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Auditoria operacional nos processos de importação e exportação de máquinas e componentes eletrônicos para soldagem

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FLÁVIA TAÍS RÖGLIN DE CARVALHO

AUDITORIA OPERACIONAL NOS PROCESSOS DE IMPORTAÇÃO E

EXPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E COMPONENTES ELETRÔNICOS

PARA SOLDAGEM

IJUÍ (RS)

2018

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FLÁVIA TAÍS RÖGLIN DE CARVALHO

AUDITORIA OPERACIONAL NOS PROCESSOS DE IMPORTAÇÃO E

EXPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E COMPONENTES ELETRÔNICOS

PARA SOLDAGEM

Trabalho de conclusão do curso apresentado no DACEC - Curso de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação da UNIJUÍ, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis.

Profª. Orientadora: Euselia Paveglio Vieira

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente agradeço aos meus pais e ao meu irmão, que sempre me incentivam e não medem esforços para que eu consiga realizar todos os meus objetivos, obrigada pelo amor, paciência e confiança, vocês são a minha base, o meu porto seguro.

Agradeço também aos meus amigos, que sempre me apoiaram e me incentivaram durante a graduação.

Á todos os professores do curso de Ciências Contábeis, que se dedicaram a ensinar e a compartilhar o seu conhecimento. Agradeço em especial a minha orientadora Professora Euselia Paveglio Vieira, por todo o apoio, paciência e dedicação no desenvolvimento deste trabalho, me ajudando a crescer não só como aluna, mas também como pessoa e futura profissional de Ciências Contábeis.

Á empresa que me permitiu desenvolver este trabalho, e aos seus colaboradores que sempre me auxiliaram apresentando todas as documentações e as informações necessárias para o desenvolvimento deste trabalho.

Enfim, a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação. Muito obrigada!

(4)

RESUMO

O estudo tem como objetivo aplicar um programa de auditoria no setor de importação e exportação, para verificar se as operações estão ocorrendo em conformidade com as normas, controles internos e a legislação vigente, apontando a existência de possíveis inconformidades. A metodologia utilizada no desenvolvimento do estudo, classifica-se como uma pesquisa aplicada descritiva, de abordagem qualitativa, baseada nos procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica, análise documental e estudo de caso. Os resultados expressam que o comércio exterior é uma das principais formas de desenvolvimento socioeconômico de um país, ele pode ser definido como uma atividade de troca de bens e serviços entre as nações, pois é uma transação de produtos em âmbito internacional. As organizações que trabalham com o comércio exterior necessitam que os seus processos operacionais sejam eficientes e eficazes, é imprescindível que as entidades utilizem técnicas que gerem uma maior confiabilidade nos seus processos, sendo que, umas das técnicas utilizadas neste processo é a auditoria, uma ferramenta fundamental para a análise e verificação destes procedimentos, a sua implementação na avaliação das áreas de risco e nos controles existentes, visa diminuir consideravelmente os casos de fraudes e erros, preservando os interesses da organização, fornecendo informações com eficácia e fidedignidade, desta forma protegendo os seus recursos. Ao finalizar este estudo, conclui-se que a empresa está em conformidade com a maior parte das demandas do setor de comércio exterior, porém necessita aprimorar e corrigir os seus controles internos, onde foi evidenciado irregularidades, e assim evitar que a empresa sofra possíveis penalidades.

PALAVRAS CHAVE: Auditoria, Operacional, Comércio Exterior, Importação,

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Processo de importação ... 27

Figura 2 - Processo de exportação ... 28

Figura 3 - Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações .... 32

Figura 4 - Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações .... 33

Figura 5 - Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações. ... 33

Figura 6 - Início do processo de importação ... 40

Figura 7 - Etapas de importação ... 41

Figura 8 - Etapa final da importação ... 41

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Controles importação ... 44

Quadro 2 - Controles exportação ... 45

Quadro 3 - Planejamento e programa de auditoria ... 46

Quadro 4 - Fatura proforma ... 51

Quadro 5 - Formulário de controle de pagamento de importações ... 52

Quadro 6 - SWIFT ... 53

Quadro 7 - Contrato de câmbio ... 54

Quadro 8 - Fatura comercial ... 55

Quadro 9 - Packing list ... 56

Quadro 10 - Conhecimento de transporte internacional ... 58

Quadro 11 - Declaração de importação ... 59

Quadro 12 - Nota fiscal ... 60

Quadro 13 - Guia para liberação de mercadoria estrangeira sem comprovação do recolhimento do ICMS – GLME ... 61

Quadro 14 - Conhecimento de transporte nacional ... 62

Quadro 15 - Fatura proforma exportação ... 63

Quadro 16 - Fatura comercial exportação ... 64

Quadro 17 - Packing list exportação ... 65

Quadro 18 - Nota fiscal exportação ... 66

Quadro 19 - Declaração de fabricação ... 67

Quadro 20 - Conhecimento de transporte nacional ... 68

Quadro 21 - Registro de exportação ... 69

Quadro 22 - Certificado de origem ... 70

Quadro 23 - Comprovante de exportação ... 71

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BACEN Banco Central

CFOP Código Fiscal de Operações e Prestações

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social CST Código da Situação Tributária

DI Declaração de Importação

DUE Declaração Única de Exportação EUA Estados Unidos da América

ICMS Imposto Sobre Circulação De Mercadorias e Serviços II Imposto de Importação

INCOTERMS International Commercial Terms

IPI Imposto Sobre Produtos Industrializados LI Licença de Importação

MDIC Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços NCM Nomenclatura Comum do Mercosul

NF Nota Fiscal

PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público PIS Programa de Integração Social

RADAR Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros RFB Receita Federal do Brasil

SECEX Secretaria de Comércio Exterior

SINIEF Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais SISCOMEX

SISCOSERV

Sistema Integrado de Comércio Exterior

Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio

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SUMÁRIO

RESUMO ... ... 3

LISTA DE FIGURAS ... ... 5

LISTA DE QUADROS ... ... 6

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ... ... 7

1 INTRODUÇÃO ... ... 10

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA ... 11

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 12 1.3 PROBLEMA ... 13 1.4 OBJETIVOS ... 15 1.4.1 Objetivo geral ... 15 1.4.2 Objetivos específicos ... 16 1.5 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... ... 17 2.1 AUDITORIA ... 17 2.1.1 Controles internos ... 18 2.1.2 Tipos de auditoria ... 19 2.2 AUDITORIA OPERACIONAL ... 20

2.2.1 Planejamento e programa de auditoria ... 21

2.2.2 Papeis de trabalho ... 23

2.2.3 Relatório da auditoria operacional ... 24

2.3 PROCESSOS DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO ... 25

2.3.1 Legislação sobre importação e exportação de equipamentos ... 31

3 METODOLOGIA DA PESQUISA ... ... 35

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 35

(9)

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 38

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... ... 40

4.1 PROCESSO DE IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS E COMPONENTES ELETRÔNICOS ... 40

4.2 PROCESSO DE EXPORTAÇÃO ... 42

4.3 CONTROLES INTERNOS PARA O PROCESSO DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO ... 43

4.3.1 Processo de importação ... 43

4.3.2 Processo de exportação ... 45

4.4 PLANEJAMENTO E PROGRAMA DE AUDITORIA ... 46

4.5 PAPEIS DE TRABALHO ... 50

4.5.1 Papéis de trabalho: Fatura proforma ... 50

4.5.2 Papéis de trabalho: Formulário de controle de pagamento de importações ... ... 52

4.5.3 Papéis de trabalho: SWIFT ... 53

4.5.4 Papéis de trabalho: Contrato de câmbio ... 53

4.5.5 Papéis de trabalho: Fatura comercial ... 55

4.5.6 Papéis de trabalho: Packing list ... 56

4.5.7 Papéis de trabalho: Conhecimento de transporte internacional ... 57

4.5.8 Papéis de trabalho: Declaração de importação ... 59

4.5.9 Papéis de trabalho: Nota fiscal ... 60

4.5.10 Papéis de trabalho: Guia para liberação de mercadoria estrangeira sem comprovação do recolhimento do ICMS – GLME ... 61

4.5.11 Papéis de trabalho: Conhecimento de transporte nacional ... 62

4.5.12 Papéis de trabalho: Fatura proforma exportação ... 62

4.5.13 Papéis de trabalho: Fatura comercial exportação ... 63

4.5.14 Papéis de trabalho: Packing list exportação ... 65

(10)

4.5.16 Papéis de trabalho: Declaração de fabricação ... 67

4.5.17 Papéis de trabalho: Conhecimento de transporte nacional ... 68

4.5.18 Papéis de trabalho: Registro de exportação ... 68

4.5.19 Papéis de trabalho: Certificado de origem ... 69

4.5.20 Papéis de trabalho: Comprovante de exportação ... 70

4.5.21 Papéis de trabalho: SWIFT exportação ... 71

4.6 APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA ... 72

CONCLUSÃO ... 88

(11)

1 INTRODUÇÃO

A contabilidade é uma ciência social que estuda o patrimônio e as suas variações, ela é uma ferramenta muito importante para o controle das operações realizadas pelas empresas, fornecendo uma série de informações importantes para a tomada de decisões. De acordo com Basso (2011, p. 26), a contabilidade “[...] é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) [...]”.

Desta forma, surge a necessidade de que o profissional contábil possa auxiliar os gestores na tomada de decisões, já que a contabilidade fornece todos os dados necessários sobre o controle interno da organização, gerando informações que auxiliam os gestores para o alcance dos resultados desejados.

Existem diversos tipos de controles que a contabilidade oferece, dentre eles pode se citar a auditoria. Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 84), definem a auditoria como “[...] uma técnica contábil que visa a examinar fatos, documentos, procedimentos e instrumentos de controle e registros [...]”. Ela fornece aos gestores as informações necessárias para verificar se os processos internos da empresa estão ocorrendo conforme as leis vigentes e as normas internas da empresa.

Neste contexto, a auditoria operacional tem o propósito de verificar as inconformidades da empresa no presente, ou seja, ela apresenta a solução para a situação que já aconteceu, ou que está acontecendo, num espaço temporal presente passado. Contudo, a auditoria de gestão é utilizada para verificar as inconformidades da empresa, adequando as para o futuro, com o intuito de gerar resultados positivos, (GIL, 2000).

A auditoria operacional e de gestão são indispensáveis no controle interno, por intermédio das informações geradas por estes controles que as empresas garantem a fidedignidade das suas informações, para que os gestores possam tomar as decisões futuras com a segurança necessária.

Neste sentido, levando-se em consideração as técnicas de auditoria operacional, assim como os procedimentos de controles internos da organização, o presente estudo realizou uma auditoria operacional no setor de comércio exterior, verificando se os métodos utilizados pela empresa nas importações e exportações de equipamentos estão em conformidade com as leis e normas vigentes. Buscou-se na literatura a base conceitual para a realização da auditoria operacional e de gestão,

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assim como a identificação dos controles internos, a elaboração do programa de auditoria, a aplicação dos papeis de trabalho e a elaboração do relatório final de auditoria.

Desta forma, no primeiro capitulo deste estudo apresenta-se o tema de pesquisa, seguido da caracterização da empresa, a problematização do tema, os objetivos e a justificativa do assunto abordado.

No segundo capítulo consta o referencial teórico, que aborda as definições de auditoria, auditoria operacional, auditoria nos processos de importação e exportação, e demais definições relacionadas ao tema.

O terceiro capítulo trata da metodologia utilizada no desenvolvimento do estudo, classificando-se como uma pesquisa aplicada descritiva, de abordagem qualitativa, baseada nos procedimentos técnicos de pesquisa bibliográfica, análise documental e estudo de caso.

No quarto capítulo é apresentada a análise dos resultados, onde foi aplicada uma auditoria operacional no setor de comércio exterior em uma indústria que produz aparelhos para soldagem, sendo descrita todas as fases dos controles internos realizados pela empresa nos processos de importações e exportações, seguidos da elaboração do programa de auditoria, da aplicação dos papeis de trabalho, e a elaboração do relatório de auditoria, onde foi evidenciado as conclusões e considerações da auditora.

Por fim, o estudo apresenta a conclusão e relata as referências das obras, artigos e sites consultados na sua elaboração.

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA

A auditoria tem como finalidade verificar se os controles internos do setor estão sendo atendidos. Neste sentido Crepaldi (2002, p. 23) define a auditoria como “[...] o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade”.

Dentre os diversos tipos de auditoria, uma delas é a auditoria operacional, que pode ser aplicada em qualquer departamento de uma empresa, o seu principal objetivo é analisar se os processos realizados estão sendo seguidos corretamente, e assim determinar se a empresa possui eficiência e eficácia na utilização de seus recursos.

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De acordo com Araújo (2001, p. 20) sua finalidade é “[...]avaliar o desempenho e a eficácia das operações, os sistemas de informação e de organização, e os métodos de administração”.

Nesta linha, o estudo tem como tema a realização de uma auditoria operacional nos processos de importação e exportação de máquinas e componentes eletrônicos para solda.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A organização em estudo é uma empresa do setor privado localizada na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, que teve início em suas atividades em 1976, na época o seu principal ramo de atividade era a compra e venda de sucatas metálicas. Foi somente em 1983 que a empresa mudou o seu ramo de atividade e passou a produzir aparelhos para soldagem. Atualmente a empresa trabalha com a importação e exportação de seus produtos, além das vendas realizadas para todo o Brasil.

O Comercio exterior pode ser definido como uma atividade de troca de bens e serviços entre as nações, pois é uma transação de produtos em âmbito internacional, visando um retorno financeiro para os envolvidos no processo. Conforme Sousa (2010, p. 3) “o comércio internacional está presente em todos os setores de atividade, influenciando processos e fornecendo matérias-primas, tecnologia ou inteligência empresarial”.

O Brasil é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ, 2018) as exportações de máquinas e equipamentos somaram US$ 1,67 bilhão, no primeiro bimestre de 2018, com um aumento de 58,7% sobre o mesmo período do ano passado. Os principais países que realizaram a importação destes produtos foram a América Latina, Estados Unidos e Europa.

É nesse contexto que o estudo foi realizado, sendo que os principais fornecedores da empresa estudada são nacionais. Os insumos fornecidos por estes parceiros se classificam basicamente em matérias-primas do setor primário de aço. Os demais materiais são importados de países como China, Itália, Polônia e Estados

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Unidos da América (EUA), sendo em sua grande maioria, componentes eletrônicos que não possuem produção no território nacional.

Referente a produção, atualmente a empresa em estudo possui capacidade instalada para manufatura de 12.500 equipamentos por mês, possuindo em seu catálogo de produtos mais de 60 equipamentos do segmento de soldagem. Destaca-se que a organização possui tecnologia própria no deDestaca-senvolvimento e produção de seus equipamentos, caracterizando-se hoje como uma das únicas empresas da América Latina com este diferencial. As demais indústrias do segmento operam com tecnologia externa.

Com relação ao faturamento, atualmente o maior volume de vendas da organização estudada se encontra no mercado interno – 90%, atendendo a todos os Estados brasileiros, com destaque para o Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, que juntos correspondem a 60% do faturamento total no Brasil. Já as exportações, que correspondem a 10% do total faturado, estão direcionadas para os países da América Latina como Paraguai, Bolívia e Uruguai.

1.3 PROBLEMA

A auditoria é um instrumento de controle para as empresas sobre as atividades desenvolvidas pela mesma, sua finalidade é analisar se todos os processos executados estão sendo realizados de acordo com o que foi planejado e se está em conformidade com as normas e leis vigentes, ou ainda convergentes com as orientações operacionais da empresa.

Desta forma, Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 85), entendem que “a auditoria avalia a organização, os negócios e a situação da entidade examinada, para orientar a sua administração na melhoria de seus processos e procedimentos, com vistas a garantir a continuidade e crescimento dos negócios”.

Conforme Araújo (2001, p. 27), a auditoria operacional “[...] é a análise e avaliação do desempenho de uma organização, objetivando formular recomendações e comentários que contribuirão para melhorar os aspectos de economia, eficiência e eficácia”.

A auditoria operacional tem o propósito de ser corretiva e não punitiva, seu objetivo é identificar possíveis falhas informando aos gestores para que as mesmas possam ser corrigidas. Ela serve de assessoria para a empresa, pois possibilita a

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correção de possíveis falhas antes de uma auditoria externa punitiva. Neste sentido, Attie (2012) define auditoria operacional da seguinte forma:

A auditoria operacional, através de suas atividades de trabalho, serve a administração como meio de identificação de que todos os procedimentos internos e políticas definidos pela companhia, assim como os sistemas contábeis e de controle interno, estão sendo efetivamente seguidos e que as transações realizadas estão refletidas contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos, (ATTIE, 2012, p. 8).

É necessário que todos os profissionais envolvidos entendam que a auditoria é muito importante, ela avalia os aspectos positivos e negativos de uma operação, demonstrando quais os tópicos que devem ser melhorados e quais estão ocorrendo de acordo com o que foi planejado. Portanto, a auditoria pode ser vista como um processo educativo, que não busca os responsáveis pelas falhas, e sim questiona-se o porquê da não conformidade.

Quando uma auditoria é realizada, os gestores possuem todas as informações necessárias para melhorar os procedimentos na empresa, ela garantirá a qualidade nos processos, ajudando na identificação e no gerenciamento dos riscos, e também aprimorando os procedimentos internos, contribuindo assim para o desenvolvimento da empresa.

A auditoria interna funciona como uma ferramenta de gestão, seu objetivo é a análise dos controles internos da empresa. O auditor irá verificar se os procedimentos adotados pela empresa, oferecem proteção aos ativos da organização e segurança nas informações e dados de natureza gerencial. De acordo com Attie (1992, p. 197) “o controle interno se refere a procedimentos de organização adotados como planos permanentes da empresa”.

Sob o mesmo ponto de vista, a contabilidade gerencial avalia o nível dos controles internos da empresa, recomendando a elaboração ou a atualização dos procedimentos internos de prevenção. Ela também assessora os gestores, identificando a inexistência, carência, a inconformidade ou não dos controles internos. Neste sentido, a auditoria como forma de gestão faz uma revisão, avalia e emite uma opinião referente aos processos e os resultados exercidos em linhas de negócios no horizonte temporal presente/futuro. Ela verifica os planejamentos realizados, pesquisas em realização, os programas de qualidade em execução e também o desenvolvimento de novos produtos, ou seja, enquanto a auditoria operacional foca

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as suas recomendações para o presente, demonstrando as causas e consequências de uma situação, a auditoria de gestão passa por um processo de mudança ou de criação, onde os seus resultados são discutidos no presente para gerar resultados no futuro (GIL, 2000).

A auditoria operacional é de extrema importância nas organizações, e quando se trata dos processos de importação e exportação, ou seja, no comercio exterior, a ocorrência de erros nestes processos acarretam em sanções de ordem econômica e aduaneira, e quando identificados devem ser corrigidos imediatamente.

Nos procedimentos de importação e exportação é necessário possuir muita atenção na hora de executar os processos, pois o gerenciamento de informações acaba se tornando cansativo devido ao volume de documentação e a burocracia exigida nestes casos.

Baseado no exposto pelos autores, verifica-se a necessidade de avaliar se os controles internos existentes na empresa objeto de estudo, no que se refere aos processos de importação e exportação de máquinas e componentes eletrônicos estão sendo cumpridos de forma que não traga nenhuma ação para a empresa.

Desta forma, questiona-se: Qual o nível de aderência dos processos de importação e exportação da empresa em estudo em relação as normativas legais?

1.4 OBJETIVOS

Considerando o tema proposto, que pretende dar resposta a questão problema deste estudo, apresenta-se o objetivo geral e os objetivos específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Aplicar um programa de auditoria no setor de importação e exportação, para verificar se as operações estão ocorrendo em conformidade com as normas, controles internos e a legislação vigente, apontando a existência de possíveis inconformidades.

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1.4.2 Objetivos específicos

✓ Verificar na literatura a base conceitual de auditoria, auditoria operacional e auditoria de importação e exportação;

✓ Mapear o processo atual utilizado no setor de importação e exportação;

✓ Elaborar um programa de auditoria operacional nos processos de importação e exportação, aplicando os papeis de trabalho e apresentando o relatório final da auditoria realizada.

1.5 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

A escolha pelo tema de auditoria operacional visa aprofundar os conhecimentos sobre esta área, sendo que atualmente as empresas necessitam de um profissional que realize uma auditoria interna para detectar possíveis falhas, auxiliando assim os gestores na tomada de decisão, para que alcancem os objetivos esperados.

Para a organização, o estudo realizado pode servir como um instrumento de verificação se os processos de importação e exportação estão sendo realizados de maneira correta, seguindo as leis vigentes e normas internas da empresa, evitando desta forma, uma possível auditoria externa punitiva.

Para a universidade, assim como para o Curso de Ciências Contábeis e a comunidade em geral, este estudo fica disponibilizado para quem possuir interesse neste assunto e assim, aprofundar o seu conhecimento na área de auditoria operacional de importação e exportação.

Na condição de acadêmica e futura profissional de contabilidade, este estudo possibilitou colocar em pratica o conhecimento obtido em sala de aula durante a minha graduação em Ciências Contábeis, mas principalmente habilitou a autora do estudo a operar em um segmento extremamente carente de profissionais habilitados.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capitulo apresenta-se o referencial bibliográfico que possui o intuito de buscar na literatura o embasamento teórico sobre o assunto objeto deste estudo, sendo realizado por meio de pesquisas em livros, artigos, revistas, legislação e materiais disponíveis na internet, para compreender e aprofundar os conhecimentos a serem aplicados no estudo.

2.1 AUDITORIA

A auditoria é uma das áreas de atuação da contabilidade, é uma técnica que busca verificar a veracidade das informações apresentadas, examinando os fatos, procedimentos e os instrumentos de controle dentro de uma organização, assegurando aos usuários um maior grau de confiabilidade em suas demonstrações contábeis (BASSO; VIEIRA; BRIZOLLA, 2016).

Conforme Araújo (2001, p. 13) a auditoria é “[…] a comparação imparcial entre o fato concreto e o desejado, com o intuito de expressar uma opinião ou de emitir comentários, materializados em relatórios de auditoria”. Seguindo esta linha de raciocínio Crepaldi (2002, p. 23) afirma que a auditoria “[…] consiste em controlar as áreas-chaves nas empresas a fim de evitar fraudes, desfalques e subornos, por meio de testes regulares nos controles internos específicos de cada organização”.

A auditoria apresenta cada vez mais um papel importante dentro das organizações, em virtude da atual necessidade de acompanhar a evolução econômica para se adaptar às novas demandas do mercado. Sua função não é somente detectar erros e falhas, ela também serve como uma ferramenta de controle para os gestores, que tomam decisões a partir dos dados apresentados pelo auditor, criando uma estratégia que ajude a desenvolver os controles internos da empresa, para que consiga alcançar os seus objetivos (VIEIRA; TEIXEIRA; HANSEN, 2015).

É de extrema importância o uso da auditoria como ferramenta de controle interno nas empresas, ela não irá resolver todos os problemas encontrados, mas a sua implementação na avaliação das áreas de risco e nos controles existentes, visa diminuir consideravelmente os casos de fraudes e erros, preservando os interesses da organização, fornecendo informações com eficácia e fidedignidade, desta forma protegendo os seus recursos (PEREIRA; SANTOS; ROCHA, 2014).

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A auditoria possui diversas classificações, dentre elas podemos citar a auditoria interna e a externa, segundo Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 90), a auditoria interna “[...] é executada por contadores empregados da própria entidade [...] para assegurar a esta que está funcionando como deveria e se seus relatórios e informações estão corretos”. A auditoria interna proporciona uma rentabilidade e segurança sobre as operações realizadas na empresa, os seus resultados colaboram para a tomada de decisão dos gestores, além de contribuir para a preservação do patrimônio e a otimização dos resultados (MORAIS, 2008).

A auditoria externa de acordo com Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 90) é “[...] executada por profissionais contadores liberais e autônomos [...] mediante contrato de prestação de serviços, sem vínculo empregatício, para examinar seus registros, procedimentos e demonstrativos contábeis”. O auditor independente emite a sua opinião em relação a idoneidade dos dados apresentados pela empresa auditada, ao contrário da auditoria interna que serve para auxiliar os gestores, a auditoria externa pode vir a ser punitiva, se falhas forem encontradas nos processos da organização.

2.1.1 Controles internos

Os métodos e as medidas utilizados por uma organização com o intuito de proteger os seus ativos e os seus recursos financeiros é chamado de controle interno, é uma ferramenta que visa assegurar a eficiência e a eficácia nos registros apresentados pela empresa, tendo em vista garantir a continuidade das suas operações (VIEIRA, 2007).

De acordo com Crepaldi (2002, p. 213), o controle interno “[...] representa em uma organização os procedimentos, métodos ou rotinas cujos objetivos são proteger os ativos, produzir os dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa”. Conforme Attie (1992, p. 197) o controle interno “[...] compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis [...]”.

Para que os controles internos aconteçam dentro das organizações é necessário que a empresa possua um bom sistema de informação e que as suas normas e procedimentos sejam realizados. O controle interno envolve todos os departamentos e as suas atividades, oferecendo confiabilidade na apresentação das

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informações para a execução correta das suas tarefas, e também auxiliando os gestores a escolher o melhor método para a tomada de decisão (RESKE FILHO; JACQUES; MARIAN, 2005).

Devido à falta de um controle interno apropriado, algumas empresas acabam divulgando informações incorretas para a elaboração dos seus demonstrativos contábeis, não apresentando a realidade da organização, podendo levar os gestores a tomar decisões incorretas baseados nos dados indevidos (SILVA; RIOS, 2016).

O controle interno é executado dentro das organizações com intuito de ser preventivo, se executado corretamente, pode ser utilizado para a correção de eventuais falhas, e como instrumento fundamental para a gestão (RESKE FILHO; JACQUES; MARIAN, 2005).

2.1.2 Tipos de auditoria

A auditoria é um conjunto de ações que visa assegurar a confiabilidade e a fidedignidade das demonstrações contábeis, assegurando uma maior credibilidade as informações apresentadas, ela possui diversos tipos de segmentos, um deles é a auditoria de sistemas, conforme Lins (2012, p. 9), “[...] é fundamental que a auditoria de sistema efetue constantemente testes buscando possíveis falhas e discrepâncias, bem como novas tecnologias de segurança”.

A auditoria de sistemas compreende a avaliação dos processos, os sistemas, as atividades gerenciais, a segurança e integridade das informações apresentadas, ela é um importante aliado no planejamento e na tomada de decisão, é através dela que os gestores visualizam o uso dos recursos e os fluxos de informação que ocorrem dentro das organizações.

De acordo com Lins (2012, p. 9) a auditoria fiscal e tributária “[...] tem como principal objetivo a avaliação dos procedimentos fiscais e tributários utilizados pela empresa com o intuito de verificar o cumprimento das normas fiscais e tributárias de forma a inibir possíveis contingências futuras”. Ela realiza a análise e a revisão das obrigações fiscais e tributárias, para verificar se a empresa está em conformidade com a legislação vigente do seu negócio, é uma auditoria preventiva, que visa organizar a gestão das obrigações tributárias dentro da empresa.

A auditoria contábil de acordo com Lins (2012, p. 7) “[...] busca adequação, integração e equilíbrio entre a gestão de riscos operacionais e os controles internos”,

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o seu objetivo é analisar a fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis, referentes aos fatos que alteram o patrimônio. A auditoria de qualidade busca averiguar se os produtos ou serviços oferecidos pela empresa estão de acordo com os preceitos estabelecidas pela própria organização, além de verificar se os mesmos estão de acordo com as normas externas. Na visão de Lins (2012, p. 9) a auditoria de qualidade é “[...] um processo sistemático e documentado visando identificar possíveis problemas (riscos) e a oportunidade de melhorias relacionadas direta ou indiretamente a melhoria da qualidade dos produtos [...]”.

De acordo com Imoniana (2001, p. 47) a auditoria ambiental é representada “[...] pelos trabalhos de avaliação de recursos, utilizados pelas atividades de desenvolvimento, com o propósito de controle, preservação e recuperação do meio ambiente”. Ela serve para examinar a conduta ambiental da empresa e os seus impactos no meio ambiente, pode ser usada como uma ferramenta pelos gestores, para que os mesmos consigam identificar a degradação ambiental que a empresa está causando no ambiente em que está inserida.

Dentre os diversos tipos de auditoria, podemos citar a auditoria operacional que é o objeto deste estudo, sua finalidade é analisar o funcionamento da empresa, emitindo um parecer com os resultados obtidos, apresentando soluções para uma maior eficiência e eficácia na empresa. De acordo com Lins (2012, p. 8) o objetivo da auditoria operacional é “[...] a análise das atividades operacionais visando avaliar, e se necessário corrigir, a relação custo-benefício, entre os recursos demandados pela empresa e a sua aplicação de maneira eficiente [...]”.

2.2 AUDITORIA OPERACIONAL

A auditoria possui diversas ramificações e uma delas é a auditoria operacional, que pode ser definida como um mecanismo de controle, que visa identificar o desempenho das organizações, possuindo a eficiência como um conceito central (ALMEIDA, 2012).

A auditoria operacional apresenta uma série de procedimentos com o propósito de verificar as operações realizadas pelas organizações, ela faz uma análise sobre as técnicas utilizadas nos controles internos da empresa, a fim de avaliar a sua economia, efetividade, eficiência e eficácia (RESKE FILHO; JACQUES; MARIAN, 2005; OLIVEIRA, 2008).

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De acordo com Araújo (2001, p. 20) a auditoria operacional “[...] objetiva avaliar o desempenho e a eficácia das operações, os sistemas de informação e de organização, e os métodos de administração; [...] a adequação e a oportunidade das decisões estratégicas”. Ela serve como uma ferramenta de controle dentro das empresas, verificando se os seus processos internos estão em conformidade com as leis e regulamentos, detectando possíveis falhas nos processos internos, evitando uma possível punição, quando realizada uma auditoria externa.

Conforme Dias (2011) a auditoria operacional:

Assessora a alta administração, no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidade, avaliando se as áreas, as atividades, os sistemas, as funções e as operações estão atingindo os objetivos organizacionais e gerenciais com eficácia, atentando para os recursos (financeiros, materiais, humanos e tecnológicos), bem como para a observância às leis e aos regulamentos aplicáveis e para manutenção da devida segurança (DIAS, 2011, p. 32).

A auditoria operacional é um método de controle, que busca verificar a coerência das informações apresentadas nos controles internos das organizações, é um instrumento fundamental que auxilia os gestores, verificando se a empresa está atingindo os resultados esperados, identificando os desperdícios, os desvios e os aspectos de ineficiência dentro da organização, (BRITTO, 2014).

Quando necessário, a auditoria busca informações externas ligadas as operações da entidade para comprovar a veracidade e a legitimidade das transações e respectivos registros como: bancos, clientes, fornecedores e outras fontes, direta ou indiretamente a ela ligadas (BASSO; VIEIRA; BRIZOLLA, 2016, p. 86).

Baseado no exposto pelos autores, é possível verificar que a auditoria operacional gera resultados positivos para a empresa, ela atua como um meio preventivo, pois avalia e analisa todos os processos executados, identificando onde a empresa possui êxito e onde precisa melhorar, para que consiga alcançar todos os resultados esperados.

2.2.1 Planejamento e programa de auditoria

O planejamento de auditoria é a primeira etapa a ser seguida pelo auditor antes de iniciar os demais procedimentos, é por meio dele que o auditor irá verificar as

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informações necessárias para iniciar o programa de auditoria na empresa, definindo o que deve ser feito, de que forma e em que sequência. De acordo com Lima (2003, p. 44) o auditor deverá “[...] desenvolver e documentar um planejamento global de auditoria para estabelecer o alcance dos trabalhos”.

O planejamento da auditoria é a etapa do trabalho no qual o auditor independente estabelece a estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada, elaborando-o a partir da contratação dos serviços, estabelecendo o alcance, a época e a direção da auditora, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria de modo que possa desempenhar um trabalho eficiente e eficaz, (LINS, 2012, p. 209).

O principal objetivo do planejamento de auditoria é de que todos os procedimentos aconteçam dentro do prazo estabelecido. A falta de um planejamento bem elaborado, pode ocasionar o não cumprimento dos prazos estabelecidos para a execução do trabalho, sobrecarga de serviço e retrabalho para os auditores.

O programa de auditoria pode ser definido como um papel de trabalho, segundo Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 146) “Todo o trabalho de auditoria deve ser precedido de um plano de trabalho, que se consistirá no primeiro papel de trabalho de auditoria, contendo os elementos orientadores das ações a serem realizadas na busca das provas auditorias”.

De acordo com Crepaldi (2002, p. 326), “O programa de auditoria consiste em plano de trabalho para exame de área específica. Ele prevê os procedimentos que deverão ser aplicados para que se possa alcançar o resultado desejado”. O programa de auditoria é um plano de conduta, com o objetivo de fornecer ao auditor as diretrizes fundamentais para a execução do seu trabalho. Seguindo esta linha de raciocínio Araújo (2001, p. 97) define que “o programa de auditoria é o instrumento que fornece ao auditor que irá executar os trabalhos os passos específicos a serem seguidos de acordo com o plano de auditoria”.

Levando-se em consideração os conceitos e definições pesquisados, entende-se que o planejamento e o programa de auditoria são a definição do roteiro de procedimentos, que visa orientar o auditor durante a execução da auditoria.

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2.2.2 Papeis de trabalho

Os papeis de trabalho de auditoria são elaborados pelo auditor, servem para registrar as informações coletadas durante a realização dos exames. De acordo com Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 140) os papeis de trabalho são “[...]instrumentos destinados ao registro de dados e informações sobre os objetos de exames auditoriais, servindo de base para relatórios e fundamentos para a opinião do auditor”.

Os papéis de trabalho formam o conjunto de formulários e documentos que contêm as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações; constituem a evidência do trabalho executado e fundamento de sua opinião (ATTIE, 2012, p. 170).

O auditor pode utilizar os documentos de controle interno fornecidos pela empresa auditada, desde que a sua forma de elaboração e o seu conteúdo sejam satisfatórios, conforme Araújo (2001, p. 98) “denominam-se papeis de trabalho não só as análises elaboradas, mas também qualquer documento obtido pelo auditor que constitua evidencia de um exame realizado”.

Os documentos coletados ou elaborados pelo auditor, vão servir para esclarecimento dos comentários emitidos no relatório de auditoria, justificando em quais dados o auditor se baseou para elaborar a sua opinião profissional (Araújo, 2001).

Conforme Basso, Vieira e Brizolla (2016, p. 155), “O auditor deve registrar nos seus papeis de trabalho informações relativas ao planejamento de auditoria, a natureza, oportunidade, e extensão dos procedimentos aplicados, os resultados obtidos e suas conclusões da evidencia da auditoria”. Os papeis de trabalho devem ser redigidos de forma clara e sucinta, conforme Araújo (2001), devem constar nos papeis de trabalho:

Cabeçalho, com identificação dos auditores, identificação do auditado e identificação da área auditada; referência para indexação; data de realização do trabalho; assinatura do responsável pela elaboração; assinatura do responsável pela revisão; título da área; objetivo do papel de trabalho (ARAÚJO, 2001, p. 102).

Os papeis de trabalho devem ser padronizados para facilitar o entendimento dos seus usuários, é nos papéis de trabalho que o auditor irá efetuar o registro das

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informações referentes ao planejamento da auditoria, aos resultados obtidos e as suas conclusões (LIMA, 2003).

Para assegurar que os trabalhos foram planejados, supervisionados e executados, atendendo a necessidade de qualidade, conforme as normas de auditoria geralmente aceitas, os papeis de trabalho devem ser preparados, tendo-se em mente que outra pessoa não teve participação direta no trabalho, possa efetuar neles uma revisão, para determinar se o serviço feito foi adequado e efetivo, numa extensão suficiente para poder chegar a uma conclusão (IMONIANA, 2001, p. 119).

Baseado no exposto pelos autores pesquisados, entende-se que os papeis de trabalho reúnem as informações necessárias que compõem as evidencias do exame realizado, servindo como base na elaboração do relatório de auditoria.

2.2.3 Relatório da auditoria operacional

A última etapa no processo de auditoria é a emissão do relatório, onde o auditor apresentara a sua opinião baseado nos papeis de trabalho elaborados. De acordo com Araújo (2001, p. 107) “O relatório de auditoria é a fase final do processo auditorial e consiste numa narração ou descrição ordenada e minuciosa dos fatos que foram constatados, com base em evidencia concreta, durante os exames de auditoria operacional”.

O relatório é o produto do trabalho realizado e é por ele que o auditor informa as pessoas sobre o trabalho que realizou, o alcance abrangido pelo trabalho, a forma como o elaborou e as conclusões a que chegou, que ao final culminarão com sua opinião no parecer (relatório sintético) sobre o objetivo da auditoria, em geral as demonstrações contábeis ou outras peças examinadas (BASSO; VIEIRA; BRIZOLLA, 2016, p. 332).

Conforme Attie (2012, p. 253), “O relatório de auditoria constitui a forma pela qual o auditor leva à administração o produto do seu trabalho. É através dele que a auditoria evidencia o serviço realizado mostrando à organização suas ideias, pontos de vista e sugestões”. De acordo com Araújo (2001, p. 108) “esse relatório ajuda os leitores e interessados, sejam eles do próprio órgão de controle ou da entidade auditada, a avaliar as operações ocorridas no período examinado”.

O relatório de auditoria expõe os fundamentos do julgamento profissional da pessoa do auditor de forma conclusiva, em que são descritos os fatos de maior importância, denominados achados ou pontos da auditoria,

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constatados durante o curso dos trabalhos de auditoria e dadas as recomendações para solucionar os problemas detectados. Tais recomendações devem ser construtivas, visando melhoria dos procedimentos de controles internos, redução dos custos, aumento da economia e eficiência operacional. Adicionalmente, as recomendações possibilitam eficácia na execução das tarefas dia-a-dia e otimização dos recursos, melhoria e aprimoramento das tecnologias gerenciais, qualidade e segurança das informações, (IMONIANA, 2001, p. 269).

Baseado nos conceitos pesquisados, pode-se definir o relatório de auditoria como a última etapa em um processo de auditoria, onde o auditor expõe os resultados encontrados, as suas conclusões, opiniões e recomendações, baseado nas evidências encontradas durante o a realização da auditoria.

2.3 PROCESSOS DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

O comércio exterior pode ser definido como uma atividade de troca de bens e serviços entre as nações, com o propósito de gerar um retorno financeiro para os envolvidos no processo. Behrends (2006, p. 25) define comercio exterior como “[...] uma atividade dinâmica e requer uma constante atualização no planejamento estratégico e, consequentemente, do planejamento operacional das empresas”.

“O comércio internacional é uma estrada de duas mãos – exportação e importação – e, nesta época em que vivemos, a capacidade de trabalhar nos dois sentidos é cada vez mais importante a consolidação das economias e ao desenvolvimento das empresas”, (SOUZA, 2010; p. 2).

Quando um país vende um bem ou serviço para outro, a sua operação é chamada de exportação, e quando compra de outro país a sua operação é chamada de importação. O avanço industrial, os transportes, a globalização e o surgimento de novas multinacionais contribuíram para o crescimento do comercio exterior, ele determina os resultados da balança comercial, que demonstra os valores recebidos pelas exportações, menos os valores pagos pelas importações, gerando uma balança superavitária se as exportações forem maiores que as importações, ou gera uma balança deficitária, quando a quantidade importada é maior que a exportada.

Para que a pessoa jurídica possa realizar as operações referentes ao comércio exterior, deverá efetuar um cadastro no Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros – RADAR, é o sistema da Receita Federal que permite que as empresas efetuem operações de importação e exportação, sem possuir o registro

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no Radar, a empresa fica impossibilitada de utilizar o Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex, e consequentemente não consegue realizar nenhuma operação de comércio exterior.

De acordo com a Receita Federal o Siscomex, é um sistema informatizado que possibilita a integração das atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, através de um fluxo único e informatizado de dados. O Siscomex possibilita a integração das atividades de todos os órgãos gestores do comércio exterior, que são responsáveis pela administração, manutenção e aprimoramento do sistema dentro de suas áreas de competência, são eles a Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB e a Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, os anuentes que são os responsáveis pelo autorização do processo de importação e exportação de determinados bens, como por exemplo o Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura, dentre outros, também contribuem com o fluxo de informações no sistema.

Os principais usuários do Siscomex são a Aduana: auditores fiscais e analistas tributários da RFB e outros servidores aduaneiros, a Secex, Banco Central - Bacen e anuentes que atuam no controle administrativo e cambial, o importador, o depositário que é responsável pelo Recinto Alfandegado e as cargas sob controle aduaneiro e o transportador de cargas do percurso internacional e/ou transportador de trânsito aduaneiro.

Com e entrada em vigor do sistema Siscomex, foram eliminados vários formulários e outros documentos, o processo de despacho aduaneiro foi desburocratizado e passou a ser tratado em forma de fluxo informatizado, ganhando transparência, agilidade, confiabilidade, rápido acesso a informações estatísticas e redução de custos (SOUZA, 2010, p. 11).

Os processos de importação e exportação, devem seguir todos os procedimentos exigidos pelas autoridades para a entrada e a saída de mercadorias do país, os quais na figura 1 estão descritos todos os processos necessários para que estas operações aconteçam.

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Figura 1 - Processo de importação

Fonte: Receita Federal (2015)

O fluxograma de importação, destaca as principais fases administrativas e fiscais referentes ao processo de importação de mercadorias para o Brasil, respeitando todas as leis e normas vigentes da Receita Federal, envolvendo as atividades de licenciamento, controle de carga, registro da declaração de importação, análise dos documentos, desembaraço aduaneiro e a entrega da mercadoria.

O fluxograma de exportação, apresenta todo o processo que ocorre durante as vendas de mercadorias para fora do país, conforme descritos na figura 2.

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Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) a empresa que deseja realizar importações e exportações, deve definir primeiramente qual será o produto a ser importado, identificando o fornecedor que possui a melhor condição para atender a sua demanda. Após definido o produto e o fornecedor, a empresa precisa verificar a classificação fiscal (Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM) do produto, identificando desta forma os impostos que incidirão sobre a importação.

Logo após definido o produto, fornecedor e verificado o NCM, o importador e o exportador irão negociar o acordo comercial através do Incoterms (International

Commercial Terms), que são os termos internacionais de comércio, que definem os

direitos e obrigações do importador e do exportador, os incoterms possuem como objetivo o entendimento entre o vendedor e o comprador referente aos procedimentos fundamentais para o deslocamento da mercadoria do seu país de origem até o seu destino (BEHRENDES, 2006).

Após efetuado o acordo comercial, o fornecedor emite a Fatura Proforma, que é semelhante ao orçamento interno, formalizando o pedido de compra. De acordo com Behrendes (2006) a fatura proforma deve conter:

Figura 2 -Processo de exportação

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Nome do importador, número da fatura proforma, marcas do exportador – as mesmas que constarão nas embalagens, condições de pagamento, porto/local de embarque, via de transporte, porto/local de destino, número de caixas ou volumes, peso líquido/peso bruto, dimensões – cubagem, quantidade de cada item, classificação fiscal, preço unitário – em moeda estrangeira, preço total – também em moeda estrangeira (BEHRENDS, 2006, p. 126).

O importador verifica se os dados contidos na fatura proforma estão de acordo com a negociação, e então irá autorizar o exportador a emitir a Fatura Comercial, que possui os mesmos dados da fatura proforma, porém a sua importância é semelhante a nota fiscal no Brasil. Conforme Behrendes (2006, p. 127) a fatura comercial “É um documento básico de uma transação comercial e de reconhecimento e exigência internacionais”.

De acordo com a Receita Federal as entradas e saídas de moeda estrangeira referente ao pagamento e recebimento das exportações deve ser realizado através da liquidação do contrato de câmbio em banco autorizado a operar no mercado de câmbio. Conforme Behrends (2006, p. 150) “No Brasil, toda entrada e saída de moeda estrangeira passa por um registro de controle cambial. A moeda estrangeira que é comprada ou vendida deve, obrigatoriamente, transitar por um banco devidamente autorizado a operar em câmbio”.

Na importação o pagamento é realizado de acordo com a conformidade dos dados constantes na Declaração de Importação (DI) registrada no Siscomex ou na documentação da operação comercial, no caso de ainda não estar disponível a DI, a liquidação do contrato de câmbio na exportação acontece mediante a entrega da moeda estrangeira ou do documento que a represente ao banco com o qual tenha sido celebrado o contrato de câmbio. A DI é um documento onde são apresentadas as informações correspondentes a importação, contendo dados de natureza comercial, fiscal e cambial sobre as mercadorias.

O importador deve consultar se a importação está sujeita a licenciamento, se for obrigatória a Licença de Importação (LI), será necessário verificar qual órgão do governo é responsável pela anuência da licença, após solicitada a licença o importador deverá aguardar a anuência do órgão do governo e registrar a LI no Siscomex. Se a operação for dispensada de LI, o importador deve somente registrar a DI no Siscomex quando a mercadoria entrar em território nacional. Quando a licença de importação é necessária, no momento em que a mercadoria chegar no Brasil, entra

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automaticamente em canal vermelho, na parametrização da Receita Federal (BEHRENDS; 2006; SOUSA; 2010).

Os canais de parametrização são uma forma de análise criados pela Secretaria da Receita Federal, através do despacho aduaneiro, após o registro da declaração de importação ela é submetida a uma análise fiscal e é selecionado um dos canais de conferencia. Conforme a Receita Federal existe quatro canais de parametrização:

Verde: O sistema registra o desembaraço automático da mercadoria e dispensa o exame documental e a verificação física da mercadoria.

Amarelo: É realizado o exame documental, e não sendo encontrada nenhuma irregularidade, é efetuado o desembaraço aduaneiro, sendo dispensada a verificação física da mercadoria.

Vermelho: A mercadoria somente é desembaraçada após a realização do exame documental e a vistoria física da mercadoria.

Cinza: é realizado o exame documental, a vistoria física e é aplicado um procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar indícios de fraude.

Quando a mercadoria chega no Brasil, é confirmada a presença de carga, e a DI é registrada no Siscomex, e é iniciado o processo de desembaraço aduaneiro, liberação realizada pela alfândega quanto à entrada ou saída de mercadorias do país, juntamente com a mercadoria é obrigatório constar a fatura comercial, o packing list (romaneio de carga), onde consta as informações referente a embalagens e pesos, também é necessário constar os documentos de conhecimento de carga, que são referentes ao embarque da mercadoria, o conhecimento de carga recebe denominações específicas em função da via de transporte: CRT - Carta de porte internacional (Rodoviário), TIF - Conhecimento de transporte de mercadorias por ferrovia (Ferroviário), BL - Bill of Lading (Marítimo) ou AWB - Air Waybill (Aéreo) (BEHRENDS; 2006; SOUSA; 2010).

Após a conclusão da conferência aduaneira, se a importação for liberada, a empresa emite a nota fiscal de importação e efetua o pagamento dos impostos para que a mercadoria possa transitar da aduana até o destino.

Para as exportações, os documentos que devem acompanhar a mercadoria são os mesmos da importação, incluindo o certificado de origem, que é um documento onde é atestado a origem da mercadoria do país exportador, para as importações, o Brasil não exige o certificado de origem. No lugar da DI é emitido a declaração única de exportação (DUE), onde constam as informações de natureza aduaneira,

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administrativa, comercial, financeira, tributária, fiscal e logística, que representam a operação de exportação dos bens por ela amparados.

2.3.1 Legislação sobre importação e exportação de equipamentos

Para instigar as empresas a realizar operações de comércio exterior, o governo criou alguns programas e projetos de incentivos fiscais, seguindo a prática mundial e a busca pela desoneração dos tributos indiretos sobre as exportações, para que a empresa exportadora consiga competir no mercado internacional (MDIC, 2017).

De acordo com o Art. 155, § 2º, X, “a”, da Constituição Federal (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) o Imposto Sobre Circulação De Mercadorias e Serviços - ICMS não incide “[…] sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores”.

O Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI, conforme o Art. 153, § 3º, III, da Constituição Federal “[…] não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior […]”, o Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, conforme o Art. 149, § 2º, I, da Constituição Federal “ […] não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação[...]”.

No momento em que a mercadoria chega no Brasil e é registrada a DI no Siscomex ocorre a incidência dos impostos devidos pela empresa, Imposto de Importação (II), IPI, PIS, COFINS e ICMS. O que interfere nos valores dos impostos que a empresa deve pagar é a concorrência nacional, quanto mais forte for o mercado interno, mais alto será o imposto, isto acontece para evitar que os empresários importem produtos que são fortes no mercado nacional, se o produto importado não possuir forte concorrência nacional, os impostos serão mais baixos.

De acordo com o Art. 155, IX, “a” da Constituição Federal, o ICMS incidira “[…] sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, […] qualquer que seja a sua finalidade [...]”. Conforme a Lei 10.865/2004, a incidência das contribuições para o PIS/PASEP e da COFINS ocorrem quando “Executados no exterior, cujo resultado se verifique no País”. De acordo com o art. 46, I, do CTN são obrigados ao pagamento do IPI o importador, em relação ao fato

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gerador decorrente do “desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira”.

O imposto de importação incide sobre a importação de produtos estrangeiros, e varia de acordo com o país de origem das mercadorias e as características do produto, a sua base de cálculo é o valor aduaneiro e a alíquota que está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC). No site da Receita Federal é possível acessar o Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações, onde o importador, por meio da classificação fiscal do produto poderá identificar os impostos e as alíquotas devidas na importação.

Figura 3 - Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações

Fonte: Receita Federal (2018)

Para simular o tratamento tributário e administrativo das importações, é necessário informar o código de NCM, o valor aduaneiro e a moeda correspondente ao valor aduaneiro informado.

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Por intermédio do simulador é possível obter as informações referentes ao tratamento tributário das importações, verificando as alíquotas vigentes dos tributos que incidem sobre determinado produto a ser importado, com base nos dados fornecidos no momento em que a consulta é efetuada.

Figura 4 - Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações

Figura 5 - Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações. Fonte: Receita Federal (2018)

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Neste simulador também é possível consultar os controles administrativos que a importação está sujeita, se ela possui restrições ou proibições, e quais os órgãos ou agencias da administração pública federal são responsáveis por estes controles. A simulação é realizada conforme a legislação vigente no momento da consulta, podendo variar suas alíquotas e a taxa de cambio no momento do registro da declaração de importação.

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3 METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia é um conjunto de procedimentos que guiam uma investigação científica, ela determina qual é o método mais adequado para se utilizar durante a execução da pesquisa e quais resultados podem ser obtidos de uma pesquisa e como estes podem ser interpretados.

A pesquisa pode ser definida como um procedimento que tem como objetivo apresentar as respostas aos problemas que foram expostos, ela é necessária quando as informações não são suficientes para responder o problema em questão, ou quando os seus dados não são claros o suficiente (GIL, 2002).

A metodologia é uma forma de guiar a pesquisa, segundo Andrade (2003, p. 129) a metodologia “é o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca pelo conhecimento”. Neste contexto, apresenta-se a classificação da pesquisa.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa é um procedimento formal e sistemático de desenvolvimento do método científico, o seu objetivo é buscar uma resposta ou uma solução dos problemas existentes, utilizando os procedimentos científicos. Aplicando a metodologia cientifica, é possível construir novos conhecimentos na área estudada, a pesquisa pode ocorrer devido a razões intelectuais, ou para analisar os resultados obtidos durante a investigação do problema (LAKATOS; MARCONI, 2002 e GIL, 2008). Adicionalmente, o rigor metodológico adotado pelo pesquisador é que irá garantir o caráter científico dos resultados, seja uma pesquisa de cunho positivista ou humanista.

Seguindo esta linha raciocínio, é possível definir que cada tipo de pesquisa possui as suas particularidades, porém é necessário apresentar em todos os tipos de pesquisa quanto a sua natureza, seus objetivos, a pesquisa quanto aos procedimentos e a pesquisa quanto à abordagem do problema (GIL, 2002).

Do ponto de vista de sua natureza, a pesquisa se classifica como aplicada, seu objetivo é entender a natureza do problema, investigando, demonstrando ou rejeitando as explicações sugeridas pelos modelos teóricos, gerando desta forma, potenciais soluções para o problema em questão (ZAMBERLAN et al., 2014 e RUIZ, 2013). Conforme Andrade (2003, p. 122) a pesquisa aplicada “visa às aplicações

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práticas, com o objetivo de atender às exigências da vida moderna. Nesse caso, sendo o objetivo contribuir para fins práticos, pela busca de soluções para problemas concretos”.

Quanto aos objetivos a pesquisa é classificada como descritiva, analisando os controles internos da empresa, descrevendo o passo a passo realizado no seu desenvolvimento e se for o caso, relatando alguma inconsistência nos seus controles. Conforme Gil (2002, p. 42) “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Neste sentido Gressler (2003) define pesquisa descritiva da seguinte forma:

A pesquisa descritiva é usada para descrever fenômenos existentes, situações presentes e eventos, identificar problemas e justificar condições, comparar e avaliar o que os outros estão desenvolvendo em situações e problemas similares, visando aclarar situações para futuros planos e decisões. Não procura, necessariamente, explicar relações ou testar hipóteses provando causa e efeito, (GRESSLER, 2003, p. 54).

Neste sentido, o presente estudo é descritivo, visto que identificou e analisou o problema, comparando, avaliando e relatando com base nos procedimentos e técnicas de auditoria operacional nos processos de importação e exportação.

A pesquisa quanto a forma de abordagem do problema, se classifica como qualitativa, obtendo resultados aprofundados referente ao tema em estudo, levando-se em consideração cada parte das situações aprelevando-sentadas, suas interações e influências, sem o propósito de induzir informações substanciais nela. Pode-se utilizar de depoimentos, estudo de caso, entrevistas, dentre outros, para se realizar a pesquisa descritiva (GRESSLER, 2003).

Neste sentido, este estudo é qualitativo em função de que não se preocupa com a representatividade numérica, ele abrange a análise dos controles internos do setor de comércio exterior, para análise dos resultados, utilizando-se das técnicas de auditoria operacional.

Quanto aos procedimentos técnicos, o presente estudo é classificado como uma pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso. A pesquisa bibliográfica conforme Gil (2002, p. 44) “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Para Lakatos e Marconi (2003, p. 183) a pesquisa bibliográfica “não é mera repetição do que já foi dito ou

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escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”. De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 174) “[...] a característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”. Conforme Gil (2002, p. 46) “[...] na pesquisa documental, as fontes são muito mais diversificadas e dispersas”.

Conforme Beuren et al; (2004, p. 84) “a pesquisa do tipo estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. Esse estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos a respeito de determinado caso específico. De acordo com Gil (2002, p. 54) o estudo de caso “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento [...]”.

Baseado nos conceitos apresentados pelos autores, o presente estudo caracteriza-se como pesquisa bibliográfica, em virtude da pesquisa ter sido elaborada com base em livros, leis, legislações, revistas, sites da internet e artigos; como pesquisa documental, com base nos documentos fornecidos pela organização, tais como: Notas fiscais, relatórios, demonstrativos contábeis, dentre outros; e estudo de caso, no qual foi elaborado um estudo aprofundado no setor de comércio exterior, ou seja os processos de importação e exportação de equipamentos.

3.2 COLETA DOS DADOS

Nas pesquisas em geral, são utilizados diversos procedimentos metodológicos que são necessários ou apropriados para determinada situação. Na maioria dos casos, utiliza-se a combinação de dois ou mais tipos, o que vem a se configurar na triangulação da coleta de dados (ZAMBERLAN et al., 2014). Durante o processo de investigação, deve-se apurar a situação em que o problema foi constatado, é necessário realizar a verificação das informações disponíveis, e buscar as informações que são necessárias e não estão disponíveis para a solução do problema, por meio da aplicação do instrumento de coleta (GRESSLER, 2003).

De acordo com Gressler (2003, p. 182) “é importante ser determinado o período para a coleta dos dados para que se tenha as informações em tempo hábil, de forma que as decisões de reformulação e continuidade possam ser tomadas pelos sujeitos envolvidos no estudo em questão”.

Referências

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