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Conhecimentos, atitudes e práticas de pessoal de saúde sobre aleitamento materno

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Academic year: 2021

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(1)CONHECIMENTOS~ ATITUDES E PRÂTICAS DE PESSOAL. DE SAÓDE SOBRE. ALEITAMENTO~TERNO. .• " l. -·(:.. s MARIA lOCIA fERRARI CAVAlCANTI. Tese de Doutoramento apresentada à Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Depa~ tamento de Prática de Saúde Pú blic~, para obtençio do tftula de Poato~ ~• Saúd~ Púbtiea.. - PAULO SAO 1982. ........... -·---.......

(2) DED I CAT ÓR I A.

(3) i i. A meus filhos, Ri~a de Ci6~ia e A~natdo A meus netos,. Ta~ana. e Thiago. EM MEMDRIA De ARNALDO, saudoso marido, o maior incentivador de minhas átividades profissionais e que tanto desejou ver concluído este estudo..

(4) AGRADECIMENTOS.

(5) iv. A Profa.. Ora. Ruth Sandoval. Ma~eonde~,. seg~. pela orientação. ra, estímulo contTnuo e interesse demonstrado. Ao Prof. Dr.. Ya~o. Ribei~o. Gand~a.. ofereci. pelas sugestões. das. Ao Prof. Dr. Vonald. Wil~on,. pelo apoio emprestado e. versao. do resumo para o inglês.. A Profa. Ora.. Ma~ia Jo~ê. Roneada, pela cuidadosa. revisão apr~. deste trabalho e sugestões que contribuíram para sua sentação. A Profa. Ora.. Ma~a. Helena. P~ado. de Mello. Jo~ge. pelas. vali~. sas críticas e oportunas sugestões, organização das Tabelas e, principalmente, pelo incentivo propiciado. A Profa. Ora. Sophia. » Co~nbluth Sza~6a~e,. pela boa vontade e. dedicação na revisão do texto. As. auto~idade~. da Secretaria de Estado da Saúde, pela. auto. rização concedida e interesse revelado durante a realização do estudo. Ao pe~~oal de ~aúde das Unidades Sanitárias do Distrito. Sa I. nitário do Butantã, pela cordial acolhida e efetiva. colabo. ração no fornecimento das informações.. A Vai~y. Pi~e~. No~onha,. pela sistematização das. referências. bibliográficas. Aos. meu~. 6amilia~e~,. pela compreensao demonstrada durante a. elaboração deste trabalho, que reduziu nosso convfvio.. costumeiro.

(6) v. f ND I C E. pag. TNDICE DE TABELAS • .. X. RESUMO.. XX. SUMMARY • • , • 1 . I NTRODUÇAO •. .... .... ' .. . ....... '. XX. '. i i i. '. 2. ALEITAMENTO MATERNO E EDUCAÇAO , . 2.1. i i. 7. Importância do aleitamento materno. 2.2 Declínio do ãleitamento materno.. 8. ,. 12. 2.3 Causas do declínio do aleitamento materno.. , .. 21. 2.4 Educação em Saúde e Educação para o Aleitamento Materno . . . . . . . . •. 25. 2.5 Responsabilidades educativas do pessoal de saú d~. .. em prol do aleitamento materno,. 2.6'Conhecimentos, atitudes e práticas do. .... pessoal. de saúde sobre aleitamento materno, segundo. a. literatura especializada .. 39. 3. METODOLOGIA . . 3.1 Características da área do estudo ••. .. ... . .. 3.2 Características da população estudada. 3.2. 1 Médicos. . .. 36. 49. 50 '. .. . •.. . 51 53. 3.2.2 Enfermeiras, . ,. 55. ... 3.2.3 Auxiliares. 56. 3-3 Instrumento para coleta dos dados . . . . •. 58. 3-~. Método utilizado na coleta dos dados .. 59. 3-5. An~l. 61. i se dos dados.. . . . .. . ...•..

(7) vI. ... 4. RESULTADOS E COMENTARIOS. 4.1 Conhecimentos • .. .... .. ............ 64 66. TEMA I - Conceito de lactação e amamentação A.Fundamentação teórica • • •. .. ... .... 66. .... 68. - Conceito de lactação e amamentação. B.Avaliação • Médicos. .... • Enfermeiras. .. • Aux I l i a r e s , .. t. •. .. ..•. .. ". .. • Pessoal de Saúde, • TEMA 11. ~. .... •. t. •. ..... ... • • •. .. .. •. •. •. t. t. t. I. f. t. f. •. •. 69. • • •. 71. .. 72. •. .. ... 74. Psicofisiologia da lactação. A-Fundamentação te6rica ,. •. t. I. t. I. • • • •. 76. •. t. •. t. •. 79. '. .. .. .. '. .. B.Avaliação , Mêdicos • •. •. • Enfermeiras ,. • •. •. • • •. .. .. .. , Auxiliares. • •. .. '. ....... , Pessoal de Saúde.. •. •. '. .. • • ' '. .. ' '. ... .. 85 87 91. TEMA li I -Controle do aleitamento materno. A.Fundamentação teórica . • . • , • • •• •. ... ....... 93. - EstTmulo para a produção de leite. 100. " Analgesia e anestesia • • •. 1 ot. - Preparo pré-natal para o aleitamento ma terno • , , , • •. •. •. - lnfcio da amamentação. t. f. •. .. .•. •. •. •. • • •. •. .. •. •. ... 102 11. o.'). /~··-. -Ministração de solução de glicose. ... . L!E-~/. - Complementação.. •. •. •. t. - Amamentação sob demanda. •. .. " Amamentação noturna • • •. •. t. •. •. ... .. ' ... •. l 13. • •. I I5. • •. 1 18.

(8) vI I. - Expressão manual dos selos após as mamadas. 120. .. - Amamentação em ambos os selos •• . . . . . - Pesagem antes e depois das mamadas . . . . -Alimentação da nutriz. . ....... Uso de contraceptivos orais. . . - Higiene e cuidados com os seios.. •. I. •. I. 12 1. 122 124 126 13 1. I. B.Aval i ação. .. . Médicos.. ... .. .. 134. .' .... ..... .. . ... . .. .... . .... .. • Enfermeiras . •. .. • Aux i 1 i ares. ... Pessoal de Saúde. 169. 185 203. TEMA IV- Vantagens do aleitamento materno A.Fundamentação teórica . • .. .. ........ - Vantagens do aleitamento materno para. 205. a. ............ 208. - Vantagens do aleitamento materno para a mãe. 209. .. .. ........ 210. ... 2 11. criança • • •. . . . . . .. .. - Colostro B.Avaliação. ....... ......... .......... ........... . Médicos. . Enfermeiras. . • Auxiliares •. .... . Pessoal de Saúde •. TEMA V - Aspectos práticos do aleitamento. 218 223 232. ma. terno A.Fundamentação teórica • • • • • , • • • • • , - Como ajudar o recém-nascido a encontrar mamilo ,. .. .. . .. '. •. •. • • • •. I. o. ... Mecânica da mamada e colocação da ao selo, •. •. • • •. .. '. .. ...•. • •. o • •. criança •. •. 234. • • •. .. 236. "~--/. 237. ' I.

(9) vi i i. - Interrupção da mamada . . •. 238. - Sinais clínicos do reflexo de ejecção.. 239. B.Avaliação. . .. . Medicos.. ........ 241. .... 245. . Enfermeiras • . . Auxiliares . Pessoal de Saúde .. ....... ....... 248 252. TEMA VI - Problemas no aleitamento materno A.Fundamentação teórica.. , ... 253 255. - Inversão e pseudo-inversão do mamilo - lngurgitamento mamário -. Fissuras. . . .. ... 255 258. mamilares . •. B.Avaliação. ..... . Medicos,. 260 '268. Enfermeiras . .. 272. . Auxiliares . Pessoal de Saúde .. 275. TEMA VIl -Conhecimentos gerais sobre aleita mento materno. .... educação . . ' . . . . . . mulher para Jactar . . .. A.Fundamentação teórica. - Amamentação e - Capacidade da. .. '. -Aleitamento mater.no e deformação seios . . . .. .. .. ........ 276. 276 277. nos. '. 278. -Restrição de alimentos e amamentação. 279. -Aparência do 1e1te materno . • , . ,. 281. - Reflexos do recém-nascido e aleitamento materno.. . .. . .. ............ 283.

(10) lx. .. 284. - Duração do aleitamento materno exclusivo. 285. - Relactação. ...... ..' .. '. - Exoneração Intestinal do recém-nascido e. •. aleitamento materno, . •. ... ... ... .. 286. B.Aval i ação . Mêdicos.. . .... ......... 287. Enfermeiras. . Auxiliares . . Pessoal de Saúde • .. ... . ... ... .. 295. . . .. 299. ..... 305. AVALIAÇAO GLOBAL. 306. .. 4.2 Atitudes .. ... . Médicos.. .. . Enfermeiras, • . . Auxiliares. . .. ... '. '. .. 3 12. .... 312. ... ... 319 321. Pessoal de Saúde .. 324. .... 4.3 Práticas .. 328. . Médicos. . Enfermeiras . •. 328. .. .......... .. . Auxiliares • .. . . . .. . Pessoal de Saúde . 4.4 Informações adicionais .. 347. .. ... 351. .... .. 355 356. 5. CONTEODO PROGRAMATICO SOBRE ALEITAMENTO MATERNO.. ... ... .. 6. CONCLUSOES . , . . , . . • •. .. 7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .. ... ANEXOS . . , • . • . . • • •. 364 ~.. .. 370 375. ........ . '. 399.

(11) X. fNDICE DE TABELAS N~. pág. 1.. Distribuição dos. m~dicos. dos CS do Distrito. Sanitário do Butantã, segundo a. especialid~. de. São Paulo, 1980 • • • • • • • • • • • • 2.. Distribuição das auxiliares dos CS do. 54. Dis. trito Sanitário do Butantã, segundo o cargo. São Paulo, 1980 • • • • • •. 3.. • •••••. Distribuição das auxiliares dos CS do. 56. Dis. trito Sanitário do Butantã, segundo o servi ço onde atuam. São Paulo, 1980, • • • . • .. 4.. Distribuição do conhecimento dos médicos so bre conceito de lactação e amamentação • • •. 5.. 72. Significado de "lactação" para 64auxiliares com conhecimento classificado como errôneo.. 8.. 71. Distribuição do conhecimento das auxiliares sobre conceito de lactação e amamentação ••. ].. 69. Distribuição do conhecimentodasenfermeiras sobre conceito de lactação e amamentação. ,. 6.. 57. Distribuição do conhecimento do pessoal. 73. de. saúde sobre o TEMA I - Conceito de lactação e amamentação • • • • • • • • • • • • • • •. 9.. Distribuição do conhecimento dos médicos so bre psicofisio1ogia da lactação . • • • • ,. 10.. 79. Fatores emocionais que favorecem a ejecção do leite materno. 11.. 75. indicados por 66. m~dicos,. Fatores emocionais que inibem a ejecção leite materno. indicados por 72. m~dicos. 83. do. 84.

(12) xi. 12.. Distribuição do conhecimento das enfermeiras sobre psicofisiologia da lactação. Distribuição do conhecimento das. 85 auxiliares. 88. sobre psicofisiologia da lactação.. 14.. Fatores que favorecem a ejecção do leite terno. ma. indicados por 31 auxiliares com conhe. 90. cimento classificado como erroneo.. 15.. Distribuição do conhecimento do pessoal. de. saúde sobre o TEMA I I - Psicofisiologia. da. lactação •. 16.. 91. Distribuição do conhecimento dos médicos nas questões sobre controle do aleitamento mater no .. 17.. 135 1e i te. Melhores estímulos para a produção de materno. 136. indicados por 79 médicos.. 18. Final idades do exame pré-natal dos seios, ten do em vista o aleitamento materno, apontadas por 29 médicos com conhecimento errôneo • . .. 14 1. 19. Informações de 79 médicos sobre o que a gesta!!_ te deve fazer para favorecer o. aleitamento. 142. materno. 20.. Informações de 79 médicos sobre o que a tante deve fazer em relação. ~. higiene e. dados com os seios para favorecer o. ge~. cui. aleita. 144. mento materno. 21.. Informações de 79 médicos sobre o para iniciar a· amamentação . .. momento 1lt6.

(13) X. 22.. Razões apontadas por 18 médicos para. 23.. Razões apontadas por 17. m~dicos. 'início. ..... ?a amamentação na sala de parto. para. 147. início opa~. da amamentação entre 3 e 11 horas após. 148. to 24.. i i. Razões apontadas por 40 médicos para. início. da amamentação 12 horas e mais depois do par to. 25.. .. .. .. .. .. 149. • • .. Justificativas apontadas por 48 médicos para ministração de solução de glicose ao. recém-. nascido antes do inicio da amamentação . . . 26.. 153. Justificativas de 40 médicos para recomendar a amamentação sob demanda no primeiro mês de vida .. .. , ..... 27. · Motivos apontados por 63 médicos para. consi. derar desnecessária a expressão manual. dos. seios após as mamadas durante as primeiras manas de lactação. • •. 28.. 155. s~. • •.. Razões apontadas por 73 médicos para. 158. consi. derar inconveniente a complementação do seio 16 1. com mamadeira nos primeiros dias de vida • 29.. Razões apontadas por 59 médicos para a utili zaçao de ambos os seios em cada mamada duran te os primeiros meses.. 30.. ..... 163. Razões apontadas por 61 médicos para desacon selhar a pesagem do bebê antes e depois mamadas.. . .. .. das '. .. 165.

(14) X. 31.. Distribuição do conhecimento das enfermeiras nas questões sobre controle do. aleitamento. materno. 32.. 170. Informações de 12 enfermeiras sobre o que gestante deve fazer para favorecer o. a. aJeita. mento materno. • .. 33.. iii. 172. Razões apontadas por 10 enfermeiras para. .. ,. In I. cio da amamentação 12 horas e mais depois do parto.. 34.. 176 enfermei~as. Justificativas de 8. dar amamentação por horário. no primeiro mes. . . . . . .. . .. . .. .. de vida • .. 35.. para recomen. 178. Motivos apontados por 9 enfermeiras para con siderar desnecessária a expressao manual dos seios após as mamadas, durante as semanas de lactação.. 36.. primeiras. ... ... 180. Medidas apontadas por 10 enfermeiras para. a. higiene e cuidados com os seios das mães que. ...... amamentam. • .. 37.. Distribuição do conhecimento das. ... 182. auxiliares. nas questões sobre controle do aleitamentoma terno • .. 38.. •. •. •. •. •. '. •. •. 186. f. Melhores estímulos para a produção de materno. 39.. •. indicados por 69 auxiliares. Finalidades do exame pré-natal dos. leite. ... 187. seios,te~. do em vista o aleitamento materno, apontadas por 20 auxiliares com conhecimento. errôneo.. 189.

(15) xfv. 40.. Razões apresentadas por 22 auxiliares consideram. desnecess~rio. o exame. :que. pré-natal. dos seios, tendo em vista o aleitamento terno • • • 41.. . .. . . . . .. . . . . ' . . .. Informações de 69 auxiliares sobre o que gestante deve fazer para favorecer o. 190. a. aleita. ......... mento materno • . 42.. ma. Razões apontadas por 51 auxiliares para. 192. iní. cio da amamentação 12 horas e mais depois do. 43.. parto . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ,, .. Razões apontadas por 17 auxiliares para. con. 195. siderar conveniente a complementação do seio com mamadeira, nos primeiros dias de vida •• 44.. 196. Razões apontadas por 61 auxiliares para rec2 mendar a amamentação por horArio no primeiro. ........... mês de vida • • • 45.. 198. ju~. Razões apontadas por 60 auxiliares para. tificar a utilização de ambos os seios em ca da mamada, durante os primeiros meses. 46.. 199. Alimentação da mãe que amamenta, indicada por 29 auxiliares com conhecimento errôneo.. 47.. Distribuição do conhecimento do pessoal saúde sobre o TEMA I I I mento materno.. 48.. 202. - Controle. ...... do. de. aleita. ... •. .. 204. Distribuiçlo do conhecimento dos médicos nas questões sobre vantagens do aleitamento terno.. ..•... • •. .. •. ... • •. .. • •. ma. .• .. 212.

(16) XV. 49.. ança. 50.. .. indicadas por 79 médicos. apontadas por 12 enfermeiras. 218 a. ..... 219. ... .. .. 220. Vantagens do aleitamento materno para a mae. ....... apontadas por 12 enfermeiras. Distribuição do conhecimento das 69. auxilia. res nas questões sobre vantagens do. aleita. mente materno • . 56.. aleitamento. Vantagens do aleitamento materno para a cria!!. ça. 55.. 217. Funções do colostro para o recém-nascido pontadas por 12 enfermeiras . • •. 54.. ...• ... ........ materno • • •. 53.. 214. Distribuição do conhecimento das enfermeiras nas questões sobre vantagens do. 52.. .. • • • • •. Vantagens do aleitamento materno para a mãe indicadas por 79 médicos. 51.. cri. Vantagens do aleitamento materno para a. ............... 222. 224. Vantagens do aleitamento materno para a mãe apontadas por 44 auxiliares com conhecimento • • • • • •. ... Informações de 69 auxiliares sobre o que. e•. insatisfatório •. 57.. o colostro. 58.. •. I. • • • • •. e. .. •. I. • •. • • • • • • • •. Justificativas de I I aux i 1 i ares para. contra-. indicar a ingestão do colostro pelo. recem-. nascido.. 59,. .. •. ... •. . .. ... .•.. • •. .•.. saúde sobre o TEMA IV - Vantagens do. . . .. 228. .. Distribuição do conhecimento do pessoal. mento materno • • •. 226. 230 de. aleita. . .. ...... .. 233.

(17) XV. 60.. Distribuição do conhecimento dos médicos pr~ticos. questões sobre Aspectos mento materno.. 61.. •. nas. aleita •. •. t. Informações de 79 médicos sobre como a percebe a ejecção do leite •. 62.. do. i. • .. 241. •. ma e. 243. 1. Distribuição do conhecimento das enfermeiras nas questões sobre Aspectos práticos do alei. ... tamento materno . •. 245. Informações de 12 enfermeiras sobre como. a. 247. mãe percebe a ejecção do.leite •. 64.. Distribuição do conhecimento das. auxiliares. nas questões sobre Aspectos práticos do alei. ... tamento materno . •. 65.. Informações de 69 auxiliares sobre como. 67.. 250. Distribuição do conhecimento do pessoal. de. saúde sobre o TEMA V - Aspectos práticos. do. aleitamento materno • .. '. ...... terno.. ........ o. o. ma. 261. I. Informações 1de 79 médicos sobre como. prev~. nir fissuras mamllares em mães que amamentam. 69.. 252. Distribuição do conhecimento dos médicos nas questões sobre Problemas no aleitamento. 68.. 249. a. ... mãe percebe a descida do leite . 66.. ... 263. Informações de 79 médicos sobre como o ingur gltamento terno, .. mam~rio. . .. '. prejudica o aleitamento. . .. '. '. ........ m~. 265.

(18) XV. 70.. Informações de 79. II. sobre medidas para. m~dicos. prevençao do ingurgltamento dos se i os em mães. ...... que amamentam,. 71.. .. • •. 267. Distribuição do conhecimento das enfermeiras nas questões sobre Problemas no materno.. 72.. .. •. aleitamento. ... .. •. Informações de 12 enfermeiras sobre como. 269. o. ingurgitamento mamário prejudica o aleitamen. . ... to materno ,. 73.. ... auxiliares. nas questões sobre Problemas no. aleitamento. ... 272. Informações de 69 auxiliares sobre como venir fissuras mamilares em mães que tam.. 75.. ....... ..' .... Distribuição do conhecimento do pessoal. mento materno.. •. t. •. •. de. 275. •. Distribuição do conhecimento dos médicos nas gerais. ... .... sobre o aleitamento materno,. Informações de 79 médicos sobre reflexos. do. recém-nascido que atuam na alimentação. ao. .. se i o . .. 78.. 274. aleita. questões referentes a Conhecimentos. 77.. pr~. ·amamen. saúde sobre o TEMA VI - Problemas no. 76.. 271. Distribuição do conhecimento das. materno.. 74.. .. .. '. '. .... •. •. •. t. ... t. t. t. t. I. I. 289. 79. Significado da palavra ••relactação" para médicos . •. 288. t. t. 290.

(19) XV. 79.. Respostas e justificativas de 79 médicos questão:. 11. i Ii. ã. deve-se suspender o aleitamento ma. terno quando o recém-nascido apresenta fezes diarréicas, esverdeadas,. explosivas,imediat~. mente após as mamadas 11 ?. 80.. t. •. 293. e. I. Informações de 79 médicos sobre a duração do aleitamento materno exclusivo.. 81.. t. .. . ... Distribuição do conhecimento das enfermeiras g~. nas questões referentes a Conhecimentos rais sobre aleitamento materno • 82.. ..... Distribuição do conhecimento das. 296. auxiliares. nas questões referentes a Conhecimentos rais sobre aleitamento materno • 83.. g!. ...... Alimentos ingeridos pela mãe que. indica-. dos por 50 auxiliares com conhecimento. 85.. Danos causados ã criança por alimentos. Distribuição do conhecimento do pessoal. de. saúde no TEMA VIl -Conhecimentos gerais. so. ~. •. •. •. !. 303. 305. Distribuição do conhecimento dos médicos nos Temas sobre aleitamento materno.. 87.. 302. da. indicados por 50 auxiliares. bre aleitamento materno.. 86.. erro. .... neo • • •. dieta da nutriz. 300. prejudicam. a criança por meio do leite materno. 84.. 294. 307. Distribuição do conhecimento das enfermeiras nos Temas de aleitamento materno. •. •. t. •. •. •. 308.

(20) xlx. 88.. Distribuição do conhecimento das nos Temas de aleitamento materno. 89.. auxiliares •. I. .. t. •. Distribuição do conhecimento do pessoal. ... Distribuição das atitudes de 79 médicos. 310. em. relação ao aleitamento materno , 91.. 309. de. saúde nos Temas de aleitamento mater:no • 90.. • •. 312. Distribuição das respostas de 79 médicos. ãs. proposições utilizadas para avaliação de ati tudes em relação ao aleitamento materno. 92.. Opinião de 79 médicos sobre quem deve. 314 dar. orientação na irea do aleitamento materno em Centros de Saúde • 93.. .. ....... ... Distribuição, por sexo, das atitudes de. 79. médicos em relação ao aleitamento materno •• 94.. Distribuição das atitudes dos 30. Distribuição das atitudes de 69. 320. auxiliares. em relação ao aleitamento materno •• , • 97.. 319. Distribuição das atitudes de 12 enfermeiras em relação ao aleitamento materno, • • • • •. 96.. 317. residentes. em relação ao aleitamento materno • • • , ••. 95.. 316. .. .. 323. Opinião de 69 auxiliares sobre quem deve dar orientação na &rea do aleitamento materno em Centros de Saúde • • • • • • • • • , . , , •. 98.. Distribuição das atitudes do pessoal de de em relação ao aleitamento materno. .. 325. saú. .. 326.

(21) XX. 99.. i~. Finalidades do exame pré-natal dos selos,. dlcadas por 18 médicos que realizam o exame, tendo em vista o aleitamento materno . 100.. 329. Razões apontadas por 24 médicos para nao. fa. zer o exame pré-natal dos seios, tendo. em. vista o aleitamento materno, 101.. 330. Razões apontadas por 25 médicos para nao ori entar gestantes sobre aleitamento materno . .. 102.. Informações de 61 médicos sobre até que de prescrevem aleitamento materno. .. para a criança • 103.. ida. exclusivo. ......... ... os seios. ... .. ... com 337. '. Conduta e justificativas apontadas por 79 mé dicas quanto ã orientação de nutrizes. sobre. a amamentação noturna nos primeiros meses . • 105.. Informações de 79 médicos sobre o. 341. Razões apontadas por 61 médicos para nao ori entar nutrizes sobre a técnica de çao • .. 107.. se. ... ... queixam de fissuras mami1ares,. 339. comport2_. mente adotado quando mães que amamentam. 106.. 334. Razões apontadas por 52 médicos para nao cri entar nutrizes sobre higiene e cuidados. 104.. 332. •. •. •. •. t. t. •. t. t. amamenta •. I. Conduta de 79 médicos quando a nutriz que seu leite é Insuficiente , •. t. •. t. t. refere. ..... 343.

(22) xxi. 108.. primeira consulta. p5s~parto,. complementam. .... seio com mamadeira • 1o9.. Ori~ntação. 111.. Fontes dos conhecimentos sobre. 355. aleitamento. 357. aleitamento. 358. apontadas por 12 enfermeiras. aleitamento. apontadas por 69 auxiliares •. Opinião de 159 informantes que compõem o soal de saúde. sobre as causas do. do aleitamento matérno no Brasil. 351. as. m~dicos.. Fontes dos conhecimentos sobre materno. 114.. apontadas por 79. Fontes dos conhecimentos sobre materno. 113.. .. que complementam o seio com .m.amade ira •. materno 112.. 346. '. ... Orientação ·ministrada por 59 auxiliares maes. o. minis. sobre aleitamento materno. trada por 40 auxiliares a gestantes •• 110.. ~. Comportamento de 79 médicos com mães que,. 359 pe~. declínio. ... 362.

(23) XX. I I. RESUMO. Este trabalho investiga conhecimentos, atitudes. e. práticas de pessoal de Unidades da Secretaria de Estado. da. Saúde de São Paulo, referentes ao aleitamento materno.. Fo. ram entrevistados 79 médicos, 12 enfermeiras e 69 auxiliares que dão atendimento a gestantes e mães, Os resultados mostram que o pessoal de saúde. está. despreparado para promover o aleitamento materno, Apresentam-se sugestões sobre conteúdo programático a ser focalizado na preparação de recursos humanos que atuam na área de atenção materno-infanti 1..

(24) XX. iii. S U MMA R Y. The present survey studies knowledge, attitudes and practices of Health Unit personnel from Health Units of the Secretariate of Health of the State of São Paulo b r e as t f e e d i n g . Se v e n t y- n i n e p h y s i c i a n s , t we 1v e sixty-nine auxi 1 iary personnel attending. on. regarding nu r se s. a nd. pregnant women. and mothers were interviewed. Results show that the members of the Publ ic Health team are not prepared to promete breast feeding. Suggestions are presented regarding program content for preparation of human resources mother and chi ld care.. that. are. involved. in.

(25) 1.. I NTRODUÇAO.

(26) 2. O declínio do aleitamento materno, fenômeno do cuJo XX, vem constituindo sério problema no mundo por implicações para a saúde, economia e mesmo. se suas. desenvolvimento. de comunidades. Em certas áreas a importância do aleitamento materno é tão grande que o abandono dessa prática representa grave problema de Saúde Pública. Pafses industrializados e em desenvolvimento. so. li. fremas consequências da substituição do aleitamento. mater. no pela alimentação artificial, durante os primeiros. meses. "- . de vida da criança. Essas consequenctas, embora. diferentes,. sao sempre desfavoráveis. Nos países desenvolvidos o abandono da alimentação ao seio acarreta prejuízos imediatos à saúde infantil.. A. criança deixa de receber a proteção específica conferida. p~. lo aleitamento materno contra infecções, sujeita-se ao risco de doenças que se associam à alimentação artificial e tem me nores oportunidades de interação psico-social com a mae. Informações científicas recentes revelam que. cer. tos agravos i saúde da criança, associados com a ai imentação artificial, podem ter repercussão na saúde do adulto. toca so, por exemplo, da obesidade infanti I, cuja prevalência. p~. rece estar aumentando em países industrializados. Nesses pai ses, onde a obesidade é um dos mais sérios problemas. nutri. clonais, as investigações sobre o tema sugerem que a. alimen. tação artificial pode bem constituir uma das causas do blema. Alguns estudos mostram que proporção elevada de tos obesos foram também escolares obesos; outras. pr~. adul. pesquisas~. videnciam que importante percentagem de escolares obesos. ti.

(27) 3. veram obesidade na infância, e foram alimentados. artificial. mente nessa fase da vida. Nos países em desenvolvimento os efeitos. nefastos. da adoção do aleitamento artificial, ao invés do aleitamento esp~. materno, são muito mais extensos e dramáticos. Atingem cialmente famílias de baixa renda, que representam. parcela. bastante expressiva da população, entre as quais o número de nascimentos é maior, mais baixa é a escolaridade e. piores. sao as condições de habitação, saneamento básico e higiene. No Brasil, como em países de semelhante grau de. d~. senvolvimento, optar pela alimentação artificial em detrimen to da alimentação ao seio, de modo generalizado, e. prejudl. car um grande número de mães, crianças e a própria. comunida. de. O exame resumido das conseqUências prejudiciais. ocasio. nadas pelo abandono do aleitamento materno permite ressaltar a tmportância de que se reveste o problema. Abandonar a. ali. mentação ao seio, nas áreas em desenvolvimento, significa s! multaneamente: a) desnutrir, elevar a morbidade e aumentar a mortalidade infantil;. b) limitar a realização do. potencial. genitico de muitas crianças que, carregando consigo as seqU~ las da desnutrição precoce, se transformam em adultos. inca. pazes de dar contribuição útil ao meio social onde vivem; c) desperdiçar o leite materno, inigualável por suas propriedades singulares, e ao mesmo tempo investi r, obrigatoriamente, proporção elevada do minguado orçamento doméstico na. aquis!. ção de outros leites, fato comum em numerosas famílias; aumentar o trabalho e os gastos com gêneros alimentícios, tensílios e combustível, exigências próprias da artificial;. d) u. alimentação. e) acarretar ao país evasão de divisas para. a.

(28) importação de leite em pó, o que constitui pesado conômico, e. f) entravar, indiretamente, o. encargo~. desenvolvimento. nacional. Ante as dimensões e conseq~encias do declínio aleitamento materno no mundo, bem como face às novas. do desco. bertas das múltiplas vantagens que essa prática de alimenta ção infantil propicia, agências internacionais,. governos,e~ emp~. peciaJistas das mais diversas áreas e grupos de leigos nham-se em deter a queda e conseguir o retorno ao to natural;. r~comendam. aleitame~. pr~. sua adoção, estudam as causas do. blema e aconselham que sejam intensificadas as pesquisas. a. elas referentes. No Brasil,envidam-se os mesmos esforços. e. são feitas idênticas recomendações, uma vez que o do aleitamento materno é acentuado, tanto na. declínio 11. frequência,. quanto na duração. A Educação em Saúde, na qual se inclui a. educação. visando ao aleitamento materno,de há muito é reconhecida mo o meio mais promissor para promover e reabilitar. c~. essa. prática nas áreas onde ela declinou. Ultimamente organismos internacionais e nacionais de saúde vêm enfatizando a. impo~. tância e necessidade imprescindível da educação de. crian. ças, mães, pessoa) de saúde e pÚblico em geral para. favore. cer a adoção do aleitamento materno. Refletindo sobre o problema e conseqUências do clínio do aleitamento natural em nosso meio, decidimos Jizar este estudo, levando em conta especialmente os tos seguintes:. de rea. aspe~.

(29) 5. a) no Município de São Paulo o problema existe e e relevante; b) a alimentação ao seio é necessidade. imperiosa. para lactentes de baixo nível sócio-econômico, particularmente por razões de sobrevivência,saú de e economia; c) as Unidades Sanitárias do Governo é que dão. ate~. dimento à parcela mais carente da população; Secr~. d) o Governo de São Paulo, por intermédio da. taria de Estado da Saúde, decidiu implantar. o. Projeto de Incentivo ao Aleitamento Materno, co mo parte integrante do Programa de. Assistência. Materno-Infantil em vigor nas Unidades. Sanitã. rias estaduais; e) compete ao pessoal de saúde desses Serviços. a. responsabilidade de desenvolver a educação para o aleitamento materno com gestantes,. puerperas. e lactantes; f) para desempenho de função educativa na area aleitamento materno o pessoal de saúde. do. precisa. estar devidamente capacitado; g) nao foram encontradas investigações que sem, especificamente e com certa. avalia~. profundidade,. modos de pensar, sentir e agir do pessoal de saú de que atua em Unidades Sanitárias, no que. con.

(30) 6. cerne ao aleitamento materno. O desejo de colaborar para que se consiga o. retor. no do aleitamento natural entre nós constituiu motivação. ba~. sobr~. tante para a realização deste trabalho,tendo em vista,. tudo, os benefícios que essa prática de alimentação pode con ferir. ~s. nossas crianças e mães menos privilegiadas . . Este estudo teve por objetivo geral. incentivar. aleitamento materno mediante contribuição para o. o. planejame~. to de intervenção educativa destinada ao pessoal de. saúde.. Para consecução desse objetivo pretendemos especificamente: 1. Avaliar. conhecimentos de pessoal de saade. so. bre a alimentação natural. 2.. Identificar atitudes de pessoal de saúde relati vas. ~alimentação. ao seio.. 3. Caracterizar práticas de pessoal de saúde. qua~. to ao aleitamento materno.. 4. Oferecer subsídios referentes ao aleitamento ma terno para a preparação de recursos humanos que atuam em serviços e programas de atenção. mater. no-infantil. O trabalho inicia apresentando considerações sobre o aleitamento natural e a Educação, onde são analisadas. as. responsabilidades educativas do pessoal de saúde em prol. da. alimentação ao seio. Em continuação, descreve a metodologia empregada e mostra os resultados obtidos. Ao final, expõe as sugestões propostas e as conclusões do estudo,completando-se com as referências bibliográficas e anexos..

(31) 2.. ALEITAMENTO MATERNO E EDUCAÇÃO.

(32) 8. 2.1 IMPORTÃNCIA VO ALEITAMENTO MATERNO. Desde o aparecimento do Homo erectus,que data. de. muitos milhÕes de anos, o homem tem criado sua prole nos estágios iniciais da vida extra-uterina quase que. exclu. sivamente com leite humano. Apenas há dez mil anos a. do. mesticação do gado permitiu fossem usados outros. lei. tes 112 • O aleitamento ao seio constituiu universalmente, até o século XX, o modo principal de alimentar o infante nos primeiros meses de vida 84. •. Somente nos últimos. 50. anos generalizou-se na alimentação infantil o emprego do leite de vaca ministrado por mamadeira, em. substituição. ao leite materno. Esta prática é referida por como. 11. HAMBRAEU~ 4. o mais amplo experimento biológico ocorrido. sem. uma série controle 11 • O comportamento humano observado em comunidades tra dlcionais, que dá primazia ao aleitamento materno na ali mentação infantil, é prática correta, conforme. demons. tram estudos recentes sobre as características do. leite. humano e do ato de amamentar. Tem sido admirável nos. Úl. timos anos o fluxo de pesquisas multidisciplinares em to do o mundo, revelando novos fatos científicos que. ates. tam as singulares vantagens da alimentação natural.. O. aleitamento materno pode propiciar benefícios tanto. ao. binômio mãe-criança, quanto à comunidade. O valor do leite humano e da amamentação para a. n~. trição e saúde da criança tem sido evidenciado por diver sos investigadores. HARFOUCHE 8 8. ,. a na 1 i sando a importância do a 1 e i tamento.

(33) 9. materno, apresenta uma sirie de. pesquis~s. que demonstram. ser satisfatório, durante os seis primeiros meses de. vi. da, o ganho de peso de crianças alimentadas exclusivamen te ao seio. Segundo PETROS-BARVAZIAN 180 ,alguns estudos sugerem que, nos países industrializados, a criança em. aleitame~. to natural cresce melhor do que a criança alimentada. ar. t i f i c i a I me n te • JELLIFFE e JELLIFFE 122. ,. pr~. em 1972, resumindo as. priedades únicas do leite humano quanto aos aspectos bio químicos, referem-se ao excelente crescimento e. estado. nutricional do lactente que recebe apenas leite. materno. durante os primeiros 4 a 6 meses de idade; esses. especi~. listas assinalam ainda a facilidade de digestão e assimi lação do leite de peito, alimento especificamente. elabo. rado e ajustado às necessidades nutricionais e às. carac. terísticas fisiológicas da criança nos estágios iniciais de sua existência. Crianças alimentadas ao seio têm maior resistência as infecções, pela proteção imunológica que lhes i buída por anticorpos específicos e fatores. antimicrobia. nos presentes no colostro e leite materno, como tram MATA e WYATT 1 ~ 6 , HANSON e W1NBERG 86 SMITH. 70 ,. e WINBERG. CUNNINGHAM 50. BEZKOROVAINY 22 ,. ,. REDDY e. e JELLIFFE e JELLIFFE 119. demons. GOLDMAN. ,. GERRARD 68 , HANSON e colaboradores 87 72 ,. atri. ,. e. GOTHEFORS. colaboradores 190. ,. •. Entre nós, REGO FILH0 192 verificou que crianças. a. mamentadas durante mais de 2 meses apresentam menor incl dência de diarriia e número menor de internações por sa causa. MARTINS FILHO e colaboradores 1 ~. 5. es. estudaram com.

(34) 1o. parativamente a morbidade no. 1~. ano de v1da. de crianças. alimentadas ao seio e artificialmente, por intermédio de histórias da amamentação obtidas de 855 mães. Concluiram que a incidência de processos infecciosos. (otites,gastr~. enterites, infecções das vias aéreas superiores e çoes próprias da infância) foi sempre menor, em. infec. percent~. gem, nas crianças amamentadas do que nas crianças que cebiam alimentação artificial nos quatro períodos. r~. consi. derados: neo-natal precoce, neo-natal tardio, 1 a 6. me. ses e de 6 meses a 1 ano. SIGULEM e colaboradores 217. ,. em estudo de seguime~. to de lactentes, aval i aram a influência da prática do. a. leitamento materno na morbidade, usando como indicador o número de internações hospitalares ocorridas durante pesquisa. Seus resultados mostram que. a. a mamadeira tinha. sido introduzida para 42 crianças internadas. Destas, 40 estavam desmamadas e apenas 2 recebiam aleitamento Os autores enfatizam que. 11. mist~. não ocorreu nenhum caso de. in. ternação entre as 11 crianças que tiveram aleitamento na tural exclusivo até o sexto mês 11 • As vantagens psicológicas do aleitamento. materno. para a mae e a criança têm sido ressaltadas por NEWTON e NEWTON 119. ,. 169. ,. SOSA e colaboradores 22 ~ e JELLIFFE e JELLIFFE. entre outros especialistas, ante os sugestivos. sultados de estudos científicos. A amamentação melhor interação mãe-criança, estreita o vínculo. re. propicia mater. no-infantil, satisfaz necessidades emocionais e, segundo NEWTON e NEWTON 167 ,. .. interfere positivamente naatividade,. aprendizagem, personalidade e capacidade de adaptação.

(35) 11. do ser humano. No que diz respeito à mae, HARFOUCHE 88 refere. que. .. confere pelo menos 5 vantagens. a. mulher que amamenta: a) simplicidade e conveniência,. p~. la pronta disponibilidade do leite e facilidade de. mi. o aleitamento. na~ural. nistraçio; b) custo exigido para a fabricaçio do. leite. pela glândula mamária, que é compatível com o poder compra mesmo de mães de baixa renda; gestaç~es;. de. c)espaçamento das. &) baixa incidência de câncer mamário; e e). satisfaçio emocional. Quanto à comunidade, sio múltiplos os. benefícios. do aleitamento materno. Sobre esse aspecto JELLIFFE. e. JELLIFFE 119 procedem a miriuciosa e profunda análise para comprovar quão vantajosa é a amamentaçio. Os autores de monstram a significação do leite materno na economia fa miliar e nacional e a poupança que resulta de seu. empr~. go; calculam o montante de recursos financeiros que serviços de saúde sio obrigados a investir para. os. atendi. mento das crianças privadas da função protetora do alei tamento ao seio; alertam para as possíveis. implfcações. negativas, conseq~entes à alimentaçio desequilibrada no 1~. ano de vida, com sérias repercussões no. desempenho. escolar e vida adulta, e salientam os aspectos vos do aleitamento materno e seu impacto sobre a. positl saúde. nas suas dimensões física, mental e social. Todavia, apesar da superioridade do aleitamento ma.

(36) 12. terno, que sempre foi admitida pelos especialistas em. N~. trição e Saúde, e que os modernos conhecimentos científi progre~. cos atestam ã saciedade, vem ocorrendo declínio. sivo da amamentação no mundo inteiro, ainda que seja. de. sigual sua distribuição geográfica. Esse fenômeno foi qu.! lificado por HENDRICKSE 91 como "a mudança de comportamen to mais importante que a história tem registrado".. 2.2 VECLfNZO VO ALEITAMENTO MATERNO. O declínio da alimentação natural. iniciou-se. centros urbanos dos países industrializados e depois também as áreas rurais.. nos. alcançou. Nos Estados Unidos daAmé. rica do Norte a amamentação caiu acentuadamente. durante. o século atual, quer em freqUéncia, quer em duração 5 ~ 8 ~ 15lt205. ... HcGEORGE 1 -. evidenciam. O mesmo ocorreu na Europa, como 8. ,. VAHLQUIST 2 -. 8. e SENECAL e colaboradores 215. A queda da alimentação ao seio aconteceu até nos. países. escandinavos, onde o aleitamento materno sempre foi siderado elemento essencial e prioritário para a materno-infantil e, como diz HELSING 89. con saúde. reconhecido pela. ,. "moral popular" como boa prática de alimentação e socialmente aceita. Entretanto, países. norma. industrializados. mostram tendência ao retorno do aleitamento materno, gundo informam GUTHRIE e GUTHRIE 80. ,. •. HELSING 89. ,. se. HOFVANDER. 11. e PETROS-BARVAZIAN'' e. HOFVANDER e SJOLIN 95 •. Nos países em desenvolvimento a queda da. amamenta. çao difundiu-se depois da Segunda Guerra Mundial. E. evi. dente a diminuição do aleitamento materno nas áreas urba.

(37) 13. nas e periurbanas, atingindo ainda as zonas rurais 35 ' 37 ' '7 s, 9 2 ' 1 5 5 ' 1 6 3 ' 1 8 1 ' 2 Q 7 ' 2 Q 8 ' 2 ~. 5. No Brasil, embota nao haja levantamento. sistemãti. co para diagnosticar a situação do aleitamento. materno. nas diferentes regiÕes do Pafs, existem estudos. isola. dos e teses acadêmicas recentes que constatam o decl Tnio geral da amamentação. entr.e,nõs12•2~•lOO•lltlt•lB5•186•ltb. 192t210•231•21t0 No Estado de São Paulo, pesquisas realizadas la~. reve. diminuição do aleitamento ao seio, tanto no. rior37t1ltlt•ll6•19~,. quanto na. inte. Capital2D•l00~2D0•217•. 21tltt21t7. ··-. .. Diversos especialistas analisam as consequencaas da mudança de comportamento que ocorreu nas práticas de. a. limentação infantil. Para HAMBRAEUS 8 ", a evidência disponfvel indicaque os efeitos a curto prazo da alimentação artificial, que substituiu oaleitamento materno em pafses industrializa dos, são usualmente bons; nesses pafses,. melhoramentos. na tecnologia em geral, no saneamento do meio, no nfvel sócio-econômico e educacional permitem que o. aleitamen. to artificial seja praticado de modo extenso e tório. Entretanto, ainda que as sociedades. satisfa. desenvolvi. das tenham empregado com êxito a a 1 i men tação a rt i f i c i a 1, HAMBRAEUS 8 " adverte que muito pouco se conhece sobre as implicações a longo prazo dessa revolução dietética. so. bre o desenvolvimento psicológico, econômico,. nutricio. nal e de saúde pública da espécie humana. Foi. sugerido.

(38) t4. por HALL 82 , por exemplo, que a amamentação. possibilita. ao recém-nascido desenvolver um mecanismo de controle do apetite. Assim, o. beb~. aleitado naturalmente regula sua. alimentação em resposta às mudanças fisiológicas na com posição 'qufmica do leite, que ocorrem ao longo. da da. Este mecanismo nao funciona na alimentação. mama artifi imp~. cial; a concentração e sabor uniformes do alimento. dem que a criança controle sua ingestão. Além disso, no aleitamento artificial quem determina a concentração quantidade do alimento a ser consumido pelo. beb~. e. é a pe!_. soa que prepara e ministra a alimentação. OATES 173 · tudando práticas de alimentação infantil de 100. es. ,. maes,. em Londres, manifesta sua preocupação com dois·dos. re beb~s. sultados de seu inquérito: a grande proporção de. que estão recebendo mamadeiras superconcentradas e a in trodução muito precoce de alimentos sólidos e semi-sóti dos na dieta de crianças menores de 6 meses {mais. comu. mente entre 3 e 4 semanas de vida), fato já notado. por. TAITZ 236 anteriormente. Outra desvantagem a longo prazo do aleitamento. ar.. tiftcia1 relaciona-se com as diferenças bioquímicas. de. composição do leite humano e leite de vaca. Estudos. mo. lacten. dernos sugerem que a alimentação artificial de tes pode levar ã aterosclerose 2. '. 119. '. 172. ,. que de per. e por suas. conseqU~nci as a tua 1 mente é um dos. si. p r i nc i pais. problemas de Saúde Pública nos países desenvolvidos. Diversas afecções que preocupam. sobrema~eira. diatras estão também associadas à alimentação cial: problemas alérgicos, hipocalcemia. os. p~. artifi-. neonatal,amino~.

(39) 15. cidemia, hipernatremia, enterocolite necrotizante,infeE ções generalizadas e mesmo morte súbita de lactentes,que e rara em bebês amamentados 51. '. 52. •. 71. •1. 22. •. Nos pafses em desenvolvimento, particularmente nas camadas menos privilegiadas da população, as. 11-. conseque_!!. cias do declfnio da amamentação são muito mais trágicas. Nesses pafses o aleitamento materno é impreterfvel questão de vida ou morte. MYRES mação citando WION e GORDON 263. •. 159. e. comprova essa. afir. Estes pesquisadores,ef~. tuando estudo longitudinal do aleitamento materno área rural de Punjab (fndia), onde a mortalidade tal era bastante elevada, declaram que. na neona. "virtualmente,t~. das as crianças que não foram alimentadas ao seio duran .te o primeiro mês de vida morreram". Pesquisa de PLANK e MILANESI. 181. em 15. comunidades. rurais do Chile revelou que houve três vezes mais. mor. tes entre lactentes alimentados artificialmente, do que entre os exclusivamente amamentados. PUFFER e SERRAN0 186 estudaram a mortalidade. infan. tll e o aleitamento materno em 13 Projetos latino-ameri canos. Das 12.106 crianças que morreram no primeiro ano de vida, apenas 52,5% tinham sido amamentadas por 1 mes ou mats. Esta pesquisa mostrou bem que a alimentação tificial está associada com maior número de mortes diarréia: das. 1~916. crianças mortas entre 28 dias e. meses de idade, que não foram alimentadas ao seio,. a~. por 5 991. (51,7%) morreram por diarréia.. MONCKEBERG 15 ~ assim descreve as conseqUências. do.

(40) 16. declínio do aleitamento materno nos pafses em vimento:. 11. desenvol. na maioria dessas áreas as condições. rias, educacionais e culturais sio. sanitá. in~dequadas,. levando. a um sério risco para a maior parte dos lactentes. que. vivem em um meio altamente contaminado. Ainda mais,o al to custo da produçio e processamento do leite de. vaca se~. coloca-o além da capacidade financeira de grandes mentos da população nessas comunidades;. con seqUe n teme_!! pr~. te, a desnutrição torna-se prevalente nos períodos coces da vida e acarreta alta mortalidade 11 • JELLIFFE. 107. e JELLIFFE 123 consideram funesto o impa~. to da alimentaçio artificial sobre o lactente de. baixo. nível sócio-econômico de países em desenvolvimento,. em. razao das precárias condições de higiene, educaçio e re cursos financeiros. Tais condições levam ao uso de mama detras muito diluidas e contaminadas 109. t1. 43. tl. 55. '. 203. ,. 208. ,. que resultam em episódios freq~entes de diarréia, maras mo nutricional e alta mortalidade no GERRARD. 68. 1~. ano de. vida.. refere que constitui uma tragédia de. prime!. ra ordem o abandono do aleitamento materno e sua. subs. tituiçio pela alimentaçio artificial nos países em senvolvimento, tendo em vista o papel. de. Ímpar do leite hu. mano na proteçio de lactentes contra infecções gastroi_!! testinais e outras. No Brasi 1 também o declínio da alimentação ao seio mostra suas conseq~ências na morbo-mortalidade infantil. Por exemplo, nas três cidades brasileiras incluídas Investigação lnteramericana de Mortalidade na cia 186. ,. Recife, Ribeirão Preto e São Paulo,. na. lnfân morreram.

(41) 17. mais por diarréia as crianças que nao foram. amamenta. das. Na Cidade de São Paulo, LAURENTI. 13. ~. observou que a. desnutrição foi causa básica ou associada em. pe rce n t,!. gem elevada das mortes de crianças menores de 1 ano. Ao • f .. _ . d mesmo tempo, salientou a b a1xa requencta o. aleitamen. to materno, acentuando a importância desse evento. como. fator contribuinte para a desnutrição. Das crianças que morreram, somente pequena. proporção fora alimentada ao. selo por um mês ou mais. Pesquisa realizada no Município de Sio Pau1J 0 ~on~ tatou que, das 500 crianças estudadas, somente 23% ram amamentadas até o ram no. 1~. 6~. mês e 46% dos desmames. fo. ocorre. mês de vida. Em contrapartida, a quarta parte. das crianças examinadas tinha. algum grau de. desnutri. ção. No grupo de renda mais baixa, 46% das crianças ram desnutridas e, praticamente, todos os casos de. e des. nutrição moderada e severa ocorreram nesse grupo. Com o abandono do aleitamento materno e. dissemina. çao da alimentação artificial nos países em. desenvolvi. mento, o padrio de desnutrição vem sofrendo. mudança,de~. locando-se para idades mais precoces 200t203. 19. •. 120. •. 15. ~•. 19. 3tl97,. Essa ocorrência tem repercussões amplas e gr.!. ves: aumento da mortalidade infanti 1 e prejuízos, possl velmente. . r re ve rs .ve . s , 1. 1. 1. para as crianças. que conseguem. breviver à desnutrição. SADRE e co1aboradores 203. s~. assim. se expressam ante a mudança mencionada: "na espécie. hu. mana, 65% do crescimento extra-uterino do cérebro é. al. cançado no. 1~. ano de vida. Sabe-se que, quanto mais. pr~.

(42) 18. coce a desnutrição,. maiores os danos irreparáveis. sistema nervoso. Se a desnutrição se tornar. no. prevalente p~. nesse estágio precoce, as naçoes em desenvolvimento. derão ter de arcar com a sobrecarga econômica de muitos cidadãos física e mentalmente retardados". Aspecto do declínio da amamentação nos países. em. desenvolvimento, nem sempre levado em conta, diz respel to i. significação econômica do aleitamento materno,. fa. ce às grandes necessidades e escassez de recursos neles existentes. Como lembra BERG 21. ,. 11. o abandono do aleitamen. to materno constitui crise econômica comparável i. crise. do petróleo, pois envolve um recurso natural valioso. e. perda de milhÕes de dólares". Os economistas e outros profissionais vem. demons. trando que o aleitamento natural é um meio econômico de alimentar crianças, sempre de custo mais baixo comparado i. alimentação artificial~'. 133. '. 1. ~. 9. •. quando. Durante. Seminário sobre o estímulo do .aleitamento natural. 21. o. ~,. realizado no Estado de São Paulo (Campinas), que contou com a participação de autoridades do Governo e. especi~. listas na área da Saúde Pública, Nutrição, Educação, diatria, Ginecologia e Obstetrícia, foram. P~. demonstrados. os efeitos econômicos da alimentação ao seio em relação. à família, aos serviços de saúde e ao Brasil como um to do. Para o nosso País, a amamentação pode. proporcionar. poupança muito importante, conforme conclusão do referi do Seminário: "Se as 2.500.000 mulheres que dão à. luz. cada ano amamentassem seus filhos durante um período m~ dio de 3 meses, ainda que fornecessem 9penas 400 ml. por.

(43) 19. dia, estariam produzindo de 90 a 100 milhÕes de. 1 itros. de leite. Um aumento da duração média da amamentação. a. 6, 9 e 12 meses, significaria uma produção adicional de 100, 200 e 300 milhÕes de litros, respectivamente,. de. leite da mais alta qualidade para a criança. Para. com. pensar este desperdício é necessário importar uma. qua~ repr~. tidade equivalente de leite de vaca em pó, o que senta para o País pesado Ônus econômico e acarreta. si~. nificativa evasao de divisas. Além disso, com o. aleita. mento natural o País conseguiria indivíduos de. melhor. saúde e, portanto, com maior produtividade 11 • do essa. Confi rman. conclusão, o Instituto Nacional de Alimentação. e Nutrição- INAN 101. refere que, com as práticas atuais. de abandono da amamentação, o Brasil perde 180. milhÕes. de possíveis litros de leite humano. O valor dessa da foi calculado pelo INAN: 7 bilhÕes e 200 milhÕes cruzeiros por ano, perda que esse Órgão federal. pe~. de. r essa 1. ta se r e v i t á v e 1 e cu j a som a e q u i v a 1e a o o r ç a me n to to ta 1, do ano de 1979, do Programa Nacional de Alimentação. e. Nutrição(PRONAN). O INAN assinala ainda que o valor cal culado da perda não incluiu o custo necessário para nar a desnutrição estabelecida 102. sa. •. Dúvida não resta, pois, que o aleitamento. materno. tem influência positiva no que concerne à sobrevivência de parcela significativa de crianças no. 1~. ano de vida,. nos países em desenvolvimento; interfere favoravelmente na saúde materno-infanti 1, qualquer que seja o tipo. de. comunidade considerada, e influi sobre o estado de. sau. de e qualidade de vida da população em geral. Suas. van.

(44) 20. tagens fora• be• resu•ldas pela Organização Mundial. da. Saúde (ONS) e Fundo das Nações UnI das para a. lnfincla. (UNI CE F) 1 71 •. I ntegran. e• 1980: ••a a•a•ntaçio é par te. -. te do processo reprodutivo; i a ..nelra natural e Ideal de all.antar o lactente, constituindo uma base. blol~g!. ca e e.aclonal lnlgualivel para o desenvolvl.ento. da. criança. Esse e outros efeitos l•portantes do aleita ..~ to .. terno na prevenção de Infecções, na saúde e · be•-. -. estar da •ie, no Intervalo entre partos, na saúde da fa. -. •fila, na própria fa•flla, na econo•la nacional e na pro duçio de all ..ntos faze• co• que a a•a.. ntaçio seja aspecto vital da auto-confiança, dos cuidados. u•. prl~~rlos. de saúde e das atuais estratégias de desenvolwl ..nto 11 • Tendo e• vista os efeitos danosos do declfnlo. do. alelta. .nto .. terno no •ando, agências de saúde, be•. ~. •o especialistas de.Nutrlçio e Pediatria, ti• divulgado e• publicações clentfflcas sua poslçio no que se refere i all .. ntaçio natural. Reconhecendo ó valor. lncontest!. retorno dessa pritlca••••z•••••••••l71•171•z•••. vel do leite hu•ano e da a•a..ntaçio, encoraJa• e •enda•. 0. r eco. Zll. Entre nós, nota-se o .. s.a Interesse e preocupação por parte do Governo e de especialistas no sentido. de. deter a queda do alelta.. nto natural e de reverter. es. 1. sa tendincla ~. 112. '. 111. '. 211. '. 11. '.. -.

(45) 21. ~-3. CAUSAS VO VECL1NIO VO ALEITAMENTO MATERNO. Qualquer plano que pretenda estimular e promover o aleitamento materno, em comunidades onde essa. prática. declinou, deverá basear-se no conhecimento das. causas. que levaram a esse declínio. As causas da diminuição generalizada da. amamenta. çao são múltiplas, complexas e interrelacionadas. NEWTON e NEWTON 169 salientam que a rapidez com que se difunde o declínio da amamentação não permite pensar que esse processo sofra influência de fatores. hereditã. rios ou resulte de alterações fisiológicas fundamentais. Para esses pesquisadores a rápida mudança que levou substituição do seio pela mamadeira na alimentação. -a de. lactentes sugere a intervenção de fatores psicológicos.. -. Esses Autores agrupam os fatores psicológicos que atuando no desprestígio e queda da amamentação a}. emoçoes e atitudes individuais;. des derivadas de grupos, e. vem assim:. b) emoções e atitu. c) mecanismos. psicológ.!_. cos mediadores. DE. CASTR0 5 ~. refere que fatores sociológicos e. ps.!_. cológicos se complementam entre si para o fracasso. da. alimentação ao seio. LADAS 132 também não acredita que qualquer. mudança. na capacidade intrínseca da mulher possa ter levado declínio do áleitamento materno. Afirma que essa. ao dimi. nuição é ocasionada por fatores psicológicos:emoções e ati tudes individuais e,especialmente, o efeito dos. senti.

(46) 22. mentos de outros. Esses fatores interferem nos mecanismos psicossomáticos envolvidos na produção e disponibilidade do leite materno. MONCKEBERG 154 declara que, à luz dos conhecimentos atuais, parece que a diminuição do aleitamento. materno. não está relacionada com nutrição inadequada ou precário estado de saúde da mãe; antes, com a mudança social,efe..!_ tos dos serviços de saúde e influência da persuasao mercial. Recentemente, em 1981, na Cidade de São. co. Paulo,. TUDISC0 243 verificou que a desnutrição da mãe não. inter. fere no tempo mediano e na duração da amamentação,. con. cluindo que a desnutrição materna não é a variável. que. possa explicar o desmame precoce. JELLIFFE e JELLIFFE 1 1 9 ponderam que a. celeridade. do abandono da amamentação pela mamadeira, nas areas. em. desenvolvimento, é indicação nítida de que alterações bio lógicas genéticas não são responsáveis por essa mudança. Para eles, entre os principais causadores do declínio do aleitamento materno incluem-se: os vários fatores sóciopsico-culturais associados .com a urbanização, os efeitos infan. perniciosos da propaganda comercial de alimentos. tis industrializados e os efeitos dos serviços de saúde, que são inapropriados. Quando. são~aminadas. as causas do declínio da. ali. mentação natural, muita ênfase tem sido dada à. influên-. cia desfavorável do pessoal de saúde (médicos,. enfermei. ras, visitadoras sanitárias, atendentes, auxiliares enfermagem e outros) em relação ao aleitamento. de. materno..

(47) 23. Es s e s p r o f i s s i o n a i s e a u x i 1 i a r e s tê m s i d"o a p o n t a dos , p e 1 o menos em parte, como responsáveis pela queda da amamenta. çao. 114. JELLIFFE e JELLIFFE. assinalam ••a influência. gativa do pessoal de saúde e as táticas empregadas. ne pela. indústria de alimentos infantis para promover a alimenta ção artificial. 11. como os dois principais fatores que. têm. levado ao declínio do aleitamento materno. MYRES. 159. ,. apresentando as razões da substituição da. alimentação ao seio pela mamadeira, destaca, entre elas, 11. o involuntário papel negativo do pessoal de saúde 11 • O CENTRE INTERNATIONAL DE L 1 ENFANCE'+ 0 refere. que o. pessoal de saúde foi e ainda é responsável por uma impor tante parte do declínio da amamentação. Em nosso meio, SOUSA e colaboradores 232. ,. sistemati. zando os fatores que ocasionam o abandono precoce do leitamento materno, colocam, entre outros,. 11. a. as ações ina. propriadas dos serviços de saúde e a ignorância da mãe e do médico em relação ao aleitamento materno 11 • VAISMAN e VIEIRA 2 '+ 9. ,. efetuando revisão bibliogrâfl. ca e analisando estudos sobre aleitamento materno, com o objetivo de evidenciar a situação do desmame precoce Brasil, concluem em seu trabalho que. 11. ironicamente aequl. pe de saúde tem contribuído para aumentar o desmame co ce 11. no. pr~. •. No Estado de São Paulo o próprio Grupo de Trabalho constituído pelo Secretário de Estado da Saúde, com a fi nalidade de elaborar Projeto Educativo de Incentivo. ao.

(48) 24. Aleitamento Materno 213. ,. reconhece vãria"s causas. relacio. nadas com o pessoal de saúde entre aquelas mais atuantes no desestimulo· à alimentação natural. O INAN 101. em seu Ante-Projeto. lncentivo ao. Alei. tamento Materno 11 , também assinala ações do pessoal. de. ,. 11. saúde que decisivamente prejudicam a ai imentação ao seio.. E oportuno. examinar a função que compete ao. pe.!_. soal de saúde, em relação ao aleitamento materno,. para. que possa ter alguma influência na queda dessa prãtica. A OMS 176. ,. quando abordou as novas tendências e. me. todos de assistência materno-infantil nos Serviços. de. Saúde, deixou bem clara a função educativa do pessoal de saúde. Assim, os especialistas do Comitê de Saúde no-Infantil dessa Organização, analisando o. aleitamento. materno e a saúde da mãe e da criança, referem mente:. 11. Hater. o pessoal encarregado_dos Serviços de. taxativa Hospital,. de Maternidades ou dos Serviços Gerais de Assistência Ma terno-Infantil -tanto médicos, quanto enfermeiras,. pa~. teiras, atendentes sanitãrios, voluntários da comunidade e outros, terão que desempenhar funções educativas e. de. vem saber como realizá-las". Recentemente, em 1979, a OMS/UNICEF 175 reafirmaram sua posição quanto à alimentação ao seio e recomendaram,. -. especificamente, que os serviços de saúde em geral propi .. ctem, a todas as mães, educação para o aleitamento mater no, por intermédio do pessoal de O CENTRE INTERNATIONAL dos que constituem. 9. DE. saúde disponfvel.. L 1 ENFANCE" 0 acentua:. pessoal de saúde, até mesmo a. 11. to. equl.

(49) 25. pe médica, devem ser educadores em sa~de 11 • No Brasil, o INAN 101 destaca a responsabilidade. e. ducativa do pessoal de saúde no incentivo ao aleitamento materno. Igual é o comportamento da Secretaria de Esta do da Saúde de São Paulo 213. ,. salientando:. 11. todo o. soal de saúde deve desempenhar a função de educador estímulo ao aleitamento natural. 11. pe_! no. •. lndubitavelmente,portanto,todos os. profissionais. e auxiliares que atuam na área Materno-Infantil devemde senvolver atividades de Educação em Saúde com a cliente la.. Diante de tal. responsabilidade,convém analisar. o. conceito de Educação em Saúde,da qual a Educação para o Aleitamento Materno constitui parte.. 2.4. EVUCAÇÃO EM SADVE E EVUCAÇÃO PARA O ALEITAMENTO MATERNO. MARCONDES. la. I. conce i tua Educação em Saúde como. ••um. processo essencialmente ativo que envolve mudanças nomo do de pensar, sentir e agir dos indivTduos e pelo. qual. eles adquirem,mudam ou reforçam conhecimentos, atitudes e práticas conducentes à saúde 11 • Tomando como paradigma a' conceituação. apresentada. e oportuno que se assinalem alguns aspectos. Educação significa mudança de comportamento. Quando o processo se refere à area da saúde,objetiva,especifica mente, ajudar as pessoas para que adotem práticas ou re_! lizem ações que beneficiem sua saúde e a dos outros.Por isso mesmo,a Educação em Saúde atua nas três áreas. que.

(50) 26. integram o comportamento, considerado em seu sentido to: a cognitiva, a afetiva e a psicomotora ou. la. compo rt.!. mental propriamente dtta. Agindo na área cognitiva, a Educação em Saúde. cui. da de propiciar conhecimentos, instruir, dar informações que permitam as pessoas decidir e proceder racionalmente em relação. ã sua saúde e daqueles sob sua influência.. A. Educação em Saúde aplica o princípio segundo o qual para "fazer" é preciso antes "saber". Em consonância com esse mesmo princípio, a Educação em Saúde também avalia prel!. -. minarmente conhecimentos existentes numa determinada. a. rea da saúde, para ser possível realizar intervenção edu cativa apropriada. Todavia, os especialistas em Educação. reconhecem. que só conhecimentos, ainda que imprescindíveis, não. ba~. tam; conhecimentos somente não levam ã aÇão.HARCONDES 141 ressalta bem este aspecto:. 11. o conhecimento constitui. a. ferramenta intelectual indispensável pára que o indivíduo possa resolver problemas" ••• " o conhecimento em saúde. e. uma ferramenta essencial, é certo, mas somente uma ferra menta para ser usada, a fim de se tomarem decisões corre tas sobre saúde e praticar medidas corretas de saúde". Na área afetiva a Educação em Saúde. relaciona-se. com as atitudes, que constituem fenômeno muito complexo. WESTPHAL 259. considera o conceito de atitude de KRECH. e. colaboradores 129 como o que mais representa as idéias. a. respeito. Eles dizem que atitude "é um sistema duradouro de avaliações positivas ou negativas, sentimentos nais e tendências para agir pró e contra um objeto. emoci~. so.

(51) 27. cia1. 11. •. Esse conceito indica que a atitude é diferente do. comportamento observável e o antecede - é uma predisposl ção para agir; mostra ainda que a atitude é derivada. de. sentimentos e se baseia em formas de cognição. As atitudes não são inatas, mas aprendidas durante o. 11. continuum 11 da vida. Desde o nascimento, pelo. contato. direto e continuado com objetos, fatos e situações, ·os quais interage, o ser humano faz aquisições de des; ainda mais, interagindo com pessoas, que. atitu possuem. dtsttntos conhecimentos e atitudes, o indivfduo pode, indiretamente, adquiri r predisposição para. com. também agir.E~. ta aquisição de atitudes, seja de maneira direta ou indi reta, sofre decisiva influência de valores, crenças. e. percepções relacionados com um dado objeto, situação. ou. fato social. Considerando-se globalmente os aspectos referentes a atitude e admitindo que o modo de sentir representa um dos múltiplos fatores que influem sobre o. comportamento. observável dos indivfduos, a Educação em Saúde, na. area. afetiva, atua visando ã formação de valores, crenças,per cepções e atitudes favoráveis no que respeita à penha-se em reforçar atitudes positivas. saúde.E~. existentesepr~. cura mudar predisposições para agir que se mostrem. des. favoráveis. Para a consecuçao do seu objetivo principal, ou se ja, a adoção de práticas corretas, a Educação em. Saúde. vai mais longe, procurando também controlar atitudes negativas do ambiente que circunda o objeto do processo ducativo.. e.

Referências

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