PAULO CALIENDO
V III CONGRESSO DE DIREIT O T RIBUT Á RIO FESDT
Direito Tributário e Análise
Econômica do Direito
Sumário
O que é?
Análise Econômica do Direito Tributário
História, Fundamentos, Importância, Metodologia e seus limites
Para que serve? Aplicações
Direitos Fundamentais do Contribuinte: Efetividade Eficiência
Eficácia
Economicidade Efetevidade
Controle de Constitucionalidade Conteúdo das decisões: Proporcionalidade Tempo das decisões
História
1961
Ronald Coase “The Problems of Social Cost” (“Os
Problemas do Custo Social”)
Guido Calabresi “Some Thoughts on Risk Distribution
and the Law of Torts” (“Algumas Considerações acerca da Distribuição do Risco e a Legislação sobre
Espécies de Análises
Descritivo: descreve o efeito das leis
Predictivo: prever o efeito das leis (tax
announcement effect)
Prescritivo: sugere a eficácia das leis (Pareto e
Conceito
‘trata-se da aplicação da economia econômica e dos
métodos econométricos para examinar a formação, estrutura e o impacto do Direito e das instituições legais”
Ejan Mackaay. History of Law And Economics.
Movimento ou Escola
Escolas: abordagem comum (common approach) Consequências econômicas das normas jurídicas
(externalidades)
Escola Austríaca: tributação como roubo
Institutionalismo: tributação como instituição
Postulados
Individualismo metodológico (Methodological
Individualism)
Escolha Racional (Rational Choice): maximizar
satisfações e reduzir custos. Trade-off (escolhas)
Preferências estáveis (Stable Preferences)
Teoria dos Sistemas
Conexões Intersistemáticas
Direito recebe informações de outros subsistemas sociais Processa segundo a sua linguagem interna
Importância
Eonomia Ter-não ter Política Poder-não poder Direito Lícito-ilícitoTeoria da linguagem
Direito objeto cultural
Não há texto sem contexto
Teoria da Justiça
Justiça como troca “Para Rawls, a justiça é antes de
tudo uma tarefa de distribuição” Otfried Höffe
Teoria dos Direitos Fundamentais
Custo dos direitos
Tributação como forma de financiar os direitos
fundamentais
Metodologia e seus limites
Metodologia
Teoria das escolhas: decisões dos agentes econômicos Prioridades
Teorema de Coase
Basicamente, segundo o Teorema de Coase, se os
agentes envolvidos com externalidades puderem negociar (sem custos de transação) a partir de
direitos de propriedade bem definidos pelo Estado, poderão negociar e chegar a um acordo em que as externalidades serão internalizadas.
Aplicações
Extrafiscalidade
Tributação sobre setores econômicos Finanças Públicas
Direitos Fundamentais Planejamento Tributário
Limites
Não substitui a interpretação jurídica Não se limita à eficiência econômica
Não se desvincula de análise de valor ou moral Não substitui as escolhas valorativas e políticas
Direitos Fundamentais do Contribuinte: Efetividade Eficiência
Eficácia
Efetividade Concorrência
Eficiência
Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (EC nº 19, de 1998)
Eficácia
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
(...);
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
Concorrência
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer
critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem
prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.
Montesquieu
“Para fixar corretamente essas rendas, cumpre
considerar as necessidades do Estado e as
necessidades do cidadãos. Não se deve retirar as necessidades reais do povo para suprir as
necessidades imaginárias do Estado”.
MONTESQUIEU, Charles-Louis de Secondat. De
l’esprit des lois.
Capacidade Contributiva
: “a sabedoria deve regular tão bem como a porção
que se retira e a porção que deixa aos súditos. Não é pelo que o povo pode dar que se deve medir as
rendas públicas, mas pelo que ele deve dar; e, se as medimos pelo que ele pode dar, é mister que isso
seja, pelo menos, segundo o que o povo pode sempre dar”
Incentivo
“A natureza é justa com os homens; recompensa-os
de seus sofrimentos; torna-os laboriosos porque atribui maiores recompensas aos maiores
trabalhos. Porém, se um poder arbitrário suprime as recompensas da Natureza, recupera-se a
aversão pelo trabalho e a inação parece ser o único bem”.
Necessidades Imaginárias
“Necessidades imaginárias são exigidas pelas
paixões e fraquezas dos que governam, a atração de um projeto extraordinário, o desejo doentio de uma glória inútil e uma certa impotência de
espírito contra os caprichos. Amiúde, os que, com espírito inquieto, estavam na direção dos negócios sob o governo do Príncipe, julgaram que as
necessidades do Estado eram as necessidades de suas almas insignificantes”.
Modelos de Controle da Constitucionalidade
Dogmatismo Positivismo Teoria Sistemática -Vontade do Soberano-Única conseqüência: vontade
-Incidência da norma
- teoria pura: ausência de consequencialismo Consequências sociais -Raciocínio subsuntivo - ethos único -Raciocínio subsuntivo - relativismo absoluto do ethos social -Ponderação - ethos cindido (necessidade de consensus)
Consequencialismo
Consequencialismo e os Direitos Fundamentais: Fiat justitia pereat mundus -
Econômico e Financeiro
Diferença:
Efeito multiplicador
Grave dano à economia pública
Tempo nas decisões
ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS Controladas e coligadas
Sigilo bancário Lei Complementar . 105 ISS sobre o Leasing
acúmulo de carga processual ou estratégia de
Proporcionalidade
Artigo 5.º, n.º 3, do Tratado que institui a
Comunidade Europeia (TCE).
a atuação das instituições deve limitar-se ao que é
necessário para atingir os objetivos dos tratados.
Por outras palavras, a intensidade da ação deve estar
relacionada com a finalidade prosseguida.
dispuser de vários modos de intervenção de igual eficácia,
deve escolher aquele que permita maior liberdade aos Estados-Membros e aos particulares.
Proporcionalidade
Gilmar Mendes Virgílio Afonso Luís Roberto Barroso
compatibilidade da lei com os fins constitucionalmente previstos ou de constatar a observância do princípio da proporcionalidade (Verhältnismässigkeits prinzip), isto é, de se proceder à censura sobre a adequação (Geeignetheit) e a necessidade (Erforderlichkeit) do ato legislativo. Proporcionalidade: enquanto desdobramento lógico da estrutura dos direitos fundamentais razoabilidade: a compatibilidade entre meios e fins da medida estatal
caso concreto
permite a
graduação
, por
parte do juiz do
peso da norma
Gary Becker (1992)
O ponto central do argumento de Becker é que o
comportamento humano pode ser visto como envolvendo participantes que maximizam suas utilidades num conjunto estável de preferências e acumulam uma quantidade ótima de informações e outros insumos numa variedade de mercados.
Bibliografia
Bibliografia:
Encyclopedia Of Law & Economics.
University of Ghent.