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Uma abordagem sobre a demanda de passageiros de transportes urbanos por ônibus da cidade de João Pessoa.

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UMA ABORDAGEM SOBRE A DEMANDA DE

PASSAGEIROS DE TRANSPORTES URBANOS

POR ÔNIBUS DA CIDADE DE JOÃO PESSOA

POR

MARIA IVANILDE DE OLIVEIRA

Dissertação submetida à Coordenação dos Cursos de

Pós-Graduação em Engenharia C i v i l do C e n t r o de Ciências e

T e c n o l o g i a da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l da Paraíba, como

r e q u i s i t o p a r c i a l à obtenção do Grau de M e s t r e em Ciências

-M.Sc.

Área de Concentração: TRANSPORTES

O r i e n t a d o r : P r o f . M e s t r e Clóvis D i a s

Campinas Grande - Paraíba

BRASIL

(2)
(3)

UMA ABORDAGEM SOBRE A DEMANDA DE

PASSAGEIROS DE TRANSPORTES URBANOS

POR ÔNIBUS DA CIDADE DE JOÃO PESSOA

M A R I A I Va N I L D í , DE O L I V E I R A

CLÓVIS DIAS

O r i e n t a d o r

CÉSAR CAVALCANTI DE OLIVEIRA

componente da Banca /

JOSÉ ESTEVAMi èE^káDÉlRpS FILHO

componente da Banca \

CAMPINA GRANDE

MAIO - 1993

(4)
(5)

AGRADECIMENTOS

Ao m e s t r e Clóvis D i a s , p e l a atenção

e disposição em o r i e n t a r e s t a dissertação. Ao Dr. César

C a v a l v a n t i de O l i v e i r a e M e s t r e José Estevam de M e d e i r o s

F i l h o , p e l a g e n t i l e z a em p a r t i c i p a r e m da banca examinadora

na d e f e s a f i n a l .

A M e s t r a e amiga Cecy R i b e i r o p o r

t o d a a j u d a e, p r i n c i p a l m e n t e , p o r sua l u z , compreensão e

amizade.

Ao Dr. Pedro da Costa C a r v a l h o , da

P r e f e i t u r a M u n i c i p a l de Manaus, p e l o a p o i o c o n c e d i d o d u r a n t e

o d e s e n v o l v i m e n t o d e s t e t r a b a l h o .

Aos p r o f e s s o r e s Cardoso e I r a p u a n ,

da F a c u l d a d e de Estatística da U n i v e r s i d a d e do Amazonas, e

A l e x a n d r e C a r v a l h o , p e l o v a l o r o s o a p o i o na elaboração da

análise estatística dos dados.

Aos técnicos da Superintendência de

(6)

Ao Eder B a t i s t a , p e l o c a r i n h o e

paciência na f a s e f i n a l . A Norma, Tom, M a r t i n s , Huw,

Evandro, L e l e i d e , Jane, J o s e t e e Darcy, p e l a força amiga,

estímulo e confiança. A G i s e l l e , Hudson, João L u i z , Maquine,

K e y l a e J a n a i n a , p e l a boa vontade com que d i g i t a r a m e

e f e t u a r a m os desenhos d e s t e t r a b a l h o . A C h i c o , p e l a s f l o r e s

e a minha família, p o r t o d o o a p o i o c o n c e d i d o .

F i n a l m e n t e , a t o d o s os meus o u t r o s

amigos, e l e s sabem que são.

(7)

R E S U M O

A p a r t i r do e s t u d o e l e v a n t a m e n t o

de experiências r e a l i z a d a s r e c e n t e m e n t e na área de

t r a n s p o r t e s urbanos de p a s s a g e i r o s p o r ônibus, e s t e t r a b a l h o

p r o c u r a a b o r d a r a demanda de p a s s a g e i r o s na área u r b a n a de

João pessoa.

A m e t o d o l o g i a empregada e n v o l v e ,

numa p r i m e i r a f a s e , o e s t u d o dos p r o c e s s o s de urbanização

nos países d e s e n v o l v i d o s e s u b d e s e n v o l v i d o s , a expansão

urbana v s . t r a n s p o r t e s , os p r o c e s s o s de p l a n e j a m e n t o a t u a i s

e as c a r a t e r l s t i c a s da demanda de v i a g e n s . Em s e g u i d a ,

a p r e s e n t a um e s t u d o da evolução urbana de João Pessoa, os

p l a n o s e programas do t r a n s p o r t e urbano de p a s s a g e i r o s

d e s e n v o l v i d o s p a r a a c i d a d e , bem como o l e v a n t a m e n t o da

situação a t u a l dos t r a n s p o r t e s e a análise q u a n t i t a t i v a da

demanda de v i a g e n s p o r ônibus, r e f e r e n t e ao período

1986-1992.

F i n a l m e n t e , conforme as análises

r e a l i z a d a s , apresentam-se constatações r e l a t i v a s aos P l a n o s

(8)

monitoração, da operação do s i s t e m a de t r a n s p o r t e e

p e s q u i s a s p a r a avaliação das tendências de expansão u r b a n a e

dos t r a n s p o r t e s .

(9)

ABSTRACT

Based on t h e s t u d i e s and g a t h e r i n g

o f f a c t s r e c e n t l y p e r f o r m e d i n t h e segment o f u r b a n bus

t r a n s p o r t , t h i s work t r i e s t o approach t h e c h a r a c t e r i s t i c s

o f bus t r a n s p o r t demand i n t h e João Pessoa u r b a n a r e a .

The methodology a p p l i e d i n v o l v e s i n

t h e f i r s t phase, t h e s t u d y o f t h e u r b a n i z a t i o n p r o c e s s i n

d e v e l o p e d and u n d e r d e v e l o p e d c o u n t r i e s , t h e u r b a n e x p a n s i o n ,

and i t s consequences f o r t h e t r a n s p o r t s e c t o r , t h e p r o c e s s

o f t h e a c t u a l p l a n n i n g and t h e c h a r a c t e r i s t i c s o f t r a v e l

demand. Then i t i n t r o d u c e s t h e s t u d y o f t h e u r b a n e v o l u t i o n

i n João Pessoa, t h e p l a n s and progammes f o r passenger

t r a n s p o r t i n t h e c i t y , as w e l l as t h e development o f t h e

a c t u a l t r a n s p o r t s i t u a t i o n and t h e q u a n t i t a t i v e a n a l y s i s o f

t h e usage o f bus t r a n s p o r t , r e f e r i n g t o t h e p e r i o d f r o m 1986

t o 1992.

A c c o r d i n g t o t h e a n a l y s i s r e a l i z e d ,

some e v i d e n c e i s c o n c l u d e d a b o u t t h e e x i s t i n g t r a n s p o r t

p l a n n i n g p r o c e s s and s u g g e s t i o n s a r e made f o r t h e

v i i

(10)

f o c u s e d on t h e c i t y ' s e x p a s i o n t r e n d s and r e l a t e d t r a n s p o r t

d e v e l o p m e n t .

(11)

Í N D I C E

Páginas

LISTA DE QUADROS x i i i

LISTA DE TABELAS XV

LISTA DE FIGURAS x v i i i

1 - INTRODUÇÃO

1.1. O b j e t i v o e Importância do T r a b a l h o ... 1

1.2. O D e s e n v o l v i m e n t o do T r a b a l h o 4

2 - A URBANIZAÇÃO E O TRANSPORTE COLETIVO:

QUADRO DE REFERÊNCIA TEÓRICO

2 . 1 . Introdução 6

2.2. A Expansão Urbana e o T r a n s p o r t e Público .. 10

2.3. Processos do P l a n e j a m e n t o dos

T r a n s p o r t e s Urbanos 14

2.4. M e t o d o l o g i a p a r a C o l e t a de Dados em

uma L i n h a de Ônibus Urbano 20

2.5. Caráterísticas da Demanda de V i a g e n s 24

3 - 0 SISTEMA DE TRANSPORTE POR ÔNIBUS DA CIDADE DE

JOÃO PESSOA

3.1. Breve Histórico da Evolução Urbana ... 35

3.2. P l a n o s e Programas do T r a n s p o r t e Urbano

de P a s s a g e i r o s 39

3.2.1. Estudo de T r a n s p o r t e s Urbanos de

João Pessoa - Recomendações p a r a

Implantação I m e d i a t a / 1 9 8 3 50

(12)

João Pessoa - Recomendações p a r a

Implantação a Médio Prazo/1983 ... 56

3.2.2.1, Estudo de A l t e r n a t i v a s .... 57

3.2.2.2. Proposições 58

3.2.3. P l a n o D i r e t o r de T r a n s p o r t e s

Urbanos-PDTU/1985 60

3.2.3.1. O f e r t a de T r a n s p o r t e ... 61

3.2.3.2. Formulação e Análise

das A l t e r n a t i v a s

de T r a n s p o r t e s ... 63

3.2.3.3. Sistema P r o p o s t o 72

3.2.4. P r o j e t o de concepção Básica do

Bonde Moderno em João Pessoa 74

3.2.4.1. Importância da

Implantação do Sistema

Bonde Moderno 75

3.2.4.2. Concepção do P r o j e t o

do Bonde Moderno 78

3.2.4.3. Integração com o

Sistema de T r a n s p o r t e s .... 80

3.2.4.4. Inserção do Bonde Moderno

no Meio Urbano 83

3.2.4.5. Impactos A m b i e n t a i s 84

3.2.4.6. Parâmetros O p e r a c i o n a i s ... 85

3.2.4.7. Estações 87

3.2.4.8. Sistema de C o n t r o l e

de Acesso 89

4 - SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE TRANSPORTE POR ÔNIBUS DE

JOÃO PESSOA

4.1. Introdução 90

4.2. Classificação das L i n h a s 92

(13)

4.3. Sistema de Identificação das L i n h a s ...

9 2

4

. 4 . P r i n c i p a i s Corredores 9 4

4.5. Diagnóstico do Sistema 96

4.5.1. Operação do s i s t e m a 96

4.5.2. Fiscalização e C o n t r o l e

O p e r a c i o n a l 98

4.5.3. Regime de Cessão dos Serviços 1 0 0

4.5.4. E s t r u t u r a e Custos 1 0 1

4.5.5. Método de Repartição da R e c e i t a .... 101

4.5.6. s i s t e m a Tarifário 102

4 . 5 . 7 .

I n v e s t i m e n t o s 102

4.6. Parâmetros O p e r a c i o n a i s 103

4

. 7 . Análise da Situação A t u a l 114

4

. 7 . 1 . Estudo da Demanda 114

4

. 7 . 2 . Estudo da O f e r t a 130

4.8. I n d i c a d o r e s C o m p a r a t i v o s das

condições de A t e n d i m e n t o 142

4.8.1. I n d i c a d o r e s de Renda 143

4.8.2. I n d i c a d o r e s de T a r i f a 144

4.8.3. I n d i c a d o r e s de Custo 144

4.8.4. I n d i c a d o r e s de Desempenho 146

4.8.5. I n d i c a d o r e s de Opinião dos

Usuários 155

4.8.6. I n d i c a d o r e s de Subsídios 156

x i

(14)

5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS POSTERIORES

5.1. Conclusões 170

5.2. Recomendações p a r a Estudos P o s t e r i o r e s .... 177

BIBLIOGRAFIA . . 180

(15)

LISTA DE QUADROS

QUADRO Pagina

4.1 RELAÇÃO DAS LINHAS ATUALMENTE EM OPERAÇÃO

E DAS LINHAS JÁ EXTINTAS DO SISTEMA, POR

EMPRESA E POR REGIÃO 104

4.2 NUMERO MENSAL DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

E CRESCIMENTO PERCENTUAL DO PERÍODO

1986-1992 DA REGIÃO 0 1 . MÊS: SETEMBRO 116

4.3 NÚMERO MENSAL DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

E CRESCIMENTO PERCENTUAL DO PERÍODO

1986-1992 DA REGIÃO 02. MÊS: SETEMBRO 117

4.4 NÚMERO MENSAL DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

E CRESCIMENTO PERCENTUAL DO PERÍODO

1986-1992 DA REGIÃO 03. MÊS: SETEMBRO 118

4.5 NÚMERO MENSAL DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

E CRESCIMENTO PERCENTUAL DO PERÍODO

1986-1992 DA REGIÃO 04. MÊS: SETEMBRO 119

4.6 NÚMERO MENSAL DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

E CRESCIMENTO PERCENTUAL DO PERÍODO

1986-1992 DA REGIÃO 05. MÊS: SETEMBRO 120

4.7 NÚMERO MENSAL DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

E CRESCIMENTO PERCENTUAL DO PERÍODO

1986-1992 DA REGIÃO 06. MÊS: SETEMBRO 1 2 1

4.8 NÚMERO MENSAL DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

E CRESCIMENTO PERCENTUAL DO PERÍODO

1986-1992 DA REGIÃO 07. MÊS: SETEMBRO 122

4.9 NÚMERO MENSAL DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

E CRESCIMENTO PERCENTUAL DO PERÍODO

1986-1992 DA REGIÃO 08. MÊS: SETEMBRO 123

4.10 DADOS DE CARGA DE UMA VIAGEM. LINHA 1001

BAIRRO DAS INDUSTRIAS / MANDACARU 166

(16)
(17)

LISTA DE TABELAS

TABELA Página

2 . 1 . BRASIL. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

URBANA ENTRE 1940 E 1980 9

2.2. TAXA DE MOTORIZAÇÃO DE ALGUNS PAÍSES E DE

ALGUMAS CIDADES BRASILEIRAS. 1980 13

2.3. PORCENTAGEM TOTAL DE VIAGENS INTERNAS DE

BASE RESIDENCIAL ENTRE RESIDÊNCIA E DEMAIS

DESTINOS 30

3 . 1 . JOÃO PESSOA. CRESCIMENTO POPULACIONAL ENTRE

1940 E 1991 36

3.2. GRANDE JOÃO PESSOA. DOMICÍLIOS PARTICULARES

SEGUNDO AS INSTALAÇÕES EXISTENTES-1980 38

4 . 1 . JOÃO PESSOA. CARATERlSTICAS DOS SERVIÇOS

DE TRANSPORTES POR ÔNIBUS DA REGIÃO 0 1 .

PERÍODO 1989-1992 - MÊS : SETEMBRO 1 3 1

4.2. JOÃO PESSOA. CARATERÍSTICAS DOS SERVIÇOS

DE TRANSPORTES POR ÔNIBUS DA REGIÃO 02.

PERÍODO 1989-1992 - MÊS : SETEMBRO 132

4.3. JOÃO PESSOA. CARATERÍSTICAS DOS SERVIÇOS

DE TRANSPORTES POR ÔNIBUS DA REGIÃO 03.

PERÍODO 1989-1992 - MÊS : SETEMBRO 133

4.4. JOÃO PESSOA. CARATERÍSTICAS DOS SERVIÇOS

DE TRANSPORTES POR ÔNIBUS DA REGIÃO 04.

PERÍODO 1989-1992 - MÊS : SETEMBRO 134

4.5. JOÃO PESSOA. CARATERÍSTICAS DOS SERVIÇOS

DE TRANSPORTES POR ÔNIBUS DA REGIÃO 05.

PERÍODO 1989-1992 - MÊS : SETEMBRO 135

4.6. JOÃO PESSOA. CARATERÍSTICAS DOS SERVIÇOS

DE TRANSPORTES POR ÔNIBUS DA REGIÃO 06.

PERÍODO 1989-1992 - MÊS : SETEMBRO 136

(18)

DE TRANSPORTES POR ÔNIBUS DA REGIÃO 08.

PERÍODO 1989-1992 - MÊS : SETEMBRO 138

4.9. TARIFA PREDOMINANTEMENTE MENSAL.

ÔNIBUS URBANOS. 1986/1992 145

4.10. CUSTO MÉDIO MENSAL DE OPERAÇÃO POR

QUILÔMETRO. ÔNIBUS URBANOS.

1990/1992 147

4.11. SALÁRIO MENSAL DE MOTORISTAS DE ÔNIBUS

URBANOS. 1987/1992 148

4.12. NÚMERO DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

POR HABITANTE. ÔNIBUS URBANOS

1987/1991 149

4.13. QUILOMETRAGEM PERCORRIDA POR HABITANTE

ÔNIBUS URBANOS. 1987/1991 150

4.14. NÚMERO DE ÔNIBUS URBANOS EM OPERAÇÃO

POR MIL HABITANTES 131

4.15. IDADE MÉDIA DAS FROTAS DE ÔNIBUS

URBANOS. 1993 152

4.16. PASSAGEIROS TRANSPORTADOS POR ÔNIBUS

URBANOS EM OPERAÇÃO 153

4.17. PASSAGEIROS TRANSPORTADOS-ANO

POR QUILÔMETRO PERCORRIDO 154

4.18. QUILÔMETROS PERCORRIDOS POR ÔNIBUS

URBANOS EM OPERAÇÃO . 155

4.19. GRATUIDADES CONCEDIDAS POR GRUPOS

BENEFICIADOS. 1990 158

(19)

4.20. DIFERENÇA PERCENTUAL ENTRE RECEITAS

VIRTUAL (OU POTENCIAL) E REAL(1} DO

TRANSPORTE DE ESTUDANTES PELOS SERVIÇOS

DE ÔNIBUS URBANOS. 1991 159

4.21. PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS

QUE UTILIZAM VALE-TRANSPORTE NO TOTAL DE

PASSAGEIROS TRANSPORTADOS PELOS SERVIÇOS

DE ÔNIBUS URBANOS / 1991-1992 160

4.22. TRIBUTOS ISENTADOS AS EMPRESAS OPERADORAS

DO TRANSPORTE COLETIVO SEGUNDO O TIPO DE

TRIBUTOS E COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. 1990 ... 1 6 1

4.23. ESTRUTURA TARIFÁRIA ADOTADAS

1991 162

(20)

3.2. DISTRITOS DE TRÁFEGO - ÁREA DE PESQUISA 44

3.3. ZONAS DE TRAFEGO - MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA ... 45

3.4. AREA CENTRAL - MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA 52

3.5. MALHA VIÁRIA PRINCIPAL - ÁREA DE ESTUDO 64

3.6. MAPA ESQUEMÁTICO DO CORREDOR PEDRO I I . . 76

3.7. SISTEMA TRONCO-ALIMENTADOR PROPOSTO 8 1

3.8. LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES E TERMINAIS AO

LONGO DA LINHA 88

4.1. REGIÕES DE ESTUDO - MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA .. 9 1

4.2. CORREDORES PRINCIPAIS DE JOÃO PESSOA 95

4.3. ITINERÁRIOS DAS LINHAS OPERADAS PELA EMPRESA

VIAÇÃO BOA VISTA LTDA 10?

4.4. ITINERÁRIOS DAS LINHAS OPERADAS PELA EMPRESA

TRANSPORTE MANDACARUENSE LTDA 108

4.5. ITINERÁRIOS DAS LINHAS OPERADAS PELA EMPRESA

TRANSPORTES URBANOS JOÃO PESSOA LTDA 109

4.6. ITINERÁRIOS DAS LINHAS OPERADAS PELA EMPRESA

MARCOS DA SILVA LTDA . 110

4.7. ITINERÁRIOS DAS LINHAS OPERADAS PELA EMPRESA

TRANSPORTE NACIONAL DE PASSAGEIROS LTDA 1 1 1

4.8. ITINERÁRIOS DAS LINHAS OPERADAS PELA EMPRESA

SERVIÇO ESTADUAL DE TRANSPORTES URBANOS S.A. 112

4.9. ITINERÁRIOS DAS LINHAS OPERADAS PELA EMPRESA

TRANSPORTE URBANO LTDA 113

(21)

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

1.1. O b j e t i v o e importância do t r a b a l h o

Para se compreender c l a r a m e n t e a

demanda de t r a n s p o r t e s u r b a n o s , f a z - s e necessário

e s t a b e l e c e r conhecimentos e interpretações p r e c i s a s a c e r c a

do fenômeno dos deslocamentos das pessoas nos meios u r b a n o s .

Entender e s t e fenômeno i m p l i c a

c o n s i d e r a r que m i l h a r e s de pessoas p a r a desempenhar funções

múltiplas ( t r a b a l h o , e s c o l a , compras, saúde, l a z e r , e t c . )

j u n t o a s o c i e d a d e em que v i v e m , são i n d u z i d a s a d e s l o c a r - s e

d i a r i a m e n t e , p o i s os f a t o r e s que determinam a e s c o l h a de

suas residências não são, n e c e s s a r i a m e n t e , os mesmos que

o r i e n t a m a localização de a t i v i d a d e s g e r a d o r a s de emprego e

serviços. Pode-se a f i r m a r , assim, que h o j e , "nas g r a n d e s

c i d a d e s , a m o b i l i d a d e é o bem econômico e s o c i a l m a i s

p r o c u r a d o " ( 2 0 ) .

(22)

É, p o i s , de g r a n d e importância a

g a r a n t i a de m o b i l i d a d e e f a c i l i d a d e de c o n t a t o s que o

s i s t e m a de t r a n s p o r t e possa p r o p o r c i o n a r ao homem u r b a n o .

Além do que, "um dos mais r e l e v a n t e s propósitos das

concentrações u r b a n a s é j u s t a m e n t e o de f a c i l i t a r c o n t a t o s e

a p r o x i m a r a t i v i d a d e s " ( 0 2 ) .

A diversificação da produção,

p r i n c i p a l m e n t e com a expansão do s e t o r terciário (comércio,

escritório, bancos, e t c . ) , aumentou a c o m p l e x i d a d e das

e s t r u t u r a s u r b a n a s . Assim, os movimentos p e n d u l a r e s diários

(residência / t r a b a l h o / residência) da população a t i v a

p a s s o u a s e r e f e t u a d o p o r uma c r e s c e n t e número de pessoas em

d i s t a n c i a s cada vez m a i o r e s .

A implantação de f a c i l i d a d e s , t a i s

como, a l a r g a m e n t o de r u a s , construção de v i a s e l e v a d a s ,

anéis rodoviários, v i a s e x p r e s s a s , f a c i l i d a d e s de

e s t a c i o n a m e n t o , e t c . , apenas atenuou os p r o b l e m a s de

circulação urbana e, a s s i m , as a u t o r i d a d e s responsáveis p e l o

t r a n s p o r t e d e c i d i r a m r e e s t r u t u r a r a p o l i t i c a de i n v e s t i m e n t o

e operação dos serviços de t r a n s p o r t e público, e s p e c i a l m e n t e

(23)

3

os de massa. Deste modo, f a t o r e s como segurança, c o n f o r t o ,

prevenção de i m p a c t o s a m b i e n t a i s e o u t r o s , c o n s t i t u i r a m - s e

em argumentos p o d e r o s o s a f a v o r da utilização do t r a n s p o r t e

público. Nas áreas m e t r o p o l i t a n a s de m u i t o s países

d e s e n v o l v i d o s da Europa O c i d e n t a l , dos Estados U n i d o s , do

Canadá e da Austrália, as políticas de t r a n s p o r t e u r b a n o

passaram a s e r v i s t a s como p a r t e i n t e g r a n t e das p o l i t i c a s de

d e s e n v o l v i m e n t o urbano, m e t r o p o l i t a n o e r e g i o n a l . Assim,

f o r a m f e i t o s grandes i n v e s t i m e n t o s - e s p e c i a l m e n t e a p a r t i r

da década de 60 - nos s i s t e m a s de ônibus, pre-metrôs,

metrôs e trânsito rápido.

A exemplo dos países d e s e n v o l v i d o s ,

o B r a s i l , l o g o após a 2a. G u e r r a , implementou uma política

d e s e n v o l v i m e n t i s t a que t e r i a como conseqüência o abandono do

s i s t e m a ferroviário como modalidade prioritária de

t r a n s p o r t e . Deste modo, a única solução p a r a a m o b i l i d a d e de

g r a n d e p a r t e da população passou a s e r o t r a n s p o r t e p o r

ônibus.

0 poder público, na v e r d a d e , não

d e m o n s t r o u e l e v a d o i n t e r e s s e p e l a s questões u r b a n a s - p e l o

(24)

menos no t o c a n t e a alocação de v e r b a s - e x c e t o a p a r t i r da

década de 7 0, m o t i v a n d o d e s t a forma, uma urbanização

b a s t a n t e d e f i c i e n t e em r e c u r s o s e o f e r t a de i n f r a - e s t r u t u r a

económica e s o c i a l .

A constatação d e s t e quadro no

p l a n e j a m e n t o dos t r a n s p o r t e s , mais e s p e c i a l m e n t e do

t r a n s p o r t e urbano de p a s s a g e i r o s p o r ônibus, m o t i v a a

elaboração do p r e s e n t e t r a b a l h o o b j e t i v a n d o o diagnóstico do

t r a n s p o r t e p o r ônibus p a r a uma c i d a d e b r a s i l e i r a de médio

p o r t e , sendo e s c o l h i d a p a r a e s t u d o a c i d a d e de João Pessoa.

1.2. 0 d e s e n v o l v i m e n t o do t r a b a l h o

Propõe-se o p r e s e n t e t r a b a l h o ao

e s t u d o sistemático de experiências r e a l i z a d a s r e c e n t e m e n t e

na área dos t r a n s p o r t e s urbanos de p a s s a g e i r o s p o r ônibus, a

p a r t i r da problemática dos t r a n s p o r t e s da área u r b a n a de

João Pessoa, c a p i t a l do Estado da Paraíba.

É e f e t u a d o l e v a n t a m e n t o histórico

do d e s e n v o l v i m e n t o urbano e dos t r a n s p o r t e s através de

(25)

5

referências bibliográficas e noções básicas de técnicas

c o n v e n c i o n a i s de p l a n e j a m e n t o no C a p i t u l o I I .

No C a p i t u l o I I I um b r e v e histórico

da evolução u r b a n a da c i d a d e de João Pessoa ê abordado,

c o n c o m i t a n t e m e n t e ao l e v a n t a m e n t o dos p l a n o s e programas dos

t r a n s p o r t e s d e s e n v o l v i d o s p a r a a q u e l a c i d a d e .

No Capítulo I V , f a z - s e uma

abordagem a p a r t i r de dados o p e r a c i o n a i s do s i s t e m a de

t r a n s p o r t e c o l e t i v o p o r ônibus da c i d a d e de João Pessoa e,

a p r e s e n t a - s e uma m e t o d o l o g i a p a r a c o l e t a de dados de uma

l i n h a de ônibus, além dos r e s u l t a d o s o b t i d o s em p e s q u i s a s de

campo.

F i n a l m e n t e , no C a p i t u l o V, são

a p r e s e n t a d a s algumas conclusões, a p a r t i r de análises f e i t a s

t a n t o s o b r e os programas e p r o j e t o s p r o p o s t o s q u a n t o à

p e r f o r m a n c e do a t u a l s i s t e m a , além de serem enumeradas

recomendações p a r a e s t u d o s p o s t e r i o r e s com referência ao

emprego de técnicas de p l a n e j a m e n t o e p e s q u i s a s na área dos

t r a n s p o r t e s u r b a n o s de p a s s a g e i r o s p o r ônibus.

(26)

QUADRO DE REFERÊNCIA TEÓRICO

2.1. Introdução

A urbanização moderna c o r r e s p o n d e u ,

em grande p a r t e , ao p r o c e s s o de industrialização. Esse

fenômeno, c a r a c t e r i z a d o p o r uma a l t a concentração de

população nos c e n t r o s u r b a n o s , vem se acentuando cada vez

m a i s nos últimos anos a t i n g i n d o números b a s t a n t e e l e v a d o s .

De a c o r d o com FERRARRI ( 1 1 ) , e n t r e 1800 e 1950, a população

m u n d i a l que v i v i a nas c i d a d e s passou de 1,7% p a r a 13%, o que

i n d i c a uma i m p o r t a n t e urbanização no mundo num período de

pouco m a i s de um século.

Em sua o r i g e m , as c i d a d e s c o n t i n h a m

f a t o r e s p r o d u t i v o s pouco e s p e c i a l i z a d o s , com funções

econômicas e o r g a n i z a c i o n a i s b a s t a n t e s i m p l e s . Não e x i s t i a m ,

tampouco, mecanismos de mercado p a r a a produção e

comercialização e, assim, as especializações no uso do s o l o

eram r e d u z i d a s , não havendo, da mesma f o r m a , diferenças

a c e n t u a d a s de funções e n t r e c e n t r o s u r b a n o s .

(27)

7

Com a Revolução I n d u s t r i a l , as

c i d a d e s passaram a a t r a i r uma grande massa de t r a b a l h a d o r e s

r u r a i s . À medida que aumentavam as d e n s i d a d e s u r b a n a s e o

p r o c e s s o de produção se t o r n a v a mais complexo, o c o r r i a a

separação e s p a c i a l e n t r e l o c a i s de residência e de t r a b a l h o .

Na análise dos e s t u d o s s o b r e

urbanização e d e s e n v o l v i m e n t o e f e t u a d o p o r Simon K u s n e t z ,

Santos ( 2 3 ) a f i r m a que são f o r t e s os indícios de que a

urbanização é mais rápida nos países s u b d e s e n v o l v i d o s .

Esses, com e f e i t o , com sua urbanização p r a t i c a m e n t e

contemporânea aos p r o g r e s s o s médicos r e a l i z a d o s nos países

d e s e n v o l v i d o s , benef icíaram-se desses avanços

p a r t i c u l a r m e n t e de ordem sanitária - e, de o u t r o s m a i s , como

comunicação e t r a n s p o r t e , o que l h e s p e r m i t i u o combate de

fomes e e p i d e m i a s .

Há p o r t a n t o , diferenças

f u n d a m e n t a i s s o b r e como se deu o p r o c e s s o de urbanização nos

países d e s e n v o l v i d o s e s u b d e s e n v o l v i d o s . Do p o n t o de v i s t a

demográfico, p o r exemplo, o p r o c e s s o de urbanização nos

países d e s e n v o l v i d o s , no século XIX, c a r a c t e r i z o u - s e ,

(28)

segundo SANTOS, ( I b i d ) p o r :

a) uma a l t a t a x a de m o r t a l i d a d e urbana g e r a l e i n

-f a n t i l , m u i t a s vezes mais a l t a que na zona

r u r a l ;

b) uma t a x a de n a t a l i d a d e u r b a n a menor que na zona

r u r a l ;

c) uma evolução n a t u r a l n e g a t i v a ou pequena: e

d) uma l e n t a evolução demográfica.

Já nos p a i s e s s u b d e s e n v o l v i d o s , o

i n i c i o do p r o c e s s o de urbanização f o i a s s i n a l a d o p o r :

"a)uma t a x a de m o r t a l i d a d e g e r a l e i n f a n t i l m u i t o

pequena ( e , mesmo menor que na zona r u r a l ) ;

b) uma a l t a t a x a de n a t a l i d a d e ;

c) uma evolução n a t u r a l p o s i t i v a e f o r t e ; e

d) um g r a n d e a p e l o ao exõdo r u r a l . "

No B r a s i l , a população u r b a n a

c r e s c e u num r i t m o m u i t o rápido. Em 40 anos, a participação

d e s t a população na população t o t a l d o b r o u , passando de

31,23% p a r a 67,57% desse t o t a l , conforme pode s e r o b s e r v a d o

na T a b e l a 2 . 1 .

(29)

9

TABELA 2.1 - BRASIL. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO URBANA ENTRE

1940 E 1980.

ANO

POPULAÇÃO

TOTAL

POPULAÇÃO

URBANA

PORCENTAGEM EM RELAÇÃO

A POPULAÇÃO TOTAL

1940

41.236.315

12.880.182

31,23

1950

51.944.397

18.782.891

30,16

1960

70.199.071

32.004.817

45,59

1970

93 . 305.000

52.904.744

56, 70

1980

119.098.992

80.479.195

67,57

FONTE : Séries R e t r o s p e c t i v a s . FIBGE, 1970. Sinopse P r e

-l i m i n a r do Censo Demográfico. FIBGE, 1970.

I n : MELLO, José C a r l o s . P l a n e j a m e n t o dos T r a n s p o r t e s

Urba-nos. R i o de J a n e i r o , E d i t o r a Campus, 1 9 8 1 .

(30)

Segundo BRANCO ( 0 4 ) , o p r o c e s s o

a c e l e r a d o de urbanização b r a s i l e i r o nas u l t i m a s décadas, se

deu em função de mudanças na e s t r u t u r a econômica, com o

s e t o r i n d u s t r i a l se sobrepondo ao s e t o r agrário. E c l a r o que

e s t e p r o c e s s o não i m p l i c a apenas no c r e s c i m e n t o físico das

c i d a d e s mas na reorganização de t o d o o espaço.

A expansão da indústria e o

s u r g i m e n t o de novos empregos p r o v o c o u o d e s l o c a m e n t o g r a d u a l

da população de b a i x a r e n d a p a r a áreas d i s t a n t e s do c e n t r o ,

formando a p e r i f e r i a u r b a n a , c a r a c t e r i z a d a , p r i n c i p a l m e n t e ,

p e l a f a l t a de i n f r a - e s t r u t u r a e serviços u r b a n o s . Não é

demais l e m b r a r que a evolução dos meios de t r a n s p o r t e s não

conheceu o mesmo dinamismo do c r e s c i m e n t o u r b a n o ,

p r i n c i p a l m e n t e no que se r e f e r e ao t r a n s p o r t e c o l e t i v o .

2.2. A expansão urbana e o t r a n s p o r t e público

Na Europa e nos Estados U n i d o s , o

t r a n s p o r t e de massa não só o r i e n t o u o c r e s c i m e n t o de suas

áreas u r b a n a s como f o i p o r e l e o r i e n t a d o , na medida em que

(31)

11

p e r m i t i a m a i o r compatibilização e n t r e áreas de uso

r e s i d e n c i a l e o mercado de t r a b a l h o (02) . o a d v e n t o do

automóvel no início do século, e n t r e t a n t o , p e r m i t i u uma

m a i o r interação e n t r e o uso do s o l o e a demanda p o r

t r a n s p o r t e p r i v a d o , uma vez que e s t e t i p o de t r a n s p o r t e

o f e r e c i a m a i o r m o b i l i d a d e ao h a b i t a n t e u r b a n o .

No B r a s i l , a p a r t i r da década de

40, i m p l a n t o u - s e uma política de t r a n s p o r t e marcadamente

rodoviária, o que, de c e r t a forma, i n t e n s i f i c o u o fenômeno

da urbanização. "Recursos g a r a n t i d o s p a r a a implantação de

r o d o v i a s , subsídios ao t r a n s p o r t e rodoviário e esquemas de

f i n a n c i a m e n t o p a r a a aquisição de veículos p e r m i t i r a m a

disseminação do caminhão p o r t o d o o B r a s i l , f a c i l i t a n d o ,

a s s i m , a desorganização das economias r e g i o n a i s e l o c a i s

1

*

( 2 0 ) .

Há, a i n d a , que se a s s i n a l a r , que o

d e s e n v o l v i m e n t o da indústria automobilística n a c i o n a l na

década de 60, t e v e grande influência na estruturação das

áreas u r b a n a s . Grandes i n v e s t i m e n t o s púbicos f o r a m

d e s t i n a d o s a m e l h o r i a do s i s t e m a viário, a f i m de f a c i l i t a r

(32)

a circulação - sempre c r e s c e n t e - da f r o t a de automóveis.

E n t r e t a n t o , esses r e c u r s o s p o d e r i a m t e r s i d o d e s t i n a d o s ,

p r e d o m i n a n t e m e n t e , ao t r a n s p o r t e público, uma vez que g r a n d e

p a r t e da população urbana - p e l o s seus b a i x o s níveis de

r e n d a - não possuí automóveis, além de s e r maj oritãría e

d e p e n d e n t e do t r a n s p o r t e público.

É i n t e r e s s a n t e observar,

a i n d a , o b a i x o índice de motorização da população - que

r e p e r c u t e n e g a t i v a m e n t e sobre a m o b i l i d a d e das pessoas ~

f

a p e s a r da expansão da indústria automobilística n a c i o n a l . A

t a b e l a 2.2 m o s t r a os índices de motorização de a l g u n s países

e de algumas c i d a d e s b r a s i l e i r a s .

A p a r t i r de 64, a construção de

c o n j u n t o s h a b i t a c i o n a i s , m u i t o d i s t a n t e s dos c e n t r o s das

c i d a d e s , p r o v o c o u uma s o b r e c a r g a no s i s t e m a viário,

d e s p r e p a r a d o p a r a s u p o r t a r o r e p e n t i n o aumento da demanda. 0

c o l a p s o de suas v i a s e ineficiência de seus e q u i p a m e n t o s ,

t e v e f o r t e s r e f l e x o s no Sistema de T r a n s p o r t e , que p o r não

e s t a r adequadamente dimensionado p a r a a nova demanda e p e l a

f a l t a de r i g i d e z dos órgãos competentes no t o c a n t e â

fiscalização, t o r n o u - s e f a l h o , r e d u z i n d o as e x p e c t a t i v a s dos

usuários q u a n t o ao c o n f o r t o , segurança e c o n f i a b i l i d a d e

(33)

13

TABELA 2.2 - TAXA DE MOTORIZAÇÃO DE ALGUNS PAlSES E DE

ALGUMAS CIDADES BRASILEIRAS. 1980

PAÍSES

AUTOMÓVEIS

1000 HABITANTES

CIDADES

BRASILEIRAS

AUTOMÓVEI

1000 HAB.

ESTADOS UNIDOS

704

SÃO PAULO

189

SUÍÇA

400

CURITIBA

173

RFA

385

PORTO ALEGRE

170

FRANCA

357

R.DE JANEIRO

155

SUÉCIA

345

B.HORIZONTE

127

ITÁLIA

286

BRASÍLIA

127*

ESPANHA

200

RECIFE

109

GOIÂNIA

106

SALVADOR

94

BELÉM

37*

FORTALEZA

71

JOÃO PESSOA

103*

F o n t e : D i v e r s a s

I n : PEREIRA, V i c e n t e p . B r i t o . Avaliação da p o l i t i c a de

T r a n s p o r t e s Púbicos no R i o de J a n e i r o , Brasília,

Edições EBTÜ, 1987.

* GEIPOT/EBTU - Estudo da Demanda. Dados de 1978.

OBS.: Os i n d i c a d o r e s r e f e r e n t e s ã Brasília e Belém c o n s

-t i -t u e m e s -t i m a -t i v a s p r e l i m i n a r e s do E s -t u d o da Demanda.

(34)

2.3. Processos do p l a n e j a m e n t o dos T r a n s p o r t e s Urbanos

Os p r o c e s s o s de p l a n e j a m e n t o dos

t r a n s p o r t e s a t u a i s se o r i g i n a r a m de e s t u d o s r e a l i z a d o s ,

d u r a n t e a década de 50, em algumas c i d a d e s dos E s t a d o s

U n i d o s , p a r t i c u l a r m e n t e em Chicago e D e t r o i t .

A m a i o r i a dos

e s t u d o s p o s t e r i o r e s , mesmo que com s i g n i f i c a t i v a s

contribuições p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o de modelos de previsão

de demanda de v i a g e n s e p r o c e d i m e n t o s de avaliação, f o i

o r g a n i z a d a nos mesmos moldes do e s t u d o de Chicago ( 1 2 } .

O r e s u l t a d o satisfatório de um

p l a n e j a m e n t o de t r a n s p o r t e depende, em grande p a r t e , de

medidas p e r t i n e n t e s ao uso do s o l o . Taís medidas poderão s e r

t a n t o de restrições q u a n t o à localização de d e t e r m i n a d a s

a t i v i d a d e s , q u a n t o da criação de i m p o s t o s , de modo a

d i f i c u l t a r o b r a s que tragam t r a n s t o r n o s à v i d a u r b a n a .

O f u n c i o n a m e n t o dos modelos de

previsão de tráfego, de uma c e r t a f o r m a , depende dos bons

r e s u l t a d o s o b t i d o s nos modelos de uso do s o l o a d o t a d o .

(35)

15

Segundo MELLO { 1 6 ) , os modelos de previsão de tráfego

deverão s e r d e s e n v o l v i d o s de acordo com as s e g u i n t e s f a s e s :

. Geração de v i a g e n s tem p o r f i n a l i d a d e c o r

-r e l a c i o n a -r os dados sócio-econômicos ( c a u s a s ) ,

com os dados de v i a g e n s ( e f e i t o s ) , d e t e r m i n a n d o

q u a i s s e r i a m os f a t o r e s que ocasionam uma

d e t e r m i n a d a espécie de viagem. A s s i m o

aglomerado urbano deverá s e r d i v i d i d o em s e t o r e s

com características s e m e l h a n t e s , formando cada

um, um t o d o homogêneo, em relação aos q u a i s será

d e t e r m i n a d a o número t o t a l de v i a g e n s . N e s t a

f a s e , são empregados modelos matemáticos,

" g e r a l m e n t e funções de regressão múltipla

a j u s t a d a s p e l o critério dos números q u a d r a d o s ,

p a r a d e t e r m i n a r o número de v i a g e n s que saem

(tráfego p r o d u z i d o ) ou entram (tráfego atraída),

em uma d e t e r m i n a d a zona de tráfego" ( 1 6 ) . O

tráfego, através d e s t a s funções, é r e l a c i o n a d o à

variáveis sócio-econòmicas ( r e n d a , número de

h a b i t a n t e s , número de empregos, Índice de

motor ização, e t c ) , c u j o r e s u l t a d o i n d i c a o

(36)

número de v i a g e n s p r o d u z i d a s , ou atraídas, p o r

zona de t r a f e g o , p a r a os d i f e r e n t e s h o r i z o n t e s

a b r a n g i d o s p e l o p l a n o .

Distribuição de Viagens - e s t a f a s e tem p o r

o b j e t i v o d e t e r m i n a r a origem e o d e s t i n o das

v i a g e n s , ou s e j a , os movimentos i n t e r z o n a i s .

Vários p r o c e s s o s são u t i l i z a d o s , d e n t r e e l e s a

aplicação de f a t o r e s de c r e s c i m e n t o (o m a i s

c o n h e c i d o é o de F r a t a r ) , de modelos

gravitacíonais, modelos de programação l i n e a r ,

modelos probabilísticos, e t c .

Repartição Modal além do necessário c o n h e c i

-mento do número t o t a l de pessoas se d e s l o c a n d o

e n t r e cada p a r de zonas, o e s t u d o de

p l a n e j a m e n t o dos t r a n s p o r t e s e x i g e , também, p o r

q u a i s modelos de t r a n s p o r t e são f e i t a s essas

v i a g e n s . Ass im, a preocupação p r i n c i p a l d e s t e

f a s e é o conhecimento da divisão p o r t r a n s p o r t e

c o l e t i v o e p o r t r a n s p o r t e p a r t i c u l a r , ou a i n d a ,

e n t r e d i f e r e n t e s m o d a l i d a d e s de t r a n s p o r t e

(37)

17

(ônibus, metrô, t r e m , e t c . ) . Os modelos

u t i l i z a d o s são e l a b o r a d o s de a c o r d o com os dados

c o l e t a d o s nos p o n t o s de p e s q u i s a s de tráfego, de

uso de s o l o e f a c i l i d a d e de t r a n s p o r t e . As

correlações o b t i d a s são r e p r e s e n t a d a s p o r

equações matemáticas de várias variáveis

i n d e p e n d e n t e s , ou de combinações de t a b e l a s e

c u r v a s . Os modelos básicos p a r a o e s t u d o d e s t a

f a s e de p l a n e j a m e n t o são os Modelos de Geração

D i r e t a , Modelos a n t e r i o r e s â Distribuição das

V i a g e n s e Modelos p o s t e r i o r e s à Distribuição das

V i a g e n s .

. Alocação de Tráfego à Rede Viária - e s t a f a s e

tem o o b j e t i v o de d e s e n v o l v e r técnicas que

simulem o modo p e l o q u a l as v i a g e n s p o r

t r a n s p o r t e c o l e t i v o e p o r automóvel e n t r e cada

p a r o r i g e m / d e s t i n o se d i s t r i b u e m s o b r e as

ligações de suas r e s p e c t i v a s r e d e s ( 1 2 ) . A

alocação de tráfego, de um modo g e r a l , é baseado

nos princípios de Wardrop a p r e s e n t a d o s em

1952:(1) os tempos de v i a g e n s de t o d a s as r o t a s

(38)

r e a l m e n t e usadas são i g u a i s e menores do que

a q u e l a s que s e r i a m e x p e r i m e n t a d o s p o r um üníco

veículo numa r o t a não u t i l i z a d a , e (2) o tempo

de viagem médio de t o d o s os m o t o r i s t a s é um

mínimo, i m p l i c a n d o que a soma dos tempos de

v i a g e n s despendidas p o r t o d o s os m o t o r i s t a s é

menor. A l o c a d o o tráfego à r e d e , d e t e c t a d o os

p o n t o s de e s t r a n g u l a m e n t o no s i s t e m a viário p a r a

os h o r i z o n t e s e s t a b e l e c i d o s , f e i t a s as previsões

de tráfego e a l o c a d o s os volumes à r e d e viária,

pode-se d e s e n v o l v e r s i s t e m a s a l t e r n a t i v o s de

t r a n s p o r t e s c a l c a d o s nos o b j e t i v o s p r e v i a m e n t e

f i x a d o s na f a s e i n i c i a l do p r o c e s s o de

p l a n e j amento. E s t a e t a p a deve cons i d e r a r "as

possíveis a l t e r n a t i v a s tecnológicas, através da

análise de suas c a p a c i d a d e s de a t e n d i m e n t o aos

volumes de tráfego p r e v i s t o s , dos c u s t o s de

implantação e de operação, da v i d a útil dos

equipamentos e da n e c e s s i d a d e de dispêndios em

moeda e s t r a n g e i r a " ( 1 6 ) . Os p r o j e t o s a l t e r n a t i v o s

deverão s e r e s c o l h i d o s , a i n d a , de a c o r d o com

e s t u d o s de v i a b i l i d a d e técnico-econômica, t e n d o

(39)

19

em v i s t a os grandes i n v e s t i m e n t o s normalmente

e n v o l v i d o s .

Todo e s t e p r o c e s s o r e q u e r um

ordenamento dos i n v e s t i m e n t o s púbicos, de m a n e i r a que o

p l a n o s e l e c i o n a d o possa s e r e x e c u t a d o .

A implementação de p l a n o s

d e s e n v o l v i d o s a p a r t i r desse p r o c e s s o em países como Canadá,

Grã~Bretanha, Austrália e Estados U n i d o s , s u s c i t o u m u i t o s

q u e s t i o n a m e n t o s , p a r t i c u l a r m e n t e os de ordem de i m p a c t o s

a m b i e n t a i s n e g a t i v o s das v i a s (geração de poluição v i s u a l ,

s o n o r a e atmosférica s o b r e p r o p r i e d a d e s a d j a c e n t e s às v i a s )

e das t e c n o l o g i a s de t r a n s p o r t e s s o b r e as tendências de

d e s e n v o l v i m e n t o s do s o l o e p r i o r i d a d e de r e c u r s o s

f i n a n c e i r o s e x i g i d o s p e l o p l a n o em d e t r i m e n t o de o u t r o s

s e t o r e s púbicos.

É e v i d e n t e no p l a n e j a m e n t o dos

t r a n s p o r t e s u r b a n o s , como também n o u t r o s s e t o r e s , a

interação e n t r e o governo e comunidade. O c o n h e c i m e n t o e a

compreensão dos p r o b l e m a s v i v i d o s p o r e s t e último é que dão

(40)

s u p o r t e ao Governo de, d e n t r e as várias a l t e r n a t i v a s

p r o p o s t a s , i m p l e m e n t a r a q u e l a que eliminará as condições

insatisfatórias.

2.4. M e t o d o l o g i a p a r a C o l e t a de Dados em uma L i n h a de Ônibus

Urbano

A c o l e t a de dados r e f e r e n t e a t o d o s

os t r a b a l h o s de t r a n s p o r t e c o l e t i v o p o r ônibus, além de uma

preocupação c o n s t a n t e , e n v o l v e a l t o s c u s t o s , d i f i c u l d a d e s na

manipulação dos dados a serem p e s q u i s a d o s , r i s c o s na

interpretação dos r e s u l t a d o s e g a s t o s de tempo b a s t a n t e

s i g n i f i c a t i v o s .

C l a r o que q u a n t o mais dados se

possam o b t e r de uma d e t e r m i n a d a situação observável, m e l h o r

e m a i o r será a c o n f i a b i l i d a d e dos r e s u l t a d o s estatísticos.

Em seu t r a b a l h o de dissertação,

Sant'Anna(22} a p r e s e n t a uma m e t o d o l o g i a de b a i x o c u s t o p a r a

obtenção de uma série de dados de uma l i n h a de ônibus

u r b a n o ; método e s t e , adaptado de técnica usada em New Y o r k ,

p o r M i c h a l o p o u l o s , p a r a e s t u d o de p r i o r i d a d e s aos ônibus

(41)

21

u r b a n o s nas 7a. a v e n i d a , de técnica usada p e l o GEIPOT, p a r a

e s t u d o , em algumas regiões m e t r o p o l i t a n a s b r a s i l e i r a s , de

adequação do veículo ao t i p o de operação e de m e t o d o l o g i a

recomendada p e l o A s s o c i a c i o n Mexicana de Caminos.

O método c o n s i s t e em r e g i s t r a r em

f i t a magnética " t o d a s as ocorrências de uma viagem u r b a n a no

i n s t a n t e em que vão o c o r r e n d o e p o s t e r i o r m e n t e r e c o n s t i t u i r

a v i a g e m , r e t i r a n d o - s e das f i t a s as informações d e s e j a d a s "

(22) .

A p e s q u i s a em um ônibus n e c e s s i t a

de duas p e s s o a s , uma em cada p o r t a , munidas de g r a v a d o r e s e

f i t a s e q u i v a l e n t e s ao números de v i a g e n s a serem e f e t u a d a s ,

além de relógio, cronômetro e lápis.

No p o n t o t e r m i n a l da l i n h a , os

p e s q u i s a d o r e s gravam as informações r e f e r e n t e s ã

identificação da l i n h a , o ônibus, empresa, d a t a , h o r a e as

condições atmosféricas, além da própria identificação.

(42)

Os p e s q u i s a d o r e s devem e n t r a r no

ônibus e o c u p a r l u g a r e s que l h e s p o s s i b i l i t e m m e l h o r e s

observações. P o s i c i o n a d o s , devem a c i o n a r os g r a v a d o r e s e os

cronômetros, r e g i s t r a n d o t a l f a t o e a h o r a . Deste momento em

d i a n t e , os g r a v a d o r e s devem permanecer l i g a d o s até que se

t e r m i n e a viagem, quando será t r a v a d o o cronômetro,

r e g i s t r a n d o o f a t o e em s e g u i d a sua l e i t u r a .

Todos os dados de i n t e r e s s e devem

s e r r e g i s t r a d o s na h o r a em que ocorrem, os dados r e f e r e m - s e

ao numero de p a s s a g e i r o s que sobem e/ou descem numa

d e t e r m i n a d a p a r a d a , os movimentos de p a r t i d a , p a r a d a e a b r i r

e f e c h a r p o r t a s .

0 p e s q u i s a d o r p o s t a d o em l o c a l

próximo à p o r t a t r a s e i r a deve r e g i s t r a r d u r a n t e a viagem as

características do p o n t o de parada i m e d i a t a m e n t e a n t e r i o r

bem como as ocorrências a n t e r i o r e s e o u t r a s informações de

i n t e r e s s e , t a i s como bagagem, nível de c o n f o r t o , alterações

meteorológicas, e t c . 0 que está p o s t a d o próximo ã p o r t a

d i a n t e i r a , r e g i s t r a os movimentos em que ocorrem as p a r a d a s

d e v i d o c r u z a m e n t o s , semáforos, c o n g e s t i o n a m e n t o s , bem como

(43)

23

d i f i c u l d a d e s de manobra com os r e s p e c t i v o s m o t i v o s e

condições da v i a e do tráfego, r e t a r d a m e n t o de viagem,

e x c e s s o de v e l o c i d a d e , e t c .

Da reprodução da f i t a pode-se

o b t e r , então, dados r e f e r e n t e s ao tempo t o t a l de viagem,

número e t i p o de p a r a d a s , q u a n t i d a d e de p a s s a g e i r o s que

sobem/descem p o r parada e t o t a l , gráficos de c a r g a da l i n h a ,

tempos médios de embarque e desembarque, f u n c i o n a m e n t o

adequado das p o r t a s , tempo e t r e c h o em que as p o r t a s

permanecem a b e r t a s {o que compromete a segurança da v i a g e m ) ,

tempo de manobra, tempos p e r d i d o s no tráfego, tempo em

movimento, tempo em p a r a d a s , em semáforos e

c o n g e s t i o n a m e n t o s , v e l o c i d a d e c o m e r c i a l , v e l o c i d a d e média em

movimento, além de o u t r o s dados que a f e t a m o t r a n s p o r t e

c o l e t i v o e o tráfego em g e r a l , como p o r exemplo, p r o b l e m a s e

f a l h a s no p a v i m e n t o , na localização das p a r a d a s , p r o b l e m a s

do v e i c u l o e do itinerário.

D e n t r e as d i v e r s a s aplicações

práticas dessa m e t o d o l o g i a ( 2 2 ) e desses dados pode-se c i t a r :

(44)

"-Determinação de l o c a i s e horários com s o b r e c a r g a

de p a s s a g e i r o s em base do volume, como p a r t e dos

e s t u d o s que p e r m i t a m d e s e n v o l v e r p l a n o s de

r e e s c a l o n a m e n t o de horários de indústrias,

comércios, e s c o l a s , e t c ;

- Determinação do acúmulo de p a s s a g e i r o s , através

do diagrama de c a r g a , ao l o n g o da r o t a e das

médias diárias de cada p o n t o de parada t a n t o de

embarque como de desembarque;

- Modificação na extensão e localização das r o t a s ;

- Realocação ou eliminação de algumas p a r a d a s ;

- Determinação do tamanho adequado de t e r m i n a i s e

dimensionamento do espaço das p a r a d a s ;

- Melhoramentos na v i a , reprogramação de

semá-f o r o s , regulamentação de e s t a c i o n a m e n t o s ,

implantação de f a i x a s e x c l u s i v a s p a r a ônibus,

e t c ;

Comprovação das m e l h o r i a s e f e t u a d a s ( e s t u d o a n

-t e s / d e p o i s ) , e e s -t u d o das -tendências de demanda

p o r t r a n s p o r t e , índice de ocupação, detecção das

s o b r e c a r g a s , e t c " .

2.5. Caraterísticas da demanda de v i a g e n s

S a l i e n t a n d o - s e que as d i v e r s a s

a t i v i d a d e s e x e r c i d a s p e l a s pessoas no meio u r b a n o , exigem

d e l a s s u c e s s i v o s deslocamentos p a r a a satisfação de suas

n e c e s s i d a d e s econômicas, s o c i a i s e de l a z e r , o t r a n s p o r t e

(45)

25

tem a função de p r o p o r c i o n a r a integração física dessas

a t i v i d a d e s , enquanto a demanda p o r t r a n s p o r t e s d e c o r r e desse

c o n j u n t o de n e c e s s i d a d e , que poderão s e r a t e n d i d o s através

da concretização de v i a g e n s .

A demanda de t r a n s p o r t e s , desse

modo, deve s e r e x p r e s s a numericamente p e l a q u a n t i d a d e de

v i a g e n s que as pessoas r e a l i z a m d i a r i a m e n t e e n t r e d o i s

p o n t o s (um p o n t o de o r i g e m e o u t r o de d e s t i n o ) , coro um

propósito e s p e c i f i c o ( m o t i v o ) e através de algum meio (modo)

de t r a n s p o r t e ( 1 0 ) .

0 m o t i v o é, p o r t a n t o , um g e r a d o r de

viagem. E n t r e t a n t o , p a r a cada viagem, deve-se i n v e s t i g a r os

s e g u i n t e s a s p e c t o s : Por que v i a j a r ? , Quando v i a j a r ? , De/Para

onde v i a j a r ? e, Como v i a j a r ? . 0 M o t i v o , a Variação T e m p o r a l ,

a Localização Geográfica e o Modo de T r a n s p o r t e , c o n s t i t u e m ,

p o r t a n t o , caráterísticas i m p o r t a n t e s numa viagem e,

conseqüentemente, da demanda a e l a a s s o c i a d a .

E v i d e n c i a - s e p o r t a n t o , que p a r a que

a demanda s e j a s a t i s f e i t a algumas condições devem s e r

(46)

p r e e n c h i d a s , e n t r e e l a s :

- a existência de i n f r a - e s t r u t u r a viária;

- a existência de veículos adequados;

d i s p o n i b i l i d a d e de serviços de t r a n s p o r t e s a p r o

-p r i a d o s ;

- g a r a n t i a de a c e s s i b i l i d a d e ;

- c u s t o s físicos e monetários suportáveis; e

- segurança adequada.

Assim sendo, a demanda de

t r a n s p o r t e s i n d u z o a p a r e c i m e n t o de demandas a d i c i o n a i s ,

t a i s como: de i n f r a - e s t r u t u r a (espaço viário), de veículos

de p a s s a g e i r o s e de serviços de t r a n s p o r t e s , que podem s e r

e x p r e s s a s q u a n t i t a t i v a m e n t e em t e r m o s de:

- p a s s a g e i r o s t r a n s p o r t a d o s p o r d i a e nos períodos

de p i c o , d e c o r r e n t e s da exploração dos serviços

de t r a n s p o r t e s p o r ônibus, bondes s u b u r b a n o s ,

metrôs e t a x i s ;

- q u a n t i d a d e de pessoas ( p e d e s t r e s ) r e g i s t r a d a s em

circulação em v i a s próprias ( p a s s e i o s e f a i x a s

de t r a v e s s i a ) , d e n t r o e f o r a dos períodos de

p i c o s ;

- f r o t a de veículos de p a s s a g e i r o s , p r i v a d o s e

pú-b l i c o s ;

volume de veículos computados t a n t o em c i r c u

-lação sobre as v i a s , q u a n t o em e s t a c i o n a m e n t o s ,

d e n t r o e f o r a dos períodos de p i c o .

(47)

27

Por sua vez, as demandas de v i a g e n s

u r b a n a s c o n s t i t u e m - s e de d i f e r e n t e s t i p o s de v i a g e n s , com

c a r a t e r i s t i c a s e s p a c i a i s e t e m p o r a i s específicas. O p r i m e i r o

nível de classificação de v i a g e n s compreende as v i a g e n s de

base r e s i d e n c i a l e não r e s i d e n c i a l .

R e g i s t r a n d o - s e nos e s t u d o s m a i s

i m p o r t a n t e s de p l a n e j a m e n t o dos t r a n s p o r t e s u r b a n o p a r a

v i a g e n s de base r e s i d e n c i a l f o r a m usadas as s e g u i n t e s

classificações da v i a g e n s : v i a g e n s p a r a o t r a b a l h o , v i a g e n s

e s c o l a r e s , v i a g e n s de compra, v i a g e n s p e s s o a i s de negócios,

e v i a g e n s sócío-recreativas.

A T a b e l a 2.3 a p r e s e n t a a

importância r e l a t i v a dos t i p o s de v i a g e n s acima mencionados,

numa série de ãreas urbanas b r a s i l e i r a s .

Como a viagem ê um serviço

p r e s t a d o , a magnitude de sua demanda é i n f l u e n c i a d a

d i r e t a m e n t e p e l a s situações v i v i d a s p e l a população que a

consome. Desta f o r m a , é indispensável ã e s t i m a t i v a dos

níveis dessa demanda, conhecer-se a e s t r u t u r a u r b a n a como um

(48)

t o d o , as caraterísticas sócio-econômicas, a distribuição

e s p a c i a l dos p r i n c i p a i s t i p o s de a t i v i d a d e s , o s i s t e m a de

t r a n s p o r t e disponível, as políticas de d e s e n v o l v i m e n t o

a d o t a d a s , e t c , a f i m de que se possa p l a n e j a r r a c i o n a l m e n t e

o s i s t e m a de t r a n s p o r t e que melhor atenda aos a n s e i o s a t u a i s

e f u t u r o s .

Percebe-se, a s s i m que a

determinação da demanda de viagem depende de m u i t a s

variáveis. Segue-se, p o r t a n t o , uma abordagem das variáveis

que exercem influência d e c i s i v a s o b r e essa demanda, t a i s

como população, número de empregos, r e n d a f a m i l i a r ,

p r o p r i e d a d e de veículos, c u s t o de viagem, e t c .

A população c o n s t i t u i um f a t o r

e s s e n c i a l na determinação da demanda, e s p e c i a l m e n t e a

população economicamente a t i v a nas v i a g e n s p a r a o t r a b a l h o .

P r o c u r a - s e até v e r i f i c a r , em a l g u n s e s t u d o s , a sua

influência na grandeza da demanda de viagem ao se f a z e r o

t r a t a m e n t o d e s t a p o r propósito de viagem. I s t o se j u s t i f i c a

p o r q u e cada i n d i v i d u o , segundo sua f a i x a etária, as

a t i v i d a d e s que desempenha, e t c , tem m o t i v o s d i f e r e n t e s p a r a

v i a j a r .

(49)

29

Era a l g u n s casos convém c o n s i d e r a r

no e s t u d o da demanda a d e n s i d a d e p o p u l a c i o n a l , que pode s e r

útil na análise, p o r exemplo, da o f e r t a de serviços e do

modo de t r a n s p o r t e .

A distribuição p o p u l a c i o n a l se

c o r r e l a c i o n a com o nível de renda de seus h a b i t a n t e s , com a

p r o p r i e d a d e de veículos e com a distância do aglomerado ao

c e n t r o c o m e r c i a l . As famílias de b a i x a r e n d a , p o r exemplo,

costumam se adensar na p e r i f e r i a da c i d a d e , onde os t e r r e n o s

tem um b a i x o c u s t o , enquanto que as da c l a s s e média ocupam o

c e n t r o ou l o c a i s próximo a esses. A c l a s s e r i c a , p o r f i m ,

ocupa áreas mais confortáveis, e v i t a n d o , d e s t a f o r m a , as

inconveniências a m b i e n t a i s que uma m o r a d i a no c e n t r o da

c i d a d e l h e o f e r e c e , como o excesso de r u i d o p r o p o r c i o n a d o

p e l o trânsito, p o r exemplo.

(50)

TABELA 2.3 - PORCENTAGEM DO TOTAL DE VIAGENS INTERNAS DE

BASE RESIDENCIAL ENTRE RESIDÊNCIA E DEMAIS

DESTINOS.

CIDADE

DESTINOS

CIDADE

TRABALHO(%}

ESTUDOS(%)

OUTROS(%)

RIO DE JANEIRO

47,6

23,0

29,4

SÃO PAULO

45,3

20,0

34,7

RECIFE

47, 0

26,0

27 ,0

SALVADOS

35,3

34,3

30,4

BELO HORIZONTE

55,2

26,9

17, 9

PORTO ALEGRE

55,1

25,4

19 , 5

BELÉM

37,8

23,2

39,0

FORTALEZA

47,9

27,7

24,4

CURITIBA

54,3

25,51

20,2

JOÃO PESSOA

41,0

20,5

38,5

FONTE : E s t u d o da Demanda de T r a n s p o r t e s Urbanos. GEIPOT /

EBTU. 1985.

(51)

31

A p r o p r i e d a d e de veículos e r e n d a

f a m i l i a r , p o r sua v e z , é i m p o r t a n t e p a r a a demanda de

v i a g e n s de um s i s t e m a rodoviário, t e n d o em v i s t a a

d i s p o n i b i l i d a d e de meios de t r a n s p o r t e s a l t e r n a t i v o s .

D i v e r s a s observações tem demonstrado que o número de a u t o s

p a r t i c u l a r e s p o r residência é um elemento m o t i v a d o r p a r a a

geração de v i a g e n s . Desta f o r m a , o número de v i a g e n s g e r a d a s

t e n d e a aumentar à medida em que c r e s c e o número de

automóveis p o r residência. A p r o p r i e d a d e de veículos é,

p o r t a n t o , um medidor de característica sócio-econõmica da

família, uma vez que está f o r t e m e n t e c o r r e l a c i o n a d a com a

r e n d a f a m i l i a r , com a d e n s i d a d e p o p u l a c i o n a l e com a

distância ao c e n t r o c o m e r c i a l . Uma família de a l t a r e n d a ,

p o r exemplo, r e a l i z a m u i t a s v i a g e n s , p o i s tem m a i o r

c a p a c i d a d e de s a t i s f a z e r suas n e c e s s i d a d e s , t a i s como l a z e r ,

compras, e s t u d o s , t r a b a l h o , e t c . Seu nível l e v a ~ a ,

n a t u r a l m e n t e , â aquisição de veículos, o que, p o r s i só, já

e s t i m u l a a realização de v i a g e n s . Segundo SILVA ( 2 5 ) , o

número de v i a g e n s geradas é tão m a i o r q u a n t o mais a l t a f o r a

r e n d a f a m i l i a r .

(52)

d e c i s i v o na classificação de v i a g e n s segundo os seus

propósitos, i s t o é, cada t i p o de a t i v i d a d e g e r a ou a t r a i

v i a g e n s com f i n a l i d a d e e i n t e n s i d a d e d i v e r s a s . Assim, é

provável que uma área r e s i d e n c i a l com a l t a d e n s i d a d e

p o p u l a c i o n a l g e r e m a i o r número de v i a g e n s que uma área de

b a i x a d e n s i d a d e p o p u l a c i o n a l . Não esquecer de c o n s i d e r a r ,

e n t r e t a n t o , o padrão sócio-econômico dessas residências,

p o i s uma área r e s i d e n c i a l de b a i x a d e n s i d a d e mas com a l t o

padrão sâcio-econõmico poderá p r o d u z i r mais v i a g e n s que uma

área r e s i d e n c i a l de a l t a d e n s i d a d e , porém com b a i x o padrão

sócio-econômico.

D e n t r e os d i v e r s o s t i p o s de uso do

s o l o , deve-se d a r e s p e c i a l atenção p a r a as áreas de uso

r e s i d e n c i a l , p o i s é aí onde se g e r a a m a i o r i a das v i a g e n s .

São também b a s t a n t e i m p o r t a n t e s nos

e s t u d o s de demanda, as a t i v i d a d e s c o m e r c i a i s e i n d u s t r i a i s .

Por possuírem caráterísticas próprias de viagem, p o i s

apresentam mecanismos d i s t i n t o s de f u n c i o n a m e n t o , são

t r a t a d o s , às v e z e s , de forma separada. As variáveis que

r e p r e s e n t a m essas a t i v i d a d e s podem s e r e x p r e s s a s de várias

(53)

33

m a n e i r a s , como número de empregos p o r zona, número de

empregos p o r u n i d a d e de área d e s t i n a d a a uma a t i v i d a d e

específica, e t c .

0 número de empregos é c o n s i d e r a d o

quando se f a 2 um e s t u d o de demanda p o r t r a n s p o r t e com o

propósito t r a b a l h o . É de f u n d a m e n t a l importância o

c o n h e c i m e n t o do número de empregos e x i s t e n t e s e, p o r t i p o de

a t i v i d a d e s , c o n f o r m e as caraterísticas da ãrea e o nível de

d e t a l h a m e n t o do e s t u d o . A realização dessas v i a g e n s se deve

não somente a n e c e s s i d a d e de se t r a b a l h a r , mas também a

descentralização do l o c a l de t r a b a l h o em relação a

residência. "A h o r a do r u s h nas c i d a d e s e x i s t e

p r i n c i p a l m e n t e , p o r causa das v i a g e n s p a r a esse f i m " (25) .

C l a r o que o u t r a s v i a g e n s são e f e t u a d a s com e s t e mesmo

o b j e t i v o em h o r a s f o r a do p i c o , p r i n c i p a l m e n t e a q u e l a s

f e i t a s p a r a t r a b a l h o que não tem r e g u l a r i d a d e de horários de

e n t r a d a e saída.

Os e s t u d o s de t r a n s p o r t e r e a l i z a d o s

em c i d a d e s que tem p l a n o s de d e s e n v o l v i m e n t o i n d u s t r i a l a

i m p l a n t a r ou que e s t e j a m em f a s e de expansão, devem t e r uma

(54)

atenção t o d a e s p e c i a l , p o i s esses p o i o s , em g e r a l , tendem a

a t r a i r m u i t a mão-de-obra e, p r i n c i p a l m e n t e , c a u s a r g r a n d e s

imigrações p a r a as c i d a d e s .

As matrículas e s c o l a r e s p e r m i t e m um

e s t u d o m a i s d e t a l h a d o de geração de viagem i n c l u i n d o o

propósito e s c o l a . É e s s e n c i a l que se conheça o número de

matrículas p o r zona de tráfego e, até mesmo, p o r nível de

e n s i n o . E s t a variável é b a s t a n t e empregada quando se q u e r

e x p l i c a r o número de v i a g e n s atraídas p e l a s zonas p a r a o

propósito e s c o l a . Além do mais, essas v i a g e n s possuem a

característica de t e r o elemento residência em um de seus

e x t r e m o s .

F i n a l m e n t e , o c u s t o de uma viagem é

um f a t o r que i n f l u e n c i a f o r t e m e n t e na decisão de se r e a l i z a r

ou não uma viagem. Mesmo sendo tão i m p o r t a n t e , t o r n a - s e

difícil sua determinação, já que nem t o d o s os c u s t o s podem

s e r e x p r e s s o s de forma q u a n t i t a t i v a , uma vez que além do

v a l o r f i n a n c e i r o , surgem o u t r o s elementos d e c i s i v o s , t a i s

como c o n f o r t o , segurança, tempo de e s p e r a , duração da

viagem, e t c . Deste modo, os c u s t o s servem como parâmetros de

e s c o l h a , no momento em que se d e c i d e u t i l i z a r - s e ou não um

modo de t r a n s p o r t e .

(55)

CAPÍTULO 3

O SISTEMA DE TRANSPORTE POR ÔNIBUS

DA CIDADE DE JOÃO PESSOA

3.1. B r e v e Histórico da Evolução Urbana

O b j e t o d e s t e e s t u d o , João Pessoa

t e v e em seus primórdios um d e s e n v o l v i m e n t o m u i t o l e n t o .

Somente após a Independência pôde-se r e g i s t r a r um c e r t o

c r e s c i m e n t o da c i d a d e , c u j a população passou de 5.000

h a b i t a n t e s em 1822 p a r a 24.714 h a b i t a n t e s em 1872,

assumindo, a s s i m , a condição de c e n t r o a d m i n i s t r a t i v o

e s t a d u a l , p o l a r i z a n d o a i n d a as a t i v i d a d e s econômicas em

função do movimento portuário e c o m e r c i a l que r e a l i z a v a

( 2 1 ) .

João Pessoa, na década de 1880,

m a n t i n h a os equipamentos básicos necessários ao exercício de

sua função a d m i n i s t r a t i v a e, de escoadouro da produção do

açúcar, algodão e gado. E n t r e os anos de 1885 e 1923, s e u

c r e s c i m e n t o f o i pouco e x p r e s s i v o , a s s i n a l a n d o - s e ,

e n t r e t a n t o , o saneamento da b a c i a da l a g o a do Parque Sólon

Referências

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