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Director >. J. B. DE MACEDO S(). Junta de Sancções

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De um modo geral os go vemos, no Estado moderno, devem ter programmas e fi' nalidades objectivas. Nas for mas extra legaes, nos gover-nos criados pela violência, inspirados numa necessidade nacional premente, os movi-mentos que os investem de poderes excepcionaes t ê m, forçosamente, consciência de uma missão a cumprir. Se na governàçãò normal não hou-ve jamais um responsável queque nnnunciasse como escopo" despachar o expediente ", imagine-se se seria possivel fa/.er-se uma revolução para instaljàr uma ditadura no ra merrão dos serviços burocra ticos; Apparentemente é isso que succede, actualmente, no paiz; na realidade, sob as águas

^estagnadas, em calma-ria podre, ruge e estronda ura vulcão em actividade. O Brasil de amanhã vae surgir i.íessa forja cyclopica, apenas > espirito publico ainda não está preparado para appre-f.uder os méritos do novo regime. Ha qualquer coisa de nndamentaJmente mudado, na concepção e no systema poütico; seguramente o que se está fazendo é melhor, mais útil, mais interessante do que os ingênuos espera-vam surtisse da Revolução. A antiga intelligencia dos l>henomenos sociaes, regen-do o governo dos povos, e s t á perempta. Caducaram respeitáveis tradições. Reina entre nós intenso pittoresco, que pode produzir, nas pes-soas superficiaes, effeitos ri-¦siveis, como aliás succede na apparição de certas modas insólitas. Depois, todos se habituam e acham até bo-tiito.

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Tendo um ajudante de or-dens do sr. ministro da Guer ia percorrido os quartéis, ali ciando elementos para pro> clamar um ditador militar, o illustre sr. general. Leite de Castro ficou muito sentido ' om a precipitação da rapa-ziacíá, também não appro-'•ando certas indiscreções do sr. Baptista Luzardo. Em conseqüência, o Cattete — vejam bem: o Cattete — pôs; nota official prohibindo os srs. tenentes ajudantes de or dens do sr. ministro da Guer ra de andarem pelos quartéis ialando em ditadura militar.

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Os srs. Oswaldo Aranha e general Leite de Castro fo-ram, cada um por seu lado, ao cáes, despedirem-se dos meninos intervendores na Ba-liia e no ' Ceará. O capitão Mendonça ia triste, como um boi de açougue; não é para monos, pois o bravo official iá sabe o que o espera no Ceará. O joven tenente Ju-racy, feliz como uma noiva, ia se desfazendo em sorrisos.

dourado é fiear na pasta já tendo formulado admirável programma de reformas edu-cativas. A primeira dellas foi chamar o communista sr. Raphael Corrêa de Oliveira para secretario. O bravo jor-nalista moscovita acaba de esfregar, nas columnas de "O Tempo", vários collegas do doutor Belizario: srs. José Maria Whitacker, Baptista Luzardo, Assis Brasil e. . . Oswaldo Aranha... O pro-gramma do doutor Belizario

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Director >. J. B. DE MACEDO S().

Anno IV — Numero 988

Rio de Janeiro, Terça-feira, 15 de Setembro de 1931

Praça Tiradentes n.° 77

e o dalixa grossa, y. ¥ ¥

I ampeãò; aliás o programma do Lampeão é caçar o te i; en te Juracy.

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Os revolucionários puros «ram, como se sabe, contra-nos aos partidos políticos. Llles tinham um horror sa-grado á sórdida politica, suas paixões, seus interesses, suas misérias. A macacada queria um Brasil novo, completa-mente expurgado de politi-cos, os macapoliti-cos, bem enten-dido, oecupando os cargos e mandando. Como isso não poude ser, por vários moti-vos, os rapazes criaram um partido" po'itico em São Paulo.' As "caravanas" se suecedem. São tenentes e ca-pitães da policia, os repre-sentantes do commandante tia' força publica, do general inspector da Região, do ma-jor chefe de policia. O pro-gr-amma do "partido" é sim-pies e impressionante: "no páo da goiaba".

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O "doutor" Belizario Pen-na, excellente pessoa, é um tanto quanto communista, pelo menos do communismo evangélico. Admiravelmente ;-ceptico na sciencia da medi cina, acredita, porém, na arte da persuasão. Elle é o primeiro membro de gover-no, no mundo inteiro, que recebeu o convite para diri-gir uma pasta nestes termos: "deveis

assumir, interina-mente, a pasta da Educação, Mem prejuizo de vossas fun-ções no Departamento de saude Publica". O estylo da azerna app'icado ao gover-no civil. O doutor Belizario"tenente" e o seu sonho

O Tribunal de Sancções ainda não é desta vez. O sr. Adalberto Corrêa não quiz calçar a bota. O sr. Getulio Vargas vae descalçar a bota do sr. Amalio Silva. O me lhor seria convidarem o pes-soai que o sr. general Menna Barreto empregou no Estado do Rio: o sr. Sylvestre Fer-raz, o sr. César Noronha. Ao menos o Estado do Rio lu-crava.

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O sr. general Menna Bar-reto nomeou tabellião, em Vassouras (tres contos men-saes), o bacharel Octavio Land, ex-segundo delegado auxiliar e avaliador privativo no regime prestista. Para o feliz tabellião reaccionario não ha nada que mais se pa-reça com a Republica velha que a nova. Ambas são can-ja. Ambas maternaes. O ba-charel Land está encantado com o interventor revolucio-nario, sr. Menna Barreto. Que homem justiceiro! Que amigo! Que elegante lealda-de! O sr. general Menna Bar-reto recebeu vários telegram-mas de felicitações: dos sr. tenente dr. Sodré, dr. Ma-noel Duarte, dr. Miranda Rosa, dr. Noriva1 de Freitas. O coronel Pantaleão Pessoa foi encarregado de responder aos despachos. O bravo offi-ciai está caprichando na le tra.

¥ ¥ ¥

Eis ahi, retraçados, os ul-timos arrancos, explosões e lampejos do' vulcão subma-rino. O leitor ha de convir que a Republica nova paira num plano intellectual subli-mado. Se desta vez o Brasil não fôr comp^tamente feliz, a culpa não será do honrado governo e dos seus abnega-dos pioneiros.

J. E. DE MACEDO SOARES

BRIAND - 0 CAMPEÃO DA PAZ

Um discurso do titular do Quai d'QrsaF —

Declarações do sr. Curtius

GENEBRA, 14 (Havas) — A Associação Internacional dos Jornalistas offereceu um almoço aos membros do con-selho da Sociedade das Nações. Cedendo á geral solicita-ção, o sr. Briand expôz, mais uma vez, que permaneciairiu-defectivelmente fiel ao seu programma de amor á pàsfí 'O ministro dos Negócios Estrangeiros da trança aecrescehtou que prosegulria na sua obra de propaganda, apesar d6?rl-diculo com que se procurava cobril-o.

"Conheci — disse ainda — os horrores da guerra.e tomei commlgo mesmo o compromisso de evitar-lhe a répe-tição. Continuo a pensar que, máo grado a desordem íe o marasmo que prevalecem no momento actual, a organização da paz tem realizado grandes progressos. O problemaçída paz tem, aos poucos, saldo da atmosphera mystica emíquè a idéa evoluía para ponetrar no dominio das massas e con-stituir um deposito zelosamente guardado pela opinião pu-blica dos vários paizes. Os povos vivem com o firme pro-posito de afastar a guerra. E' mister que a própria idéa de guerra seja abolida e que desappareça semelhante cala-midade."

O sr. Briand concluiu dizendo que esperava que os chi-coenta paizes reunidos na próxima conferência do des|r- ' mamento, chegassem a entendimento para lançar collecti-vãmente o anathema contra a guerra.

O sr. Curtius, que falou em seguida, declarou quèYo' sr. Briand era chefe e guia seguro no caminho da paz. ''Es-tamos resolvidos — terminou o orador — a proseguir nos esforços de collaboração entre a França e a Allemanha, como único meio de superar as difficuldades do presente.Y

fi SiIlUlisylIltJbci tJUyèiiiy tis

FAZ-SE NECESSÁRIA UMA SOLUÇÃO ^0

GOVERNO PARA GARANTIR OS

INTERES-SES DO POVO AMEAÇADOS

A POLÍTICA

A transacção recentemente ho-mologada entre os governos bra-sileiro e norte-americano para a permuta de café por trigo, se bem que apparentemente tivesse pa-reciclo de grandes resultados pra-ticos para o nosso paiz, como pensa muita gente, poderá, entre-tanto, trazer-nos ainda sérios contratempos e aborrecimentos. A questão não deve apenas ser en-carada em bloco, pelo que ella re-presenta. Precisamos vel-a pelos seus diversos aspectos e chegar a conclusões naturaes, visando prin-cipalmente salvaguardar os inte-resses do povo, que virão a ser, fatalmente, feridos no seu âmago. Ha poucos dias ,os importadores

DA FRANÇA

0 sr. Rollin definiu-a,

brilhantemente,

discur-sando em Genebra

GENEBRA, 14 (Havas) — O sr. Rollin, ministro do Commer-cio e Industria de França, actu-almente em Genebra, como membro da delegação franceza, em discurso proferido na Cama-ra de Commercio FCama-ranceza, tCama-ra- tra-çou as grandes linhas da poli-tica econômica que o seu paiz vem seguindo.

De inicio, o sr. Rollin indicou os esforços realizados pela Fran-ça para remediar a crise eco-nomica mundial, e enumerou as disposições tomadas pera auxi-liar a Sociedade das Nações na obra em que se acha empenha-da visando o mesmo fim. "A França, affirmou o ministro, está prompta a collaborar nos grandes empreendimentos eco-nomicos internacionaes que têm em vista dar oecupação, sem demora, aos sem trabalho. Mas, é indispensável combater a cri-se nas suas causas essenciaes que residem, como o sr. Briand já teve oceasião de precisar, na producção frenética que suece-deu á guerra, e na indisciplina dessa producção econômica. As-sim, a França está disposta a promover a approximação eco-nomica entre os povos através do desenvolvimento dos accor-ds industriaes e commerciaes, mas sem que esses accórdos pos-sam acabar em monopólios pre-judiciaes aos consumidores. A delegação franceza tudo fará para traduzir em actos essas disposições," V ¦¦ ¦¦¦---¦-¦ ¦¦-:-¦¦¦¦¦¦:::•:•¦-¦:. ¦¦¦ v,.-;íív ¦:¦«:.¦: ¦¦¦-.::¦:¦¦>.

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EPIDEMIA DE

GHOLERA

Parece impossível

cir-cumscrever o mal !

LONDRES, 13 (HAVAS) - Des-pachos de Bassora, no Irak; in-formam que parece imposs.vel cir-cumscrever a epidemia d» chole-ra que se manifestou ultimamen-te na Pérsia, de que já resulta-ram quatrocentos e quinze, casos fataes.

Os nativos mostram grande pressa em serem vaccinados.

Sr. Assis Brasil, ministro da Agricultura

de farinha de trigo apresentaram ao chefe do Governo Provisório um bem fundamentado memorial, esperando que s. ex. estude a que-stão, ladeando as difficuldades com a sua larga visão de esta-dista, a cujo zelo estão entregues os altos destinos da Republica. Ficou evidenciado que a importa-ção do trigo em grão, procedente dos Estados Unidos, como conse-quencia da transacção official en-tre os dois paizes, em vez de tra-zer proveitos ao povo, trará con-seqüências dolorosas, pelo privi-legio instaurado em favor dos moinhos, em detrimento dos pe-quenos importadores de farinha de trigo. De tudo isso resultará a elevação do custo da matéria prima para o fabrico do pão e consequentemente a alta desse produeto. Será, assim, mais um collapso pari as economias do povo, já tão exhausto de suppor-tar o peso de uma crise esterto-rante e desoladora. O governo, querendo servir não só aos im-portadores como, sobretudo, ao povo, deveria permittir que do total fosse um terço de farinha.

A transacção de troca do trigo americano por café brasileiro, só trará vantagens á grande nação do norte do continente. Para o Brasil só vemos prejuízos de alta monta. Se o negocio tivesse sido realizado com qualquer outro paiz, onde o consumo do café preci-sasse ser propagado, não duvida-mos que elle nos pudesse trazer resultados apreciáveis. Os Esta-dos UniEsta-dos, porém, que são os maiores consumidores do nosso café, naturalmsnte deixarão de nos mandar ouro pelas trans-acções usuaes. Ao mesmo tempo, nos arriscamos a soffrer repri-mendas pre judiciaes dos

nossos limitrophes, cujo trigç> im-portávamos, e que são compíado-res de diversos dos nossos ;vpro-duetos.

Consideremos, ao mesmo tempo, quo essa transacção vem seivsó-mente um palliativo, como íoxy-gênio ministrado a um,- doente, que tprnaria.,__.depojs,, a .feéÈBF'èxfi, prostração, porque esse café, que agora somos forçados a trocar, perderá a opportunidade de ser vendido, em breve, com maiores vantagens para nós. Assim, a re ferida transacção virá, talvez, pre judicar tanto aos plantadores de trigo como os do café, assim como aos exportadores e importadores do trigo moido.

Segundo noticiam alguns jor-naes estrangeiros, tanto a Cama-ra Gremial dos Molineros Argen-tinos, como a dos Estados Unidos têm estado em conferências, ex-plicando as perdas a que estão expostas pela resolução tomada pelo Governo brasileiro, com o decreto de prohibição da farinha de trigo.

E' pena que se tenha tomado uma resolução de tal ordem, que se liga vivamente o cerne dos in-teresses nacionaes, sem que se haja estudado e discutido ampla-mente o assumpto, ouvindo todos aquelles que se acham ligados á industria da fabricação do pão.

O que é preciso é que o povo não seja prejudicado. O governo tem tempo, ainda, de agir nesse sentido, com o maior patriotismo, tomando uma resolução de bene-íicio geral. XKXHOLI

situação na

Áustria

Foi completamente

suffocado o

movi-mento subversivo

VIENNA, 14 (Havas) — o governo mandou affixar nas ruas um manifesto em quo annuncia o fracasso do mo-vimento subversivo e affir-ma reinar, no paiz inteiro; completa tranquillidade.

A opinião publica é una-nime no reprovar a tentati-va de um golpe de Estado nas difficeis condições eco-nomicas em que se encontra o paiz.

Os jornaes annunciam que os representantes dos bancos de Vienna conferen-ciaram, á noite, com o chan-celler federal, que os tran-quillisou, affirmando não ser necessária nenhuma me-dida especial em relação á Bolsa, que, graças ao imme-diato êxito das medidas go-vernamentaes contra o mo-vimento subversivo, abriria hoje como nos demais dias.

Junta de Sancções

Reorganisado,

definiti-vãmente, o tribunal

re-volucionario

A Junta de Sancções, ao que se dizia, hontem, já se oncontra definitivamente constituída.

Farão parte do tribunal, nessa nova phase, o ministro Oswaldo Aranha, que será o presidente, e os srs. general Borges Fortes, ai-mirante Burlamaqui e drs. Pe-dro Ernesto e Amalio da Sil-va.

Os actos respectivos, dizia-se mesmo, seriam assignados ainda hontem, pois que era pensamen-to dos novos membros da Junta

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Ministro Oswaldo Aranha, presidente da Junta realizarem, hoje, a sua primeira reunião.

Accrescentou-se que a demora verificada na recomposição do tribunal revolucionário, tinha sido motivada pelas excusas apresen-tadas pelo dr. Pedro Ernesto, que não desejaria fazer parte do ins-tituto de justiça revoluciona-ria.

Sómonte hontem, depois de lon-ga conferência com o ministro Aranha e major Juarez Tavora, o div-Pedro Ernesto resolveu acce-der aos desejos do chefe do Go-verno Provisório, aceitando o no-vo encargo.

Assignados que sejam os actos governamentaes, a Junta reali-zará a sua primeira sessão, acre-ditando-se que isso talvez se ve-riiique ainda hoje.

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s, Lavai e Briand á

llemanha

O presidente do Banco

do Brasil apresentado ao

chefe do gcverno

O sr. Almeida Prado, que hon-tem tomou posse do cargo de pre-sidente do Banco do Brasil, es-teve, á tarde, no Cattete, onde foi apresentado ao chefe do Go-verno Provisório. Fez a apresen-taçao do referido banqueiro ao sr. Getulio Vargas, o ministro da sr. José Maria Whita-Fazenda

paizes i cker.

Os commentarios do

"Germania"

BERLIM, 14 (HAVAS) — A opinião publica allemã começa a preoecupar-se com os resultados eventuaes da próxima visita a esta capital dos srs Lavai e Briand.

O "Germania" commenta que os problemas econômicos franco-allemães serão examinados sem relação alguma com as questões de natureza politica.

Deve notar-se a este propósito que os meios berlinenses, até ao presente, tudo ignoram do proje-cto de comitê econômico franco-allemão que, segundo se adeanta. será apresentado pelo governo francez.

Trata-se de uma eventualidade ainda indeterminada, cuja reali-zação quadra no dominio dos as-sumptos que serão debatidos nes-ta capines-tal, com os ministros fran-cezes.

A REYOLTA DA

ARMADA CHILENA

Vão ser julgados os seus

principaes responsáveis,

em numero de cem

SANTIAGO, 14 (HAVAS) — Está constituído o Conselho de Guerra, que vae julgar os princi-pães responsáveis pelo recente mo-vimento subversivo de parte da armada chilena.

O numero de implicados é ap-proximadamente cem.

TERRIYEL TUFÃO

UM PAIZ MARAVILHOSO

As

impressões

do escriptor Francis de

Croisset sobre o Brasil

PARIS, 14 (Havas) — O sr. Francis de Croisset trouxe, da sua viagem ao Brasil, as mais agradáveis impressões, que recolhemos da própria boca do grande escriptor, na sua pit-toresca Villa de Grasse.

"Volto encantado e admirado." Foram estas as primei-ras palavprimei-ras de Francis de Croisset ao representante da Agencia Havas. "Não é possivel encontrar um paiz onde a França o a cultura franceza sejam honradas e estimadas como no Brasil. O brasileiro exprime-se em francez com correcção e facilidade. Um escriptor francez que entende de fazer uma conferência no Rio de Janeiro ou em S. Paulo, pôde estar de antemão seguro de falar para uma casa cheia e uma assistência culta, compreensiva e enthusiasta. Todo brasileiro instruído está tão familiarisado com a nossa lite-ratura como qualquer dos nossos homens de letras. Nos-sos autores figuram em bom logar em todas as bibliothecas e o brasileiro está a par da mais recente producção lltera-ria da França. Póde-se dizer que, no Brasil, um francez se sente "chez lui".

"Fui ao Brasil — continuou Francis de Croisset — uni-camente em viagem de recreio, attraido pela fama univer-sal de belleza daquella terra, fama que, — diga-se de pas-sagem — está aquém da realidade. Não pretendia fazer conferências. Mas, como resistir a amáveis instâncias de amigos? Assim é que, por duas vezes, falei em publico sobre literatura e coisas de theatro."

Francis de Croisset accentuou a fidalguia e o carinho da hospitalidade brasileira, acerescentando que o titulo de francez, no Brasil, é um passaporta mágico que abria todas as portas.

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nlzação

0 importante decreto, hontem, assignado

O interventor do Districto Federal, sr. Adolpho Bergamini assignou, hontem, um importan-tissimo decreto. E' o decreto que dá nova organização adminis-trativa aos serviços geraes da Prefeitura.

-Mais de uma vez já tivemos opportunidade de salientar as vantagens de ordens diversas dessa nova organização.

Trata-se de um trabalho es-merado e perfeito; estudado com o máximo carinho, submet-tido diversas vezes em assembléa geral de directores, á aprecia-ção, estudo e suggestões,

Tendo recebido, na reunião '"ae sabbado p. passado, os últimos retoques, foi hontem decretada. O interventor Adolpho Bergami-ni, com o decreto de hontem, dotando a Prefeitura de nova organiaação administrativa — organização pratica e menos bu-rocratica — presta, innegavel-mente, um optimo serviço á mu-nicipalidade. / ¦¦"MWBWMWWWMWMBW—M1MIII II UM ¦JKBEBOniMUMIUlUgesHKSSSlSEESBZBaa! 3

 reportagem que

ninguém

escre-Sr. Adolpho Bergamini

fiõíiífF"

INCÊNDIO

O avião dos

jornalis-tas caiu perto de

Be-lize, destroçando - se

por completo !

NOVA YORK, 14 (HAVAS) — Telegramma de Vero-Bea-ch, na Florida, annuncia que um avião cm que viajavam, de regresso das Honduras Britannicas, tres jornalistas que haviam ido á colônia para apanhar flagrantes da catas-trophe de Belize, caiu r.as immediações daquella locali-dade, destroçando-se intei-ramente.

Todos os oecupantes do ap-parelho tiveram morte ins-tantanea no desastre

O sr. Gustavo Çapanema

em conferência com o

chefe do governo

O chefe do governo recebeu, hontem á tarde, em conferência, o sr. Gustavo Capanèma.

A palestra do secretario do In-terior de Minas Geraes com o sr. Getulio Vargas durou cerca de 40 minutos, nada tendo transpirado a respeito dos assumptos nella de-balidos. Apenas foi notado que o sr. Capanèma saiu muito satisfei-to do palácio do Cattete.

Quasi destruída a

Facul-dade de Medicina de

Sevilha

SEVILHA, 12 (Havas) — Na Faculdade de Medicina daqui manifestou-se, á noite, violento incêndio, que, não obstante o immediato e enérgico ataque dos bombeiros, devorou, em poucas horas, a maior parte das depen-dencias do estabelecimento.

Os damnos causados pelas chammas são avaliados em dois milhões de pesetas. Perderam-se no incêndio precioso mobiliário e admiráveis faianças do século XIV.

A DISPUTA DA TAÇA

547 kilometros, a 29

a hora !

LONDRES, 14 (HAVAS) - An-nuncia-se de fonte official que durante as provas de hontem em disputa da Taça "Schneider", o tenente Boothman, bateu o re-cord de velocidade em circuito fe-chado sobre 100 kilometros, com a performance de 340 milhas 08 ou seja 547 kilometros 29 á hora '

O record anterior, conquistado 331 milhas 73 á ho»a.

Dois mortos e varias

de-zenas de feridos

BUKAREST, 14 (Havas)—Um despacho de ultima hora an-nuncia que a região de Timi-soara foi varrida por terrível tufão, que arrancou tectos e ar-vores centenárias, causando con-sideravels estragos. A' ultima nora era de dois mortos e varias dezenas de feridos o numero co-nhecido das victimas.

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Jnn^eri»rQa°v,S $Ú$to* Para ministro da S MeaSeTÇF0oerStes!gUra ° E6neral #£= Disse um velho ex-deputado 'Dos iornaesi De jaquetSo já surrado

fmcíírdi(io n°s sovacos :

— "Zé" Gaudcncio, não te importes Nao e possivel que o Fortes ^

Condemne, na Junta, os fracos...

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ShíRVÍÇOS TKLMiRAPHlCOS

Diário Carioca — Terça-feira, 15 de Setembro de 1931

CORRESPONDÊNCIAS ESPECIAES

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DIÁRIO CARIOCA

Reilacçao idmini^tracSo e ulticiiíks PRAÇA riltAUENTES, Í7

Dlrector-Thescureiro

J. B. IMAttUNS OU1 iVIARAES

Chefe da redacçao VIUVOU Í3UCO ARANHA

_XP-M~iNT~ "Cndercco («legraphicos DIÁRIO

CARIOCA; I uuècçáoi 2.3018. Tejephonos; \ Administração: 2-3023 BeduccSO) 2-155U. Ofrti-inass 2-0S21. ASSIGNATURAS

l'ara o Brasil; 1 1'ara o cftcrlor; Anno . . 40W)'io Armo . . ÍOSOU'1 Seinestra. 20ji00ü I Semestre, 405UÜU

VENDA AVtjL3<A

Capital. 100 cela - Interior, 200 reli SUCCURSAKB:

Síio Paulo — Rua Barüo de Ita-P'iUninga. 52. 3" andai, - Repre-sontanto: Ariovaldo Barhow. AQffiNOlAS. VIAJANTES Ul

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LUlti.

Eâo cobradores uutorlíndos as WB Lourenço Amaral e J. T. do Car-vuüio.

CORRESPONDÊNCIA! Toda a correapondencie com va-Ioreâ ou sobre risfeumptos que en-tendam com assignaturas, remessas ao jornal, publicidade rotrlbuidu e outros de In.tereãae da administra-çâq, deve ser dirigida uo gerente do "DIÁRIO CARIOCA".

Cio nossos viajantes 0 tnspe. ctores: ob srs. O. L. Bruno Alcindo Pereira da Cruü. Rornuai-do Ferrota. Roaeinberg GòhçaJvef da Sllvtt o Sebastião Jullg Vwne.

Avisamos aos nossos auuuti-Cíantes que não receliemos pu-bliciclado por intermédio da AKLiina J. Walter Xlionipson. por considerarmos prejudicial aos interesses, nossos d do nossos clientes.

Á partir de Io de julho tica-ram sem valor os talões de as-'•iguaturas de côr AMARELLA série C. Só terão valer os talões de côr líOS.1 serie O.

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Tópicos do UiiiQ

não so esquecem, não á sacrlfl-cado á displicência dos retarda-tarios, cuja despreoccupaç&o com as horas, deve ser indicio, no caso, de despreoccupaçâo com a própria arte.

Mas, íol a norma caindo, a pouco e pouco, em desuso, graças a um excesso de tolerância, pot parte de quem devia lazel-a res-peitar.

B dahi haver-so tornado lm-preccindivel uma providencia co-mo a que a Cheíatura de Policia acaba de adoptar, no sentido de se appllcar, de facto, aos comnio-distas, o castigo merecido — ia-gerem penitencia nos corredores, emquanto os não commodistas áo-sam serenamente o truta da des-pesa realizada... •defqkma.se, QU fíAQ, * O ENSINO? Já so percebam prenunclos de aue, afastado o sewior Francisco Campos do Ministério da Educa-ção, a obra por elle tão erudita mas tfco affoitamente executada Irá, parcial senão totalmente, alx-ixo.

Prova de uma extrema versati-lidado do nosso povo?

Talvea, mas unicamente até cer-to poncer-to.

A lei de que se trata, repetimos, foi elaborada com uma preeipl-tação quo náo podia deixar de transmittír-lhe a eiva da prçcarie.-dade.

Não são poucos, entretanto, os pontos ern que ella attende, da melhor maneira, aos mais inequi-vocos interesses da formação cul-turM da nossa gente.

Mas, ao lado desses outro? exís-tem, onde o rigorismo de alguns pontos de vista e o ra-dicalismo de determinadas theorlas concorre-ram para a fixação de normas cuja inexequibilidada é manifes-ta.

Ora, é bem de recear que, na eliminação dos defeitos da refe-rida lei, com ollas se confundam algumas das suas melhores quali-dades, tão grande é sempre a dlfíl-culdade de se distinguir entre o joio e trigo.

Pcrder-se-á, pois, provavelmente, na hypothese de uma reforma da lefórma algo do que de invejável-mente optimo, a intolUgencia a os enthusíasmos patrióticos do senhor Fíancisco Campos tinham reali-zado no dominio da regulamenta-não tío ensino secundário e sups-ilor — baso precipua da consti-tuiçáo das elites..

PRECIOSA DESl<

BERTA

Uma versão da Bíblia

mais antiga que a

Vulgata

BERLIM. 14 (Havas) -~ Aca-ba de ser descoberto na Biblio-theca do Estado precioso ma-nuscripto de um fragmento 11-lustrado da mais antiga versão latina da Bíblia, datando do se-culo III e muito menos conhe-cida que a Vulgata. O íragmeu-to agora descoberíragmeu-to é copiado de uma das versões latinas co-nhecidas pelo nome de Itálicas e, segundo os entendidos, vem tvasjer valiosa contribuição para enriquecimento do texto bíblico,

E M0N0CÜL0

MM CAILLET

Um cruzador inglez |||

na Guanabara

Dr. Gilberto Goulart cie

Barros

t WHtumm*» ¦¦¦¦».1 mmmmm**m*m<mmmtwmmnia'*)

PARADOXOS BA MOBA& *

PUBLICA

Subordinadas ao titulo supra, reeebeir.os de alguém que irônica-mente se assignou "u.m débil mental", as seguintes linhas:

"Em face de certas Incoçren-cias da moralidade collectiva, fico duvidando cia, minha intelligencia, e muito Inclinado & suspeita dolo-rosa de sei- um débil mental, pura e simplesmente.

E', por 6X3.11 pio, com requintes de- severidade, qus decide sempre a nossa censura theatral.

Nada, consequentemente, de es-tranbavel que, a representação de "La

prlsonnlére", annos atrás, no Municipal, despertasse alarmes dos incumbidos daquelle serviço, visto como essa comedia de Bouv-det constitua um estudo de aííi-nidades saphicas.

Não ha. contestar que o autor francez conseguiu levar a termo felis seu ob jectivo de focalizar essa espécie de aberração dos sen-tidos, tirando-lbô tudo quanto pudesse meündrar as pessoas de sensibilidade e pudor mais á flor da pelle.

Estremeceram, todavia, os cen-sores cariocas, quando pela pri-ihelrà vez se representou aqui a allüdida obra, e andaram a exigir que sobre os "abat-jour" da Bour-det outros'fossem tecidos pelos In-terpretes, para maior resguardo da pudicicla brasileira.

Eis, porém, que surge agora, en-tre nós, criado pela própria vide, — essa eterna e suprema íórja de themás dramáticos e cômicos --, o caso de uma "prisionniére," au-thentica, real, tangivel. E des-envolve-se-Ihe em torno a mais chocanl:e, a mais escandalísante das publicicladcs, que coscovllha episódios escabrosos e valoriza mi-nucias indecentes.

Com franqueza: é diante de con-trastes assim que eu, por não lhes perceber a possivel unidade secre-ta, me encho de desconfiança de sêr mentalmente débil."

O TEMPO

Previsões para o periodo de 11 ho-ras tíe hontem, ás 18 hoho-ras de hoji Districto Federa! 8 Nictheroy — Tempo: ameaçador com chuvas. Temperatura : ainda em declinio. Ventcs: do quadrante sul, com rajadas frescas.

Estado do Rio tíe Janeiro •—-Tempo : Ameaçador com chuvas, salvo a leste, onde de instável passará a ameaçador com chu-vas. Temperatura: ainda em de-cllnlo.

SERVIÇO ESPECIAL PARA O ra A JECTO RODOVIÁRIO RIO

S. PAULO

Previsões para o periodo das 1^ horas de houtam. ás 18 horas úi

hoje

Tempo : ameaçador com chuvas. Temperatura : ainda em declínio. Ventos : do quadrante sul, com ra-jadas frescas.

ACTOS & FACTOS

Despacharam, hontem, com o olie-fe do* C4overno Provisório os minis-tros Oswaldo Aranha, da Justiça, e Beüsario Penna, Interinamente da Educação.

'

Em audiência o sr. Getu.to Vargas recebeu os srs. Da Costa e Silva, de-legado- fiscal em S. Paulo; Mario Eía-mos e Lula Sampaio, juiz íCdsra! no Rio Grande do Sul.

O almlravite Jeronyrnd de Lama-re, esteve em palácio afim do agrecle-cer ao chefe do governo ns visitas mandadas fazer ao seu filho, com-mandante Vlrgiuus de Lamare, vi-ctirnado no accidente recentemente oceorrido na Base de Aviação Naval e que s^ acha em tratamento na Casa de Saúde Pedro Ernesto,

O dr. Afranio de Mello ITanco, ministro das Relações Exteriores, deu, hontem, a audiência diplomatl-ca aos embaixadores, ú. qual" compa-receram: monsenhor Aloisi Masella. Núncio Apostólico; dr. NJcolas No-voa Valdes, Embaixador do Chile; Cav. Vlttorlo Cerruti, Embaixador da Itália; dr. Antônio Mora 5' Arau-jo, embaixador da Argentina; dr. Aífonso Reyes. embaixador do Me-xico e sr. Femand Feltzer, emba!-x&dor da Bulgica-,

Dr. Gilberto Goulart de Barros Tio dia V do fluente verificou-se, no theatro João Caetano, a coilação de grão dos novos ba-charels em direito da Univer-sidade desta capital. A solenni-dada foi das mais brilhantes.

Entre as duas centenas que completaram o curso figura o dr. Gilberto Goulart de Barros, um dos valores indiscutíveis da nova geração.

A sua passagem pelos bancos acadêmicos ficou marcada de íórma indelével pelo idealismo sadio e vigoroso que sempre o empolgou. Nenhum dos seus col-legas dirá o contrario. Com um curso pontilhado de merecidas distineções, elle se impoa pelo seu próprio valor o pela aguds-za de sua primorosa Intelligen-cia sempre votada ao bem dos que. o cercam. O seu mérito é reconhecido por todos.

O joven bacharel, que é filho do dr. Barros Júnior, Io delega-do auxiliai-, e natural desta ca-pitai, foi um leader incontesta-vel da classe estúclantina, cujos direitos e prerogativas defendeu com ardor e sinceridade, em muitas oceasiões, por isso mes-mo desfruta em seu seio de grandes aííeições.

Cultura solida e polimorpha, coração bondoso e accèsslvel, de uma modéstia admirável, já bem experimentado na carreira que abraçou, por vocação inriatá, certo um futuro cheio de victo-rias o aguarda, numa justa compensação de suas bellas qua-lidades e de seu formoso ta-lento,

QFFENSIVA CONTRA OS ¦ RETARDATARIOS

Certo dos espíritos pinaculares que a nossa raça já produziu, dei-xou um dos maiores attestados de sua tranquilla é desabusatía hlà-rividencia na affirmaç-ão de fal-tar ao Brasil uma lei positiva-mente indispensável — aquella ciue venha ordenar a execução de

todas as outras.

O phenomeno é demasiado pa-tente para que exija reunião tíe provas a quem se lhe refira.

Está mesmo ahi um dos prin-cipaes iactores da lentidão com que a vários respeitos avança-mos.

Além de não possuirmos um «;-traordinario espirito de iniciati-va, além de nos atrazarmos, de muitos decennios e até de secu-los, na elaboração de diversas leis, suecede, com freqüência, que as victorias, emfim alcançadas pe-Ia possa actividade legisfèrante dentro em pouco, se anuuílem, dada a inobservância dos precei-tos em causa

Um exemplo colhido a es-mo.

O regulamento dos nossos thea-tros, ao fim de reclamações insis-tentes dos interessados, enrique-ceu-se de ura sábio dispositivo, segundo o qual. uma vez inicia-do um acto de espectaculo ou uma parte de qualquer outra íórma de festa artística, fica defeso o acces^o á platéa, aos balcões, ás galerias. ,

-Nada mala equitatlvo. visto co-mo assim o prazer das pessoas

or-denaüas. que usam relógio e delle 'iiueile Estado.

O dr. Afranio de Mello 1'Tanco, mt-nistro das Relações Exteriores, íez-se repreíez-sentar 110 embarque dos srs. dr. Theodoras Daukantas, encarre-gado do negócios da Lithuania e Stanley Gordon Irving, conselheiro commereial britannlco, que sugul-ram, domingo, para Bueno3 Aires, pelo dr. J. R. de Macedo £.'oares, lu-troáuctor diplomático.

O dr. Afranio do Mello Eranco, ministro das Relações Exteriores, fez-se representar, hontem, no em-barque do conselheiro Lafayette au Carvalho e Silva, pelo dr. Teixeira Soares, official do seu gabinete,'

Amanha, ia do corrente, data' na-cional do México, o sr, Alfons.o Reyes, embaixador desse paia,' nfto dará a costumada recepção ua em-baixada.

Por portaria de 14 do corrente foi de_.)gnado, o segundo secretario de Legação Carlos Maxhntano de f'l-guelredo paru dirigir, provisória-mente, a Contabilidade.

Por ter do partir para assumir o seu posto em Buenos Aires, despe-diu-se. hontem, tío sr. Aírnnla de Mello Franco ministro das Relações Exteriores, o conselheiro cie Embai-xada dr. Lafayette ds Carvalho e ©Uva.

Tomou posse, hontem, pela ma-nh5, do cargo de presidente do Ban-co do Brasil, o dr. Almeida Prado.

O director geral do Thesouro Na-cicnn.I, enviou ao director do Patrl-monto Nacional, o processo encaml-nhado pela delegacia fiical na Pa-rahyba áa Norte, refàrent-e ?ò afora-mento do um terreno de marinha pretendido por Frodçrlco João Lun-dgren e outros,

O ministro da 's-azenda. approvou o acto do delgado fiscal em Mina* Geraes, pelo qual íol anexada & cõl-lectoria de rendas federaes de Rto Paranahyba á de São Gothardo

na-Medicamento consagrado, no tratamento das nioSes-tsas do utero, metrité e en-dometrlte, eólicas e difficul-dades de regras, corrimentos, ventre voíumoso e dolorido

Vende-se nas pharmacias e drogarias. Depósitos í ruas S. Pedro, 38, e S. José, 73.

PEQUENAS

NOTI-CIAS DO EXTERIOR

Por Harold Paltro Didi... A gente diz Didi e pen-sa, insensivelmente, num sorriso amável, num olhar que è uni dia do primavera com pássaros a can-tar entre flores, nuns cabellos on-dulados como numa visão de de uni quadro de Caputo, em mãos harmoniosas, em mãos cujos gesto? são canções sem palavras, a gente pensa nella," nesse poema feminino que só pode mesmo ser Didi Caillet. Quaride a vi, pela primeira, vez, em 1929, na época cm que o Rio, apaixonado como um poeta nos primeiros dias de illusáo, só ponsa-va em "Misses". Didi, quo era, sem favor, uma das que mais mi-madas foram pela sympathia de todos, nem por isso se mostrava vaidosa,

Eu gosto muito de moça bonita: é o meu fort-e... (As más linguas dirão — o meu fraco...)

Gosto muito de moça bonita, sim. mas sou muito difícil de me cou-tentar plenamente,..

Qiando não ha espirito, lá se vai a belleza por água ahalxo...

J?'ol o que não se deu com Didi. Didi é como os frascos preciosa-de Eallque, que só contam essen-cias raras,

Quando eu a vi, quando ella me surgiu em sedas caras, com aquel-le, "savolr ètre", que é um dom das grandes damas e dos homens re-finados de sociedade, contemplar.-do a desafectada cadência dos seus gestos, senti toda a maravilho-sa verdade daquelles versos, do meu querido Charles Baudçlaire, poy-que elles também:

"Jettent dans l'esprit des poetes 1,'lmage d'un ballet de fleurs."

Os gestos de Didi dão mesmo a impressão de um bailado de flores: Ella não é só a belleaa e a gra-ça: é a intelligencia e o gosto. Despresa a vulgaridade dat coisas e tem sempre a alma volta-da, como um girasol, para o sol da belleza cm todas as suas mo-dalidades e, principalmente, por certo, diante do seu espelho de crystal...

As silhuetas mais nobres da Aus-iria Imperial não passariam entre :>s seus admiradores com mais gra ça do que Didi com os seus vesti-dos vinvesti-dos directamente da rua de La Paix.

Não é que por serem caros esses vestidos possam tornar elegante quem não possue a arte de saber escolher o que lhe fica bem.

Paul Góraldl, com muita ílnura. aliás, já sentiu Isso:

"Tu ne serais pas une femme-si tu ne savais pas femme-si bien

te fairo et to reiaire une ame, une ame ne.uve avec un rien, A. ce jeu ta science est telle.., que, chaque fois que. jc te veis, tu íaiti semblant d'être nouvalle, st j'y suis pris toutes les fois."

Didi é assim.

Uma fadazinha miraculosa. Mas si o seu corpo, porta-joia de sua alma, se apresenta sempre diante dos nossos olhos pelo ultimo figu-rino, o seu espirite.; pelo que ella diz e fixa em paginas haxoniosas e cheias de vida, tem sempre a palpltação do seu tempo e o "íris-son" da belleza subtil e doce da lua,

da côr, do perfume, do som... Seu livro será a prova da estyll-zação de sua intelligencia e o ulti-mo retoque na indumentária do seu uome.

Cemo "diseuse", além do natu-ral pendor que ella possue, para essa difíiciiima manifestação de arte, Didi é uma affmação en-contadora e definitiva.

Quando ella diz, é porque sentiu, antes da tudo, pois possue a vlrtu-de da sinceridavlrtu-de, sem a qual um artista, seja qual íôr, não podeíriumphar. A musa da Terra das araucarlaa fidalgas é hoje, entre nós, na reli-gião da Berta iMngerman, uma sa-cerdotiza de, vanguarda,

E' que além da voz privilegiada que possue, Didi, como Casemlro Delavigne, sabe bem que a "arte pela arte" é a suprema conquista. Num salão, quando ella diz. a verdade destes versos (deixem-me ainda citar Baudelairc) surge

in-contestável 1

"Sou haleine fait Ia musique,' comme sa voix fait le parfum!" Sim, porque, pelo ar, quando ella fala, ha musica e perfume... Dizem as lendas árabes que a maçã dè Samarcanda possuía o dom ds dar saúde e alegria a quem apenas respirasse o seu aroma... Didi é CO.1-.0 um milagre em que se humanisa essa lenda.

Junto delia só se pensa na bel-leza e na vida, porque ella é a vida e a belleza.

Didi é uma manhã de sol, uma manha de sol, diante da qual a palavra tristeza é uma invenção mythologica...

Didi é um guiso de ouro, um guiso de ouro, cujo som é como o aroma da maçã de Samarcanda!

remicçao do mm

(Serviço da Agencia Havas o Cor-l-esponclottcla Especial)

Falleceu, em Flatow, victlmado por um ataque da apoplexia, o príncipe Frederico Leopoldo da Prússia, primo do es-kaiser üui-lhernie II.

O submarino "Nautllus", que ora regressa de sua expedição ás regiões areticas, rumou pura o porto de Bergen, de onãc nrose-guirá na viagem para es EÕtádos Unidos. '

Registraram-se, na ilha de Eube, violentos abalos sísmicos.

Foram aprisionados na Índia, dois mil rebeldes birmanos.

A corrida em disputa do "Grande Prêmio

Cychstieo . de Marselha" foi ganha pelo cam-peão belga Scherens.

O aviador francez Desibour. que so collocou, espentaneamen-te, á disposição dos cónstructo-res do "Traço-de-U-nião-2" para soecorrer o seu collega Porei, par-tiu de Le Bourget com destino á Rússia.

-— Já sé registraram, na Pérsia, quatrocentos e quhue casos futaes de cholerti.

O almirante Byrd annun-ciou que pretende dirigir nova expedição ao Polo Sul.

~ Foi completanitMite suffoca-,

do, sem haver effusáó. de sangue, dicato Nacional de Industria e o movimento subversivo irrompi-1 Co.T.mercio S. A.-— (a) F. Bul-do na Áustria. ¦ cão, presidente,; Eugênio Lefreve, Em Pi..--'-., ha üaüo.. inJJe-; Antônio Augusto Barros Penteado, iceu o cardeal t\ah.;,.vj'ò H.*_rc.ne- Ato nio do Amaral, J, B.

Montei-üí- ro Lobato, directores.

O "Daimtless" esta em

visita aos paizes

i\xl-americanos

Procedente de Recife chegou, hontem, ao Rio de Janeiro, seu ultimo porto de pouzo, o Cruza-dor ligeiro "Dauntless", da Ma-rinha Inglez», quo empreendeu uma viagem aos palzes sul-ameri-canos.

Saindo desta capital elle toca-rã na Argentina, dobrando, do-Pois, o cabo Horn, de oneje sin-grará para o norte, visitando va-rios portos sul-aniericapos do Pacifico.

Essa vaso de guerra pertence a 'évie "D", de cruzadores de emer-vencia, inundados construir de 1910 a 1913, para reforço da es-luadra britannica, em race da guerra copi as potências centraes. A sua construcção, começou em janeiro ds 1917 o só foi terminada ?m agosto de 1918.

Por ahi se vê que essa barco da Armada inglesa saiu dos es-talelros da Palmar Sling Bril-di.ng Ccmpany Limitada, para as 'íguas

mansas e qv» tas do ar-mjstJcio. Construído para a gran-do guerra, ello nâo chegou a ser aproveitado, como anna de des-truição, naquelle periodo que fia-lellou a humanidade,

Como demonstração do heroisr mo bretão foi transferido pava o -eu salão de honra o escudo em bronze do velho barco seu ho-monymo, cheio do glorias no pas--ado

marítimo da Inglaterra. Uma figura máscula de nmnu 'o

em relevo surge ao centro 'ssse escudo evocatlvo.

O "Dauntless" desloca 4.650 ''.meladas

e dispõe do seguinte •vnva mento: seis canhões de .1 l|2" 2 de 3" destinados ao tiro apido ante-aereo, além do 13 tu-103 lança-torpedos de 31", em uatro montagens tríplices. As nas machlnas movidas a óleo, lesénvolyèm uma força de 40.000 •avallos. Commanda-o o bravo oficial britannlco sr. Vivlan. O :aso de guerra inglez permane-^erá no nosso porto até o dia 20 ¦Io corrente, quando levantará rerro para a Argentina. Será "ranque^da

a visita publica ao "Dauntless" no sabbado( 19 o domingo, 20, das 4 ás 6 horas da tarde.

Constituiu-se uma commissão de membros da colônia ingleza no Rio, sob a presidência do cônsul geral da Inglaterra, que fará á brilhante oíflcialidade e demais tripulantes do navio, ás honras militares da recepção.

Ao transpor a barra o "Daun-tless" trocou com as fortalezas e vasos de auerra. nacionaes as saí-vas de ectylo.

Dirigindo-se ao íundeador da esquadra, o navio inglez fez uma nequena parada, seguindo depois para o cáss da praça Mauá, onde atracou.

A QFFICIAUDADE E' a seguinte a üfficialiclade do "Dauntless''.: commandante, J. G. P. Vivlan; immsdiato, o Hor. J, B. Bruce; commandante de ar-tilhavía, G. J. Plket; officiaes' H. C. Sklnner, R. D. P. Hut-chinsbn, N. L. Bond, A. B. R. Saneis, I. G. Doberlson, A. B. Alison B. W, Greathed, T. J. Tiuner, A. P. Gumm, J. C. N. Taylor, G. W. Woodhouse, J. R. Sale, J. E. Lan^don, R. E. Hard-man Jones. Scrivens, Stanley. Ostler, Doy. Cummins e Lush.,

Vêm no "Dauntless" os seguin-tes gu-ardas-marinhas: Manton, Prowse, Crolhers, Hodgklnson e Vlncent-Jones,

OS CUMPRIMENTOS DO MI-NISTRO DA MARINHA Apenas o "Dauntless" havia fundeado, esteve a bordo o com-mandante Amorim do Valle, do gabinete do ministro dá Mari-nha, que ali foi apresentar os cumprimentos daquelle titular ao commandante Vivian, do vaso de guerra inglez.

o osie \m poete ser cm

J|W

erado impro

0 DIÁ DA FRANÇA

Será, hoje. o dia da França or ganizado em beneficio do Exter nato São José, pela commissão de senhoras pertencentes á colo-nia franceza do Rio, a missão nu-litar e presidida pçla viscondes-sa de Chaffault, senhora do IJn-carregado dos Negócios da França, na "Feira de Amostras", uo Sa-lão do Palácio das Festas, ás 16 horas e constará de um chá-dansante das 16 ás 18 horas, du-rante o qual haverá diversos nu-meros de violino, dansas e cantos, pela senhorinha Hilda Maria Sa-raiva, sr Souza Lima, barytono Corbiuiano Vlllaça e mlle. Clara Korte e um jantar*

Esta compreendido desde a abertura até o fechamento das portas do stand, a venda, por preços módicos, de grande nume-ro de objectos, entre os quaes lin-das bonecas vestilin-das com costu-mes regionaes írancezes, artigos de modas, etc.

COROADA DE EXITO A PRI-MEIRA EXPERIÊNCIA EM

S. PAULO

Pelo chefe do governo foi recebi-do o seguinte telegramma:

S, PAULO, 12 — Presidente Ge-tullo Vargas. Pal2«io do Cattete — Rio.

Te.r.os o grande prazer de com-municar a v. ex. que acabamos de fazer em presença"de nossos di-rectores, a primeira prova após o aoabameuto do forno experimenta!

de reducção do ferro, pelo proces- iria Fazenda no officio u. 44, de 8 -o Smith, com completo suecesso. | do corrente, do oresidente da com

O despacho da gazolina

destinada a motores de

apparelhos de aviação

O director da Receita enviou, hoje, a seguinte circular, aos ins-pectores das Alfândegas e adml-nistradores das Mesas de Ren-dos:"De

áccordò com o despacho -marido

pelo exmo. sr. ministro dá Fazenda no officio u

Dçntro alguns dias teremos a hon ra de pedir a v. ex. fixar a data da inauguração da experiência of-Êicial, ahi.

Respeitosas homenagens do

Syn-missão de estudos sobre álcool-xotar, declaro que o despacho da gazolina destinada a ser emprega-:!a em motores de apparelhos de aviação, não obriga aos respectl-vos importadores a provi de acquisição da quota de álcool, èxi-Sida no artigo 1° do decreto n. 20.169, dé 1 ds; julho ultimo, uma vez provado qua o alludido com-bufâvel corresponda aquelle fim".

Tertullano Antônio da Fonseca Lessa, engenheiro residente, íez a sua carreira pelo seu próprio

es-torço,

.

— Filho póstumo, sem prote-otores, multo moço. cursou de 1892 a 1903, o Collegio Militar _a a Esco-.'." ^Preparatória e de. Taetica etc Realengo, tendo baixa do serviço do Exercito em 1904, por conclusão de seu tempo de serviço militar; estudou engenharia civil na Esco-Ia Polythcchnica da Bahia, seu es-tudo natal, formando-se em 1907. Collocou-se ua Commissão de Estudos e Construcções do Estra-diiíj de Fervo, trabalhando na Es-trucla de Ferro de Timbõ a Própria, até janeiro de 1909, época em que tol extineta essa Commissão.

Ingressou no serviço dft Estrada de Ferro Central do Brasil, em maio de 1909, esforçando-se sem-pre para o engrandoclmento dessa Estrada-, sem medir sacrifícios, como se verifica pelo que adiante fica exposto.

Quando Engenheiro Residente, da lia. Residência, com sede na es-tação de Lassance, não existindo n?quella localidade escola prima-ria para os filhos dos seus subor-dinados. a força de sacrificlos e contrariedad.es de teda espécie, conseguiu criar uma escola que inaugurou-se com a freqüência do 120 alumnos.

Em 1912, iniciou ua Central, a construcção cie, casas para turma?; de conserva da linha, em grupos de 5 pequenas casas, melhorando assim, não só as condições hygíenl-cas como as de moraliaiçáo dos trabalhr.dores.

Em 1914. tendo opportimidade de fiscalizar a' arrecadação da renda proveniente de passagens sentiu logo os primeiros effeitos dessa ir.edlcte, bastando salientar que em Julho, mez que esmerou-se mais na fiscalização, isto ê, fazen-do-a com mais assiduidade, notou que a renda havia sido augmenta-da de quasi cento por cento, au-ementando também a renda de bagagens e enconnreudas. sem ter causado nenhum, prejuízo cara qualquer funecionario. A sua"fis-salizaçáo era feita com lealdade, ponderadamente, não admittindo, no serviço, fiscalização secreta, deprimente para o fiscal e pava o fiscalizado.

Em 1910, organizou, os "sche-mas" dos pateos das estações, e.ssi-gnalando todos os elementos de que dispõem 03 mesmos, trabalho este de grande utilidade á fi.scs.li-zaçiío, não só para a divisão do trafego con-o especialmente, para a secção do Movimento.

Tem e.m esboço um manual do mestre de linha, que tem em mira nubliòar na primeira opoortuní-dade e que é destinado á instru-ação de seus subordinados.

Assim que assumia a direcção da Rasidahçira quando engenheiro Ri-sidente das Residências com sedes em Lassance, Itabi-ilo, Ouro Pre-to, Valença, Professor Miguel Pereira, kilometro 4. São Francis-co Xavier, Realengo e Palmyra, a sua primeira prececuoação, era a de inspecoíonar a linha, andando a pé todo o trecho das Residências, embora tendo á sua disposição, auto de linha e locomotiva de las-tro, exraiinando a linha e as obras d'arte, tomando apontamentos das irregularidades, faltas a reparar, etc..

Assim ê que, na Ha. Residência, rea o trr.jecüo de Contria a Pira-pór-a; na 1* . da Linha Auxiliar, percorreu do Alfredo Maia a Ser-tão; na do Ramal de Ouro Preto foi de Lobo Leite a Honorio Bicalho e de Burnier a Ma-rianna; na 4a. Auxiliar cami-nhou de Juparaná a Santa Rita de Jacutinga, e de Va-lença a Affonso Árinos. Na Rosí-dencia. do Ramal de Santa Cruz, foi de Deodoro a Mangaratiba, da Santa Cruz a Austin e de Austln a Carlos Sampaio. Na 5r-, Residen-cia do Centro, percorreu de Dias Tavares a Mantiqueira et de Palmy-ra a Mercês.

Nestas inspecções, andava cerca de 10 kilometros diariamente.

Em todas essas Residências rea-lizou melhoramentos que propor-cionarc.m conforto e commcdida-des, não só aos funecionarios da Estrada, mas. ao publico, do que podem dar testemunho os chefes das estações e á população das lo-cahdades ern que serviu.

Trabalhou n?_ Secção Thechníca da 5\ Divisão, e, na 4a. Inspectoria da 3". Divisão.

Quanto aos accldentes de trens a sua operosidade revelou-se noseguinte:

Ha muitos annos que se vem preoecupando em reduzir o nume-ro da desastres, sobretudo os fre-quentes encontros e descarrilla-mentos de trens nos pateós das estações.

Tendo funecionado, desde que ê engenheiro Residente da Estrada em inquéritos sobre accldentes, sendo sempre o relator dos mes-mos, essa clrcumstancia desper-tou-lhe a idéa da confecção de apparelhos destinados a diminuir o numero de accidentes o mais possível.

Aconteceu que em- 19m0 fe opportunidade de

proceder ao exame de 62 guarda-chavaí afim rlV^Í1^1' a causa dos isquei-tes accidenisquei-tes em chaves.

Ainda mais num apanhedo que fez, desses accidentes, no periodo de- agosto de 1921 a abril iJSSg (2 annos e 3 mezes), em qúP com pulsou aa oceurrencias dos arai dentes havidos ãáwèrie^SwkSÍ constatou que em 120 acc?de °es 94 eram devidos a. èsqüéèiS| uo serviço, por parte dos emnre gados, sendo a maioria (slf Pdo" accidentes. devidos a pratica ri°" feituosa de. taramella? as ^í; avultando por iséò a<i ™mf^- ' iesses modestos emprt-ado? S?? SUM-das-chaves), em 4&iaf -J™

5e acham directá-mènte if vlffl?

as huveres de centenas de pessoas. Quando engenheiro Residente, do Ramal do Ouro Preto, teve ensejo de constatar vários accideu-tes decorridos em sua presença, o quo levou-o a inventor 4 appare-lhos, na apparencia modesto.,, mas da provada utilidade pratica;"Taramella automática FL." " AsslgnaLrdor FL", "Mostrador de segurança FL" e "Calço detentor FL"..

Inventando esses apparelhos, foi também de encontro ao cum-prlmento do art. 143, das Instru-cçôes das estações, que determina, em synthese. o seguinte:

— O agente tem que ir á chave para ver de perto, se u guarda, chaves, "fez a chave" para o trem entrar e se a taramellou con-veniontemente. — são vários os Inconvenientes qu» esse dispositi\o acarreta aos demais serviços ai-fectos aos agentes.

Pois bem. A "Taramella auto-matica FL" e o "Asslgnalador FV\ pcnr.ittem ao agente verifi-car á distancia conveniente, e etn muitas das estações, mesmo clc dentro da Agencia, a posição em quo se aoham as agulhas, e saber que a chave está, de facto, tara-mellada.

Não pode, portanto, haver en-gano ou esquecimento do guarda-chaves.

O "Mostrador de segurança FL" dã conhecimento ao agente, de"-tro da Agencia, se o signal fixq está aberto ou fechado; e, utnn vez travado, impede quo o guarda'-chaves ou qualquer pessoa, ir.odi-fique a sua posição.

O "Calço detentor FL", além dt-evitar, com segurança, n fügá dor. wagões das estações, que têm des-vios cm declives, pode servir como tíct-encarrllladeiva", em casos dr premente necessidade; permiti a também aos machinlstas. com ab-soluta confiança, fraccionar um irem em plena via, quando por falta accidsntal de força da me Muna para vencer uma rampa ou por quaiquer outra causa impre-Além da opinião valiosa daquel-SÍÍ3 f:" refP°nsabilldades nos tetviços das estações <os agentes) obteve o engenheiro Fonseca Lesm ~?3TJ iumi»°so do uma

com-£,f ^leilsenhelros ™

Proce-WIL1! exa,me das Installações &0ínJent?5 lenua. Essa commissão ooinoufeitas como e«pew pelo emprego dessas installações WÊ$* parecer ta»PortantB foi o do saudoso engenheiro João d° ZffWlH Ara«J°. designado pdõ Olub de Engenharia. P ° pí^^fU"5 trechw d0 ^ferido «,-,"A*Tííram,eIla automática fl

<pui a^K'dor FL- mmA

"Fn«ntefv?Ílf:er Partes '4omPlq rwntaies de uma mesma árj_?r«

mm .slmpHfieadorweSS-ÍS:

SS^a mm*, e movin-entos

"dentef$$& ° IU!Uiero de a°ci-¦•'tScor "Ü -°m reIc'íã0 ao Mos-'Mnrii Ie SeSWança. P'L, parece aciedito que esses apparelhos!

continua na S> paçlna),

|| R £ |J|| „

Os que visitam a salão official estranham a falta no "sub-ialão" Poriinari, de um retraio do poeta. Olegario Marianno.

¦ E essa estranheza, cm marte, se ¦justifica. Porque, desde çue se teu Pintor, o pintor Cândido Porti-nan nao tem feito outra coisa se-não retratos do Olegario. De todo o tamanho. De todo o feitio.

Dahi o assombro de todo o mundo quando não vê, por entre aqueiles helios retratos, tocados, aqui e ali, de uma araaem er.e-mente futurista, o retrato do Ole-gario fardado de acadêmico.

O facto. porém, é que o vceta viqoroso de "Destinos" "posou" mra o pintor Cândido Poriinnri. urna "pose'\ assim, bonita, mes-mo!

.¦ Terminadas as duas horas de pose", o poeta leiantnu-se. Foi ver o quadro. Espiou.

Deu dois passos á retaguarda. Po?. os óculos. Nada..

Intrigado, chamou b pintor; O* Portinari, que e de mens olhos?

Que olhos?

Os meus. ora essa 1 Ah! Nâo tevil Não tenho?

-— JVâo tem, não faço! Os re-tratos modernistas nâo tèm olhos! —¦ Não senhor, seu Portinari. Commigo nâo tem nada disso, nao! Ponha meus olhos 'ihi! logo os olhos, a coisa mais bonita qus eu tenho!

O Portinari. é claro, não voz os olhos. Mas, também, o ;ooela Ole-gario não viu a sua "effiçie" ele-gante e moça naquelle "sub-sa-lao" official..,

TERRA DE SENNA.

mli

% Saíra

CLINICA UROLOGICA

Membro da Sociedade de ürolo-Çij. da AUeinanha, es-assistente «os professoras Lichtemberg, MíWlD Joseph, de Berlim, e H-is-Jinser. de Vienna. Esprcialis a em doenças dos Rins. Bexiga. Pro «a-ta. Urethra. Vias Urinarias. Docn-ças dé Senhoras. Wirções frequen-[Js e dolorosas. Diathpriiiia. I''tr:i Violeta. Cons. 7 de Setembro. 43

I°_7uías 13 às 16 üoías' rlí°-uc :

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Referências

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