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COORDENADORIA DAS ASSOCIAÇÕES ORQUIDÓFILAS DO BRASIL N O 55 JUL A SET 2004

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NO 55

JUL A SET 2004 COORDENADORIA DAS ASSOCIAÇÕES ORQUIDÓFILAS DO BRASIL

Mormodes rosea Barb. Rodr.

Foto: M. A. Campacci

(2)

Boletim CAOB

Boletim CAOB

Boletim CAOB

Boletim CAOB

Boletim CAOB

COORDENADORIA DAS ASSOCIAÇÕES ORQUIDÓFILAS DO BRASIL NO 55 JUL a SET 2004 Editorado em setembro de 2004 Distribuição: 10/10/2004 ISSN 1419-4590 Produção

Outras plantas presentes nas exposições – circuito CAOB

DIRETORIA

Presidente Valdenes Augusto Jordão (Santa Rita do Passa Quatro - SP)

1o Vice-Presidente Carmen Silvia Drub Guimarães Gallo (Jaboticabal - SP)

2o Vice-Presidente Oswaldo Franchini (Uberaba - MG)

Secretário Geral Odair Vanin (Porto Ferreira - SP)

1o Secretário Fernando César Schincariol (Capivari - SP)

2o Secretário José Mário Júlio (Ribeirão Preto - SP)

1o Tesoureiro José Carlos Baptista (Porto Ferreira - SP)

2o Tesoureiro João Baso (Porto Ferreira - SP)

CONSELHO DELIBERATIVO

Gérsio José Rossi (Matão - SP), Ronald Orney Gallo (Jaboticabal - SP), Marco Aurélio Gilberti (Franca - SP), Sônia B. dos S. Valiatti (Catanduva - SP), Orquidário Melos (Votuporanga - SP), Adolpho Radaelli (Guaxupé - MG), Salvador Antonio Gorni (Piracicaba - SP), José Mário Júlio (Ribeirão Preto - SP), Roberto F. de Campos (Leme - SP), Paulo Ivo Feierabend Filho (Jaú - SP), Oscar V. Sachs Jr. (Taubaté - SP), Wilson Ribeiro de Andrade (Araguari - MG), César Augusto da Silva Wenzel (Orquidário Rio-clarense, Rio Claro - SP) e Reinaldo M. Alcardo (KS Orchids,

Pindamonhangaba - SP).

Presidente Luiz Carlos Setti (Batatais - SP) Secretário Nivaldo José Cruz (Botucatu - SP)

CONSELHO FISCAL

Luiz Devitte Gomar (Porto Ferreira), Antonio Francisco Consoli (Leme) e Luiz Eduardo de Oliveira (Batatais).

CORRESPONDÊNCIA PARA A CAOB

Rua Nelson Pereira Lopes, 305 A – Piso superior – Porto Ferreira - SP CEP 13660-000 – Fone/Fax (19) 3581-4168

e-mail: caob@netsite.com.br

secretaria@caob.com.br

Página na Internet: www.caob.com.br

Expediente

Publicidade e Distribuição

Valdenes Augusto Jordão

Rua Nelson Pereira Lopes, 305 A – Piso superior Porto Ferreira - SP – CEP 13660-000 Fone/Fax (19) 3581-4168 e-mail: secretaria@caob.com.br caob@netsite.com.br

Editor

Marcos Antonio Campacci

Rua Glória do Goitá, 86 - Sândalo 3 – São Paulo - SP CEP 03222-010 – e-mail: campacci@cpo.org.br

Boletins

e-mail: boletins@caob.com.br

Editora Brasil Orquídeas Pça. Com. Marcelino Monteiro, 111

Sala 11 - centro - CEP 12030-010 Taubaté - SP – Fone (12) 229-3990 e-mail: brasilorquideas@uol.com.br

Editoração e Diagramação

Rosana Barbosa de Souza (Editora Brasil Orquídeas)

Fotolitos

Futura Fotolito - Fone (12) 222-3888

Impressão e Acabamento

Resolução Gráfica Rua Dr. Emílio Winther, 108 CEP 12030-001 - Taubaté - SP Fone (12) 222-1020

Tiragem

2000 exemplares

Capa

Baptistonia echinata Barb. Rodr.

Cultivo: Orquidário Paulista - São Paulo, SP Foto: Celso José Vilarinho Gioso

CAOB

CAOB

Coelia bella Rchb. f.

Foto: Paulo Maurício Borges

Cultivo: Celso Cestari (Santo André, SP)

Lc. Chine ‘Button D’Or’ × Blc. Toshie Aoki ‘Miniflares’

Foto: Joaquim Auto de Oliveira Neto Cultivo: Orquidácea (Guararema, SP)

Baptistonia echinata Barb. Rodr.

Foto: Celso José Vilarinho Gioso

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lindenii, a chamada "orquídea fantasma", uma planta nativa do local

onde ele vive e que sempre foi motivo de lendas e também inspiração para um filme muito famoso chamado "A Orquídea Selvagem".

Americo Docha Neto, diretor técnico do Círculo de Orquidófilos de Poços de Caldas, MG, analisa a única espécie brasileira da seção Heterantha do gênero Oncidium, mostrando através de fotos, todas as caracterís-ticas dessa planta.

Como sempre, mostramos aspectos das exposições de orquídeas das sociedades filiadas à CAOB ou plantas que se constituiram em des-taque. Neste número recebemos material das exposições de Matão, Estado de São Paulo, de Sidrolândia, Mato Grosso do Sul, e de Guaxupé, Minas Gerais.

O objetivo principal desse trabalho realizado por Cristiano Pedroso de Moraes foi a realização de estudos morfoanatômicos nos ovários das flores de Catasetum fimbriatum Lindley, chegando a interessantes conclusões sobre a expressão sexual daquelas flores.

Descrição de dois híbridos naturais novos para a flora brasileira, um do Estado de São Paulo e outro de Minas Gerais. O primeiro, uma planta já bem conhecida de todos e que ainda não estava descrita, e a outra, encontrada numa floresta remanescente onde existem populações dos seus ascendentes que dividem o mesmo hábitat.

Conversando com o leitor

Conversando com o leitor

66

Índice

Última Página

Última Página

96

Oncidium seção Heterantha

72

Análise morfoanatômica do ovário de Catasetum fimbriatum Lindl.

75

Circuito CAOB - Exposições

80

Polyradicion lindenii -

a orquídea fantasma

67

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(4)

O BOLETIM CAOB é publicado pela Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil (CAOB) e distri-buído às sociedades orquidófilas, profissionais coordenados e aos sócios colaboradores. Para receber o boletim individualmente é necessário inscrever-se na CAOB como sócio colaborador e subscrever uma assinatura, que dará direito a 4 edições.

As opiniões emitidas em artigos assinados, bem como orientações e recomendações de qualquer natureza, são de responsabilidade de seus autores. Produtos e serviços anunciados devem ser utilizados segundo as instruções dos fornecedores, que são responsáveis nos termos do Código de Defesa do Consumidor, não cabendo à CAOB ou ao BOLETIM CAOB nenhuma responsabilidade.

O BOLETIM CAOB está aberto a todos que queiram divulgar trabalhos de sua autoria, de preferência inéditos, sobre assuntos relacionados à orquidofilia, orquidologia, botânica e ecologia. Os trabalhos enviados serão selecionados pela Comissão Editorial, secretariada pelo Editor. Não haverá qualquer tipo de remuneração pelos trabalhos publicados.

O BOLETIM CAOB autoriza a publicação de qualquer matéria aqui divulgada, desde que não haja reserva de direitos ou proibição expressa e desde que seja citada a fonte.

Informações

onversando com o Leitor

onversando com o Leitor

CC

Uma das coisas mais importantes com relação às orquídeas é a sua preservação. Infelizmente, a falta de respeito à natureza dos chamados "mateiros" e, pior do que isso, dos seus receptadores, muitos deles comerciantes que devemos considerar inescrupulosos, faz com que essa utópica preservação dos hábitats se torne apenas uma "estória pra boi dormir", haja visto o grande número de plantas à venda provenientes dos mais diversos locais, e que não conseguem saciar a sede do lucro fácil. E apesar de tudo, sabemos que é possível coletar conscientemente, sem agredir de forma irreversível as nossas matas. Sabemos perfeitamente que todos fomos e continuamos sendo responsáveis pela diminuição da mata nativa, construindo nossas cidades, estradas, etc. em cima de onde antes havia florestas, campos, rios ou lagos, para abrigar mais construções ou usar para agricultura e criação de gado, mas contra isso nada ou quase nada se pode fazer. Acreditamos no entanto que os orquidófilos podem cooperar em parte contra essa destruição, no que diz respeito a não comprar plantas vindas diretamente das matas, inibindo a ganância de alguns "mateiros" e comerciantes que não se satisfazem com a coleta de poucas plantas (ou pedaços delas), procurando depois reproduzi-las por semente ou meristema, de maneira contrária à de pessoas conscientes que só coletam plantas que estejam correndo risco de morte na mata, como por exemplo epífitas fixadas em árvores ou galhos caídos, ou plantas provenientes de desmatamentos.

Temos consciência também que se coletas não tivessem existido, não conheceríamos nossas espécies, e em hipótese alguma podemos ser radicais nesse sentido. É essa coleta consciente que aqui abordamos, pois a felicidade de uma pessoa quando encontra uma planta diferente do que está acostumado a ver na natu-reza é sempre um acontecimento marcante, ainda mais se ela é depois reconhecida como nova espécie, híbri-do ou mesmo variedade. Qual a pessoa que já anhíbri-dou pelas nossas matas e não tem uma história "fantástica" para contar? É o caso de João

Felismino, do Rio Grande do Norte, exultante de alegria com a sua des-coberta (foto acima), e de Sebastião Onaka, de São Paulo, nas fotos ao lado contando a sua aventura ocorrida há muitos anos no litoral sul do Estado, onde encontrou uma nova orquídea.

o editor

João Felismino com a sua descoberta

(5)

Polyradicion lindenii

a orquídea fantasma

D

Jay Pfahl* (texto e fotos)

urante a leitura do livro “O ladrão de Orquídeas” (“The Orchid Thief”) em 1988, começou a minha real fascinação pelas orquídeas, com a descoberta do Polyradicion lindenii, uma orquídea mais conhecida pelos nomes Polyrrhiza lindenii,

Dendrophylax lindenii, Aeranthes lindenii, e finalmente Angraecum lindenii, que é o seu basiônimo.

O autor daquele livro tem uma versão errônea e uma idéia difícil de aceitar, do modo como foi colocada, com um empresário fazendo tudo para comercializar a famosa “orquídea fantasma”. Naquela versão, ele colocava seus amigos indígenas à procura e coleta das mesmas, uma vez que as leis norte-americanas permitem-lhes coletar espécies nativas por fazer parte da sua cultura. Assim, o empresário poderia depois ajudá-los a cultivar a partir de sementes e fazê-las crescer por 6 a 7 anos para então, próximas de florir, comercializá-las para milhares de desejosos clientes que de outra forma não as conseguiriam ver floridas, em razão das dificuldades naturais de cultivo dessa espécie. Pergunto-me por que ele não coletou cápsulas de sementes diretamente da mata, em vez de enviar um grupo de nativos para coletar plantas em lugares remotos da mata? Grande absurdo, ademais porque elas florescem por menos de uma semana em maio ou junho, imagine-se como fazer um milhão de dólares com a sua venda...

Ah! no filme sobre o livro, uma adaptação estrelada por Nicholas Cage, eles vão tão longe a ponto de dizer que fumar a “orquídea fantasma” era semelhante a fumar “marijuana” (maconha) com poderes alucinógenos. Nada poderia ser mais distante da realidade que

vender livros e filmes com uma tendência de passar por cima do que realmente é verdadeiro. Imaginem um filme sobre uma orquídea que não pode ser mostrada... No filme, como não conseguiram encontrar uma “orquídea fantasma” florida, porque isto é realmente uma coisa rara, o que fizeram para resolver o problema? De forma ridícula, Hollywood usou então de um artifício, comprando uma Phalaenopsis bem barata, cortaram fora as folhas da planta e, alterando a sua aparência com a retirada das pétalas, deixaram-na com um aspecto estranho, usando-a então para ilustrar a “orquídea fantasma”. É tudo o que há para “Hollywood e as orquídeas”...

A seguir o que há de real sobre a “orquídea fantasma”, com duas fotos reais, uma na mata e a outra de uma planta cultivada.

Descrita inicialmente por John Lindley em 1846 a partir de uma planta coletada em Cuba, foi depois 6 vezes transferida de gênero, até permanecer com o nome atual Polyradicion, descrito por Leslie Garay em 1969. Whitten e Nir (2002) a tinham movido de volta para

Dendrophylax por causa da sua estrutura

molecular e similaridades morfológicas, mas eu prefiro as distinções apontadas por Garay para o gênero Polyradicion. Ele separou P. lindenii e P. sallei de Dendrophylax porque essas plantas têm labelo profundamente bifurcado e as outras espécies não. Somente uma dessas duas é encontrada nos Estados Unidos e ape-nas no extremo sul da Flórida.

A realidade

(6)

Há várias árvores onde essa planta se agarra firmemente, geralmente no tronco, com suas raízes muito verdes que chegam a mais de 50,0 cm de comprimento e se fixam aos troncos. São diferentes dos Campylocentrum e dos

Dendrophylax, os quais têm raízes rígidas

que não se fixam e não se ajustam bem às cascas das árvores. Muitas espécies de

Campylocentrum se fixam a pequenos e

tênues ramos e ficam dependurados neles à mercê da brisa. Polyradicion lindenii tem raízes teretes com traços brancos que aderem firmemente ao tronco do seu hospedeiro (como outras plantas não fazem) e se estendem por muitos centímetros, convivendo com outras plantas na mesma árvore. As raízes emergem de um mesmo nódulo central, de forma radial e têm inicialmente a cor verde esmeralda.

Polyradicion, Campylocentrum e Dendrophylax são os únicos três gêneros

representantes da tribo Vandeae no continente americano, a qual tem sua grande maioria de gêneros distribuídos pela Ásia. Os represen-tantes asiáticos sem folhas incluem

Taeniophyllum e Chiloschista e há centenas

de outros gêneros dotados de folhas.

Polyradicion lindenii é comumente

conhe-cida como a “orquídea fantasma”, porque é dificilmente vista quando não está em flor pela ausência de folhas, tendo apenas raízes. Essa espécie possui clorofila nas suas raízes e pode então sintetizar alimentos, transformando-os em energia sem o auxílio das folhas.

Vegetam num hábitat muito específico na Flórida, bem como em Cuba e nas Bahamas, num ambiente pantanoso quente e muito ilu-minado. Usualmente, para observar essa espécie no pântano Faxcahatchee você tem que caminhar com dificuldade através de centenas de metros com água até a cintura, escorregando ocasionalmente para dentro de buracos e tomando cuidado com serpen-tes aquáticas venenosas. Três anos atrás eu tive sorte e visitei esse pântano durante uma estiagem e ele se encontrava com boas con-dições para caminhar por uma área onde essa espécie ocorre em maior número, não se encontrando muito lamacento.

(7)

A inflorescência aparece desse centro, ar-queada ou pendente, com 7,5 a 25,0 cm de comprimento, com 3 a 4 bainhas ocres de 7,0 mm de comprimento e carregando flores, uma por vez, que se abrem em sucessão de até dez. As flores são grandes, ressupinadas, ex-planadas, com um perfume muito agradável. Têm ovário delgado, com pedicelo de cerca de 3,0 cm de comprimento. As sépalas são reflexas, similares entre si, linear-liguladas, com 2,1 cm de comprimento por 0,5 cm de largura. O labelo tem a forma semelhante a pernas aber-tas de uma rã, é séssil, trilobado com os lobos basais recurvados, de contorno ovalado, e o lobo central emerge de um largo istmo trapezoidal, é profundamente bífido, com um minúsculo apículo central em forma de seio. Os segmentos laterais são muito longos, divaricados, linear-ligulados, agudos. O disco ostenta na base uma calosidade linear sagitada. O esporão é fino, arcuado, infundibuliforme e muito longo, atingindo mais de 8,0 cm. Tem coluna robusta, muito curta, com rostelo emarginado. A antera é transversalmente reniforme e carrega 2 polínias triangulares num curto, amplo e papiloso estipe, com viscídio longo. As flores quando polinizadas formam um fruto cilíndrico, de seção aproximadamen-te hexagonal, similar aos da Vanilla, podendo atingir até 10,0 cm de comprimento.

Essa espécie prende a atenção das pessoas quando está florida. É um verdadeiro choque visual! Eu a vi pela primeira vez alguns anos atrás na casa de amigos em Chicago. Entre-tanto, eu só a vi florida uma vez na natureza, apesar de tê-la encontrado em quatro oca-siões. As flores com longas pernas de “rãs saltadoras”, as fazem muito diferentes de qualquer outra orquídea.

Eu cultivo essa planta assentada sobre um rígido pedaço de casca de árvore. Meus exem-plares são clones que florescem a cada 2 ou 3 anos, mas tenho um amigo que as cultiva em peças de cortiça e lhes dá muita umidade, ar estagnado e luz muito forte e consegue floração a todo ano. Essas plantas precisam de tempe-ratura alta e regas regulares enquanto crescem,

na primavera e no verão, e regas gradualmente mais moderadas quando em dormência, à medida que o inverno se aproxima. O nosso inverno pode ter temperaturas próximas dos 40 graus Fahrenheit (1), mas em média 50oF ,

enquanto que no verão temos média de 88oF,

podendo atingir mais de 100oF. A luminosidade

ambiental tem que ser muito elevada, pois nun-ca conseguimos encontrar essas plantas em áre-as mais escuráre-as.

Nos Estados Unidos há ainda outras plan-tas desprovidas de folhas, como por exemplo o Campylocentrum porrectum (Rchb. f.) Rolfe, uma orquídea miniatura que pode ser encontrada inclusive em velhos cítricos antes cultivados . São encontradas não só na Flórida, mas também no Caribe e na América Central. Essa planta é chamada "Jingle Bell Orchid", por-que os frutos são maiores por-que as flores e ficam dependurados em cachos, balançando com o vento. Têm raízes teretes, como em P. lindenii, mas são diminutas no tamanho, com menos de 2,0 mm de diâmetro, e sem estrias brancas. A planta em si tem flores pequenas, amareladas, que emergem como um fascículo de muitos racemos dísticos, flácidos, teretes, filiformes, com 5,0 cm de comprimento. As flores não ressupinam, são pequenas, cor amarelada, com ovário clavado, glandular com cerca de 2,0 mm de comprimento. A sépala dorsal é elíptico-obovada, obtusa, com 2,5 mm de comprimento por 1,2 mm de largura. As sépalas laterais são um tanto elípticas, acuminadas, com 2,5 mm de comprimento por 1,0 mm de largura. O labelo é livre, séssil, inteiro, côncavo, obtuso, apiculado com margens involutas e mede 2,5 mm de comprimento por igual largura quando explanado. O disco apresenta um tubérculo ere-to, oblongo, na base do apículo. O esporão é mais largo do que longo, globoso, comprimido na base e tem por volta de 1,0 mm de compri-mento. A coluna é curta e a antera em forma de meia-lua, com 2 polínias obovóides. Os frutos têm 6,0 mm de comprimento, como pequenos sinos, daí o nome "Jingle Bell Orchid".

(1) Usa-se a fórmula oC = 5/9 (oF - 32) para converter

(8)

* Jay Pfahl 301 Duval Street Key West, FL 33040 - USA www.orchidspecies.com jfal@sprynet.com

A outra orquídea sem folhas da Flórida é o

Campylocentrum pachyrrhizum (Rchb. f.)

Rolfe, também conhecida pelo nome de

Aeranthus pachyrrhizus Rchb. f., o seu

basiônimo, ou Aeranthus spathaceus Griseb. Comumente é conhecida como "orquídea en-feitada" por causa das duas fileiras regulares de flores na sua inflorescência pendente. Ela vegeta nas mesmas áreas do pântano Faxcahatchee onde existe P. lindenii. Pode ser distinguida pelas suas raízes achatadas e pelas flores cor de pêssego sobre inflorescência em forma de fileiras simétricas. Essa espécie é tam-bém encontrada em grande parte do território de Porto Rico, Cuba, Jamaica, América Cen-tral, chegando até a América do Sul, na Bolí-via. As raízes achatadas são de cor verde oliva com extremidade levemente alaranjada. As inflorescências emergem como um fascículo de racemos de 3,5 cm de comprimento, com vá-rias flores dispostas disticamente, com brácteas proeminentes, marrons, acuminadas, com mar-gens onduladas, de 3,0 mm de comprimento. Carregam muitas pequenas flores não ressupinadas, com sépalas agudas de 5,0 mm de comprimento por 1,5 mm de largura; péta-las linear-lanceoladas, agudas, de 4,0 mm de comprimento por 1,0 mm de largura; labelo livre, séssil, suborbicular, indistintamente trilobado, com lobos laterais obtusos e central triangular e acuminado, internamente papiloso, no total com 1,5 mm quadrado. A flor tem um

pequeno esporão em forma de saco, dilatado em direção ao centro, com ápice obtuso, no total com 2,0 mm de comprimento e 0,7 mm de espessura. A sua coluna é muito curta e carrega duas polínias e s v e r d e a d a s . Quando as flores são fecundadas formam frutos ovóide-fusiformes, pubescentes, com cerca de 8,0 mm de comprimento, dotados de estrias longitudinais.

Mudas a partir de sementes das três espé-cies citadas podem ser adquiridas e cultivadas nos Estados Unidos, evitando-se dessa ma-neira que as pessoas as coletem na natureza e coloquem em risco o seu hábitat. A população inteira das orquídeas sem folhas está confina-da a poucos e pequenos lugares em uma comarca (uma divisão política dos Estados) e poderia facilmente ser destruída por colecio-nadores menos cuidadosos. Temos também que contar com a possibilidade de um incên-dio florestal que poderia destruir essa área onde vegetam essas interessantes espécies, o que levaria muitos anos para a sua recuperação, se é que isso pudesse realmente acontecer... „ Bibliografia

Wild Orchids Of Florida, Paul Martin Brown University Press of Florida, 2002 Orchidaceae Antilleae, Mark Nir, 2000

Drawings of Florida Orchids, Blanche and Oakes Ames 2nd edition, 1959

The Manual of Cultivated Orchid, Bechtel Cribb Launert, 1992

The Internet Orchid Species Photo Encyclopedia: http://www.orchidspecies.com

Abstract

Jay Pfahl talks about the Polyradicion

lindenii, called the "Ghost Orchid", a species

that can be found near the place where he lives, in Southern Florida, USA.

(MAC)

Polyradicion lindenii

(9)

K

K

K

K

K.S

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.S. ORCHIDS

. ORCHIDS

. ORCHIDS

. ORCHIDS

. ORCHIDS

Representante de Tajima Orchids

Plantas naturais brasileiras Plantas naturais importadas

Caixa Postal 168

Fone: (12) 243-1753 - CEP 12400-970 e-mail: ksorchids@terra.com.br

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(10)

Oncidium seção Heterantha

Americo Docha Neto* texto e fotos

E

sta seção do gênero Oncidium possui como característica principal uma curiosa inflorescência paniculada com dois tipos de flores, as normais, com coluna sigmóide e rostelo alongado semelhante a uma probóscida, e as flores estéreis, pequenas e

Características morfológicas da única espécie brasileira

cm de diâmetro, podendo alcançar até 25,0 cm de comprimento por 8,0 cm de largura, ostentando dezenas de flores de dois tipos diferentes.

Pequena planta epífita, possuindo pseudobulbos fusiformes lateralmente achatados, apresentando es-trias longitudinais com sulcos de pouca profundida-de, levando a um aspecto relativamente liso, possu-indo um comprimento de até 2,5 cm, largura de até 1,2 cm e espessura de até 0,8 cm, unidos através de um rizoma curto. O crescimento é do tipo sub-cespitoso. As folhas são de formato elíptico-lanceolado cujo

comprimento pode alcançar até 7,5 cm e a largura até 1,3 cm na sua porção

em grande número, cuja função ainda perma-nece desconhecida.

Das aproximadamente 24 espécies incluídas nesta seção, nosso país conta com apenas uma única representante, a qual é o objeto deste nosso trabalho.

Oncidium heteranthum Poeppig & Endlicher

Publicação original: Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 34, t. 60. 1836. Significado do epíteto latino:

heteranthum = flores discrepantes ou diferentes.

em pequena quantidade, situadas geralmente nas extremidades dos ramos da panícula, que duram 10 dias em média, possuindo 2,0 cm de comprimento e 1,6 cm de largura, de colo-ração amarelo-ouro, com máculas castanhas dispersas na região do disco do labelo e estri-as laterais também acestri-astanhadestri-as, dispostestri-as

a) Flores normais:

mediana, implanta-das no ápice dos p s e u d o b u l b o s , freqüentemente monofoliados.

Em um dos lados do pseudobulbo mais re-cente, há uma bráctea que o reveste parcial-mente, mais desenvolvida do que a do lado oposto, com até 3,0 cm de comprimento e 0,8 cm de largura, entremeada por uma haste paniculada que emerge da sua base. Com o envelhecimento do pseudobulbo, as brácteas secam e as folhas podem cair.

A panícula floral apresenta raque com 0,5

Aspecto geral

(11)

paralelamente nas pétalas e em menor quan-tidade nas sépalas. O pedúnculo floral é deli-cado, possuindo 2,0 cm de comprimento e 3,0 mm de diâmetro.

A sépala dorsal possui 0,8 cm de compri-mento por 0,2 cm de largura, e permanece inclinada em direção ao plano posterior. As sépalas laterais são totalmente livres, possuindo 0,8 cm de comprimento e 0,2 cm de largura, inclinadas na direção posterior, ficando escon-didas pelo labelo frontalmente, de modo que para a sua visualização, torna-se necessária a observação da porção posterior da flor aberta.

As pétalas são conspícuas, possuindo 0,9 cm de comprimento e 0,3 cm de largura, implan-tadas formando uma pequena angulação na direção superior da coluna na visão fron-tal, sendo que permanecem no mesmo plano do labelo.

O labelo é trilobado, sendo que os lobos laterais estão dispostos em forma de forquilha, entre os quais está situado o disco, apresen-tando numerosos calos complexos dispersos irregularmente, sendo que um deles, situado na sua porção mediana inferior, é um pouco mais longo, com o formato de pequeno corno recurvado para cima.

O lobo distal, bem maior, é formado atra-vés da cintura existente logo abaixo do disco e possui uma reentrância profunda que se origina na sua porção ínfera mediana, estendendo-se até a proximidade do seu terço superior, origi-nando assim dois lóbulos bem distintos.

A coluna possui comprimento de 0,6 cm e diâmetro de 0,2 cm, lateralmente sigmóide, semelhante ao gênero Sigmatostalix, lem-brando a letra S. A antera possui formato de capacete, notando-se na sua porção inferior um pequeno ponto avermelhado que repre-senta o retináculo adesivo que sustenta as polínias através do seu caudículo. A cavidade estigmática, em relação ao tamanho da coluna, é avantajado, de contorno praticamente circu-lar na sua porção externa.

Bem menores e em maior número, distribuí-das em todistribuí-das as porções dos ramos da panícula, possuindo cinco estruturas florais dispostas em formato de estrela pentagonal regular, cada qual com 0,4 cm de comprimento e 0,1 cm de largura. Algumas delas se posicionam bem espalmadas, enquanto que outras podem se apresentar semi-abertas. b) Flores abortadas: Detalhe da flor Detalhe da calosidade Detalhe da calosidade Flores abortadas

(12)

* Americo Docha Neto Diretor Técnico do Círculo de Orquidófilos de Poços de Caldas – MG e-mail: studium@matrix.com.br Abstract

Americo Docha Neto talks about group Heterantha of the genus Oncidium. Brazil counts with just a single representative of this group, that is the object of this work.

(ADN)

Bibliografia:

Orchidaceae Brasilienses; G.F.J. Pabst & F. Dungs; Brücke-Verlag 1977; Vol. II, pg. 192. Stein’s Orchideenbuch; Berthold Stein; Verlag Von Paul Parey; Berlin, 1892; pg. 414.

Ocorrência:

No Brasil, é encontrado na sua porção setentrional, mais especificamente no Estado do Pará. Ocorre também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, Costa Rica e Panamá, em altitudes compreendidas entre 200 e 2300 m, fixadas nas porções mais sombreadas sob a copa das árvores das florestas equatoriais. „

Período de floração:

Março a abril mais freqüentemente, mas podendo ocorrer em outras épocas.

Sinonímia:

Oncidium bryolophotum Rchb. f. Oncidium ionops Cogniaux & Rolfe Oncidium megalous Schlechter Oncidium microphyton Kraenzlin Oncidium zonatus Cogniaux Oncidium oloricolle Rchb. f.

Inflorescência

(13)

Análise morfoanatômica do ovário de

Catasetum fimbriatum Lindl.

gênero Catasetum foi descrito em 1822 por L. C. Richard ex Kunth. Este gênero, possuidor de aproximadamente 300 espécies, já há várias décadas desperta os mais diversos interesses em botânicos e zoólogos, devido à sua incrível adaptação à entomofilia (Hoehne, 1938), e ao extraordi-nário trimorfismo em suas flores, presente na série Orthocatasetum. Nestas, as flores diclinas(1) masculinas, diclinas femininas e

Cristiano Pedroso de Moraes*

O

Introdução

Revisão de literatura

Os frutos das orquídeas são cápsulas

tricarpelares, ou seja, originários de três megasporofilos. A deiscência da cápsula madura das orquídeas ocorre a partir de duas ou três valvas (figura 1) permitindo a libe-ração das sementes. Em alguns gêneros, as valvas separam-se completamente do ápice e fragmentam-se espalhando as sementes por toda parte. Já em outras orquídeas, as valvas per-manecem aderidas apicalmente (Arditti, 1992). Algumas espécies apresentam as células da epiderme de seus ovários, caracterizada por

monoclinas(2), podem até mesmo coexistir em

uma mesma haste floral.

Este fato origina várias controvérsias quan-to ao seu estado evolutivo, fisiológico e de interações ambientais, devido à variada gama de resultados encontrados pelos estudiosos.

O objetivo deste nosso trabalho foi a realização de estudos morfoanatômicos nos ovários das flores de Catasetum

fimbriatum Lindley.

finas paredes e hipoderme colenquimática, enquanto outras apresentam esta estrutura formada apenas por células parenquimáticas. A placenta e os lóculos estão situados no centro do ovário (Solereder & Meyer, 1930). Na figura 2 (página seguinte) podemos observar a diferença morfológica existente entre os ovários das flores diclinas masculinas e diclinas femininas.

Figura 1

Fruto imaturo de Catasetum fimbriatum Lindley. Após a fertilização, o ovário desta planta, agora fruto, pode aumentar em até 100 vezes seu tamanho inicial, desde a polinização até o momento da deiscência.

diclinas(1) - diz-se das flores unissexuadas

(14)

7,0 µµµµµm

7,0 µµµµµm

109 µµµµµm

Figura 2

Ovário de uma flor diclina masculina (esquerda) e de uma flor diclina feminina (direita) de Catasetum

fimbriatum Lindley, em fase de antese.

Resultados e discussão

O estudo dos ovários em diferentes fases

de desenvolvimento de flores diclinas masculinas e diclinas femininas aponta para resultados interessantes no que diz respeito aos possíveis locais formadores dos óvulos e ao de placentação ocorrente na espécie.

Como se pode observar nas figuras 3A e B, existem no parênquima dos ovários das flores diclinas masculinas e diclinas femininas, locais onde agregados celulares apresentam-se de forma diferenciada do restante do tecido. Nestes locais as células dividem-se de forma

periclinal, diferentemente do restante do parênquima existente.

Estes locais possivelmente constituem porções do tecido, onde ocorre a diferenciação dos óvulos.

O fato de tais agregados celulares serem encontrados nos ovários dos dois tipos de flores sugere que a diferenciação sexual das flores está submetida a estímulos hormonais, os quais por sua vez, são originários de atividades fitocrômicas (Gates, 1981; Nobel, 1991).

109 µµµµµm

Figura 3A

Figura 3B

b

(15)

Figura 3

Cortes longitudinais de ovários de flores de Catasetum fimbriatum Lindley em fase de antese.

A - corte longitudinal do ovário de uma flor diclina feminina.

a - detalhe de A, evidenciando um agregado celular.

B - corte longitudinal do ovário de uma flor diclina masculina.

b - detalhe de B, evidenciando um agregado celular.

Outra diferença encontrada entre os ovários das flores diclinas masculinas e diclinas femininas visualizada na figura 4 A (detalhe a) é que, nas primeiras, a epiderme é estratificada contendo inúmeras camadas de células, enquanto que nas flores diclinas femininas a

epiderme em geral é constituída por duas camadas, sendo recobertas por uma cutícula espessa, o que não ocorre nas flores diclinas masculinas, onde a cutícula é muito delgada ou quase inexistente em relação às flores diclinas femininas.

A 136µµµµµm a 287 µm

Figura 4

Cortes longitudinais de ovários de flores de Catasetum fimbriatum Lindley.

A - corte longitudinal de um ovário de uma flor diclina masculina em fase de diferenciação.

a - detalhe de A, evidenciando a epiderme pluriestratificada do órgão.

(16)

Estas diferenças talvez residam em adapta-ções para o tempo de existência de tais estru-turas. O ovário das flores diclinas femininas, possuindo uma grande dimensão e uma maior quantidade de parênquima em seu interior (figura 5), poderia resistir mais facilmente à ação de agentes ambientais estressantes.

Por sua vez, os ovários das flores diclinas masculinas desenvolvem uma epiderme pluriestratificada, também para resistir a danos mecânicos gerados pelo ambiente, sendo que tais ovários apresentam-se muito delgados quando comparados aos ovários das flores diclinas femininas.

A diferença provavelmente reside no fato de que os ovários das flores diclinas femininas

perduram por um maior período de tempo caso sejam fecundados, e por isso, necessitam de especializações para garantir sua duração pelo tempo necessário ao processo reprodutivo. As flores diclinas masculinas duram no máximo dois dias após a retirada das massas polínicas pelo agente polinizador ou por qualquer outro agente ambiental, seja ele biótico ou abiótico. Sendo assim, as flores diclinas masculinas, por não possuírem um tempo de existência tão longo quando comparado às flores diclinas femininas, desenvolveram como especialização apenas uma epiderme pluriestratificada para garantir seu papel na manutenção das funções de reprodução da espécie.

A análise em frutos coletados nos permite acreditar que a placentação em Catasetum

fimbriatum Lindley é do tipo parietal, pois no

ovário surgem estruturas provenientes dos locais de fusão dos carpelos que se dirigem ao centro do órgão, podendo, devido ao grau de

desenvolvimento, gerar a impressão de existência de um falso septo, contrariando dessa forma (figura 6), as afirmações de Solereder & Meyer (1930) corroboradas por Arditti (1992), de que as Orchidaceae apresentam placentação do tipo central livre. Figura 5

Flor diclina masculina (esquerda) e flor diclina feminina (direita) de Catasetum fimbriatum Lindley excisadas de suas raques. A seta evidencia o maior tamanho do ovário da flor diclina feminina.

Figura 6 Corte transversal do fruto de uma flor diclina feminina de Catasetum fimbriatum Lindley.

As setas apontam estruturas formadas pela fusão das folhas carpelares, as quais dirigem-se para o interior do fruto. Toda a área branca no interior do fruto são sementes.

(17)

Referências bibliográficas

ARDITTI, J. Fundamentals of orchid biology. New York: John Wiley, 1992. 898p. GATES, D. M. Biophysical ecology. New York: Springer-Verlag, 1981. 432p.

HOEHNE, F. C. As plantas ornamentais da flora brasílica. Boletim de Agricultura, v.1, p.247-273, 1938. NOBEL, P. S. Physicochermical and environmental plant physiology. New York: Academic Press, 1991. 452p.

SOLEREDER, H.; MEYER, F.J. Systematishe anatomie der monokotyledonen. Berlin: Springer-Verlag, 1930. v.6, 242p.

LISTA DE PREÇOS

DISPONÍVEL

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*Cristiano Pedroso de Moraes

Biólogo, Mestre em Fisiologia e Bioquímica de Plantas - ESALQ/USP Piracicaba, SP

cristiano.pedroso.mo@itelefonica.com.br

A expressão sexual em C. fimbriatum Lindley pode ser atribuída à intensa atividade mitótica de agregados celulares com elevada relação núcleo plasmática (RNP) desenvolvidos no ginostêmio, provavelmente decorrentes das

Conclusão

vias de síntese de etileno favorecida por estímulos ambientais, como por exemplo: estresse hídrico e térmico, possibilitando dessa forma a indução de flores diclinas femininas e em escala reduzida de flores monoclinas.

Abstract

Cristiano Pedroso de Moraes, teacher of plants fisiology and biochimics, talks about

the ovary anatomy of the Catasetum

fimbriatum Lindl.

(18)

Circuito CAOB - Exposições

arece que as câmaras fotográficas, mesmo agora com o advento do sistema digital, têm algo que deve ocasionar malefícios aos que as manejam, pois apesar de insistirmos constantemente em pedir material fotográfico abordando as exposições de orquídeas, não conseguimos sensibilizar muitas pessoas para o fato. É muito estranho, pois na hora de reclamar e criticar, ouvem-se gritos de todos os lados... Felizmente sempre podemos contar com colaboradores, mas seria ótimo que o círculo por eles formado se ampliasse, podendo com isso variar dentro de um universo maior a escolha do material a ser publicado.

P

O pessoal do Núcleo Orquidófilo de Guaxupé, Minas Gerais realizou novamente uma belíssima exposição na sua cidade entre os dias 16 e 18 de julho passados.

Guaxupé, MG

Guaxupé, MG

Guaxupé, MG

Guaxupé, MG

Guaxupé, MG

Muitas sociedades orquidófilas lá estiveram presentes, entre elas destaque para a SOCAN, Sociedade Orquidófila da Cantareira, de São Paulo, SP, cujo comparecimento às exposições tem sido muito efetivo ao longo de todo o ano. Sua associada Nilce R. Corrêa cedeu-nos gentilmente fotos e informações recolhidas naquele evento, para esta publicação.

Domingos Sávio Caliman, de Venda Nova, ES, colocou mais uma vez algumas das suas plantas entre as campeãs nas respectivas categorias, como a Cattleya lueddemanniana cerúlea, considerada a melhor espécie estrangeira e a Cattleya loddigesii, julgada como a melhor representante dentre as espécies brasileiras.

Cattleya loddigesii Lindl.

Melhor Espécie Nacional

cultivo: Domingos Sávio Caliman, Venda Nova, ES

Aspecto geral

Aspecto geral

Nilce M. Corrêa Nilce M. Corrêa Nilce M. Corrêa

(19)

Cattleya lueddemanniana Rchb. f. cerúlea

Melhor Espécie Estrangeira

cultivo: Domingos Sávio Caliman, Venda Nova, ES

Cattleya loddigesii Lindl.

3

a

Melhor Espécie Nacional

São José do Rio Pardo, SP

Cattleya trianae Lindl. & Rchb. f. concolor 'Albardo'

3

a

Melhor Espécie Estrangeira

cultivo: Orchidcastle, Petrópolis, RJ

Cattleya warneri Moore venosa 'Lavrinhas'

2

a

Melhor Espécie Nacional

cultivo: Domingos Sávio Caliman, Venda Nova, ES

Cattleya trianae Lindl. & Rchb. f. alba 'Aranka Germaske'

2

a

Melhor Espécie Estrangeira

Batatais, SP Nilce M. Corrêa Nilce M. Corrêa Nilce M. Corrêa Nilce M. Corrêa Nilce M. Corrêa

(20)

Bulbophyllum fletcherianum Rolfe

Campeã da Exposição

Maxillaria rupestris Barb. Rodr.

Melhor Planta de Mérito Botânico

cultivo: Domingos Sávio Caliman, Venda Nova, ES

Rhynchostylis retusa Blume

Melhor Planta Exótica

cultivo: Cidnilson, São José do Rio Pardo, SP

Angraecum eburneum Bory

2

a

Melhor Planta Exótica

Batatais, SP

Angraecum sesquipedale Thou.

3

a

Melhor Planta Exótica

cultivo: Márcio Oliveira

Nilce M. Corrêa

Nilce M. Corrêa

Nilce M. Corrêa

Nilce M. Corrêa

(21)

Nos dias 30 e 31 de julho e primeiro de agosto, Sidrolândia reuniu três exposições em uma só. A cidade das flores de Mato Grosso do Sul conta hoje com a ASOA, Associação Sidrolandense de Orquidofilia e Ambientalismo, uma entidade que congrega orquidófilos de todo o Estado, sempre com o apoio da Prefeitura Municipal. Nestes três dias foi realizada uma grande festa que reuniu a 2ª Exposição Nacional de Orquídeas, a 2ª Exposição Nacional da Cattleya nobilior e a 3ª Exposição Estadual de Orquídeas, com expositores e visitantes de diversos pontos do Brasil e dos vizinhos Paraguai e Bolívia. Os visitantes puderam observar a beleza de mais de mil orquídeas que ocupavam o grande salão do Centro de Tradições Gaúchas Campos da

Sidrolândia, MS

Sidrolândia, MS

Sidrolândia, MS

Sidrolândia, MS

Sidrolândia, MS

Slc. Ayrton Senna

Melhor Híbrido

Rio Claro, SP Nilce M. Corrêa

Sérgio Ostetto Oliveira

Sérgio Ostetto Oliveira

Aspecto geral

Aspecto geral

Vacaria, decorado com objetos antigos utilizados em fazendas da região. As vendas foram realizadas em barracões anexos, junto com estandes de artesanato, outras flores, pinturas e cerâmica indígena (Terena). Havia também deliciosas comidas típicas para deleite dos bons apreciadores, como a famosa ripa de pacu frito. A mudança de temperatura e o frio que aconteceu nos dias anteriores e durante a exposição foi um grande inimigo, pois prejudicou a abertura de algumas flores e afastou parte do público, fato que não chegou a embaçar o brilho da festa.

Na decoração belíssimos conjuntos de

Oncidium macropetalum formavam

verdadeiras “chuvas de ouro” as quais contrastavam com os arranjos de Ionopsis

utricularioides, nossas maravilhosas

“chuvas de prata”. Placas repletas de

Dendrobium nobile e seus híbridos,

popularmente conhecidos como “olho de boneca”, deixavam o público admirado com suas exuberantes inflorescências.

(22)

Uma parede com vários exemplares de

Cattleya nobilior, Cattleya walkeriana e Cattleya ×mesquitae, todas plantadas em

cascas e dependuradas sobre fundo de tecido branco, servia de cenário para as mesas cobertas por toalhas azul-marinho, onde se

encontravam expostos os vasos.

Para a melhor planta da exposição foi instituído o Troféu Renata Martineli Marques, colega que recentemente nos deixou, numa justa homenagem a quem tanto trabalhou pelas nossas orquídeas.

Participaram da exposição orquidófilos de Sidrolândia (MS), Maracaju (MS), Campo Grande (MS), Figueirão (MS), Ponta Porã (MS), Itapetininga (SP), Presidente Prudente (SP) e Pindamonhangaba (SP). Realmente a cidade e a comissão organizadora estão de parabéns pela organização e grande sucesso alcançado nessa exposição.

A melhor planta híbrida da exposição, de propriedade de Manoel Messias Marques, uma Laeliocattleya Ovation 'True Heritrage' × Laeliocattleya Culminant 'La Tuilerie' (HCC/AOS de 79 pontos) com inflorescência vistosa e de alto padrão, chamava a atenção pelo esplendor e capricho no cultivo.

Sérgio Ostetto Oliveira Sérgio Ostetto Oliveira

Sérgio Ostetto Oliveira

Sérgio Ostetto Oliveira

Dois aspectos da exposição

Lc. Ovation 'True Heritrage' × Lc. Culminant 'La Tuilerie'

Melhor Híbrido

Pessoal da organização

* O texto sobre a Exposição de Sidrolândia, MS foi elaborado por Sérgio Ostetto Oliveira.

(23)

Matão, SP

Matão, SP

Matão, SP

Matão, SP

Matão, SP

A exposição da cidade de Matão, SP ocorreu entre os dias 06 e 08 de agosto, organizada pela sociedade local, o Núcleo Orquidófilo de Matão.

Aspecto geral

Ana Elizabeth Romano

Ana Elizabeth Romano

Ana Elizabeth Romano

Chamaeleorchis warscewiczii (Rchb. f.) Senghas & Lückel cultivo: I. Saito Bauru, SP

Cattleya loddigesii Lindl. punctata

(24)

Ajude a CAOB a divulgar a orquidofilia brasileira, enviando fotos e informações das exposições para o endereço ou e-mail

constantes no expediente da revista. Abstract

Boletim CAOB gives notices of some orchid shows in the CAOB circuit and presents

photographs of some flowers.

Vista parcial das plantas da SOCAN (Sociedade Orquidófila da Cantareira)

×Laeliocattleya Cornelia cerúlea

Batatais, SP

Dendrochilum cobbianum Rchb. f.

cultivo: I. Saito Bauru, SP

Ana Elizabeth Romano

Ana Elizabeth Romano

(25)

Faça

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ita

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uma vis

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(26)

Palavras chave/Keywords: ×Brassocattleya litoralis, Brassavola tuberculata, Cattleya

tigrina, Brasil, Peruíbe, São Paulo.

Apresentamos um novo híbrido natural de Orchidaceae para a flora brasileira, entre a

Brassavola tuberculata Hook. e a Cattleya tigrina A. Rich. ex Beer, uma planta

descoberta próximo à cidade de Peruíbe, no litoral sul do Estado de São Paulo.

Planta epífita com rizoma de 1,0 a 2,5 cm de comprimento, raízes robustas, glabras, brancas, abundantes. Pseudobulbos longos, li-sos, cilíndricos, tênues, em média com 15,0 a 20,0 cm de comprimento, inicialmente recobertos de finas bainhas, mais tarde desnu-dos; unifoliados ou mesmo bifoliados. Folhas verdes, coriáceas, rígidas, atingindo mais de 20,0 cm de comprimento por 0,8 a 1,5 cm de largura, lineares, com ápice agudo. Inflorescência apical racemosa, ereta, curta, atingindo 15,0 cm de comprimento, densa, com muitas flores simultâneas. Flores com pedúnculo longo de 4,5 a 5,5 cm de comprimento, inter-mediárias entre as das suas progenitoras, a

Brassavola tuberculata Hook. e a Cattleya tigrina A. Rich. ex Beer. Sépalas com 4,0 cm

de comprimento por 0,8 a 1,0 cm de largura, lanceoladas; pétalas também lanceoladas, um pouco assimétricas, do mesmo comprimento e com a metade da largura das sépalas; labelo obscuramente trilobado, com 3,2 cm de com-primento por 3,0 cm de largura, envolvendo a coluna. Sépalas e pétalas ocres ou esverdeadas, maculadas de púrpura e labelo púrpura intenso, diluindo-se para a cor branca

×Brassocattleya litoralis Campacci hib. nat. nv.

Herba epiphytica, hybrida naturalis inter Brassavola tuberculata Hook. et Cattleya tigrina A. Rich. ex Beer. Floribus medis inter haec species.

Dois novos híbridos naturais do Brasil

1) Híbrido entre Brassavola e Cattleya

Marcos A. Campacci*

Here proposed to the Brazilian flora is a new natural hybrid between Brassavola

tuberculata Hook. and Cattleya tigrina A.

Rich. ex Beer (Orchidaceae). It was found in the vicinity of Peruibe on the southern seacoast of the State of Sao Paulo.

Plant epiphyte, rhizome 1.0 - 2.5 cm long, roots numerous, glabrous, white. Pseudobulbs cylindric, thin, 15.0 - 20.0 cm long, initially covered by deciduous sheaths, with 1 or 2 leaves. Leaves green, coriaceous, rigid, linear, apiculate, more than 20.0 cm long and 0.8 - 1.5 cm wide. Inflorescence racemose, erect, short, 15.0 cm long emerging from the apex of the pseudobulbs, densely flowered. Flowers numerous, opening simultaneously, peduncles about 4.5 - 5.5 cm long, intermediate between parents, Brassavola

tuberculata Hook. and Cattleya tigrina

A. Rich. ex Beer. Sepals lanceolate 4.0 cm long and 0.8 - 1.0 cm wide; petals lanceolate, asymmetric, as long as sepals, one-half as wide; labellum somewhat trilobate, 3.2 cm long and 3.0 cm wide, totally enclosing the column. Sepals and petals brownish or greenish, with purple spots; labellum intense purple with white base. Column slightly recurved, semi-cylindric, narrowing at base, 1.8 cm long and 0.6 cm wide, white with purple maculate ventrally and on apex. Anther

(27)

na base. Coluna levemente recurvada, semicilíndrica, com 1,8 cm de comprimento e 6,0 mm de diâmetro no ápice, estreitando-se para a base, branca, maculada de púrpura na face interna e no ápice. Antera esbranquiçada, com 4,0 mm de comprimento e igual largura, 2 pares de polínias amarelas ligadas a outras tantas atrofiadas.

Distribuição: São Paulo.

Floração: Durante a primavera no Brasil. Hábitat: Mata Atlântica no litoral de São Paulo. Etimologia: Nome dado em referência à região onde a planta foi encontrada no Estado de São Paulo, sempre junto ao litoral.

Distribution: Sao Paulo, Brazil. Flowering: Brazilian spring.

Habitat: Atlantic rainforest, along the seacoast. Etymology: Reference to the region in the State of Sao Paulo, Brazil, where the species was found.

Typus: Brasil, São Paulo: Peruíbe., 0 - 50 m, outubro de 1976, Sebastião Onaka, s/no.

Floruit in cultus: 11/2003.

Holotypus: SP

Esse planta é bem conhecida no Estado de São Paulo, onde muitas pessoas dizem ter ela sido comum nas matas litorâneas, junto com a

Brassavola tuberculata Hook. e a Cattleya tigrina A. Rich. ex Beer. Há também

referên-cias dela em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, onde ficou conhecida pelo nome de

Bc. Tramandahy, nome que nunca foi

registra-do. Pretendíamos usar essa palavra como base do seu nome, porém não conseguimos planta proveniente do local ao qual ela se refere e também porque vários colecionadores daque-les Estados têm dúvidas quanto à identificação

das espécies envolvidas. Muito surpresos fi-camos quando Sebastião Onaka, orquidófilo de São Paulo apareceu com essa planta muito florida numa exposição, registrando o local exato onde a havia coletado há mais de duas décadas, numa mata ciliar de um pequeno aflu-ente do Rio Peruíbe, confirmando com isso a distribuição ao longo do litoral sul de São Paulo. Por isso adotamos o nome “litoralis”, que caracteriza muito bem o seu hábitat.

É planta comum entre os colecionadores, de fácil cultivo, muito florífera, com flores atraentes, duráveis e perfumadas.

whitish 4.0 mm long and wide, with 4 yellow pollinia connected to the same number of atrophied ones.

(28)

×Brassocattleya litoralis Campacci

(29)

×Brassocattleya litoralis

M. A. Campacci

(30)

Apresentamos um novo híbrido natural de Orchidaceae para a flora brasileira, entre a

Schomburgkia fimbriata (Vell.) Hoehne e a Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb. f.,

uma planta descoberta na zona rural da cidade de Teófilo Otoni, no nordeste do Estado de Minas Gerais.

×Schombocattleya micheliniana Campacci hib. nat. nv.

Herba epiphytica, hybrida naturalis inter Schomburgkia fimbriata (Vell.) Hoehne et Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb. f. Floribus medis inter haec species.

Planta epífita com rizoma de 1,0 a 4,0 cm de comprimento, raízes glabras, brancas, abun-dantes. Pseudobulbos longos, cilíndricos mas um tanto fusiformes, em média com 20,0 cm de comprimento, inicialmente cobertos de ba-inhas, mais tarde desnudos e sulcados; bifoliados. Folhas verdes, coriáceas com 10,0 a 15,0 cm de comprimento por 3,0 a 5,0 cm de largura, elípticas, em alguns casos estrei-tando-se para o ápice. Inflorescência apical racemosa, ereta, atingindo mais que 30,0 cm de comprimento e com muitas flores simultâ-neas, densamente agrupadas. Flores com pedúnculo longo de 7,0 a 8,0 cm de compri-mento, intermediárias entre as das suas progenitoras, a Schomburgkia fimbriata (Vell.) Hoehne e a Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb. f. Sépala dorsal com 5,0 cm de comprimento por 1,3 cm de largura, oblonga; sépalas laterais levemente falcadas, um pouco mais curtas e mais largas que a dorsal; pétalas oblongas, assimétricas, mais ou menos do mesmo tamanho das sépalas late-rais; labelo fortemente trilobado, com 3,5 cm de comprimento por 2,8 cm de largura, lobos laterais erguidos, envolvendo parte da coluna. Sépalas e pétalas marrom acobreado e labelo branco com veias púrpuras na base, o lobo central púrpura intenso e os laterais com sopro rosado junto às margens. Coluna recurvada,

Palavras chave/Keywords: Brasil, Minas Gerais, Teófilo Otoni, Schomburgkia fimbriata,

Cattleya amethystoglossa, ×Schombocattleya micheliniana.

2) Híbrido entre Schomburgkia e Cattleya

Here proposed is a new natural hybrid of Orchidaceae between Schomburgkia fimbriata (Vell.) Hoehne and Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb. f., a plant found in rural vicinity near the city of Teofilo Otoni, in the north-east of the Brazilian state of Minas Gerais.

Plant epiphyte, rhizome 1.0 - 4.0 cm long, roots numerous, glabrous,white. Pseudobulbs bifoliate, cylindric slightly fusiform, 10.0 -15.0 cm long, initially covered by deciduous sheaths. Leaves green, coriaceous, 10.0 -15.0 cm long and 3.0 - 5.0 cm wide, elliptical, more or less apiculate. Inflorescence apical, racemose, erect, is more than 30.0 cm long, densely, many-flowered. Flowers opening simultaneously, long peduncles about 7.0 - 8.0 cm long, intermediate between parents, Schomburgkia

fimbriata (Vell.) Hoehne and the Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb. f. Dorsal

sepal oblong, 5.0 cm long and 1.3 cm wide; lateral sepals falcate, slightly shorter and wider than dorsal; petals oblong, asymmetric, size equal to lateral sepals; labellum trilobate, 3.5 cm long and 2.8 cm wide, partially enclosing column. Sepals and petals copper brownish. Labellum white with purple veins basally, mid-lobe intense purple, lateral lobes erect, marginally light pink. Column recurved, semi-cylindrical, 1.4 cm long and 0.7 cm wide, ventrally and on apex white and purple maculate.

(31)

Distribuição: Minas Gerais.

Floração: De maio a junho no Brasil.

Hábitat: Matas ralas ao redor de Teófilo Otoni, em altitudes de 500 a 800 metros. Etimologia: Homenagem oferecida pelo coletor da planta a Micheline Marx, também de Teófilo Otoni, Minas Gerais.

Typus: Brasil, Estado de Minas Gerais, município de Teófilo Otoni, Kelson Santos, no 043,

outubro de 2002, sobre um jequitibá de mais de 20,0 metros de altura.

Floruit in cultus: 06/2003.

Holotypus: SP

semicilíndrica, com 1,4 cm de comprimento e 7,0 mm de espessura, branca, maculada de púrpura na face interna e no ápice.

É muito clara a sua condição de híbrido natural, com características intermediárias entre as suas duas progenitoras, além do que, foi descoberta no meio das populações de

Schomburgkia fimbriata (Vell.) Hoehne e Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb. f.,

que convivem naquele local.

Clearly this is a natural hybrid, with characteristics intermediate between the parents, over and above that, it was found with the populations of Schomburgkia fimbriata (Vell.) Hoehne and Cattleya amethystoglossa Linden & Rchb. f., sympatric in the area.

Schomburgkia fimbriata M. A. Campacci Cattleya amethystoglossa M. A. Campacci as 2 espécies genitoras da ×Schombocattleya micheliniana

Distribution: State of Minas Gerais, Brazil. Flowering: From May to June in Brazil. Habitat: Sparse forests in the vicinity of Teofilo Otoni (Minas Gerais, Brazil), 500 - 800 m (1550 – 2500 feet) altitude.

Etymology: In honor of Micheline Marx, from Teofilo Otoni, Minas Gerais, Brazil.

(32)

×Schombocattleya micheliniana Campacci

(33)

* Marcos Antonio Campacci Rua Glória do Goitá, 86 - Sândalo 3 Cep 03222-010 - São Paulo, SP e-mail: campacci@cpo.org.br Abstract

M. A. Campacci describes two new natural hybrids from Brazil: ×Brassocattleya litoralis

and ×Schombocattleya micheliniana.

(MAC)

Bibliografia

• BOLETIM CAOB. Porto Ferreira, SP: Coordenadoria das Assoc. Orquidófilas do Brasil, 1988-2004. Trimestral. • BRADEA. Rio de Janeiro, RJ: Boletim do Herbário Bradeanum, 1969-2002. (sem periodicidade).

• DRESSLER, R. L. Philogeny and classification of the Orchid family. Portland, USA: Dioscorides Press, 1993. 314p. • HOEHNE, F. C. Iconografia de orchidaceas do Brasil. São Paulo (Estado). Secretaria da Agricultura, 1949. 601p. • MISSOURI BOTANICAL GARDEN, 2004. Internet http://www.mobot.org

• ORQUIDÁRIO. Rio de Janeiro, RJ: OrquidaRio, Orquidófilos Associados do Rio de Janeiro, 1987-2004. Trimestral. • PABST, G. F. J., DUNGS, F. Orchidaceae Brasilienses. Hildesheim, Germany: Brücke-Verlag K. Schmersow, 1977. 2v. • PABST, G. F. J., MOUTINHO, PINTO, A. V. Bradea vol. 3: 23. Rio de Janeiro, RJ, 1981. (sem periodicidade). • ROYAL BOTANIC GARDENS, 2004. Internet http://www.kew.org

• THE INTERNATIONAL PLANT NAMES INDEX, 2004. Internet http://www.ipni.org

• WITHNER, C. L. The Cattleyas and their relatives. vol III. Schomburgkia, Sophronitis, and other South American

Genera. Portland, USA: Timber Press, Inc., 1993. 136p.

×Schombocattleya micheliniana Kelson Santos

Kelson Santos, orquidófilo da SOFI, a Sociedade Orquidófila Filadélfia (antigo nome da cidade de Teófilo Otoni), sempre que pode pesquisa as matas da sua região, onde em uma das andanças encontrou esse híbrido natural. „

Kelson Santos, a orchidist of the SOFI, Filadelfia Orchid Society (Filadelfia was the older name of Teofilo Otoni), as often as he can walks into the jungles around his region, where he found this natural hybrid in one of his walks. „

Agradecemos a George Carr pela correção do texto em Inglês I am grateful to George Carr for the English tex.

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Mais um companheiro orquidófilo deixa o nosso convívio, o até então presidente do Círculo Orquidófilo de Poços de Caldas, Minas Gerais, Ronaldo Moretti.

Moretti faleceu no dia dois de setembro deste ano, tendo sido orquidófilo por mais de 35 anos. Era pessoa muito estimada por todos e tinha um grande carisma, sempre lutando pelas causas da sociedade orquidófila à qual pertencia, sendo também um cultivador de muita experiência.

Foi uma perda irreparável para a orquidofilia, principalmente para os associados do Círculo Orquidófilo de Poços de Caldas.

Organizadas pelas três sociedades orquidófilas paulistanas da época, o CPO (Círculo Paulista de Orquidófilos), a SBO (Sociedade Bandeirantes de Or-quídeas) e a AOSP (Associação dos Orquidófilos de São Paulo), realizaram-se em São Paulo, em 1989 e 1991, duas exposições internacionais de orquídeas denominadas 1ST e 2ND EXPOINTER ORQUÍDEAS. Essas exposições precediam o que seria a Confe-rência Mundial de Orquídeas, que acabou por moti-vos que não cabem aqui discutir sendo transferida e realizada no Rio de Janeiro em 1997. Durante essas exposições ocorreram dois mini-congressos, organi-zados por Augusto Fernandes Neves, do CPO, que podem ser considerados únicos na orquidologia bra-sileira, onde se apresentaram trabalhos que seriam objeto de uma publicação, que também não se efetivou. Agora, o Instituto de Botânica do Estado de São Paulo resgata as palestras apresentadas naquelas reuniões, atualizadas e acrescidas de mais cinco tra-balhos de colaboradores de alto nível científico. Essa compilação foi feita sob a organização de Fábio de Barros e Gilberto B. Kerbauy, com o título “Orquidologia sul-americana: uma compilação cientí-fica”, com prefácio do professor José Goldemberg, Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. O presente livro tem também como um de seus objetivos resgatar uma tradição do Instituto de Botâ-nica, levando ao público interessado uma compilação de trabalhos científicos sobre as orquídeas, pois já se passaram vários anos desde que o referido instituto publicou suas últimas obras de porte sobre o assunto.

Orquidologia sul-americana:

uma compilação científica

Ênfase especial é dada aos desenhos de Joaquim Franco de Toledo, que enriquecem sobremaneira a obra.

Maiores informações:

Instituto de Botânica de São Paulo

http://www.ibot.sp.gov.br

Av. Miguel Stéfano, 3687 - CEP 04301-902

Água Funda - São Paulo - SP Fone: (11) 5073-6300

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Boletim CAOB

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COORDENADORIA DAS ASSOCIAÇÕES ORQUIDÓFILAS DO BRASIL NO 55 JUL a SET 2004 Editorado em setembro de 2004 Distribuição: 10/10/2004 ISSN 1419-4590 Produção

Outras plantas presentes nas exposições – circuito CAOB

DIRETORIA

Presidente Valdenes Augusto Jordão (Santa Rita do Passa Quatro - SP)

1o Vice-Presidente Carmen Silvia Drub Guimarães Gallo (Jaboticabal - SP)

2o Vice-Presidente Oswaldo Franchini (Uberaba - MG)

Secretário Geral Odair Vanin (Porto Ferreira - SP)

1o Secretário Fernando César Schincariol (Capivari - SP)

2o Secretário José Mário Júlio (Ribeirão Preto - SP)

1o Tesoureiro José Carlos Baptista (Porto Ferreira - SP)

2o Tesoureiro João Baso (Porto Ferreira - SP)

CONSELHO DELIBERATIVO

Gérsio José Rossi (Matão - SP), Ronald Orney Gallo (Jaboticabal - SP), Marco Aurélio Gilberti (Franca - SP), Sônia B. dos S. Valiatti (Catanduva - SP), Orquidário Melos (Votuporanga - SP), Adolpho Radaelli (Guaxupé - MG), Salvador Antonio Gorni (Piracicaba - SP), José Mário Júlio (Ribeirão Preto - SP), Roberto F. de Campos (Leme - SP), Paulo Ivo Feierabend Filho (Jaú - SP), Oscar V. Sachs Jr. (Taubaté - SP), Wilson Ribeiro de Andrade (Araguari - MG), César Augusto da Silva Wenzel (Orquidário Rio-clarense, Rio Claro - SP) e Reinaldo M. Alcardo (KS Orchids,

Pindamonhangaba - SP).

Presidente Luiz Carlos Setti (Batatais - SP) Secretário Nivaldo José Cruz (Botucatu - SP)

CONSELHO FISCAL

Luiz Devitte Gomar (Porto Ferreira), Antonio Francisco Consoli (Leme) e Luiz Eduardo de Oliveira (Batatais).

CORRESPONDÊNCIA PARA A CAOB

Rua Nelson Pereira Lopes, 305 A – Piso superior – Porto Ferreira - SP CEP 13660-000 – Fone/Fax (19) 3581-4168

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Editor

Marcos Antonio Campacci

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Boletins

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Editora Brasil Orquídeas Pça. Com. Marcelino Monteiro, 111

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Fotolitos

Futura Fotolito - Fone (12) 222-3888

Impressão e Acabamento

Resolução Gráfica Rua Dr. Emílio Winther, 108 CEP 12030-001 - Taubaté - SP Fone (12) 222-1020

Tiragem

2000 exemplares

Capa

Baptistonia echinata Barb. Rodr.

Cultivo: Orquidário Paulista - São Paulo, SP Foto: Celso José Vilarinho Gioso

CAOB

CAOB

Coelia bella Rchb. f.

Foto: Paulo Maurício Borges

Cultivo: Celso Cestari (Santo André, SP)

Lc. Chine ‘Button D’Or’ × Blc. Toshie Aoki ‘Miniflares’

Foto: Joaquim Auto de Oliveira Neto Cultivo: Orquidácea (Guararema, SP)

Baptistonia echinata Barb. Rodr.

Foto: Celso José Vilarinho Gioso

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NO 55

JUL A SET 2004 COORDENADORIA DAS ASSOCIAÇÕES ORQUIDÓFILAS DO BRASIL

Mormodes rosea Barb. Rodr.

Foto: M. A. Campacci

Referências

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