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REVISORES AUDITORES Revista da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas

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Nº 41 ABRIL/JUNHO 2008 EDIÇÃO TRIMESTRAL

REVISORES AUDITORES

A QUALIDADE DAS

AUDITORIAS

CONTROLO E AVALIAÇÃO

Revista da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas

Presidente da IFAC visita

Portugal

Auditoria e mercado

de capitais

(2)

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Encerramento de Contas e Orçamento de Estado Amostragem em Auditoria - Testes

Substantivos Fiscalidade por Rubricas do Balanço Seguros-Novo Sistema Contabilístico Fiscalidade por Rubricas da Demonstração de Resultados Código das Sociedades Comerciais Impacto da Informática na Auditoria Consolidação de Contas Contabilidade no Sector Público Consolidação no Sector Público Auditoria no Sector Público Sistema de Normalização Contabilística (2 edições) Planeamento, Avaliação do Risco e Materialidade Inspecções Tributárias Sustentabilidade Avaliação de Empresas Controlo Interno Fraude: Responsabilidade do ROC, Trabalho a Efectuar e Consequências

no Âmbito da Auditoria Documentação e Suporte do Tarbalho Realizado Amostragem em Auditoria - Testes

Substantivos Novas Normas do IASB e Alterações às Anteriores

Instrumentos Financeiros Relatórios e Normas Técnicas

Plano de Formação Contínua para 2008

CURSO DE PREPARAÇÃO

PARA REVISORES

OFICIAIS DE CONTAS

OBJECTIVOS

O objectivo principal do Curso é preparar os candidatos ao exame de acesso à profissão de Revisor Oficial de Contas.

Para além disso, a frequência do Curso permitirá alcan-çar os seguintes objectivos genéricos:

- O desenvolvimento profissional e científico; - A formação profissional avançada e

multi-disciplinar;

- O desenvolvimento da capacidade para a prática de revisão de contas.

O Curso terá lugar nas instalações da OROC: - Lisboa: Rua do Salitre, nº51, 1250-198 Lisboa - Porto: Avenida da Boavista, nº 3477 - 2º

4100-139 Porto

Abertas as inscrições para o Curso de 2009.

Ordem dos Revisores Oficiais de Contas

(3)

Editorial

Um novo impUlso

Desde o ano de 2005 que a Comissão Europeia tem vindo a dar uma atenção especial às pequenas e médias empresas (PME), procurando criar um ambiente mais favorável para o seu desenvolvimen-to.

A avaliação intercalar da União Europeia referente ao período 2005 a 2007 veio demonstrar que se fizeram progressos significativos e que o papel das PME é verdadeiramente essencial para relançar o crescimento económico e aumentar o emprego.

Há que reconhecer que o mundo globali-zado de hoje não facilita a vida a orga-nizações de menor dimensão, criando-lhe dificuldades, incertezas e pressões con-correnciais que, não raras vezes, as têm conduzido a processos forçados de fusão ou aquisição.

Recuso-me a aceitar que tenha de ser este o destino de uma grande parte das PME nacionais.

Pesem, embora, os esforços que têm vindo a ser feitos pelo Governo chegou o momento de se dar um novo impulso no sentido de se melhorar significativamente o ambiente empresarial das PME, sim-plificando a legislação em vigor, incenti-vando a modernização das suas práticas e criando um ambiente mais favorável ao investimento e ao acesso às fontes de financiamento por forma a contribuir para que se possam alcançar melhores níveis de produtividade.

É certo que é, sobretudo, à iniciativa privada que compete fazer os seus investi-mentos e encontrar as fontes de financia-mento mais adequadas. Mas convenhamos que neste pequeno país, em que tudo é difícil para os pequenos investidores e em que tudo é muito mais fácil quando os projectos são grandiosos e os promotores dispõem da capacidade e do “know how”

necessário para influenciar os factos que conduzem às decisões que procuram, há algo que tem de acontecer a breve prazo. Há que mudar o clima geral de desmotiva-ção que se tem vindo a propagar na socie-dade portuguesa e incentivar as pessoas a considerarem atractivas as opções de constituirem as suas próprias empresas, despertando nelas a vontade de assumir riscos, obviamente numa perspectiva de alcançarem os resultados que recompen-sem o esforço realizado.

Há que encontrar novas formas de fomen-tar o empreendorismo e de criar um ambiente mais favorável ao crescimento económico e ao emprego.

Se nada for feito neste âmbito estou certo que continuará a haver muitas ambições mas poucas iniciativas bem sucedidas. Acredito que chegou o tempo de se bai-xarem drasticamente os impostos supor-tados pelas PME. São tantas as razões que o justificam que me dispenso de as descrever.

É neste contexto que os Revisores Oficiais de Contas poderão vir a ter um papel relevante na concepção, definição e desen-volvimento de projectos de raiz ou na promoção do crescimento das PME, aju-dando-as a ultrapassar os obstáculos que persistam em dificultar o seu desen-volvimento. Pela sua experiência, pelo conhecimento que têm das empresas e pela confiança que a comunidade empre-sarial neles deposita, os Revisores podem e devem dar um contributo decisivo em benefício de todos.

Estou certo que a nova lei europeia das PME constituirá um grande desafio, que temos de ser capazes de converter numa óptima oportunidade, para reforçar a capacidade e a competitividade das PME portuguesas.

António GonçAlves Monteiro BAstonÁrio

(4)

Director

António Gonçalves Monteiro Director Adjunto António Pires Caiado Conselho de Redacção António Alexandre Pereira Borges Carlos Marques Bernardes Domingos José da Silva Cravo Luísa Anacoreta Correia Victor Domingos Seabra Franco Coordenação

Norberto Teixeira Design Rita Pires Apoio e Secretariado Ana Filipa Gonçalves

E-mail: revista@oroc.pt Propriedade Ordem dos Revisores Oficiais de Contas NIPC 500918937 Rua do Salitre 51 1250-198 LISBOA

Tel: 213 536 158 Fax: 213 536 149 Membro da Associação Portuguesa de Imprensa não Diária

Inscrição na ERC n.º 111 313 DGCS SRIP Depósito Legal n.º 12197/87 Execução Gráfica BRITOGRÁFICA Tel: 219 487 025 / 917 221 636 Distribuição Gratuita Tiragem 2000 Exemplares

Os artigos são da responsabilidade

05 Em Foco

• A Qualidade das Auditorias: Controlo e Avaliação

12 Eventos

• encontros na ordem

a. Due Diligence – Aspectos Práticos b. sistema de normalização Contabilística

• recepção aos novos revisores • 25 Anos de Profissão

• Auditoria e Mercado de Capitais – intervenção do

Presidente da CMvM

• Controlo de Qualidade: sorteio Público

19 Notícias

• A nova identidade visual da ordem

• nova recomendação da Ce sobre o Controlo de

Qualidade

• visita a Portugal do Presidente da iFAC • luta contra a Corrupção

22 Actividade Interna da Ordem

• nova Plataforma informática • Formação Contínua

• Gestão estratégica dos recursos Humanos • secção regional do norte

26 Auditoria

• As Asserções e a obtenção de Prova em Auditoria

– o ciclo das vendas e dívidas a receber Fábio de Albuquerque, Porfírio Bentinho e tânia Mota

39 Fiscalidade

• As Mais-valias e Menos-valias de Partes sociais

em sede de irC Joana Moniz

52 Direito

• o Princípio da intangibilidade do Capital social

elisabete de Martinho

62 Mundo

• A limitação da responsabilidade

dos Auditores na europa

• nova Directriz da iFAC

• ePe – empresa Privada europeia • Conferência sobre regulação de Auditoria

Sumário

05

12

19

22

26

39

(5)

Em Foco

05 Em Foco

• A Qualidade das Auditorias: Controlo e Avaliação

12 Eventos

• encontros na ordem

a. Due Diligence – Aspectos Práticos b. sistema de normalização Contabilística

• recepção aos novos revisores • 25 Anos de Profissão

• Auditoria e Mercado de Capitais – intervenção do

Presidente da CMvM

• Controlo de Qualidade: sorteio Público

19 Notícias

• A nova identidade visual da ordem

• nova recomendação da Ce sobre o Controlo de

Qualidade

• visita a Portugal do Presidente da iFAC • luta contra a Corrupção

22 Actividade Interna da Ordem

• nova Plataforma informática • Formação Contínua

• Gestão estratégica dos recursos Humanos • secção regional do norte

26 Auditoria

• As Asserções e a obtenção de Prova em Auditoria

– o ciclo das vendas e dívidas a receber Fábio de Albuquerque, Porfírio Bentinho e tânia Mota

39 Fiscalidade

• As Mais-valias e Menos-valias de Partes sociais

em sede de irC Joana Moniz

52 Direito

• o Princípio da intangibilidade do Capital social

elisabete de Martinho

62 Mundo

• A limitação da responsabilidade

dos Auditores na europa

• nova Directriz da iFAC

• ePe – empresa Privada europeia • Conferência sobre regulação de Auditoria

Relatório Anual 2007/2008 1. INTRODUÇÃO

O presente relatório refere-se à actividade desenvolvi-da pela Comissão do Controlo de Qualidesenvolvi-dade durante o período compreendido entre 1 de Julho de 2007 e 30 de Junho de 2008. Esta actividade esteve centrada nos controlos de qualidade programados aos revisores e sociedades de revisores relativamente aos seus exames de demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2006.

Estes controlos de qualidade programados, têm vindo a abranger a totalidade dos auditores registados na CMVM, em períodos de três anos, e os restantes revi-sores e sociedades de revirevi-sores em períodos de cinco anos. O período findo em 30 de Junho de 2008,

cor-responde ao quarto ano do actual ciclo de 5 anos para sujeitar a controlo de qualidade todos os revisores e sociedades de revisores e ao terceiro ano do actual ciclo de 3 anos para sujeitar a controlo de qualidade todos os auditores registados na CMVM e de todas as socie-dades com valores mobiliários admitidos à cotação. Os controlos de qualidade programados incluem um controlo horizontal incidente sobre as entidades selec-cionadas/sorteadas em sorteio público e um controlo vertical incidente sobre dossiers dessas entidades iden-tificados no sorteio ou escolhidos pela Comissão do Controlo de Qualidade a partir dos mapas anuais de actualização profissional submetidos à Ordem pelos revisores e sociedades de revisores.

A Qualidade das Auditorias:

(6)

Em Foco

Os controlos de qualidade têm vindo a ser executados por controladores/relatores seleccionados anualmente, de entre as candidaturas, recebidas de revisores que preenchem determinados requisitos, nomeadamente, a de exercício da profissão em regime de dedicação exclusiva há mais de cinco anos, resultados satis-fatórios em controlo de qualidade a que tenham sido sujeitos, frequência de acção de formação sobre o con-trolo de qualidade, entre outros.

Para a realização dos controlos existem guias (ques-tionários) pré definidos por sector de actividade para o controlo vertical, sendo que quanto ao controlo horizontal o mesmo incluiu a análise das questões da independência, da formação contínua, da ética e deon-tologia e, ainda, a descrição e avaliação do sistema interno de qualidade tal como previsto na 8ª Directiva já aprovada e publicada em Maio de 2006.

2. SORTEIO PÚBLICO

Em sessão pública, que contou com a presença de representantes de diversas entidades públicas e priva-das, foi realizado em 19 de Julho de 2007, o Sorteio Público a que se refere o artº 14º do Regulamento do Controlo de Qualidade, onde foram seleccionadas as 93 entidades sujeitas a controlo de qualidade durante

o ano que agora finda, distribuídas pelas categorias indicadas no número 4 infra.

3. PROGRAMA DE INTERVENÇÃO

Em conformidade com as disposições do Regulamento do Controlo de Qualidade, a CCQ desenvolveu acções no período decorrido entre 1 de Julho de 2007 e 30 de Junho de 2008 que podem ser sistematizadas da seguinte forma:

• Execução dos controlos programados, relativos ao

Sorteio Público realizado em 19 de Julho de 2007, os quais visaram comprovar designadamente:

• A adequação dos meios utilizados pelos revisores

face à natureza e dimensão dos trabalhos contra-tados;

• O cumprimento das normas e directrizes de

revi-são/auditoria, bem como da legislação aplicável;

• A coerência entre as verificações efectuadas e

evidenciadas pelos ROC nos seus documentos de trabalho (dossiers) e as conclusões extraídas e relatadas.

• Realização de controlos de qualidade para efeitos

de emissão de parecer para registo de auditores na CMVM;

(7)

Em Foco

• Seguimento das conclusões com recomendações de

relevância e/ou insatisfatórias constatadas no con-trolo de qualidade do ano anterior;

• Intervenções pontuais relativamente a controlos de

qualidade efectuados por deliberação do Conselho Directivo;

4. SELECÇÃO DOS DOSSIERS E DOS RESPECTIVOS CONTROLADORES-RELATORES

Na sequência do Sorteio anual a CCQ procedeu, (i) com base no Mapa de Actividade Profissional de cada ROC/SROC, à selecção dos dossiers a analisar e (ii) com base na lista de controladores/relatores divulgada através da Circular nº 51/07, à designação dos respec-tivos controladores. No desempenho das suas funções, a CCQ assegurou o cumprimento dos procedimentos administrativos previstos no Regulamento do Controlo de Qualidade com vista à execução do controlo hori-zontal e do controlo vertical dos revisores sorteados. Em síntese, consoante a categoria em que se integram, foram seleccionados para controlo:

Entidades nº de Entidades nº de dossiers

Auditores registados na Cmvm 23 87

sRoC 20 48

RoC individuais 50 50

Total 93 185

5. CONCLUSÕES DOS CONTROLOS DE QUALIDADE PROGRAMADOS As conclusões da Comissão foram homologadas pelo Conselho Directivo e encontram-se agrupadas pelas seguintes categorias:

Sem nada de especial a referir – Não há nada de

especial a referir.

Com observações e recomendações de menor

relevância – Existem algumas observações de menor relevância, que o(a) ROC/SROC deverá tomar em consideração.

Com observações e recomendações de

rele-vância – Existem observações de relerele-vância que requerem imediata intervenção do(a) ROC/SROC no sentido de serem superadas as deficiências detectadas, constantes do “Guia de Controlo” e da “Ficha de Conclusões”.

Com resultado insatisfatório – A documentação

observada pelo controlador foi considerada insufi-ciente para suportar a opinião emitida.

Anulados – Em situações de comprovada ausência

de actividade, morte ou cancelamento da activi-dade.

(8)

5.1. Síntese das conclusões do controlo horizontal por categorias e por entidades:

Conjunto Auditores Cmvm sRoC RoC

2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % sem nada de especial a referir 63 60% 58 63% 8 80% 17 74% 16 46% 5 25% 39 65% 36 72% Com observações e recomendações de menor relevância 32 30% 28 30% 2 20% 5 22% 18 51% 13 65% 12 20% 10 20% Com observações e recomendações de relevância 5 5% 4 4% - - - - 1 3% 1 5% 4 7% 3 6% Com resultados insatisfatórios - - - - Anulados 5 5% 3 3% - - 1 (a) 4% - - 1 (b) 5% 5 8% 1 (c) 2% Total de Entidades 105 100% 93 100% 10 100% 23 100% 35 100% 20 100% 60 100% 50 100%

5.2. Síntese das conclusões do controlo vertical por categorias e dossiers:

Conjunto Auditores Cmvm sRoC RoC

2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % sem nada de especial a referir 74 36% 87 47% 32 67% 69 79% 32 32% 4 8% 10 17% 14 28% Com observações e recomendações de menor relevância 103 50% 76 41% 16 33% 17 20% 58 58% 34 71% 29 48% 25 50% Com observações e recomendações de relevância 23 11% 20 11% - - - - 10 10% 10 21% 13 22% 10 20% Com resultados insatisfatórios 3 1% - - - 3 5% - - Anulados 5 2% 2 1% - - 1 (a) 1% - - - - 5 8% 1 (c) 2% Total de Dossiers 208 100% 185 100% 48 100% 87 100% 100 100% 48 100% 60 100% 50 100%

(a) Este controlo foi anulado porque a sociedade emitente seleccionada alterou a designação social e na data do sorteio não foi detectado que havia sido controlada no ano anterior.

(b) O controlo horizontal de uma SROC foi anulado porque esta se dissolveu, tendo o controlo vertical sido mantido relativamente aos seus sócios. (c) Este controlo foi anulado por motivos de doença grave do controlado.

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Este controlo foi anulado porque a sociedade emitente seleccionada alterou a designação social e na data do sorteio não foi detectado que havia sido controlada no ano anterior.

O controlo horizontal de uma SROC foi anulado porque esta se dissolveu, tendo o controlo vertical sido mantido relativamente aos seus sócios.

Este controlo foi anulado por motivos de doença grave do controlado.

6. CONTROLOS DE QUALIDADE PARA EFEITOS DE EMISSÃO DE PARECER PARA REGISTO DE AUDITORES NA CMVM

A Comissão efectuou, através dos seus membros, o controlo de qualidade em relação a um pedido de registo de auditor na CMVM tendo emitido um

pare-cer favorável que foi homologado sem reservas pelo Conselho Directivo.

7. SEGUIMENTO DAS CONCLUSÕES COM RECOMENDAÇÕES DE RELEVÂNCIA E/OU INSATISFATÓRIAS

No âmbito do acompanhamento que tem vindo a ser efectuado aos ROC/SROC cujo controlo de qualidade horizontal ou vertical dos anos anteriores revelou observações e recomendações de relevância e/ou resultados insatisfatórios, esta Comissão efectuou o seguinte:

a) Controlos respeitantes ao ano de 2005

A Comissão promoveu a realização dos 8 controlos de qualidade que, por sua sugestão, foram ordena-dos pelo Conselho Directivo. Os resultaordena-dos foram os seguintes:

(10)

Horizontal vertical nº % nº % sem nada de especial a referir 3 38% - -Com observações e recomendações de menor relevância 4 50% 4 50% Com observações e recomendações de relevância 1 12% 3 38% Com resultados insatisfatórios - - 1 12% 8 100% 8 100%

O processo do ROC que, neste novo controlo de qualidade, apresentou resultados insatisfatórios foi, através do Conselho Directivo, enviado ao Conselho Disciplinar para procedimento sancionatório.

Os 3 processos que, neste novo controlo de quali-dade, apresentaram resultados com observações e recomendações de relevância foram enviados ao Conselho Directivo para decisão sobre novas acções de acompanhamento.

b) Controlos respeitantes ao ano de 2006

A Comissão manteve entrevistas com os 23 revi-sores (ROC ou sócio de SROC) relativamente aos quais o controlo de qualidade horizontal ou vertical do ano anterior revelou observações e recomenda-ções de relevância e/ou resultados insatisfatórios e solicitou-lhes a apresentação de relatório escrito descrevendo as acções tomadas, nos trabalhos

referentes ao exercício de 2007, para eliminar as insuficiências e deficiências detectadas.

No seguimento daquelas entrevistas e da análise dos relatórios escritos supra referidos resultaram: (i) 19 aceitações das explicações apresentadas e o encer-ramento dos processos; (ii) 4 solicitações de informa-ções adicionais aos ROC/SROC cujos relatórios não esclareciam com a profundidade requerida as medi-das tomamedi-das, nos trabalhos referentes ao exercício de 2007, para eliminar as insuficiências e deficiências detectadas.

Os procedimentos antes referidos foram iniciados em 2006, enquadram-se no disposto na 8ª Directiva, e dão a possibilidade às entidades, naquelas circunstân-cias, de implementar as recomendações resultantes do controlo de qualidade, evitando a sujeição imediata a medidas ou penalidades disciplinares.

8. INTERVENÇÕES PONTUAIS E ANÁLISE DE RELATÓRIOS E CONTAS

A comissão procedeu a controlos pontuais solicitados pelo Conselho Directivo ou por outros Órgãos da Ordem. A comissão procedeu, também, embora não de forma sistemática, ao acompanhamento das publi-cações de relatórios e contas das empresas cotadas, que não foram objecto de controlo, no sentido de verificar, numa base selectiva, a conformidade entre as certi-ficações legais de contas e os relatórios de auditoria publicados.

(11)

9. SELECÇÃO DE CONTROLADORES-RELATORES

A Recomendação da Comissão Europeia de 6 de Maio de 2008, relativa ao controlo de qualidade externo dos revisores e sociedades de revisores que procedem à revi-são das contas de entidades de interesse público, sus-cita a necessidade de alteração do nosso Regulamento do Controlo de Qualidade, porém não estando ainda transpostas para a Legislação Portuguesa, as altera-ções à 8ª Directiva, manteremos no geral, para este ano, o Regulamento actualmente em vigor.

Assim, através da Circular nº 29/08, relativa à can-didatura de Controladores-Relatores, a CCQ indicou as respectivas condições gerais e o prazo de 30 de Junho para a entrega das mesmas. É intenção da CCQ seleccionar os Controladores-Relatores que apresentem candidaturas nas seguintes condições:

• Controladores-Relatores que já constaram da lista do ano anterior - Considerar renovada a sua ins-crição, sem prejuízo da apreciação do seu historial como Controlador-Relator quando à qualidade dos relatórios produzidos, da sua entrega atempada e do seu desempenho em termos gerais. Nesta apreciação será ainda considerada a vantagem de renovação do quadro de Controladores-Relatores

• Candidatos novos - Proceder à análise das propos-tas de candidatura e Curricula Vitae, analisar os resultados de eventuais controlos de qualidade a que tenham sido sujeitos ou no caso da sua inexistência, sujeitá-los a entrevista ou avaliação por parte de algum membro da CCQ

É intenção da CCQ recusar candidatos cuja actividade tem vindo a demonstrar não reunirem as condições consideradas essenciais para o exercício da missão de controlador.

Logo que concluído este processo de recrutamento, será elaborada a Lista de Controladores-Relatores, nos termos da alínea d) do artº 10º do Regulamento do Controlo de Qualidade. A nossa previsão é a de que à semelhança do ano passado venhamos a necessitar de aproximadamente 50 Controladores-Relatores

10. NOTA FINAL

A análise comparativa que, em matéria de Controlo de Qualidade, é possível efectuar ao nível da maioria dos países da União Europeia coloca Portugal numa posição de destaque face às práticas estabelecidas pelos diferentes institutos ou associações profissionais congéneres.

Embora os controlos de qualidade sobre a actividade dos revisores e sociedades de revisores sejam efectuados por revisores em actividade, “peer reviewers”, a afec-tação dos controladores e a supervisão exercida pela Comissão de Controlo de Qualidade sobre todos os processos do sistema de controlo de qualidade transfor-mam-no num sistema de “monitored peer review”. A experiência tem vindo a demonstrar que os revisores estão hoje mais sensibilizados para aceitar, de forma colaborante, a execução de acções de controlo das suas próprias estruturas e dos seus dossiers de tra-balho. Nunca é demasiado salientar que se exige aos Controladores-Relatores uma actuação equilibrada e um julgamento objectivo e imparcial da forma como o trabalho foi desenvolvido e evidenciado.

É também evidente que as conclusões do controlo de qualidade têm tido um efeito importante: i) na decisão de vários revisores de auto-suspenderem o exercício da actividade sempre que não preencham ou não pre-vejam preencher no imediato os requisitos essenciais e necessários para suportar o seu trabalho no desem-penho das suas funções de interesse público; ii) na decisão de várias SROC adoptarem estruturas orga-nizativas e sistemas de controlo de qualidade interno, mais adequadas às novas exigências.

O exercício do controlo de qualidade tem vindo assim a ser animado por uma profunda convicção de que se trata de uma acção indispensável para melhor salvaguardar os interesses da profissão e do público em geral. É por tal razão que, por si só, se justifica o investimento que a OROC tem vindo a fazer na manu-tenção e aperfeiçoamento do Sistema do Controlo da Qualidade.

Consideramos, ainda, que a divulgação pública deste relatório, constitui mais um contributo para garantir a transparência e promover a melhoria da credibilidade da nossa profissão.

Lisboa, 16 de Julho de 2008

A Comissão do Controlo de Qualidade

António Marques Dias – Presidente José Martins Correia – Vice-Presidente Alexandre da Paixão Coelho – Vogal Carlos Manuel Pereira da Silva – Vogal

Ana Cristina Louro Ribeiro Doutor Simões – Vogal

(12)

Due Diligence

Aspectos

Práticos

Sistema de

Normalização

Contabilística

Foi tendo em conta os aspectos práticos do tema que o Dr. Ivo Renato Moreira de Faria Oliveira apresen-tou o trabalho sobre o Due Diligence Financeiro no Contexto de uma Concentração Empresarial, seguido de um debate com os Colegas, nos dias 22 de Abril (Porto) e 23 de Abril (Lisboa).

Trata-se de um tipo de serviços para o qual o Revisor Oficial de Contas está, naturalmente, preparado, mas que justifica sempre um estudo actualizado e uma

abordagem pelo ponto de vista prático, com uma troca de experiências que permitirá melhorar a qualidade das suas intervenções profissionais e reduzir os riscos que geralmente estão associados a este tipo de trabalhos. O Encontro, tanto em Lisboa, como no Porto, serviu para a discussão de diversas matérias ligadas ao tema e a sua relação com a revisão de contas e a aplicação das disposições dos direitos comercial e fiscal.

Na sequência da aprovação, pela Comissão de Normalização Contabilística (CNC), do documento intitulado “Projecto de Linhas de Orientação Para Um Novo Modelo de Normalização Contabilística”, foram preparados projectos sobre de instrumentos contabilís-ticos, integrando o novo modelo intitulado “Sistema de Normalização Contabilística” (SNC) que visa substituir o POC e legislação complementar. O Conselho Geral da CNC deliberou proporcionar uma ampla divulgação do referido novo modelo, tendo o Governo decidido submeter “o projecto de SNC a consulta pública, de forma a recolher sugestões e outros contributos para o

Assim, no decurso desta discussão pública sobre o SNC, a Ordem promoveu um Encontro para debater o tema com os Colegas, recolher comentários e opiniões. Para este evento foi convidado o Colega António Baia Engana que introduziu o tema e promoveu o debate nas duas sessões que decorreram no dia 27 de Maio na Secção Regional do Norte, no Porto, e no dia 28 de Maio, na Sede, em Lisboa.

(13)
(14)

Eventos

Recepção aos Novos Revisores

“Quero dar-lhes as boas vindas e recebê-los nesta grande família de profissionais reconhecidamente responsáveis, exigentes e respeitados”, foram estas as palavras proferi-das pelo Bastonário na abertura da sessão de entrega proferi-das cédulas profissionais aos 47 novos Revisores Oficiais de Contas que se juntaram à profissão.

Fazendo uma alusão ao regime de acesso à profissão, afirmou que a entrada destes novos Colegas não foi fácil. “Apesar de tudo” prosseguiu o Bastonário na sua intervenção, “importa deixar claro que o regime de acesso mais não pretende do que fazer uma rigorosa selecção. Não pretendemos limitar e não limitaremos” frisou “o acesso a ninguém que seja detentor dos conhecimentos e da formação que a lei estabelece como requisito prévio”

Na sua intervenção, o Bastonário reiterou o objectivo da Ordem de continuar “a trabalhar no sentido de tornar a profissão mais atractiva, evidenciando os seus méritos e incentivando os melhores a optar por uma carreira profissional independente e dignificante”.

Admitindo que a profissão vive tempos de mudança a nível nacional e internacional, incentivou contudo a “enca-rar as mudanças como desafios e”, por sua vez “converter os desafios em oportunidades”, convidando estes novos Colegas a “não vacilarem perante as primeiras dificul-dades que brevemente irão ter que enfrentar”.

Felicitando vivamente estes novos membros da Ordem pelo sucesso alcançado e por terem “ultrapassado todos os obstáculos que integram o regime de acesso”, recordou que “a lei, as normas técnicas e os regulamentos da Ordem, e em especial o Código de Ética serão sempre, a par da consciência de cada um, os seus melhores conselheiros”. Na sua conclusão, salientou o carácter marcadamente liberal do exercício desta actividade e da responsabili-dade individual de cada um em dignificar a profissão como classe. Para isso, deixou claro que estes novos Colegas não devem hesitar “em procurar o apoio da Ordem sempre que entendam necessário”, e de que tudo se fará para” os ajudar a se integrar nesta profis-são, por um lado exigente, difícil e, às vezes, esgotante mas, por outro lado, motivadora, interessante e grati-ficante”

(15)

Eventos

A Ordem agraciou uma vez mais os Colegas que com-pletaram, este ano, 25 anos de carreira como Revisores Oficiais de Contas. Na sessão pública que ocorreu no dia 7 de Julho de 2008, foram entregues as respectivas medalhas comemorativas.

Citando as palavras que o Bastonário dirigiu aos Colegas: “Sabemos, por experiência, que são grandes os sacrifícios que a profissão exige de todos nós. Porém, não parece difícil concluir de que quem ficou 25 anos na profissão foi porque nela encontrou motivação bas-tante e um nível de realização e de satisfação superior. Todos na vida teremos tido outros desafios e outras propostas profissionais seguramente tanto ou mais interessantes que ser ROC. Mas temos que reconhecer que terá sido por uma boa razão que a opção de carrei-ra, feita há 25 anos, tenha permanecido inalterável” Na sua intervenção, o Bastonário realçou ainda que os 25 anos passados de “intenso trabalho e de total dedi-cação à profissão” por parte dos Colegas então agracia-dos, motiva a Ordem a “promover esta homenagem de reconhecimento por tudo o que fizeram para aumentar a reputação e o prestígio da profissão que abraçaram”

25 anos

(16)

Eventos

Auditoria e Mercado de Capitais

Intervenção do Presidente da CMVM

No âmbito da Sessão Pública realizada pela Ordem, no Hotel Tivoli, em Lisboa, no passado dia 7 de Julho, o Senhor Presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) fez uma intervenção subordinada ao tema “Auditoria e Mercado de Capitais”.

O Senhor Dr. Carlos Tavares na qualidade de Presidente da CMVM, realçou o papel primordial que os revisores oficiais de contas representam no mercado de capitais, falando sobre valores inerentes à sua profissão, tais como a independência, a transparência, reforçando a ideia da importância da qualidade da auditoria. Falando a propósito das suas funções exercidas, real-çou que “Os auditores são a primeira linha externa de controlo, cabendo-lhes assegurar que a informação financeira prestada ao mercado é um retrato fiel da situação das empresas cotadas. Prestam, por isso, um

importante contributo para a integridade e a transpa-rência dos mercados de capitais”.

Numa alusão à recente reforma do Código das Sociedade Comerciais e das novas Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas, afirmou que estas «tiveram em consideração o papel primordial dos auditores e visaram, nomeadamente, reforçar:

• A fiscalização interna das sociedades (órgão

reforça-do)

• A designação de interlocutores independentes do

órgão de direcção, para discussão e confronto de políticas contabilísticas agressivas;

• O reforço da independência dos auditores (deixando

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Eventos

• A transparência quanto ao exercício da sua

activida-de, em particular quando esteja em causa a audito-ria de empresas cotadas.»

Na continuação da sua intervenção, lançou uma série de reptos que resumiu da seguinte maneira (citando): “Dado que as empresas cotadas se financiam através de produtos financeiros cada vez mais sofisticados, exige-se dos auditores:

• Conhecimento profundo dos instrumentos

financei-ros complexos tais como

• futuros, opções, swaps, forwards ou CFD’s

• obrigações colateralizadas

• produtos estruturados

bem como do modo de funcionamento dos mercados em que são negociados.

Para tanto são necessários:

• Formação constante dos recursos humanos e

capaci-dades de adaptação ao ritmo das inovações

• Meios tecnológicos capazes de realizar uma verificação

eficaz da valorização dos novos activos financeiros

O Dr. Carlos Tavares prosseguiu afirmando que “A Comissão Europeia emitiu recentemente uma Recomendação sobre a limitação da responsabilidade dos auditores com o objectivo designadamente de esti-mular a concorrência no mercado de auditoria:

• Serão os Estados-Membros a decidir o método

apro-priado para a limitação da responsabilidade dos auditores, dentro dos seguintes limites destinados a proteger os próprios auditores, as empresas audita-das e os investidores:

• a limitação da responsabilidade não pode

apli-car-se em caso de incumprimento intencional dos deveres do auditor

• a limitação será ineficaz se não abranger também

terceiros

• quem sofrer prejuízos tem o direito a ser

ressarci-do.

E concluiu dizendo que “É um assunto que importa discutir com um adequado balanceamento entre a protecção dos investidores e a viabilidade da profissão de auditoria.”

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Eventos

Controlo de Qualidade

Sorteio Público

Na sessão pública de 7 de Julho de 2008, que contou com a presença de representantes de diversas entidades públicas e privadas, foi realizado o Sorteio Público a que se refere o art.º 14.º do Regulamento do Controlo de Qualidade.

Na ocasião, o presidente da Comissão do Controlo de Qualidade Dr. António Marques Dias, informou que a legislação nacional que irá proceder à transposição da 8ª Directiva já tinha sido aprovada pelo Governo devendo ser publicada em breve, pelo que o controlo de qualidade das entidades a sortear será efectua-do seguinefectua-do o actual Regulamento de Controlo de Qualidade.

Referiu, ainda, que foram aprovadas pelo Conselho Directivo, pequenas melhorias no processo do controlo de qualidade que sintetizou como segue:

«1. Nas sociedades com valores mobiliários admitidos à cotação sorteadas, será efectuado também o con-trolo do ROC/SROC se diferente do auditor para a CMVM.

2. A reunião prévia com os controladores/relatores será transformada numa acção de formação (obrigató-ria) de modo a aumentar o nível de uniformidade na documentação das acções de controlo.

3. Os controladores prepararão relatório detalhado das deficiências observadas nos casos em que as mesmas, pelo número ou pela relevância, constituam justifica-ção para conclusão com observações e recomendações de relevância ou insatisfatórias.»

A culminar uma breve intervenção que deu início aos trabalhos o Bastonário, António Gonçalves Monteiro, teve oportunidade de salientar:

«Nunca é demais sublinhar a importância dos bene-fícios que decorrem de um adequado sistema de controlo que, não devendo ser excessivo, deve ser sufi-cientemente capaz de prevenir tentações e de reprimir infracções».

A lista dos sorteados encontra-se disponível no sítio www.oroc.pt.

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Notícias

Nova Recomendação da CE

sobre o Controlo de Qualidade

A Comissão Europeia emitiu, no passado dia 6 de Maio, uma Recomendação relativa ao controlo de qualidade externo dos revisores oficiais de contas e sociedades de revisores oficiais de contas que procedem à revisão das contas de entidades de interesse público.

A Recomendação procura dar orientação aos Estados-Membros no estabelecimento de um sistema de controlo de qualidade independente e eficiente e visa dar mais responsabilidades às autoridades de supervisão pública dos auditores. Teve também como objectivo o reforço da independência dos controlado-res e o aumento da transparência dos controlado-resultados dos controlos efectuados às sociedades de revisores oficiais de contas.

A Recomendação só trata dos controlos de qualidade de revisores oficiais de contas e sociedades de revisores oficiais de contas que auditam entidades de interesse público.

Os objectivos principais da Recomendação são:

• Recomendar um papel activo das autoridades de

supervisão pública nos controlos de qualidade, dando às associações profissionais existentes a possibilidade

de auxiliar as autoridades de supervisão pública desde que existam salvaguardas importantes tal como a condição de ser assegurada a responsabilida-de responsabilida-dessa associação profissional perante a autoridaresponsabilida-de de supervisão pública;

• Recomendar aos Estados-Membros que não

autori-zem que os revisores oficiais de contas e os sócios de sociedades de revisores oficiais de contas tenham um papel relevante no sistema de controlo de qualidade implementado e nos controlos efectuados; e

• Recomendar aos Estados-Membros o aumento da

transparência no resultado dos controlos efectuados de modo a intensificar a responsabilidade do siste-ma de supervisão pública perante os investidores, sociedades e outros interessados. As autoridades de supervisão pública devem comunicar, por relatório anual, os resultados globais do sistema de controlo de qualidade. O relatório incluirá informação sobre recomendações emitidas, seguimento das recomenda-ções, medidas disciplinares tomadas e sanções impos-tas.

A referida Recomendação poderá ser consultada no site da OROC (www.oroc.pt).

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Notícias

O representante máximo dos auditores a nível mundial, Presidente da International Federation of Accountants (IFAC), Fermín del Valle, de visita a Portugal, des-locou-se à Sede da Ordem no dia 8 de Julho de 2008 para uma reunião de trabalho. Foi a primeira vez que a Ordem recebeu o líder da Federação Internacional que agrega no seu seio 157 organizações de profissionais de auditoria oriundas de 120 países.

Enquanto responsável por esta organização regula-dora da profissão a nível internacional, Fermín del Valle, fazendo uma alusão às questões actuais e mais relevantes para a profissão, sublinhou nesta reunião de trabalho a necessidade da adopção de regras inter-nacionais que orientem e harmonizem a actividade, sendo imperativo modificar, em 2009, as regras sobre a independência dos auditores, e o desejo da Federação de todos os países adoptarem e convergirem para estes princípios basilares do exercício da actividade.

Informou ainda que em Dezembro do corrente ano vai ser modificada a redacção das normas de auditoria, que deverão entrar em vigor no ano de 2010. O objectivo é tornar as normas mais simples e precisas, baseadas em princípios, a fim de se evitarem ambiguidades, divergências de interpretação e simplificar e aligeirar o processo da sua tradução a nível internacional.

A organização que dirige, com sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos, tem sido uma constante na sua carreira, fazendo parte da sua direcção há mais de 10 anos. Foi eleito Presidente da IFAC em Novembro de 2006, embora tenha estado ao serviço IFAC desde Outubro de 1997. Fermín del Valle desenvolve ainda uma carreira académica como Professor Associado na Faculdade de Economia da Universidade de Buenos Aires e como Professor de Contabilidade e Auditoria na Universidade de San Andrés, na Argentina.

Visita

a Portugal

do Presidente

da IFAC

Na sequência da avaliação, por parte do Grupo de Trabalho da Organisation for Economic Co-operation and Development (OCDE), relativo à Convenção sobre a luta contra a Corrupção de Agentes Públicos Estrangeiros nas Transacções Comerciais Internacionais, cujo relatório final e respectivas recomendações foram aprovadas em Março de 2007, coube a Portugal, no passado mês de Março, na sede da OCDE, apresentar oralmente um relatório sobre o, grande cumprimento das Recomendações então formuladas.

Neste âmbito, a Lei n.º 20/2008, de 21 de Abril, vem estabelecer a necessidade de, no decurso do seu tra-balho, os revisores oficiais de contas procederem às verificações que se revelem necessárias, tendo em vista a detecção do incumprimento a que se refere o art.º 7.º do referido decreto, por força do disposto no art.º 10.º do mesmo diploma.

O Departamento Técnico da Ordem está a estudar a possibilidade de emitir instruções específicas que iden-tifiquem os procedimentos que, em cada, deverão ser adoptados para assegurar um adequado cumprimento das novas exigências estabelecidas por lei.

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Actividade interna na Ordem

Independentemente da natureza das Organizações, a sua eficiência está cada vez mais relacionada com os meios informáticos de que dispõe e com a capacidade e apetência demonstradas pelos utilizadores na sua exploração. Esta realidade é muitas vezes entendida numa perspectiva individualista de desempenho mas, pelo contrário, o seu êxito implica um trabalho de equipa em que existe uma dependência global.

Numa abordagem simplista, aqueles são alguns dos factores que influenciam significativamente a “Cultura” de qualquer Organização e, portanto, também a da nossa Ordem.

Quando falamos de cultura, abordamos algo que se vai construindo ao longo do tempo e não é susceptível de alterações bruscas, a menos que as circunstâncias jus-tifiquem situações de rotura e o risco que normalmente lhe está associado. Nesta perspectiva, e depois de uma mudança significativa na gestão da infraestrutura

informática (Hardware) imediatamente após o início das funções do actual Conselho Directivo, este concluiu pela necessidade de uma profunda reformulação das soluções (Software) utilizadas pela OROC, a concreti-zar depois de uma avaliação cuidada dos objectivos a atingir e das alternativas disponíveis no mercado. Pretendendo-se implementar uma solução credível, que satisfizesse de forma integrada as diferentes áreas da Ordem, aquela tarefa não se revelou de fácil execução. A escolha veio a recair sobre a Microsoft, estando concluída a primeira fase do trabalho conducente à implementação do “Dynamics CRM” e do “Dynamics NAV”, cuja conclusão está planeada para o último trimestre deste ano.

Estamos seguros que este projecto, envolvendo a maio-ria dos Colaboradores da Ordem, irá contribuir para uma mudança positiva de grande significado na nossa “Cultura”...

Nova plataforma informática

Formação contínua

Durante o segundo trimestre do ano corrente, a Ordem promoveu e realizou os seguintes cursos de Formação Contínua: “Seguros – novo sistema contabilístico”, “Código das sociedades comerciais”, Fiscalidade por rubricas da demonstração de resultados”, “Impacto da

informática na auditoria”, “Consolidação contabilísti-ca”, Contabilidade no sector público” e “Consolidação no sector público”. Dado o elevado número de inscri-ções, quer em Lisboa quer no Porto, dos cursos ”Código das sociedades comerciais” e “Fiscalidade por rubricas da demonstração de resultados”, houve necessidade do recurso a hotéis para a sua realização.

De acordo com o que é habitual, procedeu-se à distri-buição de questionários pelos formandos, tendo havido uma muito significativa percentagem de resposta de avaliação de muito bom.

Os referidos cursos enquadram-se no Regulamento de Formação Contínua atribuindo as horas de formação acreditada, oportunamente definidas.

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As organizações modernas devem ser exigentes no cumprimento da sua missão e dos objectivos que se propõem realizar, sob pena de serem colocadas em causa pelo seus múltiplos “stakeholders”. Mas para o conseguirem, terão de promover a participação e o envolvimento de todos os actores, desde que estes tenham a garantia de que poderão ser questionados e melhorados os vectores organizacionais, culturais e estratégicos da entidade em que se inserem.

A cultura de uma organização representa o conjunto de valores, normas, atitudes e crenças partilhados pelos seus membros, que se reflecte no modo como estes se comportam, relacionam, resolvem problemas e tomam decisões. É um dos factores que “torna a organização única, isto é, a cola que une as pessoas”.

Numa economia tradicional as dimensões da gestão táctica (recrutamento e selecção, formação, avaliação de desempenho e gestão de remunerações), baseadas na relação de subordinação, apresentam-se necessárias e suficientes. Contudo, numa economia de serviços e do conhecimento, embora necessárias, revelam-se claramente insuficientes. Desta forma, terá de se evo-luir para uma situação de participação colectiva que potencie a emergência de práticas de uma Gestão Estratégica das Pessoas, que se articulam em torno de quatro dimensões:

Gestão da confiança, suportada nos valores da

autonomia e da responsabilidade dos actores organi-zacionais;

Gestão da coesão social, assente no valor da

empre-gabilidade e do contrato psicológico;

Gestão das e pelas competências, enquanto suporte

do projecto de cada indivíduo, ao longo da sua vida de trabalho;

Gestão da aprendizagem organizacional,

enquan-to via para o desenvolvimenenquan-to sustentado da organi-zação, baseado na noção de capital intelectual. A Gestão de Pessoas tem, assim, como finalidade gerir, desenvolver e sustentar o potencial humano através de um modelo de gestão estratégica. O sucesso da Gestão de Pessoas é, sobretudo, resultado de uma gestão

definida e orientada para a implementação, desenvol-vimento e partilha de saberes e competências, de forma a criar um sistema de práticas tácticas e estratégicas coerentes.

Neste sentido, o Conselho Directivo deliberou implementar um Sistema de Gestão e Avaliação de Competências que permita a avaliação sistemática dos seus colaboradores, condição fundamental para uma gestão eficiente e eficaz, para uma potenciação da comunicação necessária à Instituição e para a introdu-ção de melhorias contínuas na organizaintrodu-ção do trabalho e a sua integração na gestão global.

Para o efeito, foi contratada uma especialista nesta matéria, professora universitária e com vasta experi-ência profissional em projectos congéneres, quer em entidades públicas, quer em privadas: Eng.ª Generosa do Nascimento.

Esperamos com esta iniciativa contribuir para o desen-volvimento dos recursos humanos da Ordem, para uma maior integração de serviços e para uma clara melhoria da qualidade dos serviços prestados aos seus membros.

Gestão estratégica

dos Recursos Humanos

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Secção Regional do Norte

Informação Geral

A Secção Regional do Norte tem desenvolvido a sua actividade no cumprimento das atribuições que lhe estão designadas no regulamento e que consistem na representação da OROC no Norte do País, no apoio administrativo e de confraternização dos Colegas, num espaço de reuniões de trabalho dos órgãos sociais, comissões técnicas e de outros grupos de trabalho e como espaço privilegiado da formação contínua dos Revisores e também do curso de preparação para ROC (CPROC).

Encontro na Ordem

No decurso do segundo trimestre de 2008 realizaram-se os seguintes “Encontros na Ordem”:

• Em 22 de Abril: Encontro subordinado ao tema:

“O Due Diligence Financeiro no contexto de uma Concentração Empresarial – Aspectos Práticos” com apresentação pelo Colega Ivo Renato Moreira Faria de Oliveira;

• Em 27 de Maio: Encontro dedicado ao novo Sistema

de Normalização Contabilística e que foi orientado pelo Colega António Baia Engana.

O Encontro de 27 de Maio serviu ainda para a apre-sentação pelo Bastonário da Ordem da nova identida-de visual da Oridentida-dem.

IX Encontro Luso-Galaico de Revisores e Auditores Está neste momento a ser ultimado o programa para o IX Encontro Luso-Galaico dos Auditores e Revisores de Contas de Espanha e Portugal subordinado ao tema “Os Novos Desafios para a Contabilidade e Auditoria” que se realizará na cidade do Porto, nos próximos dias 10 e 11 de Outubro.

O programa está a ser objecto do acordo final com Agrupación Territorial IV do Instituto de Censores Jurados de Cuentas e será divulgado a breve prazo. Haverá intervenções sobre a actualidade e as expec-tativas nos domínios da economia, da contabilidade e da auditoria.

Fórum do Norte das Ordens Profissionais

A SRN tem participado activamente na constituição do Fórum do Norte das Ordens Profissionais, de que daremos oportunamente notícias.

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Referências

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