Um mapa do mundo
contemporâneo
uma leitura ético-teológica
©
©
Lourenço Stelio Rega
Estamos num novo s
Estamos num novo s
é
é
culo, num
culo, num
novo milênio, assim, o cristão,
novo milênio, assim, o cristão,
especialmente os l
especialmente os l
í
í
deres, precisam
deres, precisam
interpretar as entrelinhas de seu
interpretar as entrelinhas de seu
momento, as mudan
momento, as mudan
ç
ç
as dos
as dos
paradigmas na atualidade e saber
paradigmas na atualidade e saber
como tudo isso influencia nossa
como tudo isso influencia nossa
vida.
vida.
Quem não reflete se torna v
Quem não reflete se torna v
í
í
tima
tima
das ideologias!!!
® Vocabulário do cotidiano: fiz o que estava a fim de
fazer ... meu coração mandou ... eu fiz
Zeca Pagodinho: Deixa a vida me levar
® Reality shows: espelham os ideais éticos
contemporâneos
Big
Big BrotherBrother BrasilBrasil: intrigas, paixões e polêmicas
(que ressaltam os instintos incontrolados do “eu”) Acorrentados
Acorrentados: um rapaz acorrentado a seis moças
por 24 horas (que buscam os extremos do “eu”) ® Incertezas no campo político, social e econômico
® Erotização – sodomização coletiva
® Textos de auto-ajuda à indicam o desespero
humano em busca de socorro
UM RETRATO DA REALIDADE
UM RETRATO DA REALIDADE
® Relativismo: cada um é dono da verdade –
não temos mais um relativismo intelectual, conceitual, mas dos instintos/paixões, portanto, sem possibilidade de explicação
® Nitezsche: o sub-solo da ética
contemporânea à uma ética das paixões e dos instintos
® Ética do cotidiano:
à redução animalesca da vida - individualismo / egoísmo - situacionismo
- niilismo à vida sem sentido
® Sociedade que busca a gratificação imediata
UM RETRATO DA REALIDADE
Estilo
Estilo “
“Snoopy
Snoopy”
”
de vida
de vida
TRIUNFO DO INDIV
TRIUNFO DO INDIV
Í
Í
DUO
DUO
üü O homem O homem éé descoberta recentedescoberta recente (Foucault)(Foucault)
ü
ü HorizontalizaHorizontalizaççãoão organizacionalorganizacional
ü
ü Deslocamento do foco para os atributos Deslocamento do foco para os atributos
humanos
humanos
•
• Vontade do indi vVontade do indi vííduoduo
•
• Inteligência emocional (Inteligência emocional (pqpqññinteligintelig. m. múúltiplas??)ltiplas??)
•
• Impulsos, paixõesImpulsos, paixões
ü
ü Totalitarismo do indivTotalitarismo do indivííduoduo
ü
ü TranspersonalizaTranspersonalizaççãoão
ü
Esp
Esp
í
í
rito Cr
rito Cr
í
í
tico, falta de talentos
tico, falta de talentos
criativos
criativos
ü
ü
Jovens de hoje, filhos da gera
Jovens de hoje, filhos da gera
ç
ç
ão
ão
reprimida dos anos 60 e 70
reprimida dos anos 60 e 70
ü
ü
Vida auto
Vida auto
-
-
referida, mas sem
referida, mas sem
referencial
referencial
ü
ü
Deconsidera
Deconsidera
ç
ç
ão
ão
ao esp
ao esp
í
í
rito de
rito de
autoridade
autoridade
ü
ü
Falta de talentos criativos
Falta de talentos criativos
Sociedade industrial/manual
Sociedade industrial/manual
vs
vs. Sociedade do saber
. Sociedade do saber
ü
ü No passado davaNo passado dava--se valor ao trabalho duro que se valor ao trabalho duro que
nosso corpo produzia, hoje ao que nossa mente
nosso corpo produzia, hoje ao que nossa mente
pode fazer.
pode fazer. Hardware vs. softwareHardware vs. software
ü
ü A informaA informaçção e o conhecimento se tornaram ão e o conhecimento se tornaram
bens e patrimônio valoriz
bens e patrimônio valorizááveis.veis.
ü
ü Na sociedade de informaNa sociedade de informaçção, a orientaão, a orientaçção do ão do
tempo
tempo éé voltada para o futurovoltada para o futuro
ü
ü Realidade virtual Realidade virtual –– mas, banalizamas, banalizaçção ão ééticatica
ü
ü A A autoridadeautoridadevem pelo conhecimentovem pelo conhecimento
ü
ü Tornar a BTornar a Bííblia e a Teologia mais concretasblia e a Teologia mais concretas
ü
GERA
GERA
Ç
Ç
ÃO DA VELOCIDADE
ÃO DA VELOCIDADE
üü GeraGeraçção da cibernão da cibernéética, dos tica, dos supersuper-
-computadores
computadores
ü
üAlteraAlteraçção no conceito de tempo, inclusive do ão no conceito de tempo, inclusive do
tempo de resposta
tempo de resposta
ü
üReduReduçção dos contatos pessoaisão dos contatos pessoais
ü
üManutenManutençção de uma geraão de uma geraçção paralela de ão paralela de
“
“analfabetos digitaisanalfabetos digitais””
ü
üEngodos do mundo cibernEngodos do mundo cibernéético:tico:
à
à trabalho trabalho ààdistânci a, em casadistânci a, em casa
à
à maior tempo para o las ermaior tempo para o las er
à
à mas, vida mas, vida ononlinelineo tempo todoo tempo todo
à
à aumento do es tress eaumento do es tress e
REALIDADE VIRTUAL
REALIDADE VIRTUAL
üü BanalizaBanalizaçção ão éética tica
ü
ü Amplifica o alcance dos atributos humanosAmplifica o alcance dos atributos humanos
ü
ü Igrejas Igrejas virtuaisvirtuais??
ü
ü PastorPastor--RamboRambo vs. vs. cooperatividadecooperatividade
ü
ü Devolver ao crente o direito de exercer seus Devolver ao crente o direito de exercer seus
dons
dons
ü
ü Lares Lares virtuaisvirtuais, em que cada fam, em que cada famíília serlia seráá
s
SUBSTITUI
SUBSTITUI
Ç
Ç
ÃO DA PESSOA PELA
ÃO DA PESSOA PELA
M
M
Á
Á
QUINA
QUINA
üüO homem urbano não saber viver sem energia O homem urbano não saber viver sem energia
el
eléétrica, banco trica, banco onon lineline, telefone celular, etc., telefone celular, etc.
ü
üEstamos ficando Estamos ficando maquinoplmaquinopléégicosgicos
ü
ü Ansiedade pelas novidades tecnolAnsiedade pelas novidades tecnolóógicas gicas
(s
(sííndrome de Atenas)ndrome de Atenas)
ü
üDesempregoDesemprego
AUMENTO DOS DILEMAS
AUMENTO DOS DILEMAS
É
É
TICOS
TICOS
üü Desenvolvimento tecnolDesenvolvimento tecnolóógico se voltando gico se voltando
para fins civis
para fins civis
ü
ü No meio cientNo meio cientíífico os fico os religiosos são tidos religiosos são tidos
como
como os que ficaram para tros que ficaram para trááss, como sub, como sub-
-desenvolvidos
desenvolvidos
ü
ü TransvaloraTransvaloraççãoãode todos os valores de todos os valores (Nietzsch e)(Nietzsch e)
A moral kantiana possui o
A moral kantiana possui o imperativo categimperativo categóóricorico
(dever
(dever--ser) e o imperativo hipotser) e o imperativo hipotéético. Nietzsche tico. Nietzsche
propõe o
propõe o imperativo da naturezaimperativo da natureza, isto , isto éé, o , o
resgate dos instintos da natureza humana.
O super
O super
-
-
homem de Nietzsche
homem de Nietzsche
No super homem h
No super homem h
á
á
uma
uma
transmuta
transmuta
ç
ç
ão de valores
ão de valores
orgulho, personalidade criadora, risco (sem medo), amor ao distante (busca do super-homem) Valores
superiores
humildade, piedade, amor ao próximo, bondade, objetividade
Valores inferiores
Cr
Cr
í
í
tica de Nietzsche
tica de Nietzsche
à
à
moral
moral
tradicional
tradicional
®
Para Nietzsche a moral aceitável é a
glorificação de si mesmo.
®
Ele defende uma moral dos fortes
contra uma moral dos fracos. Ao
fazer a crítica da moral tradicional,
Nietzsche preconiza a
“transvaloração de todos os
valores”.
ATENUA
ATENUA
Ç
Ç
ÃO DE FRONTEIRAS
ÃO DE FRONTEIRAS
üü Fronteiras raciais, ideolFronteiras raciais, ideolóógicas, religiosasgicas, religiosas
ü
ü Os grupos radicais tende rão a se tornar Os grupos radicais tende rão a se tornar
minorias
minorias
ü
ü ÉÉpoca de dipoca de diáálogo e de diversidade de logo e de diversidade de
identidades e modelos
identidades e modelos
ü
ü ApologApologéética tica ““dialogaldialogal””
ü
ü Consistência nos fundamentos bConsistência nos fundamentos bííblicos e blicos e
teol
teolóógicos para evitar ser gicos para evitar ser ““esponjaesponja””
ü
ü Não haverNão haveráálugar para militância da lugar para militância da
suspeita suspeita
Crescimento do misticismo
Crescimento do misticismo
religioso e esoterismo
religioso e esoterismo
üü DescrenDescrençça na razão (modernidade tardia)a na razão (modernidade tardia)
ü
ü Busca pelo Busca pelo ““home m(deus)home m(deus)--interiorinterior””
ü
ü NeoNeo--pentecostalismopentecostalismo, Nova, Nova--EraEra
ü
ü DescrDescréédito contra instituidito contra instituiççãoão
ü
Crescente processo de
Crescente processo de
seculariza
seculariza
ç
ç
ão
ão
üüO homem neste novo sO homem neste novo sééculo crê mais em seu culo crê mais em seu
pr
próóprio potencialprio potencial
ü
ü DDescarteescarte de Deus e a entronizade Deus e a entronizaçção do ão do
homem
homem
ü
ü De um lado, estDe um lado, estáácrescendo o misticis mo crescendo o misticis mo
religioso e esoterismo, de outro, est
religioso e esoterismo, de outro, estáá
havendo a predominância de uma
havendo a predominância de uma
mentalidade tecnocrata
mentalidade tecnocrata--secular que nega a secular que nega a
transcendência da vida e os meios de
transcendência da vida e os meios de
comunica
comunicaçção em massa disseminam esses ão em massa disseminam esses
conceitos.
conceitos.
Predominância num
Predominância num
é
é
rica de
rica de
jovens e idosos
jovens e idosos
üüPirâmide populacional Pirâmide populacional àà alteraalteraçção do perfilão do perfil
ü
üSerSeráá preciso treinar lideranpreciso treinar liderançça capacitada a a capacitada a
lidar com os desafios da juventude e dos
Amplia
Amplia
ç
ç
ão da lideran
ão da lideran
ç
ç
a da
a da
mulher
mulher
üü A mulhe r estA mulhe r estáádescobrindo que tambdescobrindo que tambéém m éé
gente
gente –– tem sentimentos, pensa e pode fazertem sentimentos, pensa e pode fazer
ü
ü AmpliaAmpliaçção da tensão macho vs. fêmeaão da tensão macho vs. fêmea ... O teu desejo ser
... O teu desejo seráápara o teu marido e ele te governarpara o teu marido e ele te governaráá((G nG n3.16) 3.16)
ü
ü Tanto o machismo como o feminismo são Tanto o machismo como o feminismo são
produto de uma deturpada compreensão do
produto de uma deturpada compreensão do
papel da mulher e do home m na sociedade
papel da mulher e do home m na sociedade
ü
ü SerSeráápreciso definir claramente o papel da preciso definir claramente o papel da
mulher como cristã, atrav
mulher como cristã, atravéés de um profundo s de um profundo
e
e desapaixadodesapaixado estudo deste assunto na Bestudo deste assunto na Bííblia, blia,
à
àluz dos ensinos de Jesusluz dos ensinos de Jesus
Processo de urbaniza
Processo de urbaniza
ç
ç
ão em
ão em
convulsão
convulsão
üü AmpliaAmpliaçção da urbanizaão da urbanizaçção, mas tambão, mas tambéém sua m sua
degrada
degradaççãoão
ü
üFacilidade de vida vs. Qualidade de vida nos Facilidade de vida vs. Qualidade de vida nos
grandes centros urbanos
grandes centros urbanos
ü
üTensões sociaisTensões sociais
ü
üAumento da violência urbana e suburbanaAumento da violência urbana e suburbana
ü
üSaturaSaturaçção no trânsitoão no trânsito
ü
üFuga das populaFuga das populaçções financeiramente mais ões financeiramente mais
capazes para
Aumento de doen
Aumento de doen
ç
ç
as
as
ocupacionais e da urbanidade
ocupacionais e da urbanidade
üü““A vida cotidiana faz mal A vida cotidiana faz mal ààsasaúúdede””
ü
üO exercO exercíício profissional / vida urbana cio profissional / vida urbana cuasacuasa
tensão cont
tensão contíínuanua
ü
üAusência do senso de pertenAusência do senso de pertenççaa
ü
üTraumas sofridos pelas famTraumas sofridos pelas famíílias lias ààdesfragdesfrag-
-menta
mentaççãoão
ü
üAumentos da manifestaAumentos da manifestaçção de doenão de doençças as psicopsico-
-som
somááticasticas
Duas possibilidades de leitura do
Duas possibilidades de leitura do
mundo
mundo
O caráter é essencialm ente corrompido e enganoso O caráter humano é
essencialment e bom e confiável
A justiça é vista à luz do que Deus considera reto, correto A justiça é vista do ponto de
vista humano
O sofrimento humano pode ter significado teleológico e pode
ser necessário O sofrimento humano deve ser
evitado a todo custo
Ética objetiva vindo de fonte externa ao homem Ética subjetiva vindo do interior
do homem
Realidade da criação dentro da soberania divina Realidade humana Óptica divina Cosmovisão humana a partir de Deus a partir do homem Leitura teológica Leitura antropológica
Deus não
Deus não escolhe os capacitados, escolhe os capacitados,
capacita os escolhidos.
capacita os escolhidos.
Fazer ou não fazer algo depende tamb
Fazer ou não fazer algo depende tambéém m
da nossa vontade e perseveran
da nossa vontade e perseverançça.a. Albert Einstein
Albert Einstein
Não
Não devemos orar por tempos fdevemos orar por tempos fááceis,ceis,
mas por l
mas por lííderes fortes de carderes fortes de carááter. ter.
Não devemos orar por tarefas iguais ao
Não devemos orar por tarefas iguais ao
nosso poder, mas por poder
nosso poder, mas por poder
igual
igual ààs nossas tarefass nossas tarefas.. Philip
PhilipBrooksBrooks
Web-site:
www.etica.pro.br
www.etica.pro.br
E-mail:
rega@etica.pro.br
rega@etica.pro.br
Um mapa do mundo
contemporâneo
uma leitura ético-teológica
por Lourenço Stelio Rega ©
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