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Arcadismo.

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U N I V E R S I D A D S F E D E R A L D A P A R A I B A C E H T R 0 D E F 0 R M A

Q

A~0 D E P R O F E S S O R E S

A R C A D I S H O

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a R C A D I S M 0

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-T r a b a l h o de L i t e r a t u r a b r a s i l e i r a 1 do Curso de L e t r a s da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l da P a r a i b a Campus V.Caja -z e i r a s - 1990, sob a o r i e n t a g a o da p r o f e s s o r a V a n i a S u e l i Guimaraes Ro cha.

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Aos nossos c o l e g a s , que m u i t a s vezes nos c r i t i c a m/r n e s m o •ass±a -fc^ae instrumentos da nossa aprendizagem.

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SUMARIO iNTRopugso... I r A r c a d i s m o . 1.1 C o n c e i t o l i t e r a r i o , , . #, . . X 1.2 C a r a c t e r i s t i c a s . . . •. 2, 1.3 A u t o r e s . l#31*Tomds A n t S n i o Gonzaga .?. 1.3»2 B a s l l i o da Gama 3. 1.3»3 Santa R i t a Durao ... 2.A p o e s i a l i r i c a de Tomas A n t o n i o Gonzaga. .J h 3-0 i n d i a n i s m e no Arcadismo § 4*0 i n d i a n i s m o no Arcadismo X i n d i a n i s m o de Alertcar 7 f Conclusao K B i b l i o g r a f i a . . .

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I N T R O D U g A O

Neste i^o^ee- t r a b a l h o de l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a 1 , t e r e d o s a preocups.cao.de c o l o c a r em t e l a o Area -d i s m o ^ s e u s r e p r e s e n t a n t e s como Tomas A n t o n i o G o n z a g a , B a s f l i o da' Gama e Santa R i t a Durao.

-Teremos a.mesma i n i c i a t i v a ao r e i a t a r a p o e s i a l i r i c a de Tomas A n t o n i o Gonzaga^o i n d i a n i s m o no a r c a d i s mo f o c a l i z a n d o l i i r a g u a i r e (2aramu.ru. C5' , Veremos eonsequentemente o t r a b a l h o / de Jose'de A l e n c a r em r e l a c a o ao i n d i a n i s m i o , quando f a l a de U b i -r a j a -r a .

Tentaremos d e s t a f orma,'t^r' consegui

/t-a t i n g i r o o b j e t i v o no t p c /t-a n t e /t-ao /t-assunto que vem / sendo abordado em s a l a de a u l a , eote £ o nosso-maior i n t e r e s s e o d r o M ^ n o e n s i n o ^ - aprencjj zagem -de—3rrTeratura " ^ T a s ^ e i ra 1 o / -iiiainr. yrGveito .

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1 . 6 Arcadismo

l . l C o n c e i t o H i s t 6 r i c o .

Nosso t r a b a l h o tern como o b j e t i v o f a z e r uma apa nhado do Arcadismo b r a s i l e i r o , f o c a l i z a n d o os poetas Tomas An -t O n i o Gonzaga, B a s i l i o da Gama e San-ta R i -t a Durao.

0 p e r i o d o do Arcadismo v a i de 1756 a 1825.Foi de grande t r a n s f o r m a g a o em t o d a a Europa, s o b r e t u -do emFranga, na scgimda metade -do s£culo X V I I I . 0 arcadismo 6 uma reacao c o n s c i e n t e c o n t r a o B a r roquismo,expressa num amplo movimento de recons_ t r u g a o do Slaaiiemsmo,movimento de subordinagao ao B a r r o c o decadente.E'o momento em que aquele / homem que p e r t e n c i a ao mundo fechado do B a r r o c o a l c a n g a a l u z da razao do I l u m i n i s m o . (

1.2 C a r a e t e r f s t i c a s .

a) R a c i o n a l i s m o uso da razao como c r i s e na v i d a do ho -mem, e todas as c o i s a s que o c e r c a .

b ) P e r i o d o de Verossimilhz*/£a - semelhanga \ r e a l i d a d e . O o Q ^ j e t i v o r e a l da poesia nao se e n c o n t r a no r e a l c o n c r e t o , mas no

v e r o s s i m i l , no que pode a c o n t e c e r , e na sua u n i v e r s a l i d a d e . c ) I m i t a g a o dos c l a s s i c o s - i m i t a m os a n t i g o s . A p r e s e n t a a n a t u r e z a i d e a l e p e r f e i t a i d e n t i f i c a n d o - se com e l a .

d) I d e a l de v i d a p a s t o r i l - g o s t o p e l a v i d a dos p a s t o r e s e as a t i v i d a d e s p a s t or i s ^ e* a r e v i v S n c i a da A r c a d i a . A p o e s i a 6 v e r d a d e i r a quando se r e f e r e a n a t u r e z a .

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1.3 -Atit ores :

1.3* Tomas Antonio Gonzaga Nasceu no p o r t o em 1744 e f a l e -ecu em mogambique em 1810.Durante sua v i d a s e n t i m e n t a l a mulher que mais l h e i n t e r e s s o u f o i M a r i a D o r o t t e i a Jo a q u i n a de S e i x a s , conhecida p o r M a r i l i a que l h e i n s p i r a as i m o r t a i s L i r a s .

Ha £poca da I n c o n f i d f i n c i a , e r a o u v i d o r - G e r a l em V i l a Rica,acusado de p a r t i c i p a r desse movimento, f o i p r e s o e d e s t e r r a d o p a r a Mogambique.

Suas melhores obras f o r a m : M a r i l i a de D i r c e u e C a r t a s C h i l e n a s , q u e r e f l e t e m os p r i n c i p a l s l a n c e s de sua v i d a em Minas.

As C a r t a s C h i l e n a s : - _

Foema S a t i r i c o - 13 e p i s t o l a s - cent)alizando - se na f i g u r a de l u i z da Cunha Kochedo e Meneses (1783 -1788) F a n f a r r a o Meneses.Com o pseuddnimo de C r i t i l i o , f a z i a / c r i t i c a s ao governo de V i l a R i c a atrav£s das c a r t a s u sando de estrat£gia p a r a que pensaaaem que e r a ao Go -v e r n o do C h i l e . Com a c o l a b o r a g a o de C l a u d i o Manuel da C o s t a , d i z - se s e r o a u t o r o c u l t o , p o i s a e s p i s t o l a i n i c i a l s6 pode t e r sido e s c r i t a por Claudio,por ele esta em d e c l i n i o p o r t i c o . A s c a r t a s desprezam a b e l e z a po£ti ca e 6 movida p e l a tensao e p e l a p a i x a o .

Pode - se c o n s i d e r a r Gonzaga, ao l a d o de B a s i l i o da Ga ma o mais n e o c l a s s i c o na p o e s i a a r c a d i c a b r a s i l e i r a . a 16m d i s s o e" o m a i s pessoal^no s e n t i d o ^ d e que sua o b r a l i r i c a 6 i n t e g r a l m e n t e c o n s t r u i d a como l o n g a meditagao em t o r n o da sua p e r s o n a l i d a d e . E l e 6 um c a t i v a n t e p r e '

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r o m a n t i c o ao mesmo tempo que sua p o e s i a a s s i n a l a a t r a n s i -gao do c l a s e i e i s m o p a r a o Romantismo.

Ha na p o e s i a de Gonzaga r e v e l a g a o s i n c e r a e m i n u c i o s a do sen modo de ser.A sua l i r i c a e puatada p e l o decoro h e o c l a s s i c o e nao o b s t a n t e m u i t o i n d i v i d u a l e r e v e l a d o r a .

Quanto a B a s i l i o da Gama^veremos tamb<3m a l r gumas de suas p a r t i c u l a r i d a d e s no que tange a l i t e r a t u r a -b r a s i l e i r a . c o m a l g u n s c o m e n t a r i o s .

1.3*2 B a s i l i o da Gama - Nasceu em Minas Ge r a i s em 1741 e morreu em 1795-Considerado

Q~k*' • amigo dos Jesuitas,uma vez que e s t u d a r a com

• * i t f pMu r

y" ptf^"^ e l e s#/ f o i p r e s o e condenado ao d e s t e r r o em

±* A

fy^v Angola .-A p r i n c i p a l obra,. que o i m o r t a l i z o u .

0 f o i Urttguai . V i a j a p a r a I t a l i a e P o r t u g a l

btendo a p r o t e c a o do Mar^te&de Pombal p o r -t e r e s c r i -t o urn e p i -t a l & n i o p a r a as n u p c i a s de sua f i l h a . D e i x o u tambem o poemeto Qui t u b i a . ( h i s t o r i a c o n c i s a da L i t e r a t u r a B r a -s i l e i r a , B o -s i , A l f r e d o , e d i t o r a c u l t r j g g 7a e d i c a o , p a g i n a 7 2 # ) Veremos em seque*ncia a v i -da de Santa R i t a Durao no mesmo p r o p 6 s i t o de entendermos os e s t u d i o s o s na l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a . F r e i Jose* de Santa R i t a

Duraog) nasceu em Cata Preta,Minas G e r a i s , em 1722 e morreu em L i s b o a - 1784. Estudou com os J e s u i t a s no R i o de J a n e i r o e d o u t o r o u -se em F i l o s o f i a e - T e o l o g i a em Coimbra.Passou p a r a a ordem de Sto# Agostinho,mas desaven

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p a r a a l t a l i a , onde l e v o u d u r a n t e - m a i s de v i n t e anos uma v i d a de e s t u d o s • V o l t a n d o com a " v i r a d e i r a " ( q u e d a de Pom b a l e r e s t a u r a g ~ o da c u l t u r a p a s s a d i s t a ) , ocupa uma c d t e d r a de T e o l o g i a , mas sua p r i n c i p a l a t i v i d a d e £ a r e dacao do Caramuru que 15 ao f a n a t i c o p u r i s t a e p u r i t a -no Jose" A g o s t i n h o de Macedo p a r a a s s e g u r a r - se de que nao i n c o r r e r a nos l a p s o s c a m o n i a n o s . . . ( h i s t o r i a c o n e i s a da l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a B o s i , A l f r e d o , e d i t o r a c u l t r i x , p a g i n a 75•) 2 - P o e s i a L i r i c a de Tomas A n t f l n i o Gonzaga* Tomas A n t o r i i o Gonzaga 6 o po e t a do e q u i l i b r i o e n t r e os s e n t i d o s e a razao.E'urn poe -t a de c r i s e a f e -t i v a -t e m r e l a c a o a f a m i l i a e a condigao so c i a l , e p o l i t i c a p o r t e r p a r t i c i p a d p da I n c o n f i d e n c i a Mi n e i r a . Na pxKsia l i r i c a e s t a#a p r e senca de M a r i l i a , uma a v e n t u r a s e n t i m e n t a l , t r a n s f o r m a n formado num m i t o f e m i n i n o ^ p a s s a n d o da presenga f i s i c a a

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mero p r e t e x r o po£tico^Enquanto p r e t e x t o po<§tico M a r i l i a o r a £ l o i r a , o r a morena, o r a compassiva. o r a c r u e l . P e l o c o n v i v i o dom£stico,cele -b r a c a o do l a r , sonho da v i d a c o n j u g a l o p o e t a -busca e e n c o n t r a i n s p i r a g a o . N o r e a l i s m o a presenga de D i r c e u / t r a n s f i g u r a d d e s t a v a na oyodenagao das c o i s a s n a t u r a i s . As . c a r t a s C h i l e n a s sao r e t i -radas da v i d a s o c i a l da 6poca, c r i t i c a ao governo m i n e i r o , sem que s e j a e n t e n d i d a s p e l a comunidade, uma vez / que foram e s c r i t a s como se f o s s e em r e l a g a o a CHINA>

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Gonzaga £ c o n a t u r a l m e n t e afcade e nada f i c a . a dever a o s c o n f r a d e s d e / 6 c o l a na I t a l i a e em P o r t u g a l . A s l i r a s sao exemplos do i d e a l de aurea m e d i o c r i t a s que apara as demasias da n a t u r e z a e do sentimento.A " paisagem", que nasceu p a r a a r t e como evasao das c C r t e s b a r r o c a s , r e c o r t a - se p a r a o_.neoclassico nas dimensoes me/ nores da c e n o g r a f i a i d f l i c a . E s t a p r e f e r e ao mar e a ' s e l v a o r e -g a t o , o bosque, o h o r t o e o j a r d i m # f

3 - 0 i n d i a n i s m o no Arcadismo :

Yeremos a s e g u i r um assunto qque e p o r denials c h e i o de complicagoes r e f e r e n t e s aos poetas estudados nas p a g i n a s a n t e r i o r e s , p o r c o n s e g u i n t e d e i x a o a l u n o de l i t e r a t u r a b r a s i l e i -r a c h e i o de d u v i d a s . Se nao vejamos : No B a r r o c o , . o f n d i o e r a v i s t o como uma f i g u -r a , um s i m b o l o n a c i o n a l , n o A-rcadismo,um s l m b o l o u n i v e -r s a l . A o b r a U r a g u a i v$ o advento do f n d i o como t e ma l i t e r a r i o , o b s e r v a n d o - se o c o n f r o n t o e n t r e a r u s t i c i d a d e e a c i v i l i z a g a o ( v i l a o - j e s u l t a s ) . B a s i l i o da Gama t r o c o u os p a s t o r e s de convecao b u c d l i c a p e l o s i n d i o s . A moda p a s t o r i l enftminhou p a r a -v a l o r i z a c a o do homem r u s t i c o , i s t o 6, o l.ndio e n t r a no Arcadismo c a r a t e r e s t ^ t i c o de ordem u n i v e r s a l . F a l a da expedigao m i s t a de p o r tugueses e espanhois c o n t r a as missoes econCmicas do R i o Grande.

A i n t e n s a o e r a f a z e r p a n f l e t o a n t e j e s u i t i c o p a r a c o n c i l i a r as gragas de Pombal,o marques que nao v i a os j e s u i t a s com bons o l h o s . H a v i a a b e l e z a das c o i s a s n a t i v a s , e x 6 t i c o mes_ mo em r e l a g a o ao c i v i l i z a d o . 0 i n d i a n i s m o f o i um tema arca*dico em roupagem mais p i t o r e s c a , o p o s i g a o e n t r e c i d a d e e c a m p o , r u s t i c o e £i v i l i z a d o . F o i t i d o p e l o s r o m a n t i c o s como p r e c u r s o r da l i t e r a t u r a n a c i o n a l , embora mostrasse c e r t o paisagismo rom5.ntico.

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0 poema U r a g u a i e b a s t a n t e complex© do p o n t o de v i s t a dos i n t u i t o s e d i r e t r i z e s , embora s i m p l i f i c a d a ao maximo na t e x turappffilas " q u a l i d a d e s e s t i l i s t i c a s do p o e t a# |§ e r r o consider^. - 1© ep6^£ia_^. nao se devendo p e r d e r de v i s t a que £,primeiramente Uric©, em s e g u i d a , her6ic©;finalmente, diddtic©.(Antonio Candido,Forma -cao da l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a • r e d i e a o , 1918, e d i t o r a u n i v e r s i t a r i a , p a g i n a 127) Em s e g u i d a colocaremos em t e l a uma p a r t e do poema que r e t r a t a a Obra em s i ,

( a) Com grandes p a s s o s , f i r m e a t e s t a e os o l h o s , Vao marchando os m i t r a d o s G r a n a d e i r o s .

(b ) Leva negros penachos na cabeca; Sao vermelhas as o u t r a s penas t o d a s , Cor que Cepe usava sempre em g u e r r a .

No U r a g u a i / T r e c r i a a f r e s c u r a dos bosques, as dguas c l a r a s , a c o r das plumas, f l o r e t e t e c i d o s ; e nas cenas c o l e t i v a s 6 b e l l s s i m a a c o n t i n u a translagao'de pormenores,sem desmpmchar / contudo a ordem s e r e n a da d e s c r i e a o . ' ( A n t o n i o Candido,Formagao da l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a 5a edicao,1918, e d i t o r a u n i v e r s i t a r i o , p a g i h a 130*) E'precisO observarmos que as l e t r a s representam as personagens : ( A ) brancos e ( t ) I n d i o s .

Observamos o u t r o s s i m que t o d a a o b r a U r a g u a i r e f l e t e um s e n t i m e n t o sereno das c o i s a s n a t u r a i s , humanizando a p a i s a -g e m , v a l o r i z a n d o o t r a b a l h o , desprezando o d i n h e i r o , e num tempo dec epop£ia m i l i t a r , esquecqic^a p r 6 p r i a g u e r r a .

Uraguai poemeto £pico, t e n t a c o n c i l i a r a l o u v a c a o de Pombal e o heroJLsmos do indlgena; e o j e i t o f o i f a z e r r e c a i r / sobre o j e s u l t a a pecha de v i l a o , i n i m i g o de um, eniganador do outro.Nada ha no U r a g u a i que lembre as p f g i d a s d i v i s o e s do posma h e r 6 i c o . O p r i n c i p i o , ex - a b r u p t o , t r a z ao l e i t o r a m a t e r i a mesma do c a n t o : Fumam a i n d a nas d e s e r t a s p r a i a s

Lagos de sangjUe, t e p i d o s e i m p u r o s , Em que ondeiam caddveres d e s p i d o s ,

Pasto de c o r v o s . ( Alfuedio B o s i i d h i s t 6 r i a con c i s a da l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a , e d i t o r a c u l t r i x 2a e^igao, pdgi -na 7 2 ) .

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0^ 0^ o r a , iremos f a z e r a l g u n s c o m e n t d r i o s sobre c a r a j n u r u , obra de Santa R i t a Dur£o,para uma rnelhor c o n t r i b u i g a o pa

-r a o t -r a b a l h o em tela.Vejamos : Na obra Caramuru, o f n d i o £ m a t e r i a - p r i m a p a r a e x e m p l i f i c a r c e r t o s padroes i d e o l 6 g i c o s . 0 f n d i o co_ mo o o u t r o , o b j e t o de c o l o n i z a g a o e catequese,per de no Caramuru t o d a a u t e n t i c i d a d d e <§tnica e r e g r i -de ao mareo z e r o -de espanto(quando a n t r o p 6 f a g o ) , ou a exemplo de e d i f i c a g a o ( quando r e l i g i o s o ) . Outro problema a c o n s i d e r a r 6 a f i r i t u n a c r f t i c a do Caramuru que, pouco estimado na £poca de sua p u b l i -c a g a o , f o i e r i g i d o em a n -c e s t r a l do I n d i a n i s m o

'ftgJEss:

p e l o s nossos r o m a n t i c o s p o r m o t i v o s e s t r e i t a m e n t e / n a c i o n a l . O h e r 6 i do poema <§ Diogo A l v a r e s , a l c u n h a do o Caramuru p e l o s Tupinambas e r e s p o n s a v e l p e l a / p r i m e i r a agao c o l o n i z a d o r a na Bahia.Menos herc5i de l u t a do que h e r 6 i c u l t u r a l , e l e 6 o f u n d a d o r , o ho -mem p r o v i d e n c i a l que e n s i n o u ao b a r b a r o as v i r t u d e s e a s l e i s do a l t o . ( h i s t < 5 r i a c o n e i s a da l i t e r a t u r a b r a _

s i l e i r a , B o s i A l f r e d o , 2 a edigao e d i t o r a c u l t r i x L T D A , p a g i n a s,75,76.)Vamos ainda observar que Caramuru e uma epop£ia que n a r r a o n a u f r a g i o de Diogo A l v a r e s , o caramuru, seus f e i t o s , seus amorec.Paraguagu 6 uma v i s a o d e s t a , r e c u r s o de que / l a n g a mao p a r a r e t r a t a r t o d a a h i s t 6 r i a do B r a s i l . O pdfima p o s s u i i -mita$ao de os Lusiadas e dos poemas homericos.

' 0 assunto da obra f a l a do descobrimento da B a h i a / p o r Diogo A l v a r e s C o r r e i a .

A h i s t 6 r i a do B r a s i l t i n h a v a r i o s epis<5dios: p i t o s e t r a d i g o e s dos f n d i o s , como h i s t 6 r i a n a t u r a l e p o l f t i c a das c o l d / n i a s . A i d e o l o g i a predominante e s t a v a j u s t a m e n t e em j u s t i f i c a r e s o b r e t u d o em l o u v a r a c o l o n i z a g a o como uma empresa r e l i g i o s a , sem nenhum i n t e r e s s e , o que descordamos.

Ha uma presenga do n a t i v i s m o , com o i n t u f t o de l o u v a r a t e r r a , c e l e b r a n d o a f l o r a t r o p i c a l , c o m b e l a p r o s a b a r r o c a .

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No indianismo,y.apresenta« algumas c a r a c t e r i s t i c a s p e c n l i a r e s ^ ^ n a o c o n s i s t e em apenas d e s c r e v e r os costumes,mas /

s i m l o u v a r o torn c a v a l h e r e s c o dos f n d i o s e a s i m p a t i a , como a / t e n t a t i v a de compreender o homem n a t u r a l .

4.Neste p o n t o t r a t a r e m o s em o u t r o a s p e c t o do im -d i a n i s m o no arca-dismo f o c a l i z a n -d o Jose" -de A l e n c a r com U b i r a j a r a .

0 i n d i a n i s m o , de que A l e n c a r f o i o n o s s o m a i o r / r e p r e s e n t a n t e no romance ao l a d o de GOngalves D i a s , n a p o e s i a , f o i

de f a t o uma consequeflcia da preocupagao de a f i r m a e a o n a c i o n a l i s / t a , que c a r a c t e r i z o u o n o s s o romantismo.Exaltando o f n d i o , os au

t o r e s r o m a n t i c o s p r e t e n d i a m e x a l t a r o B r a s i l , s e u p r i m i t i v o ha -b i t a n t e , suas mais p u r a s t r a d i g o e s .

0 seu p r o f u n d o semtimento n a c i o n a l i s t a m a n i f e s -t o u - se na preocupagao que r e v e l o u , com a l f n g u a n a c i o n a l .

A l e n c a r f o i o p r i m e i r o a p e r c e b e r i n t u i t i v a m e n t e que a l f n g u a do B r a s i l ^ s e m d e i x a r de s e r p o r t u g u e s a , t ^ j J W a r a c t e -r f s t i c a s p-r£p-rias,po-r i s s o mesmo, sem d e i x a -r e s c -r a v i z a -r - se aos padroes da m e t r 6 p o l e que a n t e s de t u d o t i n h a o e s p f r i t o de e s c r a /

7 / v o c r a t a . - - - ' '

0 f i n f s s i m o Augusto Mayer, a f i r m a que, o p o e t a do romance,Alencar t u d o romanceia.

Assim, o mestre i n d i a n i s t a permanece como a s p i r o u a permanecer, como r o m a n c i s t a , que t r a d u z i u o B r a s i l em termo l i _ t e r a r i o que no microcosmo de uma o b r a de f i c c a o apreendeu o g r a n / de u n i v e r s o que somos, perpetuando assim em n a r r a t i v a l f r i c a o s e /

co r e l a t o da h i s t 6 r i a b r a s i l e i r a , conseguindo o u t r o s s i m e s t e r i o t i /

p a r o p r i m i t i v o - f n d i o nos seus l i v r o s : I r a c e m a e U b i r a j a r a . fibservamos que o a u t o r de U b i r a j a r a como os ou -t r o s que es-tudamos -t e v e a preocupacao de r e s s a l -t a r o f n d i o , d o n o da t e r r a , e x p l o r a d o , u t i l i z a d o ontem como h o j e , p e l o homem b r a n c o , em todos os a s p e c t o s que a v i d a l h e p r o p o r c i o n a .

E s t u d a r um e o u t r o nos t r a z uma c e r t e z a :somos t o dos g r a t o s aos l i t e r a t o s p o r t e r a preocupagao de r e g i s t r a r os a a c o n t e c i m e n t o s d e s t a r a g a que e n t r o u na t a o c o n t r a s t a n t e nagao b r a s i l e i r a . A e l e s nossos a g r a d e c i m e n t o s .

(15)

C O N C L U S X O

E l a b o r a d o o nosso t r a b a l h o j t o br c o Arcadismo, s e g u i d o t o d o o r o t e i r o elaborado.peww mri\^r

d^.^mpenho-p c l a inostra,-. chegamos a s e g u i n t e c o n c l u s a o :

Neste p e r i o d o tem i n i c i o o en -f r a d a m e n t p da m e t r 6 p o l e p o r t u g u e s a s e eonsequentemente a c o l O n i a e mais p r e c i s a m e n t e um pedaco do B r a s i l comega a s e r i m p o r t a n t e p a r a os P o r t u g u e s e s .

A exploracao-das nossas r i q u e z a s comeca a p r e o c u p a r os e s t u d a n t e s da £poca e eonsequentemente come -gam a b u s c a r uma maneira de c o l o c a r e s t a preocupagao em evid£ncia e nada mais j u s t o do que s e r a t r a v ^ s da e s c r i t a .

E'neste t r a b a l h o que encontramos oportunudade de conhecer e s t e s e s t u d i o s o s como :Tomas A n t o n i o Gon-zaga, B a s i l i o da Cama,estes f a l a r a m sobre o homem p r i m i t i v o - o i n d i o , a paisagem b r a s i l e i r a e a preocupagao com a s i t u a g a o p o l i t i c a do B r a s i l , a s s i n a l a m a busca de uma i d e n t i d a d e p a r a a l i t e r a t u r a n s - c i o n a l .

Minas f o i o c e n t r o da produgao l i t e r a r i a do Arcadismo b r a s i l e i r o atrav£s dos poetas que compoem o chamado grupo m i n e i r o e cue se expressaram p r i n c i p a l m e n t e atrave"s da p o e s i a .

(16)

1 I B L I O G R A F I A

1 - Candido, A n t o n i o .

Formagao da L i t e r a t u r a b r a s i l e i r a , 5a edigao 1918.

2 - B o s i , A l f r e d o

H i s t o r i a c o n e i s a da l i t e r a t u r a b r a s i l e i r a , 2 & §gij£ gao, e d i t o r a c u l t r i x - Sao Paulo..

3 - Alem das a p o s t i l a s t r a b a l h a d a s na s a l a de a u l a p e l a p r o f e s s o r a da r e f e r i d a d i s c i p l i n a .

Referências

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