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Contribuição ao estudo da imprensa política no Império do Brasil ( ) 1

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Contribuição ao estudo da imprensa política no Império do Brasil

(1822-1840)

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FONSECA, Silvia Carla Pereira de Brito. Doutora em História Social. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro 2 Resumo:

Esta comunicação trata dos aspectos marcantes da imprensa nas primeiras décadas do século XIX. Destaca, em particular, o papel desempenhado pelos jornais como canal de expressão das diversas correntes políticas na chamada crise do primeiro reinado (1822-1831) e no período das regências (1831-1840), a despeito da perpetuação da censura. Correlaciona a conformação do espaço público político e a proliferação de periódicos naquele contexto. Aborda também a elaboração de dicionários e glossários políticos para demonstrar a mudança dos significados dos conceitos, de acordo com a cultura política oitocentista. Por fim, avalia a importância dos jornais na organização das revoltas populares da época.

Palavras-chave: imprensa / história / espaço público

Texto:

A origem deste estudo se inscreve em uma temática mais ampla que abrange a atividade da imprensa no Império do Brasil, particularmente a correspondência entre a proliferação de jornais e panfletos em circulação na corte e nas províncias e a construção de um espaço público político entre os anos de 1820 e 1840.1

A centralidade da imprensa, como fonte ou objeto de estudo, tem sido ressaltada pela historiografia nos últimos vinte anos, por vezes compreendida como uma forma alternativa de cidadania, na perspectiva de José Murilo de Carvalho, ou mesmo em seu duplo papel de revelar e constituir a cultura política de um dado contexto histórico2. Vale ainda sublinhar a identificação de periódicos e panfletos como instrumentos de pedagogia política, missão esta assumida pelos próprios redatores, legatários do espírito ilustrado do século XVIII. Tais princípios adquiriram maior dimensão a partir da

1 Trabalho apresentado no GT de História do Jornalismo, integrante do 10º Encontro Nacional de História da Mídia, 2015.

2 Professora Adjunta Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Autora da tese A

ideia de República no Império do Brasil :Rio de Janeiro e Pernambuco (1824-1834). Organizadora dos

livros Entre a monarquia e a república: imprensa, pensamento político e historiografia (1822-1889). Rio de Janeiro: Eduerj, 2008; 200 anos de imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Contracapa, 2009.

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retomada da função precípua da retórica como elemento de persuasão e convencimento, tendo em vista a ação política.

No final do primeiro reinado, especialmente a partir de 1829, nota-se um acirramento dos debates relativos à reforma constitucional, conforme previa a própria constituição de 18243. As polêmicas geradas pelas diferentes correntes de opinião ocorreram paralelamente à constituição de uma esfera pública, relacionada em grande medida à expansão da imprensa, bem como a outras formas de sociabilidade que se constituíram progressivamente como mecanismos informais de atividade política.

Segundo os relatos dos jornais, a passagem da abdicação de d. Pedro I em 1831, o célebre “7 de abril”, atestou uma percepção incomum de ruptura com o tempo passado, expressa pelo eloquente conceito de “revolução”, empregado por aqueles que viveram tais sucessos.

Ao se percorrer a imprensa do período, a “revolução” engendrou um momento peculiar no qual o sentimento de ruptura e transitoriedade permitiu não apenas uma avaliação negativa do passado recente, mas sobretudo a possibilidade de moldar o futuro por meio de disputas semânticas nos jornais, tendo por fim definir posições políticas ou sociais. Significativa nesse sentido é a observação do jornal fluminense Nova Luz Brasileira no dia 27 de maio de 1831: “É pois chegado o tempo de perguntarmos ao Brasil o que éramos, o que somos e o que devemos ser”.4

Assim, a conhecida qualificação do período regencial como “experiência republicana”5 se deve possivelmente à multiplicação e politização dos espaços de convivência cotidiana, como as ruas, praças, boticas, lojas maçônicas, assim como as tipografias e jornais, nos quais se confrontavam distintos projetos e ideias políticas.

Nesse contexto também cabe destacar a aprovação de uma nova legislação pela câmara dos deputados. Esta, reaberta em 1826, visava definir e limitar a esfera de ação política do Executivo, atualizando a legislação aos “novos tempos”, bafejados por princípios liberais de diferentes matizes. Assim, observa-se uma autonomização de direito e, posteriormente de fato, de várias instâncias do governo em relação ao imperador, mas sobretudo da retomada das discussões, tanto no parlamento quanto na imprensa, acerca do federalismo e da república, no bojo da reforma constitucional.6

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Processo Criminal de 1832. De acordo com seus dispositivos, são também conferidas funções judiciais e policiais ao juiz de paz, sufragado diretamente pelos eleitores da paróquia.

As amplas atribuições dos magistrados eletivos abrangiam desde a justiça primária das conciliações, o julgamento de pequenas contravenções, até a intervenção direta nos movimentos de rua. Assim ocorreu nas manifestações populares que sucederam ao longo de 1831, sobretudo nos distúrbios do teatro São Pedro em 28 de setembro, uma vez que o juiz de paz tinha exclusividade na formação de culpa e pronunciamento de indiciados.

Paralelamente ao aspecto formal, percebe-se o intenso envolvimento da população nas manifestações de rua anteriores e posteriores à Abdicação em 18317. O ambiente igualmente era propício para o apoio dos soldados que se achavam sob as armas por força de recrutamentos feitos de forma irregular e submetidos a castigos humilhantes. Outro elemento que confere uma dinâmica mais participativa à vida política no período regencial diz respeito à organização das sociedades políticas e civis. À época não havia “partidos”, no sentido atual da palavra. Entretanto, tais agremiações possuíam estatutos, quadro de associados e anuidades pagas por seus integrantes Este movimento associativo se insere no processo apontado por Habermas acerca da passagem das sociedades secretas para as associações livres.8

O jornal fluminense Nova Luz Brasileira registrou esse fenômeno relacionando-o aos “princípios americanos”. “Nos países, porém, como é o nosso (...) julgamos que deve acabar o tempo das Sociedades Secretas, para começar uma nova era de Sociedades Patrióticas, Científicas, Filantrópicas e Literárias e de proteção à Indústria (...). Uma espécie de mistério (...) que muitas vezes substitui a (...) razão, o que é impróprio do homem livre, principalmente Americano.”9

No entanto, o principal indício da conformação de um espaço público político é a proliferação de periódicos na Regência. Inegavelmente a imprensa nas primeiras décadas do século XIX se fundamenta no modelo liberal, no contexto da constituição de um público composto, majoritariamente, por setores alfabetizados, camadas médias urbanas e setores mais abastados da sociedade.

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Todavia, a vida cotidiana nesse momento era marcada pela oralidade, manifesta na leitura pública de pasquins e folhetos, o que ampliava consideravelmente o público “leitor” para além dos segmentos alfabetizados.

Nessa circunstância, os jornais assumiam um papel ambivalente, ao mesmo tempo influenciavam e espelhavam a opinião pública. Reveladora deste último aspecto é a “seção de correspondência” dos leitores, inserida em inúmeras folhas e identificada como um “espaço possível de cidadania”, no qual se constituía uma arena pública de debates, confronto de ideias, denúncias e reivindicações. 10

Apesar da expansão da imprensa, a censura representava um fator de intimidação, o que pode ser conferido pelos inúmeros processos instaurados contra redatores mesmo durante o período das regências.

A abolição da censura prévia relaciona-se às medidas adotadas pela junta de governo da revolução portuguesa em 21 de setembro de 1820, o que levou d. João VI a assinar no Rio de Janeiro a suspensão da censura aos manuscritos através do Decreto de 2 de março de 1821, fazendo-a recair, contudo, nas provas tipográficas. Tal expediente desestimulava os impressores que não haveriam de arriscar a tiragem diante da possibilidade de perdê-la.11

Em 28 de março de 1821 efetivamente ocorre o fim da censura prévia no Brasil. Todavia, inúmeros empecilhos seriam impostos para obstar a liberdade de imprensa, especialmente em virtude da proliferação de prelos, folhetos e periódicos, dentre os quais a proibição do anonimato na tipografia oficial. Logo após a dissolução da Constituinte, em novembro de 1823, d. Pedro emitira um decreto que previa a regulamentação do projeto de lei, já aprovado na Assembleia no dia 2 de outubro do mesmo ano, delimitando o que seria compreendido como “justas barreiras” à liberdade de imprensa.12

O detalhado projeto, mencionado no decreto imperial e apresentado na assembleia em outubro, era composto de 45 artigos. Em linhas gerais assegurava-se o fim da censura, assim como o direito de “publicar, vender e comprar os livros e Escritos de toda a qualidade”. Contudo, obrigava todos os impressos a informarem o local, o ano, bem como o nome do impressor. A omissão ou falsificação de tais informações seria punida com multa.13

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A defesa dos dogmas da igreja católica também estava consignada no projeto, assim como a criminalização do incitamento dos povos à rebelião, sendo punido o redator com penas que oscilavam entre a prisão por um ano e multa de 100 mil réis para o primeiro caso, e 10 anos de degredo “para uma das Províncias mais remotas” e multa de 800 mil réis para o segundo. Se o “abuso consistir em atacar a forma de Governo Representativo Monárquico Constitucional (...) será condenado em cinco anos de degredo e 600 mil réis”. A responsabilidade nesses casos pesaria em primeiro lugar sobre o autor ou tradutor e, na falta destes, recairia no impressor14

. Vale lembrar que o próprio Código Criminal estabelecia como crime policial o denominado “uso indevido da Imprensa”. No dia 3 de maio de 1830, por ocasião da abertura das sessões na câmara dos deputados, o imperador volta a se referir, na Fala do Trono, à necessidade de impor restrições à liberdade de imprensa15

. Com efeito, 6 meses depois, em 20 de setembro de 1830 foi editada nova lei, denominada “Sobre o abuso da liberdade de Imprensa”, que previa no segundo artigo:

Abusam do direito de comunicar os seus pensamentos os que por impresso de qualquer natureza emitirem:

1o – Ataques dirigidos a destruir o Sistema Monárquico Representativo, abraçado e jurado pela Nação

e seu Chefe. Os responsáveis incorrem na pena de prisão de três a nove anos e na pecuniária de um a três contos de réis.

2o – Provocações dirigidas a excitar rebelião contra a Pessoa do Imperador e seus direitos ao Trono.16

A nova lei de imprensa seria alvo de protestos. No mês seguinte circulou no Rio de Janeiro uma Carta aberta ao imperador, assinada por “Hum Brasileiro Livre” insurgindo-se contra as medidas restritivas:

Senhor = A Liberdade de Imprensa, esse Sustentáculo da Liberdade de uma Nação que como a nossa chega a proclamar o Sistema Constitucional e a constituir-se Soberana (...) Senhor, sucumbindo aos golpes de uma Lei injusta e anticonstitucional que, segundo dizem, acaba de ser sancionada por S.M.I.C. (...) Daqui a pouco a Lei mais bárbara sufocará nossas vozes e o grito do Despotismo sufocado em nossos Corações (...) talvez faça passar em nosso Solo diamantino Cenas de horror (...) que cumpre evitar acudindo aos males da Pátria (...). Santa Liberdade, tu fazes nascer em nossos corações uma chama ardente que nutre o teu amor: a América é livre e livre há de existir enquanto durarem os Séculos.17

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À multiplicação de periódicos, que passa de 114 folhas em 1831 para 157 em 1833 18 , corresponde uma redução na circulação de panfletos, o que indica um crescimento do público leitor em virtude do incremento da demanda por essas publicações. Assim, a despeito da perpetuação da censura, em particular ao se tratar dos temas correlatos às formas de governo, os jornais constituem um meio privilegiado para o estudo da difusão dos princípios doutrinários, a avaliação da redefinição semântica de conceitos políticos, como também para a apreensão do aspecto formativo da imprensa política na primeira metade do século XIX.

Destaco, resumidamente, 3 particularidades da imprensa doutrinária entre as décadas de 1820 e 1840.

Em primeiro lugar, o que era mais evidente, o tão propalado e já mencionado papel pedagógico que os jornais se atribuíam. Herdeira da ilustração de molde ibérico, a pedagogia política na imprensa transparece nos próprios títulos dos jornais como Nova

Luz Brasileira, Bussola da Liberdade, Atalaia da Liberdade, O Perilampo (sic) Popular

entre outros.

Em segundo lugar, e de forma complementar, a percepção de que à nova cultura política de feição liberal deveria corresponder a mudança de significados dos conceitos políticos. Daí a inclusão de dicionários ou glossários políticos nas edições dos jornais, o que conferia naquele contexto um papel central na argumentação.

Inúmeros periódicos elaboraram dicionários de conceitos políticos, tendo por fim redefinir o significado de palavras e conceitos não mais adequados ao que era concebido como um “novo” tempo. De forma minuciosa, didática e sistemática a folha fluminense

Nova Luz Brasileira publicou ao longo de 49 dos seus 180 exemplares, 108 definições

de conceitos políticos, expressões ou frases que constituíam verdadeiras proposições. 19 A última definição do glossário político da Nova Luz Brasileira menciona o conceito de legitimidade, noção central num contexto histórico em que esta não mais aponta para a tradição ou o passado.

“Legitimidade – É um privilégio durador (sic), mas condicional, que dão as Leis ou a vontade geral e livre do Povo para o chefe de qualquer Nação gozar da direção dos negócios públicos, e força Nacional (...) e que dura por todo o tempo que as circunstâncias políticas permitem, segundo a vontade geral da Nação.”20

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Quase nos mesmos termos avançam as considerações do célebre redator baiano Cipriano Barata sobre este conceito em sua Breve dissertação sobre a Legitimidade, escrita em janeiro de 1831.

As questões que nos tempos de agora se têm levantado a respeito da Legitimidade nos obrigam a combater os princípios falsos que têm sido adotados (...) pois que a fazem proceder do Tempo, sem atenção ao povo, que sempre tem e deve ter toda a influência e domínio neste negócio. (...) Já se expirou o tempo em que se defendiam coisas como legítimas só porque eram velhas”.21

No âmbito da polêmica entre periódicos pernambucanos em 1829, também se nota que o recurso aos “dicionários políticos” exerceu um papel central na argumentação. Assim, por meio da resignificação dos conceitos revelava-se a afinidade a certos parâmetros ou retóricas políticas, o que era explicitamente valorizado pelos próprios redatores.

Além disso, desvendava uma concepção particular do tempo e da história, o que nos permite ressaltar o caráter híbrido do discurso político, ao revelar a permanência de modos de pensar característicos do Antigo Regime, ainda que revestidos de expressões aparentemente modernas.

Para concluir destaco a centralidade dos periódicos na organização dos movimentos e protestos nas ruas entre o final do primeiro reinado (1822-1831) e no período regencial (1831-1840).

Como é conhecido, esta fase ficou marcada por inúmeras revoltas em todo o território do Império do Brasil. A memória elaborada a respeito da época enfatizou o aspecto negativo daquele contexto. Tal ajuizamento da Regência pode ser compreendido na medida em que a construção da ideia de caos e desordem visava legitimar o Regresso conservador. O tempo saquarema, conforme expressão consagrada pelo eminente historiador Ilmar Mattos, tem início no final da década de 1830 e se estende até o meado dos anos 1850.22

No entanto, ao se observar o período regencial por outro ângulo é possível perceber a riqueza da experiência política que marcou as gerações seguintes. Chamada por Marco Morel de “laboratório da nação”, a Regência assistiu à explicitação dos mais diversos projetos políticos. Prerrogativas constitucionais, direitos políticos e civis, eleição para os altos cargos do Judiciário, propostas federalistas e/ou republicanas estiveram em pauta na câmara eletiva nesses anos conturbados.

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Não resta dúvida que a leitura dos jornais da época é o caminho mais indicado para se conhecer as diversas correntes políticas. Para além da divulgação das ideias e doutrinas, tais periódicos figuravam como organizadores de protestos de rua. No Rio de Janeiro, apenas em 1831, ocorreram 4 revoltas, quase sempre com forte traço antilusitano. Em julho do mesmo ano é movido um processo contra redatores de jornais na cidade. Da mesma forma, no segundo ciclo de revoltas regenciais, as chamadas “grandes revoltas”, em função do grande contingente de participantes, como a Sabinada na Bahia, a Cabanagem no Pará, a Balaiada no Maranhão ou a Farroupilha, os jornais vinculados a tais movimentos são indispensáveis ao historiador para a compreensão dos propósitos de seus integrantes.

Enfim, seja como fonte ou objeto de estudo, a imprensa oitocentista é hoje a fonte mais importante, senão a única, para a plena apreensão da cultura política do século XIX.

1 Sobre o tema ver MOREL, Marco. As transformações dos espaços públicos: imprensa, atores e

sociabilidades na cidade imperial (1820-1840). São Paulo: Hucitec, 2005.

2 CARVALHO, José Murilo de. Cidadania: tipos e percursos. In: Estudos Históricos. Fundação Getúlio

Vargas, no 18, 1996. NEVES, Lúcia M. B. Pereira das. Corcundas e constitucionais: a cultura política da Independência (1820-1822). Rio de Janeiro: Revan: FAPERJ, 2003. BASILE, Marcello Otávio Neri de Campos. O Império em construção: projetos de Brasil e ação política na Corte regencial. Tese de Doutorado: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004.

3 De acordo com o artigo 174 da Constituição de 1824, após 4 anos a Carta poderia ser reformada se

contasse com o apoio de no mínimo um terço dos deputados e a proposição partisse da câmara dos deputados.

4 Nova Luz Brasileira nº 143, 27 de maio de 1831.

5 CASTRO, Paulo Pereira de. A “experiência republicana”, 1831-1840. In: História Geral da Civilização

Brasileira. São Paulo: Difel, 1978, Tomo II, vol. 2.

6 SOUZA, Iara L. F. S. Carvalho. Pátria coroada: o Brasil como corpo político autônomo (1780-1831).

São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.

7 Entre os movimentos anteriores à Abdicação, incluem-se os conflitos entre portugueses e brasileiros

ocorridos no Rio de Janeiro nos dias 13, 14 e 15 de março de 1831, conhecidos como “Noite das Garrafadas”. Sobre este episódio, ver: Hum Verdadeiro Constitucional (pseud.), Defesa ou Fiel e

verdadeira exposição dos acontecimentos que tiverão lugar no Rio de Janeiro, por occasião da chegada de SS. MM. II nas noites de 11 a 15 de março, que ao respeitável Corpo do Commercio, offerece um Verdadeiro Constitucional. Rio de Janeiro, Typographia do Diário, 1831.

8 HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural na esfera pública. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.

KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Rio de Janeiro: EDUERJ: Contraponto, 1999.

9 Nova Luz Brasileira nº 168, 8 de setembro de 1831.

10 Sobre o assunto ver FÜRSTENAU, Vera. Jornais e leitores: uma polêmica apaixonada na cidade do Rio

de Janeiro (1831-1837). Dissertação de Mestrado: UFRJ, 1994.

11 RIZZINI, Carlos. O livro, o jornal e a tipografia no Brasil (1500-1822). Rio de Janeiro: Livraria

Kosmos Editora, 1945.

12 Coleção de Leis do Imperio do Brazil (1823). Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1887.

13 Projeto de Lei apresentado a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa em 2 de Outubro de 1823. 14 Ibidem, art. 16º. Os artigos 17º e 18º tratam da reincidência dos crimes, determinando as respectivas

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15 Annaes do Parlamento Brazileiro. Câmara dos Deputados, 1830. Tomo Primeiro. Rio de Janeiro:

Typographia de H. J. Pinto, 1878, pp. 63/64.

16

Coleção de Leis do Império do Brasil, 1830.

17 Hum Brasileiro Livre (pseud.), Carta aberta ao imperador do Brasil protestando contra a supressão da

liberdade de imprensa. 25 de outubro de 1830.

18 Números extraídos de IPANEMA, Marcello e IPANEMA Cybelle. Imprensa na Regência: observações

estatísticas e de opinião pública. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, vol 307, Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1976.

19 Para uma análise detalhada do “dicionário político” da Nova Luz Brasileira ver FONSECA, Silvia C P

de Brito. A ideia de República no Império do Brasil: Rio de Janeiro e Pernambuco (1824-1834) Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004. Ver ainda BASILE, Marcello. Luzes a quem está nas trevas: a linguagem política radical nos primórdios do Império. In: Topoi: Revista

de História, nº 3. Rio de Janeiro: 7 Letras, setembro 2001.

20 Nova Luz Brasileira nº 59, 13 de julho de 1830.

21 Sentinella da Liberdade hoje na Guarita do Quartel General de Pirajá na Bahia de Todos os Santos.

Alerta! Nº 3, 31 de janeiro de 1831. Grifos no original.

22 MATTOS, Ilmar Rohloff de, O tempo saquarema. São Paulo: HUCITEC; Brasília: INL, 1987.

Bibliografia citada Legislação

Annaes do Parlamento Brazileiro. Câmara dos Deputados, 1830. Tomo Primeiro. Rio de

Janeiro: Typographia de H. J. Pinto, 1878.

Coleção de Leis do Império do Brasil, (1830). Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1887. Coleção de Leis do Imperio do Brazil (1823). Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1887. Projeto de Lei apresentado a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa em 2 de Outubro de 1823.

Panfletos (Biblioteca Nacional)

Hum Brasileiro Livre (pseud.), Carta aberta ao imperador do Brasil protestando contra

a supressão da liberdade de imprensa. 25 de outubro de 1830.

Hum Verdadeiro Constitucional (pseud.), Defesa ou Fiel e verdadeira exposição dos

acontecimentos que tiverão lugar no Rio de Janeiro, por occasião da chegada de SS. MM. II nas noites de 11 a 15 de março, que ao respeitável Corpo do Commercio, offerece um Verdadeiro Constitucional. Rio de Janeiro, Typographia do Diário, 1831.

Periódicos

Nova Luz Brasileira. Rio de Janeiro, 1829-1831.

Sentinella da Liberdade hoje na Guarita do Quartel General de Pirajá na Bahia de Todos os Santos. Alerta! Nº 3, 31 de janeiro de 1831.

Livros, teses, dissertações e artigos

BASILE, Marcello Otávio Neri de Campos. O Império em construção: projetos de Brasil e ação política na Corte regencial. Tese de Doutorado: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004.

BASILE, Marcello. Luzes a quem está nas trevas: a linguagem política radical nos primórdios do Império. In: Topoi: Revista de História, nº 3. Rio de Janeiro: 7 Letras, setembro 2001.

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania: tipos e percursos. In: Estudos Históricos. Fundação Getúlio Vargas, no 18, 1996.

(10)

CASTRO, Paulo Pereira de. A “experiência republicana”, 1831-1840. In: História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difel, 1978, Tomo II, vol. 2.

FONSECA, Silvia Carla Pereira de Brito. & CORRÊA, Maria Letícia. (orgs.). 200 anos

de imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Contracapa, 2009.

FONSECA, Silvia Carla Pereira de Brito. & LESSA, Monica Leite. (orgs.) Entre a

monarquia e a república: imprensa, pensamento político e historiografia (1822-1889).

Rio de Janeiro: Eduerj, 2008.

FONSECA, Silvia Carla Pereira de Brito. A ideia de República no Império do Brasil:

Rio de Janeiro e Pernambuco (1824-1834). Tese de Doutorado. Rio de Janeiro:

Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004.

FÜRSTENAU, Vera. Jornais e leitores: uma polêmica apaixonada na cidade do Rio de Janeiro (1831-1837). Dissertação de Mestrado: UFRJ, 1994.

HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural na esfera pública. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.

IPANEMA, Marcello e IPANEMA Cybelle. Imprensa na Regência: observações estatísticas e de opinião pública. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico

Brasileiro, vol 307, Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1976.

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NEVES, Lúcia M. B. Pereira das. Corcundas e constitucionais: a cultura política da Independência (1820-1822). Rio de Janeiro: Revan: FAPERJ, 2003.

RIZZINI, Carlos. O livro, o jornal e a tipografia no Brasil (1500-1822). Rio de Janeiro: Livraria Kosmos Editora, 1945.

SOUZA, Iara L. F. S. Carvalho. Pátria coroada: o Brasil como corpo político autônomo

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