• Nenhum resultado encontrado

Planejamento tributário para uma empresa de classificação de sementes

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Planejamento tributário para uma empresa de classificação de sementes"

Copied!
75
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

BRUNA WINDMÖLLER

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA UMA EMPRESA

DE CLASSIFICAÇÃO DE SEMENTES

IJUÍ (RS)

2012

(2)

BRUNA WINDMÖLLER

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA UMA EMPRESA

DE CLASSIFICAÇÃO DE SEMENTES

Trabalho de conclusão de curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito parcial para a aprovação do componente curricular Pesquisa em Contabilidade II.

Orientador: Professor André Hoffmann

IJUÍ (RS)

(3)

LISTA DE FIGURAS E QUADROS

Figura.. 01: Organograma da empresa... 09

Quadro 01: Alíquotas para base de cálculo do IRPJ no LP ... 36

Quadro 02: Alíquotas para base de cálculo do IRPJ no LR estimativa ... 44

Quadro 03: Códigos dos DARF do IRPJ estimativa no LR ... 46

Quadro 04: Códigos dos DARF do IRPJ balanço anual no LR ... 47

Quadro 05: Códigos dos DARF do CSLL estimativa no LR ... 48

Quadro 06: Códigos dos DARF do CSLL balanço anual no LR... 48

Quadro 07: Apuração PIS e COFINS no Lucro Presumido – 2010 ... 57

Quadro 08: Apuração PIS e COFINS no Lucro Presumido – 2011 ... 58

Quadro 09: Apuração IRPJ no Lucro Presumido – 2010 ... 59

Quadro 10: Apuração IRPJ no Lucro Presumido – 2011 ... 60

Quadro 11: Apuração CSLL no Lucro Presumido – 2010 ... 60

Quadro 12: Apuração CSLL no Lucro Presumido – 2011 ... 61

Quadro 13: Apuração PIS no Lucro Real – 2010 ... 62

Quadro 14: Apuração COFINS no Lucro Real – 2010 ... 63

Quadro 15: Apuração PIS no Lucro Real – 2011 ... 63

Quadro 16: Apuração COFINS no Lucro Real – 2011 ... 64

Quadro 17: Lucro Real Anual ... 65

Quadro 18: Lucro Real mensal ... 67

Quadro 19: Lucro Real trimestral ... 68

(4)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 6

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 8

1.1 Área de conhecimento contemplada ... 8

1.2 Caracterização da organização ... 8 1.3 Problematização do tema ... 9 1.4 Objetivos ... 10 1.4.1 Objetivos Gerais ... 10 1.4.2 Objetivos Específicos ... 10 1.5 Justificativa ... 10 2. REVISAO BIBLIOGRÁFICA ... 12 2.1 Contabilidade ... 12 2.1.1 Conceito ... 13 2.1.2 Objeto de estudo ... 13 2.1.3 Finalidade ... 14 2.1.4 Objetivos ... 14 2.2 Contabilidade Tributária ... 15 2.3 Planejamento Tributário ... 16 2.4 Estrutura Tributária... 17

2.4. 1 Sistema Tributário Nacional ... 18

2.4.1.1 Princípios do sistema tributário nacional... 19

2.4.2 Competência Tributária ... 20

2.5 Tributos ... 21

2.5.1 Classificação dos tributos ... 22

(5)

2.5.3 Aspectos gerais dos tributos ... 25 2.6 Contribuições Federais ... 26 2.6.1 PIS... ... 26 2.6.2 COFINS ... 28 2.6.3 CSLL ... 29 2.6.4 IRPJ ... 30 2.7 Formas de Tributação ... 31 2.8.1 Simples Nacional ... 32 2.8.2 Lucro Presumido ... 35 2.8.3 Lucro Real ... 39 2.8.4 Lucro Arbitrado ... 49 3 METODOLOGIA DE TRABALHO... 52 3.1 Classificação da pesquisa ... 52

a) Do Ponto de Vista de sua Natureza ... 52

b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos ... 52

c) Quanto à forma de abordagem do problema ... 53

d) Dos procedimentos técnicos ... 53

3.2 Coleta de Dados ... 54

3.3 Instrumento de Coleta de Dados ... 55

3.4 Análise e Interpretação dos Dados ... 55

4 ESTUDO DE CASO ... 56

4.1 Simples Nacional ... 56

4.2 Lucro Presumido ... 56

4.2.1 Apuração PIS e COFINS no Lucro Presumido ... 57

4.2.2 Apuração IRPJ e CSLL no Lucro Presumido ... 58

4.3 Lucro Real ... 61

4.3.1 Apuração PIS e COFINS no Lucro Real ... 62

4.3.2 Apuração IRPJ e CSLL no Lucro Real ... 64

4.3.2.1 Anual ou estimativa ... 64

4.3.2.2 Trimestral ... 67

4.4 Análise Comparativa ... 68

CONCLUSÃO ... 70

(6)

INTRODUÇÃO

Para a maioria das pessoas abrir uma empresa, qualquer que seja o ramo de atividade, parece ser fácil. Basta ir a um escritório de contabilidade, falar com o contador e ele irá explicar todos os procedimentos para a abertura da mesma. O futuro empresário trará os papéis necessários para que a empresa possa ser criada e o contador tomará as medidas para que se possa criar um novo cadastro nacional de pessoas jurídicas (CNPJ) para este empresário que está ingressando no mercado.

Depois de todos os papéis prontos e o CNPJ criado, este novo empreendedor pode começar a exercer as atividades de sua recém criada empresa. Mas precisamos pensar em algumas questões necessárias para a abertura de um novo negócio: o dono sabe realmente o que está fazendo? Quais as chances desta nova empresa crescer e não morrer em seu primeiro ano de vida? Quantos empresários estão qualificados para ter uma empresa e levá-la ao caminho certo? Como saber se estão dando o lucro desejado e inseridos na forma tributária correta? E a pergunta principal: quem executa um planejamento tributário adequado e se utiliza desta ferramenta de gestão para fazer sua empresa crescer?Mas pelo que podemos ver muitas empresas já estão preocupadas com esse planejamento e cada vez mais estão se utilizando desta ferramenta de gestão para a tomada de decisões.

Com este trabalho irei verificar se a empresa em estudo corresponde a parcela das organizações que realizam um planejamento tributário, se está inserida na forma de tributação mais adequada para que os seus resultados desejados sejam alcançados, economizando impostos e racionalizando os procedimentos fiscais.

O planejamento tributário pode ser aplicado em empresas de toda e qualquer atividade. Qualquer empresário se for questionado sobre diminuição de custos, despesas e principalmente o pagamento de impostos, responderá que se houver um meio de diminuição dos mesmos, irá se aproveitar dele.

No primeiro capítulo será apresentada a área do conhecimento que será contemplada. Estará sendo apresentada a organização que servirá de base para o estudo em questão e também os objetivos gerais e específicos deste projeto. Trará também a justificativa da realização deste trabalho e a metodologia que será usada para realizá-lo, desde a classificação da mesma até a forma como serão coletados e analisados os dados que servirão de base para a realização deste trabalho.

(7)

O trabalho contemplará também uma revisão bibliográfica onde serão revistos os conceitos principais para a elaboração de um planejamento tributário, neste englobam conceitos de contabilidade, contabilidade tributária, também será visto a estrutura tributária do Estado, os tributos que são cobrados dos contribuintes, as formas de tributação e contribuições federais, entre outros tópicos que fazem parte do dia a dia dos contribuintes.

Para a elaboração do planejamento tributário na empresa em estudo foi realizado um estudo de caso, onde foram realizados cálculos nas diversas formas de tributação onde a empresa poderia se encaixar e após os resultados obtidos, os mesmos foram analisados e realizada uma análise comparativa para a conclusão dos cálculos realizados

(8)

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

O planejamento tributário pode ser aplicado em empresas de toda e qualquer atividade, qualquer dono se for questionado sobre diminuição de custos, despesas e principalmente o pagamento de impostos, responderá que se houver um meio de diminuição dos mesmos irá se aproveitar dele.

Neste capítulo será apresentada a empresa que terei como base para o estudo em questão, os objetivos gerais e específicos e também a justificativa e os métodos que foram aplicados para realizá-lo.

1.1Área de conhecimento contemplada

Este trabalho está inserido na área da Contabilidade Tributária, abordando o tema do planejamento tributário para uma indústria de classificação de sementes de Panambi/RS.

Nesta área temática, classificam-se todos os estudos que se propõe, de alguma forma, a examinar meios e medidas de reduzir a carga tributária do contribuinte, seja ele pessoa física ou jurídica. Um tipo de pesquisa comum é aquela que se propõe a analisar uma determinada legislação tributária, ou uma transação frente a determinado ornamento jurídico, e, a partir daí, propor medidas e procedimentos tendentes a reduzir, evitar ou postergar a incidência ou pagamento de tributos que seriam normalmente devidos no caso. (POHLMANN e IUDÍCIBUS, 2006, p.115).

1.2Caracterização da organização

Este trabalho foi desenvolvido em uma empresa que está a 11 anos atuando no cenário agrícola brasileiro. Conta com uma equipe que prioriza a qualidade, a confiabilidade, a segurança, o padrão e a qualidade de seus produtos. Está sempre passando por inovações tecnológicas e tem uma produção própria obtendo assim altos índices de produtividade.

A empresa tem sua produção industrial voltada para o segmento agroindustrial, principalmente na área de beneficiamento de sementes. Conta com a fabricação de diversos produtos, entre eles estão: mesa de gravidade, padronizadores de tamanho, conjunto trieur, selecionador espiral, elevador de canecas para sementes, elevador de corrente para sementes, transportador helicoidal e também correia transportadora. Também realiza serviços de fabricação, assistência técnica, reformas, montagem e projetos.

(9)

Está localizada na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, na cidade de Panambi, a qual prefere manter-se em sigilo. É uma empresa que está inserida desde sua abertura na forma de tributação do Lucro Presumido. Conforme o organograma a seguir podemos verificar como esta indústria está organizada.

Figura 01

Organograma da empresa.

Fonte: Dados conforme pesquisa.

1.3Problematização do tema

O desejo de todo o empresário, é não precisar pagar impostos ao governo, mas como isso não é admissível, ele quer é pagar o menos possível. Mas para que isso aconteça é necessário que ele tenha pessoal qualificado e com bastante experiência na área de tributação e que conheça todos os direitos e deveres que ele possui diante da legislação.

Toda essa parte de tributos e legislação exige muito dos profissionais da contabilidade. Precisam ter um conhecimento técnico muito grande, pois as constantes mudanças na legislação exigem um grande período para que se possa estudar, fazer cursos e ver as melhores opções para o empresário.

Com a constante majoração dos tributos, e com a legislação cada vez mais exigente, os contadores têm que tomar muito cuidado no momento de apuração dos impostos a serem pagos pela empresa, com tanta complexidade é demandado muito tempo e cuidado para a elaboração deste serviço.

Diretor

Gerente Adm/ Financeiro

Gerente Geral

(10)

Diante disso é muito importante que todas as empresas tenham seus contadores e gestores bem treinados e capacitados, para que eles saibam analisar entre os métodos de tributação o que acarretará menores custos.

Desse modo, este trabalho tem como objetivo identificar a resposta para a seguinte questão: das formas de tributação federal, qual delas irá trazer maior economicidade fiscal para a empresa de classificação de sementes, objeto deste estudo?

1.4Objetivos

Um objetivo, conforme Vergara (2004) é um resultado a se alcançar. Neste item serão descritos os objetivos gerais e específicos deste trabalho. Eles servirão como um norteador deste projeto, para que não se perca o foco do mesmo.

1.4.1 Objetivos Gerais

Este trabalho tem como objetivo geral, desvendar a melhor forma lícita de tributação, e que gera menor carga tributária para uma empresa de classificação de sementes, diante das diversas modalidades de tributação federal.

1.4.2 Objetivos Específicos

- Rever os conceitos de contabilidade, contabilidade tributária, planejamento tributário, e os diversos tipos de impostos.

- Identificar qual tributação que está sendo utilizada pela empresa nos períodos em estudo, coletar e analisar os dados obtidos.

- Através das demonstrações contábeis da empresa, identificar qual a melhor alternativa tributária para a empresa e analisar os resultados obtidos.

1.5Justificativa

O planejamento tributário é o tema escolhido para a realização deste projeto, pois as empresas necessitam de pessoas que as ajudem a administrá-las. Muitas organizações não possuem qualquer forma de planejar, controlar seus gastos, entre outros, simplesmente vão levando assim como dá e não vêem que isso certamente acarretará problemas futuros. Para a

(11)

empresa em estudo este planejamento com certeza irá ajudar de alguma forma a melhorar a gestão presente na empresa.

Para aluna, este projeto é importante, pois o interesse pela área tributária acentuou-se com as disciplinas de Contabilidade e Planejamento Tributário I e II, e agora mais ainda, pois envolve também a atividade profissional. Visto a necessidade de aprender mais sobre as diversas formas de tributação e tudo o que nelas envolve, o presente trabalho permitirá um melhor entendimento na nova área de atuação profissional e ajudar a empresa que trabalho com novos conhecimentos técnicos e práticos.

Para a Universidade este trabalho será importante, pois estará a disposição do público, sejam alunos, professores e também profissionais em busca de aperfeiçoamento, para pesquisas de ampliação de conhecimento e agregação de conhecimento na contabilidade tributária.

Diante da realidade em que vivemos, as empresas querem pagar cada vez menos impostos e o governo quer cada vez mais gerar recursos financeiros suficientes para atender suas necessidades. Por isso as empresas estão em busca de formas para diminuir seus custos, gastos, despesas e aumentar o seu lucro final. Para que isso aconteça é necessário que ela tenha bons gestores e pessoas que entendam das leis, e ajudem a planejar maneiras para que a empresa pague menos tributos e aumente o seu resultado.

Também temos de estar cientes que, com essa busca das empresas de reduzirem seus tributos, elas podem acabar entrando na ilegalidade. Ao invés de baixarem a carga tributária de maneira lícita fazem justamente o inverso, ou seja, acabam sonegando. Então podemos ver que, com este projeto, há uma saída legal para a diminuição dos encargos tributários e a empresa em estudo irá se aproveitar deste e de outros meios de gestão para repensar o rumo que está tomando para que, com todas estas informações, as tomadas de decisão da organização se tornem mais eficazes e eficientes.

(12)

2. REVISAO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo serão apresentados os conceitos de contabilidade geral e contabilidade tributária, pois os mesmos servirão de base para uma revisão bibliográfica que antecederá o estudo de caso desta empresa de classificação de sementes.

2.1 Contabilidade

Todo o ramo do saber possui uma linguagem diferente, especial. Cada disciplina ou profissão possui sua própria terminologia e isso leva a formação de nomes e conceitos criados para cada nova conquista, como podemos ver na definição da linguagem contábil de Sá:

A medida que as observações se processam, que se estabelecem relações entre fatos e pelo raciocínio se chega à percepção de um conjunto de realidades, busca-se uma denominação, um nome para exprimir essas conquistas da mente. (SÁ, 2002, p.131)

A contabilidade é uma das profissões mais antigas que existem, pois já cresceu muito desde a sua criação. Começou a ser utilizada na pré-história e desde lá, atravessando os séculos está em constante evolução e chega aos dias de hoje sendo indispensável para as organizações, pois sem ela não conseguimos ter o controle de nossos bens, tornando tudo praticamente impossível de se manter. Esta ciência evoluiu com naturalidade, tentando ao longo do tempo auxiliar as pessoas e as entidades a viver e se expandir e, sempre que possível, evitar o falecimento das organizações. Com a ajuda também de outros campos de atuação a contabilidade foi desenvolvendo suas próprias teorias e métodos, para que cada vez mais se possa produzir informações com melhor qualidade que atendam as necessidades e interesses da organização.

A contabilidade é uma ciência e ao mesmo tempo uma técnica, pois segue normas e princípios que a ajuda a chegar ao objetivo principal que é a coleta e análise dos dados para que se possa, a partir daí, retirar as informações que serão necessárias para as demonstrações contábeis e tomadas de decisão por meio dos sócios e diretores da entidade, a partir de uma verdadeira situação patrimonial em que a empresa se encontra.

(13)

2.1.1 Conceito

A contabilidade não é uma ciência exata e sim social, pois é o homem quem gera ou modifica o fenômeno patrimonial. É uma ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades. E conforme Basso (2005, p.22):

Entendemos que contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira.

O conceito de contabilidade sofreu muitas alterações em sua definição e isso provocou muita discórdia na literatura mundial. Poderia até dizer que cada país tinha o seu jeito de conceituar a contabilidade, cada um com um entendimento, podemos citar que deste emaranhado de conceitos ela se situou como uma ciência. E de acordo com Sá (2002, p.46) o mais adequado conceito é que a “contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamento dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais”.

Na atualidade essa ciência acompanha bem de perto o desenvolvimento econômico, uma organização não é nada sem uma contabilidade adequada e sem um contador que dará suporte, aos donos e gerentes, analisando balanços e verificando o caminho mais seguro a seguir e alcançar o sucesso do negócio.

2.1.2 Objeto de estudo

O objeto da contabilidade é simplesmente o patrimônio, este por sua vez constituído por bens, direitos e obrigações. Os bens são os materiais corpóreos ou incorpóreos, como por exemplo, veículos, móveis e imóveis da empresa. Os direitos são tudo aquilo que a entidade tem a receber, tanto em dinheiro quanto em duplicatas, notas promissórias, entre outros. E as obrigações são todas as dívidas que ela possui. Os bens e direitos formam a parte positiva de seu patrimônio e as obrigações a negativa e da diferença das duas partes se constitui o patrimônio líquido da empresa. E para complementar o objeto da contabilidade Sá (2002, p.59) o descreve desta maneira:

(14)

Os fenômenos que ocorrem com o patrimônio, como riqueza das células sociais, são o objeto de estudos da ciência contábil. Tudo o que se relaciona com os elementos que são utilizados para suprirem as necessidades das empresas, das instituições, interessa a Contabilidade como matéria de análise sistemática.

2.1.3 Finalidade

A contabilidade é utilizada para diversos fins, o que ocorre dentro de uma empresa não é usado apenas em benefício próprio, mas também existem muitos usuários externos que se utilizam destas informações. A finalidade fundamental da contabilidade segundo Basso (2005, p.24) “é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento”.

As informações provenientes dos diversos setores da contabilidade são extremamente necessárias para a tomada de decisões importantes dentro de uma organização, principalmente sobre os aspectos gerais referente ao patrimônio e suas variações. Gerando também informações para investidores e o mercado de capital, para fornecedores, bancos, governo, sindicatos, entre outros.

Diante de tantas atividades diversificadas, pode-se dizer que é a tarefa básica da contabilidade e também principalmente do contador produzir e gerenciar informações úteis aos usuários tanto internos e externos, da contabilidade para a melhor tomada de decisão. O que infelizmente acontece é que muitos acham que a figura do contador “serve” apenas para satisfazer as exigências do fisco, é uma pena, pois ele pode ser buscado para muito mais funções.

2.1.4 Objetivos

Os objetivos da contabilidade são muitos, mas dentre os principais podemos citar o controle do patrimônio da empresa, apura os resultados ocorridos em determinado período decorrente das variações patrimoniais da entidade, evidencia a situação patrimonial em que a empresa se encontra, atenta para o cumprimento das normas, princípios contábeis e principalmente a legislação vigente e também fornece informações sobre seu patrimônio a seus usuários, de acordo com suas necessidades. Iudícibus e Marion expõem que o principal objetivo da contabilidade é:

(15)

Prover seus usuários de informações úteis para a tomada de decisão. Em outras palavras, a função principal da contabilidade reside em ser instrumento útil para a tomada de decisões pelo usuário, tendo em vista a entidade. As informações geradas pela contabilidade são apresentadas aos usuários em forma de resumos ordenados, periódicos... (IUDÍCIBUS e MARION, 2006, p.53)

2.2 Contabilidade Tributária

A União, os Estados e Municípios, foram criados para que fosse possível organizar a vida da comunidade, mas para a manutenção de serviços básicos e para que se possa ter uma convivência harmoniosa dos habitantes e todas as necessidades da população sejam concretizadas é preciso que se tenha um meio para manter estes serviços. O meio encontrado pelos entes públicos são os recursos financeiros que vem através de contribuições compulsórias impostas aos contribuintes, ou seja, o que conhecemos como tributos, contribuições fiscais, sociais e retributivas.

Com isso surge uma ramificação da contabilidade geral, que ao mesmo tempo está interligada, mas também se constitui em um campo específico da contabilidade, que chamamos de contabilidade tributária ou fiscal. A parte tributária da contabilidade cuida da emissão, escrituração e dos registros dos documentos e da apresentação de informações para que se possa realizar o controle e acompanhamento da realização das obrigações impostas pela legislação. É obrigação da empresa apresentar informações ao fisco, pois estão legalmente exigidas pelos órgãos governamentais e pelas esferas da administração pública, em vista dos tributos que são arrecadados pelas mesmas.

Segundo Fabretti (1999, p.25) a contabilidade tributária “é o ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada.”

Fazendo uma comparação entre as duas contabilidades, podemos ver que a contabilidade geral é basicamente de uso do empresário, pois lhe dá suporte, fornecendo informações necessárias para que o mesmo tenha um conhecimento mais perto do real possível de seu negócio, é também uma ferramenta auxiliar de administração e gestão, se tem um melhor controle das atividades gerenciais e dá suporte aos processos decisórios, tem um campo de atuação mais amplo englobando todas as operações, tanto fiscais, econômico-financeiras ou apenas permutativas.

Já a contabilidade tributária preocupa-se apenas com as operações que envolvem os aspectos tributários e de contribuições fiscais e sociais. Este ramo não é de vontade do

(16)

empresário, mas ele obedece sempre a imposições legais, e também é uma contabilidade mais rígida, impositiva, pois os documentos a serem apresentados sempre devem estar da forma que se é estabelecida. Após esta comparação vemos que a contabilidade tributaria está contida na contabilidade geral, visto que os aspectos que são tratados em cada uma delas influenciam no objeto de estudo da contabilidade, que é o patrimônio.

A legislação prevê como agir em relação a tudo, e para a contabilidade tributária não é diferente, se a lei diz que determinado recolhimento de qualquer tributo seja feita daquela forma, o mesmo deverá ser realizado da forma como previsto, nada mais e nada menos. Então podemos concluir que o objetivo da contabilidade tributária é o correto cumprimento das obrigações fiscais, tanto de cunho principal quanto acessório.

2.3 Planejamento Tributário

Saber planejar é essencial para uma empresa, ter pessoal qualificado para a realização de um planejamento das ações que serão tomadas é muito importante, pois é na tomada da decisão correta que se concentra o sucesso ou não da organização.

É para isso que temos o planejamento tributário, ele nos proporciona a melhor forma da realização dos acontecimentos, pesquisando os efeitos econômicos, jurídicos e alternativas legais e menos onerosas para que a organização possa crescer e se desenvolver. A economia tributária de uma empresa é possível através de um bom planejamento, fazendo projeções e cálculos para se obterem melhores resultados.

O planejamento tributário é o conjunto de condutas, comissivas e omissivas, da pessoa física ou jurídica, realizadas antes ou depois da ocorrência do fato gerador, destinadas a reduzir, mitigar, transferir ou postergar legal e licitamente os ônus dos tributos. (YOUNG,

apud Gubert, 2006, p.91)

Como sabemos as leis de nosso país possuem lacunas, o que faz com que se encontre meios lícitos para a redução da carga tributária da entidade, ou seja, a elisão fiscal. E conforme Young (2006, apud site Receita Federal do Brasil) podemos entender a elisão fiscal como “a utilização de falhas ou brechas contidas na própria norma legal para produzir economia tributária. Dá-se quando a lei permite entendimentos diversos entre os operadores do direito tributário, com a finalidade de fugir do fato gerador do imposto”. Um exemplo de alternativa para redução da carga tributaria de maneira lícita são as operações que dão direito ao crédito tributável, em relação aos impostos não cumulativos.

(17)

Também temos a evasão fiscal, este por sua vez significa o descumprimento da legislação, da obrigação tributária, omitindo informações ou prestando informações falsas às autoridades, fraudes na legislação, falsificando notas fiscais, ou seja, segundo Young (2006, apud site Receita Federal do Brasil) “a evasão tributária decorre de conduta ilegal, mediante a qual o sujeito passivo deixa de cumprir a norma tributária. A conduta ilegal se traduz numa ação ou numa omissão que, consciente ou não, resulta na supressão de recursos financeiros do Estado”.

Como objeto do planejamento tributário temos a apuração e demonstração dos resultados econômicos e contábeis com exatidão, conciliando o cálculo dos tributos com os parâmetros fixados pela legislação tributária, procurando o procedimento menos oneroso possível. Existem tipos de planejamento tributário: o que retarda ou impede a ocorrência do fato gerador e outro reduz o imposto devido.

Anulatório: quando a atividade econômica ou o empreendimento é articulado de tal forma que juridicamente seja impedida a concretização das hipóteses de incidências tributárias;

Redutivo: a atividade da empresa é organizada e desempenhada de forma que, mesmo sem evitar a concretização do fato imponível, o ônus tributário seja menor;

Postergativo: a arquitetura organizacional do empreendimento ou da atividade econômica, na impossibilidade de anular ou retardar o custo tributário, deve resultar no seu adiamento ou deslocamento para o futuro. (HEIDEMANN e ALIEVI, 2008, p.172)

Para que o planejamento seja bem realizado, ele necessita o bom senso do planejador, e este fornecer os elementos para a correta gestão dos negócios, o que permita a tomada de decisões eficazes e corretas, para o melhor desenvolvimento da organização.

2.4 Estrutura Tributária

Com o crescimento da sociedade, e o avanço característico da humanidade, a população precisava de quem a regesse e regularizasse a convivência social, então formaram o Estado. Este por sua vez detinha uma estrutura legal e passou a ter responsabilidades perante a população, com isso foi incumbido de atender as carências da sociedade, a manutenção e organização da população e também da demanda que esta necessitava. Começou, então, a ser exigido do Estado a capacidade de geração de recursos para atender as necessidades do povo.

(18)

2.4.1 Sistema Tributário Nacional

O Brasil tem como sistema de governo o Republicano e Federativo, e neste sistema a Constituição Federal é o principal instrumento para a organização social, política e econômica e também onde está inserida a estrutura tributária deste país. O poder para tributar está delimitado pela Constituição Federal. Ela também delimita a distribuição das competências para seus estados e municípios e fixa as regras que devem ser observadas no momento do exercício do poder arrecadatório dos estados.

O Sistema Tributário Nacional pode ser assim entendido:

STN – é o conjunto de tributos concebidos pela Constituição Federal no sentido de dotar órgãos públicos integrantes da Federação, dos recursos necessários ao atendimento de seus objetivos, como na busca da regulação de mercados, especialmente quanto às relações internacionais. (HEIDEMANN e ALIEVI, 2008, p.25)

Este sistema é o conjunto de normas e princípios jurídicos que tem sua origem na Constituição Federal e as resoluções, leis complementares, tratados e convenções estabelecem as limitações do poder de tributar, a estrutura tributária, à competência arrecadativa das pessoas jurídicas e também quais tributos podem ser instituídos a cada tipo de instituição.

O sistema tributário adotado no Brasil é considerado amplo, pois é composto de aproximadamente 65 tipos de tributos. É complexo porque estabelece regras de difícil entendimento e exigindo um esforço no momento de sua interpretação. É dinâmico, pois está em constantes alterações, então é preciso sempre estar acompanhando estas mudanças, e também é considerado vulnerável em função de alterações realizadas pelo Poder Executivo, aprovada pelo Legislativo, mas declaradas inconstitucionais pelo Poder Judiciário.

É financeiramente oneroso porque a carga tributária, segundo estatísticas da própria Receita Federal. Do Brasil, é muito elevada. E por fim o sistema é concentrador, pois após a redistribuição dos tributos para estados e municípios, a União acaba ficando com uma parcela significativa dos recursos arrecadados. Após as considerações do nosso sistema tributário nacional, podemos resumi-lo que a soma dos fatores acarretam um elevado ônus tributário, o que leva os empreendedores a identificar alternativas legais para sua empresa, buscando o atendimento das obrigações tributárias, mas os fazendo da forma menos onerosa possível.

(19)

2.4.1.1Princípios do sistema tributário nacional

Tendo como base a Constituição Federal e os princípios tributários, somando o Direito Público e o Privado, Heidemann e Alievi (2008) colocam que os princípios gerais do Sistema Tributário Nacional “visam estabelecer um limite ao poder de tributar, criando fronteiras ao legislador e ao aplicador legislador e ao aplicador das normas tributárias, buscando especialmente resguardar as garantias fundamentais explicitadas na Constituição.”

Podemos citar os princípios do Sistema Tributário Nacional como sendo o Princípio da Legalidade, o da Igualdade, da Capacidade Contributiva, da Irretroatividade e Anterioridade, o Princípio do Não Confisco, da Liberdade de Tráfego, da Uniformidade, das Indiscriminações e o Princípio da Transparência. Dentre todos estes os principais são:

O princípio da Legalidade é fundamentado com base no sistema normativo e garante na Constituição Federal em seu artigo 150, I que “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;”. A constituição nunca irá criar um tributo, mas ela apenas autoriza sua criação.

O princípio da Igualdade é considerado universal de justiça no sentido que será a favor do que for justo, fatos acontecidos semelhantes terão tratamento equivalente, em seu artigo 150, II da Constituição Federal “II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercidas, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;”.

O princípio da Irretroatividade e Anterioridade. O primeiro nos diz que somente poderá ser imposto o aumento ou a instituição de algum tributo a partir da data da publicação e vigência da lei que o criou. E o segundo tem o mesmo enunciado e que visa garantir ao contribuinte a previsibilidade das obrigações tributárias. Em seu artigo 150, III a constituição diz o seguinte: “III – cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;”.

E também podemos citar o princípio do Não Confisco e a Liberdade de Tráfego. O primeiro visa que o valor do tributo não pode ter alíquota tão elevada a ponto de representar a perda do bem sobre o qual está incidindo, já o segundo diz que não pode ser cobrado um tributo com a intenção de impedir o seu tráfego. Conforme consta na constituição federal no artigo 150, IV e V o seguinte “IV – utilizar tributo com efeito de confisco; V – estabelecer

(20)

limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;”.

2.4.2 Competência Tributária

Conforme Heidemann e Alievi (2008) “A competência tributária pode ser definida como sendo a aptidão ou poder de instituir e arrecadar tributos.” E a distribuição das competências existe para buscar um equilíbrio das imposições tributárias configuradas para o suprimento das finanças públicas. Esta distribuição deve levar em conta a atuação estatal, a abrangência e características das hipóteses de incidência ou ainda ao objetivo e a abrangência que se busca com a arrecadação.

No sistema tributário nacional podem ser identificadas três espécies de competências tributárias: a exclusiva, a comum e a residual e extraordinária. A primeira diz respeito aos impostos, contribuições e empréstimos compulsórios, a segunda são as taxas e as contribuições de melhoria e a terceira são novos impostos ou o aumento de impostos já existentes.

Cada esfera da administração pública possui os impostos para a qual fica responsável de cobrança. Cada poder irá cobrar sobre o que faz, pois cada tipo de tributo está vinculado à atividade prestada do respectivo órgão instituidor. A taxa e a contribuição de melhoria são os únicos impostos que podem ser cobrados por todas as esferas do poder, a União, os Estados e os Municípios.

Cabe a União impostos que incidem sobre importação, exportação, sobre a renda de cada contribuinte, sobre grandes fortunas, a competência residual, o IPI, o IOF e também o ITR.

Aos Estados cabe a cobrança dos devidos impostos: ICMS, IPVA e o ITCD. Os Municípios estão incumbidos de cabe o recolhimento do IPTU, ITIV e o ISS. E Distrito Federal pode realizar o recolhimento do ICMS, IPVA, ITCD, IPTU, ITIV e também do ISS.

Para que os entes públicos possuam recursos suficientes para o atendimento das necessidades básicas, o sistema tributário prevê não apenas a competência tributária para cada poder, os órgão contam também com a repartição de parte da arrecadação, como podemos ver nos artigos 157, 158 e 159 do Constituição Federal:

(21)

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incide na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II – vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art.154, I.

Art. 158. Pertencem aos Municípios: I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II – cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente de imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere aos art.15, § 4º, III; III – cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; IV – vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviço de tranporte interestadual e intermunicipal e de comunicações. Parágrafo único: as parcelas da receita pertencente aos Municípios, mencionados no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I – três quartos, no mínimo, na porção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizados em seus territórios; II – até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.

Art. 159. A União entregará: I – do produto da arrecadação dos impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, quarenta e sete por cento na seguinte forma: a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao fundo de participação dos Estados e do Distrito Federal; b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao fundo de participação dos Municípios; c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; II – do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por centos aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados; III – do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.

2.5 Tributos

Tributos são todas as obrigações que temos perante a receita, uma porcentagem que provem das receitas obtidas em determinado período, advindas de nossos ganhos lícitos, retirados a parcela pertencente ao governo.

Segundo o código tributário nacional (CTN) em seu artigo 3º, define que “O tributo é toda a prestação compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não

(22)

constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa vinculada.”

A partir do conceito de tributo podemos expressar as características das receitas tributárias como prestação e pecuniária. A primeira é a obrigação de prestar contas ao estado, a segunda é a prestação expressa em valores, dinheiro. Compulsória é o cumprimento obrigatório da legislação, é obrigatório o pagamento sobre a porcentagem determinada na legislação sobre o determinado tributo.

A regra estabelecida é que se pague o tributo em moeda nacional corrente e sobre toda e qualquer receita do período, mas que toda receita seja ganha de forma lícita, não se admite receitas advindas de atos ilícitos, pois isso é crime, é o descumprimento da lei e não irá ser tolerado este tipo de conduta. O tributo não deve ser confundido com uma penalidade, ele é apenas a parcela correspondente ao governo, a forma de se obter receitas para o cumprimento das suas obrigações, saúde, educação, entre outros.

Nunca poderá ser cobrado um tributo, um imposto de qualquer natureza que não esteja estabelecido e previsto em lei, pois como já visto o sistema tributário de nosso país é regido pelo princípio da legalidade, que estabelece que apenas sejam cobrados impostos previstos em lei.

A natureza jurídica de qualquer tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, como podemos ver no artigo 4º do código tributário nacional:

CNT Art.4º: A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

2.5.1 Classificação dos tributos

Os tributos podem ser identificados como fiscal, extrafiscal e parafiscal. O primeiro é a cobrança que tem por prioridade arrecadar os recursos para os cofres públicos e estes custearem os encargos do próprio Estado, os tributos para este fim são os impostos, taxas e contribuições de melhoria.

O extrafiscal é a cobrança no qual o Estado não leva em conta apenas a arrecadação dos recursos, mas sim através desta arrecadação aplicar políticas econômicas, que tem por objetivo incentivar e regular o desenvolvimento, temos como exemplo os impostos de

(23)

exportação, impostos sobre os produtos industrializados, incentivos fiscais, isenções, e créditos simbólicos.

E também os tributos classificados como parafiscal tem por finalidade a arrecadação de recursos para sustentar os encargos paralelos da administração pública, principalmente setores da educação, saúde, previdência e assistência social. Os impostos que tem este fim são: o INSS, a contribuição sindical, PIS, COFINS, CSLL, CIDE.

2.5.2 Espécies de tributos

O sistema tributário nacional foi criado para que no conjunto e de acordo com as competências tributárias, seja o mesmo capaz de suprir o poder público de recursos financeiros suficientes para o atendimento de suas necessidades.

Há controvérsias entre a doutrina e a jurisprudência em relação às espécies de tributos existentes no sistema tributário, levando em consideração estas divergências serão apresentadas as três principais espécies tributárias: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria.

O imposto segundo o artigo 16 da CNT nos diz que “é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”

São prestações devidas pelo contribuinte ao poder público referente a atividades de comércio, indústria, serviços, pela propriedade de veículos, imóveis, exclusivos do sujeito passivo de direito da atividade. Os impostos servem para custear as pessoas públicas em geral, e a receita para financiar os serviços do Estado, o tributo é usado na administração como um todo, sem uma finalidade específica.

Os impostos podem ainda ser classificados quanto à repercussão tributária, ou seja, diretos e indiretos, levando em conta uma tributação objetiva ou não, que são os impostos reais e pessoais e também se classificam em proporcionais, fixos e progressivos. Os impostos diretos são os que o contribuinte de fato e o contribuinte direto seja o mesmo, assim o valor do imposto não está diretamente embutido no preço de um bem ou serviço e quem suporta o ônus é o próprio realizador do fato gerador, se tem como exemplo de imposto indireto o IPVA, IPTU e ITR.

O imposto é indireto quando o valor do tributo está embutido no preço da mercadoria ou serviço, podendo ser identificado o contribuinte de fato e o direto, pois ocorre o repasse do custo financeiro ao adquirente da mercadoria. Temos como exemplo de impostos indiretos o

(24)

ICMS e o IPI. São considerados impostos reais os que incidem sobre fatos reais e determinados, não dependendo da condição ou da característica do contribuinte, por exemplo, o IPVA e o IPTU. E os impostos são pessoais quando levam em consideração as condições especiais do contribuinte, se tem como exemplo o imposto de renda, pois levam em consideração as despesas com dependentes, educação, saúde.

A classificação proporcional dos impostos é o cálculo efetuado com uma aplicação de uma alíquota proporcional sobre a base de cálculo. A alíquota permanecerá a mesma e na medida em que se aumenta ou diminui a base de cálculo acontecerá o mesmo com o determinado imposto, um exemplo de imposto é o ICMS e o IPI.

É considerado fixo o imposto que é cobrado em função da atividade do contribuinte, sem levar em consideração a receita, um exemplo é o ISS sobre os profissionais liberais. E por fim o imposto progressivo é aquele que o cálculo é efetuado com uma alíquota diferenciada. Aumenta a alíquota conforme são atingidos determinados parâmetros, exemplo disto é o imposto de renda, o ITCD, IPTU.

A taxa é um tributo que tem como fato gerador o exercício dos serviços prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. Ela está prevista na constituição federal no seu artigo 145, II, e também no código tributário nacional nos artigos 77 e 80.

CTN Art.77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Parágrafo único: A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntico aos que correspondam ao imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

A taxa não se confunde com o preço público, por exemplo, o pedágio, energia, pois estes são serviços realizados por meio de contrato com o estado, em regime de direito privado. A taxa depende do poder público agir em favor do contribuinte ou da própria administração pública.

A contribuição de melhoria nada mais é do que a retribuição ao órgão público, na valorização do bem móvel em decorrência de uma obra pública. Esta contribuição está descrita na constituição federal em seu artigo 145, III e também no código tributário nacional, artigo 81:

(25)

CTN art.81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Esta contribuição é um tributo vinculado, mas este vínculo se dá em realização de uma obra que venha beneficiar o sujeito passivo, não a serviço público prestado ou posto a disposição. Então podemos concluir que a contribuição de melhoria está sujeita a realização da obra pública e a conseqüente valorização e o direito ao contribuinte de exercer o direito de defesa e fiscalização.

2.5.3 Aspectos gerais dos tributos

O fato gerador segundo Fabretti (2003) é a “concretização da hipótese de incidência tributária prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária. Como exemplo de fatos geradores podemos ver a prestação de serviços, a circulação de mercadorias e também o recebimento de renda.

A concretização deste fato gera a obrigação principal, que é o pagamento do tributo. Gera também a obrigação acessória, que é o dever administrativo.

CTN. Art 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

O contribuinte deste fato gerador denomina-se sujeito passivo, pois este tem relação direta com o fato. E o responsável é a pessoa que a lei escolhe para responder pela obrigação tributária, para exigir o cumprimento da mesma, este chamado de sujeito ativo.

CTN. Art.121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo único: O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I – contribuinte, quando tenha relação pessoal direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;

II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa em lei.

A base de cálculo é o valor sobre o qual é aplicada a alíquota para apurar o valor do tributo a pagar, que por sua vez é definida por lei complementar e sua alteração é definida

(26)

pelos princípios do sistema tributário nacional. Já a alíquota é o percentual definido em lei, aplicado sobre o valor da base de cálculo para determinar o montante do tributo a ser pago.

Em regra são utilizadas como base de cálculo: o valor da operação ou da circulação, como é o caso do ICMS, do IPI, do ISS; o valor da receita bruta ou do faturamento, como é o caso do PIS e da COFINS; o lucro ou o recolhimento líquido, como é o caso do Imposto de Renda e da CSLL; o valor efetivo ou estimado do bem, como é o caso dos tributos sobre o patrimônio; o valor da remuneração efetiva ou limitada, como é o caso do INSS e do FGTS; (HEIDEMANN e ALIEVI, 2008, p.92)

2.6 Contribuições Federais

2.6.1 PIS

O Programa de Integração Social, conhecido como PIS, foi instituído pela Lei complementar nº7/70 e a sua arrecadação tem a finalidade de integração dos empregados na vida e desenvolvimento das empresas, através da distribuição de cotas de participação. A arrecadação deste imposto passou a financiar o abono de um salário mínimo anual para os empregados que recebem até dois salários mínimos mensais e também o programa do seguro desemprego. Com base na Lei 7/70 podemos ver alguns artigos que mostram a finalidade do PIS:

Art. 1.º - É instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social, destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas.

Art. 7º - A participação do empregado no Fundo far-se-á mediante depósitos efetuados em contas individuais abertas em nome de cada empregado, obedecidos os seguintes critérios:

a) 50% (cinqüenta por cento) do valor destinado ao Fundo será dividido em partes proporcionais ao montante de salários recebidos no período);

b) os 50% (cinqüenta por cento) restantes serão divididos em partes proporcionais aos qüinqüênios de serviços prestados pelo empregado.

Art. 9º - As importâncias creditadas aos empregados nas cadernetas de participação são inalienáveis e impenhoráveis, destinando-se, primordialmente, à formação de patrimônio do trabalhador.

O PIS para empresas que tem a forma de tributação sobre o lucro presumido incide sobre o faturamento da empresa sob uma alíquota de 0,65% e para as pessoas jurídicas que optam ou são obrigadas ao lucro real a alíquota é de 1,65%. A data limite para o recolhimento deste imposto é até o vigésimo quinto dia do mês subseqüente ao do fato gerador.

(27)

Com base na Lei 10.637/02 vemos para empresas do lucro real que:

DA COBRANÇA NÃO-CUMULATIVA DO PIS E DO Pasep Art. 1º A contribuição para o PIS/Pasep tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.

§ 2º A base de cálculo da contribuição para o PIS/Pasep é o valor do faturamento, conforme definido no caput.

§ 3º Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo, as receitas:

I - decorrentes de saídas isentas da contribuição ou sujeitas à alíquota zero;

II - (VETADO)

III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

IV – (VETADO) V - referentes a:

a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos; b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.

VI – não operacionais, decorrentes da venda de ativo imobilizado. (Incluído pela Lei nº 10.684, de 30.5.2003)

VII - decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1o do art. 25 da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009)

Art. 2º Para determinação do valor da contribuição para o PIS/Pasep

aplicar-se-á, sobre a base de cálculo apurada conforme o disposto no art. 1º, a alíquota de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento).

Para empresas no lucro presumido com base na Lei 9.718/98:

Art. 2º. As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei.

Art. 3º. O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.

§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

(28)

§ 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art.2º, excluem-se da receita bruta:

I – as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre os Produtos Industrializados – IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador de serviços na condição de substituto tributário.

Para todas as atividades, exceto as que a Lei determina serem exceção, a alíquota do PIS é de “sessenta e cinco centésimos por cento (PIS) e três por cento (COFINS) incidentes sobre a receita bruta decorrente das demais atividades”, isto conforme a Lei 9.718/98.

2.6.2 COFINS

A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, a COFINS, foi criada pela Lei complementar nº 70/91. Como no PIS, a COFINS possui a mesma base de cálculo, ou seja, o faturamento da pessoa jurídica em determinado período. A alíquota para empresas que estão no lucro real é 7,6% sobre a base de cálculo, e para empresas do lucro presumido a alíquota é de 3%. O vencimento da COFINS também se dá até o vigésimo quinto dia do mês subseqüente ao do fato gerador.

Conforme a Lei Complementar 70 de 30 de dezembro de 1991, a COFINS tem sua destinação para despesas com as áreas da saúde, previdência e assistência social:

Art. 1° Sem prejuízo da cobrança das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), fica instituída contribuição social para financiamento da Seguridade Social, nos termos do inciso I do art. 195 da Constituição Federal, devida pelas pessoas jurídicas inclusive as a elas equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas exclusivamente às despesas com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social.

Com base na Lei 9.718/98, vemos para empresas no lucro presumido que:

Art. 2º. As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei.

Art. 3º. O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.

§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

§ 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art.2º, excluem-se da receita bruta:

(29)

I – as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre os Produtos Industrializados – IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador de serviços na condição de substituto tributário.

Art. 8º. Fica elevada para três por cento a alíquota da COFINS.

Para o lucro real, tendo como base a Lei 10.637/02 vemos que:

DA COBRANÇA NÃO-CUMULATIVA DA COFINS

Art. 1º A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a incidência não-cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.

§ 2º A base de cálculo da contribuição é o valor do faturamento, conforme definido no caput.

§ 3º Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas:

I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);

II - não-operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente; III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

IV – (VEDADO) V - referentes a:

a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos; b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido computados como receita.

VI - decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1º do art. 25 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009)

Art. 2º Para determinação do valor da COFINS aplicar-se-á, sobre a base de cálculo apurada conforme o disposto no art. 1º, a alíquota de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento).

2.6.3 CSLL

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, conhecida como CSLL, foi instituída pela Lei 7.689 de 15 de dezembro de 1988. As alíquotas que incidirão para encontrar a base

(30)

de cálculo da CSLL tanto para empresas do lucro real por estimativa e do lucro presumido são 12% e 32% e a alíquota que incide sobre esta base de cálculo, o percentual que definirá o valor do imposto a ser pago é 9%.

A diferença é que a contribuição social para empresas do lucro presumido o pagamento deste imposto é trimestral, cada trimestre tem fim nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, devendo ser paga a quota do imposto até o último dia útil do mês subseqüente ao término do trimestre. Para o lucro real, a empresa optando pela modalidade de pagamento por estimativa, os pagamentos são mensais, e a quitação do débito deve ser feita também até o último dia do mês subseqüente ao do fato gerador. Tendo optado a empresa pelo pagamento por trimestre, os prazos são os mesmos que o lucro presumido.

Conforme a Lei 7.689 de 15 de dezembro de 1988:

Art. 1º Fica instituída contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, destinada ao financiamento da seguridade social.

Art. 2º A base de cálculo da contribuição é o valor do resultado do exercício, antes da provisão para o imposto de renda.

§ 1º Para efeito do disposto neste artigo:

a) será considerado o resultado do período-base encerrado em 31 de dezembro de cada ano;

b) no caso de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades, a base de cálculo é o resultado apurado no respectivo balanço;

Art. 3o A alíquota da contribuição é de: (Redação dada pela Lei nº 11.727, de 2008)

I - 15% (quinze por cento), no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, das de capitalização e das referidas nos incisos I a VII, IX e X do § 1o do art. 1o da Lei Complementar no 105, de 10 de janeiro de 2001; e (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008)

II - 9% (nove por cento), no caso das demais pessoas jurídicas. (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008)

2.6.4 IRPJ

O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, o IRPJ, foi instituído pela Lei 5.172/66. A alíquota deste imposto é de 15% sobre a base de cálculo. Para calcular a base é preciso saber o produto sobre o qual incidirá o percentual, pois cada produto tem um percentual diferenciado, tendo as vendas de cada produto e aplicando a alíquota correspondente a cada produto chega-se a bachega-se de cálculo. Se esta bachega-se de cálculo ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 mensais é calculado um adicional de 10% para cada mês que o valor for superior. Como na CSLL, o IRPJ também pode ser pago por estimativa, para o lucro real, e para o lucro presumido a cada fechamento de trimestre, com o vencimento a cada ultimo dia útil do mês subseqüente ao fato gerador do mesmo.

(31)

Conforme a Lei 5.172/66, trata de algumas disposições gerais:

Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.

Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.

Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.

A Lei 9.249/95 trata sobre a base de cálculo e o adicional do imposto de renda.

Art. 2º O imposto de renda das pessoas jurídicas e a contribuição social sobre o lucro líquido serão determinados segundo as normas da legislação vigente, com as alterações desta Lei.

Art. 3º A alíquota do imposto de renda das pessoas jurídicas é de quinze por cento.

§ 1º A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento.(Redação dada pela Lei 9.430, de 1996)

§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação.(Redação dada pela Lei 9.430, de 1996) § 3º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural de que trata a Lei nº 8.023, de 12 de abril de 1990.

§ 4º O valor do adicional será recolhido integralmente, não sendo permitidas quaisquer deduções.

2.7 Formas de Tributação

Existem entidades que não estão sujeitas ao regime do Imposto de Renda, pois possuem uma garantia de imunidade tributária constitucional, mas para que isso seja possível

Referências

Documentos relacionados

A Lei nº 2/2007 de 15 de janeiro, na alínea c) do Artigo 10º e Artigo 15º consagram que constitui receita do Município o produto da cobrança das taxas

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

Ao se revisar o aparelho após o procedimento notou-se que havia líquido (vapor expiratório condensado em água) na cânula expiratória, bem como no filtro da

3.3 o Município tem caminhão da coleta seletiva, sendo orientado a providenciar a contratação direta da associação para o recolhimento dos resíduos recicláveis,

A análise mostrou a oportunidade de (i) adoção de uma estratégia de planejamento que reflita um modelo sustentável de desenvolvimento que inclua decisões sobre o futuro da Amazônia

The analysis found that there is an opportunity to (i) enact a planning strategy that reflects a sustainable development model and includes decisions about the future of the Amazon

A participação foi observada durante todas as fases do roadmap (Alinhamento, Prova de Conceito, Piloto e Expansão), promovendo a utilização do sistema implementado e a

Apesar da longa distância dos grandes centros urbanos do país, Bonito destaca- se, regionalmente, como uma área promissora dentro do Estado de Mato Grosso do Sul. Bonito,