• Nenhum resultado encontrado

flaviapaulucci

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "flaviapaulucci"

Copied!
95
0
0

Texto

(1)FLÁVIA PAOLUCCI RIBEIRO. COMUNICAÇÃO E LIDERANÇA: FATORES QUE INFLUENCIAM A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Comunicações e Artes Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo Curso de Pós-Graduação Lato Sensu de Especialização em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas. São Paulo, 2006.

(2)

(3)

(4) FLÁVIA PAOLUCCI RIBEIRO. COMUNICAÇÃO E LIDERANÇA: FATORES QUE INFLUENCIAM A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO. Monografia apresentada ao Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em cumprimento parcial às exigências do Curso de Pós-Graduação Latu Sensu, para obtenção do título de Especialista em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas, sob a orientação da Profa. Dra. Sidinéia Gomes de Freitas.. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola de Comunicações e Artes. São Paulo, 2006.

(5)

(6) Banca Examinadora. Profª Drª Sidinéia Gomes Freitas Profª Drª Margarida Maria Krohling Kunsch Profª Ms. Isolda Cremonine.

(7) Dedicatória. À minha querida mãe Helena que, por meio de sua força, beleza, determinação e amor incansáveis, tem tanto me motivado e inspirado na busca de meus ideais e sonhos. À minha amada irmã Maria Lúcia e cunhado Magnus por estarem sempre presentes e me apoiando em cada desafio de minha vida..

(8) Agradecimentos. À Prof. Dra. Sidinéia Gomes Freitas, pela preciosa orientação, incentivo e motivação para que concluísse este trabalho. Foi um prazer enorme e privilégio ter desfrutado de sua sabedoria e conhecimento no campo da Comunicação. À Rosangela Zomignan, pelas palavras de incentivo e por me ouvir em momentos desafiadores durante minha passagem pelo GESTCORP. À Patrícia Flávia Torres de Melo, pela sua grande força e incentivo tanto na minha vida acadêmica quanto profissional. Sou eternamente grata! À minha amiga e jornalista Regina Boratto, pela imensa ajuda e revisões na elaboração deste trabalho. À Valeria Martinez Baptista, por demonstrar o verdadeiro exemplo de liderança com muita competência e humildade e por me dar a oportunidade de trabalhar ao seu lado. Aos colegas de trabalho (antigos e atuais) do British Council e British Consulate General por me motivarem tanto em meu ambiente de trabalho, entre eles Rosane, Sandra, Rozanne, Cecilia, Liliane, Anthea, Malu, Karen, Sammy, Kogan, Tadeu, João, Nilton, Michelle, Erika, Rosangela, Denise e Sueli. Às minhas amadas irmãs em Cristo, Eloá, Rosário e Yara, pelas orações que tanto me iluminaram e inspiraram em cada linha desta monografia. Aos meus queridos irmãos Reinaldo, Paulo, Carlos, Alexandre, Daniel e cunhadas, Sandra, Fabíola, Cristina, Flávia e Cláudia e todos os meus sobrinhos por todo o amor e torcida nos meus desafios. Ao meu Senhor Jesus Cristo, por me iluminar em cada linha deste trabalho e, acima de tudo, por estar sempre presente comigo nesta jornada que é a vida..

(9) SUMÁRIO Resumo Introdução..........................................................................................................................................1 1. Revisão da Literatura....................................................................................................................5 1.1. Comunicação...........................................................................................................5 1.1.1 O Processo e o Efeito ..................................................................................5 1.1.2 Modelos Teóricos...........................................................................................8 1.1.2.1 Modelo de Lasswell.......................................................................9 1.1.2.2 Modelo de Schramm....................................................................11 1.1.2.3 Escola de Frankfurt.....................................................................11 1.1.2.4 Cultural Studies...........................................................................12 1.1.2.5 Modelo de Paul Lazarsfeld..........................................................13. 1.2. As Influências das Teorias e Paradigmas da Modernidade e Pós-modernidade na Comunicação....................................................................................................14. 1.3. A Comunicação nas Organizações......................................................................19 1.3.1 Cultura Organizacional................................................................................23. 2. Organizações............................................................................................................................27 2.1. Teorias Gerais da Administração e Seus Efeitos nas Organizações...............27 2.1.1. O modelo funcionalista de Frederick Taylor..........................................27. 2.1.2. O modelo funcionalista de Henry Fayol.................................................29. 2.1.3. Teoria das Relações Humanas ...............................................................32 2.1.3 1 A Experiência de Hawthorne........................................................33 2.1.3.2 Decorrência da Teoria das Relações Humanas.........................38. 3. Motivação .................................................................................................................................40 3.1. Teorias da Motivação............................................................................................45 3.1.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow..................................45 3.1.2 Teoria dos Dois Fatores de Herzberg.........................................................47 3.1.3 Teoria ERG de Alderfer................................................................................50 3.1.4 Teoria X e Teoria Y de McGregor................................................................51. 3.2. A Comunicação Organizacional como Fator Motivacional..............................53. 3.3. Liderança e Motivação.........................................................................................57. 4. Liderança..................................................................................................................................63 4.1. Liderança nas Organizações................................................................................64. 4.2. Estilos de Liderança..............................................................................................66. 4.3. Liderança e Comunicação....................................................................................69. 4.4. Liderança, Comunicação e Poder........................................................................74. Conclusões Finais..........................................................................................................................79 Referências Bibliográficas.............................................................................................................81.

(10) RESUMO. Muitas são as necessidades do ser humano, desde àquelas básicas, como comer, beber, dormir, até àquelas que enriquecem seu interior. A busca pelas realizações de cada pessoa tem como combustível fundamental a motivação. Se isto é uma evidência, segundo inúmeras pesquisas, as organizações, povoadas por este “homem social”, têm que se atinar que não está lidando com uma mera máquina. Os líderes destas organizações precisam incorporar esta concepção ao seu árduo desejo de aumentar a produtividade e lucratividade das empresas que representam. E para isso, é mister a utilização de uma comunicação eficaz que envolva, sobretudo, palavras que sejam expressas com dignidade e respeito – que vão muito além do conhecimento técnico que possa ser atribuído a um líder. As bases teóricas contidas neste trabalho visam expor os processos e efeitos da Comunicação, as variáveis envolvidas nas características de liderança, inclusive seu relacionamento interpessoal junto aos seus subordinados, e os fatores motivacionais que tanto contribuem para o desenvolvimento do ser humano. Apesar da variedade da referência bibliográfica aqui utilizada, o tema abordado está longe de se esgotar nesse trabalho. Contudo, o intuito principal é, neste momento, apontar algumas premissas importantes para ampliar e enriquecer a consciência dos líderes nas organizações do quão poderosas são suas palavras e como podem influenciar na motivação dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.. Palavras-chave: comunicação, trabalhador, liderança, motivação, palavras, poder..

(11) ABSTRACT. Many are the humankind needs, beginning from the basic ones such as eating, drinking, sleeping, to those that enrich their inner self. The strive for personal goals each person carries has one thing as the main fuel: motivation.. If this is an. evidence, as per several researches already done, the organisations, populated with the “social man”, need to realise that they are not dealing with mere machines. The leaders from these organisations need to incorporate this conception to their eager desire to increase productivity and profit of the companies they belong. Therefore, an effective communication is essential – which involves above all words and the way they are expressed – and that goes beyond a technical skill that a leader may have. The theoretical basis presented herewith are aimed at the processes and efects of Communication, the variables involved in the leadership characteristics, including interpersonal relationships towards their subordinates, and the motivational factors that so contribute to the human development. Although there is a varied bibilography reference used in this work, the subject exposed is far from the end in this work. However, the main intention, at this moment, is to point out some important premisses to broaden and enrich the knowledge of leaders in the organisations to how powerful their words are and how much they can influence the worker´s motivation in their workplace.. Key words: communication, worker, leadership, motivation, words, power.

(12) RESUMEN Muchas son las necesidades básicas del ser humano, desde aquellas más básicas como comer, beber, dormir, hasta lãs que enriquecen su interior. La busca por realizaciones de cada persona tiene como combustible fundamental la motivación. Si esto és uma evidencia, segun incontables pesquizas las organizaciones pobladas por este “hombre social”, tienen que atenerse em que no están tratando com una simples máquina. Los líderes de estas organizaciones deben incorporar esta concepción a su árduo deseo de aumentar la productividad y lucratividad de las empresas que representan. Y para isto se prescinde la utilización de una comunicación eficaz, que envuelva, sobretodo, palavras que sean dichas com dignidad y respecto – que suplantan el conocimento ténico que pueda ser atribuído al líder.. Las bases. teóricas, contenidas en este trabajo visan esponer los procesos y efectos de la comunicación, las variables envueltas in las características de la lideranza, incluso su relacionamiento interpersonal junto a sus subordinados y los fatores motivacionales que tanto contribuyen para el desarollo del ser humano. Apesar de la variedad de la referencia bibliográfica aqui utilizada, el tema abordado está lejos de se esgotar en este trabajo. Sinembargo, el intuito principal is, em este momiento, apuntar algunas premisas importantes para ampliar y enriquecer la consciência de los líderes em las organizaciones de cuan podereosas son sus palavras y como pueden influenciar en la motivación de los trabajadores em su ambiente de trabajo.. Palavras-llave: comunicación, trabajador, lideranza, motivación, palavras, poder..

(13) 1. INTRODUÇÃO O objeto de estudo deste trabalho dedica-se a analisar os fatores que influenciam a motivação no ambiente de trabalho.. Veremos como os. atributos da Comunicação quando utilizada pela liderança de maneira eficaz pode contribuir para motivar os trabalhadores. Isto, bem provavelmente, refletirá em uma melhor produção e, conseqüentemente, levará as organizações a alcançar os objetivos estratégicos planejados.. Para conhecermos melhor este universo que permeia o ambiente de trabalho, formado pelas organizações, pela liderança e pelo indivíduo em si, fizemos o levantamento de uma perspectiva histórica das teorias da comunicação, administração e motivação. Apontamos algumas definições sobre liderança e como os diferentes estilos e atitudes de um líder podem causar um impacto tanto positivo quanto negativo junto aos seus subordinados. Algumas sugestões também foram apresentadas como possíveis fatores de motivação que os líderes podem utilizar no ambiente de trabalho.. Todavia, é claramente expresso que ninguém tem o poder de. motivar ninguém, pois cada indivíduo possui necessidades distintas que o influencia em proporções e momentos diferentes de sua vida.. As organizações, a saber, seus líderes, só têm a ganhar com uma melhor compreensão sobre a importância da “humanização” no ambiente de trabalho. Frederick Hezberg (apud BERGAMINI 1997), idealizador de uma das teorias sobre a motivação do homem no trabalho, fez uma autocrítica sobre a técnica por ele desenvolvida e sobre como as empresas fizeram uso de suas descobertas: “o gerente de recursos humanos centralizou sua atenção no humano robotizado pela Administração Científica de Taylor (Herzberg,. 1987,. p.39)”.. Essa. visão,. segundo. o. pesquisador,. conseqüentemente, fez o homem perder o significado de sua inteireza e, com isso, não consegue reconhecer o verdadeiro sentido entre sua vida pessoal e sua vida de trabalho (BERGAMINI, 1997, p. 178)..

(14) 2. É verdade que muitas organizações têm, nos últimos tempos, utilizado a Comunicação Organizacional como uma ferramenta para envolver mais seu público interno e difundir sua Cultura Organizacional. Isto é, sem dúvida, muito importante, mas não é ainda ideal para promover a motivação do funcionário em seu ambiente de trabalho. A Comunicação deve ser usada sim como um recurso de integração que, sem dúvida, quando utilizada com eficácia, trará benefícios aos diversos tipos de relacionamentos nas organizações. Neste sentido, os profissionais da Comunicação têm muito a contribuir através de um planejamento estratégico que não se limite a utilizar a Comunicação como mera ferramenta de informação, mas para promover a integração e motivação entre liderança e subordinados.. A maioria dos funcionários quer ter a oportunidade de expressar suas idéias, suas percepções, seus sentimentos, sejam em relação ao seu líder ou ao seu trabalho, sem temer que isto possa lhe causar qualquer dano à sua vida profissional. Mas, muitas vezes, não há em sua empresa um momento ou canal adequado para isto ou simplesmente não há o interesse por parte dos líderes em ouvi-los. Se esse indivíduo, que passa a maior parte de sua vida no trabalho, não se sentir integrado a este meio ou não lhe é proporcionado qualquer tipo de aperfeiçoamento, mesmo que seja o mínimo, como esperar que aflore qualquer motivação para que trabalhe com maior ou qualquer produtividade? Já que a motivação do indivíduo em seu ambiente de trabalho é uma grande arma para uma produtividade garantida, que é, acima de tudo, a meta que os administradores buscam alcançar, deve ser parte integrante do planejamento estratégico da organização.. Elton Mayo, precursor da Teoria das Relações Humanas, comprovou em suas pesquisas que o homem, quando integrado ao seu ambiente de trabalho, pode produzir muito bem, mesmo em condições adversas. A Comunicação eficaz é ideal para integrar, influenciar, motivar e fundamental para o relacionamento interpessoal – competência essencial para os líderes..

(15) 3. Não basta somente ter a formação técnica e acadêmica para liderar, é necessário que o líder tenha a consciência da importância e poder de suas palavras e ações, assim como a capacidade para identificar obstáculos de relacionamento entre si e seus subordinados e entre os próprios funcionários. Todos os elementos da comunicação estão envolvidos neste processo, que se completa quando há transparência na informação dada e oportunidade para o funcionário também ser ouvido.. No primeiro capítulo, estão expostas as teorias da comunicação, as diversas percepções de seus processos e efeitos, as influências dos paradigmas da modernidade e da pós-modernidade e a importância da Comunicação Organizacional voltada, principalmente, para a motivação do público interno.. No segundo capítulo se encontra a análise das teorias administrativas, com destaque para o impacto dos resultados obtidos de uma pesquisa com trabalhadores de uma fábrica nos Estados Unidos e a importância das contribuições e conseqüências da Teoria das Relações Humanas na administração moderna.. No terceiro capítulo são analisadas as teorias da motivação, que têm contribuído enormemente para a compreensão do comportamento humano e para o preparo de administradores como líderes que correspondam às expectativas de seus subordinados em uma organização.. No quarto e último capítulo, apresentamos os variados estilos de liderança e como cada uma delas pode ser fundamental para contribuir ou não na motivação de seus subordinados.. É ressaltada também a utilização da. comunicação como ferramenta de poder, tanto por líderes formais quanto pelos informais, que não podem passar despercebidos, pois também detêm influências que causam grande impacto no meio em que trabalham ou vivem..

(16) 4. A escolha do tema deste trabalho foi totalmente devido a motivos pessoais, pois como uma pessoa que busca satisfação e realização em todos os âmbitos da vida, quis explorar os porquês de alguns desafios que enfrentamos,. especialmente. quando. ocorrem. algumas. experiências. desagradáveis que, como “subordinados”, vivenciamos em nosso ambiente de trabalho. Procurei encontrar, dessa forma, alguma explicação que me levasse aos reais motivos da minha desmotivação em um trabalho que muito apreciava. Felizmente, por meio de uma pesquisa bibliográfica, centrada em autores clássicos e atuais que já trabalharam com o objeto de estudo desta monografia, tenho uma perspectiva melhor para compreender como posso e devo contribuir para a minha própria motivação tanto profissional como pessoal.. Desejo que, da mesma forma, todas as análises e sugestões aqui expostas possam contribuir para a elaboração de um planejamento estratégico que possa fazer a diferença na motivação no ambiente de trabalho das organizações modernas e pós-modernas, que, a propósito, não existiriam se não fosse a participação de um ser fundamental – o humano..

(17) 5. 1. Revisão da Literatura 1.1. Comunicação. 1.1.1 O Processo e o Efeito Comunicação, do latim communis, é o ato ou efeito de tornar comum, transmitir e receber mensagens. Portanto, comunicar significa compartilhar, conectar um emissor e um receptor de maneira que um sinal ou mensagem seja recebido e respondido. Se não houver a quem comunicar ou responder a mensagem emitida, não há comunicação, apenas ruído.. Desde a época da Antiguidade, a comunicação humana foi definida por Aristóteles (384-322 a.C.), em sua obra a Arte Retórica, como “a procura de todos os meios possíveis de persuadir”. Os elementos essenciais deste processo foram distinguidos pelo filósofo grego da seguinte forma: a pessoa que fala (quem), o discurso que pronuncia (que) e a pessoa que ouve (quem). Sendo dois destes elementos físicos: quem – pessoas, e um nãomaterial: que - aquilo que os conectam, proveniente de e se dirigindo à mente e à vontade dos interlocutores.. Este. modelo. aristotélico. Comunicação. indispensáveis. Nele à. é. considerado. estão. formação. realmente do. circuito. o os. paradigma elementos. comunicacional,. clássico. da. fundamentais embora. as. denominações possam se apresentar dispostas em uma outra forma que melhor se aproprie ao enfoque com que são apresentados. Mas, de maneira geral, são compostos dos seguintes elementos: comunicador →. mensagem →. receptor.

(18) 6. O Comunicador é a pessoa ou organismo idealizador, codificador e emissor da mensagem que pode ser expressa através da fala, escrita, desenho, pintura ou por meio de algum gesto ou movimento significativo. A mensagem é um sinal que pode ser emitido através de diversas formas simbólicas, como as palavras da conversação, um texto manuscrito, gravado ou escrito, impulsos elétricos, ondas de rádio, um aceno, um olhar, imagens e sons emitidos com propósitos. O Receptor é a pessoa ou organismo capaz de ver, ouvir, sentir o impacto, receber e decodificar a mensagem partida do outro, e por sua vez, se transformar em emissor, mediante a reação aos estímulos contidos (BELTRÃO, 1982).. A concepção do processo de comunicação como linha reta, começando em um comunicador e chegando a um receptor, se torna o modelo de várias escolas e correntes de pesquisa sobre os meios de comunicação. Progressivamente, esse modelo formal básico tem sido desenvolvido, onde outras variáveis são introduzidas.. SCHULER e col. (2004) acrescentam a estes elementos de comunicação, que consistem no emissor, receptor e mensagem, processos como a composição, a interpretação e a resposta.. A composição é o processo pelo qual o emissor transforma as informações em mensagem, através da atribuição de signos ao conteúdo de sua intenção (codificação). Quando este processo é intencional, ele é guiado pelo raciocínio estratégico. O emissor constrói a mensagem que lhe parece mais adequada ao objetivo da comunicação. Mesmo quando ele não é intencional, o processo de composição mostra-se extremamente eficaz enquanto formato para fazer passar informações (SCHULER e col., 2004, p.21).. E ainda, SCHULER e col. descrevem a interpretação da seguinte forma:. “[...] o processo através do qual o receptor compreende a mensagem, atribuindo sentido ao sistema significante percebido. Esse processo se fará.

(19) 7. de acordo com a capacidade e maneira de perceber do receptor, assim como com suas particularidades e sua estratégia de interpretação” (p.21).. E, enfim, concluem que a resposta “é o processo de reação do receptor à mensagem percebida” (p.21).. CHIAVENATO (1995) defende que esta “reação” do receptor à mensagem é a evidência de que a comunicação de fato se efetivou:. Comunicação é o processo de transmissão de informação e compreensão de uma pessoa para outra. Toda comunicação envolve sempre duas ou mais pessoas, pois é um processo de inteiração entre as pessoas. A comunicação realiza uma ponte de significados entre duas ou mais pessoas. Assim, comunicar não é somente transmitir uma mensagem. É sobretudo fazer que a mensagem seja recebida pela outra pessoa. Se não houver esta compreensão do significado, não ocorre a comunicação. Se uma pessoa transmitir uma mensagem e esta não for compreendida pela outra pessoa, a comunicação não se efetivou (p. 43).. A gestão do processo de comunicação tem sido fenômeno estudado com freqüência atualmente, partindo principalmente da concepção que se trata da referência com a mídia, ou seja, dos mais variados canais tecnológicos que possibilitam que a mensagem seja recebida, simultaneamente, a uma grande variedade de receptores espalhados por todo o mundo.. Contudo,. como ressalta BACCEGA (2004, p.47):. A Comunicação é bem mais do que isso: é o espaço onde se constroem os sentidos que pautam a nossa vida cotidiana, quer seja no caminho da ratificação das construções simbólicas daquele grupo, quer seja no caminho de pequenas mudanças, quer seja ainda – e isso muito raramente – no caminho de grandes modificações dos valores, o que se dará, evidentemente, depois de uma grande acumulação..

(20) 8. 1.1.2. Modelos Teóricos. No período entre 1900 até o final da década de 1930, com o advento da Revolução Industrial, no final do século anterior, uma dramática mudança começa a afetar a sociedade com o acelerado processo de industrialização e urbanização. As grandes cidades, densamente povoadas, passam a se tornar o centro de uma “sociedade de massa” (“mass society”). Os meios de comunicação, como jornais, cinema, rádio, também chamados de mídia, começam a adquirir um poder absoluto sobre esta “massa”. Tinha-se a certeza de que essa “massa” era completamente “vulnerável” a esta poderosa e manipuladora influência. Esta concepção tornou-se conhecida como o modelo da “agulha hipodérmica” (termo criado por Harold Lasswell) – onde a fonte emissora (a mídia) tinha grande vantagem sobre o receptor – a massa – no qual o indivíduo era um ser sem rosto ou sem qualquer característica única. Este modelo considerava a mídia uma seringa que “injetava” as informações que quisessem, formulando idéias e manipulando vontades. Os receptores eram indivíduos sugestionáveis e passivos ante tais informações. Devido ao sociologismo primário e sua proposição sumária, esse modelo não teve maior prestígio científico (POLISTCHUK e TRINTA, 2003).. O. paradigma. funcionalista-pragmático. surgiu. nos. Estados. Unidos,. aproximadamente, entre as décadas de 1940 e 1960, utilizando como método de estudo a investigação empírica, obrigatoriamente por pesquisa e tendo como objeto de estudo as incontestáveis trocas sociais que ocorrem em sociedades organizadas.. Conforme POLISTCHUK e TRINTA (2003,. p.86) esclarecem:. O funcionalismo busca justamente explicar a organização social, assim como a sobrevivência de costumes e tradições, pelo inventário das funções exercidas pelos seres humanos e as instituições que criam. Supondo haver analogia entre o corpo humano e o corpo social, teóricos funcionalistas concluem que cada indivíduo e cada instituição existentes.

(21) 9. contribuem funcionalmente para a manutenção da organização social.. No domínio da comunicação, os funcionalistas se empenharam em avaliar o alcance psicossocial dos meios de difusão coletiva. Desta forma, estudaram a influência e os efeitos, supostamente produzidos pelos meios de comunicação junto à “sociedade de massa”. Em seu estudo investigativo, os funcionalistas se detiveram nas características do emissor e nas suas intenções ao comunicar.. A seguir, estão descritos alguns dos principais modelos que deram origem a algumas das conhecidas teorias da comunicação, que tanto influenciaram sua época e que servem como base para compreendermos os diversos fatores que estão relacionados à Comunicação e as conseqüências de sua utilização junto ao indivíduo, assim como às “massas”.. 1.1.2.1. O Modelo de Lasswell. Na década de 30, Harold D. Lasswell (1902-1978), cientista político e professor da Universidade de Yale (EUA), retomou e expandiu o modelo aristotélico, onde pretendeu determinar a “estrutura e a função da comunicação na sociedade”. Neste sentido, POLISTCHUK e TRINTA (2003) esclarecem que: Se Aristóteles havia identificado o quem, o o quê e o a quem, a Lasswell coube acrescentar um por que meio (ou um como) e um com que efeitos (ou um para quê). O ato de comunicação passava a ser descrito como uma seqüência interrogativa: Quem diz o quê, por que meio, a quem e com que efeitos? O contexto teórico em que se situava Lasswell era definido pelo ímpeto da comunicação política e da comunicação publicitária, bem como pelo impacto de ambas na sensibilidade dos receptores. Era necessário conhecer funcionalmente como circulavam as mensagens, indo de um agente emissor a um indivíduo receptor e surtindo determinados efeitos (p. 88)..

(22) 10. Pode-se encontrar no modelo funcionalista de Lasswell um passo mais adiante ao modelo referente ao da “agulha hipodérmica”, onde a mídia se torna um instrumento de controle e dominação e não há um receptor reativo. No entanto, Lasswell reconhece que há uma “realimentação” do receptor a sua fonte emissora – ou seja, um efeito, conforme analisado em sua fórmula de cinco estágios. Porém, não é mencionado ainda neste modelo nada acerca do contexto (social, cultural, estético, econômico e político) em que se dá a comunicação.. Como observado em POLISTCHUK e TRINTA (2003):. [...] não escapou a Lasswell que, para conhecer o processo de comunicação, ele havia submetido a uma excessiva compartimentalização. Além disso, fazendo uma escolha em nada ingênua, ele havia demonstrado interesse maior pelo conteúdo e pelos efeitos da comunicação. Justificou-se então, observando ser menos importante desmontar o ato comunicativo do que considerá-lo um todo integrado, que encerra uma função no processo social. Pequeno que tenha sido, foi dado um passo à frente do modelo simplista da “agulha hipodérmica (p. 89).. Lasswell defendia que as pessoas são influenciadas não tanto pelos meios de comunicação em si, mas pelos seus relacionamentos, com seus amigos ou companheiros de trabalho ou outros provenientes de quaisquer que sejam os grupos dos quais fazem parte.. É um processo natural da. convivência humana, As pessoas tendem a buscar sua informação, seja qual for o meio: jornais, revistas, programas de rádio ou TV, que mais se identificam. Integram grupos socialmente bem definidos e, portanto, satisfazendo suas necessidades e pertencendo ao ambiente que melhor podem se adequar..

(23) 11. 1.1.2.2. O Modelo de Schramm. Wilbur Schramm (1907-1987), professor e pesquisador nas Universidades de Illinois e Stanford, é considerado um dos percussores da pesquisa de comunicação em massa. Entre o período de 1957 a 1973 foi diretor do Instituto de Pesquisa da Comunicação nos Estados Unidos. Em sua obra O Processo e Efeito da Comunicação em Massa, introduz mais um conceito ao modelo aristotélico: a comunicação de retorno (feedback). Ao focalizar o diálogo característico da comunicação interpessoal, quando os interlocutores se alternam nas funções de comunicador e receptor, é estabelecido então o feedback, onde se avalia a interpretação da mensagem. SCHRAMM (1976), explica: “O processo de retorno na comunicação é chamado feedback, e possui uma parte muito importante na comunicação porque nos diz como nossas mensagens estão sendo interpretadas”.. SCHRAMM ressalta que em qualquer tipo de comunicação não há um único canal, mas vários como o tom de voz, gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ênfase em uma palavra entre outros. Um comunicador pode enfatizar um ponto acrescentando quantas mensagens paralelas lhe parecer necessárias.. Em uma sentença como “Você fez um belo trabalho!” –. exemplificada por SCHRAMM, o tom de voz e a ênfase aplicada em uma palavra podem mudar completamente o significado da mensagem, tornando um elogio em um comentário sarcástico ou debochado.. 1.1.2.3. O Modelo da Escola de Frankfurt. A Escola de Frankfurt, movimento iniciado na Alemanha em 1924 por um grupo de filósofos, incluindo Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1903-1969), formulou o conceito de Indústria Cultural, que seria o modo como a sociedade capitalista manipularia os indivíduos, através dos meios.

(24) 12. de comunicação de massa, para anular-lhes as individualidades e a capacidade crítica, formando uma massa homogênea que consumiria com mais facilidade poucos produtos culturais, produzidos em larga escala como na indústria tradicional. Entre a dialética do esclarecimento, obra de Adorno e Horkheimer, da qual faz parte o capítulo sobre a produção industrial dos bens culturais, e O homem unidimensional, de Marcuse, manifesta-se a mais profunda coerência de uma escola de pensamento que critica um mundo onde a instrumentalização das coisas torna-se a dos indivíduos. (MATTELART e MATTELART, 2005, p. 81).. Os frankfurtianos criticam o dogmatismo marxista, rejeitando qualquer sociedade totalitarista. Abandonam as idéias de "ditadura do proletariado", "luta de classes como moto da história", "superestrutura econômica como centro de qualquer sociedade", e mantêm o socialismo como modelo único capaz de superar as injustiças do capitalismo. O método marxista de interpretação da história foi revisto e reproposto por uma filosofia de cultura, da ética, da psicosociologia e da psicanálise. Ao pensamento de Karl Marx (1818-1884) veio juntar-se o de Sigmund Freud (1854-1937). Nascia a teoria crítica da cultura, a ser diligentemente aplicada à investigação dos mal-estares das sociedades capitalistas industrializadas do mundo ocidental. (POLISTCHUK e TRINTA, 2003, p. 109). 1.1.2.4. O Modelo do Cultural Studies. Outra corrente que retoma e revisa o paradigma crítico-radical, o Cultural Studies,. formada. por. intelectuais. britânicos,. situam. os. meios. de. comunicação no centro da sociedade, inter-relacionando-os a instituições e a indivíduos. A corrente que irá se desenvolver nos anos 60 e 70 sob o nome Cultural Studies tem sua origem distante nos estudos de crítica literária de Frank Raymond Leavis (1895-1978), publicados nos anos 30. Mass.

(25) 13. Civilisation and Minority Culture (1930) pretende servir de guia para ajudar os alunos na defesa contra a cultura comercial. [...] Leavis opõe-se francamente ao capitalismo industrial como sistema e ao lugar que nele assumem os meios de comunicação de massa em seu desenvolvimento na Grã-Bretanha (MATTELART e MATTELART, 2005, p. 102-103).. E ainda, POLISTCHUK e TRINTA explicam (2003):. Os Cultural Studies se volveram em direção às relações existentes entre estrutura social, contexto histórico e ação dos meios de comunicação, no intuito de determinar como se dá a ‘a atribuição de sentido’ à realidade cotidiana de ‘práticas sociais partilhadas’. Entendia ser a cultura o conjunto de significados, valores, experiências, hábitos e rotinas adotados por uma sociedade (p. 131).. 1.1.2.5. O Modelo de Paul Lazarsfeld. Paul Lazarsfeld (1901-1977), professor da Universidade da Califórnia e eminente teórico da comunicação também da linha sociológica funcionalista, defendia que cada indivíduo é capaz de buscar e encontrar um meio de comunicação que melhor se adapte aos seus valores e convicções. Sendo assim, não acreditava que os meios de comunicação pudessem influenciar em enormes proporções a formação de consciência individual ou coletiva. Contudo, Lazarsfeld também adverte que o excesso de informação através dos meios de comunicação pode resultar em uma apatia de massa – que conseqüentemente leva os receptores a uma atitude passiva. E isto pode com certeza comprometer - no âmbito das organizações - suas linhas de produção ou alcance de objetivos, já que a passividade neutraliza qualquer motivação..

(26) 14. 1.2 As Influências das Teorias e Paradigmas da Modernidade e Pós-Modernidade na Comunicação As teorias e paradigmas da modernidade ainda que complexas e contraditórias em alguns casos, têm, sobretudo, contribuído para revelar a influência, ou pelo menos os possíveis impactos, dos meios de comunicação no indivíduo e na “massa”. Estas contribuições também expõem o quanto o receptor é influenciado pelo seu contexto social, político e cultural e, conseqüentemente, como afetará a reação que este indivíduo terá ao receber a mensagem. Sua história, assim como a própria história do contexto onde está inserido, influenciará o indivíduo e suas respostas para as questões da vida. Podem ser estas questões que implicará em uma resposta sua às demandas do seu meio – o que e como agir diante das transformações da tecnologia, da política, da economia e da sociedade.. Conforme exposto por LARA (2001): Para avaliar se há exaustão do paradigma moderno e o surgimento de um novo paradigma, cumpre ainda observar quais são os pressupostos e fundamentos filosóficos da modernidade e em que medida estes se encontram transformados, alterados no contexto de uma nova articulação da realidade, uma pósmodernidade.. Segundo VATTIMO (1996):. [...] a modernidade caracteriza-se, de fato, por ser dominada pela idéia da história do pensamento como uma iluminação progressiva, que se desenvolve com base na apropriação e na reapropriação cada vez mais plena dos fundamentos, que freqüentemente são pensados também como as origens de modo que as revoluções teóricas e práticas da história ocidental se apresentam e se legitima na maioria das vezes como recuperações, renascimentos, retornos [...]..

(27) 15. Nos modelos funcionalistas da modernidade, a comunicação começou tomando a “massa” como referência para a elaboração de suas estratégias. Mas, ao longo dos anos e de várias teorias, conforme algumas já mencionadas neste trabalho, fica claro que especialmente com o desenvolvimento da tecnologia que atinge diretamente os canais da comunicação, assim como o referencial para quem a mensagem é feita, não se pode ficar mais tratando o receptor como “massa”, mas como indivíduo pensante e pronto para desfrutar do inimaginável, das inovações, do simulacro. Hoje o receptor não é mais o mero espectador – agente passivo, ele é o centro da questão da comunicação.. Tratando de uma necessidade de interação maior do receptor com o meio MELLO (2004) explica:. A Pós-modernidade surge como uma proposta que visa alterar os princípios básicos da sociedade, como o convívio, as relações pessoais e a ética, questionando a lógica científica e desconstruindo a verdade. As tecnologias tornam-se um fator básico para explicar o conjunto da cultura, já que a sociabilidade caracteriza-se pela conexão do indivíduo a um sistema de mídia global, sobreposto às relações de convívio direto. Desta forma, os receptores terminarão emissores, através da multiplicação das comunicações laterais, onde a audiência é interativa e a ‘mensagem é o meio’ (p.27).. Uma outra característica que podemos ressaltar no paradigma da pósmodernidade, conforme a colocação de POLISTCHUK e TRINTA (2003), é a eliminação da linearidade (início, meio e fim). Segundo estes autores, o simulacro (a reprodução técnica ou a representação tecnológica) passa ser o original. As ideologias perdem prestígio porque o futuro está no presente, eliminando assim com as utopias. A individualidade substitui a massa e, com isso, a cultura de massa, é substituída pelo individualismo..

(28) 16. Foi nessa pós-Modernidade que os meios de comunicação, potencializados em sua capacidade por tecnologias eletroeletrônicas de ponta, se converteram em “espaços de mise-em-scène”, palcos para a representação de atos, ações e atividades sociopolíticas, proporcionando ao cidadão comum a referência social que lhe vinha faltando (POLISTCHUK e TRINTA, p.145).. Os meios de comunicação, desta forma, têm feito um trabalho fenomenal em explorar o simulacro por meio destas tecnologias capazes de produzir “visões fragmentadas” e estimular, com isto, um desencadeamento de emoções.. MELLO (2004), em sua pesquisa, descreve diversos contextos onde a pósmodernidade está inserida: ƒ. Alta tecnologia: aparelhos que possibilitam divulgar, armazenar, copiar, captar e produzir elevado número de informações, dando a cada indivíduo uma atuação mais ampla do que a de mero receptor.. ƒ. Velocidade: não é apenas a quantidade de informação que aumenta com a tecnologia, mas também a rapidez com que é veiculada.. ƒ. Consumismo e Hedonismo: o indivíduo na sociedade de massa procura destacar-se como personalidade única. O consumo passa a ser então o espaço da diferenciação. A compulsão consumista gera o fenômeno do hedonismo (tendência a considerar o prazer imediato e individual como finalidade da vida).. ƒ. Niilismo: com tanta informação e discussão, não há mais temas relevantes, as ideologias tornam-se obsoletas, sem sentido. O.

(29) 17. ƒ. vazio e a redundância tomam conta das manifestações artísticas e intelectuais.. ƒ. Pastiche: não há originalidade, a cultura pós-moderna tenta: trabalhar velhos temas, nova roupagem a antigos produtos, misturar estilos, fazer citações. A nostalgia é bastante usada na moda, TV, cinema, publicidade, música.. ƒ. Simulacro: realidade não corresponde aos desejos do indivíduo. Os meios de comunicação oferecem a fantasia. Publicidade, TV, cinema e videogame criam uma hiper-realidade. As mercadorias prometem mais do que seu próprio valor de uso: sugerem ao comprador a satisfação do seu desejo de status, riqueza ou prazer.. ƒ. Multimídia: evidencia a relação interligada dos meios de comunicação de massa. As mensagens circulam por uma extensa rede de canais e atinge o público com mais intensidade podendo, inclusive, transformá-lo em um novo canal de difusão da mensagem.. ƒ. Virtual: vive-se a era virtual. O virtual esvazia o real e dá-lhe novo sentido. São estas características tão complexas que influenciam a comunicação no campo de trabalho e que precisam ser reconhecidas como fatores que contribuem para o surgimento de conflitos entre indivíduos pós-modernos que trabalham em organizações com arquitetura moderna e mecanicista.. IANNI (2003, p.75), em seu ensaio “O Príncipe Eletrônico”, disserta sobre as conseqüências e transformações da era da globalização:.

(30) 18. Nesse mundo virtual, modificam-se articulações e desarticulações estabelecidas pela modernidade, acerca de dado e significado, parte e todo, passado e presente, história e memória, compreensão e explicação, singular e universal. Simultaneamente, modificam-se os contrapontos “eu” e “outro”, “nós” e “outros”, “nacional” e “estrangeiro”, “ocidental” e “oriental”. Quando se desenvolvem, agilizam e generalizam as aplicações das tecnologias eletrônicas, informáticas e cibernéticas, transformadas em técnicas sociais, redesenham-se ou mesmo dissolvem-se as linhas demarcatórias de territórios e fronteiras [...] No âmbito do mundo virtual, as coisas, as gentes, as idéias, tanto quanto as identidades, alteridades, diversidades e desigualdades, parecem mudar de figura e figuração.. Conforme a visão de SOUZA (2003, p.34), na era pós-moderna, “vive-se um nova ambiência. Uma nova forma de o homem se apropriar do tempo e do espaço, redescobrir a velocidade do condicionamento do ser”.. O autor. também defende que “mais do que tecnologias, o que nós temos são novas formas de pensar” (p.34). É este ser pensante, desta era globalizada, que está presente dentro das organizações. Levando-se em conta o perfil destes “seres” no ambiente de trabalho, a comunicação organizacional deveria incorporar instâncias e mecanismos para expressão – independentemente do nível hierárquico – para o desempenho profissional do indivíduo e para os objetivos da organização.. Como explica AMORIM (2003, p. 227-229):. No aspecto da comunicação entre os funcionários, as instituições contam com jornais de circulação interna, murais para avisos, circulares, memorandos etc. A singeleza e sobretudo a fragmentação destes expedientes são as melhores evidências do desperdício do potencial da comunicação planejada e intencionalmente voltada para a ação coordenada. Raras são as organizações nas quais a comunicação, enquanto ação específica, faz parte dos meios necessários à consecução dos objetivos estratégicos. (...) Enxergar o fenômeno da comunicação enquanto algo que ocorre entre as pessoas, cuja capacidade de.

(31) 19. transformar a realidade depende da disposição de condutas mais democráticas e solidárias, bem como da transparência no trato das informações, abre muitas perspectivas de trabalho nas organizações.. 1.3 A Comunicação nas Organizações Por. muitos. anos,. a. comunicação. exercida. nas. organizações. era. compreendida como mero canal de informação – de cima para baixo ou de baixo para cima. Os funcionários eram informados do que havia sido firmado e definido pelos “lideres supremos”, e não havia nada além de executar as funções que a eles competia. De contra partida, os funcionários elaboravam relatórios para a leitura de seus superiores. Não havia uma Comunicação, de fato, estabelecida nas organizações, apenas a utilização de papéis que demonstravam o que havia sido decidido e o que havia sido (ou não) feito. A visão do que é a Comunicação dentro das organizações, felizmente, já é bem diferente nos últimos tempos. Há a preocupação em comunicar-se com os seus públicos, tanto externos quanto internos – principalmente com estes últimos, pois os resultados que uma organização pretende alcançar podem ser criticamente afetados, quando não arruinados, se os funcionários dos médios e baixos escalões da empresa não forem muito bem envolvidos na compreensão e adesão da estratégia comunicacional das organizações.. A comunicação tem sido abordada através de diversas teorias que buscam compreender as facetas deste fenômeno natural, tão presente em todos os processos do universo. No âmbito das organizações, a comunicação se torna não somente objeto de estudo e pesquisa, como elemento essencial para sua sobrevivência.. A Comunicação está presente em todas as formas de organização conhecidas na natureza, tanto que se pode afirmar que a única maneira de haver organização é através da Comunicação. Sendo um processo assim universal, todas as ciências sociais preocuparam-se, de alguma forma, com a Comunicação, desde seus próprios pontos de vista..

(32) 20. Não se pode, em sã consciência, exigir que algumas dessas abordagens resolva em caráter definitivo o problema de conhecer esse processo tão fundamental para todos os seres da natureza. Só nos resta, como estudiosos interessados, conhecer as principais contribuições de cada versão, procurando integrar um conjunto de abordagens multidisciplinares, capazes de esclarecer um pouco a questão (SCHULER, 2004, p.11).. Segundo KUNSCH (2003): “O sistema comunicacional é fundamental para o processo das funções administrativas internas e do relacionamento das organizações com o meio externo. Esse é primeiro aspecto a ser considerado quando se fala em comunicação nas organizações” (p.69).. O planejamento da comunicação nas organizações possibilita a integração e normalização das ações comunicacionais entre a organização e seus públicos – externo e interno. Nem sempre as organizações expõem seus objetivos, missões ou metas explicitamente, mas independentemente disto estes princípios existem, e, portanto, devem ser expostos. A comunicação destes princípios básicos deve envolver todos os níveis da organização, desde a “cúpula” até ao “chão da fábrica”, ou seja, o que estiver claro para o Presidente da empresa tem que estar claro para o funcionário seja lá de qual nível na escala hierárquica pertença. Quanto mais claros e amplamente divulgados forem os princípios e objetivos delineados pela organização e a importância de cada funcionário na execução dos planos elaborados, mais próximas as organizações estarão de alcançar seus resultados. Isto, sem dúvida, requer uma comunicação interna adequada e muito bem planejada.. Segundo KUNSCH (2003, p.337), no plano da comunicação interna, os seguintes objetivos devem ser previstos: ƒ. Estreitar o relacionamento entre a direção e os empregados, procurando a compatibilização de seus interesses..

(33) 21. ƒ. Promover a melhoria das relações internas entre os indivíduos, os departamentos e as unidades, estimulando o diálogo.. ƒ. Reduzir os antagonismos entre os grupos e os indivíduos dentro de um clima de participação e envolvimento.. ƒ. Buscar sinergia para o alcance das metas pessoais e organizacionais.. ƒ. Criar. programas. capazes. de. provocar. mudanças. comportamentais, tendo em vista a criação de valores e o cumprimento da missão proposta pela organização. ƒ. Transmitir mensagens verdadeiras/verossímeis aos principais públicos da organização.. KUNSCH (2003) ressalta ainda que a divulgação das metas organizacionais necessita ser estabelecida em uma data específica, assim como a determinação de uma data para o início da abertura dos canais de comunicação entre a alta direção e os funcionários.. “Uma vez delineados. os objetivos e as metas, deve-se estabelecer qual a melhor estratégia a seguir e quais os programas de ação necessários” (p.338), propõe a autora.. KUNSCH (p.343) explica que a escolha dos meios de comunicação (escritos, orais, audiovisuais, eletrônicos, telemáticos etc.) junto ao público interno deve considerar: ƒ. As necessidades de agilidade (timing) e profundidade da informação a ser transmitida..

(34) 22. ƒ. Qual é o público-alvo que determinará a linguagem, a forma e o conteúdo; a rede mais adequada; e o equilíbrio quanto aos fluxos descendente, ascendente, horizontal/lateral, circular e transversal. Todos os meios são importantes. Tudo depende dos objetivos e das estratégias dos programas de ação delineados.. Podemo-nos. valer. dos. seguintes. meios,. dependendo do programa de comunicação interna a ser implantado: •. “Face a face” – que ajuda a criar ambiente mais aberto e melhor, por meio de entrevistas, conversas com o presidente,. gerentes. e. chefes,. mesas-redondas,. reuniões, visitas (por parte da direção) aos locais de trabalho etc. •. Publicações internas – newsletters, boletins, jornais, revistas, manuais etc.. •. VT – o vídeo com informações jornalísticas sobre a organização, para exibição nas áreas de lazer, após as refeições,. ou. gravações. de. pronunciamentos. do. presidente da companhia, para apresentação a grupos dentro do horário do expediente. •. Rádio-empresa – utilizando miniemissoras internas, que veiculam o dia todo música e notícias.. •. Mídia interativa – meios telemáticos: fax, correio sonoro (voice. mail),. correio. eletrônico. interativo, videoconferências etc.. (email),. software.

(35) 23. •. Visuais – exposições, cartazes, quadro de avisos, murais etc.. •. Audiovisuais – vídeos, filmes etc.. Quanto maior integração houver dentro da organização, fruto de uma comunicação integrada que envolva todos os níveis hierárquicos, maior o estímulo ao dialogo, à troca de informações e experiências e à participação. Conseqüentemente, o resultado desta integração, desenvolvido pelo profissional da comunicação estratégica, será o impacto que a organização causará junto ao seu público externo.. Conforme FREITAS (1997) explica:. O relacionamento da organização no âmbito externo será o reflexo do tratamento da comunicação no âmbito interno, facilitando os negócios. Assim, a comunicação adquire papel estratégico e relações públicas pode ajudar as organizações no seu processo de comunicação estratégica, fazendo com que as organizações conheçam primeiro a si próprias, para, a seguir, melhor se comunicarem com seus públicos externos (p.42).. A comunicação organizacional, portanto, deve fazer parte da gestão estratégica, auxiliando, desta forma, a organização a avaliar, sobretudo, sua cultura organizacional.. 1.3.1. A Cultura Organizacional. A cultura organizacional pode ser vista como um conjunto de propriedades de uma organização, transmitidas aos seus empregados, que constitui uma importante influência em seu comportamento..

(36) 24. No âmbito da comunicação estratégica, faz-se cada vez mais necessário o conhecimento da organização e a identificação e mapeamento de seus públicos alvos. Como toda organização é formada por um conjunto de valores e tradições, que podemos chamar de cultura organizacional, expressadas através de uma determinada e reconhecida identidade, imagem e missão, torna-se necessária a utilização de várias ferramentas da comunicação para que esta cultura possa ser devidamente conhecida junto aos seus stakeholders.. Conforme explica MARCHIORI (1995):. A cultura se forma através dos grupos e da personalidade da organização. Os grupos se relacionam, desenvolvendo formas de agir e ser que vão sendo incorporadas por este grupo. A partir do momento que o grupo passa a agir automaticamente a cultura está enraizada e incorporada.. A comunicação é a fase fundamental neste processo, já que, segundo MARCHIORI, "você só forma uma cultura a partir do momento em que as pessoas se relacionam e, se elas se relacionam, elas estão se comunicando, a comunicação baseia-se na compreensão".. Segundo SCHEIN (1992) “entender a cultura é entender a organização”. SCHEIN define a cultura organizacional como um conjunto de normas, valores, comportamento, padrões, rituais e tradições. Ele trata a cultura organizacional em três níveis: 1. Artefatos: estruturas visíveis e processos: ƒ. Estão na superfície: o que pode ser visto, ouvido e sentido..

(37) 25. ƒ. São produtos visíveis: linguagem, tecnologia, produtos, criação, estilos: mitos, história, maneiras de se referir ao próximo, estórias.. ƒ. Fáceis de observar.. ƒ. Difíceis de decifrar.. ƒ. Símbolos são ambíguos.. 2. Valores Expostos: são as estratégias, objetivos e filosofias: ƒ. Todo o aprendizado do grupo reflete os valores originais.. ƒ. Os líderes influenciam – e são os que prevalecem no grupo.. ƒ. Primeiro começa como valor compartilhado e depois se torna uma suposição compartilhada.. ƒ. Inicialmente o fundador começa e depois o líder assimila.. 3. Suposições Básicas: é a fonte decisiva de valores e ações: ƒ. Percepções, pensamentos e sentimentos.. ƒ. A hipótese se torna realidade.. ƒ. Para se aprender algo novo, é necessária a ressurreição, revisão e renovação de conceitos..

(38) 26. O reconhecimento da cultura organizacional – sua tradição, identidade e valores - pelos seus funcionários, proporciona um fluir na vida organizacional e torna a colaboração por parte de cada indivíduo algo comum, sendo até mesmo um fator de motivação..

(39) 27. 2. ORGANIZAÇÕES 2.1 Teorias Gerais da Administração e Seus Efeitos nas Organizações Dois engenheiros, do início do século XX, foram os percussores da moderna administração. Um deles era o americano Frederick Winslow Taylor (18561915), que veio a desenvolver a chamada Escola da Administração Científica, e o outro o francês Herni Fayol (1841-1925), que veio a desenvolver a chamada Escola Clássica da Administração (CHIAVENATO, 1995).. 2.1.1. O modelo funcionalista de Frederick Taylor. Frederick W. Taylor é conhecido como o “pai da administração científica” por muitos autores, pois seus métodos de organização ofereceram a base para o modo e mensuração do trabalho. Taylor estabeleceu três princípios, extraídos de suas medições e coleta de dados ao observar os operários enquanto executavam suas várias tarefas, anotando inclusive o tempo que levava para executá-los: ƒ. Atribuir a cada operário a tarefa mais elevada que lhe permitissem as aptidões.. ƒ. Solicitar a cada operário o máximo de produção que se pudesse esperar de um trabalhador hábil de sua categoria.. ƒ. Remunerar adequadamente cada operário de acordo com a maior soma de trabalho produzido.. Pode-se perceber que Taylor tinha a preocupação de aumentar a eficiência da indústria através da racionalização do trabalho dos operários. Estes.

(40) 28. princípios e demais teorias advindas desta Escola da Administração Científica têm sido uma referência para os princípios básicos das organizações que ainda adotam seus modelos, os quais incluem: a estrutura hierárquica organizacional, a centralização das decisões a serem tomadas, a divisão das funções, a padronização de procedimentos, a compartimentação da produção, o rígido planejamento, a supervisão gerencial e a prioridade dada à obtenção de eficiência econômica.. Além disso, a comunicação,. nesta visão mecanicista, restringia-se aos relatórios da produção, elaborado pelo subordinado para seu supervisor.. Conforme a descrição de MORGAN (2000):. Modelos significativos de seu enfoque da administração científica são encontrados em numerosas fábricas, organizações de varejo e escritórios.[...] o trabalho é freqüentemente organizado nos mínimos detalhes a partir do seu planejamento que analisa o processo total de produção, encontrando procedimentos mais eficientes, alocando-os, então, sob forma de tarefas especializadas, a pessoas treinadas para desempenhá-las de maneira muito precisa. Tudo aquilo que dever ser “pensado” é feito por gerentes e planejadores, deixando tudo aquilo que dever ser “feito” para os empregados (p.33).. Observa-se que o objetivo desta teoria mecanicista é a e eficiência e a produtividade,. e. que. as. pessoas. desempenham. responsabilidades. fragmentadas e altamente especializadas, conforme o complexo sistema de planejamento de trabalho e avaliação de desempenho.. Conforme a colocação de MORGAN (2000):. O efeito da administração científica de Taylor no ambiente de trabalho tem sido enorme, aumentando muito a produtividade, enquanto acelera a substituição de habilidades especializadas por trabalhadores não qualificados. [...] Os aumentos de produtividade têm sido atingidos com freqüência através de alto custo humano, reduzindo muitos trabalhadores a autômatos [...] (p.33)..

(41) 29. Não se pode negar que esta teoria mecanicista trouxe um novo modelo para a sociedade, através de um conjunto de transformações que ocorreram em sua estrutura social e cultural, e certamente proporcionou em muito o aumento da produtividade. No entanto, tem trazido uma conseqüência conformista e passiva no comportamento dos trabalhadores. Além, é claro, de causar uma “motorização” humana, muita bem exposta através da crítica de Charles Chaplin no filme Tempos Modernos.. Além disso, como MORGAN (2000) explica:. As organizações estruturadas de forma mecanicista têm maior dificuldade de se adaptar a situações de mudança porque são planejadas para atingir objetivos predeterminados; não são planejadas para inovação. [...] Circunstâncias de mudança pedem diferentes tipos de ação e resposta. Flexibilidade e capacidade de ação criativa, assim, tornam-se mais importantes do que a eficiência (p. 38).. 2.1.2 O modelo funcionalista de Henri Fayol Henri Fayol (1841-1925), considerado o principal ícone da teoria clássica da administração, trabalhou como diretor administrativo de uma grande mina de carvão na França. Sua preocupação era em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da administração.. Fayol conclui que a organização é baseada nas seguintes áreas: divisão de trabalho,. autoridade,. unidade. de. comando,. centralização e hierarquia ou cadeia escalar.. unidade. de. direção,.

(42) 30. Conforme MORGAN (2000) apresenta, os princípios da teoria clássica da administração, apresentados por Fayol no princípio do século XX, ainda são os fundamentos difundidos nas organizações do presente: ƒ. Unidade de Comando: um empregado só deve receber ordens de um único superior.. ƒ. Hierarquia: a autoridade do superior sobre o subordinado caminha do topo para a base da organização; essa cadeia que é resultante do princípio da unidade de comando deve ser usada como canal de comunicação e de tomada de decisão.. ƒ. Amplitude de controle: o número de pessoas que se reportam a um superior não deve ser tão grande a ponto de criar problemas de comunicação e coordenação.. ƒ. Assessoria e linha: a pessoa de assessoria pode oferecer importante ajuda de orientação, mas deve ter cuidado para não violar a linha de autoridade.. ƒ. Iniciativa: deve ser encorajada em todos os níveis da organização.. ƒ. Divisão do trabalho: a administração deve buscar atingir um grau de especialização de forma a permitir que se chegue aos objetivos da organização de maneira eficiente.. ƒ. Autoridade e responsabilidade: deve-se levar em conta o direito de dar ordens e exigir obediência, chegando a um bom equilíbrio entre autoridade e responsabilidade. Não tem sentido dar a alguém a responsabilidade por um trabalho.

(43) 31. ƒ. caso a essa pessoa não seja dada a adequada autoridade para. executar. tal. responsabilidade.. Além. disso,. a. responsabilidade é compromisso com os resultados. ƒ. Centralização da autoridade: até certo ponto sempre presente, devendo variar para permitir a máxima utilização das capacidades do pessoal.. ƒ. Disciplina: obediência, empenho, energia, comportamento e atitudes de respeito devem ser adaptados aos regulamentos e hábitos da organização.. ƒ. Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: através da firmeza, exemplos, acordos justos e constante supervisão.. ƒ. Equidade: baseada na amabilidade e justiça para encorajar o pessoal nas suas responsabilidades; remuneração justa que leve a um bom moral, sem ocasionar gastos excessivos.. ƒ. Estabilidade e manutenção do pessoal: para facilitar o desenvolvimento das habilidades.. ƒ. Espírito de união: para facilitar a harmonia como uma base de fortificação.. A Teoria Clássica da Administração, desenvolvida por seguidores de Fayol, preocupava-se principalmente com a estrutura organizacional da empresa, com a departamentalização e com o processo administrativo.. A Escola. Clássica da Administração reaparece mais tarde por meio de Peter Ducker, assim como a Escola Neoclássica, preocupada com a Administração por Objetivos..

(44) 32. 2.1.3.Teoria das Relações Humanas Após se juntar ao corpo docente da Escola de Administração de Empresas da Universidade de Harvard, EUA, o pesquisador australiano Elton Mayo (1880-1949) juntamente com Fritz Roethlisberger entre outros participaram do que viria a ser tornar a pesquisa mais famosa da Teoria de Relações Humanas, os Estudos (ou Experiências) de Hawthorne. Daí surgiu a Teoria das Relações Humanas como conseqüência imediata das conclusões obtidas neste importante estudo. Foi basicamente um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração (HAMPTON, 1992).. De acordo com a definição de CHIAVENATO (2000, p. 108): “A Teoria das Relações Humanas nasceu da necessidade de corrigir a tendência à desumanização do trabalho com a aplicação de métodos científicos precisos”.. A Teoria das Relações Humanas foi concebida baseada nas seguintes concepções (CHIAVENATO, 2000, p. 108): 1. A. necessidade. Administração,. de. se. humanizar. libertando-a. dos. e. democratizar. conceitos. rígidos. a e. mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. 2. O. desenvolvimento. das. chamadas. ciências. humanas,. principalmente a psicologia bem como sua crescente influência. intelectual. organização industrial.. e. suas. primeiras. aplicações. à. As ciências humanas vieram. demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica. 3. As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin foram imprescindíveis.

Referências

Documentos relacionados

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

Os interessados em adquirir quaisquer dos animais inscritos nos páreos de claiming deverão comparecer à sala da Diretoria Geral de Turfe, localizada no 4º andar da Arquibancada

São eles, Alexandrino Garcia (futuro empreendedor do Grupo Algar – nome dado em sua homenagem) com sete anos, Palmira com cinco anos, Georgina com três e José Maria com três meses.

Por outro lado, os dados também apontaram relação entre o fato das professoras A e B acreditarem que seus respectivos alunos não vão terminar bem em produção de textos,

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

A Vector Network Analyser is used to generate the transmitted signal and to collect the received signals, being both in the frequency range of 100 MHz to 3 GHz.. Figure 3.4:

A análise avançada é definida, no contexto da AS4100 (1990), como uma análise inelástica de segunda ordem muito precisa em que são incluídos os aspectos importantes (curvatura