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u Seiie, sur laquelle se trouve un tombeau de dicatare

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N. &&&

REVISTA DE ENGENHARIA

f n

IISf I II IMIIIIIII

Navi et i/>sa scientia /etestas e «. F . Bacon.

Estradas de Ferro. Actos Officiaes. Noticiário. Estudos Econômicos.—-Pelo

en-genheiro André Rebouças. Sociedades Anonymas.

A VISO. — A redacçao da " Revista " não é forçosamente solidaria com as opiniões emiitidxts nas correspondências e outros artigos que lhe são enviados.

545*

El 4?

Rio de Janeiro, 14 de Setembro de 1891.

ESTUDOS ECONOMICOS^rcX

/ i»y«u '¦• ÍQ3 __

m t \tO. A.X ' CS'

Beklem-Regt v^y -, v (DEMOCRACIA RURAL NA HOLLANDAf

' ' (Conclusão)

IV

Eis aqui um documento da Democracia Rural ; de Cadastro Territorial, de Estatistica Agricola, que só a França pode exhibir; nenhum outro paiz do Velho ou do Novo Mundo attingio ainda a este desidératüm:

Etude de M. Félix MASSE, licencie en droil, avoué près le Tri-hunal civil de Grasse, sise Boulevard du Jeu de Ballon, 1.

VENTE'

AUX

ENCHÈKES PUBLIQUES

par exjjropriation forcée

Le Vendi-edi^O M ai 1891 par devant le Tribunal civil de Grasse, au Palais de justice, à Grasse, cà neuf heures du matin, de:

1?

UNE PROPRIÉTÉ RURALE

en nature de vignes, oliviers, terrain arrosable, avec MAISON D^HABITATION et d^xploitatioi^puits, réservoh', íbnfaine et loules dépéndances,située sur le terriloire de la Gommune de Moug-ins, au quartier de Juillone, d^upe contenance approxjmative de deux hectares soixante-onze ares trente-Irois cenliares. (£h71.33 centiares ou mètres carrés).

Font partie de cet immeuble comme immeubles par destination, un cheval poil gris avec harnais, une charrette et un breack avec leurs accessoires.

La dite propriété est tênue à colonage partiaire par Ie sieur Navello Antoine, cultivateur à Mougins.

Sur lamise à prix de deux mille franes, etrci 2 OOÔ fr. sejam 800$000.

2?

UNE PROPRIÉTÉ RURALE

en nature de forêt, bois de pins, broüssailles et quelques chênes et autres arbustes, sise sur le terriloire de la cornmune de ZMfoii-í£iiis, au quartier do Grand Vallon, d'une contenanceapproxima-tive de un hectare quatre-vingt-dix-huit centiares. (lh00.98 cen-tiares ou mètres carrés).

Sur lamise à prix de cent franes, et ci 100 fr., sejam 40$000.

3? .

UNE MAISON D'HABITATION

sise en Pençeinte d" Moug-iiis, sur la place duVallat,élevéede deux étages sur rez-de-chaussée, dans laquelle se trouve une ci-torne.

Sur la mise à prix de cinq cehts franes, et ci 500 fr.

sejam 200$000. J

UNE TERRE

u Seiie, sur laquelle se trouve un tombeau de famille, que Tadiu-dicatare aura le dron d-enlever el faire tlisparaítre. La dite terre ii l^o"in m11CC aPPr?x^atiye de vingt-neúf ares vingt cen-tiares. (29.20 mètres carrés). ¦

• SIoUaaa Se * prÍX de ciU(lllil1^ bailes, el ei <r0 fr

sejam 20$000. Jü •'

Pour renseignements s^dresser à M. Félix MASSE licencie en droil et ayoue poursuivant la vente, donl Pétude est sise à Grasse boulevard du Jeu-de-Ballon, 1, ou coiisuller le cahier des chnS depose nere le greffe du dil tribunal. S

Grasse, le trente avril mil huit cent-quatre-vingt-onzé. Four exlrail:

Signé: F. MASSE, avoué. Basla reflecür intelligentemente sobre esle documento para comprehender ludo ;—todos os segredos do problema da terra, o da Emigração...

Fundaram, em Paris, Agencia Central de Trafico de Escravos Brancos; ousaram profanar Afhenas hodierna com uma feiloria da costada Guiné... Foi del.alde... Não encontraram um só franeez que" se prestasse a correr os riscos de escravisaçao e de réescravisação nos latifúndios dos Laiidlprcís do Ribeirão Preto...

Para

que ? !

Se aqui mesmo, nesla bella França, pode-se comprar por al-giimas dezenas de mil réis um pedaço de terra "~- tmíopmde terre"— plantado, como um jardim, de vinha, de oliveiras e de am ore iras...

Ah !... Cumpre dizer ludo... Para glórificaçãò do 8? ariniversario de 13 de Maio de 1888...

O que mais irrita a, Europa é o Landi ordi sino ; é o mono-polio territorial; é aarisloci-alisação pelo açanibarcamento da lerra; são todos os erros, todos os vicios e Iodos os crimes do Feiidalismo. transportados para o Novo Mundo por aventureiros, que, no Velho Mundo, morriam de fome ; guardavam porcos- tinham as mais baixas profissões; ([liando não eram saltcadores on condem nados escapo sdas galés... Não esquecer que Pizarro, o feroz conquistador do Peru, foi porqueiroem Trujillo; (pie Pedro de Al magro, o conquistador do Chile actual, todo aristocrático, iheocratico e militár-sanguiiiario foi um misero órfão encontrado nas ruas de Álmagro, de onde tirou o nome.

Sona/excellenle lição de Humildade para Iodos esses soberbos escravisadores e reescravisadores de índios—Aborígenes da, Ame-rica,;de Africanos, de Ghins, de Coolies e agora de Europeus, a titulo de colonos,—publicar a lista dos avós com a notada miséria, em que chegaram ao Novo Mundo, o das infâmias e dos crimes, eme haviam praticado no Velho Mundo...

Desculpariamos ao fazendeiro boçal de Botucatú ou da Penha do llio do Peixe, que jamais vio a França, a Suissa ea Nol-landa, os paradisíacos jardins e lindos parques da Democracia Rurah—, sua, impenitencia no latifúndio e na. escravidão ; mas é im-possivel não condemnarseveramente a. obstinação satânica dos Land-lords da terra roxa, (pie percorrem a, Europa, em trens de luxo e que não se convertem ao aspecto da felicidade e do bem-estar dos lavradores-proprietarios; (pie não dizem:--- " Que]os Brasileiros meus compatriotas, sejam igualmente felizes, livres, nobre* e inde-pendentes. "

Para esses egoístas ferozes j para^esses escravocratas impeni-tentes; para esses exploradores cynicos da Pátria e da Humanidade ; não pode e não deve haver paz na lerra nem perdão no céo...

Mihi vindietam... E<jo retribuam !

André Rebouças. Ganries, 13 de Maio de 1891.

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SOCIEDADES ANONYMAS

Consolidação das leis sobre sociedades anonymas

{Coniln.ua ção)

CAPITULO VI

Da asse bléa geral

Art. 128. A assembléa geral tem poder para resolver todos os negócios, tomar quaesquer decisões e deliberar, approvar e

re-ctificar todos os actos que interessam á companhia.^

Nas suas faculdades, salvo cláusula em contrario, se inclue a de modificar «alterar os estatutos, ou contracto social. Não lhe é"porém, permittido mu'ar ou transformar o objecto essencial da

sociedade. (Decreto n. 8,821 de 1882, art. 63.)

Art. 129. Para quo a assembléa geral possa validamente func-cionar e deliberar, é indispensável que esteja presente um nu-mero de accionistas que represente, pelo menos, um quarto do

capital social.

Art. 130. Se este numero nao se reunir, uma nova reunião será convocada, por meio de annuncios nos jornaes, declarando-ae nelles que se deliberará, qualquer que seja a somma do capital representado pelos accionistas que comparecerem. (Lei n. 3,150, art 15 SS 2o e 3o ; decreto n. 8,821, art. 64 ; decreto n. 164 dc 189*0, «rt. 15§§2° e 8« )

Art. 131. A assembléa geral, que tem de deliberar sobre a constituição da sociedade, e a approvação dos valores dados ás prestações que não consistem em dinheiro, e sobre as modifica-ções e alteramodifica-ções dos estatutos, ou contracto social, carece, para validamente se constituir, da presença de accionistas, que, na mínimo, representem dous terços do capital social.

8 Io, Se nem ua primeira, nem na segunda reunião compa-recer o numero de accionistas exigido na disposição presente, convocar-se-ha terceira, com a declaração de qne a assembléa poderá deliberar, seja qual for a somma do capital representado pelos accionistas presentes.

§ 2o. Neste caso, além dos annuncios (se as acções forem no-minativas), a convocação ae fará por meio de cartas. (Lei n. 3,150 de 1882 art. 15 § 4o; decreto n. 8,821 do mesmo anno art. 65 ; decreto n. 164 de 1890 art. 15 § 4 .)

Art. 132. As deliberações da assembléa geral, tanto no caso do art. 112, como no do anteccndente, serão tomadas pela maio-ria dos sócios presentes. (Lei n. 3,1.50 de 1882 artigo e paragra-phocits. 3ft alínea ; decreto n. 8,821 do mesmo anno art. 66; decreto ri'. 164 do 1890 artigo c paragrapho cita. 3a alinea.)

Art. 133. Para eleição dos administradores e empregados da secretaria, bem como para as deliberações de qualquer natureza, serão admittidos votos por procuração, com poderes especiaes, comtanto que estes não sejam c< nferidoa a administradores e fis-cães, e que sejam accionistas os procuradores. (Decreto h. 164 de 17 de .Janeiro de 1890 art. 15 § 8 • ; decretou. 8,821 de 1882 art. 67 ; lei n. 3,150 art. 15 § 8o.)

Art. 134. As convocações das assembléas geraes serão mo-tivadas e far-se-hão por annuncios nos jornaes públicos do logar, e, se não os houver, nos dos mais próximos, com intervallo ra-zoavel. (Decreto n. 8,821 do 1882 art. 68; decreto n. 164 de

1890 art. 15§§1°.,5°. e9°.)

Art. 13.5. Serão acceitos como gocios, para todos os effeitos de direitos, os que sc apresentarem com acções ao portador, e com as tranaferiveis por endosso, traspassadas em seus nomes, salvo prova em contrario.

Art. 136. Nos estatutos, ou contracto social se pôde estabe-lecer quo o dono das acções ao portador e das tranaferiveis por endosso as depositem na caixa da sociedade, pelo menos três dias antes das reuniões da assembléa geral, sob pena de não to-marem parte nas discussões c deliberações. (Decreto n. 8,821 de 30 de Dezembro do 1882, art. 69.)

Art. 137. Oj administradores tem competência para convo-car extraordinariamente a assembléa geral, a requerimento de quaesquer accionistas :

Io. Quando o requerimento for dirigido por sócios em nu-mero não menor de sete e representando, pelo menos, um quinto do capital social ;

2o. Quando o pedido de convocação for fundamentado com motivo, que não poderá ter referencia a matéria, actos e contas já apreciados e julgados em assembléa geral. (Decreto n. 164 de 17 de Janeiro de 1890 § 9o do art. 15.)

Art. 138. Pode a assembléa geral extraordinária ser convo-cada pelos próprios accionistas nas condições do n. 1 do artigo antecedente, quando :

Os administradores não fizerem a convocação no prazo de oito dias, a contar da apresentação do requerimento dos accio-nistH8, devidamente motivado. (Decreto n. 164 de 17 de Janeiro de 1890 art. 15 § 9o n. 1.)

Art. 139. Nos casos, em que a lei ou os estatutos determi-narem expressamente a reunião da assembléa geral, é permittido

a qualquer accionista oíigil-a da administração, se esta retardar por mais de três mezes além da época estipulada.

Art. 140. Se o accionista não for attendido, terá o direito de fazer elle próprio a convocação, declarando esta circumstancia no annuncio respectivo. (Decreto n. 164 de 17 de Janeiro de 1890 art. 15§9n. 2.)

Art. 141. Nos estatutos se determinará a ordem que se ha de guardar nas reuniões da assembléa geral, o numero minimo de acções que é necessário aos accionistas para serem admittidos a votar em assembléa geral, e o numero de votos que compete a cada um, na razão do numero de acções que possuir.

§ Io. Ainda que sem direito de votar, por não possuir o nu-mero de acções exigido pelos estatutos, é permittido a todo o accionista comparecer á reunião da assembléa geral e discutir o objecto sujeito á deliberação.

§ 2o. Na assembléa geral, que tem de de-iberar sobre a con-stituição da sociedade e avaliação dos quinhões dos bens, cousas ou direitos, poderá votar todo o accionista, ainda que não possua o numero de acções exigido pelos estatutos ou contracto social. (Lei n. 3,150 de 1882 art. 15 §§ 6o e 7o ; decreto n. 8,821 do mesmo anno art. 71 ; decreto n. 164 de 1890 art. 15 §§ 6o e 7o.)

Art. 142. Não podem votar nas assembléas geraes : os admi-nistradores, para approvarcm seus balanços, contas e inventários ; os fiscaes, os seus pareceres ; e os accionistas, a avaliação de seus quinhões, ou quaesquer vantagens cstipulada3 nos estatutos ou contracto social. (Lei n. 3,150 de 1882, art. 15 do § 10 ; de-creto n. 8,821 do mesmo anno art. 72 ; decreto n. 164 de 1890

art. 15 § 10.)

Art. 143. Em cada anno haverá uma assembléa geral dos accionistas, cuja reunião será fixada nos estatutos, e sempre an-nunciada pela imprensa 15 dias, com indicação do logar e hora.

§ Io. Esta reunião terá por fim especial a leitura do parecer dos fiscaes e exame, discussão e deliberação sobre o inventario, balance e contas annuaes dos administradores.

§ 2o. Se para deliberar sobre quaesquer dos assumptos men-cionados carecer a assembléa geral de novos eacl irecimentos po-dera adiar a sessão e ordenar os exames e investigações que forem necessários, (Lei n. 3,150 de 1882, art. 15, § Io ; decreto n. 8,821 do mesmo anno, art. 75 ; decreto n. 164 de 1890, art. 15

§10.)

Art. 144. As assembléas geraes ordinárias não podem func-cionar com menos de três aocios capazes de constituil-as, afora os directores e fiscaes ; pena de nullidade das deliberações adopta-das. (Decreto n. 164 de 1890, art. 15, § 9o. n. 4.)

Art. 145. A approvação do balanço e contas, feita sem re-serva, importa a ratificação dos ac*os e o »oraçõis relativas.

A approvação, porém, poderá ser annulbida, em caso de erro, dolo, fraude ou simulação. (Col Commercial, art. 429

n. 4o; decreto n. 8,821 del882, art. 74.)

Art. 146. A approvação, pela assembléa geral, de actos e operações, que importam violação da lei, ou dos estatutos, não perime a acção dos sócios ausentes e dos que não houverem con-corrido com os seus votos para tal approvação. (Decreto n. 8,821

de 1882, art. 75.)

Art, 147. Um mez antes da data approvada para a reunião da assembléa geral ordinária, annunciará a administração da so-ciedade ficarem á disposição dos sócios, no próprio estabeleci-mento onde ella tiver a sua sede :

Io. Cópia dos balanços contendo a indicação dos valores mo-veis, immomo-veis, e, em synopse, das dividas activas e passivas, por classes, segundo a natureza dos títulos ;

2o. Cópia da relação nominal dos accionistas, com o numero de acções respectivas e o estado do pagamento destas ;

3o. Cópia da lista das transferencias de ucções, em algarismos ren Usadas no decurso do anno.

§ 1.° Até a véspera, o mais tardar, da sessão da assembléa geral, so publicará pela imprensa o relatório da sociedade, com o balanço e o parecer da commissão fiscal.

§ 2.° Até 30 dias, quando muito, após a reunião da assem-bléa geral, a acta respectiva será publicada pela imprensa.

§ 3.° A qualquer pessoa se dará, sem inquirir-se qual o inte-resse que tem, certidão dos actos archivados, na conformidade das disposições dos arts. 68 e 69 e da relação nominal dos accio-nistas (n. 2 deste artigo.) (Decreto n. 164 de 17 de Janeiro de 1890, art. 16 ; decreto n. 8,821 de 1882, art. 76.)

CAPITULO VII

Da dissolução e liquidação amigável

Art. 148. As companhias ou sociedades anonymas se dis-solvem :

l.°Pelo consenso de todos os accionistas em instrumento publico ;

2.° Por deliberação da assembléa geral; 3.° Por insolvabilidade ;

4.° Pela cessação do pagamento das dividas ; 5.° Pela terminação do prazo ;

(3)

REVISTA DE ENGENHARIA

547 7.° Mostrando-se que a sociedade não pode preencher o seu

fim, por insufficiencia do capital, ou por qualquer outro motivo. (Lei n. 3,150 de 1882, art. 17 ; decreto n. 8,821 de 1882, art. 77 ; decreto n. 164 de 1890, art. 17.)

Art. 149. A assembléa geral pode resolver a dissolução da sociedade, ainda que não occorra nenhum dos casos mencionados

na lei. (Art. 78 do decreto n. 8,821 de 1882.)

Art. 150. A terminação do prazo da sociedade, a não ter ha-vido prorogação, importa, por força da lei, a dissolução da socie-dade ; ficando, portanto, iliimitada e solidariamente responsáveis pelos actos posteriores os que os houverem praticado, ou concor-rido com seus votos para que se praticassem. (Decreto n. 8.821

de 1882 art. 79.) '

Art. 151. No caso de reducçao de sócios a numero menor de , sete, a sociedade se entenderá dissolvida, se dentro do prazo de j seis mezes não se preencher o numero legal. (Lei n. 3,150 de 1882 art. 17 n. 5 ; decreto n. 8,821 de 1882, art. 80: decreto n. 164 ' de 1880 art. 17 n- 5.)

§ Io. O dito prazo de seis mezes se começará a contar, se as I acçoes forem nominativas, da data da publicação das transferen-cias ; se, porém, ao portador ou transferiveis por endosso, do dia da reunião da assembléa geral, em que se verificar a alludida reducçao. (Decreto n. 8,821 de 1882 § Io do art. 80.)

§ 2o. Pelos actos, que a companhia praticar, depois que o nu-mero dos sócios se reduzir a menos de sete, serão solidariamente responsáveis os administradores e accionistas,89,dentro do prazo de seis mezes, não fôr preenchido o numero legal. (Decreto n. 8 821 de 1882, § 2o do art. 80 ; Lei n. 3,150 de 1882, art, 17, n. 5, 2o alinea ; decreto n. 164 de 1890 art. 17 n. 5, 2o alínea.)

Art. 152. No caso de perda da metade do capital social, devem os administradores consultar a assembléa geral sobre a conveniência de uma liquidação antecipada. (Lei n. 3,150de 1882 art. 17 n. 6, Io alinea ; decreto n. 8,831 de 1882 art. 81, decreto n. 164 de 1890 art. 17 n. 6, 1 alinea.)

Art. 153. Se a perda, porem, fôr de tres quartos ou mais do capital social, qualquer accionista poderá requerer a liquidação judicial da sociedade. (Lei n. 3,180 de 1882, art. 17 n. 6,"2o alinea; decreto n. 8,821 de 1882 art. 82 ; decreto n. 164 de 1890, art. 17 n. 6, 2° alinea.)

Art. 154. A qualquer accionista assiste o direito de pedir por acção ordinária a dissolução da sociedade, quando não puder esta preencher o seu fim, insufficiencia de capital, ou por qual-quer outro motivo. (Decreto n. 8,821 de 30 de Dezembro de 1882 art. 83.)

Art. 155. Dissolvida a sociedade por qualquer dos funda-mentos do art. 128, com excepção do de cessão de pagafunda-mentos, ou com o do art. 132, a liquidação poderá ser feita amigável-mente. (Lei n. 3,150de 4 de Novembrode 1882 art. 19. § 2o de-creto n. 8,821 de 1882 art. 84 : (Decreto n. 164 de 1890 art. 19 §2-.)

Art. 156. Supposto dissolvidas, as sociedades anonymas se reputam continuar a existir para os actos e operações da liqui-dação. (Decreto n. 8,821 de 1882, art. 85.)

Art. 157. Compete á assembléa geral determinar o modo da liquidação, quando nos estatutos não se haja providenciado a este respeito, e nomear os liquidantes. (Decreto n. 8,821 de 1882, art. 86.)

Art. 158. Na falta de estipulação dos estatutos, ou delibe-ração da assembléa geral, serão liquidantes os administradores. (Decreto n. 3,821 de 1882, art. 87-)

Art. 159. Incumbe aos liquidantes :

Io. Organisar o inventario e o balanço da sociedade nos quinze dias jmmediatos á sua nomeação, ou á dissolução, dado o caso do artigo antecedente;

2o. Arrecadar os bens, intentar acções, alienar os valores moveis, cobrar as dividas activas, pagar as passivas certas e pra-tjcar em geral as operações e actos que sejam necessários para a liquidação ;

B9. Convocar a assembléa geral para resolver as questões, cuja decisão depende da sua deliberação. (Decreto n. 8,821 de 1882, art. 88.)

Art. 160. Salvo cláusula ou deliberação em contrario, não podem os liquidantes transigir, contrahir compromissos, alienar e hypothecar immoveis e empenhar os moveis. (Decreto n. 8,821,

art. 891.) '

Art. 161. Se os haveres sociaes forem insufficientes para o integral pagamento do passivo, deverão os liquidantes exigir dos sócios que completem as prestações que ainda não tenham sido realisadas. (Decreto n. 8,821 de 1882 art. 90.)

Art. 162. A assembléa geral pôde resolver que ainda*antes de ultimada a liquidação, estando pago todo o p>issivo social, se façam dividendos, á proporção que os haveres sociaes se forem apurando. (Decreto n. 8,821'de 1882 art. 91.)

Art. 163. De seis em seis mezes os liquidantes darão conta á assembléa geral do Estado da liquidação e das causas que a têm embaraçado ou retardado. (Decreto n. 8,821 de 1882 art. 93.)

t Art. 164. Terminada a liquidação e pago todo o passivo so-ciai, os liquidantes formarão o plano de partilha do aetivo liqui-dado e organisarão suas contas, fazendo-as acompanhar de um

relatório, que deve conter a historia dos actos e operações por elles.praticados e dos incidentes oceorridos. "

1#. O relatório e contas serão remettidos ao conselho fiscal do ann°oom

_?UG tGVe ,0gar a dissolução, para dar parecer •

2 .Em assembléa geral, para esse fim convocada, serão apresentados, discutidos e subraettidos á approvaçâo as contas e planos de partilha, fazendo-se previamente a leitura do relatório dos liquidantes e parecer dos fiscaes. "awno § Io. O plano de partilha pôde ser approvado, ficando reser vada para outra reunião a discussão da, contas

§2 . Os accionistas divergentes não poderão reclamar contra a approvaçâo da partilha e das contas, senão nos casos de violação da lei ou dos estatutos. v

A reclamação será feita pela acção competente, que deverá ser iniciada dentro de vinte dias, a contar da reunião em que a de11882 ar^T1"5 °UVerem 8Íd° aPProvadrts- (Decreto n. 8,821

Art. 165. A approvaçâo das contas pela assembléa importa de direito, a exoneração da responsabilidade dos liquidantes' salvo se tal approvaçâo houver sido obtida por erro, dólo frauda ou simulação. (Decreto n. 8,821 de 188.' art. 95.)

capitulo viji

Da liquidação forçada das sociedades anonymas

v Art. 166. As sociedades anonymas e companhias anonyma& nao sao sujeitas á fallencia ; são, porém, os seus representan-tes e sócios responsáveis pelos crimes que, como taes, commet-terem contra a própria sociedade, ou contra terceiros (Lei n. 3,150 de 1882, art. 18 ; decreto n. 8,821 de 1882 art 96 • decreto n. 164 de 1890 art. 18). !; " T

Art. 167 A liquidação forçada não pôde ser declarada senão nos tres casos seguintes :

Io. De insolvabilidade ;

2 . De cessação de pagamento das dividas ;

3o. De perda de tres quartos ou mais do capital social íDp. creto n. 8,821 de 1882, art. 97.) K

Art. 168. A liquidação forçada só pôde ser declarada : Io. Por meio de equerimento da sociedade ou de algum ac-cjonista ; em qualquer dos casos do artigo antecedente, o reque-rimento deve ser instruído com o inventario e balanço •

2o. Por meio de requerimento de um ou mais credores in-struido com a competente justificação, tão somente no caso de cessação de pagamento de dividas vencidas, certas e líquidas (Decreto n. 194 de 1890, art. 19, § 1° ns. 1 e 2; decreto n. 8 821 de 1882, art. 98 ; decreto n. 917 de 24 de Outubro de 1890 art 2o letras a a h). '

Art. 169. A'vista da petição e documentos, o juiz do com-mercio, depois de proceder ás diligencias necessárias, dará a sua sentença.

Independentemente de quaesquer diligencias, decretará o juiz a liquidação forçada, se ella fôr requerida pela própria so-ciedade. (Decreto n. 8,821 de 30 de Dezembro de 1882, art. 99.) Art. 170. Da sentença que decretar a liquidação, cabe o recurso de aggravo de petição (Lei n. 3,150 de 1882, art. 19 8 Io n. 2, Io alinea ; decreto n. 3,821 de 1882, art. 100: decreto n. 164 de 1890, art. 19 § 1« n. 2. 1° alinea).

Art. 171. A sentença será publicada por editaes impressos nas folhas publicas, affixados na Praça do Commercio, onde a houver, nas portas externas da casa da audiência e nas da socie-dade. (Decreto n. 1,821 de 1882, art. 101.)

Art. 172. Declarada a liquidação por senteuça do juiz do commercio, nomeará este dentre os cinco maiores credores dous syndicos, cujas funeções durarão até que os credores deliberem sobre a concordata que lhes for offerecida, ou sobre a liquidação definitiva. (Lei n. 3,150 de 1882, art. 20 ; decreto n. 8,821 do mesmo anno, art. 102 ; decreto n. 164 de 1890, art. 20).

Art. 173. Apenas nomeados, os syndicos tomarão posse do patrimônio social por um termo, que deverá conter a reiaçãu dos bens. (Lei n. 3,150 art. 20 § 1"; decreto n. 8,821 arr 105-decreto n. 164 art. 20 § 10.) * ' ^ Art. 174. São obrigados os syndicos a proceder logo, por peritos designados pelo juiz, ao inventario e balanço da socieda-de, ou a verificação de um e outro, se já estiverem organisados (Lei n. 3,150 de 1882, art. 29 § 2o ; decreto n. 8,821 de 1882* art. 104 ; decreto n. 164 de 1890 art. 20 § 2'.)

Art.^ 175. Aos syndicos, emquanto a liquidação nào se tor-nar definitiva, incumbe :

Io. Ter em boa guarda os bens, papeis e documentos da soei-edade, sob as penas e responsabilidade de depositários ;

2o. Arrecadar os bens da sociedade, onde quer que estejam requerendo para esse fim as precatórias necessárias ;

3o. Vender em leilão publico, mediante licença do juiz os gêneros e mercadorias que forem de fácil deterioração, ou que se não possam guardar sem risco ou grande deBpeza ;

4o. Diligenciar o acceite de letras e a cobrança de todas e quaesquer dividas activas da sociedade, nomeando cobradores

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advogados, procuradores, com salários previamente ajustados, passando as respectivas quitações ;

5o Praticar todos os actos conservatórios do direito e acções da sociedade, como são os de que tratam os arts. 277 e 387 do código criminal. (Lei n. 3,150 de 1882 art. 20 § l'o • decreto n. 8,821 do mesmo anno art. 105 ; decreto n. 164 de 1890 art. 20 § Io.)

Art. 176. As quantias provenientes da venda de bens e mer-cadorias, e da cobrança de dividas, ou de qualquer outra proce-dencia, serão recolhidas a um eatabelecimento bancário, da confi-anca dos syndicos e sob sua responsabilidade, se os credores não resolverem que fiquem sob a guarda e depósitos dos syndicos, ou sejam postas em mão de pessoa abonada.

Nenhuma somma poderá ser despendida ou retirada senão por virtude de ordem do juiz. (Decreto n. 8,821 de 30 de Dezem-bro de 1882 art. 106 ; decreto n. 917 de 24 de OutuDezem-bro de 1890,

art. 36 § Io.)

Os syndicos ficarão responsáveis por dólo e falta, devendo empregar toda diligencia, como se fora em seus próprios nego-cios. (Decreto n. 917 de 24 do Outubro de 1890art. 36 § 2o.)

Art. 177. São nullos a beneficio dos credores tão somente : Io. As hypothecas estipuladas pela sociedade, dentro em qua-renta dias precedentes á sentença que declara a liquidação força-da, para garantir dividas contrahidas em data anterior â da escrip-tura das mesmas hypothecas ;

2". Os pagamentos de dividas não vencidas, effectuadas no prazo de que trata o numero antecedente. (Decreto n. 8,821 de

1882 art. 107.)

Art. 178. São applicaveis á liquidação forçada as disposições dos arts. 828, 829,832,839, 840 e 841 do código commercial, entendendo-se, com relação á sentença declarãtoria da liquidação aos credores e aos syndicos, o que nos citados artigos se diz com referencia á sentença da abertura da fallència, á massa e ao cu-rador fiscal. (Decreto n. 8,821 de 1882 art. 108 ; decreto n. 917 , de 24 de Outubro de. 1890 art. 141.)

Art. 179. De posse do balanço e inventario, que serão acom-panhados de um relatório dos syndicos sobre as causas que deter-minaram a liquidação da companhia ou sociedade, o juiz do com-mercio convocará os credores para deliberarem sobre a concor-data ou sobre a liquidação, por meio de editaes com tempo Buffi-ciente, e respeitadas as distancias, afim de que chegue a convo-cação ao conhecimento dos interessados ausentes.

§ 1. O chamamento dos credores conhecidos será por meio de cartas e o dos que não forem, por editaes e annuncios nas folhas publicas.

§ 2o. Nas cartas, editaes e annuncios í<e farão as declarações prescriptas no art. 842, segunda parte do código commercial, com modificações resultantes do decreto n. 3,065 de 6 de Maio de 1882. (Lei n. 3,150 de 1882 art. 21 ; decreto n. 8,821 art. 109 ; decreto n. 164 de 1890 art. 21.)

Art. 180. Reunidos os credores e presentes os administra-dores e syndicos, ou á revelia dos administraadministra-dores, se fará a verifi cação de créditos apresentados, observando-se o processo estabe-lecido no art. 845 do Código Commercial.

Os créditos dos membros da commissão serão verificados pelos syndicos.

Art. 181. Na segunda reunião que, quando muito, deverá se effectuar oito dias depois da primeira, serão apresentados os pareceres das commissões e dos syndicos, e, havidos por verifica-dos os créditos tão somente para o fim do credor votar e ser vota-do, se passará a deliberar sobre a concordata, se ella for ofTere-cida pela sociedade.

Havendo contestação sobre algum' credito, não chegando os credores a accordo, decidirá o juiz a questão como entender de justiça.

Da decisão do juiz não haverá recurso. (Decr. n. 8,821 de 1882, art. 111.)

Art. 182. A concordata só será admittida á deliberação, se a^ sua proposição houver sido autorisadá por um numero de ac-cionistas que representem, pelo menos dous terços do capital so-ciai. (Decr. n. 8,821 de 1882, art. 12.)

Art. 183. A deliberação concedendo a concordata para ser válida, deverá ser tomada nos termos do decr. n. 3,165 de 6 de Maio de 1882. (Decr. n. 8,821 de 30 de Dezembro de 1882,

art. 113.) '

Art. 184. Torna-se desnecessária a reunião dos credores, se os representantes da companhia apresentarem ao juiz concordata prescripta, concedida pelos credores em numero legal. (Lei n. 3,150 dc 1992 ; decr. ri. 8,821 do mesmo anno, art. 114 ; decr. n. 146 de 1890, art. 22.)

Art. 185 Em qualquer estado da liquidação pôde ajustar-se concordata, ainda quando já rejeitada anteriormente, uma vez que seja concedida nos termos do art. 162. (Decreto n. 8,821 de 1882, art. 115'; lei n. 3,150 do mesmo anno, art. 23; decreto n. 164 de 1890, art. 23.)

Art. 186. Os credores de dominio, os hypothecarios e os privilegiados que tomarem parte na deliberação sobre a concor-data, ficarão sujeitos ás cláusulas e condições neila estipuladas. (Decretou. 8,821 de 1882, art. 116.)

Art. 187. Os credores dissidentes poderão embargar a con-cessão da concordata.

1. Na apresentação, discussão e julgamento dos embargos se observarão as disposições dos arts. 850 e 851 do Código Com-mercial ;

2. Da sentença do juiz haverá recurso de appellação tão somente no effeito devolutivo. (Decreto n 8,821 d<31882, art. 117.) Art. 188. A concordata, depois de legalmente homologada é obrigatória para todos os credores, salvo para os de dominio hypothecario e privilegiado. (Lei n. 3,150 art. 22, 2o período; decreto n. 8,821, art. 118 ; decreto n. 164, art. 22 ; 2a parte.) Art. 189. Negada a concordata, rescindida, ou não havendo sido apresentada, a liquidação se tornará definitiva e proseguirá nos seus termos até final. (Deceto n. 164 de 1890, art. 24 ; lei n. 3,150 de 1882, art. 24 ; decreto n. 8.821 de 1882 art. 119.) Art. 190. Ü3 credores representando dous terços de cre-ditos, podem :

1." Continuar o negocio da companhia, organisando para esse fim uma nova sociedade anonyma, ou em nome collectivo ou dando á empreza que lhes approuver.

2.° Ou cedêl-o a outra sociedade existente, ou que venha a se formor ;

§ 1.° A deliberação dos credores a este respeito será reduzida a instrumento publico, ou particular assignado por tantos delies quanto bastem para constituir a maioria exigida.

§ 2.° O activo social será recebido, assim no caso do n. Io como do 2o, por preço nunca inferior ao do inventario, de que trata o art. 154. O excesso, se houver, do dito preço sobre o to-tal das dividas será restituido aos accionistas.

§ 3.° A' vista do requerimento, acompanhado do documento contendo a deliberação dos credores, o juiz ordenará aos syndicos que entreguem o activo social á pessoa designada no dito reque-rimento ou aos terceiros, a quem houver sido feita a cessão. (Lei u. 3,280 de 4 de Novembro de 1882 art. 25 ; decreto

(Continua.)

ESTRADAS 0E FERRO

Fiscalisação das Estradas de Perro

(Conclusão)

Art. 34. Para a demonstração da receita prevalecerão os bi-lhetes de passagens, guias e recibos de fretes e em geral o co-nhecimento de qualquer renda ordinária ou extraordinária,desde que tenha já sido extraindo do talão.

Art. 35. As despezas effectuadas em paiz estrangeiro terão visados os documentos relativos a ellas nos consulados, o que dispensará o reconhecimento das firmas.

Art. 36. Com esses documentos serão mais presentes á com-missão de tomada de contas :

§ 1.° Uma classificação da receita e despeza, discriminadas as.respectivas verbas por espécies, segundo o modelo annexo n. 1.

§ 2.° Balanço da receita e despeza da parte da estrada já em trafego, de accordo com o modelo sob o n. 16.

§ 3.° Uma conta especial das despezas de primeiro estabele-cimento de cada uma das secções da estrada aberta em trafego. § 4.° Demonstração do movimento e receita dos transportes effectnadoB no semestre vencido, do accordo com os modelos sob os ns. 9, 10, 11, 12 e 13.

§ 5.° Demonstração das rendas das estações no semestre ven-cido, de accordo com o modelo sob o n. 14.

§ 6.° Um quadro de classificação e estado do material ro-dante da linha em trafego no semestre, de accordo com o modelo sob o n. 2.

§ 7.° Um quadro de percurso das locomotivas, wagons e trens na linha em trafego, modelo sob o n. 3.

§ 8.° Uma demonstração de despeza de tracção e conducção de trens da estrada, modelo sob o n. 5.

§ 9.° Um quadro de utilisação dos trens e vehiculos, modelo n. 6.

§ 10. Um quadro de consumo de combustível, lubrificantes e estopa, com material rodante na linha em trafego, modelo n. 4. § 11. Uma demonstração de substituição do material da via permanente, e telegrapho, modelo n. 7.

§ 12. Uma estatística dos accidentes oceorridos na estrada no semestre, modelo n. 15.

Art. 37. As estradas sem garantia de juros deverão apre-sentar semestralmente ao fiscal :

§ l.9 Um relatório circumstanciado dos trabalhos em con-strucçao.

t § 2." Uma demonstração das despezas do primeiro estabele-cimento da parte em trafego, modelo n. 21.

(5)

REVISTA DE ENGENHARIA accôrdo com os modelos sob os ns. 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11

12, 13 e 14. '

Art. 38. Todas as emprezas sào obrigadas igualmente a apresentar mensalmente ao fiscal :

§ 1.° O total da receita no mez anterior. § 2.° O total da despeza.

§ 3.° O numero total dos viajantes transportados.

§ 4. O peso total das mercadorias despachadas a peso. § 5.' O volume total das mercadorias despachadas por volume. § 6.' O numero de animaes transportados.

§ 7.° O numero de carros.

§ 8.° O numero de telegrammas particulares transmittidos. §9.° O numero e percurso total dos trens.

§ 10. A extensão da estrada em trafego.

Art. 39. Esses documentos, depois de verificados pelo fiscal, porque fazem objeeto de sua fiscalisaçãò, serão archivados para a conferência na tomada de contas, extrahindo-se delles um qua-dro estatistico afim de ser enviado á repartição geral de estatis-tica da Republica.

Art. 40. As emprezas serão obrigadas a observar as dispo-sições dos decretos ns.1,930 de 26 de Abril de 1857, 5,551 de 28 de Fevereiro de 1874, 6,995 de 10 de Agosto de 1878 e 7,959 de 29 de Dezembro de 1880, em tudo quanto não for contrario ao presente regulamento.

Nota.— A tabeliã de vencimentos será publicada logo que for organisado definitivamente o serviço.

Capital federal, 20 de Junho de 1891.— Barão de Lucena.

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ACTOS OFFICIAES

Despachos do ministério da agricultura. — Aristides Themistocles Jansen Müller Lima e outros pedindo concessão e favores para a abertura de uma avenida partindo da rua de S. José canto da do Caro.o e a tei minar na de Bragah-ça. Sendo o assumpto de attribuiçao municipal e os favores socilitados só podendo ser concedidos pelo Poder Legislativo, requeiram os peticionarios aos poderes competentes. — Joa-quim dos Santos Wemeck, concessionário do privilegio para a navegação a vapor do Rio Preto, pedindo approvação de plantas do trecho do rio em que se tem de desenvolver a navegação e bem assim do do typo do material íiuetuunte. Compareça na 2a directoria de obras publicas para explica-ções. — Fernando Ferreira de Lemos Júnior, pedindo privi-legio pelo prazo de vinte annos para fundar e explorar uma fabrica de artefactos de borracha, e bem assim isenção de im-portação para os machinismos e accessorios que importar para a mesma fabrica. Indeferido por ser um monopólio o que requer o supplicantè.—Companhia Grande Hotel e Restaurante, pedindo approvação de estatutos. Declare quaes as attribui ões e remu-neração de sua directoria, e bem assim qual o total dos votos que cada accionista deve ter.—Antônio Gracindo de Gusmão Lobo, official da delegacia da inspectoria geral das terras e colonisação, no estado de Pernambuco, pedindo indemnisação do acci-escimo de vencimentos, relativos ao tempo em que exerceu o logar de ajudante da referida delegacia. Regularise o supplicantè o seu pedido, com certidão que devidamente suffrague, para ser atten-dido.—Companhia Geral de Estradas de Ferro do Brazil, apre-sentando planta das terras medidas e demarcadas nas cabeceiras do rio Castuto e serra do Apolinario, estado do Espirito-Santo, e pedindo para entrar na posse das referidas terras. O documento apresentado pela supplicantè não pode ser tomado em considera-ção, visto como não foi organisado com os requisitos indicados nas instrucções de 15 de Janeiro ultimo.—Joaquim Alves Torres, concessionário de um contracto de localisação de immigrantes, pedindo lhe seja concedido o prazo indispensável para justificar o seu direito na questão judicial que move contra as Compa-nhias Manhuassú e Caratinga e Torrens, que o impedem de pro-seguir nas medições de suas terras e no levantamento da respe-ctiva planta. Concedo o prazo de três mezes.—Christiano Boaven-tura da Cunha Pinto, pedindo prorogaçao por três mezes do prazo estipulado em contractos de burgos agricolas para a acqui-siçao de território para a fundação do primeiro núcleo. Concedo. —Companhia Iniciadora de Melhoramentos, reclamando medidas que tornem effectivo o contracto que celebrou com o Governo para medição de lotes de terras em diversos estados da União. Em vista das iuformações nada ha que deferir. — Société Franco-Brésilienne de Travaux Publics, pedindo para ser dis-pensada do pagamento de direitos de expediente. Indeferido, visto como não está contemplada no contracto tal disposição. Elias Pereira de Albuquerque, pedindo permissão para mudar o trecho do curso do rio Macacos, que limita pelos fundos o terreno de sua propriedade á rua do Jardim Botânico, con-struindo para isso uma muralha para poder incorporar a elle a

parte da área que adquirir pela mudança projectada, visto o seu terreno tender a reunir-se pela grande curva que faz o rio e pelas chuvas. Indeferido porque a pretenção é um esbulho ao Estado pela retirada de terras do Jardim Botânico para aterrar a parte do rio que entra pelo terreno do requerente que assim ficará com área maior. Providencie-se para que sejam immediatamente re-movidas as terras que o requerente já passou do terreno do Es-tado para o de sua propriedade, fazendo-se o rio voltar ao seu primitivo leito ; e sejam embargadas e destruídas quaesquer obras do requerente em pontos de terra do Estado.- Engenheiro Ho-racio Rodrigues Antunes

pedindo privilegio por 9 annos para a

.construcção de um cães de atracação entre os pontos da Ri-beira e de Tyro na ilha do Governador, com armazéns para mer-cadonas, bem como a construcção de linhas férreas que li-uem os armazéns e depósitos á projectada estação mari tima da estrada de ferro Central do Brazil. Não tendo o supplicantè juntado uma memória descriptiva qne justifique a sua pretenção : Indeferido - Engenheiro Augusto Teixeira Coimbra, removido do canyo dè engenheiro fiscal das obras do porto da Fortaleza para o de in-spector do 1' districto maritimo, cuja sede é a cidade de S Luiz do Maranhão, pedindo a respectiva ajuda de custo por ter dè transportar-se para alli com saa família. Deferido, visto não ter sido concedida passagem ao requerente, por conta do governo.— Domingos Moutinlio, pedindo isenção de direitos de importação para o material destinado ao serviço de tracção eleetrica, força e luz, que pretende estabelecer em varias fazendas de sua 'proprie-dade. Isenção de imposto não previsto em lei, não pode ser con-cedida pelo governo.-Augusto Xavier Carneiro da Uunha," pe-dindo cessão de dous lotes de terras em alguma das propriedades do estado, desapropriados ou que se tiver de desapropriar, para fundação de colônia em Pernambuco, afim de alli estabelecer fabricas para o preparo do algodão, óleos vegetaes, coitumes e tecidos, conforme o contracto feito entre o supplicantè e o go-verno daquelle estado. Concedo, mas sob caução do supplicantè indemnisar o estado, logo que os lucros liquidos excederem de 8 °i0 com a quota annual qne fôr estabelecida pelo governo, pro-cedendo avaliação de terreno na época do primeiro pagamento; — José Martins Pereira, pedindo-para tirar madeiras das mattas da colônia D. Maria Custodia, no estado de Minas Geraes, mediante condições. Indeferido, visto serem escassas as madeiras de lei que existem no logar e necessária» as que ha, para as eonstru-cções do mesmo núcleo.—Engenheiro Cândido Ferreira de Abreu, 2o ajudante da Inspectoria Geral de Terras e Colonisação, pedindo pagamento da quantia cie 1:141}$, relativo ao tempo (pie mediou entre a data de sua nomeação e a da posse do referido logar. O vencimento não pode correr antes da posse no emprego. Não cabe portanto deferimento.— José Henrique fie Paiva, pedindo privi-legio para a sua invenção de fabricar mobílias; bengalas e outros objectos por meio de papelão. Indeferido, requeira nos termos do regulamento n. 8820 de 30 de Dezembro de 18827—Companhia Geral de Melhoramentos no Maranhão, pedindo autorisação para empregai- durante o corrente semestre a quantia de 510:01)01 que tem depositada no Banco do Brazil. Junte documento que atteste o deposito alludido.— Bacharel João de Sá Albuquerque, pe-dindo prorogaçao do prazo estipulado em seu contracto cie burgos agricolas, para acquLição do território preciso para a fundação do primeiro núcleo. Concedo nove mezes.— Condo de Moreira Lima, pedindo seja adiada a classificação das propriedades doiio-minadas Roseira e Matto Dentro a que se refere o seu contracto de localisação de immigrantes para depois de effectuadas as suas medições, levantadas as plantas e incluídas no«Registrò Torrens», fazendo-se todavia o registro dos documentos que já apresentou, relativos ás mesmas propriedades. Deferido, na > sendo, porém o adiamento pur tempo excedente aseis mezes.— Engenheiro An-tonio Salüstianò Antunes, pedindo nomeação de, fiscal para o seu contracto de burgos agricolas. Deposite primeiramente no The-souro Nacional a quota com que tem de contribuir para oceorrer ás despezas cie fecalisação durante um semestre. — Emmanuel Paulo Frank, pedindo autorisação para transferir o seu contracto de burgos agricolas á Companhia de Melhoramentos o Viação do Rio Grande do Sul. Deferido.— Engenheiro Augusto Fòmm, pe-dindo seja tomada por termo a transferencia que fez á Companhia Mogy-Limêira, do seu contracto de localisação de immigrantes. Deferido.— João Lopes de Araújo, pedindo uin lote de terras no núcleo Maria Custodia, estado de Minas-Geraes. Deferido em vista das informações.— Dr. Joaquim Alfredo de Siqueira, so-licitando autorisação para transferir á Companhia Colonial S. Paulo, o seu contracto para fundação de núcleos coloniaes. Indeferido, visto o contracto do supplicantè não autorisar trans-ferencla.— Companhia Nacional fie Pintura e Decoração, pe-dindo o uso e goso exclusivos, por 15 annos, para a exploração da industria de laminação de ouro e prata para dourar. Indeferido ; a industria de que se trata já é conhecida e usada.— Companhia das Minas de Ouro Falia, pedindo que os documentos que apsenta, sejam juntos aos papeis de Justo Monteiro :le Queiroz, re-lativos á mineração no municipio de S. Gonçalo de Sapucahy,afim de que em oceasião opportuna possam ser tomados em consideração. Deferido.—Dr. Pedro Joaquim dc Vasconccllos,pedindo concessão

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para organisar meios de transporte nabahia desta capital. Indefe-rido á vista da informação da capitania do porto.— Abel Pereira Guimarães, pedindo a entrega dc todos os documentos e certidão de todas as informações e decisões relativos á reclamação das des-pezas que fez em Buenos Ayres emlí:8*2 com a exposição brazileira. I3os papeis areliivádòs na secretaria não consta que o requerente apresentasse documento algum qu_ lhe possa serrestituido. Passe certidão dos despachos. — Cândido Moreira dos Santos Ruy, pe-dindo que a concessão requerida em Março do corrente anno, para estabelecer nos estados do Amazonas e Pará diversos melhora-mentos, lhe seja feita desde já, iiispensándõ-se a audiência dosgo-vernadores dos referidos estados. Aguardem-se as informações.

Despachos do ministério da fazsnda. — Dr. Christiano Cassiano Ribeiro da Luz c outro, pedindo o levantamento das apólices que compraram ao inventariaute dos bens dos finados chefe de divisão João Mancd He Moraes e Valle c conselheiro Manoel Maria dc Moraes e Valle e consideradas interdictas por aviso de 14 de Janeiro dc 1889, por não ter sido pago o imposto de transmissão de propriedade sobre a herança. Indeferi-lo, pelas razões constantes :1o parecer fiscal. —Companhia de Fiação e_Te-cidos do Rio Anil, estabelecida no estado do Maranhão, pedindo isenção de direitos para todos os machinismos. apparelhos e mais material, destinado, á construeção da respectiva fabrica. Conee-da-s<* a isenção pedida, excluídos os artigos marcados nas relações apresentadas pela requerente. —Cunha Vasconcello.s & Ca, pedindo isenção de direitos, durante um anno, para os objectos que preci-sam iinporiar com destino á usina CVassú, no municipio de, Bar-reiros, estado de Pernambuco. Indeferido —Companhia Fabril Maritilhèns-, pedindo isenção de direitos para os materiaes que tem dc. importar do estrangeiro, com destino á fabrica de fiação, que vai montar na capital do Estado do Maranhão. Deferido, ex-cepto quanto ao cimento e tijolos para ladriIho.—Companhia de Fiação e Tecidos de Canhamaço, fazendo igual pedido, relativa-mente á sua fabrica e officina. Deferido, excepto quinto aos ladri-lhos para passeio e ás latrinas dc louça e ferro. —Engenheiro civil Carlos Blonier Reives e outro, propondo-se a construir, om uma das enseadas da ilha do Governador, armazéns e trápiches para mercadorias, e pedindo que pejam considerados alfandegados. Indeferido. —Francisco da Costa Rodrigues, pedindo isenção de direitos para o machinismo e accohsorios destinados á fabrica de linhas e tecidos diversos, que pretende montar no logar denomi-nado Angelim, estado do Maranhão. Requeira por intermédio da thesouraria de fazenda do Maranhã**. — Engenheiro .Joaquim Gal-dino Pimontel e outros, replicando do despacho que indeferio o pedido que fizeram de autorisação e privilegio por 30 annos para, por si ou empreza que organisarem, construir trápiches e armazéns alfandegados na cidade de Angra dos Reis. Mantenho o despacho de 10 de Agosto do corrente.—João Francisco de Freitas, repre-sentante da firma Braga Irmão &, CIV, pedindo isenção de direiíos para a matéria prima (Petróleo Crú) destinado ao fabrico do gaz hydrocarbono liquido, invenção dc Philip AV.Mackenzie, de Nova-York. Requeira ao Poder Legislativo.

Despachos do ministério do interior. —D. Maria Romana Pedreira Ferreira e Francisca Maria Pedreira Ferreira, pedindo, na qualidade de únicos succcssorcs «legítimos do Dr. Francisco Ignacio Ferreira, que seja considerada a portaria de 28 dc Julho ultimo, dirigida ao conselho da Intendencia Municipal. Não po-dem eer attendidas. Nos termos da cláusula XI do contracto, que se celebrou entre o Dr. Francisco Ignacio Ferreira e o conselho de Intendencia Municipal, obrigou-se esta corporação a solicitar do governo o direito de desapropriação quanto aos terrenos e ca-sas cuja demolição lor necessária para levar-se a effeito a avenida communicando as ruas do Riachuclo e Visconde do Rio Branco, no quarteirão comprehendido entre ás do La\radio e dos Inva-lidos. Competia, pois, á municipalidade c foi por esta observada, a obrigação que neste particular derivou-se do contracto, qual a do solicitar dos poderes públicos a concessão do favor alli men-cionado. Não houve, porém, compromisso algum do governo, visto como autorisação para celebrar o contracto não envolve a con-cessão de favores, o que constitui* objecto de acto especial c dis-tineto. Mantenho, portanto, a resolução constante da portaria de 28 do mez próximo findo.—Banco de Credito Rural e Interna-cional. Compareça na secretaria de Estado um dos directores afim dc tirar guia para pagamento da multa de 100$, cm que incorreu pela apresentação, fora do prazo marcado na cláusula 2 das que acompanharam o decreto n. 387 de 16 de Maio ultimo, das plantas dos diversos typos de construcções de casas para operários e classes pobres. —Francisco Gonçalves de Siqueira, protestando contra o acto pelo qual o conselho da Intendencia Municipal rc-Bolveu celebrar contracto com João Maximiliano Algenor Sidney Schiefler, para a construeção de uma nova cidade, na arca com-prchendida entre a Estrada de Ferro Central do Brazil, os rios Pavuna e Mcrity, e uma linha partindo da estação de Cascadura & terminar na fóz do rio Irajá. Não ha que deferir.—Banco Com-mercial e Constructor, antigo Banco dos Empregados do

Com-mercio, pedindo, afim de poder executar a concessão feita por decreto n. 9,560 de 27 de Janeiro de 1886 a José Leite da Cu-nha Bastos e no intuito de acautellar os direitos do concessio-nario e definir a responsabilidade do mesmo Banco, que d'ora em diante fique o nome do requerente nas relações com o governo subrogados nelle todos os ônus e vantagens da concessão; outrosim que os preços dos alugueis, fixados naquelle decreto, sejam equi-parados aos das concessões posteriores. Não pode ser autorisada a subrogação nos termos do requerimento. O governo, entretanto, não se oppõe a que pelo concessionário seja o Banco encarregado de executar as cláusulas do decreto n. 9,56(1, com todos os ônus e vantagens da concessão, comtanto que continue responsável pelo desempenho dos serviços a que se obrigou. Quanto a ultima parte, prejudicada.

Actos da administração do Estado do Rio de Janeiro.— Despachos. — Barão de Mesquita, pedindo -90 dias de prorogação de prazo para apresentação dos planos da fundação da cidade de Theresopolis.—Deferido.

Companhia Estrada de Ferro Leopoldina, pedindo autori-sação para alargar a bitola da estrada de ferro Barão de Ara-ruama de 0,m96 a l,m entre trilhos.—Deferido.

Companhia Estrada de Ferro Santa Maria Magdalena, pedindo que a garantia de juros concedida á supplicante e fixada sobre o preço de 28:000^5 por kilometro seja fixada sobre 30:000$ por kilometro. —Em vista da informação fica o capital fixado no seu máximo, em mil contos de réis sem determinação de valor kilometrico.

Paulo José Leroux, concessionário do ramal férreo do Porto da Madama, pedindo prorogação de prazo por quatro mezes a contar desta data, para estabelecer o trafego de passageiros no prazo designado por despacho de 1 de Maio ultimo.—Deferido em vista das informações.

Dia 26.—Ago-tinho Pereira Palhas, concessionário da es-trada de ferro de Barra Mansa a Minas, pedindo garantia de juros sobre 1.200:000$, custo aproximado da linha férrea que tem 40 kilometros de extensão, não podendo ser menos de 30:000$ o custo de cada kilometro.—Indeferida esta petição , em vista das razões ponderadas nas informações, declaro caduca a concessão feita ao engenheiro Victor Desiré Pujol.

Foi concedido ao engenheiro bacharel Geraldo Cândido Martins, auxiliar da 2a secção technica da directoria das obras publicas, aposentadoria com o vencimento que fôr liquidado pela directoria da fazenda.

Foi concedido ao engenheiro bacharel Geraldo da Gama Bentes, chefe da 3a secção technica da directoria das obras publicas, aposentadoria com o vencimento que fôr liquidado pela directoria da fazenda.

Nomeações, exonerações e remoções.— Foram nomea-dos : O engenheiro José Henrique Costard, para o cargo de fiscal das medições das terras devolutas a que se referem os con-tractos celebrados com Zacharias de Paiva Xavier, Vicente Ma-chado da Silva Lima e Theodorico Júlio dos Santos, no estado do Pará e de que é cessionária a Companhia de Colonisação Agricola e Viação Férrea ; o agrimensor Antônio Marques de Carvalho para fiscal das medições de terras de que é cessionária a Companhia Agricola Colonisadora Paraná e Santa Catharina ; o ugrimensor lloracio da Silva Lima para ajudante da colônia do Alto Uruguay, no estado do Rio Grande do Sul, e o agrimen-sor Francisco Xavier de Alcântara para fiscal das medições de terras devolutas, concedidas no estado de S. Paulo, a Antônio Augusto da Fonseca e outros.

Foi exonerado o agrimensor Alexandre Portella Passos do cargo de fiscal das medições de terras devolutas relativas aos contractos de que é cessionária a Companhia Docas e Melhora-mentos da Bahia.

Foi declarada sem effeito a portaria que removeu o enge-nheiro de Ia classe^da Estrada de Ferro de Porto-Alegre a

Uru-e dUru-e s

promovido a este guayana, Antônio Vorissimo de Mattos, para chefe de secção da Estrada de Ferro Sul de Pernambuco, sendo pr

logar naquella estrada.

Patentes de invenção.—Foram concedidas as seguintes patentes de invenção :

N. 1.170 a Caetano Thecdoro da Silva, residente nesta ei-dade, para uma invenção de modificações e accessorios feitos no actual apparelho de fabricação de farinha.

N. 1.262 a José Eduardo Mercadante, residente nesta ei-dade, para um apparelho denominado hydro desinfectante auto-mato.

N. 1.263 ao mesmo e a Joaquim Xavier Couto Bittencourt também residente nesta cidade, para ura apparelho denominado

Observatório portátil.

A Manoel Felippe de Sonza Leão, para a fabricação da ba-nha de porco consistente e hygienica denominada

«Sul-Ameri-cana.» %.

A Luiz Fortunato de Brito, para a applicaçâo nova da fibra da planta tucúm á fabricação de linho e lã.

(7)

REVISTA DE ENGENHARIA

551 Garantia provisória.—Concedeu-se titulo de garantia

pro-visoria por 3 annos a Joaquim Ribeiro da Costa, actualmente re-sidente no Havre, para uma nova machina a vapor destinada principalmente á navegação denominada «Ribeiro da Costa».

Isenção de direitos.— E' este o teor do decreto n. 7 de 29 de Agosto de 1891, que autorisa o governo a conceder á Socie-dade Academia do Commerciò de Juiz de Fora, isenção de direi tos de importação e transporte gratuito na estrada de ferro Cen-trai do Brazil, parados materiaes de construcçao e objectos ne-cessarios á installação do estabelecimento escolar.

«O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil faz saber que o ^Congresso Nacional decreta e elle sanciona a seguinte resolução ;

Art. 1 Fica concedida á Sociedade Academia do Commerciò de Juiz de Fora, isenção de direitos de importação e transporte gratuito na estrada de ferro Central do Brazil, pura os materiaes de construcçao e objectos necessários á installação do estabeleci-mento escolar.

¦Art. 2 Revogam-se as disposições em contrario.

O ministro de Estado dos negócios da instrucção publica, correios e telegraphos, assim o faça executar.

Capital Federal, 29 de Agosto de 1891, 3 da Republica.— Manoel Deodoro da Fonseca.— Antônio Luiz Affonso de Car-valho.))

„ ^n ía ood6Ferr° d0 Muidarana a Araraquára. - Tem o n. oiu cie _J do mez passado o decreto que concedeu ao Dr. Ma-noel Peixoto de Lacerda Werneck e João Caetano de Oliveira e po, Z',XJnVAí egl<) P"1' (i(Vlm*0S*se*n «-->--'«-"-- juros, para a

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fr£,feS "° UTir' Vá (!»t'-»"c^'-s« ¦>'» estrada de lei io de Araraquára ou de Jahy, no estado de S. Paulo.

Estrada de ferro da Tijuca.-Concedeu-se á estrada da lijuca o prolongamento de uma linha do Alto da Boa Vista á antiga fazenda Mocke e da travessa de S. Salvador á praça Ti-i ao eu ces.

Estrada de ferro da Capital a Guaratiba.-Foi conce-dido privilegio, sem garantia de juros, » Affonso Carneiro Bran-dao, para construcçao, uso e gozo de uma estrada cie ferro desta capital a Guaratiba.

Novo Theatro.-O Diário Official publicou o decreto concedendo a Victor José de Freitas Reis autorisação para cons-truir um theatro lyrico nesta capital.

U concessionário terá o gozo do theatro por 30 annos, pas indo depois a propriedade ao Estado ; receberá depois de' con

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Fixação de taxa de cambio. - Ao Sr. ministro da fa-zenda dirigio o da agricultura o seguinte aviso em data de 22 do corrente mez:

Em solução á consulta que, por intermédio desse ministério faz a delegacia do Thesouro Nacional em Londres, relativamente á taxa do cambio que deve ser conbiderada para o levantamento, por parte da Companhia Chemins de Fer (Sud Ouest Brésilien) da garantia de três milhões e quinhentos mil francos (3,500.000) por conta da de dez milhões de francos ,10,000.000) depositada em mão dos agentes financeiros do Brazil n'aquella praça, em conseqüência da divergência suscitada com o administrador da companhia,cabe-me declarar-vos, para os effeitos legaes, que, em face do que terminantemente dispõe a segunda parte do § 2 da cláusula 34a do decreto n. 10.432 de 9 de Novembro cie 1889, combinado com o de n. 462 de 7 de Junho de 1890, toda e qual-quer importância que a supracitada Companhia tenha retirado ou haja de retirar da que depositou, será computada á taxa inva-riavel do cambio que serviu de base para o effeito do deposito como judiciosamente opina o respectivo Delegado no officio n. 29 de 6 de Maio ultimo.

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1UÜ decretadas para a construcçao, e o beneficio das 72 que de-vem ser extráhidas proporcionalmente.

O theatro terá capacidade para 3,000 pessoas ; as obras de-vem estar terminadas em 15 de Node-vembro de 1894 ; o concessio-nario fará a acquisição do prédio n. 20 da praça da Republica* manterá annualmente, de Julho a Setembro, companhias lyricàs de primeira ordem e dará annualmente um beneficio ao compo-sitor brazileiro que fôr premiado pelo Instituto Nacional de Musica. A este prêmio não podem concorrer músicos de mais de 35 annos de idade.

Estrada de ferro Sapucahy.— Ao chefe do serviço da íis-calisação das estradas de ferro dirigio o ministério da agricul-tura o seguinte aviso :

t Sendo procedente a reclamação feita pela Companhia Me-lhoramentos da Lagoa e Botafogo contra a approvação dos es tudos definitivos da 3a secçâo da Estrada de Ferro Sapucahy, no trecho da linha de Botafogo a Angra dos Reis, visto offender ao projecto das obras do saneamento da Lagoa Rodrigo de Freitas, que foi objecto de concurrencia publica e, portanto, muito im-porta ao governo fazel-o respeitar, remetto-vos os referidos es-tudos e modificação constantes da planta offerecida para aquella companhia, cujo traçado delineado, respeitando a zona dos planos do saneamento da Lagoa, concilia por essa forma os interesses recíprocos de taes concessões, afim de que façais intimar a mes-ma Companhia Viação Férrea Sapucahy para que altere os men-cionados estudos na conformidade da de modificação proposta pelo reclamante, lendo-se em vista os projectos de obras de arte que foram previamente sujeitos ao exame e parecer dessa

repar-tição. »

Estrada de ferro Rio do Ouro.— O ministério da agricul-tura recommendou ao inspector geral das Obras Publicas que, eom a máxima urgência, organisasse uma relação do material preciso para a Estrada de Ferro do Rio do Ouro, com todas as especificações, esclarecimentos indispensáveis e respectivos orça-mentos, afim de se dirigrir uma mensagem ao Congresso Nacional para obter-se o respectivo credito, visto não ter elle sido con-templado no orçamento.

Estrada de ferro do Catalão a Matto-Grosso.— Por de-creto n. 511 de 29 do mez passado foi permittida a transferencia feita por um dos concessionários engenheiro Francisco Murtinho, da via-ferrea de Catalão ás fronteiras da Bolivia, á Companhia

Viação Férrea Sapucahy, dos direitos que lhe cabe.

Mananciaes da Serra do Commerciò.— O mesmo minis-terio da agricultura recommendou ao inspector geral das Obras Publicas que, com a máxima urgência, preste todas as informa-ções cie que carece o Procurador Seccional da Republica sobre a questão que contra a fazenda nacional move Eduardo José Mon-teiro Torres na qualidade de inventariante dos finados Bento Antônio Moreira e Antônio Moreira Dias, para haver indemni-zação de 88:811^250 pelas desappropriações dos mananciaes da Serra do Commerciò.

Engenhos Centraes.— Por decreto n. 497 de 20 do mez passado foi prorogado por dous mezes o praso de que trata a cláusula 3a do decreto ri. 645 de 9 de Agosto de 1890 para esta-beleciinento de dous engenhos centraes em S. Matheus e Itape-mirim no estado do Espirito Santo, e dos quaes é cessionária a Companhia Progresso Industrial do Espirito Santo.

- Por decreto n. 796 de 20 de Agosto foi permittida a trans-ferencia do engenho central, de que é cessionária a Companhia de Melhoramentos em Sergipe, do municipio da Capella, para o de Laranjeiras.

Responsabilidade de divida.—O ministério da agricul-tura declarou ao da fazenda que a divida da Companhia Sugar Factories do Brazil Limited, para com o Estado, é na importância de 720:024^633 e pela qual é agora responsável o engenheiro Carlos Hargreaves, na forma das condições estabelecidas com o decreto n. 486 de 8 de Agosto, ficando assim sem effeito a acçao a propôr-se aquella companhia.

Estrada de ferro do Recife a Valparaizo.— Concedeu-se ao Dr. Antônio Parjlo de Mello Barreto e outros, uma estrada de ferro sem garantia de juros, da cidade do Recife, estado de Per-nambuco, a Valparaizo.

Fabrica de papel.—O Sr. ministro da agricultura autori-sou o governador do estudo de Pernambuco a conceder, dentro da zona adquirida pelo governo Federal para estabelecimento de immigrantes a área precisa para a fabrica de papel projectada pelo bacharel Josó Maria de Albuquerque Mello, devendo este ou a companhia que organisar, indemnisar os cofres públicos, logo que os lucros líquidos da fabrica excederem de 8 °/„ com a quota annual que fôr estabelecida pelo governo, avaliando-^e o terreno por oceasião do primeiro pagamento e pelo modo que opportunamente fôr determinado.

Escola de "Viticultura. — O Sr. ministro da agricultura di-rigio ao Dr. Joseph Waltz, director da Horta Viticula c Estação Phyloxerica da Penha o seguinte aviso :

Convindo estabelecer-se no estado de S. Paulo uma Escola de Vinicultura, cuja direcção acha-se interinamente confiada ao Dr. Antônio de Milita, vos encarrego com urgência e em com-missão com o Dr. Adolpho Barbalho Uchôa Cavalcante, director da Estação Agronômica de Campinas e Dr. Caei Brunnemann, 1

director da de Barbacena e daquelle funecionario, do exame das ! propriedades do cidadão Frederico de Albuquerque, denominada «Boliche» e situada era S. Bernardo, e da do cidadão Joaquim

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