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TELECONFERÊNCIA NACIONAL DO ITAÚ UNIBANCO HOLDING S.A. Resultados do Terceiro Trimestre de de novembro de 2010

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TELECONFERÊNCIA NACIONAL DO

ITAÚ UNIBANCO HOLDING S.A.

Resultados do Terceiro Trimestre de 2010

4 de novembro de 2010

Operadora: Bom dia. Obrigada por aguardarem. Esta é a teleconferência do Itaú

Unibanco Holding S.A.. Todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes e mais tarde será aberta a sessão de perguntas e respostas, quando serão dadas as instruções para os senhores participarem. Caso necessitem de assistência durante a teleconferência, teclem “asterisco zero”. Cabe lembrar que esta teleconferência está sendo gravada.

Agora, gostaria de passar a palavra à senhora Francisca Stella Fagá, da FIRB Financial Investor Relations Brasil. Por favor, pode prosseguir.

Francisca Stella Fagá: Bom dia. Bem-vindos à teleconferência do Itaú Unibanco

Holding S.A. em que serão discutidos os resultados do terceiro trimestre de 2010. Esta teleconferência é acompanhada de slides e está sendo transmitida

simultaneamente pelo site de relações com investidores

www.itau-unibanco.com.br/ri.

Antes de prosseguir, esclareço que eventuais declarações feitas durante esta teleconferência sobre as perspectivas dos negócios, projeções e metas operacionais e financeiras são meras previsões, baseadas nas expectativas da administração em relação ao futuro do Banco. Estas expectativas são altamente dependentes das condições do mercado, do desempenho econômico geral do país, do setor e dos mercados internacionais. Portanto, estão sujeitas a mudanças.

Conosco hoje em São Paulo estão os senhores Alfredo Egydio Setubal, Diretor de Relações com Investidores; Sérgio Ribeiro da Costa Werlang, Vice-Presidente Executivo de Controles de Riscos e Financeiro; Caio Ibrahim David, Chief Financial Officer; Rogério Calderón, Diretor de Controladoria Corporativa e Relações com Investidores; Marco Antunes, Diretor de Contabilidade; Rodolfo Henrique Fischer, Vice-Presidente – Itaú BBA.

Inicialmente o sr. Alfredo apresentará os resultados do terceiro trimestre de 2010. Depois os executivos responderão às questões formuladas por telefone ou e-mail. Agora eu passo a palavra ao sr. Alfredo Setubal.

Sr. Alfredo Setubal: Bom dia a todos. É com satisfação que estamos aqui hoje para

falarmos dos resultados do terceiro trimestre do Itaú Unibanco Holding. Para aqueles que estão seguindo pela Internet e pelas telas, começamos aqui na tela número 2, com os principais destaques deste terceiro trimestre.

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Gostaria de começar falando da finalização do processo de migração das agências Unibanco, que foram totalmente migradas para a plataforma tecnológica Itaú e mudaram as suas bandeiras para a bandeira Itaú do ponto de vista das agências. Foram praticamente dois anos do anúncio da fusão entre o Itaú e o Unibanco. Nesse período, nós fizemos todas as integrações de rede de ATM, integrações físicas das áreas, sistemas, e concluímos, nesse mês de outubro, o processo de migração das agências.

Um trabalho muito grande, um investimento muito forte do banco na reforma das agências, novo mobiliário, novo layout, que envolveu uma série de obras e fornecedores, uma operação logística muito bem conduzida por todas as áreas aqui do Banco, e com isso 1.200 postos de atendimento Unibanco (as agências e os postos de atendimento bancário) foram totalmente migrados e hoje estamos operando já em uma única plataforma tecnológica.

Esse movimento se encerrará ao longo do ano que vem, do ponto de vista de sistema. Temos que fazer o desligamento dos sistemas ainda. Os sistemas continuam “vivos”, vamos dizer assim, até que haja a definição do que deve ser guardado, armazenado para efeitos fiscais, efeitos de informações para clientes, enfim, há um trabalho ao longo do ano que vem ainda relativo aos sistemas legados do Unibanco, de maneira que a gente ainda terá, por conseqüência, algumas despesas relativas a essas áreas ao longo do ano de 2011.

Mas, de qualquer forma, com esse encerramento e com todo o trabalho que foi feito ao longo destes dois anos, eu diria que praticamente encerramos todo o processo de migração e com isso passaremos a capturar um volume maior de sinergias, fruto da fusão entre os dois bancos.

O segundo destaque seria os resultados apresentados. Nós tivemos, ao longo deste terceiro trimestre, um resultado recorrente de R$ 3,2 bilhões, que seria correspondente a um aumento de 17,5% sobre o mesmo trimestre do ano anterior, e que daria um retorno anualizado com esse lucro recorrente de 22,5%.

É importante realçar que, no terceiro trimestre, houve uma aceleração do processo de migração de agências e nós tivemos uma despesa muito grande nesta movimentação de agências Unibanco para agências Itaú, em um valor de R$ 406 milhões, bem acima daquele número do segundo trimestre, onde também houve uma grande movimentação de migração de agências.

O resultado desse terceiro trimestre, evidentemente, está bastante influenciado em função deste efeito, de um volume muito maior de despesas de migração de agências. Se não fosse por isso, o resultado recorrente, o lucro líquido recorrente teria alcançado um valor de R$ 3,4 bilhões, e não os R$ 3,2 bilhões que nós divulgamos, o que daria um retorno sobre o patrimônio de 24,4%.

O resultado, na nossa visão, foi um resultado recorrente muito bom: os volumes com clientes, negócios, carteira de crédito crescendo, como vamos ver adiante. Entendemos que o resultado um pouco mais baixo do ponto de vista de resultado

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líquido final se deve, essencialmente, a esse maior volume de despesas do terceiro trimestre, que não se repetirá na mesma magnitude, evidentemente, no quarto trimestre.

No mês de outubro, nós fizemos a migração de cerca de 180 agências do Unibanco para agências Itaú. Portanto, no quarto trimestre, ainda teremos um volume de despesas relativas a essa migração; mas, com certeza, em valores bem inferiores àqueles que nós mostramos no terceiro trimestre.

O terceiro destaque seria o crescimento da carteira de crédito. Nós fechamos o trimestre com R$ 313 bilhões, um crescimento de 5,7% sobre o trimestre anterior, mostrando o nível de atividade da economia brasileira e do grande foco que estamos dando às nossas operações de crédito aqui no Brasil. Essa carteira de crédito teve um crescimento de 16,6% sobre igual período do ano de 2009.

Nesse trimestre, o Sistema Financeiro cresceu 5,4%. Então, nós crescemos 5,7%, um pouco mais do que a média do Sistema Financeiro. O grande destaque continua sendo o crescimento de pessoa jurídica. Nesse trimestre, além do grande crescimento de pequenas e médias empresas que cresceram 7,9%, nós também tivemos um crescimento importante nas operações do Itaú BBA que cresceram 5,8% nesse trimestre, contribuindo também para esse crescimento dos empréstimos. No segmento de pessoas físicas, o crescimento no trimestre foi de 4,1% e 15,9%, quando comparamos com doze meses, atingindo um total de R$ 119 bilhões. Continuamos com as principais carteiras, sendo a carteira de veículos e cartão de crédito. O crédito imobiliário continuou crescendo; crescimento de 13,9% no trimestre, a carteira atingiu R$ 12 bilhões, cresceu 52% nos últimos doze meses. Continua sendo uma carteira de crescimento alto, mas ainda um percentual pequeno de cerca de 4% do total da nossa carteira de crédito. Mas é a carteira que tem, sem dúvida nenhuma, apresentado maior velocidade de crescimento.

O quarto destaque seria relativo à margem financeira com os nossos clientes e também as receitas de prestação de serviços. A margem cresceu 3%, atingiu R$ 10,3 bilhões, evidentemente, bastante influenciada pelo crescimento da carteira de crédito e pelo mix que essa carteira de crédito tem com o maior crescimento nas pequenas e médias empresas. A receita de prestação de serviço cresceu 3,5% no trimestre, atingiu R$ 4,5 bilhões, um número bastante importante, e o crescimento nos doze meses de 17%.

O quinto destaque seria o índice de inadimplência que também apresentou uma nova queda, até acima da queda que nós estimávamos quando do fechamento do segundo trimestre. Vamos detalhar isso mais adiante, mas houve claramente uma melhora, principalmente, no segmento de pessoa física que ajudou bastante na redução do índice médio de inadimplência nesse período.

O sexto destaque são as despesas não decorrentes de juros. Como eu falei, nós tivemos nesse trimestre R$ 406 milhões de despesas relativas à migração. Se além desse valor tirarmos as despesas que vem por equivalência patrimonial da Redecard

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e da Porto Seguro e das novas agências que foram abertas nesse período, e compararmos com o ano passado, a gente verifica que o crescimento de despesas foi de 1,1%, dentro daquele guidance que foi dado de um crescimento entre 0% e 3%,, que nós falamos ao longo desse ano. Este seria o crescimento das despesas, excluindo a migração e as despesas relativas a Redecard, Porto Seguro e expansão de novas agências. Então, eu acho que, do ponto de vista de despesas, nós estamos bastante em linha com aquilo que foi comentado ao longo do ano.

Na página 5, os efeitos não recorrentes líquidos do nosso resultado. Nós vemos que continuamos tendo que fazer algumas provisões para perdas relativas aos planos econômicos. Esse processo está se encerrando na medida em que o último plano passível de demanda por parte dos investidores seria o Plano Collor 2 que se encerra no início do ano que vem. Nesse trimestre, ainda fizemos provisões no valor de R$ 124 milhões, já um nível um pouco abaixo daquele segundo trimestre deste ano.

Na página 6, alguns gráficos que mostram a evolução dos nossos resultados. O lucro líquido no ano, em nove meses, cresceu 25,4% contra o ano anterior, fechando em R$ 9.624 bilhões; o lucro líquido não considerando as despesas de migração, R$ 10.085 milhões; o produto bancário cresceu 5,6% nesse ano em relação ao ano anterior.

Os resultados com crédito de liquidação duvidosa tiveram uma melhoria substancial. Nós tivemos uma queda de 17,7% no nível de provisionamento esse ano e as despesas não decorrentes de juros no total cresceram 8,2%, mas, como eu disse, bastante influenciadas pela migração das agências do Unibanco.

Na página 7, mais alguns indicadores: a net interest margin fechou em 12,3% contra 11,8%, também um pequeno crescimento percentual nesse período. O índice de eficiência, em função dessas despesas maiores no período, subiu um pouquinho em relação ao trimestre anterior, 46,9%, mas continuamos com o objetivo de reduzir isso ao longo dos próximos anos para um nível mais próximo de 40%, 42%. O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente, 23,8%, e se não considerarmos as despesas de migração, praticamente, 25%.

No slide seguinte, na página 8, os destaques patrimoniais. Os ativos cresceram 5,3% nesse trimestre, fechando em R$ 686 bilhões. O patrimônio líquido, R$ 57 bilhões, crescimento de 4%. A carteira de crédito, como eu já comentei, cresceu 5,7%, fechando em R$ 313 bilhões. Os recursos captados com fundos e previdência, enfim, depósitos de um modo geral, um crescimento de 5% nesse trimestre também.

Na página 9, uma abertura um pouco maior dos nossos resultados. A gente pode ver no produto bancário a divisão que costumamos mostrar entre margem financeira com os clientes e com o mercado. Vemos que temos uma operação bastante sólida com os clientes: um crescimento no trimestre de 3% das receitas e dos negócios com clientes que é importante para dar sustentabilidade aos nossos resultados no longo prazo. E a margem financeira com o mercado (que são os ganhos estruturais

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e proprietários de tesouraria) com R$ 900 milhões, praticamente estável em relação ao trimestre anterior.

As despesas com provisão de crédito se mantiveram em um patamar de R$ 4,070 bilhões. Nós temos tido um nível de recuperação maior: recuperamos esse trimestre R$ 1,134 bilhão contra R$ 967 milhões no trimestre anterior. Então, também fizemos uma provisão menor líquida, considerando as recuperações nesse trimestre do ano. Com isso fechamos com o lucro recorrente de R$ 3.158 bilhões e um lucro líquido, tirando os efeitos das provisões para os planos econômicos, de R$ 3.034 bilhões. No slide 10, a nossa carteira de crédito aberta por tipo de cliente. A gente vê um crescimento importante do crédito imobiliário que, nesse período, cresceu 10,8% na carteira ligada a pessoas físicas. Então, do total de crédito imobiliário que nós temos de R$ 12 bilhões, R$ 7 bilhões são relativos a pessoas físicas, R$ 5 bilhões são relativos às incorporadoras. Continuamos bastante focados no crédito pessoal e no cartão de crédito. E a carteira de veículos (uma carteira mais madura) crescendo em um ritmo menor, mas ainda importante nesse trimestre.

O grande destaque continua sendo pessoas jurídicas, como eu comentei no início. Os empréstimos às grandes empresas cresceram 5,8% no trimestre, fechando com R$ 104 bilhões em créditos. Mas temos ainda mais R$ 13 bilhões em títulos que estão carregados pela tesouraria, debêntures, commercial papers e outros papéis, CRIs que são, no fundo, créditos também que nós damos via mercado de capitais para as grandes empresas e que nós carregamos nos nossos ativos.

O grande destaque continua sendo o crescimento de pequenas, médias e micro empresas que no trimestre apenas cresceu praticamente 8% e 30% nos últimos doze meses. Nós continuamos ampliando essas operações, ampliando o número de gerentes que atendem a esse segmento e estamos aumentando a nossa penetração nesse mercado com a conquista de novos clientes, principalmente, ligados a micro e pequenas empresas, de onde tem vindo grande parte do crescimento dessa carteira. Evidentemente, as micro e pequenas empresas apresentam níveis de inadimplência maiores do que as médias empresas e isso também acaba influenciando, no nosso caso, o nível de provisionamento que temos feito nesses trimestres.

A nossa operação, então, fechou com crédito de R$ 313 bilhões; se considerarmos apenas as operações de varejo, R$ 195 bilhões é o total que nós temos ligados aos nossos clientes pessoas físicas.

Na página 11, os índices de inadimplência e o nosso índice de cobertura. A gente vê que vem melhorando, pessoa física fechou esse trimestre em 6% em inadimplência, onde o pico foi 8,1% no segundo trimestre do ano passado e já estamos em um nível melhor do que estávamos no final de 2008 – cuja inadimplência era de 6,9% – com 6%.

No caso de pessoa jurídica que, no final de 2008 era 1,3% de inadimplência, estamos em 2,9%, tendo chegado a 4,1% em setembro do ano passado. Aqui

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dificilmente vamos atingir os níveis anteriores em função do mix. Se a gente olhar 2008 e hoje, o grande crescimento da carteira de pessoa jurídica de pequeno e médio porte foi muito grande e, como eu comentei, esse é um segmento que apresenta um nível de inadimplência maior, então o nosso índice médio de pessoa jurídica não voltará provavelmente para aqueles níveis anteriores.

De qualquer forma, fechamos em 4,3% no trimestre, já em um nível bem melhor do que os 5,9% que foi o pico do ano passado. Continuamos com a nossa provisão adicional, sem movimentá-la, R$ 6,1 bilhões e o nosso índice de cobertura, 196%, bastante confortável para fazer frente à conjuntura de crédito.

Na página 12, provisão para crédito de liquidação duvidosa. Temos 8,3% de provisão total, considerando a provisão genérica específica e a adicional, o que é um índice bastante confortável de provisionamento do Itaú Unibanco Holding.

Na página 13, recursos próprios e captados. Fechamos com R$ 941 bilhões, um crescimento de 4,2% nesse trimestre, uma posição bastante tranqüila em termos de depósitos e em termos de recurso de clientes que continuam crescendo tanto nos depósitos quanto em fundos e previdência.

Na página 14, a nossa relação entre depósitos e carteira de crédito. Considerando os depósitos compulsórios, 76%, e não considerando os depósitos compulsórios, 96%. Então, é uma posição bastante tranqüila, não temos nenhum problema de liquidez e continuamos expandindo a nossa carteira de crédito sem nenhum problema à frente.

Na página 15, receitas de prestação de serviços e rendas de tarifas bancárias. Bastante importante, um crescimento de 17%, acima daquilo que nós esperávamos. A nossa expectativa, que nós demos no início do ano, era em torno de 15% de crescimento; nós estamos acima disso em função, essencialmente, dos volumes dos nossos negócios e não por aumento de preço; aqui essencialmente é aumento de volume de transações.

Os destaques continuam sendo: administração de fundos, as operações de crédito e a operação de cartão de crédito que continua bastante ativa. O mercado continua crescendo bastante; novas regulamentações sendo emitidas pelo Banco Central, mas é um mercado que deve continuar apresentando ritmos de crescimento ainda bastante elevados nos próximos anos.

Na página 16, as despesas não decorrentes de juros. Considerando todas as despesas do banco, nós apresentamos em doze meses um crescimento de 8,2%, no trimestre de 5,3%. Se nós tirarmos – como a gente tem mostrado para poder ficar uma base mais comparável das nossas operações – as despesas que a gente recebe por equivalência da Redecard, da Porto Seguro, da expansão dos novos pontos de atendimento e da migração, nós vamos ver que as nossas despesas cresceram 1,1% nesses doze meses e 0,9% no trimestre. Continuamos bastante focados em melhorar os nossos controles de despesas e melhorar ao longo dos próximos trimestres o nosso índice de eficiência.

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Na página 17, nosso índice de Basileia de 15,3% ainda é bastante confortável. A geração de lucros é suficiente para fazermos frente ao crescimento da carteira de crédito. Não vemos problemas por aí do ponto de vista de capitalização do Itaú Unibanco Holding.

Na página 18, a abertura que tradicionalmente nós fazemos por segmento: do banco comercial, do Itaú BBA, da área de crédito ao consumidor e da tesouraria, mais a corporação (que é o excesso de capital). Nós vemos a divisão de cada um desses segmentos, o capital que é alocado para cada um desses segmentos e os retornos que esses lucros geraram em função do capital alocado. Acho bastante sólido o resultado das nossas operações com os nossos clientes. Na parte de excesso de capital e tesouraria, os resultados vêm em um ritmo normal, mas que tem retornos menores do que os outros três segmentos.

Na página seguinte, na página 19, uma tela aqui sobre as operações de seguro, previdência e capitalização que estão dentro da operação que nós controlamos. Aqui não está incluída a venda que fizemos para a Porto Seguro e nem a equivalência patrimonial que fazemos da Porto Seguro. Nós temos 30%, só relembrando, da Porto Seguro, e vendemos em troca dessa participação todo o nosso negócio de seguro de veículos e seguros residenciais.

Então, isso não está contemplado nessa tela. Aqui estão os seguros que remanesceram na nossa operação direta que nós fazemos diretamente através da Itaú Seguros, onde nós vemos que o resultado consolidado das operações de seguro, previdência e capitalização foi de R$ 401 milhões neste terceiro trimestre, um crescimento em relação ao segundo trimestre.

O grande volume de prêmios é relativo, em grande parte, a seguro de vida e acidentes pessoais (cerca de 50%). Continuamos com uma presença grande nos grandes riscos e com garantia estendida – que é um seguro onde o Itaú Seguros domina o mercado, tem maior participação. Então, é uma operação que continua bastante boa, bastante eficiente e em expansão.

Na parte de provisões técnicas de previdência, atingimos R$ 48,4 bilhões de valor de provisão e o total de provisões de seguros e capitalização, R$ 8,2 bilhões.

Para encerrar, o índice de capitalização de mercado e o volume negociado da nossa ação, um volume bastante elevado. Continuamos com maior liquidez na Bolsa de Nova York através dos ADRs do que na Bovespa e o nosso valor de mercado, considerando a cotação das ações preferenciais, R$ 187 bilhões.

Com isso eu encerro a apresentação e estamos todos nós aqui disponíveis para tirar as dúvidas e respondermos as perguntas que vocês tenham.

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Sessão de Perguntas e Respostas

Sr. Fábio Zagatti (Barclays Capital): Oi bom dia, bom dia a todos. Eu na verdade

tenho duas perguntas. Uma, eu queria entender de vocês sobre o cenário competitivo em 2011. Os três privados estão abrindo agências, contratando pessoas, principalmente SME, vocês vêem um risco maior de que possa haver uma dificuldade para seguir operando com o mesmo nível de rentabilidade?

E a segunda pergunta seria em relação às margens, vocês vêem alguma pressão adicional de spreads nesse cenário um pouco mais competitivo que está se formando no próximo ano? Obrigado.

Sr. Alfredo Setúbal (Itaú Unibanco): Eu acho que você tem toda razão. Acho que

todos os bancos, não só os grandes, mas os médios também estão bastante focados no crescimento da carteira de SMEs, o mercado é bastante concorrido nesse segmento, mas o volume de clientes tem aumentado bastante em função do crescimento econômico que tem ocorrido no Brasil. Então a base tem aumentado, acho que isso é importante. Não sei quanto aos outros concorrentes, mas no nosso caso... e também tem que tomar um certo cuidado porque cada um corta a empresa média em um patamar. No caso do Itaú Unibanco nós consideramos empresas médias as empresas que faturam até R$ 150 milhões, os outros bancos fazem cortes diferentes. Então a comparabilidade, tem que tomar um pouco de cuidado quando comparam esses números.

Mas, de qualquer forma, nós temos ampliado a nossa base de clientes, principalmente empresas pequenas. Boa parte do crescimento que nós temos apresentado vem desse segmento de empresas menores, e é uma das razões que o nosso índice de inadimplência tem caído em um ritmo menor – porque esse segmento de empresas médias e pequenas, principalmente as pequenas, apresentam inadimplência maior.

Indo especificamente para a sua pergunta de spreads, é provável que continue havendo uma queda de spread sim nesse segmento, em função de um ambiente competitivo maior. Por outro lado, nós continuamos vendo uma ampliação grande do número de clientes e do volume de crédito que pode ser concedido para esse segmento. Então uma eventual queda de spreads, ou uma provável queda de

spreads será compensada, no nosso entendimento, pelo crescimento da carteira,

que nós acreditamos que o ano que vem apresentará crescimentos em torno de uns 25% ainda. É um ambiente competitivo, é um ambiente grande, mas os volumes têm sido compensatórios em relação às margens.

Sr. Fábio Zagatti (Barclays Capital): E se nós tivéssemos, olhando não só SME,

mas o negócio bancário de maneira geral, quer dizer, todos os bancos se preparando para competir e expandir a franquia, em quais negócios você vê o maior risco de competição? E você acha que essa perspectiva lhe preocupa mais, menos ou você tem a mesma sensação de que o cenário vai ser tão desafiador quanto você imaginava?

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Sr. Alfredo Setúbal (Itaú Unibanco): Eu acho que o cenário vai ser desafiador,

acho que os bancos que concorrem no varejo são grandes bancos, com grande marca, com boa tecnologia, quer dizer, todos têm um espaço grande e querem ocupar um espaço grande.

Eu acho que tudo isso vai ser compensado por uma bancarização maior. Nós estamos vendo, o Brasil deve continuar crescendo nos próximos, então o cenário que nós trabalhamos é um crescimento, vamos dizer, algo em torno de uns 5% na média, mantidas as conjunturas atuais, e um crescimento de renda importante nos próximos anos.

Então a nossa visão é que vai continuar crescendo bastante a base de novos clientes que passarão a ser atendidos pelo Sistema Financeiro. O primeiro movimento é sempre através do cartão de crédito, por isso nós entendemos que cartão de crédito continuará sendo uma alavanca importante no crescimento futuro do banco nos próximos anos para atender essa demanda dessa nova classe emergente – classe E virando D, D virando C. Tem um espaço muito grande provavelmente nos próximos anos de crescimento da base, que vai compensar um nível maior de competição, como você mesmo colocou, e nós concordamos, mas os volumes tendem a superar essa redução de spreads.

E é importante realçar que não está havendo aumento de preços de tarifas, de serviços, quer dizer, os preços estão muito estáveis. As receitas, como eu comentei durante a apresentação, elas vem crescendo em função do volume e não de aumentos de preços. No crédito é a mesma coisa, os volumes vão compensar as reduções de spreads.

As reduções de spread têm limitadores – compulsórios, inadimplência, cunha fiscal – enfim, há alguns limitadores para essa queda de spreads, mas ela continuará ocorrendo sim ao longo dos próximos anos, compensados por volumes maiores.

Sr. Fábio Zagatti (Barclays Capital): Muito obrigado.

Sr. Jorg Friedmann (Merrill Lynch): Muito obrigado, bom dia Alfredo, desculpe

minha rouquidão, estou com um certo problema aqui para falar, mas eu vou tentar ser o mais claro possível. Eu só queria entender em relação à parte de despesas primeiro, quanto da migração ocorreu em outubro versus o terceiro tri? Isso para a gente ter uma idéia do quê que a gente pode ainda esperar de impacto extraordinário das migrações, e a gente entender também como que volta o ROE a rodar perto do potencial total do banco na atual condição?

A segunda pergunta: muito se especulou a respeito de consolidações no exterior envolvendo o Itaú no último trimestre, eu acho que isso pode até ter em algum momento prejudicado um pouco a visão dos investidores em relação ao papel por conta de uma perda eventual de foco.

Eu gostaria só se você pudesse comentar sobre quais as possibilidades e oportunidades que você enxerga para o Banco Itaú aqui dentro do Brasil ao longo

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dos próximos cinco anos? E reforçar mais uma vez qual que é o verdadeiro... a verdadeira oportunidade do banco nesse contexto. Eu agradeço.

Sr. Alfredo Setúbal (Itaú Unibanco): Obrigado, Jorg. Nós temos no terceiro

trimestre um volume de R$ 406 milhões ligados à migração das agências Unibanco para a plataforma Itaú. Veja, é importante entender que isso é uma mudança maior do que foi mudar o sistema – muda o layout, muda a marca, muda todo o funcionamento da agência, é muito mais complexo do que parece – então são R$ 406 milhões.

Nesse mês de outubro nós fizemos aproximadamente 180 agências e postos de serviço. Nós estimamos, o número não é preciso, que nesse terceiro trimestre nós ainda vamos ter algo como R$ 200 milhões...no quarto trimestre, desculpa, algo como R$ 200 milhões relativos a esse encerramento de migração. Acho que vai ser um pouco menos, R$180 milhões... R$200 milhões, mas vamos ficar nos R$ 200 milhões para ser um pouco mais conservador, a gente não tem os números finais ainda, as contas estão sendo pagas para os fornecedores,então vai haver uma queda substancial.

No ano que vem é bom também deixar claro que esse número de migração fica zero, mas nós vamos fazer reformulações nas agências do Itaú também. O plano para o ano que vem são reformas em cerca de 600 agências do Itaú para colocá-las no mesmo padrão de layout, mobiliário, marca, enfim, do que essas 1,2 mil que foram feitas agora, que vieram do Unibanco. O volume dessas despesas é muito menor, eu não sei precisar, mas nós estamos falando de valores substancialmente abaixo desses valores, e são, eu diria, quase que recorrentes – nós estamos sempre fazendo reformas em agências, mudando, quer dizer, vai entrar em uma normalidade mas não é zero, é importante ficar claro isso.

Em relação à expansão internacional, é importante deixar bastante claro (por isso eu até agradeço sua pergunta), que de fato houve muito rumor, muita especulação, como você colocou, de que nós estaríamos comprando bancos no exterior e que estaríamos considerando grandes negócios no exterior, e para ser bem honesto, nós não conseguimos identificar de onde vieram tais comentários, na magnitude em que eles apareceram.

Evidentemente que nós estamos muito focados no Brasil. O Brasil vai crescer, como nós comentamos, sei lá, 5% ao ano, alguma coisa assim, vai dar muita oportunidade para muitos clientes novos passarem a utilizar o Sistema Financeiro, outros a utilizarem mais em função das novas demandas e dos novos produtos. O nosso foco evidentemente é Brasil, nós não estamos desfocados e nem vamos nos desfocar do Brasil.

Eu acho que nós conseguimos ao longo desses dois anos de integração, onde a energia alocada é um negócio muito grande de toda a organização, nós conseguimos manter market share, crescer em alguns segmentos, nós não nos desfocamos da nossa operação Brasil, mesmo estando em um ambiente de

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integração, de fusão enorme - é a maior fusão que já teve no mercado financeiro brasileiro.

Então eu acho que isso já é uma primeira amostra de que nós estamos bastante focados aqui e não queremos desfocar, o Brasil vai dar com certeza muitas oportunidades ainda em volumes, spreads e preços bastante atrativos. Nós continuaremos então bastante focados aqui.

Agora, nós temos presença... já tínhamos presença, o Itaú e o Unibanco em alguns países da América Latina e continuamos expandindo essas operações na América Latina. Abrimos agências no Chile, abrimos algumas agências no Uruguai, mudamos a marca do nosso banco no Paraguai para Itaú (de Interbanco para Itaú). O Itaú BBA tem se expandido... acompanhando o movimento das empresas brasileiras, tem se expandido para alguns países da América Latina, na Argentina, no Chile, estamos concretizando alguma coisa no Peru.

Enfim, nós estamos fazendo alguns pequenos movimentos na América Latina, que é o nosso foco natural, vamos dizer assim, se formos fazer alguma expansão para o exterior. Nesse momento nós não estamos estudando nada, não vamos fazer nenhum negócio transformacional do Itaú Unibanco em um banco internacional, o que não quer dizer que a gente não possa fazer pequenos negócios em alguns países onde nós já estamos presentes.

Então eu acho que é importante que o nosso foco é Brasil. Se formos, em algum momento, fazer alguma expansão internacional será pela América Latina, em primeiro lugar nos países preferencialmente onde nós já estamos, mas que temos presença pequena. É importante realçar que a nossa presença na Argentina é 3%, 4% no mercado, no Chile também é por aí, são participações pequenas que nós temos, se quisermos ter uma presença internacional, em algum momento teremos que aumentá-la. Não estamos nesse momento estudando nada, nenhum movimento, até porque qualquer movimento hoje, os preços de ativos dos bancos na América Latina é muito alto. A tradição do Itaú e do Unibanco é fazer negócios que não sejam dilutive para os acionistas, isso continua sendo uma premissa. Então eu acho que nós estamos muito tranqüilos, vamos continuar focando aqui no Brasil, não tem nada no exterior. Eu acho que o Itaú Unibanco, pelo valor de mercado que tem, pela cotação do dólar que está, tem condições de fazer operações no exterior, mas não vamos fazer nenhuma loucura, não vamos fazer nenhum movimento que seja prejudicial aos acionistas e que tire o nosso foco do principal mercado, que é o Brasil, na América Latina, que é um mercado que está em expansão.

Não faz o menor sentido a gente tirar o foco essa operação onde nós somos o banco líder, temos uma presença enorme, queremos aumentar a nossa presença, vamos continuar abrindo agências para aumentar o nosso franchise aqui no Brasil. Eu acho que tudo leva a continuarmos bastante focados e para aproveitar bastante as oportunidades que o mercado brasileiro oferece, eu acho que ir para fora neste momento de uma forma substancial não está nos nossos planos.

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Sr. Marcelo Telles (Credit Suisse): Bom dia Alfredo, bom dia a todos, obrigado pela oportunidade. Eu tenho duas perguntas, a primeira é em relação às despesas de provisão. A gente viu no Itaú uma melhora consistente na inadimplência nos últimos três trimestres, principalmente, e agora eu notei que a redução nas despesas de provisão acabou sendo um pouco mais modesta em relação aos seus competidores, embora a diferença de melhora de inadimplência não tenha sido muito diferente, com algumas diferenças, mas na verdade não muito.

Eu queria saber se teve ou se tem alguma postura um pouco mais conservadora do banco em relação a isso, se a gente poderia esperar alguma redução de provisão para frente, ou se o patamar que a gente tem hoje, com o percentual da carteira, deve se manter?

E a outra pergunta seria em relação à margem, novamente, eu sei que já teve uma pergunta sobre isso, mas claramente o que a gente está vendo é a redução nas despesas de provisão, melhora na inadimplência, o mercado está repassando isso para margem final, mas não está havendo uma deterioração na NIM dos bancos, então continua pós-provisão bem saudável. Eu queria saber se essa tendência vocês acham que isso deve se manter para frente, a gente poderia esperar uma NIM mais ou menos constante para o ano que vem, por exemplo?

E se puder emendar só com mais uma pergunta, o que a gente pode esperar de crescimento de crédito para o ano que vem? Obrigado.

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Oi Marcelo, Rogério Calderón, bom dia. Sr. Marcelo Telles (Credit Suisse): Bom dia, Rogério.

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Vamos começaram pela despesa de

provisão. De fato, o volume de despesas com provisão para devedores duvidosos que vai no resultado é decorrente da aplicação dos nossos modelos. É difícil comparar o comportamento em relação aos concorrentes porque a gente desconhece os modelos que os concorrentes têm. O que nós vemos como tendência é que nós já estamos apresentando, ou capturando, nas despesas de provisão essa redução que vinha se apresentando fortemente no NPL. Os modelos trazem um efeito temporal, mas eles passam já capturados.

Você vê que a queda da despesa total no trimestre sobre a carteira vinha em um patamar de 1,6%... ela tinha caído para esse patamar, vindo de 1,8% ela caiu no primeiro trimestre para 1,6%, depois ela se manteve no segundo trimestre, isso chamou um pouco a atenção, mas ela retomou o seu processo de queda já caindo para 1,5% agora no terceiro trimestre e deve continuar capturando essa queda. A sua análise em relação à Net Interest Margin é como vemos também, há uma queda no Net Interest Margin quando se fala em spread, essa queda está fortemente associada à melhoria da condição de crédito no Brasil, e com isso naturalmente a gente tem uma redução do que se cobra em spreads, mas que é recuperada por um volume menor de perdas.

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Quando a gente olha esse spread ajustado pelo risco, ou seja, depois da PDD, de fato tem também uma compressão, só que essa compressão é muito menor, é fruto do cenário competitivo, do fato de que todo mundo quer crescer, todo mundo quer ganhar mercado, mas o mercado é muito grande e o comportamento dos agentes de mercado, dos concorrentes em geral, assim como nós tem sido bastante racional e a deterioração... não é esperada uma deterioração forte no Net Interest Margin depois ajustado pela perda.

E mais do que compensado, quando a gente olha como perspectiva futura, mais do que compensado por volumes, esses volumes sim crescendo, o que remetem à sua terceira questão que é o que nós esperamos de crescimento de crédito. Nós não terminamos os estudos ainda visando os nossos planos, business plan, para o próximo ano, mas já temos em vista alguma coisa em torno dos 15% de crescimento esperado para o ano de 2011.

Sr. Marcelo Telles (Credit Suisse): Perfeito, muito obrigado.

Sr. Eduardo Nishio (BTG Pactual): Bom dia, obrigado. Eu tenho duas

perguntinhas, a primeira é em relação aos custos com novos pontos de atendimento. Eu vi que vocês tiveram R$ 183 milhões nesse trimestre, R$ 68 milhões no trimestre passado, somando aí quase R$ 300 milhões para o ano. Quanto que a gente pode esperar para o trimestre que vem? E se eu olhar aqui o número de pontos de atendimento, na verdade vocês vêm decrescendo ao longo do ano, eu queria saber se pudessem abrir um pouquinho mais essas despesas, dado que o número de pontos vem caindo ao longo do ano? Essa é a primeira pergunta.

A segunda pergunta é em relação à integração de sistemas, eu queria saber se houve algum tipo de atraso no cronograma, dado que vocês já estão com o término previsto para dezembro de 2011, eu tinha na cabeça algo um pouco mais para frente, um pouco mais para o começo de 2011. Obrigado.

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Oi Nishio, Rogério. Em relação aos pontos

de venda, o número que você olha ali no quadro se refere a agências, nós tivemos um crescimento bastante destacado em plataformas de atendimento às pequenas e médias empresas, eles não aparecem ali. De fato onde nós tivemos um crescimento maior foi nas plataformas de pequenas e médias empresas.

De qualquer forma, em relação a agências, o nosso ritmo usual de crescimento, de abertura, crescimento orgânico da rede de agências é da ordem de 120 a 150 agências por ano. Esse ano, como nós concentramos muito esforço na migração das agências do Unibanco, e muitos dos fornecedores são os mesmos, nós não conseguimos manter o mesmo ritmo. Nós temos atualmente 110 pontos de venda já localizados, nós teremos até o final do ano 60 agências inauguradas, e provavelmente outras 60... 80 agências estarão em obras e esperamos retomar... retomaremos o ritmo de 120 a 150 agências por ano a partir do ano que vem.

Em relação à integração de sistemas, não houve uma mudança no cronograma... ou de certa forma sim, houve, nós quando fizemos a migração das agências, sempre

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tínhamos em mente que traríamos todos os negócios do Unibanco para dentro da plataforma do Itaú. Atualmente já todos os clientes estão na plataforma do Itaú, todos os novos negócios são produzidos nas plataformas do Itaú. No entanto existe uma base histórica... existe todo um passado do Unibanco que ainda roda em sistemas do Unibanco, que estão na plataforma Itaú integrados, mas se mantém como sistemas individuais. Esses sistemas, essas bases de dados é que migrarão ao longo do ano de 2011 e que permitirão que nós simplesmente não tenhamos mais que carregar os sistemas que vieram do legado do Unibanco. Isso é o que dará um benefício adicional de sinergia, e este benefício adicional de sinergia nós esperamos só capturar a partir de 2012, mas tem um pedaço importante da sinergia que vem com a migração.

Quando eu disse que há uma certa mudança de expectativa é que em algum momento, eu me lembro de termos comentado que provavelmente iríamos até a metade do ano nesse processo (metade do ano de 2011), e agora provavelmente nós iremos até o final de 2011. Mas o que não mudou, em nenhuma perspectiva, foi que o primeiro ano completamente beneficiado pelos efeitos da nossa integração, será o ano de 2012, isso se confirma.

Sr. Eduardo Nishio (BTG Pactual): Obrigado. Só dois pontinhos aqui para

esclarecer um pouquinho mais, as ondas que vocês têm de integração de sistemas são bem distribuídas ao longo de 2011 ou são concentradas em dezembro? E quais seriam os custos com os novos pontos de atendimento para o quarto tri, você tem uma previsão para dar pra gente? Obrigado.

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Em relação às ondas deve haver uma

concentração maior no primeiro semestre do que no segundo semestre, é difícil precisar, mas certamente nós teremos algo mais no primeiro semestre do que no segundo semestre; entre os trimestres dentro do semestre deve ser semelhante. Em relação aos custos no quarto trimestre, o Alfredo mencionou há pouco, nós temos ainda a migração de 180 agências do Unibanco e alguns outros pontos de venda, alguma coisa no total, em torno de 200 unidades, isso deve carregar ainda para o quarto trimestre em torno de 50% dos custos que tivemos no terceiro trimestre, ou seja, em torno de 200 milhões ou talvez um pouco menos.

Sr. Eduardo Nishio (BTG Pactual): Sim, mas os novos pontos de atendimentos, os

R$ 183 milhões do terceiro tri como é que a gente poderia ver isso no quarto tri, vai ser o mesmo volume?

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Eu não tenho esse número aqui comigo,

mas deve ser mais ou menos na mesma batida que vem vindo.

Sr. Eduardo Nishio (BTG Pactual): Tá bom, obrigado.

Sr. Carlos Firetti (Bradesco Corretora): Bom dia a todos. Eu tenho uma pergunta

relacionada ao movimento de provisões no Itaú BBA, olhando a abertura por segmentos a gente vê nesse trimestre um número positivo na linha de despesa com

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provisões. Pensando no trimestre anterior a gente tinha visto também um número mais alto que o normal, eu queria que você explicasse um pouco o que aconteceu esse trimestre, e se tem alguma relação com as despesas maiores do tri passado? Obrigado.

Sr. Rodolfo Henrique Fischer (Itaú BBA): Isso é conseqüência ainda das

negociações das operações durante o ano de 2008/2009, ou seja, as grandes empresas sofreram problemas, como todos nós acompanhamos em 2008/2009, e a partir do segundo semestre de 2009 começamos a negociar e ainda temos trimestralmente resultados de renegociações nos trimestres.

Os números que você vê, e que às vezes sai um pouco da média, não se referem a uma operação específica, se referem a um número bastante distribuído dessas negociações e por isso, às vezes, você vê um número um pouco mais para cima, um número de recuperação. Esse processo ainda não terminou, portanto ainda devemos acompanhar, devemos observar alguma volatilidade nesse número, talvez ainda algum número positivo, mas provavelmente no ano que vem a gente entre em um processo de normalidade.

Sr. Carlos Firetti (Bradesco Corretora): Só um follow-up, basicamente você tem

uma mudança de rating desses créditos dentro da sua carteira conforme essas renegociações são fechadas, é isso, esse é o movimento?

Sr. Rodolfo Henrique Fischer (Itaú BBA): Sem dúvida... sem dúvida. O que a

gente está havendo também nesse segundo semestre e vai ver provavelmente nos anos seguintes é uma melhoria dos ratings como uma conseqüência do ciclo econômico, a gente sai de uma crise com crescimento esperado, sempre vê a qualidade do rating dessas empresas melhorando. Sim, a resposta é sim para você. Esses números, além de negociações, sendo conseqüência de alteração de rating de crédito, e o que tem acontecido é uma melhoria também nesse rating de crédito, da mesma forma também bastante bem distribuído.

Sr. Carlos Firetti (Bradesco Corretora): Tá bom, muito obrigado.

Sr. Alcir Freitas (UBS): Bom dia a todos. Eu vou fazer mais uma pergunta com

relação a custo, ela seria basicamente no sentido de que está bastante claro que os custos com migração que vocês tiveram este ano, provavelmente, ano que vem terão uma redução substancial.

A minha pergunta é: na medida em que essa migração saia do front office e passe para o back office, por acaso vocês têm algum budget de despesa na mesma linha acontecendo no back office, para o ano que vem? Vocês já teriam uma visibilidade com relação a isso, se sim ou se não?

E ainda com relação ao custo, se tivesse que quantificar em uma escala de 0 a 100, se teria como vocês darem uma idéia em que ponto da captura de sinergias da fusão vocês estariam agora? Obrigado.

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Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Alcir, Rogério. Nós não temos uma

estimativa em relação a esses custos adicionais que virão no ano que vem em função... eu acho que você se referia a essas ondas de integração de sistemas.

Sr. Alcir Freitas (UBS): Exatamente.

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Porque quando você fala de back office de

integração, de fato, essa integração já aconteceu. Todas as áreas do banco já estão unidas desde o ano passado na realidade, do comecinho deste ano quando se integraram as últimas etapas, isso está completamente integrado.

O que falta são essas ondas de integração de sistema, e essas ondas virão no ano que vem em um ritmo, como eu disse há pouco, alguma coisa espalhada no ano, mais em um volume muito, muito menor do que a gente tem aqui. Eu não tenho o orçamento, mas é muito menor do que esses R$ 700 milhões que nos custaram a migração nesse momento aqui.

Sr. Alcir Freitas (UBS): Tá bom.

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Aí você perguntou também quanto da

sinergia nós poderíamos identificar capturada no ano que vem?

Sr. Alcir Freitas (UBS): Na verdade é em que ponto vocês estariam agora?

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Também é difícil precisar, mas quando a

gente olha o ano todo de 2010, é um volume ainda pequeno, impactado pelos custos de migração. De fato, neste ano aqui quando você olha a sinergia, sem subtrair os custos de migração, ela praticamente não existe - ela existe quando você olha expurgando os custos da migração.

Olhando para frente, nós teremos os 100% dessa sinergia capturada em 2012, e teremos um crescimento durante 2011, ao longo do ano, na medida dos trimestres nós devemos evoluir mais ou menos linearmente, de 20%... 40%... 60%, algum ritmo dessa natureza.

Sr. Alfredo Setúbal (Itaú Unibanco): Alcir, é Alfredo. São dois comentários

adicionais: acho que é importante... o modelo operacional das agências Unibanco foi mudado antes para o modelo operacional Itaú, eles eram diferentes. Então antes de fazer a mudança de sistemas, houve uma mudança de modelo operacional e aí os ganhos de back office já foram contabilizados ao longo dos últimos trimestres. Só para complementar um pouco o que o Rogério disse.

E em relação às despesas, eu acho que a gente tem mostrado índices de eficiência bons. Se você olhar aquela linha que a gente mostra naquele quadro das despesas não decorrentes de juros, na nossa conta a gente cresceu 1,1% as despesas em 12 meses e que já mostra algum ganho de sinergia... algum não, um bom ganho de sinergia, um ganho importante de sinergia nessa linha.

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A sinergia é difícil de mensurar porque o banco está em expansão, então a melhor conta que a gente consegue fazer é mostrar dessa forma – crescer 1%, um banco muito maior, uma inflação de 4,5%... 5%, quer dizer, já tem aparecido ganhos de sinergias importantes aí.

Sr. Alcir Freitas (UBS): Tá ótimo, obrigado Alfredo, obrigado Rogério.

Sr. Mauro da Cunha (Opus Investimentos): Olá Rogério, olá Alfredo. Eu queria

que vocês atualizassem a gente um pouquinho com relação à estratégia do banco de enquadramento em Basiléia III, com base nas últimas discussões que tem acontecido, obviamente tem muita coisa para mudar ainda, e com base na estimativa do Banco Central também?

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): O que a gente sabe sobre Basileia III é o

que tem saído, isso é um assunto ainda bastante “quente”, digamos assim, Mauro. Os impactos que a gente espera em relação à nossa Basiléia decorrente de tudo o que vem sendo discutido até agora, são impactos muito pequenos, de fato. Nós continuaremos em uma posição bastante confortável do ponto de vista de Basiléia. Lembrando que a legislação brasileira, no que se refere às coberturas de risco e exigências de capital, já era mais severa do que havia no mundo. Então o que a gente está assistindo, de fato, é uma certa convergência do mundo para o que já existia antecipado no Brasil, daí a razão pela qual nós não esperamos um impacto muito grande... ou melhor, muito grande não, não esperamos praticamente nenhum impacto para ser mais afirmativo.

Sr. Mauro da Cunha (Opus Investimentos): Independente do impacto eu posso

ver o sistema como um todo, quer dizer, o Banco Central tem estimativas relativamente grandes de impacto para a capitalização dos bancos. Quer dizer, isso não está mudando o dia a dia do banco, tendo em vista o que tem se anunciado que vai acontecer no Brasil especificamente?

Sr. Rogério Calderón (Itaú Unibanco): Correto, exatamente. Evidentemente que

quando a gente projeta... nós estamos falando aqui de uma série grande de anos, nós estamos baseados na manutenção da nossa capacidade de retornar nos níveis que a gente retorna atualmente, 20%... 25%, na geração de lucros que nós faremos, tendo em vista o tamanho do nosso balanço. Tudo isso levado em consideração, nós não antecipamos nenhuma dificuldade específica para o Itaú Unibanco Holding. O que vai acontecer no mercado, como um todo, depende das circunstâncias de cada um.

Sr. Mauro da Cunha (Opus Investimentos): Ok, obrigado.

Sr. Alfredo Setúbal (Itaú Unibanco): Gostaria de agradecer a participação de

todos. Tivemos um número recorde de participantes pelo conference call, mais a internet. Eu acho que os resultados foram muito bons, eu acho que o resultado recorrente é muito sólido. A nossa capacidade de fazer negócios com os clientes

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têm se mostrado bastante grande e sólida, o que nos dá bastante tranqüilidade de termos resultados perenes e sustentáveis ao longo dos próximos trimestres.

Vamos continuar bastante focados aqui, na nossa operação aqui no Brasil, acho que muitas oportunidades se mostrarão, continuarão sendo mostradas aqui no mercado local e esse continuará sendo o nosso foco. Obrigado pela participação. Temos, em seguida, o conference call em inglês, para aqueles que quiserem participar, vamos começar às 11h30. Obrigado.

Operadora: A audioconferência do Itaú Unibanco Holding está encerrada.

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