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SELEÇÃO DAS ESPÉCIES PRIORITÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DE CORREDORES FLORESTAIS NA FAZENDA DO INSTITUTO VITAL BRAZIL EM CACHOEIRAS DE MACACU

SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO DE FANERÓGAMAS

SELEÇÃO DAS ESPÉCIES PRIORITÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DE CORREDORES FLORESTAIS NA FAZENDA DO INSTITUTO VITAL BRAZIL EM CACHOEIRAS DE MACACU

Pilla, T.P.¹, Silva, J.G.2, Cunha, L.E.R.³, Soares Filho, J.M.4, Lemos, B.L.5 1

Biólogo, Instituto Vital Brazil. 2Prof. Associado IV, Depto de Biologia Geral/UFF e Coordenadora do Laboratório Horto-Viveiro. 3Médico Veterinário, Diretor Científico/IVB. 4

Engenheiro Florestal, INEA/DIBAP/GESEF. 5Biólogo, INEA/DIBAP/GESEF/SEADA. (tppilla@gmail.com)

A Fazenda Vital Brazil encontra-se no Km 35 da estrada RJ-122, na localidade de Lugarejo Ambrósio/Cachoeiras de Macacu, entre as coordenadas 22°30'42.86"S 42°42'51.27"O. Inaugurada em 28 de abril de 2010, seu principal objetivo é a criação de equinos utilizados no processo da obtenção de plasmas como insumo farmacêutico ativo (IFA) à produção de soros hiperimunes. Possui 17 alqueires (79 ha), sendo 20 ha de mata preservada na vertente atlântica da Serra do Mar, dentro da Floresta Ombrófila densa (stricto sensu), em um relevo variando de 30 a 110 m.n.m., com pequenas elevações tipo meia laranja. Segundo a classificação de Köppen, enquadra-se no clima do tipo Af (tropical úmido). Encontra-se próximo a importantes unidades de conservação (Reserva Ecológica de Guapiaçu, Parque Estadual dos Três Picos). O objetivo do trabalho é a seleção de espécies prioritárias à recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente na formação de corredores florestais ligando os principais fragmentos de mata da região. Foram selecionados 16 ha para recuperação, incluindo as áreas de preservação permanente (mata ciliar, topo de morro, encosta e nascente) para formar 5 corredores e ligar 4 fragmentos no entorno da fazenda, contemplando diversas situações ecológicas e níveis de degradação observados. Com base em conceitos de restauração ecológica de ecossistemas, adaptados às condições e recursos locais, foram adotados diversas técnicas respeitando a sua capacidade de resiliência, distribuindo as espécies por nucleação ou enriquecimento, associadas à transposição de serrapilheira. Foram selecionadas 60 espécies para uso conforme suas necessidades ecológicas (solo, umidade, luminosidade) e síndrome de dispersão (anemo-zoo-autocórica), distribuídas em diversos grupos sucessionais (pioneira, secundarias e climácicas) conforme a Resolução CONAMA no 06/94. Priorizaram-se as espécies “bagueiras” (atrativas a fauna), de grande plasticidade ecológica ou ameaçada de extinção. Foi identificado uma diversidade expressiva de espécies dos diversos estágios de regeneração, potenciais a restauração de áreas antropizadas.

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SINCRONIA DE FLORES EM ESPÉCIES DE INSELBERG Peixoto, A.C.R.1,3, Klein, D.E.2,3

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Estudante de graduação. 2Professora. 3Depto de Botânica/ IBIO /Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). (alinechris87@yahoo.com)

Existem poucos trabalhos que avaliam aspectos reprodutivos das plantas sob as condições desafiantes em inselbergs. O objetivo deste estudo foi observar se houve sincroniaem termos da presençade flores em diferentes espéciesna borda de moitas de inselberg do morro da Urca. O trabalho de campo foi realizado entre novembro de 2012 e julho de 2013, na pista Claudio Coutinho e no Costão do Pão de Açúcar, Urca, RJ.As moitas analisadas estão distribuídas em 13 áreas. Nestas áreas foiverificada,uma a duas vezes por mês(ao todo foram 15 visitas) a fenologia de floração para as12 espécies mais frequentes.A presença de flores foi usada para o cálculo do índiceda sincronia(Z) na amostragem da população, proposto por Auspurger. Foi observada a presença constante de flores em todas as visitas ao campo, nas quais apenas uma área não exibiu flores em somente um dia de visita. As análises fenológicas indicam que: cinco das 12 espécies apresentaram flores em todas as observações;seis possuíam flores entre 14-7 dias; e uma apresentou flores em apenas quatro dias. As quatro espécies com o maior índice de sincronia estão entre as que exibiram flores em todas as visitas (Z entre 0,78 e 0,9). As sete espécies que apresentaram índices medianos de Z (entre 0,34 e 0,64) exibiram flores entre 15-7 dias. A única espécie com valor de Z próximo de zero(Z=0,02) exibiu flores em apenas quatro dias. Os dados obtidos indicam que há uma relação, ainda que não seja direta, entre o número de dias em que cada espécie exibiu flores e a sincronia da presença de flores entre as áreas amostradas. As 12 espécies acompanhadas pertencem a diferentes grupos taxonômicos, de forma que variações nos aspectos fenológicos podem ter relação com a evolução dos diferentes grupos.

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CHUVA DE SEMENTES NA AVALIAÇÃO DE PLANTIOS DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA Mendonça, C.M.1,2, Ferreira, L.A.2, Carrião, J.S.2, Oliveira, J.S.2, Silva, J.P.2, Zamith, L.R.3 1

Bolsista FAPERJ (E-26/100.798/2013) (cacarolmm@gmail.com). 2Alunos de graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal Fluminense. 3Professor e pesquisador - Laboratório de Ecologia Animal e Vegetal (LEAV) – Departamento de Biologia Geral - Universidade Federal Fluminense

A chuva de sementes é um dos processos ecológicos que garantem a futura regeneração natural numa comunidade vegetal e a proporção entre as síndromes de dispersão e a similaridade entre as espécies de dossel e da chuva de sementes são alguns dos atributos utilizados para avaliar seu estágio sucessional. Foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos sobre a chuva de sementes em florestas com os objetivos de caracterizar os métodos comumente empregados; sistematizar os resultados obtidos principalmente levando em conta os atributos de densidade de sementes, riqueza de espécies, representatividade das síndromes de dispersão e dos diferentes grupos sucessionais. A maioria dos estudos teve a duração de um ano, sendo as sementes coletadas mensalmente. Foram comparadas florestas em estágio sucessional avançado e clareiras com diferentes idades após a ocorrência do distúrbio, área de pastagem, borda e fragmentos florestais, fragmentos de diferentes tamanhos e plantios de restauração com diferentes idades e com diferentes espécies. A riqueza e densidade de espécies na chuva de sementes variaram bastante nos diferentes estudos (19 – 61 espécies amostradas e 67,4 – 1670 sementes.m-².ano-1). A densidade da chuva de sementes foi maior em áreas recentemente perturbadas devido ao maior aporte de sementes anemocóricas, porém a riqueza destas áreas tende a ser mais baixa. Sementes de espécies arbóreas predominaram, porém este resultado pode ter sido influenciado pela utilização de malhas de cerca de 1 mm nos coletores, o que não retém sementes de gramíneas e herbáceas. Foi observado um maior número de espécies zoocóricas em áreas de estágio sucessional avançado e em plantios de restauração com mais idade. Sementes de espécies pioneiras foram mais abundantes. Os padrões observados possibilitam a utilização da chuva de sementes como um dos processos ecológicos a serem investigados na avaliação do sucesso de plantios de restauração ecológica.

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SISTEMA REPRODUTIVO DE LOPHOGYNE LACUNOSA (PODOSTEMACEAE) Silva, I.C.¹, Koschniztke, C.², Bove, C.P.²

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Mestranda do Programa em Pós-graduação em Ciências Biológicas (Botânica) - Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2Professora do Departamento de Botânica - Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro. (inaracarolina@hotmail.com).

Lophogyne lacunosa é endêmica do domínio Mata Atlântica e restrita ao Espírito Santo, Minas

Gerais e Rio de Janeiro. Suas flores são solitárias com 2-5 tépalas, os estames variam de 1-4, apresentam dois estigmas planos e livres com margem irregularmente dentada. O estudo foi realizado no Rio São Pedro, Frade, Macaé-RJ, nos meses de junho a agosto/2012. Para os experimentos do sistema reprodutivo, cada rocha foi considera um indivíduo e os tratamentos que exigiram ensacamento foram realizados com sacos plásticos de 100L e mantidos até o final da antese. Foram realizados cinco tratamentos: controle (n=20); autopolinização manual (n=22); polinização cruzada manual (n=42); apomixia (26) e polinização cruzada natural (n=51), onde as anteras foram retiradas e o indivíduo não foi ensacado. Os frutos resultantes foram quantificados e são apresentados em porcentagem. As flores de Lophogyne lacunosa apresentam protoginia incompleta, isto é, os estigmas estão receptíveis antes da abertura das anteras e se mantém assim durante toda a fase masculina. A autopolinização espontânea ocorre com o início da deiscência das anteras devido à proximidade com um dos estigmas. Subtraindo-se a porcentagem de frutos formados pela polinização cruzada natural (12%) e do controle (78%), obtém-se 66% de frutos, sendo a maioria deles provavelmente provenientes de autopolinização natural. No tratamento de polinização cruzada a porcentagem de frutos formados (57%) foi maior que na autopolinização manual (31%). Ressaltando que a apomixia existe (31%), é provável que todos os resultados dos outros tratamentos apresentem sementes apomíticas. A autopolinização natural predomina no sistema reprodutivo de

Lophogyne lacunosa e a polinização cruzada natural ocorre, porém é inexpressiva. A produção

de frutos por apomixia é maior do que a por polinização cruzada natural. (Agradecimentos: CAPES e CNPq)

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