Anais
Universidade Federal Fluminense
Campus Gragoatá
Niterói-RJ
www.uff.br/jornadabotanica2013/
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Sumário
2
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Sumário3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ... 4A JORNADA FLUMINENSE DE BOTÂNICA ... 4
HOMENAGEADO E PLANTA SÍMBOLO ... 5
COMISSÃO ORGANIZADORA ... 6
COMISSÃO CIENTÍFICA ... 7
COMISSÃO DE APOIO... 8
PROGRAMAÇÃO ... 9
RESUMOS DE PALESTRAS E MESAS REDONDAS (P1-P4) ... 13
MINI-CURSOS ... 18
OFICINA DE ENSINO E EXTENSÃO ... 19
APRESENTAÇÕES ORAIS (O1-013) ... 20
APRESENTAÇÕES PAINÉIS (P1-P106) ... 35
BIOQUÍMICA, FITOQUÍMICA E FISIOLOGIA ... 35
BOTÂNICA ESTRUTURAL E GENÉTICA ... 36
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ECOTURISMO, GERENCIAMENTO AMBIENTAL E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA ... 37
BOTÂNICA APLICADA E ETNOBOTÂNICA ... 38
ECOLOGIA E BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO ... 38
ENSINO DA BOTÂNICA, HISTÓRIA DE BOTÂNICA, HERBÁRIO E TEMAS CORRELATOS ... 39
FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA ... 40
SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO DE CRIPTÓGAMAS ... 41
SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO DE FANERÓGAMAS ... 41
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Sumário
4
INTRODUÇÃO
A JORNADA FLUMINENSE DE BOTÂNICA
A Jornada Fluminense de Botânica é um evento tradicional no estado do Rio de
Janeiro que acontece desde 1980, sendo promovida pela Sociedade Botânica do Brasil
– diretoria Rio de Janeiro – e sediada a cada ano por uma instituição de ensino e/ou
pesquisa. Este ano, a XXXII JFB está sendo realizada na Universidade Federal
Fluminense, no município de Niterói e terá com tema “A Botânica num cenário
multidisciplinar”. A botânica é uma ciência que permeia diversas áreas do
conhecimento e tem trazido importantes contribuições na compreensão de processos
biológicos e na preservação dos recursos naturais. A XXXII Jornada Fluminense de
Botânica promove o encontro de botânicos de diversas áreas e estimula a troca de
informações e discussões nesse contexto multidisciplinar.
Antes da XXXII Jornada Fluminense de Botânica a UFF sediou outras três, a
primeira realizada em 1995 teve como tema “Plantas medicinais”, a segunda realizada
em 1998, “Estrutura e Conservação da Vegetação de Afloramentos Rochosos” e a
terceira realizada em 2000, “A flora do estado do Rio de Janeiro: situação atual e
perspectivas”. Após treze anos o Setor de Botânica da UFF se propõe novamente a
organizar esse importante evento.
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Sumário
5
HOMENAGEADO E PLANTA SÍMBOLO
A XXXII Jornada Fluminense de Botânica homenageia o Dr. Jorge Pedro Pereira
Carauta, que foi o idealizador e organizador da primeira jornada, realizada em 1980.
Pedro Carauta, como é conhecido, é um importante botânico do estado. Ele
graduou-se em História Natural na UERJ em 1956, fez mestrado em Ciências Biológicas
(Botânica) pelo Museu Nacional/UFRJ (1977) com a dissertação intitulada "Dorstenia L.
(Moraceae) do Brasil e Países Limítrofes" e doutorado pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie (1988) com a tese intitulada "Ficus (Moraceae) no Brasil: Conservação e
Taxonomia". Trabalhou como Analista de Ecossistemas, no Herbário Alberto
Castellanos (GUA), atualmente do Serviço de Ecologia Aplicada do INEA, onde se
aposentou em 2000. Atualmente é professor Associado do Departamento de Botânica
do Museu Nacional/UFRJ, Fellow da Linnaean Society e editor chefe da revista Albertoa
desde 1984. Devido a sua importante contribuição na botânica, foi homenageado com
numerosos epítetos em seu nome (p. ex. Cleistes carautae Tocano & Leoni, Couepia
carautae Prance, Dorstenia carautae C.C. Berg., Epidendrum carautaense Hágsater & L.
Sánchez, Ficus carautana L.J. Neves & Emygdio, Panicum carautae Renvoize, Serjania
carautae Somner, Solanum carautae Carvalho, Sorocea carautana M.D.M.Vianna,
Carrijo & Romaniuc; Stigmaphyllon carautae C.E. Anderson, Stylogyne carautae Carrijo
& M.F. Freitas, Telminostelma carautanum Fontella & E.A. Schwarz). Devido a isso, a
planta símbolo escolhida para a XXXII Jornada Fluminense de Botânica foi a
"Brilhantina-de-Arraial": Pilea carautae M.D.M. Vianna & R.J.V.Alves, descrita em
homenagem a Pedro e Endêmica do Centro de Diversidade Cabo Frio.
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Sumário
6
COMISSÃO ORGANIZADORA
Arno Fritz das Neves Brandes –UFF (Coordenador Geral)
Adriana Quintella Lobão –UFF
Alessandra Leda Valverde –UFF
Ana Joffily Coutinho –UFF
Claudia Franca Barros –JBRJ
Dulce Gilson Mantuano –UFRJ
Janie Garcia da Silva –UFF
Lana da Silva Sylvestre –UFRJ
Leonardo Bona do Nascimento –UFF
Maria Carolina Anholeti –UFF
Mariana Machado Saavedra –UFRJ
Odara Horta Boscolo –UFF
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Sumário
7
COMISSÃO CIENTÍFICA
Alphonse Germaine Albert Charles Kelecon –UFF
Ana Angélica Monteiro de Barros – UERJ
Ana Joffily –UFF
Ariane Luna Peixoto – JBRJ
Cecília Gonçalves Costa – JBRJ
Claudia Franca Barros – JBRJ
Elsie Franklin Guimarães – JBRJ
Janie Garcia da Silva –UFF
Jerônimo Boelsums Barreto Sansevero – JBRJ
João Marcelo Alvarenga Braga – JBRJ
Lana da Silva Sylvestre –UFRJ
Marcelo Dias Machado Vianna Filho – MN-UFRJ
Maria Auxiliadora Coelho Kaplan –UFRJ
Mariana Machado Saavedra –UFRJ
Odara Horta Boscolo –UFF
Rejan Rodrigues Guedes Bruni – JBRJ
Ricardo Cardoso Vieira –UFRJ
Selma Ribeiro Paiva –UFF
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Sumário
8
COMISSÃO DE APOIO
Carolina Marques Ramos de Moraes –UFF
Claudio Cruz Guimarães –UFF
Daniel Vargas de Sá –UFF
Daniella Senos Lopes –UFF
Elizabeth Corrêa –UFF
Fernanda Moreira do Amaral –UFF
Gabrielle Gonçalves Teixeira –UFF
Igor Lins da Silva Freire –UFF
Juliana da Conceição Peres Leitão –UFF
Lanuzia Grandini Quintanilha –UFF
Lidiane da Silva Nascimento –UFF
Lucas César Oliveira de Andrade –UFF
Paolo Massoni –UFF
Rafael Perpetuo Albuquerque –UFF
Renata Sirimarco da Silva Ribeiro –UFF
Rogério Jotobá Figueiredo Jr –UFF
Sara Christina Pádua de Souza –UFF
Stella Matta de Lara Rocha –UFF
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Sumário9
PROGRAMAÇÃO
11/09/2013 – Quarta-feira 08:00 às 10:00 h - Minicursos Campus Valonguinho08:00 às 16:00 h - Oficina de educação e extensão
Educação ambiental – Dra. Shaula Vicentini de Sampaio (UFF)
Aprendendo com as plantas – Profas. Helena Regina Pinto Lima, Ionice de Oliveira M. Cardoso, Maria Mercedes Teixeira da Rosa e Maria Veronica L. Pereira Moura (UFRRJ)
Artesanato com plantas – Prof. João Victor Garcia (UFF)
15:00 às 17:00 h – Inscrições e entrega de material Secretaria - Bloco F - Campus Gragoatá
17:00 às 19:00 h – Abertura solene Auditório Moacyr de Carvalho Gama - Bloco F- Campus Gragoatá
Cerimônia de abertura
Homenagem ao Botânico Dr. Pedro Carauta - Palestra Dra. Ariane L. Peixoto (JBRJ)
19:00 às 20:00 h – Coquetel de confraternização Bloco F- Campus Gragoatá
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Sumário
10
12/09/2013 - Quinta-feira
08:00 às 10:00 h – Inscrições, entrega de material e fixação de painéis Secretaria - Bloco F- Campus Gragoatá
08:00 às 9:30 h - Minicursos Campus Valonguinho Auditório Moacyr de Carvalho Gama
Bloco F - Campus Gragoatá
Auditório Florestan Fernandes
Bloco D -Campus Gragoatá
10:00 às 11:00 h – Palestra 1
Conceito de espécie e a sistemática moderna
Dr. Marcelo Trovó (UFRJ)
10:00 às 11:00 h – Palestra 2
Desafios do Ensino de Botânica na escola básica
Dra. Mariana Lima Vilella (UFF)
11:00 às 11:20 h - Coffee break 11:20 às 12:20 h – Palestra 3
Flora do Rio de Janeiro
Dr. José Fernando A. Baumgratz (JBRJ)
11:20 às 12:20 h – Palestra 4
Alelopatia: interação química vegetal
Dra. Helena Pinto Lima (UFRRJ)
12:20 às 14:00 h - Almoço 14:00 às 16:00 h – Mesa redonda 1:
Abordagens etnobotânicas em plantas alimentícias
Dra. Lucia Regina Fernandes (INPI) Dr. Valdely Ferreira Kinupp (IFAM-CMZL) Dra. Viviane Stern da Fonseca Kruel (JBRJ) Mediadora: Dra. Odara Horta Boscolo (UFF)
14:00 às 16:00 h – Mesa redonda 2:
Biogeografia e filogenia
Dra. Maria Beatriz B. de Barros Barreto (UFRJ) Dr. Pedro Fiaschi (UFSC)
Dr. Guilherme Brito (MN-UFRJ) Mediadora: Dra. Adriana Lobão (UFF)
16:00 às 16:30 h - Coffee break 16:30 às 17:30 h – Apresentações orais
Auditório Florestan Fernandes - Bloco D / Auditório Moacyr de Carvalho Gama - Bloco F Campus Gragoatá
16:30 às 18:30 h – Apresentação de painéis Bloco F- Campus Gragoatá
17:30 às 18:30 h – Reunião SBB Auditório Florestan Fernandes - Bloco D - Campus Gragoatá
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Sumário11
13/09/2013 – Sexta-feira 08:00 às 9:30 h - Minicursos Campus Valonguinho Auditório Moacyr de Carvalho GamaBloco F - Campus Gragoatá
Auditório Florestan Fernandes
Bloco D -Campus Gragoatá
10:00 às 11:00 h – Palestra 5
Diversidade Funcional e Filogenética no Estudo de Estrutura de Comunidades e Funcionamento de
Ecossistemas
Dr. Bruno Rosado (UERJ)
10:00 às 11:00 h – Palestra 6
Biologia da secreção: Dinâmica do processo secretor em coléteres de Rubiaceae
Dra. Maura Cunha (UENF)
11:00 às 11:20 h - Coffee break 11:20 às 12:20 h – Palestra 7
Interações entre pteridófitos e animais
Dr. Marcelo Guerra (UERJ)
11:20 às 12:20 h – Palestra 8
A madeira e o registro das mudanças do clima
Dra. Cátia Callado (UERJ)
12:20 às 14:00 h – Almoço 14:00 às 16:00 h – Mesa redonda 3
Perspectivas atuais em restauração ecológica de ecossistemas terrestres
Dra. Marcia Cristina Mendes Marques (UFPR) Dr. Luiz Fernando Duarte de Moraes (EMBRAPA) Dr. Jerônimo Boelsums Barreto Sansevero (JBRJ) Mediador: Dr. Luiz Roberto Zamith Coelho Leal (UFF)
14:00 às 16:00 h – Mesa redonda 4
Controle de qualidade de produtos naturais
Dra. Neusa Tamaio (JBRJ) Dr. Davyson de Lima Moreira (FIOCRUZ)
Dra. Luciana Chedier (UFJF) Mediadora: Dra. Ana Joffily (UFF)
16:00 às 16:30 h - Coffee break 16:30 às 17:30 h – Apresentações orais
Auditório Florestan Fernandes - Bloco D / Auditório Moacyr de Carvalho Gama - Bloco F Campus Gragoatá
16:30 às 18:30 h – Apresentação de painéis Bloco F - Campus Gragoatá
18:30 às 19:30 h – Cerimônia de encerramento Auditório Moacyr de Carvalho Gama - Bloco F- Campus Gragoatá
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Sumário12
14/09/2013 - Sábado 08:00 às 15:00 h – Excursão científica 1Serra da Tiririca - Alto Mourão
Saída do oníbus - Portão principal - Campus Gragoatá 08:00 às 15:00 h – Excursão científica 2
Serra da Tiririca - Costão e Bananal
Saída do oníbus - Portão principal - Campus Gragoatá 08:00 às 15:00 h – Excursão científica 3
Serra da Tiririca - Comunidades tradicionais
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Sumário
13
RESUMOS DE PALESTRAS E MESAS REDONDAS (P1-P4)
PA1 Boscolo, O. H. ABORDAGENS ETNOBOTÂNICAS EM PLANTAS ALIMENTÍCIAS
PA2 Marques, M. C. M. LIMITAÇÕES AO SUCESSO DA RESTAURAÇÃO PASSIVA E ATIVA DA FLORESTA ATLÂNTICA
PA3 Moreira, D. L. ASPECTOS QUÍMICOS DO CONTROLE DA QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS E FITOTERÁPICOS
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Sumário
14
ABORDAGENS ETNOBOTÂNICAS EM PLANTAS ALIMENTÍCIAS Boscolo, O.H.
Professora Doutora, Universidade Federal Fluminense, Departamento de Biologia Geral, Setor de Botânica (odaraboscolo@hotmail.com)
A perda de biodiversidade vem acelerando nos últimos anos. Nossos ancestrais conheciam e usavam cerca de 5.000 tipos de vegetais e atualmente são utilizadas apenas 130 espécies, 95% das nossas exigências alimentares são cobertas por apenas 30 vegetais e mais da metade dos nutrientes vem do milho, arroz e trigo. Ao reduzir esta questão à tamanha limitação de variedades, nos damos conta do empobrecimento alimentar a que estamos submetidos. Perde- se não só as espécies domesticadas como também seus parentes silvestres devido a devastação dos ecossistemas naturais. A importância da biodiversidade para a segurança alimentar mundial vem sendo crescentemente reconhecida, ao mesmo tempo em que sua perda tem sido motivo de preocupação. È preciso que nos voltemos para as nossas espécies já esquecidas e pouco conhecidas. Nossa biodiversidade tem um grande potencial de uso alimentar a ser pesquisado para o enriquecimento dos cardápios, para a regionalização da alimentação e para diversificar a matriz agrícola. A seleção de variedades conduzida pelos agricultores e comunidades tradicionais promove um intercâmbio de saberes agrícolas e sementes, práticas tão antigas quanto a própria agricultura. A grande diversidade de plantas cultivadas e ecossistemas agrícolas existentes no mundo, deve-se a tais práticas locais e tradicionais. Mas a forte pressão para aumentar a produção de alimentos para atender ao crescimento da população mundial, gera: má distribuição dos alimentos, uso indevido, grandes desperdícios, negligência do uso ou subutilização de espécies com potencial para complementação alimentar, diversificação do cardápio e fonte de renda familiar. Então é de fundamental importância conservar tanto o conhecimento quanto a vegetação nativa e exótica introduzida no passado. Temos a necessidade urgente de domesticar espécies de uso reconhecido popular, recuperar áreas degradadas e racionalizar o uso de nossos biomas. Proteger a biodiversidade implica em reconhecer sua complexidade, onde o homem não pode ser visto apenas como elemento de pressão antrópica, mas também como elemento criativo.
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Sumário
15
LIMITAÇÕES AO SUCESSO DA RESTAURAÇÃO PASSIVA E ATIVA DA FLORESTA ATLÂNTICA Marques, M.C.M.
Universidade Federal do Paraná
A restauração passiva (regeneração natural) e ativa (plantio de mudas) são duas técnicas não-excludentes para regiões tropicais de restauração, que envolvem diferentes esforços de manejo e custos. Experimentos que testam as vantagens de usar uma ou outra técnica, são importantes para orientar grandes projetos de restauração e, além disso, são uma oportunidade para testar teorias ecológicas em sistemas naturais e artificiais. A Mata Atlântica no sul do Brasil é caracterizada por uma paisagem florestal onde grandes áreas foram usadas para pastagens e posteriormente abandonadas. Nesta região realizamos vários experimentos, procurando verificar as possíveis restrições do usode técnicas passivas e ativas de restauração. Nossas principais conclusões são: 1) a chegada de semente não limita a restauração passiva, 2) estabelecimento de plântulas é o gargalo para a restauração passiva; 3) condições de solo (excesso de água) é o fator mais importante que influencia o desempenho de mudas na restauração ativa e passiva, 4) a competição com gramíneas tem um papel secundário no crescimento de mudas, e 5) a restauração ativa e passiva não diferem em riqueza de espécies, mas a acumulação de biomassa pode ser excessivo na restauração ativa. Iremos discutir os resultados, a fim de subsidiar futuros projetos de restauração de pastagens abandonadas em regiões dominadas por florestas secundárias.
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Sumário
16
ASPECTOS QUÍMICOS DO CONTROLE DA QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS E FITOTERÁPICOS
Moreira, D.L.
Farmanguinhos/ Fiocruz
As plantas são usadas desde a antiguidade por suas propriedades alimentícias, terapêuticas ou tóxicas. Estas propriedades foram descritas em tratados na antiga Grécia, Egito, e no início da Era Cristã. Levantamentos científicos mostram que na China antiga, por volta de 2000 a.C., já se investigava o valor medicinal de centenas de ervas. Entre as 365 drogas mais usadas durante essa época citam-se podofilo, ruibarbo, ginseng, estramônio, cinamomo e efedra. Muitas dessas plantas são usadas ainda hoje. Após um período de estagnação, na segunda metade do Século XX, a busca por substâncias naturais com atividade biológica ganhou grande impulso devido ao desenvolvimento de modernas técnicas de separação, purificação e análise, tais como, cromatografia em fase gasosa de alta resolução (CGAR), cromatografia em fase líquida de alta eficiência (CLAE), espectrometria de massas (EM) e ressonância magnética nuclear (RMN). Essas diferentes técnicas permitiram não somente desvendar o conteúdo de extratos vegetais mas, também, determinar a proporção de cada substância que compõe a mistura. Atualmente, tem sido possível efetuar análise de substâncias mesmo em micro escala, com o emprego de modernas técnicas de extração e separação, como micro extração em fase sólida (SPME) e micro extração líquido-líquido (LLME). Com base nos princípios pela busca de medicamentos de origem vegetal sedimentados nos preceitos da eficácia e da segurança, a leis brasileiras evoluíram e se consolidaram. Atualmente, de acordo com a legislação em vigor e as normatizações para o setor ditadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), todos os produtos fitoterápicos ou aqueles obtidos de drogas vegetais devem passar por um rigoroso controle da qualidade, incluindo o químico. O controle químico ajudará a garantir medicamentos mais seguros e que atendam aos anseios da sociedade.
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17
PERSPECTIVAS ATUAIS EM RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA DE ECOSSISTEMAS TERRESTRES Marques, M.C.M.1; Moraes, L.F.D.2; Sansevero, J.B.B.3, Zamith, L.R.4
1
Departamento de Botânica, Universidade Federal do Paraná. 2Centro Nacional de Pesquisas em Agrobiologia, Embrapa, 3Instituto Internacional para Sustentabilidade, 4Universidade Federal Fluminense.
A restauração ecológica visa a recuperação da saúde e integridade de um ecosisstema que foi destruído, degradado ou danificado, tornando-o autossustentável. Estas ações buscam o restabelecimento de processos, e não o retorno de um sistema com estrutura pré-estabelecida, e devem ser construídas a partir de um sólido embasamento teórico, associados aos princípios da sucessão ecológica, diversidade funcional, interações flora-fauna e da ecologia do solo. A restauração passiva (regeneração natural) e ativa (plantio de mudas) são técnicas não-excludentes com diferentes esforços de manejo e custos. Grandes áreas da Mata Atlântica do Brasil foram usadas para pastagens e posteriormente abandonadas. Experimentos mostraram que a chegada de semente não limita a restauração passiva, sendo o estabelecimento de plântulas seu principal gargalo. A competição com gramíneas tem um papel secundário no crescimento de mudas, e as condições do solo são os fatores que mais influenciam o desempenho de mudas. Ações de restauração ativa em restingas no Rio de Janeiro têm mostrado grande diferença na sobrevivência e no crescimento das espécies. Tanto em restinga arbustiva fechada como em floresta periodicamente inundável poucas são as espécies com atributos que as capacitam para os plantios iniciais nestas áreas degradadas, freqüentemente colonizadas por exóticas invasoras. Algumas catalisam avanços em diferentes processos ecossistêmicos, e por esta ação facilitadora são consideradas espécies-chave na restauração. A elevada biodiversidade nos trópicos é uma barreira para a caracterização das trajetórias sucessionais e avaliação dos projetos de restauração. A abordagem funcional é uma saída para estas limitações. A partir de medidas dos atributos funcionais das espécies é possível a classificação em grupos funcionais, verificar os efeitos de filtros ambientais e interações bióticas, assim como quantificar a estrutura, redundância e diversidade funcional das comunidades. O papel desempenhado pelas espécies permite o desenvolvimento de modelos de restauração.
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MINI-CURSOS
1. A botânica no licenciamento ambiental
Dra. Dulce Mantuano (UFRJ)
2. Anatomia de lianas Dra. Neusa Tamaio (JBRJ)
3. Biologia reprodutiva: O que acontece depois da polinização? Dra. Denise Klein (UNIRIO)
4. Métodos em filogenia
Dra. Maria Beatriz Barbosa de Barros Barreto (UFRJ)
5. Quimiossistemática
Msc. Maria Carolina Anholeti (UFF)
6. Sistemática de Leguminosas Dra. Fabiana Filardi (JBRJ)
7. Sistemática e taxonomia das Myrtaceae brasileiras Dr. Marcelo da Costa Souza (UFRJ-MN)
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19
OFICINA DE ENSINO E EXTENSÃO
Oficina 1 – “Educação ambiental”Responsável: Dra. Shaula Vicentini de Sampaio (UFF);
Será desenvolvida uma oficina de curta duração com alunos do ensino fundamental tendo como tema geral a educação ambiental. Como mote para as atividades desenvolvidas, será utilizado um vídeo intitulado “Das crianças ikpeng para o mundo”, que consiste numa vídeo-carta em que as crianças dessa etnia narram a sua vida. A partir disso, faremos um debate, abordando as diferenças entre o cotidiano das crianças mostradas no vídeo e o cotidiano dos alunos participantes da oficina. Para culminar a atividade, será pedido que os participantes da oficina redijam uma carta em que contam como é a sua vida, com ênfase para as relações que estabelecem com o ambiente onde vivem.
Oficina 2 – “Aprendendo com as plantas”
Responsáveis: Profas. Helena Regina Pinto Lima, Ionice de Oliveira M. Cardoso, Maria Mercedes Teixeira da Rosa e Maria Veronica L. Pereira Moura (UFRRJ);
Esta oficina englobará atividades que buscam o melhor entendimento da importância das plantas para o homem, noções de morfologia vegetal interna e externa, além de abordar aspectos da conservação dos recursos naturais. Serão confeccionados modelos didáticos de célula vegetal, cartazes, marcadores de livro, blocos e cartões com partes vegetais. As atividades propostas serão desenvolvidas pela equipe do subprojeto PIBID-Ciências Biológicas da UFRRJ (CAPES).
Oficina 3 – “Artesanato com plantas”
Responsáveis: Prof. Dra. Ana Joffily e Prof. João Victor Garcia (UFF);
Nesta atividade os alunos farão artesanatos (pulseiras, colares, outros objetos) com estruturas vegetais (sementes, frutos, madeira, folhas), desta maneira serão debatidos aspectos do uso tradicional das plantas e do uso na sociedade moderna, assim como conceitos relacionados a sistemática, morfologia e fisiologia das plantas.
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Sumário
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APRESENTAÇÕES ORAIS (O1-013)
O1
Ludmila de Souza Varejão
Marinho
ESPÉCIES VEGETAIS ALIMENTÍCIAS NOS TRABALHOS ETNOBOTÂNICOS DA REGIÃO FLUMINENSE, BRASIL
O2 Alphonse Kelecom MUDANÇAS DE PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO SÉCULO XXI
O3
Nathalia Ferreira da
Cunha
DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL PELO ENSINO DA
BOTÂNICA: PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESENVOLVIDAS EM RIO DAS OSTRAS/RJ
O4 Vitorio da Silva Cleber Vinicius
UTILIZAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS FITOSSOCIOLÓGICAS E
BIOINDICADORAS NO MONITORAMENTO AMBIENTAL E AVALIAÇÃO DE IMPACTO NAS BACIAS DO RIO GUANDU-RJ
O5 Kelly Antunes FLORESTAS SUBTERRÂNEAS: UM TIPO RARO E AMEAÇADO DE VEGETAÇÃO
O6 Samuel Coelho
ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO ARBÓREA NATIVA DE UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL NO MUNICÍPIO DE
SOROCABA, SP
O7 Pedro da Silva Fábio São SELEÇÃO DE GENES RESPONSIVOS A SECA EM COFFEA CANEPHORA USANDO FERRAMENTAS DE BIOINFORMÁTICA
O8
Kathlyn Vasconcelos
Gevú
IMPLICAÇÕES FILOGENÉTICAS DOS ELEMENTOS DE VASO EM ZINGIBERACEAE MARTINOV
O9
Rodrigo Barbosa Braga
Feitoza
CARACTERIZAÇÃO MORFOANATÔMICA DA RAIZ DE CALOPOGONIUM MUCUNOIDES DESV. SOB O EFEITO DE ALELOQUÍMICOS
O10
Cilene Mara Jordão de
Mattos
INFORMATIZAÇÃO DA COLEÇÃO DO HERBÁRIO DIDÁTICO DA
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Sumário21
O11 Clara de Carvalho MachadoLEMBRANÇAS ESCOLARES DE BOTÂNICA
O12 Dilma Melo da Silva DUAS NOVAS OCORRÊNCIAS DE ESPÉCIES DE ASTERACEAE PARA ILHA GRANDE, RJ
O13
Felipe Fajardo Villela Antolin Barberena
Marini
A SUBTRIBO ZYGOPETALINAE (ORCHIDACEAE) NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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Sumário
22
ESPÉCIES VEGETAIS ALIMENTÍCIAS NOS TRABALHOS ETNOBOTÂNICOS DA REGIÃO FLUMINENSE, BRASIL
Marinho, L.S.V.1,2; Boscolo, O.H.1,3 1
Universidade Federal Fluminense, Departamento de Biologia Geral, Setor de Botânica. 2
Mestre. 3Professora Adjunta. (marinholsv@gmail.com)
Conceitualmente, plantas alimentícias são aquelas que possuem uma ou mais partes, ou produtos derivados que podem ser utilizados na alimentação humana. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento bibliográfico das publicações científicas referentes aos estudos etnobotânicos realizados no estado do Rio de Janeiro, com o intuito de conhecer as espécies alimentícias mencionadas pelos moradores das comunidades tradicionais. O levantamento da literatura foi realizado em sites especializados em busca de bibliografia científica e em consultas às bibliotecas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e do Museu Nacional (UFRJ) e reuniu arquivos referentes aos estudos etnobotânicos que abordassem as plantas utilizadas como alimentos pelas comunidades tradicionais do estado e seu redor. Com base nos 14 trabalhos avaliados, foi criada uma tabela classificatória, que tornou possível analisar a variedade de plantas, os órgãos vegetais utilizados como alimento, o percentual de espécies exóticas e nativas e as formas de obtenção das espécies alimentícias utilizadas pelas comunidades estudadas. Foram levantadas 360 espécies vegetais distribuídas em 71 famílias botânicas, sendo as famílias Myrtaceae (40) e Lamiaceae (21) as mais representativas em número de espécies. Os frutos, e as folhas foram as partes dos vegetais mais utilizadas na alimentação. Cerca de 43% das plantas citadas são nativas da Mata Atlântica ou do Brasil, entretanto a obtenção dos recursos alimentícios nas comunidades estudadas se dá principalmente através do cultivo (38%), seguido da coleta de espécies espontâneas (35%). De forma geral, os resultados demonstram que as comunidades habitantes do estado do Rio de Janeiro apresentam um elevado conhecimento sobre a vegetação circundante; e que a ampla variedade de espécies citadas revelam a heterogeneidade das condições ambientais do bioma Mata Atlântica na região. Percebe-se também que o significativo percentual de espécies nativas ocorre devido ao expressivo número de trabalhos analisados realizados em áreas de restinga.
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Sumário
23
MUDANÇAS DE PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO SÉCULO XXI
Kelecom, A.C.1; Silva, J. G2; Araujo, J.3 1
Prof. Titular Depto de Biologia Geral/UFF e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ciência Ambiental. 2Prof. Associado IV do Depto de Biologia Geral/UFF, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental e Coordenadora do Laboratório Horto-Viveiro. 3Prof. do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental. (lararapls@hotmail.com)
Inicialmente, a relação do homem com a natureza era equilibrada. O crescimento da população sobre o planeta Terra levou à adoção de formas de consumo que, progressivamente dissociaram-se dos padrões de produção. O homem passou a usar a natureza para suprir suas necessidades sem se considerar parte dela, acreditando que os recursos naturais eram renováveis e inesgotáveis. Ao longo dos séculos, os problemas ambientais acentuaram-se. Percebeu-se que este modelo era incompatível com a manutenção das condições mínimas para sobrevivência da vida em equilíbrio no planeta, esgotando os recursos naturais em um tempo não muito distante. Na década de 1960, inúmeros movimentos sociais surgem a favor da preservação ambiental. Não se falava em cidadania. Era uma visão naturalista e biológica. A temática foi considerada urgente no setor educacional. Inúmeros encontros/eventos passaram a discutir a importância da Educação voltada à discussão ambiental. Na década de 1990, o MEC adotou a Educação Ambiental no ensino formal, tendo como diretriz a abordagem transversal e interdisciplinar. Atualmente, há discussões em redes sociais, onde o campo educativo busca novas leituras do ambiente, debatendo-se as profundas crises civilizatórias, o crescimento populacional, o modelo de produção e consumo desiguais. A revisão deste modelo vem sendo considerada cada vez mais urgente na visão dos alunos do Programa de Pós Graduação em Ciência Ambiental da UFF. Independente do segmento social acredita-se que uma educação com princípios éticos deve ser inserida nas práticas pedagógicas, onde um conjunto de valores deve ser revisto, rompendo-se o modelo de desenvolvimento socioeconômico. Propostas voltadas à inserção da educação ambiental devem perpassar por diferentes áreas de conhecimento, independente do grau de instrução e da classe social buscando a formação do sujeito cidadão e sua inserção dentro de uma sociedade que deve repensar seus modelos sob pena de comprometer no futuro sua qualidade de vida e das gerações futuras.
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DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL PELO ENSINO DA BOTÂNICA: PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESENVOLVIDAS EM RIO DAS OSTRAS/RJ
Cunha, N.F.¹,²
¹Graduanda de Licenciatura em Pedagogia. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. ²Auxiliar Administrativo. Secretaria do Ambiente, Sustentabilidade, Agricultura e Pesca (nathaliaferreira@ufrj.br.)
O Ensino de Botânica, ainda hoje, ainda é muito teórico, pouco prático e desestimulante em todos os níveis de ensino. O município de Rio das Ostras contempla quatro Unidades de Conservação municipais situadas em área urbana. O principal objetivo deste trabalho foi trabalhar o despertar da consciência ambiental acerca do assunto, ressaltando as belezas naturais da vegetação típica de restinga encontrada na região. A atividade desenvolveu-se através de atividades de visitação diversas realizadas nestas Unidades de Conservação, destacando aos seus visitantes a importância da vegetação local, suas peculiaridades e adaptações para viver em um ambiente tão complexo. Os resultados obtidos nessas expedições são diferenciados daqueles em que o enfoque é dado apenas para o panorama geral dessas unidades de conservação, pois muitos dos alunos tem algum relato para passar referente à alguma planta que conhecem, passam a destacar curiosidades e observações acerca da planta observada, bem como demonstram interesse pelo assunto. Logo, observa-se que a abordagem botânica para a realidade da unidade na qual se desenvolve as atividades de educação ambiental refletem positivamente quanto ao tema como tornam o assunto mais prazeroso para os alunos e pessoas que estejam participando da atividade.
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UTILIZAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS FITOSSOCIOLÓGICAS E BIOINDICADORAS NO MONITORAMENTO AMBIENTAL E AVALIAÇÃO DE IMPACTO NAS BACIAS DO RIO GUANDU-RJ Silva, C.V.V.1,3; Silva, L.M.S.1,3; Tavares, R.1,3; Silva, W.S.1,3; Francisco, F.C.2,3
1
Estudante de graduação (klebervinicius88@gmail.com). 2Professor/pesquisador. 3Laboratório de Mapeamento Geotécnico, Desastres Naturais e Sustentabilidade Ambiental. Departamento de Geociências. Instituto de Agronomia. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Monitoramento ambiental é a utilização sistemática de organismos vivos ou suas respostas para determinar a qualidade ambiental. O rio Guandu é responsável pelo abastecimento da região metropolitana do Rio de Janeiro. São massivos os empreendimentos na bacia e consequentemente o impacto na mesma. É possível, utilizar os parâmetros e estimativas fitossociológicas, como ferramentas de investigação na avaliação do impacto dentro do ecossistema. A área de estudo está localizada nos municípios de Seropédica em dois pontos (S 22° 48' 42.3’’/ W 43° 37' 44.9’'; S 22° 45' 08.5''/ W 43° 38' 41.6") e Nova Iguaçu (S 22° 50' 12.2''/ W 43° 38' 09.5''). Para o monitoramento ambiental com base nas características fitossociológicas foram estabelecidos 15 pontos quadrantes, a distância média entre os pontos foi de 7,21m. Nas unidades amostrais foram mensurados os indivíduos arbóreos com circunferência a altura do peito ≥ 16.0m e altura total. A composição foi de 55 indivíduos, com riqueza de 20 espécies, distribuídas em 9 famílias. Das 20 espécies analisadas tivemos 60% pioneiras e 70% zoocóricas. A porcentagem de indivíduos bifurcados foi de 61,82%, a cobertura absoluta total foi de 0,4744, os índices de Shannon (H‟) e Equabilidade de Pielou (J‟), apresentaram 2,63 nats/indivíduo e 0,66, respectivamente. As espécies que apresentaram maior Valor de Importância (VI) foram: Mimosa caesalpiniaefolia (51,37), Schefflera
morototoni (31,40), Tabernaemontana catharinensis (30,29) e Inga sessilis (26,26). A
bifurcação acentuada indica áreas de constantes queimadas, com muita influência luminosa que lentifíca o estabelecimento de espécies sucessionais secundárias. O índice de Shannon apresenta-se baixo e a Equabilidade de Pielou indica que as espécies não possuem uma distribuição homogênea nos fragmentos. As espécies que apresentaram maiores VI não são características da Mata Atlântica ou de vegetação ciliar. Analisando a área e seus aspectos florísticos e estruturais constatamos que se trata de uma área antropizada e descaracterizada.
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FLORESTAS SUBTERRÂNEAS: UM TIPO RARO E AMEAÇADO DE VEGETAÇÃO. Alves, R.J.V.1, Silva, N.G.2, Guimarães, A.R.3, Antunes, K.4, Fernandes-Júnior A.5 1
Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Departamento de Botânica. 2,3Doutorando em Botânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 4Mestrando em Botânica, Universidade Federal do Rio de Janeiro (klybio@yahoo.com.br). 5Doutorando no Programa de Pós Graduação em Botânica, Instituto de Botânica de São Paulo.
Árvores subterrâneas são uma forma de crescimento, conhecida de savanas Brasileiras e Africanas com secas sazonais e fogo periódico. Entretanto, florestas subterrâneas com até dez espécies simpátricas dessa forma de crescimento como dominantes eram desconhecidas. A longevidade de uma das espécies de árvore subterrânea, a Jacaranda decurrens Cham. (Bignoniaceae), foi recentemente comprovada, mas a composição da vegetação de uma floresta subterrânea inteira e aspectos de sua fenologia nunca foram descritos. Neste estudo reportamos aspectos estruturais da vegetação de florestas subterrâneas usando a metodologia de Braun-Blanquet. Relevés foram levantados em junho-agosto (estação seca), outubro (início das chuvas) e dezembro (pico das chuvas) no período de 2009-2013 na Serra do Ouro Grosso e na Serra de Carrancas, ambos no Sul de Minas Gerais.Foram encontradas dez espécies simpátricas de árvores subterâneas: Anacardium humile, Andira humilis, Byrsonima
subterranea, Cordiera humilis, Duguetia furfuracea, Erythroxylum deciduum, Eugenia punicifolia, Jacaranda decurrens, Ouratea floribunda e Psidium cf. australe. Das espécies
lenhosas na vegetação, 65% tinham sistemas subterrâneos como xilopódios. Árvores eretas cobrem menos de 5% da área. O estrato arbustivo cobre de 5 a 25%. O estrato herbáceo, com 92 espécies, é o mais rico e apresentou a maior variação sazonal de cobertura. Com base nas escavações, estimamos que a fitomassa subterrânea dessa formação representa>90% do total, apesar dos solos serem muito rasos.A floresta subterrânea que ora descrevemos se encontra seriamente ameaçada por uma mineradora de areia que avança rapidamente em sua direção e pela pecuária.
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ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO ARBÓREA NATIVA DE UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL NO MUNICÍPIO DE SOROCABA, SP
Coelho, S.¹; Cardoso-Leite, E.²; Castello, A.C.D.³
¹Mestrando, PPGSGA, Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba (samucabeca@hotmail.com). ²Professor adjunto, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar),
campus Sorocaba. ³Mestranda, PPGDBC, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus
Sorocaba.
Com uma área de 62,42 hectares, o Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade (PNMCBio) localiza-se em Sorocaba, São Paulo, Brasil. Esta Unidade de Conservação abrigaum remanescente de Floresta Estacional Semidecidual de aproximadamente 20 ha e possui uma área de preservação permanente por circundar o córrego Campininha, um afluente do rio Sorocaba.Pela carência de estudos sobre a composição e estrutura da vegetação da área e de fragmentos na região,o objetivo foi analisar a estrutura da vegetação arbórea do remanescente no PNMCBio, fornecendo dados que auxiliem a gestão nas ações de conservação, recuperação e manejo da área.Foram alocadas 64 parcelas de 10x10m distribuídas aleatoriamente, sendo medidos e coletados todos os indivíduos com circunferência a altura do peito igual ou superior a 15cm. Os parâmetros fitossociológicos de densidade, frequencia e dominância (absolutos e relativos), além dos valores de cobertura e importância, foram calculados com o uso do software FITOPAC 2.1 (Shepherd, 2009). Foram identificadas 80 espécies,distribuídas em 29 famílias e 54 gêneros, sendo Lonchocarpus
subglaucescens Mart. ex Benth., Cupania vernalisCambess., Casearia sylvestris Sw., Machaerium stipitatum(DC.) Vogel e Platypodium elegansVogel as espécies que tiveram maior
representatividade quanto aos parâmetros fitossociológicos. Com 45,6% (36) das espécies consideradas não pioneiras e, 40,5% (32), pioneiras, a área encontra-se em estádio intermediário de sucessão econtém uma riqueza responsável por abrigar e alimentar algumas espécies animais silvestres, permitindo as interações ecológicas entre essas espécies. Mesmo com tamanho reduzido e em um contexto industrial, a área cumpre com alguns objetivos de sua criação, possuindo uma representatividade florística que contribui para a manutenção de
habitats, da diversidade e para a conectividade entre remanescentes no âmbito regional,
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SELEÇÃO DE GENES RESPONSIVOS À SECA EM COFFEA CANEPHORA USANDO FERRAMENTAS DE BIOINFORMÁTICA
Silva, F.S.P.1, Almeida, L.C.S.2, Santos, P.N.2, Loh, R.K.T. M.2, Alves-Ferreira, M2, Patreze, C.M.1
1
Instituto de Biociências, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde UERJ (fabio_wk@hotmail.com) 2Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O Brasil responde por mais de um terço da produção e exportação mundial do café, uma planta que tem sido melhorada geneticamente com características importantes como floração, tamanho de semente, resistência a doenças e à seca. Como o sequenciamento do genoma do café está em andamento, a identificação de novos genes relacionados a características importantes, como a resistência à seca, pode ser feita por meio da bioinformática, com posterior validação experimental. O objetivo deste trabalho foi a identificação de genes responsivos a seca em Coffea canephora, usando o banco de dados de bibliotecas de cDNAs disponível no Brazilian Coffee Genomic Project, para posterior análises da expressão gênica em plantas em situação de estresse hídrico. Todas as seqüências dos genes C-bindind factor-CBF,
Dehydration responsive element binding protein 2-DREB2, NAC domain proteins e Responsive to dessication 22-RD22, escolhidos a partir da literatura em estudos com Arabidopsis thaliana,
planta modelo em biologia molecular vegetal, foram recuperadas no banco de dados TAIR (The
Arabidopsis Information Resource) e usadas para gerar uma sequência consenso (cobbler)
entre elas. Tal sequência consenso foi utilizada como isca para recuperar sequências de café no usando a ferramenta tBLASTn. Todas as sequências com e-value< 10-5 foram recuperadas. A sequência cobbler foi utilizada também no banco de dados Phytozome, para recuperar genes de Vitis vinifera, Populus trichocarpa e Oryza sativa, que são outras espécies já sequenciadas, considerando um e-value<10-5. Os domínios de todas as sequências também foram recuperados e foram construídas duas árvores para cada gene, uma com as seqüências completas e outra com os domínios. Contigs de café foram selecionados para o desenho dos primers. Para a validação dos resultados estão sendo realizados experimentos de qPCR em amostras de C. canephora estressadas por déficit hídrico e amostras controle.
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IMPLICAÇÕES FILOGENÉTICAS DOS ELEMENTOS DE VASO EM ZINGIBERACEAE Gevú, K.V.1,4; Da Cunha, M.2; Barros, C.F.;, Pereira, S.M.1,5; Lima, H.R.P.1,6 1
Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ (kathlyn_vasconcelos@hotmail.com) 2Professor/Pesquisador - Laboratório de Biologia Celular e Tecidual, Universidade Estadual do Norte Fluminense, UENF. 3
Professor/Pesquisador, Laboratório de Botânica Estrutural, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, IPJBRJ. 4Estudante de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, UERJ. 5
Estudante de Graduação do Curso de Engenharia Florestal. 6Professor/Pesquisador
Zingiberaceae é um clado monofilético dentro das monocotiledôneas. Diversos caracteres morfológicos têm sido utilizados para a construção de árvores filogenéticas e esses em conjunto com os dados moleculares têm possibilitado a distinção em diversos níveis hierárquicos. O presente trabalho tem como objetivo incorporar os caracteres estruturais dos elementos de vaso das raízes de espécies de Zingiberaceae, à árvores filogenéticas pré-estabelecidas, a fim de verificar quais caracteres podem auxiliar na compreensão das relações entre às tribos Alpinieae e Zingibereae. As dez espécies estudadas provêm de áreas protegidas da Mata Atlântica e de cultivos particulares. As raízes foram processadas de acordo com as técnicas usuais de microscopia óptica e eletrônica de varredura. Os caracteres estruturais dos elementos de vasos selecionados para esse estudo abrangem o tipo, o número de barras e a inclinação da placa de perfuração e o tipo espessamento parietal. Na tribo Alpinieae, os elementos de vaso do metaxilema apresentam espessamento parietal escalariforme, reticulado e parcialmente pontoado. As espécies de Etlingera e Alpinia purpurata apresentaram placa de perfuração simples, enquanto que em Renealmia chrysotricha foi observado apenas placas de perfuração escalariforme. Os elementos de vaso do metaxilema das espécies da tribo Zingibereae são longos e estreitos, em sua grande maioria, apresentando placas de perfuração escalariforme, portando número variado de barras de acordo com o gênero. O clado Alpinia Eubractea, no qual está inserido Alpinia purpurata, é grupo irmão do gênero Etlingera de acordo com dados moleculares. Os táxons estudados apresentam caracteres comuns. Os gêneros da tribo Zingibereae, Curcuma, Zingiber e Hedychium, estão relacionados filogeneticamente e compartilham caracteres mais derivados. Os caracteres estruturais dos elementos de vaso auxiliaram na diagnose e no estabelecimento de parentesco entre as tribos estudadas.
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CARACTERIZAÇÃO MORFOANATÔMICA DA RAIZ DE CALOPOGONIUM MUCUNOIDES DESV (FABACEAE ) SOB O EFEITO DE ALELOQUÍMICOS
Feitoza, R.B.B. 1,3, Ribeiro, R.C. 4, Carvalho, M.G. 2,4, Lima, H.R.P. 2,3 1
Bacharel em Ciências Biológicas. 2Professor Associado/Pesquisador. 3Instituto de Biologia, Departamento de Botânica, UFRRJ. 4Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Química, UFRRJ. (rodfeitoza@ufrrj.br)
Alelopatia é o processo de produção e liberação de metabólitos secundários de origem vegetal que, através de interferências na divisão celular, respiração, fotossíntese e na permeabilidade da membrana celular, afetam o desenvolvimento de outras plantas. Os flavonoides e o ácido cinâmico são exemplos de aleloquímicos, sendo encontrados, por exemplo, em Brachiaria
humidicola, gramínea utilizada na composição de pastagens. O objetivo desse trabalho foi
analisar as características morfoanatômicas de C. mucunoides após tratamento com aleloquímicos. Sementes de C. mucunoides foram germinadas em caixas do tipo gerbox, com fundo de papel filtro embebido com água destilada (controle), solução de ácido trans-cinâmico ou mistura de flavonoides (quercetina, rutina, canferol e canferol 3-α-ranminosídeo). Após 10 dias de tratamento as raízes foram mensuradas, descritas e processadas segundo as técnicas usuais em anatomia vegetal, para análise estrutural. Observou-se que as plântulas crescidas em ácido cinâmico e na mistura de flavonoides apresentaram menores comprimentos total e radicular, com ramificação de raízes laterais junto ao ápice radicular, ou com ápice frequentemente atrofiado. A estrutura interna do C. mucunoides controle apresenta rizoderme com pelos absorventes, córtex com endoderme diferenciada, e xilema tetrarco. Nas plântulas crescidas em ácido cinâmico a endoderme é indistinta, há um número maior de elementos de vaso nos pólos. Nas demais tratadas com flavonoides, ocorre divisão periclinal das células da endoderme e do periciclo, e proliferação de elementos do floema e do xilema, esses últimos formam um cilindro, com medula desenvolvida. Tais alterações podem estar associadas com a interação desses aleloquímicos com fitormônios que regulam a divisão e a diferenciação celular, como por exemplo, as auxinas e citocininas. Os resultados sugerem que tais substâncias alelopáticas afetam o desenvolvimento e a estrutura radicular de C. mucunoides.
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INFORMATIZAÇÃO DA COLEÇÃO DO HERBÁRIO DIDÁTICO DA UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - UNIGRANRIO, DUQUE DE CAXIAS, RJ.
Araújo, M.S.1,2,5, Mattos, C.M.J.1,3, Nunes, P.V.D.1,2, Miguel, J.R.1,4 1
Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO). 2Bióloga. 3Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas. 4Professor Doutor do Curso de Ciências Biológicas e da Pós-graduação. (miria_simoes31@yahoo.com.br)
Herbários constituem uma coleção de plantas e fungos de essencial importância para estudos científicos. A informatização de um herbário é fundamental para o melhor gerenciamento de seu acervo e para auxiliar na divulgação de dados. O Herbário Didático da Universidade do Grande Rio (UNIGRAN) surgiu como resultado do projeto “Inventário Florístico da Estação Ecológica Estadual do Paraíso do Estado do Rio de Janeiro”, iniciado em 2006 com apoio da FAPERJ. Como primeiro passo para a reestruturação do Herbário UNIGRAN, este trabalho tem o objetivo de informatizar sua coleção botânica, buscando facilitar a administração do mesmo e a disponibilização de informações aos pesquisadores e estudantes desta e de outras instituições. O programa BRAHMS foi utilizado para incorporação dos registros presentes nas exsicatas. Os nomes científicos foram corrigidos de acordo com a bibliografia especializada. Os espécimes coletados em campo e seu habitat foram registrados em máquina digital e todas as exsicatas serão fotografadas, para posterior inclusão no banco de dados. Atualmente, o UNIGRAN possui 751 exemplares, sendo 381 angiospermas. Já estão identificados em nível de família 684 espécimes. Até o presente momento, 66% do acervo foi informatizado, permitindo verificar que as famílias mais representativas são Piperaceae (106 exemplares), Bromeliaceae (22) e Polypodiaceae (22). Ao final da informatização, o número de tombo será atribuído para cada espécime. Posteriormente, pretende-se iniciar a coleção de fungos e briófitas, além da montagem da carpoteca. Espera-se que a informatização do UNIGRAN, além de facilitar a consulta e manutenção de seu acervo, propicie intercâmbios de materiais com outros institutos, contribua com os projetos de pesquisa realizados na própria universidade e em parcerias com outros estabelecimentos de pesquisa e ensino e permita, futuramente, o cadastramento do herbário e do seu curador à Rede Brasileira de Herbários, fazendo com que a instituição seja mais participativa junto à comunidade cientifica.
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32
LEMBRANÇAS ESCOLARES DE BOTÂNICA Machado, C.C.¹, Amaral, M.B.²
1
Estudante; Universidade Federal Fluminense. (clara.cm@hotmail.com). 2Professora e Pesquisadora; Faculdade de Educação; Universidade Federal Fluminense.
Os vegetais estão presentes no nosso cotidiano dentro de nossas casas, na alimentação, mobília, roupas, e também nas ruas, no combustível para o carro, nos medicamentos, etc. Apesar da nossa convivência diária com esses seres, ainda é notável a precariedade no processo de ensino-aprendizagem na área de botânica. Os motivos que apontam para esta precariedade no ensino são recorrentes na literatura: a falta de contextualização do tema e de interesse dos alunos, os temas priorizados no currículo, a difícil linguagem científica, as imagens estrangeiras nos livros didáticos e a forma conteudista do ensino. Apesar de recorrentes, estes motivos não são suficientes, sendo necessária uma reflexão mais aprofundada sobre a falta de contextualização de um tema tão cotidiano em nossas vidas. A separação entre a produção científica da área das Ciências Naturais e das questões culturais tem sido incorporada "naturalmente" pela escola. Os currículos apresentam a ciência de forma independente do contexto cultural que a originou. Neste trabalho, foram aplicados questionários para 95 alunos da Universidade Federal Fluminense, dos cursos de Pedagogia e Ciências Biológicas. As seis perguntas procuraram investigar e despertar lembranças sobre o ensino de botânica tanto da escola quanto da universidade. Os resultados encontrados sugerem a carência de aulas práticas com interação com as plantas e a falta de aulas sobre o tema no período escolar como as memórias mais destacadas. O presente trabalho pretende discutir criticamente os resultados encontrados, problematizando o discurso corrente sobre as aulas práticas apontada pelos alunos e a falta de contextualização do ensino de botânica por parte da literatura.
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DUAS NOVAS OCORRÊNCIAS DE ESPÉCIES DE ASTERACEAE PARA ILHA GRANDE, RJ Silva, D.M.1, Esteves, R.L.2
1
Dissertação de Mestrado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (dilpdp@bol.com.br). 2
Professor Adjunto do Departamento de Biologia Vegetal, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
A vegetação da Ilha Grande faz parte do Bioma Floresta Atlântica, que possui altos índices de biodiversidade e cobre amplas regiões de zonas climáticas e formações vegetacionais tropicais a subtropicais. No Brasil, estende-se numa estreita faixa ao longo de quase toda a costa atlântica e interioriza-se atingindo parte da Argentina e do Paraguai. Asteraceae é a terceira maior família em número de espécies na Floresta Atlântica. Assim, buscou-se conhecer a representatividade dessa família na Ilha Grande, objetivando contribuir com a política de preservação e manutenção de seus ecossistemas. Nesse contexto, promoveu-se um levantamento bibliográfico, consultas a herbários e excursões periódicas de coleta em campo. O material coletado foi depositado no herbário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). Registraram-se na área de estudo 67 espécies subordinadas a 37 gêneros. Destacam-se nesse levantamento, Mikania campanulata Gardner e Struchium sparganophorum (L.) Kuntze.
Mikania campanulata é abrigada na tribo Eupatorieae, a espécie costuma ser confundida com M. hastato-cordata Malme. Struchium sparganophorum pertence à tribo Vernonieae, possui
corola com três pétalas, característica rara na família. Ambas as espécies são novas ocorrências para o Estado do Rio de Janeiro, o que leva a supor que, futuros inventários botânicos em locais menos visitados da Ilha, possam acrescentar um número substancial de novos táxons da família para a Ilha Grande.
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A SUBTRIBO ZYGOPETALINAE (ORCHIDACEAE) NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Barberena, F.F.V.A.1,4, Meneguzzo, T.E.C.2,5, Baumgratz, J.F.A.3,5
1
Doutorando. 2Mestrando. 3Professor/pesquisador. 4Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica), Museu Nacional. Universidade Federal do Rio de Janeiro. (lipefajardovab@yahoo.com.br). 5Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A família Orchidaceae apresenta importância ornamental e expressiva representatividade no Brasil, particularmente na Floresta Atlântica. Integrado nesse domínio fitogeográfico, o estado do Rio de Janeiro abriga 775 espécies, correspondendo a cerca de um terço das orquídeas brasileiras. Na última década, inventários florísticos englobando Orchidaceae tornaram-se frequentes nas Unidades de Conservação do estado. Dentro do projeto Flora do RJ, os dados disponíveis foram recém-sistematizados. Assim, no contexto estadual, propõe-se analisar a diversidade da subtribo Zygopetalinae, que representa cerca de 5% das orquídeas brasileiras e apresenta endemismos no país. Foram consultadas 70 referências bibliográficas, incluindo obras clássicas, revisões taxonômicas e floras locais, e 10 herbários das Regiões Sudeste e Sul. Confeccionou-se uma chave para a identificação das espécies. A subtribo Zygopetalinae está representada por 10 gêneros e 28 espécies, sendo Dichaea Lindl. e Zygopetalum Hook., os gêneros mais numerosos com sete espécies cada. Seis gêneros estão representados somente por uma espécie. Características morfológicas dos pseudobulbos, folhas, inflorescência, bractéolas, sépalas, pétalas, labelo, coluna e antera mostraram-se diagnósticas para identificação dos gêneros da subtribo. Todas as espécies ocorrem em uma ou mais Unidades de Conservação, exceto Promenaea lentiginosa (Lindl.) Lindl. e Promenaea malmquistiana Schltr., que também não são recoletadas há mais de 40 anos. Dichaea cogniauxiana Schltr. é a espécie que ocorre em maior número de Unidades de Conservação (6), todas de Proteção Integral. O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é o que abriga o maior número de espécies da subtribo (16). Warczewiczella wailesiana (Lindl) E.Morren (como Cochleanthes wailesiana (Lindl.) R.E.Schult. & Garay) é a única espécie incluída na lista de espécies ameaçadas da flora brasileira, porém, classificada como DD (dados deficientes). Evidencia-se assim a importância dos estudos taxonômicos com Orchidaceae nas Unidades de Conservação do estado e a necessidade contínua de preservação desses refúgios florestais para a conservação das espécies de Zygopetalinae.
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APRESENTAÇÕES PAINÉIS (P1-P106)
BIOQUÍMICA, FITOQUÍMICA E FISIOLOGIA
P1 Alexandre Paiva
Castro
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE MANEKIA OBTUSA MIQ. (PIPERACEAE)
P2 Ana Beatriz Romana
Viveiros
EFEITO ALELOPÁTICO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS RADDI EM ESPÉCIES DE RESTINGA
P3 Anna Flavia Rodrigues
Mortani Vilardo
ESTUDOS VISANDO À CONSERVAÇÃO IN VITRO POR CRIOPRESERVAÇÃO DE CLEOME SPINOSA JACQ
P4 Bruna Barros Froés AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DE EXTRATOS DE PETIVERIA ALLIACEA DE CAMPO E IN VITRO
P5 Bruno Rocha Silva
Setta
ESTUDOS EXPERIMENTAIS SOBRE A PRODUÇÃO DE BIOMASSA E ACUMULAÇÃO DE LIPÍDIOS POR UMA CIANOBACTÉRIA
POTENCIALMENTE ÚTIL PARA A PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEL.
P6 David Wilson Pereira
de Lucena Filho
MORFOGÊNESE IN VITRO DE CLEOME DENDROIDES SCHULT. & SCHULT. F.
P7 Davyson de Lima
Moreira
ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA POR CLAE-DAD-UV DE FRAÇÃO APOLAR BIOATIVA DE PIPER CABRALANUM C.DC.
(PIPERACEAE)
P8 Dayana Palmeira da
Silva Rosa
CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS PARA O CONHECIMENTO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE ESPÉCIES VEGETAIS DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO, PARTE II
P9 Gabriel Casimiro
Lopes Silva Santos
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM EXTRATOS DE PLANTAS IN VITRO E CALOS DE ARACHIS VILLOSULICARPA HOEHNE
P10 Hania Cristina Rosado
Silveira
EFEITO DE EXTRATOS APOLARES DE ESPÉCIES DE CLUSIA HILARIANA SOBRE INSETOS: DYSDERCUS PERUVIANUS E
ONCOPELTUS FASCIATUS
P11 João Pedro Furtado
Pacheco
AVALIAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE ZANTHOXYLUM TINGOASSUIBA (RUTACEAE) SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE
DYSDERCUS PERUVIANUS (PYRRHOCORIDAE) E ONCOPELTUS FASCIATUS (LYGAEIDAE)
P12 Lorena Rodrigues
Riani
ÓLEOS ESSENCIAIS E IDIOBLASTOS SECRETORES DE FOLHAS MADURAS E FOLHAS JOVENS DE PIPER CHIMONANTHIFOLIUM
KUNTH.
P13 Luana Brito do
Nascimento
ESTUDO DA CITOTOXICIDADE DO EXTRATO ETANÓLICO DE CALOS DE HOVENIA DULCIS THUNBERG
P14 Marcelo Guerra PERFIL QUÍMICO DE TECIDOS GALHADOS E NÃO GALHADOS DE MICROGRAMA VACCINIIFOLIA (LANGSD. & FISCH.) COPEL.
P15 Maria Carolina
Anholeti da Silva
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E DOSEAMENTO DE FLAVONÓIDES EM EXTRATOS DE CLUSIA LANCEOLATA
XXXII Jornada Fluminense de Botânica – Niterói/RJ
11 a 14 de setembro de 2013
Sumário36
P16 Mariana Pimenta Soares GonçalvesMULTIPLICAÇÃO IN VITRO DE PETIVERIA ALLIACEA L. SOB EFEITO DE DIFERENTES FITORREGULADORES
P17 Matheus da Silva
Tirado
CULTURA DE TECIDOS NA PRODUÇÃO DE RAÍZES ADVENTÍCIAS DE PERESKIA ACULEATA MILL.
P18 Sandra Zorat Cordeiro
MORFOLOGIA FOLIAR COMPARADA DE MANDEVILLA GUANABARICA (APOCYNACEAE) DE CAMPO E CULTIVADA IN
VITRO
P19 Simone Cristina de
Moura Lima
ATIVIDADE LEISHMANICIDA DE AURELIANA FASCICULATA (VELL.) SENDTNER VAR. FASCICULATA
P20 Taiane Santos de
Carvalho
PERFIL QUÍMICO DA FASE DICLOROMETÂNICA DE INFLORESCÊNCIAS DE EUPATORIUM ODORATUM (ASTERACEAE)
P21 Thiago José de Souza
Barboza
GERMINAÇÃO IN VITRO DE ANNONA MUCOSA (JACQ.) - ANNONACEAE
P22 Vanessa Baptista
Moss
CULTIVO IN VITRO DE KALANCHOE PINNATA (LAM.) PERS. VISANDO À PRODUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS
BOTÂNICA ESTRUTURAL E GENÉTICA
P23 Aliny Férras Peçanha
DIVERSIDADE MORFOLÓGICA DA CÉLULA EPIDÉRMICA DA PÉTALA ESTANDARTE DE ESPÉCIES DE DIOCLEA KUNTH.
(LEGUMINOSAE-PAPILIONOIDEAE-DIOCLEINAE)
P24 Andressa Silva Silva PERSEA AMERICANA MILL. - LAURACEAE: UMA ESPÉCIE DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA, NUTRICIONAL E MEDICINAL
P25 Andressa Silva Silva ANATOMIA FOLIAR DE VRIESEA LINDL. (TILLANDSIOIDEAE,
BROMELIACEAE).
P26 Anna Carina Antunes
e Defaveri
MICROMORFOLOGIA FOLIAR DE ALLAGOPTERA ARENARIA (GOMES) KUNTZE, ARECACEAE
P27 Arthur Rodrigues
Lourenço
ANATOMIA FOLIAR DE DALECHAMPIA PENTAPHYLLA LAM. (EUPHORBIACEAE)
P28 Bruna Nunes de Luna
ONTOGENIA DAS ESTRUTURAS SECRETORAS FOLIARES E COMPOSIÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE MYRSINE CORIACEA
(SW.) R.BR. EX ROEM. & SHULT E MYRSINE VENOSA A. DC. (MYRSINOIDEAE - PRIMULACEAE)
P29 César dos Prazeres
Silva
ANATOMIA FLORAL DE CLUSIA FLUMINENSIS PLANCH. & TRIANA (CLUSIACEAE)
P30 Gabrielle Reboredo
Menezes Vieira
PALINOTAXONOMIA DE ESPÉCIES DA FAMÍLIA EUPHORBIACEAE JUSS. OCORRENTES NAS RESTINGAS DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
P31 Gabrielle Reboredo
Menezes Vieira
PALINOTAXONOMIA DE ESPÉCIES DA FAMÍLIA RUBIACEAE JUSS. OCORRENTES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
P32 Hian Carlos Ferreira
de Sousa
DIVERSIDADE DA SEXINA NOS GRÃOS DE PÓLEN DE ESPÉCIES DE CUCURBITACEAE JUSS.
P33 Isabella Verissimo
Nader Haddad
ORGANOGÊNESE FLORAL EM MAYTENUS OBTUSIFOLIA MART. (CELASTRACEAE, CELASTRALES)
XXXII Jornada Fluminense de Botânica – Niterói/RJ
11 a 14 de setembro de 2013
Sumário37
P34 Leonardo Bona do NascimentoIDENTIFICAÇÃO ANATÔMICA DE MADEIRAS COMERCIAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
P35 Marcelle Paes Barreto ANATOMIA DAS FLORES PERFEITAS DE KIELMEYERA MEMBRANACEAE CASAR. (CALOPHYLLACEAE)
P36 Márcia Maria da
Rocha
ANATOMIA DAS FLORES PISTILADAS DE TOVOMITOPSIS PANICULATA (SPRENG.) PLANCH. & TRIANA (CLUSIACEAE)
P37 Nathane Berg COLÉTERES: UM NOVO CARÁTER ANATÔMICO PARA MYRTACEAE JUSS.
P38 Nattacha dos Santos
Moreira
MUDANÇAS NO PERFIL FENÓLICO E INDUÇÃO DE TECIDO DE PROTEÇÃO EM FOLHAS DE KALANCHOE PINNATA (LAMARCK)
PERSOON (CRASSULACEAE), A FOLHA-DA-FORTUNA, POR RADIAÇÃO UV-B
P39 Pablo Cavalcanti CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA E HISTOQUIMICA DAS FOLHAS DE ALLAMANDA CATHARTICA L. (APOCYNACEAE)
P40 Rodrigo Ribeiro
Tarjano Leo
ANÁLISE MORFOLÓGICA E PADRÃO DE NERVAÇÃO FOLIAR DE CYRTOPODIUM SP.
P41 Warlen Silva da Costa PONTOAÇÕES GUARNECIDAS EM MACHAERIUM PERS.: UM CARÁTER DE VALOR DIAGNÓSTICO NO XILEMA SECUNDÁRIO
P42 Wellington Souza de
França
MORFOLOGIA DO ESTIGMA DE UMA ESPÉCIE DE VRIESEA LINDL. (TILLANDSIOIDEAE - BROMELIACEAE)
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ECOTURISMO, GERENCIAMENTO AMBIENTAL E
CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
P43 Aline de Jesus Correia
HORTO BOTÂNICO: COMO TORNA-LO MAIS ACESSÍVEL À POPULAÇÃO E PROMOVER A PRESERVAÇÃO E A
CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL
P44 Aline Miranda Alves
EFEITOS DE MÉDIO PRAZO DA ADUBAÇÃO, PERÍODO DE INUNDAÇÃO E PORTE INICIAL DA MUDA NA SOBREVIVÊNCIA E
CRESCIMENTO DE CINCO ESPÉCIES EM PLANTIO DE RESTAURAÇÃO DE FLORESTA DE RESTINGA PERIODICAMENTE
INUNDÁVEL
P45 Aline Miranda Alves APORTE DE SERAPILHEIRA NA AVALIAÇÃO DE PLANTIOS DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA
P46 Ariane Cardoso Costa
A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE AGROECOLOGIA NAS PRÁTICAS DE ENSINO DO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO -
CAMPUS DE ALEGRE.
P47 Ariane Cardoso Costa HORTA SUSPENSA: INCENTIVO PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLAR.
P48 Bruno Moraes e Silva LAHVI: DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
P49 Lilian de Andrade
Brito
VIVA A ÁRVORE: CONTRUINDO UMA ÁRVORE COM PARTES VEGETAIS
P50 Ray Luiz Babilon
Carreço
SETOR AGROECOLÓGICO: VANTAGENS PARA A EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL, ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E PESQUISAS