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INCIDÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS NA PRÁTICA DE YOGA EM UBERLÂNDIA

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INCIDÊNCIA DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS NA PRÁTICA DE YOGA EM UBERLÂNDIA

Barros, Ana Carolina Martins e. (Unitri, anacarolicmb@terra.com.br) Rezende, Silas Pereira de. (Unitri, professorsilas2014@gmail.com)

RESUMO

Introdução: O Yoga é uma prática descrita inicialmente no livro de Patañjali, sendo que o mesmo tem como objetivo a harmonia da mente e respiração. Esta prática encurta as fases de regeneração, gera aumento da capacidade de concentração e equilíbrio mental, a expansão de habilidades condicionais como força, resistência e velocidade. Entretanto, alguns fatores que levam a pratica ter alto risco de lesões é quando não há a orientação correta, ambição ou excesso de confiança, na maioria dos casos. Objetivos: Comparar a incidência ou ausência de lesões ocorridas e correlacionar a incidência com o tempo de prática do Yoga em Uberlândia. Metodologia: Foi utilizado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e o Questionário de Incidência de Lesões Musculoesqueléticas, aplicado após a prática e explicado previamente. Resultados: Ao todo participaram 148 praticantes de Yoga, sendo 32 (21,62%) do gênero masculino e 116 (78,38%) do gênero feminino. Foi aplicado o teste do Qui-Quadrado para verificar a incidência e a ausência de lesões, sendo que os valores mais elevados foram os relativos à ausência (29,95). Também foi encontrada correlação positiva, entre a incidência de lesões e o tempo de prática de Yoga (4,46%). Conclusão: A partir da metodologia utilizada pode-se concluir que o índice de lesão para a prática de Yoga em Uberlândia é baixo. No entanto, existe correlação positiva entre a incidência de lesões e o tempo de prática de Yoga.

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INTRODUÇÃO

O Yoga, palavra derivada do sânscrito “yuji”, significa união e conexão. Essa prática é descrita inicialmente no livro de Patañjali, o Ioga Sutra, no século II d.C. Segundo Patañjali, o Yoga tem como objetivo a harmonia da mente e respiração, através de oito partes, entre elas os “pranayamas” (respiração), “ásanas” (posturas) e “dhyána” (meditação)¹.

As posturas psicofísicas ou ásanas estão na terceira parte das oito descritas por Patañjali, elas promovem o relaxamento físico e alongamento de cadeias musculares juntamente com a associação da respiração e focos de atenção à postura através do olhar. Embora o Yoga seja uma prática da filosofia indiana, atualmente ela tornou-se popular devido seus grandes benefícios no âmbito espiritual e físico².

O Yoga é uma prática integrativa, pautada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como terapia não medicamentosa, passível de ser incorporado como recurso na redução dos fatores de risco e tratamento de doenças crônicas, por gerar promoção à saúde, devido à redução da ansiedade, estresse, depressão e melhora da aptidão física³. De acordo com a Associação Brasileira de Yoga, a atividade tem mais de 500 mil praticantes, sendo que esse número tem tendência ao crescimento. Nos Estados Unidos da América, o Yoga tem mais de 30 milhões de praticantes, onde os efeitos preventivos e terapêuticos do Yoga são pesquisados e usados com sucesso em diversos campos da medicina.

Com um amplo espectro de fortalecimento, exercícios de alongamento, mobilização e técnicas de relaxamento e estabilização, o Yoga promove desenvolvimento de sensação corporal e coordenação. Ele encurta as fases de regeneração, aumento da capacidade de concentração e equilíbrio mental por um lado, e a expansão de habilidades condicionais como força, resistência e velocidade. Entretanto, como descrito na literatura, alguns fatores que levam a pratica ter alto risco de lesões são quando não há a orientação correta, ambição ou

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excesso de confiança para a progressão da prática que gera alteração da biomecânica do praticante e lesões musculoesqueléticas, na maioria dos casos⁴.

O Yoga é reconhecido pelo National Institutes of Health (NIH) e Nacional Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM) como uma forma de medicina complementar e alternativa (CAM) na categoria de medicina "mente-corpo". Vários estudos foram realizados, com pesquisa epidemiológica recente indicando que muitas pessoas percebem yoga para ser benéfico para problemas musculoesqueléticos, condições de saúde mental e saúde geral. Em particular, o yoga gera auxilio no manejo da asma crônica doença pulmonar obstrutiva, doenças cardiovasculares, doença do intestino irritável, distúrbios alimentares, ansiedade, fibromialgia e até mesmo crianças com déficit de atenção ou hiperatividade.

Em 2013, foi publicada uma matéria sobre as lesões musculoesqueléticas no Yoga na revista Sportverl Sportschaden, onde aborda sobre a questão da prática ser muito intensa e a ambição ou excesso de confiança muitas vezes a fim de progredir dentro de um grupo para acompanhar, gera restrições biomecânicas devidas lesões já existentes ou a anatomia individual que tem uma propensão à lesão. As posições de ioga exigem das bandas musculares e das articulações vizinhas um grau relativamente alto de flexibilidade e deve estar de acordo com a extensibilidade individual progressiva ou com a ajuda de cunhas que auxiliam nas posturas.

Em 2017, Cramer et al. realizaram uma revisão sistemática de estudos epidemiológicos quanto a injúrias e eventos adversos no yoga. Foram incluídos nove estudos observacionais com um total de 9129 praticantes de yoga e 9903 praticantes de não-yoga. Uma proporção considerável de praticantes de yoga sofreu algum evento adverso devido à sua prática de yoga; No entanto, a maioria dos eventos adversos foi leve, transitória e frequentemente associada à pré-condições médicas. Não há necessidade de desencorajar a prática de yoga para pessoas

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saudáveis. Como o yoga demonstrou ser benéfico para uma variedade de condições, também pode ser recomendado para pacientes com problemas físicos ou mentais, desde que seja adequadamente adaptado às suas necessidades e capacidades e realizado sob a supervisão de um profissional experiente e medicamente treinado. Devido ao alto risco de viés de notificação, mais pesquisas prospectivas são necessárias para julgar conclusivamente a prevalência ao longo da vida de eventos adversos associados á yoga.

Contudo, este trabalho buscou identificar a incidência das lesões ocorridas durante a prática do Yoga em Uberlândia para isso, foi utilizado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), que identificou qual segmento obteve injúria fora da prática do Yoga. E associado a ele, foi utilizado o Questionário de Incidência de Lesões Musculoesqueléticas, contendo questões fechadas e abertas, dividido em três sessões, com o objetivo de traçar um perfil dos praticantes e suas rotinas de prática. Estes questionários utilizados para a pesquisa são de aplicação fácil e breve.

OBJETIVOS

O objetivo desse estudo foi comparar a incidência ou ausência de lesões ocorridas durante a prática e correlacionar a incidência com o tempo de prática do Yoga em Uberlândia.

METODOLOGIA

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Triângulo – UNITRI pelo parecer número 3.184.876. O presente estudo consiste em pesquisa aplicada, de caráter exploratório. Nesse sentido, os resultados serão apresentados sobre forma quantitativa em termos percentuais.

Os critérios de inclusão foram: ser maior de 18 anos de idade; praticar Yoga há mais de três meses; ambos os sexos e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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(TCLE) (Anexo 1). Como exclusão, adotou-se o critério de questionários incompletos ou não datados e possuir idade inferior a 18 anos, devido à permissão da participação da pesquisa pelos responsáveis. Para a obtenção das informações, foi aplicado primeiramente o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) (Anexo 2) sendo que este instrumento permite a identificação da área lesada, dor, possível interrupção de atividades diárias e procura médica ou fisioterapêutica quanto à condição presente. Foi orientado aos praticantes que as respostas fossem de acordo com o período do dia em que eles passam fora da prática. Este é um questionário breve e de fácil aplicação, onde é colocada a imagem de um corpo com nove números (sendo eles, pescoço, ombros, parte superior das costas, cotovelos, parte inferior das costas, punhos/mãos, quadris/coxas, joelhos, tornozelos/pés) e são usados os descritores sim ou não para perguntas como dor nos últimos doze meses, empecilho de realizar tarefas nos últimos doze meses, consulta a algum profissional nos últimos doze meses e algum sintoma nas regiões descritas nos últimos sete dias. No outro questionário semiestruturado desenvolvido pelo pesquisador Megda¹, testou-se a predição dos fenômenos abrangidos pela hipótese levantada (Anexo 3). Foi preenchido individualmente, ao final da prática, sem o auxílio do pesquisador ou de outras pessoas para não haver influência nas respostas, porém houve a explicação do mesmo e auxilio com leitura, caso fosse necessário. O próprio instrumento, autoexplicativo, contendo questões fechadas e abertas, dividiu-se em três sessões, com o objetivo de traçar um perfil dos praticantes e suas rotinas de prática. Parte I, composta por perguntas para dados demográficos, como idade, gênero e percepções de si mesmo. Parte II, voltada ao histórico de prática de Yoga do participante, levantando dados como frequência, duração das sessões, se estas são acompanhadas por orientações individuais do professor, motivação e conteúdo da prática. Parte III, respondida apenas por aqueles que já sofreram lesões relacionadas ao Yoga. Informando localização anatômica e tipo de lesão, época em que ocorreu e em quais circunstâncias foram.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao todo participaram 161 pessoas no presente estudo, porém 13 entraram nos critérios de exclusão. Ao todo foram 148 praticantes de Yoga, sendo 32 (21,62%), do gênero masculino e 116 (78,38%), do gênero feminino, que responderam ao Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares e Questionário de Incidência de Lesões Musculoesqueléticas. As idades das mulheres variam de 18 aos 71 anos e homens dos 19 aos 68 anos, com média total de 39 anos e 4 meses (desvio padrão de 13 anos e 3 meses).

O Questionário de Incidência de Lesões Musculoesqueléticas conta com 22 questões, dividido entre questões abertas e fechadas. Quanto a fatores de significância, a questão “você se classificaria em seu dia-a-dia como:” teve porcentagem mais alta à resposta “nenhuma das anteriores” (47,30%) e, consequentemente, “ansioso” (41,88%) descritos na Tabela 1. O método mais praticado foi o Hatha (53,38%), consequentemente Ashtanga (35,81%) e suas variações (10,83%). Dentro da literatura consultada o estudo de Manincor et al. em 2016 corrobora com o presente estudo, trazendo como objetivo o tratamento pela yoga e com ele o grupo controle com cuidados regulares em 101 pessoas com depressão e/ou ansiedade. Logo, o yoga e cuidados regulares foram eficazes na redução dos sintomas de depressão em comparação com os cuidados regulares. Mais investigações são necessárias em relação aos benefícios potenciais na ansiedade. A yoga individualizada pode ser particularmente benéfica nos cuidados de saúde mental na comunidade em geral.

Na tabela 1, estão demonstradas as frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação á questão “como você se classificaria em seu dia-a-dia?”, de acordo com o gênero e resultados totais.

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Tabela 1 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação à questão “como você se classificaria em seu dia-a-dia?”, de acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas Masc Masc Fem Fem Total Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Nenhum anterior 19 59,37 51 43,97 70 47,30

Ansioso 09 28,13 53 45,69 62 41,88

Excede seus limites 02 6,25 06 5,17 08 5,41

Competitivo(a) 02 6,25 06 5,17 08 5,41

Total 32 100,00 116 100,00 148 100,00

Com o intuito de verificar a existência ou não de diferenças, estatisticamente significantes, entre a incidência e a ausência de lesões, encontradas nesta pesquisa, foi aplicado o teste do Qui-Quadrado . Para que o valor do X2encontrado seja estatisticamente significante, deve ser superior ao valor crítico do X2 que = 3,84. O nível de significância foi estabelecido em 0,05, em um teste bilateral. O valor do X2encontrado foi = 26,95, indicando que houve diferença, estatisticamente significante, entre a incidência e a ausência de lesões, sendo que os valores mais elevados foram os relativos à ausência. Resultados que corroboram com os resultados encontrados por Swain e McGwin em 2016, que realizaram um estudo para saber a incidência e o tipo de lesão mais comum no yoga nos Estados Unidos. O Sistema Nacional de Vigilância de Lesões Eletrônicas (NEISS) de 2001 a 2014 foi utilizado para identificar lesões relacionadas à yoga. São utilizados vários códigos NEISS para várias atividades esportivas, como o yoga não é uma categoria específica de atividade foi pesquisado o termo yoga para determinar os casos. Foram registrados 29.590 ferimentos relacionados ao

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yoga em emergências hospitalares de 2001 a 2014. O tronco foi à região mais acometida (46,6%) e a entorse / distensão foi responsável pela maioria dos diagnósticos (45,0%). A taxa de ferimento aumentou em geral, de 2001 a 2014, e foi maior para aqueles com 65 anos ou mais (57,9 / 100.000). Portanto, embora haja muitos benefícios para a saúde ao praticar yoga, participantes e aqueles que desejam se tornar participantes devem consultar um médico antes de se envolver em atividade física e praticar apenas sob a orientação de instrutores certificados⁹. ¹⁰.

Com o objetivo de verificar a existência ou não de correlação, estatisticamente significante, entre a incidência de lesões e o tempo de prática de Yoga dos participantes, foram aplicados o teste do Qui-Quadrado (SIEGEL, 1975) e o Coeficiente de Contingência C (SIEGEL, 1975). O nível de significância foi estabelecido em 0,05, em um teste bilateral. O valor do X2encontrado = 4,46 e o valor de C = 0,17. Estes valores indicam que foi encontrada correlação positiva, estatisticamente significante, entre a incidência de lesões e o tempo de prática de Yoga, dos participantes. Resultados que corroboram com o trabalho de Cramer et al. (2017), que realizaram uma revisão sistemática da literatura de estudos epidemiológicos. Dentro da revisão há uma metanálise sobre a frequência de eventos adversos em ensaios controlados randomizados de yoga e revelou que o yoga parece ser tão seguro quanto os cuidados e exercícios habituais, porém o curto tempo de prática (1 dia até 18 meses) e a baixa qualificação dos professores podem levar a maior incidência de lesões⁶.

O Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares é composto por quatro questões, onde todos os praticantes responderam o questionário, porém só foram analisadas por meio de tabelas as pessoas que responderam afirmativamente quanto a lesões relacionadas ao Yoga (23 pessoas – 15,54%). Logo, foi orientado aos praticantes que as respostas fossem de acordo com o período do dia em que eles passam fora da prática. Sendo as perguntas: “nos últimos 12 meses, você teve problemas como dor, formigamento ou dormência, em alguma parte do

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corpo?” (parte inferior das costas: 43,48%), “nos últimos 12 meses, você foi impedido (a) de realizar atividades normais (por exemplo, trabalho, atividades domésticas e de lazer), por causa desse problema em...” (não foi impedido: 66,22%), “nos últimos 12 meses, você consultou algum profissional da área da saúde (médico, fisioterapeuta) por causa dessa condição em...?” (não consultou: 52,17%) e “nos últimos 7 dias, você teve algum problema em...?” (não houve problema: 56,52%). Descrito abaixo pelas tabelas 2, 3, 4 e 5.

Na tabela 2, estão demonstradas as frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação â questão “nos últimos 12 meses, você teve problemas como formigamento ou dormência, em alguma parte do corpo?” de acordo com o gênero e resultados totais.

Tabela 2 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação à questão “nos últimos 12 meses, você teve problemas como formigamento ou dormência, em alguma parte do corpo?” de acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas

Freq. % Parte inf. costas 10 43,48

Ombros 08 34,78

Pescoço 07 30,43

Joelhos 07 30,43

Parte sup. costas 06 26,08 Punhos/mãos 06 26,08 Quadril/coxas 04 17,39 Tornozelos/pés 04 17,39

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Na tabela 3, estão demonstradas as frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação á questão “nos últimos 12 meses, você foi impedido(a) de realizar atividades normais (por exemplo, trabalho, atividades domésticas e de lazer), por causa desse problema em... em alguma parte do corpo?” de acordo com o gênero e resultados totais.

Tabela 3 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação à questão “nos últimos 12 meses, você foi impedido(a) de realizar atividades normais (por exemplo, trabalho, atividades domésticas e de lazer), por causa desse problema em... em alguma parte do corpo?” de acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas

Freq. %

Não 15 65,22

Pescoço 02 8,69

Parte sup. costas 02 8,69

Ombros 01 7,18

Punhos/mãos 01 7,18 Parte inf. costas 01 7,18 Quadril/coxas 01 7,18 Joelhos 01 7,18 Cotovelos 00 00 Tornozelos/pés 00 00 Não 02 8,69 Cotovelos 00 00

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Na tabela 4, estão demonstradas as frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação á questão “nos últimos 12 meses, você consultou algum profissional da área da saúde (médico, fisioterapeuta) por causa dessa condição em...?” de acordo com o gênero e resultados totais.

Tabela 4 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação à questão “nos últimos 12 meses, você consultou algum profissional da área da saúde (médico, fisioterapeuta) por causa dessa condição em...?” de acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas

Freq. %

Não 12 52,17

Parte inf. costas 02 8,69 Tornozelos/pés 02 8,69

Pescoço 01 4,34

Ombros 01 4,34

Parte sup. costas 01 4,34 Punhos/mãos 01 4,34 Quadril/coxas 01 4,34

Joelhos 01 4,34

Cotovelos 00 00

Na tabela 5, estão demonstradas as frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação â questão “nos últimos 7 dias, você teve algum problema em...?” de acordo com o gênero e resultados totais.

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Tabela 5 – Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos praticantes, com relação à questão “nos últimos 7 dias, você teve algum problema em...?” de acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas

Freq. %

Não 13 56,52

Quadril/coxas 04 17,39 Parte sup. costas 03 13,04

Ombros 02 8,69 Punhos/mãos 02 8,69 Pescoço 01 4,34 Joelhos 01 4,34 Tornozelos/pés 01 4,34 Cotovelos 00 00

Parte inf. costas 00 00

Corroborando com Saper et al. que em 2017 realizaram um estudo randomizado que tinha como objetivo determinar se o Yoga não era inferior a Fisioterapia e educação para dor lombar crônica. Logo, foram selecionadas 320 pessoas aleatoriamente de ambos os sexos e como resultado do estudo o Yoga se mostrou superior à educação para dor lombar crônica e similar ao tratamento fisioterápico¹⁰. Embora os voluntários tenham dor, dormência e formigamento, principalmente na parte inferior das costas, estas são queixas toleráveis que não necessitam de apoio médico ou fisioterápico e que com o passar das semanas conseguem tolerar estes incômodos devido aos benefícios oferecidos pela prática. O que corrobora com o

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estudo de Cowen e Adams em 2004, no qual foram avaliados vinte e seis adultos saudáveis com idade entre 20 e 58 anos (média 31,8) que participaram de aulas de Ashtanga yoga ou Hatha yoga. Foi observadas melhoras significativas para todos os participantes em pressão arterial diastólica, força muscular dinâmica e resistência na parte superior tronco, flexibilidade, estresse e percepção de saúde. As melhorias diferiram para cada grupo quando comparado com avaliações de base. O grupo Ashtanga yoga teve diminuição da pressão do sangue diastólico e estresse percebido, e aumento de força e resistência da parte superior do corpo e do tronco, flexibilidade e percepção de saúde. Melhorias para o grupo Hatha yoga foram significativos apenas para a força muscular e resistência do tronco e flexibilidade. Os resultados sugerem que os benefícios da aptidão da Yoga diferem por estilo de prática¹¹.

CONCLUSÃO

A partir da metodologia utilizada pode-se concluir que o índice de lesão da prática de Yoga em Uberlândia é baixo. No entanto, existe correlação positiva entre a incidência de lesões e o tempo de prática de Yoga.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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<https://www.bodyworkmovementyherapies.com/article/S1360-8592(04)00061-0/abstract>. Acesso em 15 de junho de 2

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