

(Ele achava que aquele era o grande combate de sua vida.)

(Ao enfiar a lança na pá do moinho, ele poderia descobrir algo sensacional.)

(A lança ficou presa na pá do moinho, Dom Quixote foi levantado do chão e atirado longe.)

(O grande momento de glória foi sentir-se subindo como um astronauta, avistando paisagens maravilhosas.)

(Nada tinha importância porque ele era, a partir daquele momento, o inventor da roda-gigante.)

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6

7.

Por que, segundo o texto, Dom Quixote teria sido o inventor da roda-gigante?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

8.

Leia:

“Pois um dia Dom Quixote avistou ao longe uns moinhos de vento.” a) Sublinhe o verbo na passagem acima.

b) Em que tempo está?

c) Reescreva a passagem acima, situando-a no presente.

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

9.

Retire do texto uma passagem em que tenha sido utilizado um pro-nome pessoal reto para substituir o pro-nome Dom Quixote. Depois, escreva o pronome no retângulo abaixo.

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

(Ele girou nas pás do moinho, fazendo círculos como se fosse uma roda gigante.)

pretérito perfeito

(Pois um dia Dom Quixote avista ao longe uns moinhos de vento.)

(ele)

(Mais que isso, ele tinha descoberto uma maneira sensacional de se divertir.)

(7)

7

Leia o texto abaixo.

A ESPADA NA PEDRA

Era Natal. Os barões e cavaleiros que andavam disputando e brigando entre si desde a morte do Rei Uther Pendragon estavam reunidos na grande igreja de Londres. Tinham sido convocados por Merlin, uma figura feroz que fora o conselheiro do Rei Uther. Ninguém sabia por que estavam ali.

Quando saíram da igreja, viram no átrio uma poderosa espada enfiada, atravessando o meio de uma bigorna de metal e penetrando em um enor-me bloco de mármore. Na pedra, estavam gravadas estas palavras: “Quem tirar esta espada da pedra é o legítimo rei de toda a Inglaterra.”

Cada um dos cavaleiros e barões pensou que poderia ser o rei. Todos puxaram e tentaram arrancar a espada, mas nenhum conseguia movê-la. Finalmente, todos desistiram.

Foi anunciado que haveria um torneio no dia de Ano-Novo. Haveria justas e festividades. Depois, qualquer um que reivindicasse o trono pode-ria tentar novamente tirar a espada da pedra.

As pessoas vieram de todos os lugares do país para participar do tor-neio.

Entre eles estavam um cavaleiro do norte, Sir Ector, e seus filhos: o orgulhoso Sir Kay e seu irmão mais novo, Arthur.

Kay estava tão excitado em tomar parte de seu primeiro torneio que esqueceu sua espada. Não percebeu seu erro até chegarem ao campo das justas. “Vá pegar minha espada no alojamento”, disse para Arthur. “E vá rápido!” Arthur cavalgou o mais rápido que podia até a hospedaria, mas todos tinham saído e a casa estava trancada. Kay tinha um temperamento difícil e Arthur não queria ter de lhe dizer que não tinha achado sua espa-da.

Então, quando viu uma espada enfiada no meio da pedra do átrio da igreja, decidiu tomá-la emprestada. Rapidamente puxou a espada e a levou consigo. Logo que Sir Kay viu a espada, soube que era a que estava no átrio. Levou-a para Sir Ector, dizendo: “Olhe, pai! Eu arranquei a espada da pe-dra. Devo ser o legítimo rei”.

Sir Ector levou Sir Kay e Arthur de volta ao átrio. “Agora”, ele disse, “mostre-me novamente, Kay, como você conseguiu esta espada.”

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Kay não podia olhar seu pai nos olhos. “Pai, meu irmão Arthur a trou-xe para mim.”

Então Sir Ector perguntou a Arthur: “Como você conseguiu esta es-pada?”

“Espero não ter feito nada de errado, disse Arthur. Kay tinha esque-cido sua espada e esta estava aí na pedra. Só tomei emprestada. Deixe-me colocá-la novamente.” E Arthur enfiou a espada de volta através da bigor-na, até a pedra.

Sir Ector agarrou o punho e puxou com toda a força. A espada resistiu. Então Sir Kay tentou e, ainda assim, a espada não se mexeu. Mas quando Arthur segurou a espada, ela respondeu à sua mão e deslizou para fora da pedra como se fosse seda.

Sir Ector ajoelhou.

“Pai, por que está ajoelhando?”, perguntou Arthur. “Não sou seu pai”, confessou Sir Ector, apesar de amar você como um filho. Você foi trazido à minha porta em uma noite tempestuosa, um bebezinho chorão nos braços de Merlin, o mago, o leitor de sonhos. E agora compreendo que você deve ser o filho do Rei Uther Pendragon e legítimo soberano de toda a Inglater-ra”.

E foi assim que o jovem Arthur, que ainda nem era cavaleiro foi acla-mado Rei da Inglaterra pelo povo; pois, por mais que tentassem, ninguém mais conseguia tirar a espada da pedra.

Neil Philip. O livro ilustrado dos mitos: contos e lendas do mundo.

Vocabulário

Átrio  grande sala central.

Bigorna  peça de ferro, com o corpo central quadrangular e

as extremidades em ponta cilíndrica, cônica ou piramidal,sobre a qual se malham e amoldam facas.

Justas  combates entre dois cavaleiros armados de lança, na

(9)

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10.

Por que os barões e os cavaleiros começaram a disputar e brigar entre si depois da morte do rei Uther?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

11.

Por que nenhum dos cavaleiros e barões conseguia arrancar a espa-da espa-da pedra?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

12.

Arthur, ao arrancar a espada da pedra, tinha a intenção de tornar-se rei. A afirmativa acima é verdadeira?

( ) Sim ( ) Não

Justifique sua resposta com uma passagem do texto.

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

13.

Marque um (X) na opção que apresenta o nome da personagem que quis se aproveitar da situação, fingindo ser o novo rei:

( ) Sir Ector, pai de Arthur. ( ) Merlin, o mago.

( ) Sir Kay, irmão de Arthur.

14.

O que faz Sir Ector ter certeza, após ver Arthur retirar a espada da pedra, de que ele era o herdeiro do Rei Uther Pendragon e o legítimo soberano de toda a Inglaterra?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

(Todos queriam ser o novo rei.)

(Nenhum deles era o verdadeiro filho do rei Uther Pendragon.)

x

(“Então, quando viu uma espada enfiada no meio da pedra do átrio da igreja, decidiu tomá-la emprestada.”)

x

(Arthur não era filho de Sir Ector. Ele tinha sido trazido por Merlin, ainda bebê. Ele já era o filho do rei, sem que ninguém o soubesse.)

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15.

Qual o pronome de tratamento adequado para nos referirmos ao Arthur após ele ter sido aclamado rei?

_______________________________________________________________

16.

Observe a frase:

“Sir Ector ajoelhou.”

a) Como encontraríamos o verbo sublinhado caso fôssemos procurá-lo no dicionário?

_______________________________________________________________ b) A que conjugação ele pertence? Marque a opção correta:

( ) 1º conjugação ( ) 2º conjugação ( ) 3º conjugação

Comparando os textos

 Você sabe o que é um herói? Leia o texto abaixo:

O QUE e UM HERoI?

Um homem corajoso? Um campeão na luta? Um sujeito mui-to inteligente?

Ou aquele jovem intrépido que vive salvando mocinhas inde-fesas de vilões igualmente fortes, corajosos e espertos?

Na idade Média, quando os homens lutavam com arcos e fle-chas, lanças e espadas, surgiram os cavaleiros.

E, com eles, um código de honra que se chamava código de ca-valaria. Naqueles tempos do passado, o herói era o cavaleiro que seguia esse código. E, segundo as leis da cavalaria, ele deveria ser justo, leal, obedecer ao rei, defender os injustiçados e... proteger donzelas em perigo.

Trecho retirado do livro Heróis e guerreiras. São Paulo, Companhia das Letrinhas.

(Vossa Majestade)

(Ajoelhar)

(11)

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17.

Dom Quixote é um herói parecido com o herói descrito nesse texto? Por quê?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

18.

No século XVII, época em que a história Dom Quixote foi es-crita, histórias de cavaleiros estavam na moda. Eram romances de cavalaria.

Na Inglaterra, quase todos conheciam “Os feitos do rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda”.

Dom Quixote imita os cavaleiros andantes, porque os consi-dera heróis admiráveis.

Responda:

a) Que personagem do texto “A espada na pedra” pode ser considerado herói?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________ b) Dom Quixote era um homem sonhador e que adorava ler. É possível afirmar que ele gostaria de ler o livro do Rei Arthur? Justifique sua resposta.

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

(Não. Os heróis são corajosos, fortes, justos. Eles não são atrapalhados.)

(O rei Arthur.)

(Sim, porque ele gostaria de ler essa história maravilhosa, cheia de coragem.)

(12)

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Ortografia:

19.

Saiba um pouco sobre o criador do atrapalhado cavaleiro andante.

Miguel de Cervantes Saavedra era espanhol e gostava de ler muitos livros. Quando era jovem, em pleno __________ XVI, sentiu vontade de viver aventuras .

_____________ viajou pelos mares e ______________ de batalhas na-vais.

Cervantes era corajoso e ajudou a defender a Espanha na ___________ contra os turcos. Mesmo tendo _____________ a vida ___________ vezes, nunca se ___________ num herói famoso. Mas, com um ___________ _____________, escreveu inventou um dos mais populares cavaleiros de todos os tempos: o __________ Dom Quixote.

(século) (Cervantes) (enfrentou) (guerra) (salvado) (muitas) (transformou) (toque) (de gênio) (famoso)

Referências

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