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O ESPAÇO DOS HISTORIADORES NAS INSTITUIÇÕES DE
PRESERVAÇÃO E SALVAGUARDA DE PATRIMÔNIOS CULTURAIS: O
CASO DO CONDEPHAAT
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Mestranda pela PUC/SP, Bolsista Cnpq.
E-mail: talitadsm@yahoo.com.br
Orientadora: Profª Drª Heloísa de Faria Cruz.
Resumo:
A preocupação com a proteção e preservação do patrimônio cultural brasileiro começou a tomar forma no início do século XX com as denúncias feitas pelos intelectuais modernistas das cidades históricas em caso de abandono e descaso. Ao longo do século XX houve medidas governamentais que criaram instituições responsáveis pela preservação e salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro – em 1937 foi criado a SPHAN, atualmente chamado - IPHAN. Assim, no caso do estado de São Paulo, por exemplo, a criação de um órgão de defesa do patrimônio deve – se a embates políticos entre a elite paulista e o governo federal, pois essa elite buscava ser representada na identidade nacional. O estado de São Paulo foi pensado e elaborado durante a primeira metade do século XX e efetivado no ano de 1969 – pois os intelectuais da época defendiam que a História de São Paulo estaria imbricada com a história do Brasil. Em análises que fiz dos processos de tombamento do Condephaat e leituras de obras sobre a instituição, notei que a presença do historiador no conselho se iniciou, principalmente, entre as décadas de 1970 e 1980. Dessa forma, neste texto irei fazer uma discussão de como ocorre o trabalho do historiador em uma instituição de preservação e salvaguarda do patrimônio estadual de São Paulo.
Palavras-chave: Espaço Profissional do Historiador; Patrimônio Documental; Condephaat;
Segundo o presidente do Iphan, Luíz Fernando de Almeida, os indicadores sobre
políticas públicas aplicadas a área da cultura são lastimáveis. Almeida afirma que a cultura
devia ser parte integrada ao projeto de desenvolvimento nacional. Sabemos que a luta dos
profissionais que trabalham nesta área lutam, há muitos anos, por mais investimentos e
valorização do intelectual que trabalha nessa área, no entanto, o governo federal tem outros
planos que são mais importantes (para eles, é claro) do que o investimento na área cultural.
Assim, posso afirmar que são raros os momentos em que encontramos historiadores
trabalhando nas áreas culturais. Se estão trabalhando nessa área, não entraram com o nome
de historiógrafo, e sim, normalmente, com o cargo de Oficial Administrativo.
O que quero dizer com essas poucas linhas escritas é que o espaço do historiador na
área da cultura, de uma forma geral, comumentemente é rara ou até mesmo desvalorizada.
Dessa forma, no que se refere à área do patrimônio cultural, são raros os lugares em que
encontramos historiadores trabalhando até mesmo como Oficial Administrativo da instituição,
sendo mais comum estarem neste local para estudar as fontes necessárias as suas pesquisas.
Mas o que significa Patrimônio Cultural?
Quando discutimos a definição de patrimônio cultural no Brasil, De acordo com
Célia Reis Camargo, as expressões patrimônio, patrimônio cultural, patrimônio histórico,
patrimônio histórico e artístico, patrimônio histórico e cultural são utilizados frequentemente de
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forma imprecisa e generalizada. Desse modo, não é fácil fazer uma discussão que envolva
os significados destes conceitos. A forma que utilizamos esse conceito vem da forma em
que o Estado a utiliza. Segundo a autora, o que podemos saber a partir dessas expressões
utilizadas é que na maioria das vezes em que o Estado a emprega é para justificar práticas de
preservação e de proteção quando lhe são atribuídos. A autora também afirma que:
Na verdade, o termo mais freqüentemente usado é patrimônio cultural que, entretanto, aparece
na maioria das vezes como sinônimo de patrimônio histórico. O melhor exemplo está no próprio
nome, dado ao órgão oficial de proteção, em 1937, o SPHAN, Serviço do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, o atual IPHAN (Instituto, ao invés de Serviço). Embora a noção de história
encabece o título, na prática suas ações estiveram assentadas sobre o critério estético de seleção
dos bens que foram objeto de inscrição e tombamento
1.
Seguindo a mesma linha de discussão, Maria Cecília Londres Fonseca em sua obra
discute a trajetória da política federal de preservação do patrimônio histórico e artístico
nacional até os anos 80. Em sua pesquisa, ela acaba abordando pontos de vista divergentes
a respeito do tratamento do patrimônio cultural. Essas desarmonias desencadeiam, em dois
momentos diferentes da história do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, mudanças na atitude de preservação do patrimônio histórico e artístico em nosso
país. Esse trabalho se objetiva em duas questões fundamentais: a concentração de bens
culturais - além da sua preservação no cenário urbano atual; e a questão da cidadania na
definição do que deve ser preservado como patrimônio cultural.
A perspectiva do trabalho é primordialmente histórica: procurei montar uma narrativa a partir
do qual seja possível distinguir categorias universais como memória, tradição, monumento, de
formulações particulares – como patrimônio e preservação – e continuidades de diferenças
2.
Diversos autores desta área discutem essa questão
3. Dentre eles podemos citar Marly
Rodrigues. Ela defende que a noção de patrimônio ampliou – se e hoje é entendida como
parte da memória da sociedade e que, além de conservar um amplo e diversificado conjunto
de bens, se incluem também os “documentos históricos, em geral depositados em arquivos
públicos e privados, e o meio ambiente” (RODRIGUES, 2000, pg. 145).
Desse modo, Camargo afirma que, normalmente, o termo mais utilizado pelos estudiosos
desta área é o de patrimônio cultural que também pode aparecer como sinônimo de patrimônio
histórico. No entanto, podemos afirmar que estes dois termos, o cultural e histórico, de certa
forma, estão interligados devido à valoração dada aos conjuntos de bens – selecionados por
valores históricos, artísticos e/ou culturais, registrados ou tombados pelas instituições de
preservação e salvaguarda do patrimônio cultural. Para Célia, adotar a expressão patrimônio
histórico, significa fazer menção ao vasto universo de:
“bens de valor informativo permanente para o conhecimento da realidade social, passada ou
presente, independentemente de outros valores que se lhes possa atribuir, incluindo o valor
artístico. Significa referência aos bens, objetos, textos, edificações, obras de arte, artefatos
em geral, livros, sítios, enfim todo e qualquer registro material que possa ser encarado como
documento” (1999, pg.14).
1
CAMARGO, Célia Reis. A Margem do Patrimônio Cultural. Estudo sobre a rede institucional de preservação
do patrimônio histórico no Brasil (1838-1980). Assis, UNESP, 1999. Tese de Doutorado em História, pg. 3.
2
FONSECA, Maria C. L. O Patrimônio em Processo. Trajetória da política federal de preservação no Brasil.
Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, IPHAN, 2005, pg. 20.
3 Podemos citar além de Célia Reis Camargo: Maria Cecília Londres Fonseca, Márcia Regina Monteiro Chuva, Antonio Augusto Arantes, Marly Rodrigues, entre outros.
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Outro conceito comumente utilizado quando estudamos patrimônio é a “memória”.
Preservar o patrimônio nada mais é que preservar suporte da memória local, regional,
nacional, entre outros. Le Goff defende que normalmente o Estado procurar conservar bens
do passado para que no presente a população se sinta representada em seu país. Assim,
a memória é ligada a vida social que varia em função da presença ou da ausência da escrita e é
objeto da atenção do Estado que, para conservar os traços de qualquer acontecimento do passado,
produz diversos tipos de documento/monumento, faz escrever a história e acumular objetos
4.
A partir da obra de Le Goff, podemos entender que o Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico , Arqueológico, Artístico e Turístico – CONDEPHAAT do estado de São Paulo é
uma dentre as diversas instituições de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural que
nada mais quer a não ser
Tornar – se senhores da memória e do esquecimento, pois é uma das grandes preocupações
das classes, grupos, dos indivíduos que dominaram e dominam as sociedades históricas. Os
esquecimentos e os silêncios da história são reveladores destes mecanismos de manipulação da
memória coletiva (idem, pg. 422).
Quando Piere Nora descreve os “os lugares de memória” como sendo o local onde
estes nascem e vivem dos sentimentos que não há memória espontânea, “no qual é preciso
criar arquivos, que é preciso manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios
fúnebres, notoriar atas, porque essas operações não são naturais (grifo nosso
5)”.
Podemos afirmar, também, que essa vontade coletiva de preservar a memória está
associada ao que Paulo Knauss diz que as sociedades contemporâneas inventaram os
“lugares de memória”, localizados em museus, bibliotecas, arquivos, catálogos, datas, festas
e comemorações, testemunhando a sua própria transformação. Assim, os arquivos são “uma
construção das formas contemporâneas de promoção de memórias, registro de que nós
vivemos num tempo distinto dos anteriores” (2009, pg. 9).
A instituição de um órgão de defesa do patrimônio cultural para o Estado de São Paulo
deve – se a embates políticos entre a elite paulista e o governo federal - iniciados no início do
século XX e institucionalizado no ano de 1969 – pois essa elite buscava ser representada na
identidade nacional. No artigo de Luiza Helena Novaes sobre o Centro de Documentação
do TUCA, a autora afirma que a criação de um órgão de preservação de um patrimônio
cultural estadual se deve ao
patrimônio histórico que antes era visto no Brasil pelos órgãos competentes tal quais: SPHAN e
mais tarde o IPHAN, como espaço em especial de consolidação de uma “cultura branca” importada
da Europa. Num segundo momento é visto de maneira diferenciada como se propõe pensar a
própria lista de inventário dos bens tombados da década de 70 e 80, no Brasil (NOVAES, pg. 6,
2009).
Do mesmo modo, a autora descreve que os tombamentos ocorriam em locais específicos
que o governo federal pensava ser um lugar de memória do país – enfatizando, principalmente
edifícios construídos no período colonial:
Os tombamentos ocorriam em particular em igrejas e santuários religiosos cristãos, começam
em dado momento a ter uma nova repercussão no âmbito dos órgãos responsáveis, bem como
na própria luta de historiadores e da sociedade em geral por esses espaços de memória e o que se
4 LE GOFF, Jacques. História e Memória. Edições 70, vol. 1, 2000, pg. 419.
5
Piere Nora. “Entre Memória e História: a problemática dos lugares”. In: Projeto História, São Paulo, nº
10, dez. 1993, p. 13.
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deseja recordar, pensando em Nora
6, já que estamos esquecendo, em algum lugar temos de ter
elegido como espaço de memória, os restos de uma sociedade que se esquece de si mesma (op.
Cit., pg. 6, 2009).
Assim, utilizando como base o artigo 216 da Constituição Federal de 1988, o significado
de patrimônio cultural brasileiro para o governo federal são:
os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores
de referência à identidade, a ação, a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira, nos quais se incluem: I – as formas de expressão; II – os modos de criar, fazer e viver; III
– as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV – as obras, objetos, documentos (grifo nosso),
edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico – culturais; V – os conjuntos
urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico
e científico.
Do mesmo modo, a constituição estadual, no artigo 260 diz que:
Constituem o patrimônio cultural estadual os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referências à identidade, à ação e à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II -
as criações científicas, artísticas e tecnológicas; III - as obras, objetos, documentos, edificações e
demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; IV - os conjuntos urbanos e sítios
de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Percebe-se que ambos os artigos dão o mesmo significado no que se refere ao conceito de
patrimônio cultural brasileiro, no entanto, para se preservar o patrimônio estadual precisava
– se criar um órgão (semelhante ao órgão de preservação federal – o IPHAN). Assim, na
constituição estadual, no artigo 261 promulgou – se que:
O Poder Público pesquisará, identificará, protegerá e valorizará o patrimônio cultural paulista,
através do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do
Estado - CONDEPHAAT, na forma que a lei estabelecer.
Assim, como ambas a constituição federal e estadual procura a preservação do patrimônio
cultural brasileiro, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico
e Turístico – CONDEPHAAT do estado de São Paulo, foi pensado e elaborado durante a
primeira metade do século XX e efetivado no ano de 1969 com o objetivo de preservar e
proteger o patrimônio histórico do estado de São Paulo. Até o momento, o Condephaat tem
aproximadamente 387 bens tombados
7.
No entanto, como objetivo desta comunicação é fazer um reflexão quanto ao espaço
do historiador nestas instituições e, como historiadora, percebi, no momento em que tive de
fazer pesquisa para minha pós-graduação, que historiador em instituições de preservação e
salvaguarda é algo muito raro nestes órgãos.
Vemos historiadores como conselheiros da instituição quanto ao parecer de tombamentos,
mas como funcionários é muito difícil.
Analisando o quadro de conselheiros que fizeram parte do Condephaat de 1969 e
1987 e também por depoimentos atuais de pesquisadores que visitam a sede da instituição,
6 NORA, Pierre. “Entre Memória e História: a problemática dos lugares”, In: Projeto História. São Paulo: PUC, n. 10, pp. 07-28, dezembro de 1993.7 Mais informações sobre o Condephaat ver: < www.cultura.sp.gov.br >. Ver também: FONSECA, Maria C. L. O
Patrimônio em Processo. Trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, IPHAN, 2005.
RODRIGUES, Marly. Imagens do Passado: a instituição do patrimônio em São Paulo, 1969-1987. São Paulo: Ed. UNESP, Imprensa Oficial, CONDEPHAAT, 2000.
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percebemos a “pouca” presença do historiador nesta instituição.
No entanto, tivemos historiadores (como conselheiros) que muito contribuíram para a
área do patrimônio, como:
Ulpiano Menezes;
1.
Marly Rodrigues;
2.
Edgar Carone;
3.
Antonio A. Arantes (Antropólogo, na realidade);
4.
Do mesmo modo, apesar de termos 18 instituições na composição do Conselho
– entre elas docentes da UNICAMP, USP e UNESP, o historiador como servidor
público para trabalhar no Condephaat sempre esteve em falta nesta instituição.
3. Conclusão:
O espaço do historiador em instituições de “suportes da memória” está sempre limitado,
seja por falta de estrutura governamental ou por falta de interesse por parte dos profissionais
de história, visto que as grades curriculares dos cursos de História no estado de São Paulo dão
pouca importância à área do patrimônio cultural como espaço profissional do historiador.
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