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Universidade Estadual de Londrina

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Academic year: 2021

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Universidade

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS,

MORFOLÓGICAS, DE TREINAMENTO E ÍNDICE DE

LESÕES EM CORREDORES DE RUA

PARTICIPANTES DE PROVA DE ATÉ 21 KM

Sandra Regina Zago

LONDRINA – PARANÁ

2010

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DEDICATÓRIA

A Deus, meu pai, professor e amigo sempre me guiando e protegendo. Aos meus pais, Maria e Antonio que são exemplos de vida, amor, honestidade, força e sabedoria que infelizmente não se encontram mais em vida, mas que eu tenho certeza que lá de cima torcem pelo meu futuro e felicidade. Aos meus irmãos, Marcia e Marcos, pelo amor, compreensão e apoio. Ao meu noivo Leonardo pelo amor, paciência e apoio incondicional.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela vida, por Ele sempre me proteger, me guiar e me iluminar em todos os passos da minha vida, por Ele ser tão presente.

Aos meu pais, pela educação, carinho e amor.

Ao Prof. Dr. Hélio Serassuelo Júnior pela orientação, ensinamentos, paciência e incentivo durante o desenvolvimento deste trabalho.

Ao Prof. Marcelo Romanzini pelo apoio e ensinamentos.

Aos professores do curso que nesses quatro anos transmitiram os seus conhecimentos.

Aos Professore participantes da banca deste trabalho, Leandro Altimari e Ademar Avelar por aceitarem o convite.

Aos corredores que voluntariamente participaram deste estudo.

Aos meus irmãos Marcia e Marcos, meu tudo na vida, pelo amor eterno e incondicional. Pela confiança, força e motivação.

A minha amiga Fernanda Baliego pela amizade verdadeira e por tudo que passamos juntas nesses anos de faculdade.

A minha amiga Agnes Nagashima pelas correções, apoio, compreensão e pela amizade sempre presente.

Ao meu noivo, Leonardo, pelo apoio, força, motivação e compreensão em todos os momentos.

Aos meus amigos e colegas do curso, em especial, Natália, Mariana, Nicoly, Laísa, Wiliian, Marlon, Michele e Vêronica pela convivência e amizade.

Enfim, a todos que de alguma forma contribuíra para a realização deste trabalho e para que essa etapa da minha vida pudesse ser concretizada.

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EPÍGRAFE

“Só existem dois dias no ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã.”

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados.”

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ZAGO, Sandra Regina. Características demográficas, morfológicas, de

treinamento e índice de lesões em corredores de rua participantes de provas de até 21 km. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em

Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.

RESUMO

A corrida de rua tem se tornado mais uma modalidade esportiva popular. Contudo, poucas investigações têm se interessado em estudar os corredores de rua. Desta forma este estudo procurou identificar características demográficas, morfológicas, de treinamento e o índice de lesões de praticantes de corrida de rua com distância de até 21 km. Participaram deste estudo 148 indivíduos, sendo 101 homens e 47 mulheres praticantes da modalidade à pelo menos seis meses e que já tivessem participado de pelo menos uma prova de corrida de rua de até 21 km. A coleta dos dados aconteceu em lugares públicos e ao ar livre, onde os indivíduos que estavam praticando as suas corridas diárias foram abordados e orientados a preencher um questionário. A estatística descritiva, com valores absolutos e relativos, média, desvio padrão e valores mínimos e máximos foram utilizados na caracterização do grupo estudado. Os corredores de rua apresentaram as seguintes características: 44,6% com idade entre 18 e 35 anos; 62,2% cursaram ou estavam cursando o ensino superior; 40,5% possuíam renda familiar maior que R$ 5000; possuíam valores médios de IMC recomendável para a saúde; 60,8% corriam regularmente há menos de cinco anos, 52,7% recebiam orientação especializada; 61,5% corriam de 16 a 47,9 km por semana; 65,5% praticavam outro exercício físico e o índice de lesões foi de 35,8% durante o ano de 2010. Conclui- se que corredores de rua participantes de provas até 21 km são mais jovem (idades entre 18 e 35 anos), possui ou cursa o ensino superior e possui uma boa renda familiar, possui valores médios de IMC na faixa recomendável, pratica regularmente a corrida a menos de cinco anos, possui orientação especializada e o índice de lesões encontrado está de acordo com a literatura.

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ABSTRACT

Street running has become a very popular sport. However, few investigations have been interested in studying the street runners. Thus this study sought identify demographic, morphological, training and injury score of practioners of street running with distance until 21 km. The study included 148 subjects, 101 men and 47 women who practice the sport at least six months and who had already participated in at least one proof of running until 21 km. Data collect was performed in public places and outdoors, where individuals who were practicing their daily running were approached and asked to complete a questionnaire. Descriptive statistics, with absolute and relative values, average, standard deviation and minimum and maximum values were used to characterize the study group. The runners of the street had the following characteristics: 44,4 % aged 18 and 35 years; 62,2 % had attended or were attending college, 40,5 % had family incomes greater than R$ 5.000, presented mean BMI recommended to health; 60,8 % running regularly at least five years, 52,7 % received expert guidance, 61,5 % run 16 to 47,9 km per week, 65,5 % practiced an other phisical exercise and the rate of injuries was 35,8 % during 2010. It was concluded that street runners who participated in running competitionsents until 21 km are young people (ages between 18 and 35),have college degree or attend a college and have a good family income, present average values of BMI in the recommended range, practice running regularly less than five years, have specialized orientation and the rate of injuries are in agreement with the literature.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Característica demográfica dos corredores de rua ... 26 Tabela 2 - Características morfológicas de corredores de rua segundo as

faixas etárias... 27 Tabela 3 - Características morfológicas de homens corredores de rua

segundo as faixas etárias... 28 Tabela 4 - Características morfológicas de mulheres corredoras de rua

segundo as faixas etárias... 28 Tabela 5 - Características do treinamento e ocorrência de lesões dos

corredores de rua segundo o gênero... 29 Tabela 6 - Principais motivos que levam os indivíduos a aderirem à

prática de corrida de rua... 30

Tabela 7 - Principais motivos que levam homens aderirem à prática de corrida de rua ... 31

Tabela 8 - Principais motivos que levam mulheres aderirem à prática de corrida de rua ... 31

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SUMÁRIO RESUMO iv ABSTRACT v LISTA DE TABELAS vi 1 INTRODUÇÃO... 09 2 JUSTIVICATIVA... 11 3 OBJETIVO... 12 3.1 Objetivo GeraL... 12 3.2 Objetivos Específicos... 12 4 REVISÃO DE LITERATURA... 13

4.1 Breve histórico e aspectos gerais das corridas de rua... 13

4.2 Características sócio-demográficas de praticantes de corridas de rua... 16

4.3 Aderência e motivação à prática de atividade física... 17

4.4 Características de treinamento de corredores de rua e lesões ... 21

23 5 MÈTODOS... 24

5.1 Tipo de Pesquisa... 24

5.2 Amostra... 24

5.3 Instrumento... 24

5.4 Coleta dos dados... 25

5.5 Análise e interpretação dos dados ... 25

6 RESULTADOS... 26 7 DISCUSSÃO... 33 8 CONCLUSÃO... 37 REFERÊNCIAS ... 38 ANEXO I... 41 ANEXO II... 43

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1. INTRODUÇÃO

A saúde e a qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física. Indivíduos fisicamente aptos e/ou treinados tendem a apresentar menor incidência da maioria das doenças crônico-degenerativas, explicável por uma série de benefícios fisiológicos e psicológicos, decorrentes da prática regular da atividade física (CARVALHO et al., 1996).

Salgado e Chacon-Mikahil (2006) apontam para um aumento expressivo no número de indivíduos que estão buscando a prática de algum tipo de atividade física, particularmente as atividades físicas ao ar livre, como as caminhadas e as corridas de rua. Esta, por sua vez, vem atraindo cada vez mais adeptos e se tornando mais uma modalidade esportiva popular.

A popularização da corrida de rua pode ser atribuída à busca, por parte de seus praticantes, de uma melhor condição de saúde, estética, integração social, fuga do estresse e atividades prazerosas ou competitivas (SALGADO E CHACON- MIKAHIL, 2006). Ser competitivamente bem classificado tornou-se um atrativo, visto que se associa ao grande número de provas com premiações, dos mais variados valores, em dinheiro ou em bens e patrocínios (SALGADO E CHACON- MIKAHIL, 2006).

Segundo a Rede Bahia de Televisão (2010) com a profissionalização das corridas de rua e o surgimento das assessorias esportivas, a corrida vem atraindo, cada vez mais, aquelas pessoas que não se interessam pela profissionalização e que possuem poder aquisitivo maior.

É importante destacar que indivíduos que praticam corridas de rua, seja no âmbito competitivo ou recreativo, estão expostos aos eventuais riscos associados, visto que a realização de exercícios de maneira exaustiva, sem orientação ou de forma inadequada, pode contribuir para o aumento do número de lesões esportivas, comprometendo a saúde e contribuindo para afastamento da prática. Dessa forma,

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estudos buscaram pesquisar a prevalência de lesões e os fatores associados (HINO et al., 2009; COSTA FILHO e PALMA, 2009), onde encontraram 29% de prevalência de lesões e nenhuma das variáveis investigadas apresentou associação com o relato de lesões.

Existem evidências que boa parte dos problemas oriundos da prática da corrida pode ser evitada por meio de adaptação adequada ao treinamento (FREDERICSON; MISRA apud PAZIN et al., 2008). Nesse sentido, os profissionais de Educação Física são indicados para a prescrição de uma atividade física sistematizada buscando a saúde e bem estar do praticante.

No Brasil, a participação popular em corridas de rua tem aumentado significativamente nos últimos anos (CUNHA, 2010). Porém, os corredores de rua não têm sido objeto de muitos estudos (PAZIN et al.,2008).

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2. JUSTIFICATIVA

Com o aumento do número de praticantes de corrida de rua e participantes de provas mais curtas (com distância de até 21 km) nos últimos anos, é importante ter conhecimento sobre as características demográficas, morfológicas, de treinamento e prevalência de lesões desses corredores de rua em ambos os gêneros, já que esses não têm sido objeto de estudos, sendo os maratonistas e ultramaratonistas mais estudados. E também pela grande procura destes corredores por uma orientação de um profissional de Educação Física nos treinos, é necessário que esses profissionais tenham conhecimento sobre as características dos corredores de rua participantes de prova de curta distância, para assim elaborarem programas de treinamento que se adaptem às necessidades do corredor, tirando o maior proveito possível, com segurança, saúde, satisfação e prazer, contribuindo com um maior envolvimento e empenho desses praticantes para mantê-los na prática.

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3. OBJETIVO

3.1 Objetivo Geral

Identificar características demográficas, morfológicas, de treinamento e o índice de lesões de praticantes de corrida de rua.

3.2 Objetivos Específicos

Identificar os principais motivos que levam os indivíduos aderirem à prática de corrida de rua e subdivididos por gênero.

Analisar as características demográficas, morfológicas, de treinamento e o índice de lesão de praticantes de corrida de rua subdivididos por gênero.

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4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Breve histórico e aspectos gerais das corridas de rua

A corrida acompanha a evolução do homem, desde a transição de macaco para bípede, até os dias atuais, quando correr já não é mais um esporte, mas sim um estilo de vida. A arte de correr nos solos brasileiros começou por perto dos anos de1880, mas o marco importante da história da corrida no Brasil foi a realização da 1ª São Silvestre em 1925. Por volta dos anos de 1980, as provas de corrida começaram a crescer em todo o Brasil, influenciadas em grande parte pela Maratona do Rio de Janeiro, que a partir de 1945 passou a aceitar inscrições internacionais (SILVA, 2009)

Ainda de acordo com Silva (2009),a grande expansão da corrida ocorreu nos anos 1970, com os ensinamentos do médico norte-americano Kenneth Cooper, reconhecido pelo teste de Cooper e também por incentivar a prática de corrida nos seus livros, onde levou muitos americanos aos parques e a participar de corridas de rua, antes restritas a atletas de alto desempenho.

Por volta dos anos de 1980, as provas de corrida começaram a crescer em todo o Brasil. Em 1982, um grupo de corredores fundou a Corpore (Corredores Paulistas Reunidos) tendo como objetivos a organização de provas na cidade e o apoio a atletas de elite que não possuíam estrutura. Entre os anos de 1993 e 1998 a Corpore foi responsável por um crescimento repentino no número de pessoas que começaram praticar a corrida, sobretudo na cidade de São Paulo.

Assim surgiram as revistas direcionadas ao assunto, assessorias e lançamentos de calçados específicos. Em 2005, a corrida começou a ter cada vez mais destaque em programas de qualidade de vida. Hoje, a corrida é um fenômeno mundial, e no Brasil é um importante segmento do atletismo, onde o grande destaque são as provas mais curtas, as quais podem chegar até os 21 km, sendo

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que em grande parte das provas de corrida de rua realizadas no Brasil, o percurso é de 10 km (SILVA, 2009; MUSSARELLA, 2008).

Atualmente, o critério da Federação Internacional das Associações de Atletismo/IAAF define as corridas de rua como provas de pedestrianismo disputadas em circuitos de rua, avenidas ou estradas, com distâncias oficiais variando entre 5 e 100 km (SALGADO; CHACON-MIKAHIL, 2006). Destaca-se que somente a IAAF pode vir a alterar regras e reconhecer resultados, inclusive recordes para as distâncias oficiais (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO, 2010).

Segundo Mussarella (2008), a corrida de rua é um fenômeno que vem crescendo significativamente. Atualmente são muitos os eventos em que atletas de elite e corredores amadores disputam o mesmo espaço. Os primeiros em busca de reconhecimento profissional e oportunidade no esporte, e os segundos em busca de alternativa saudável de lazer, prazer, satisfação, interação social, melhor aptidão física e saúde.

De acordo com Mussarella (2008), em todas as provas há a participação tanto de homens quanto de mulheres,e a idade mínima geralmente é de 16 anos, com autorização dos pais ou responsáveis, e é comum ver corredores com mais de 60 anos disputando espaço com os mais novos. Em alguns eventos é possível também a participação de pessoas com deficiência física e cadeirantes.

Um exemplo é a prova dos 10 km da Tribuna, em Santos - SP, que reúne corredores de elite, amadores, deficientes físicos, visuais e cadeirantes. A prova já figura entre as maiores do país, onde tem a participação de grandes nomes do atletismo, mas sem dúvida a marca registrada do evento é a participação popular, seja como atleta ou como torcedor (CUNHA, 2010).

Um levantamento da Corpore (2010) mostra um aumento expressivo de participantes nas provas. Em uma década, houve um aumento aproximado de 100 mil pessoas. No ano de 1999, as corridas de rua contaram com 17.700 inscritos. Em 2009, o número saltou para 117.000 participantes. O que vem representando um atrativo a mais para os atletas e demais praticante é o crescente aumento do

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número de provas com premiações, dos mais variados valores, em dinheiro ou em bens (SALGADO; CHACON-MIKAHIL, 2006).

Um campeonato que tem chamado a atenção em relação à participação e interesse dos participantes é o Campeonato Santista de Pedestrianismo, realizado na cidade de Santos–SP. Este campeonato consiste de seis etapas durante o ano, sendo a premiação apenas de troféus e medalhas, tendo como objetivo difundir a prática da corrida de rua, revelar novos valores da região e estimular a prática da atividade física, de forma contínua, em pessoas de todas as idades e segmentos sociais (PORTAL DE SANTOS, 2010).

De acordo com Mussarella (2008), os eventos que possuem um bom nível de organização distribuem dispositivos (chips) que marcam eletronicamente o tempo que o corredor leva para finalizar a prova. Nos eventos que possuem uma boa estrutura, são disponibilizadas aos corredores ambulâncias para socorro imediato e vários pontos com distribuição de água para evitar a desidratação.

A maior parte dos eventos cobra uma taxa de inscrição para cobrir as despesas com organização e distribui aos participantes um “kit do corredor” (com o chip vinculado ao número de inscrição e dados pessoais, e uma camiseta alusiva ao evento), e todos que completam a prova recebem uma medalha. Após o encerramento do evento, é divulgado o tempo e a classificação do participante em uma classificação geral e também por categoria.

Geralmente, é disponibilizado um site da prova na Internet com todas as informações sobre a organização e estrutura do evento, assim como das condições e critérios para participação. Existem, também, diversos sites especializados que hospedam essas informações, aceitam inscrições online e, após as provas, disponibilizam fotos e vídeos dos corredores. O fato é que tudo isso faz das corridas de rua um fenômeno expressivo, merecedor de estudos por parte dos profissionais da Educação Física.

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4.2 Características sócio-demográficas de praticantes de corridas de rua

Uma transformação pela qual passou o mercado brasileiro de corrida foi a mudança do público corredor. Há 10 anos, o atletismo era visto como esporte para profissionais ou para um público-alvo de baixo poder aquisitivo. No entanto, com a profissionalização das corridas de rua e o surgimento das assessorias esportivas, a corrida vem atraindo, cada vez mais, aquelas pessoas com poder aquisitivo maior (REDE BAHIA DE TELEVIÃO, 2010).

De acordo com Mussarella (2008), alguns indivíduos vivem unicamente em função da corrida de rua. Representam empresas, academias, clubes, associações, cidades ou até mesmo o país. Aqueles que buscam obter prêmios em bens ou dinheiro, normalmente possuem patrocinadores e chegam a marcas de tempo impensáveis anos atrás para um ser humano. Mas a grande maioria de praticantes de corrida de rua é representada por corredores amadores, os quais têm outras ocupações, trabalham, estudam, têm filhos, e encontram também disposição para treinar freqüentemente.

Segundo a Federação Paulista de Atletismo (2005) apud Salgado e Chacon-Mikahil (2006), 70% dos participantes de Corridas de Rua estão na faixa etária acima dos 40 anos, e menos de 1% destes participantes são considerados corredores de elite. Uma pesquisa realizada por Pazin et al. (2008) mostra que a maioria dos participantes se encontra com idade entre 36 e 50 anos (43%). De acordo com a Rede Bahia de Televisão (2010), os corredores de rua possuem bom nível de escolaridade, sendo 40% com nível superior e, quanto ao nível socioeconômico, 45,2% tinham renda mensal entre R$1.000,00 e R$2.900,00.

Rosa et al. (2003) mostra que a maioria dos maratonistas da sua amostra apresentava nível superior completo de escolaridade, independentemente do sexo analisado, e trabalhava e/ou estudava.

Em dados levantados em algumas das principais corridas do Brasil, - 10 km Tribuna FM e Campeonato Santista de Pedestrianismo (10 km), em Santos - SP

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(2009); e Volta da Pampulha (18 km), em Belo Horizonte - MG (2009) – nas provas curtas, de 10 km, entre 65 e 70% dos participantes tinham entre 25 e 49 anos; nas médias distâncias, de 18 a21 km, entre 30 e 49 anos; e na maratona (42.195 m), a mesma porcentagem de participantes tinha entre 35 e 54 anos, em ambos os gêneros. Observa-se que, quanto maior a distância, maior a idade dos participantes.

Costa Filho (2009), em sua pesquisa realizada com corredores da XII Maratona do Rio de Janeiro, mostra que a maioria dos participantes se encontrava com idade entre 31 e 50 anos. Hino et al.(2009) mostra, em seu estudo realizado com corredores de rua na cidade de Curitiba, que a maior parte desses indivíduos se encontrava na faixa etária dos 30 a45 anos, com renda maior que R$1.670,00.

No estudo de Bernart e Ferreira (2010), realizado com mulheres de 20 a 40 anos,praticantes de corrida, verifica-se que 77,5% das mulheres que freqüentaram o grupo de corrida tinham idade acima de 30 anos. Segundo os autores, esta faixa etária parece ser o período da vida em que as mulheres têm procurado mais a prática de exercícios físicos. Truccolo, Maduro e Feijó (2008) analisaram 68 adultos que participaram de uma corrida de rua na cidade de Porto Alegre em outubro de 2007 e verificaram que a faixa etária destes corredores variou entre 22 e 57 anos de idade, sendo a maioria dos respondentes casados, de raça branca, e com bom nível de escolaridade.

4.3 Aderência e motivação à prática de exercício físico

Atualmente, há unanimidade quanto aos benefícios proporcionados pela prática regular de exercícios corporais, desde que bem realizados e conscientes. Assim, muita informação tem sido publicada, chamando atenção para o efeito benéfico do exercício físico, no sentido de assegurar condições de bem estar físico, psicológico e social ao seu praticante (TRUCCOLO; MADURO; FEIJÓ, 2008).Para Ribeiro (1998), a importante contribuição da atividade física ao bem estar geral do organismo é amplamente reconhecida pela comunidade científica e pela população

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Santos e Kinijnik (2006) mostram que o aumento pela procura de atividade física está diretamente relacionado com a crescente difusão de informações e imagens a respeito de saúde, corpo e todas as formas de movimento, e que os benefícios são bem conhecidos e vivenciados pela maioria do grupo estudado. Mas, mesmo com o conhecimento acerca dos benefícios, apenas uma porcentagem relativamente pequena de crianças e adultos participam de exercícios físicos regulares (WEINBERG e GOULD, 2008).

Segundo Saba (2001), somente no estágio de prática constante é que o indivíduo tem possibilidade de usufruir dos benefícios físicos, psicológicos e sociais dos exercícios, elevando sua qualidade de vida e bem-estar. A partir daí, ganhou importância o conceito de aderência que, segundo este autor, é a manutenção da prática de exercícios físicos por longos períodos de tempo, como parte da rotina dos indivíduos.

Dessa forma, a Psicologia do Esporte busca investigar as causas e os efeitos das ocorrências psíquicas que o ser humano apresenta antes, durante e após o exercício ou o esporte, sejam estes de cunho recreativo, educativo, competitivo ou reabilitador (BECKER JR., 2000; WEINBERG e GOULD, 2008; SAMULSKI, 2002). Assim, os pesquisadores dessa área consideram que estudos sobre motivação são significativos para o esporte e exercícios, pois ajudam a compreender por que alguns indivíduos se envolvem com essas atividades, e o que faz com que tenham a determinação necessária para praticá-las por muitos anos.

A motivação é definida por Weinberg e Gould (2008) como os esforços de uma pessoa a fim de resolver tarefas, alcançar excelência esportiva, superar obstáculos, procurar e demonstrar melhor desempenho do que outras pessoas e ter orgulho em mostrar seu talento. Segundo os mesmos autores, a motivação pode ter duas variantes: a motivação extrínseca, que é a realização de uma tarefa na expectativa de recompensas externas e reconhecimento; e a motivação intrínseca que é um comportamento comprometido consigo mesmo e com o prazer e satisfação derivados da participação. Envolve fazer uma atividade por si mesma, por seu interesse inerente e pelos sentimentos e pensamentos espontâneos conseqüentes.

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Dentro dos determinantes da atividade física, alguns autores os classificam em fatores pessoais e ambientais. Nos fatores pessoais, temos as variáveis demográficas (sexo, idade, escolaridade, renda), as variáveis cognitivas e de personalidade (atitudes, obstáculos, expectativa, falta de tempo, auto-eficácia) e as variáveis comportamentais (dieta, atividade física anterior, fumo). Nos fatores ambientais temos o ambiente social (apoio familiar, amigos), o ambiente físico (proximidade, clima, custo) e características da atividade física (qualidade, quantidade, intensidade, freqüência, duração, em grupo, isolado e o técnico) (SABA, 2001; WEINBERG e GOULD, 2008).

As pessoas iniciam e se mantêm na prática de atividade física estimuladas por vários motivos (SANTOS; KINIJNIK, 2006, MUSSARELLA, 2008). As pesquisas, segundo Weinberg e Gould (2008), tem mostrado que os motivos mudam com o passar do tempo. Por exemplo, os motivos que alguns indivíduos citaram para começar um programa de exercícios físicos não eram necessariamente os mesmos citados para continuarem no programa.

Santos e Kinijnik (2006) verificaram que as principais razões que levam adultos de 40 a 60 anos a procurarem programas de exercício físico são: lazer/qualidade de vida (44%), orientação e/ou prescrição médica (34%) e estética (11%). Apesar da principal adesão destes indivíduos não ser de cunho estético, os mesmos demonstraram certa preocupação com a imagem corporal perante a sociedade, e os fatores que influenciam estes na manutenção da atividade são: manutenção da saúde (83%), logo após o prazer em praticar (70%), e em terceiro lugar a motivação intrínseca (50%). Observa-se, assim, que os motivos que levam os indivíduos a procurarem programas de exercício físicos diferenciam dos que os mantêm.

Segundo Truccolo, Maduro e Feijó (2008), a prática da corrida tem atraído muitos praticantes devido ao gasto calórico produzido e a aquisição e manutenção de uma aparência atraente, o que faz das mulheres um público altamente aderente a essa modalidade esportiva.

A aderência à prática da corrida é motivada pelo convívio obtido através da prática da mesma em grupo com outros de idade e interesses similares. A prática

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em grupo também está ligada ao bem-estar dos participantes, e não a motivações diretamente ligadas a alterações no corpo (TRUCCOLO, MADURO, FEIJÓ, 2008).

Em uma questão da pesquisa de Santos e KinijniK (2006), que tratava dos benefícios da atividade física, observa-se que a melhora da forma física e o bem-estar físico e emocional foram relatados por 27 dos 30 adultos com idade entre 40 e 60 anos. Isso mostra que estes dois benefícios são bem conhecidos e vivenciados pela maioria dos adultos participantes do estudo.

A princípio, a busca pela prática da corrida de rua ocorre por diversos interesses, que envolvem desde a promoção de saúde, a estética, a integração social, a fuga do estresse da vida moderna e a busca de atividades prazerosas ou competitivas (Salgado; Chacon-Mikahil, 2006). Segundo os mesmos autores, a última perspectiva, ser competitivamente bem classificado, tornou-se um atrativo, visto que isso se associa ao aumento do número de provas em todo o país com premiações, dos mais variados valores, em dinheiro ou em bens (um atrativo a mais para que muitos indivíduos se submetam a corrida), patrocínios, prestígio social ou, ainda, o estar em evidência.

A Mídia Sport (2010) mostra que um dos motivos que levam profissionais e amadores a participarem da prova 10 km A Tribuna FM deve estar associada à premiação, por ser uma das provas com maior premiação do calendário nacional. Realmente a premiação da corrida dos 10 km da Tribuna desperta atenção, sendo mais de 120 mil reais, divididos entre os 20 primeiros do masculino e feminino. Há, ainda, 170 troféus para os melhores das categorias e 15 mil medalhas entregues assim que o atleta completa a prova (CUNHA, 2010).

De acordo com Fernandes (2003) e Weineck (2003), a corrida é praticada pelos indivíduos em qualquer lugar, hora do dia e condição do tempo. Acredita-se que, por ser a forma de movimento mais natural para a prática, não exigir instalações especiais, sendo acessível a toda população apta, demandar baixo custo para a participação e o treinamento, caracterizando-se como uma atividade física popular ou de massa, também seja relevante na perspectiva do lazer e considerada como o esporte mais barato que existe. Supõem que esses sejam uns dos motivos

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De acordo com Truccolo; Maduro e Feijó (2008), as principais razões para as mulheres aderirem a um programa supervisionado de corrida de rua foram: melhora do condicionamento físico e saúde (88,2%), apreciarem estar ao ar livre (82,4%), aumento da auto-estima (64,7%) e melhora da aparência física (58,5%). Para os homens, as razões mais importantes foram: se sentirem menos ansiosos (67,7%), melhora do condicionamento físico e saúde (64,5%), forma de reduzir o estresse (58,1%), melhora da auto-estima e apreciar estarem ao ar livre, sendo, da mesma forma, “extremamente importantes” estas razões (48,4%).

A participação da população em corridas de rua, no Brasil, teve um aumento importante nos últimos anos. Já se sabe que a prática da corrida de longa duração traz uma série de benefícios, tanto físicos quanto mentais, aos praticantes (PAZIN et al., 2008; HINO et al., 2009). Desta forma, associado à saúde, à facilidade da prática, aos custos e à integração social, reforça-se essa tendência mundial em corridas de rua, que vêm atraindo cada vez mais adeptos e se tornando uma modalidade esportiva cada vez mais popular (SALGADO e CHACON-MIKAHIL, 2006).

4.4 Características do treinamento de corredores de rua e lesões associadas

Todo trabalho realizado em treinos tem um objetivo específico e deve ser seguido em sua totalidade, em relação à duração e à sequência de dias de treino na semana. Assim, é importante a realização de um planejamento, definindo as metas, para assim oferecer de forma organizada a distribuição de esforços, para que os objetivos sejam alcançados de forma segura e mais precisa (SILVA, 2009). Para o mesmo autor, é importante que a atividade diária de corrida de rua dure aproximadamente entre 20 minutos e uma hora, evitando treinos acima de uma hora, a não ser que tenha algum objetivo especifico, mas mesmo assim deverá ser feito em apenas alguns dias da semana. A frequência de treinamento deverá ficar entre 3 e 6 dias na semana, e a intensidade depende do grau de treinamento do individuo.

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Um dos mais importantes princípios de treinamento esportivo é da supercompensação, ou seja, a capacidade do organismo de aumentar suas reservas energéticas após o esforço, desde que submetido a um período de descanso adequado. Muitos corredores não respeitam esse descanso, impedindo assim a recomposição do organismo, levando a dores, causando possíveis lesões ou sobretreinamento, prejudicando o desempenho do atleta ou até implicando no afastamento da prática por curtos ou longos períodos (SILVA, 2009).

Pazin et al. (2008) mostra em seu estudo que corredores que praticavam regularmente a modalidade há mais de seis anos, representavam 70,2% do grupo estudado, sendo que 41% dos participantes corriam há mais de 11 anos. Além disso, estes autores verificaram que 57% dos corredores recebiam orientação especializada, 56,3% corriam mais de 64 km por semana, 75% treinavam de quatro a sete dias por semana, 85,9% treinavam uma vez por dia, 46,8% praticavam outro exercício físico, sendo as modalidades mais praticadas o ciclismo, a natação e a musculação. Os mesmos autores trazem que a prevalência de lesões entre os corredores de rua foi de 37,7% durante o ano de 2006. Portanto, 62,3% dos corredores não apresentaram lesão alguma nesse período, sendo que aqueles com ocorrência de lesão tiveram freqüência de uma a duas no período e não foi encontrada nenhuma associação significativa entre a prevalência de lesões, a idade e as características do treinamento.

Rosa et al. (2003) apresenta que 28,6% dos maratonistas do sexo masculino relataram de quatro a oito anos de prática de corrida e que cerca de 81% dos entrevistados dedicavam-se de uma a duas horas por dia às suas rotinas de treinos para a corrida. Quanto à freqüência semanal, 32,2% dos atletas relataram correr menos de quatro vezes por semana, e a grande maioria em freqüência igual ou superior a quatro vezes por semana.

A maioria dos corredores da XII Meia Maratona do Rio de Janeiro treinava há mais de 5 anos, com freqüência semanal de 3 a 4 dias; os treinos duram a média de 2 horas, e a quilometragem é de 40 Km por semana. Hino et al (2009) mostra em seu estudo que na sua maioria, tanto homens quanto as mulheres, despendiam até 30 minutos por dia em treinamentos e com acompanhamento, e identificaram que

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A experiência em treinamentos e participação em provas de corrida parece ser um importante fator a ser considerado na ocorrência de lesões. Aqueles com poucos anos (0 a 3 anos) e com muitos anos (acima de 10) de participação em provas de corridas apresentavam maior prevalência de lesões, do mesmo modo que até duas participações e acima de sete participações ao ano representaram maior risco para lesões (COSTA FILHO, 2009).

Os eventos são realizados ao ar livre, o que leva os participantes à exposição das condições climáticas, sol, calor, umidade relativa do ar, e variações naturais do percurso, como aclives, declives, diferentes tipos de solo, etc. Portanto, como qualquer atividade física, a corrida de rua requer alguns cuidados básicos e conhecimentos por parte dos praticantes, mas pode trazer grande satisfação pela participação, convívio com os amigos e a família, pela prática de lazer ativo e pelo prazer que proporciona.

A partir do estudo de Costa Filho (2009) foi possível verificar que de 224 corredores participantes da XII Meia-maratona Internacional do Rio de Janeiro do ano de 2008, 29,6% reportaram ocorrência de lesões nos seis meses que antecederam a competição.

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5. MÉTODOS

5.1. Tipo de Pesquisa

Foram analisados corredores de rua por meio do método Descritivo-Exploratório, o qual descreve as características presentes nessa população.

5.2. Amostra

A amostra foi composta por 148 corredores de rua voluntários, sendo 101 homens e 47 mulheres, com idade variando de 19 a 72 anos de idade. Todos os avaliados eram praticantes da modalidade de corrida de rua a pelo menos seis meses e tinham participado de pelo menos uma prova de corrida de rua com distância de até 21 km, foram excluídos os que não responderam totalmente o questionário.

5.3. Instrumento

O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário validado, elaborado e utilizado por Pazin et al.(2008), Anexo I.

O questionário possui 31 questões abertas e fechadas, onde permitiu obter informações das seguintes vaiáveis: a) características demográficas (gênero, idade, escolaridade e renda familiar); b) características morfológicas (massa corporal, estatura e índice de massa corporal); c) características de treinamento (volume e freqüência do treinamento semanal, orientação especializada e prática de outra atividade física); d) lesões (definida como sendo aquela que tenha levado à interrupção do treinamento por comprometimento muscular ou osteoarticular, por no mínimo dois dias); e e) principais motivos para aderir a prática de corrida de rua.

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5.4. Coleta de dados

Foram abordados os indivíduos que estavam praticando as suas corridas diárias em lugares públicos e ao ar livre como parque e praia (arredores do lago igapó II na cidade de Londrina/PR e na praia Aparecida na cidade de Santos/SP). Foram convidados a participarem da pesquisa recebendo explicações e esclarecimentos sobre a mesma. Os que aceitaram participar da pesquisa assinavam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO II), que informava a garantia do anonimato quanto a sua identidade. Após esse ato, os indivíduos preenchiam o questionário sob a supervisão da pesquisadora e/ou colaborador.

5.5. Análise e interpretação dos dados

Para análise e interpretação dos dados foi utilizada a estatística descritiva no qual as características demográficas, morfológicas, de treinamento e índice de lesões dos corredores de rua foram distribuídas em valores absolutos e relativos e a característica morfológica foi tratado em média, desvio padrão, valores mínimos e máximos.

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6. RESULTADOS

As características demográficas, sendo a idade, escolaridade e renda familiar, estão apresentadas na Tabela 1. Participaram do estudo corredores de ambos os gêneros, sendo 101 homens e 47 mulheres. Pode-se destacar que 81,1% dos corredores tinham idade entre 18-50 anos e 18,9% acima de 50 anos. A faixa etária com o maior percentual foi a de 18-35 anos (44,6%).

Tabela 1. Características demográficas dos corredores de rua e segundo o gênero.

Geral Masculino Feminino

Frequência (n) % Frequência (n) % Frequência (n) % Total 148 100 101 68,2 47 31,8 Faixa etária 18-35 anos 66 44,6 41 40,6 25 53,2 36-50 anos 54 36,5 37 36,6 17 36,2 Acima de 50 anos 28 18,9 23 22,8 5 10,6 Escolaridade Ens. Fund. 10 6,8 10 9,9 0 0,0 Ens. Médio 46 31,1 32 31,7 14 29,8 Ens. Superior 92 62,2 59 58,4 33 70,2 Renda (R$) 300-999 1 0,7 1 1,0 0 0,0 1000-2900 39 26,4 25 24,8 14 29,8 3000-4900 48 32,4 32 31,7 16 34,0 Mais de 5000 60 40,5 43 42,6 17 36,2

Na análise dos resultados expostos na tabela 1, observando a faixa etária separado por gênero, destaca-se que o maior percentual, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, foi a de 18 a 35 anos, com 40,6 e 53,2%, respectivamente. Em relação à escolaridade, 62,2% dos participantes possuía ensino superior incompleto ou completo; analisando segundo os gêneros, observa- se que 58,4% dos homens e 70,2% das mulheres possuíam nível superior incompleto ou completo; apenas 10% dos homens possuía nível fundamental, enquanto todas as mulheres tinham pelo menos o ensino médio.

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Quanto ao nível socioeconômico, 72,9% dos participantes tinha renda familiar mensal acima de R$3.000,00, sendo que 40,5% possuíam uma renda familiar mensal, mais de R$5.00,00

Na tabela 2 podem ser observadas as características morfológicas dos corredores de rua segundo as faixas etárias.

Tabela 2. Características morfológicas de corredores de rua segundo as faixas

etárias.

Média Desvio padrão Mínimo Máximo Faixa etária 18-35 anos Massa corporal (kg) 67,45 10,62 53 95 Estatura (m) 1,73 0,08 1,56 1,91 IMC (kg/m²) 22,4 2,04 19,1 28,7 36-50 anos Massa corporal (kg) 67,85 8,02 54 89 Estatura (m) 1,70 0,08 1,55 1,87 IMC (kg/m²) 23,5 1,72 18,9 27,5 Mais de 50 anos Massa corporal (kg) 62,95 9,58 50 89 Estatura (m) 1,66 0,07 1,55 1,86 IMC (kg/m²) 22,45 1,89 19,6 26,9

Pode-se destacar que o IMC médio dos corredores nas três faixas etárias se encontra na faixa recomendável (18 a 25). Observa-se que a média de massa corporal nas faixas etárias de 18-35 e 36-50 anos é similar (67,45 Kg e 67,85Kg respectivamente) e os corredores com mais de 50 anos possuem uma média mais baixa (62,95Kg) na massa corporal.

Na tabela 3 podem ser observadas as características morfológicas de homens corredores de rua. Na tabela 4 podem ser observadas as características morfológicas de mulheres corredoras de rua, segundo as faixas etárias.

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Tabela 3. Características morfológicas de homens corredores de rua segundo as

faixas etárias.

GRUPOS N Média Desvio padrão Mínimo Máximo 18-35 anos 41 Massa corporal (kg) 76,6 6,84 64,0 95,0 Estatura (m) 1,80 0,05 1,65 1,91 IMC (kg/m²) 23,7 1,74 21,1 28,7 36-50 anos 37 Massa corporal (kg) 74,3 5,77 69,0 89,0 Estatura (m) 1,76 0,05 1,64 1,87 IMC (kg/m²) 24,0 1,65 20,7 27,5 Mais de 50 anos 23 Massa corporal (kg) 72,1 6,91 59,0 89,0 Estatura (m) 1,73 0,04 1,67 1,86 IMC (kg/m²) 23,9 1,67 19,6 26,9

Tabela 4. Características morfológicas de mulheres corredoras de rua segundo as

faixas etárias.

GRUPOS N Média Desvio padrão Mínimo Máximo 18-35 anos 25 Massa corporal (kg) 58,3 3,20 53,0 65,0 Estatura (m) 1,66 0,04 1,56 1,74 IMC (kg/m²) 21,1 1,28 19,1 24,7 36-50 anos 17 Massa corporal (kg) 61,4 4,37 54,0 72,0 Estatura (m) 1,64 0,04 1,55 1,72 IMC (kg/m²) 23,0 1,68 18,9 25,8 Mais de 50 anos 5 Massa corporal (kg) 53,8 3,34 50,0 59,0 Estatura (m) 1,60 0,03 1,55 1,64 IMC (kg/m²) 21,0 0,51 20,8 21,9

Homens e mulheres, mesmo com idades mais avançadas, possuem valores médios do IMC na faixa recomendável. Observa que o valor máximo do IMC dos homens em todas as faixas etárias se encontra acima do recomendado, e que o valor máximo do IMC das mulheres com mais de 50 anos foi mais baixo que nas outras faixas etárias.

Informações obtidas sobre o treinamento e prática de outra atividade física sobre os corredores de rua e segundo o gênero são apresentados na tabela 5.

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Tabela 5. Características do treinamento e ocorrência de lesões dos corredores de

rua segundo o gênero.

Geral Homens Mulheres

Frequência (n) % Frequência (n) % Frequência (n) % Há quanto tempo corria

regularmente 0 a 5 anos 90 60,8 56 55,4 34 72,3 5 a 10 anos 24 16,2 16 15,8 8 17,0 Mais de 10 anos 34 23,0 29 28,7 5 10,6 Possuía orientação especializada Não 66 44,6 57 56,4 9 19,1 Sim 82 55,4 44 43,6 38 80,9 Volume de treinamento semanal 0-15,9 km 17 11,5 10 9,9 7 14,9 16-31,9 km 47 31,8 26 25,7 21 44,7 32-47,9 km 44 29,7 33 32,7 11 23,4 48-63,9 km 25 16,9 21 20,8 4 8,5 Mais de 64 km 15 10,2 11 10,9 4 8,5 Frequência de treinamento semanal 1 a 3 vezes 46 31,1 28 27,7 18 38,3 4 a 7 vezes 102 68,9 73 72,3 29 61,7

Sessões por dia de corrida

1 sessão 142 95,9 99 98,0 42 89,4 2 sessões 6 4,1 2 2,0 5 10,6

Prática de outro exercício físico

Não 51 34,5 45 44,6 6 12,8

Sim 97 65,5 56 55,4 41 87,2

Apresentou lesões durante o ano de 2010

Não 95 64,2 66 65,3 29 61,7 Sim 53 35,8 35 34,7 18 38,3

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Observa-se que os corredores que praticavam regularmente a modalidade a menos de cinco anos representavam a maioria do grupo estudado, com 60,8%; 52,7% dos corredores possuíam orientação de um profissional de Educação Física; 61,5% corriam de 16 a 47,9 km por semana; 68,9% treinava de 4 a 7 dias por semana; 95,9% treinava somente uma vez por dia; 65,5% praticavam outro exercício físico, sendo a modalidade mais praticada a musculação, com 54,1%.

Analisando as características de treinamento segundo os gêneros, nota- se que 55,4% dos homens corria regularmente a menos de 5 anos, 68,3% tinha um volume de até 47,9Km/semana, onde apenas 19,9% corria mais de 64Km/semana,56,4% não possuía orientação especializada, treinava de 4 a 7 vezes por semana (72,3%) e 55,4% praticava regularmente um outro exercício físico. A maioria das mulheres (72,3%) também corria regularmente a menos de 5 anos,59,6% tinha um volume de até 31,9Km na semana,onde apenas 17% corria mais de 48Km por semana,80,9% possuía orientação especializada e treinava de 4 a 7 vezes na semana (61,7%),e 87,2% praticava regularmente outro exercício físico.

O índice de lesões entre os corredores de rua foi de 35,8% durante o ano de 2010, portanto 64,2% não apresentou lesão alguma nesse período.Analisando o índice de lesões entre os homens, nota-se que 65,3% não apresentou lesões, e entre as mulheres, 61,7% não apresentou.

Os principais motivos que levam os indivíduos a aderirem à prática de corrida de rua estão expostos na tabela 6.

Tabela 6: Principais motivos que levam os indivíduos a aderirem à prática de corrida

de rua. Extremamente Importante Muito Importante Importante

Frequência % Frequência % Frequência % Competir 17 11,5 0 0,0 21 14,2

Manter a saúde 58 39,2 48 32,4 25 16,9

Manter o corpo em forma 28 18,9 45 30,4 41 27,7

Manter bem estar geral 38 25,7 49 33,1 30 20,3

Convívio com os amigos 4 2,7 3 2,0 20 13,5

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Observa- se que os principais motivos que levam os indivíduos a aderirem à prática de corrida de rua são: manter a saúde (39,2%), manter o bem estar geral (25,7%) e manter o corpo em forma (18,9%).

Os principais motivos que levam os homens a aderirem à prática de corrida de rua estão expostos na tabela 7.

Tabela 7: Principais motivos que levam homens aderirem à prática de corrida de rua.

EI MI I Frequência (n) % Frequência (n) % Frequência (n) % Competir 17 16,8 0 0,0 21 20,8 Manter a saúde 39 38,6 33 32,7 14 13,9

Manter o corpo em forma 14 13,9 28 27,7 31 30,7

Manter bem estar geral 25 24,8 34 33,7 17 16,8

Convívio com os amigos 4 4,0 3 3,0 14 13,9

Ocupar tempo de lazer 2 2,0 3 3,0 1 1,0

Outro 0 0,0 0 0,0 3 3,0 Observa-se que os principais motivos que levam os homens a aderirem a corrida de rua são: manter a saúde (38,6), manter bem estar geral (24,8%), competir (16,8%) e manter o corpo em forma (13,9%).

Os principais motivos que levam as mulheres a aderirem à prática de corrida de rua estão expostos na tabela 6.

Tabela 8:Principais motivos que levam mulheres aderirem à prática de corrida de rua.

EI MI I Frequência (n) % Frequência (n) % Frequência (n) % Competir 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Manter a saúde 19 40,4 15 31,9 11 23,4

Manter o corpo em forma 14 29,8 17 36,2 10 21,3

Manter bem estar geral 13 27,7 15 31,9 13 27,7

Convívio com os amigos 0 0,0 0 0,0 6 12,8

Ocupar tempo de lazer 1 2,1 0 0,0 6 12,8

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Observa-se que os principais motivos que levam as mulheres a aderirem à corrida de rua são: manter a saúde (40,4%), manter o corpo em forma (29,8%), manter bem estar geral (13,9%). No entanto nenhuma das mulheres tem como principal motivo para se manterem na prática da corrida, o competir ou ter convívio com os amigos.

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7. DISCUSSÃO

Este estudo foi realizado com praticantes de corridas de rua de ambos os gêneros e participantes de provas de resistência de curtas e médias distâncias (até 21 km) que realizavam os seus treinamentos em lugares públicos e ao ar livre (parque e praia) ao contrário dos estudos disponíveis na literatura, que foram realizados com corredores de rua participantes de provas de longas distâncias (ultra maratonas) e somente do gênero masculino como, por exemplo, o estudo do Pazin et al. (2008). Existem poucos estudos realizados com essa população e que sejam com corredores de distâncias mais curtas.

Quando se analisa as características demográficas dos corredores de rua participantes desse estudo, observa-se que a maioria pertence à faixa etária de 18 a 35 anos. No estudo de Hino et al. (2009), realizado com corredores do Circuito de Ruas da Cidade de Curitiba-PR, mostra que a maior parte dos indivíduos (44,7%) se encontrava na faixa etária dos 30,1 a 45 anos, ao contrário do estudo de Moura et.al. (2010), realizado com os dados de corredores que concluíram as maratonas do Rio de Janeiro entre 2003 e 2009 (sete provas), onde mostra que a participação de maratonistas com idades entre 45 e 49 anos cresceu de modo mais pronunciado ao longo destes sete últimos anos.

O estudo de Pazin et. al (2008),realizado com ultramaratonistas, também não vem de acordo com os achados desse estudo, onde a maioria dos seus participantes se encontrava na faixa etária de 36 a 50 anos, o que deve- se pelo fato desses participantes serem de provas de resistência de longas distâncias, o que exige dos indivíduos uma maior experiência na competição. Já as provas mais curtas não exigem necessariamente uma boa experiência para a participação. Segundo Eyestone (2010), em 2005, os donos dos dez melhores desempenhos em provas de 10 km tinham cerca de 22 anos, vindo de encontro com a faixa etária desse estudo.

Salgado e Chacon-Mikahil (2006) consideram a corrida como um fenômeno atual (modismo), que advém da busca pela qualidade de vida, do convívio com outros praticantes contagiados pelo prazer das provas, das medalhas e camisetas recebidas, que de certa forma passam a representar conquistas nos ambientes de

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trabalho, familiar e esportivo. O importante nesse contexto é que essa é uma moda saudável, desde que praticada de forma correta, respeitando as adaptações e tempo de descanso.

Vale ressaltar que os estudos realizados com corredores de rua, mostra que a maioria dos participantes é do gênero masculino, mas esse estudo mostra que as mulheres vêm se tornando cada vez mais aderentes às provas de resistência de curtas e médias distâncias, e a maioria dos participantes, tanto do gênero masculino quanto do feminino, pertencem à faixa etária de 18 a 35 anos. Segundo Trucollo, Maduro e Feijó (2008), muita informação tem sido publicada chamando atenção para o efeito benéfico do exercício físico, no sentido de assegurar condições de bem estar físico, psicológico e social ao seu praticante. O que mostra que os mais jovens estão preocupados com o seu bem estar e aderindo à prática de corrida de rua, e mostra que devido ao gasto calórico produzido e a aquisição e manutenção de uma aparência atraente, faz das mulheres um público altamente aderente a essa modalidade esportiva. Moura et al.(2010) revelam o crescimento da participação feminina nos últimos anos.

Nesse estudo, a maioria dos participantes possui ensino superior e uma maior renda familiar. Isso significa que, quanto maior a escolaridade, maior é o salário e maior será a renda familiar. Vale lembrar que, nos dias de hoje, a mulher também trabalha fora de casa e ganha o seu próprio salário, assim aumentando a renda da família. Isso vem de acordo com o estudo de Pazin et al. (2008), que mostra que a maioria dos corredores do seu estudo possuía ensino superior e, quanto ao nível socioeconômico, tinham uma boa renda familiar mensal.

Esses achados vêm de acordo com a Rede Bahia de Televisão (2005), que traz a transformação pela qual passou o mercado brasileiro de corrida, antes visto como esporte para profissionais ou para um público de baixo poder aquisitivo. No entanto, hoje a corrida vem atraindo, cada vez mais, aquelas pessoas com poder aquisitivo maior, devido à profissionalização das corridas de rua e o surgimento das assessorias esportivas.

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recomendada e adequada para a saúde. O estudo de Hino et al.(2009) vem de acordo com esse estudo, onde a maior proporção da amostra foi classificada como normoponderal (IMC ≤ 24,9kg/m²).

Nesse estudo, mesmo os homens com idades mais avançadas não aumentaram os seus valores de IMC, diferente do estudo do Pazin et. al (2008) em que os valores de IMC tiveram um ligeiro aumento. Segundo Mcardle, Katch e Katch, (2003) há outros fatores além do excesso de gordura corporal que afetam o numerador da equação do IMC, sendo esses, osso, massa muscular e até mesmo o aumento de volume plasmático induzido pelo treinamento com exercícios.

Os participantes desse estudo apresentam uma maior média na massa corporal nas faixas etárias, se comparados com o estudo de Pazin et al.(2008). A prática regular de musculação e a realização de treinos para as provas mais curtas podem explicar essa diferença, como mostra Mcardle, Katch e Katch (2003) o IMC pode dar mais alto em indivíduos magros com massa muscular, em virtude da constituição genética ou do treinamento com exercícios. E também os participantes do estudo de Pazin et. al. (2008) são de provas mais longas (ultramaratona), o que exige um maior volume nos treinos, o que demanda um maior dispêndio de energia (MCARDLE; KATCH, KATCH, 2003)

Com relação ao tempo de prática em anos, verifica-se que a maioria dos corredores corria regularmente há menos de cinco anos, o que não vem de acordo com o estudo de Pazin et al.(2008) que encontrou a maioria dos corredores com tempo de prática regular de corrida acima de cinco anos. Este curto tempo de prática, neste estudo, mostra que grande parte dos participantes das provas mais curtas não possui muita experiência, e segundo Pazin et al. (2008) os praticantes de maratona e ultramaratona são atletas mais experientes e com as supostas adaptações a distâncias maiores.

Em relação à orientação especializada, verifica-se que 55,4% dos participantes possuía o que está de acordo com o estudo de Pazin et al.(2008) que encontrou 57% de corredores que possuem orientação especializada.Nota-se nesse estudo que 80,9% das mulheres tinham essa orientação. Isso mostra que grande parte dos participantes, na grande parte do gênero feminino, está investindo em

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seus treinos, contratando profissionais de Educação Física para a prática da modalidade.

No presente estudo, 35,8% dos participantes relataram apresentar algum tipo de lesão. Este resultado corrobora os achados do estudo de Pazin et al.(2008), onde 37,7% dos seus participantes apresentaram algum tipo de lesão. No estudo realizado por Hino et al.(2009), foram 28,5%. O estudo de Gent et al.(2007) também vem de acordo com os achados desse estudo, onde têm demonstrado haver lesões relacionadas à corrida e queixas comuns em corredores não profissionais e a prevalência encontrada é de um caso por ano, variando entre 14 e 50%. Nenhum desses estudos encontram variáveis significativas relacionadas a ocorrência de lesões em corredores.

Os principais motivos que levam os indivíduos desse estudo a aderirem à pratica de corrida de rua estão de acordo com Nunomura (1998), que pesquisou as razões para 110 indivíduos permanecerem ativos, sendo as principais o condicionamento físico e saúde, bem como manter a forma física. Vale aqui ressaltar que boa parte (16,8%) dos homens tem como principal motivo a competição para se manter na prática de corrida de rua, ao contrário das mulheres, onde nenhuma delas considera a competição como principal motivo.

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8. CONCLUSÃO

Quanto à identificação das características demográficas dos corredores, pôde-se concluir que a maioria é jovem, com idade entre 18 e 35 anos, possui ou cursa ensino superior e uma boa renda familiar mensal.

Nos aspectos morfológicos, identificou-se que a maioria dos corredores está dentro da faixa de IMC recomendada, inclusive entre os corredores na faixa etária acima dos 50 anos.

Em relação ao treinamento, a maioria corre a menos de 5 anos, possui orientação especializada, tem uma freqüência de 4 a 7 vezes/semana e o volume de treinamento é de 16 a 47,9 km/semana.

O índice de lesões apresentado, de 35,8%, foi semelhante ao de outros estudos.

Os principais motivos que levam os indivíduos de ambos os gêneros a aderirem à prática de corrida de rua estão ligados à manutenção da saúde, do bem estar geral e corpo em forma.

São necessários que novas pesquisas científicas sejam realizadas com praticantes de corrida de rua em especial os participantes de provas mais curtas (com distância de até 21 km) já que o número desses corredores vem aumentando consideravelmente nos últimos anos.

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(42)

ANEXO I

QUESTIONÁRIO

1- 1. Nome:________________________________ 1.1 Ocupação principal:_______________ 2- 2. Data Nasc:____/____/19____Sexo:2.1( )Masc.2.2( )Fem. 2.3 Categoria:____________

2.4

Estado civil:_____________

3- 3. Massa:_________ 3.1 Estatura:_______________ 3.2 Perímetro de cintura:_________ 4- Escolaridade (assinale o maior grau)

4.0

( ) Ensino Fundamental incompleto 4.1

( ) Ensino Fundamental completo 4.2

( ) Ensino Médio incompleto 4.3

( ) Ensino Médio completo 4.4

( ) Superior incompleto 4.5

( ) superior completo

5- Renda familiar (Reais):5.( ) 300 a 999 5.1( ) 1.000 a 2.900 5.2( ) 3.000 a 4.900 5.3

( ) + de 5.000

6- 6. Há quanto tempo (em anos) você corre regularmente? ____________ 7- Possui orientação para seus treinos de corrida?

7.

( ) Não, eu mesmo faço/crio 7.1( ) Sim. 8- Se a resposta anterior foi SIM, quem dá esta orientação?

8.

( )amigo 8.1( )outro corredor 8.2( ) Prof. Educ. Física 8.3( ) revistas especializadas 8.4

( ) outro_________________________________________________________________ 9- Em média quantos quilômetros você corre por semana?

9.

( ) 0-15.9km 9.1( ) 16-31.9Km 9.2( ) 32-47.9km 9.3( ) 48-63.9km 9.4( ) 64 a 99Km 9.5

( ) + de 100 km

10- 10. Quantas vezes por semana você treina?__________ 10.1 Quantas vezes por dia?__________ 11- Você fez treinamento específico para esta prova? 11.( ) Sim 11.1( ) Não

12- De quantas provas você participa por ano de: 12.

5 a 10km______ 12.1 10 a 21 km ______ 12.2 Maratona______ 12.3 50 km/ou +______ 13- 13. Qual foi o maior peso corporal que você já teve? _______kg

14- 14.Depois que você começou a correr regularmente, qual é o seu peso médio?__________kg 15- Houve alguma mudança na sua dieta após você treinar regularmente a corrida?

15.

( ) Não 15.1 Sim ( ), 15.2 qual?___________________________________________ 16- Você ingere bebida alcoólica?

16.

( ) Não 16.1( ) regularmente 16.2( ) as vezes

17- Você ingeria bebidas alcoólicas antes de começar a correr regularmente? 17.

(43)

18- Você fuma? 18.( ) sim 18.1( ) não

19- Você fumava antes de começar a correr regularmente? 19.( ) sim 19.1( ) não 20- Você já teve/tem?

20.

( ) câncer20.1( ) pressão alta20.2( ) colesterol alto20.3( ) diabetes20.4( ) obesidade 20.5( ) hepatite20.6( )tuberculose20.7( ) pneumonia20.8( ) verminose20.9( ) depressão

20.10

( ) outros_______

21- Na sua família (Pai, Mãe, irmão) tem alguém com o seguinte: 21.

( ) câncer 21.1 ( ) pressão alta 21.2( ) colesterol alto 21.3( ) diabetes 21.4( ) obesidade 21.5

( ) osteoporose 21.6( ) artrite 21.7( ) depressão 21.8( ) outros_________

22- Enumere em ordem de importância ( de 1 a 7) o (s) principal (is) motivo(s) que leva (m) você a continuar correndo regularmente:

22.

( ) competir 22.1( ) manter a saúde 22.2( ) manter o corpo em forma 22.3

( ) manter bem estar geral 22.4( ) convívio com os amigos 22.5

( ) ocupar meu tempo de lazer. 22.6( ) outro______________ (Obs: o nº 1 é o mais importante e o nº 7 o menos importante)

23- Além da corrida você pratica outra atividade esportiva ou exercício físico regularmente (três vezes por semana ou mais)? 23.( ) não 23.1( ) sim.

23.2

Se sim,qual?_______________________

24- Você tem o apoio da sua família (pai, mãe, esposa(o), namorada (o), filhos) para continuar correndo e competindo?

24.

Não ( )24.1Qual o motivo do não apoio?__________________________________________ 24.2

Sim ( ) 24.3 De quem é o maior apoio?__________________ 24.4

Razão?_________________

25- A prática regular da corrida tem interferido no seu convívio familiar? 25.

( ) não tem interferido 25.1( ) tem interferido positivamente 25.2( ) tem interferido negativamente

26- Você teve lesões este ano (precisou parar de correr por mais de dois dias ou fez você procurar um médico)? 26.( ) Não 26.1( )Sim, Quantas? 26.2( ) 01 26.3( ) 02 26.4( ) 03 26.5( ) mais de 03

26.6

Qual (is) foi (foram) a lesão (ões)?______________________________________________ 27- 27.Qual é a marca de tênis que você usa para Competir?_____________

27.1

Treinar?__________

28- 28.Quanto tempo antes de correr você come e/ou ingere algum alimento?___________ 29- Você costuma ingerir suplementos?

29.

Não ( ) 29.1Sim ( ), 29.2 se sim, qual(is)?______________________________________

30- 30.Quantas horas você costuma dormir normalmente?_________________ 31- Você dorme bem na véspera de competir? 31.( )Sim 31.1( ) Não

Referências

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