GT Inclusão Digital em Comunidades Tradicionais
1a. Reunião - Brasília, 21 de junho de 2010
PAUTA
Legitimidade da Ação de Inclusão Digital em Comunidades
Tradicionais
Embasamento Legal
Comunidades Beneficiadas
Programa Telecentros.BR
Apresentação da Rede Mocambos e Rota dos Baobás
Discussão de Princípios da ação
Exemplo: projeto político pedagógico da Casa Brasil; outras experiências
na Oficina Paralela
Legitimidade da Ação de Inclusão Digital
em Comunidades Tradicionais
Considerando a importância dessa iniciativa para o fortalecimento
institucional das comunidades envolvidas, espera-se instituir
um Grupo de Trabalho para Inclusão Digital de Comunidades
Tradicionais.
O papel desse grupo de trabalho é pactuar as responsabilidades de
todas as instituições envolvidas e registrá-las num Documento de
Princípios assinado por todas.
A portaria está em fase de análise jurídica e deve ser publicada em
junho. (assim informado em 21 de maio, em Itacare)
O Papel do Estado
•
O Poder Público, comprometido com preceitos constitucionais de
erradicar a pobreza e valorizar a diversidade cultural do povo
brasileiro, tem o papel de fomentar essas novas formas associativas,
indissociáveis da sociedade da informação. Em outras palavras, fosse
outra a conjuntura política e econômica mundial, essa ação de
inclusão digital em comunidades tradicionais não seria possível no
mesmo paradigma de etnodesenvolvimento.
Criando uma Instância de Discussão
•
A inclusão digital capitaneada pela SEPPIR, através da Secretaria de
Políticas para Comunidades Tradicionais, vem articular os diversos
atores sociais que atuam junto a essas comunidades para garantir um
projeto político pedagógico adequado ao fortalecimento e autonomia
das comunidades.
CNPIR
•
A proposta de criar, através de Portaria Ministerial, um Grupo de
Trabalho de Inclusão Digital para Comunidades Tradicionais, teve
parecer contrário
da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil,
que considerou legítima para discutir essa temática a instância de
representação da sociedade civil na SEPPIR, o CNPIR – Conselho
Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
Comissão Temática
•
O encaminhamento mais viável, agora, é
este grupo
hoje reunido propor ao CNPIR a criação de uma
Comissão Temática
para tratar da inclusão digital em
comunidades tradicionais.
•
Em todo lugar, os quilombolas e indígenas vivem em conflito fundiário;
seja com grandes empresas, exploradoras dos recursos naturais, seja com
a legislação ambiental que restringe a atividade econômica nas áreas de
preservação ambiental sobrepostas aos territórios dessas comunidades.
•
Faltava ao Estado reconhecer a importância das comunidades tradicionais
para a diversidade cultural do país, e também para a sociobiodiversidade,
já que durante séculos estas populações mantiveram uma relação
equilibrada e sustentável com os recursos naturais.
•
Para as comunidades tradicionais, preservar a biodiversidade significa
conservar seus direitos aos recursos naturais, conhecimentos tradicionais e
sistemas de produção próprios. Diversos estudos atestam serem as
populações tradicionais responsáveis, em grande parte, pela diversidade
biológica de nossos ecossistemas, produto da integração e do manejo da
natureza em moldes tradicionais.
Paradigma de Desenvolvimento
•
Uma breve passada pelos sites na Internet das redes
sociais de comunidades tradicionais e de economia
solidária pode informar sobre a visão de mundo que
essas comunidades vêm construindo através das suas
práticas de desenvolvimento local e organização.
Embasamento Legal
O Decreto 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, instituiu a Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, que
tem entre seus objetivos garantir nos programas e ações de inclusão
social recortes diferenciados voltados especificamente para os povos e
comunidades tradicionais.
O Programa Nacional de Apoio a Inclusão Digital nas Comunidades –
Telecentros.BR foi instituído pelo Decreto 6.991/2009, publicado no
Diário Oficial da União em 28/10/2009.As diretrizes operacionais são
estabelecidas na Portaria Interministerial MP/MCT/MC Nº 535/2009,
publicada no Diário Oficial da União em 04/01/2010.
Programa Telecentros.BR
O Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades –
Telecentros.BR é uma iniciativa do Governo Federal no âmbito do
Programa Inclusão Digital, para a implantação e manutenção de
telecentros pelo país.
A coordenação-geral é realizada por um colegiado composto pelos Ministérios
da Ciência e Tecnologia, das Comunicações e do Planejamento, sendo este
último o responsável pela coordenação executiva do Programa.
Em fevereiro de 2010 foi aberto edital para apoio à implantação e
fortalecimento de telecentros. Essas propostas foram mobilizadas pela
SEPPIR junto a entidades parceiras:
Ministério do Meio Ambiente – 36 comunidades tradicionais
Rede Mocambos – 80 comunidades
CETRAB – 10 comunidades
APBR – 08 comunidades
Comunidades Beneficiadas
Conferir lista impressa, com distribuição no cronograma de
implantação dos telecentros:
Julho a setembro 2010
Distribuição dos Telecentros por região
0 5 10 15 20 25 30 35 telecentros região norte região nordeste região centro-oeste região sudeste região sulRede Mocambos
Pretende-se que todas as comunidades tradicionais quilombolas, ciganas, indígenas e de terreiro sejam reunidas na Rede Mocambos.
A Rede Mocambos é uma rede solidária de comunidades quilombolas, indígenas, terreiros de matriz africana, ribeirinhas e caiçaras, que busca a utilização e
apropriação das tecnologias de informação e comunicação como estratégia
fundamental para desenvolvimento de ações conjuntas das comunidades envolvidas, além de, com isso, exercer o direito humano à comunicação.
O objetivo geral da Rede Mocambos é integrar as comunidades tradicionais em um processo de troca de informações, valores e tecnologias que contribuam para o desenvolvimento social sustentável e a valorização da sabedoria popular e da produção local. Outros objetivos da Rede são implementar ações de geração de renda, manejo sustentável dos recursos naturais e produção cultural.
Projeto Político-Pedagógico
exemplo: projeto político pedagógico da Casa Brasil
outras experiências na Oficina Paralela
Proposta do Ministério do Meio Ambiente:
O Ministério do Meio Ambiente(MMA) unificou suas demandas nas áreas de interesse ambiental no Programa de Inclusão Digital do MMA.O objetivo central é que cada unidade desta Rede seja aderente ao conceito de pólo de divulgação e fomento de modelos de ação eco-eficientes.
O MMA entende que os telecentros serão instrumento de acesso aos meios de comunicação, o que facilitará a produção de conteúdo local e a disseminação do material desenvolvido pelo MMA. O Programa de ID do MMA pretende que sua proposta se articule numa Rede Nacional que venha a ser instrumento para agregar o desenvolvimento de conteúdos e temas relativos a Gestão e Sustentabilidade Socioambiental, disponibilizando módulos de Educação Ambiental coerentes com compromissos de monitoramento e manejo sustentável dos recursos naturais para capacitar toda população atendida por cada unidade. Pretendemos, ainda, ter em cada unidade de
telecentro um polo disseminador e multiplicador do temário de interesse ambiental, como a
temática do Lixo Eletrônico e a decorrente necessidade de criar alternativas de ampliação da vida útil dos equipamentos e de se dar destino adequado ao lixo tóxico.
Projeto Político Pedagógico
1) OBJETIVO GERAL: Fortalecimento Institucional
Fortalecimento Institucional, Presença nas Redes Sociais de Comunicação e
Representatividade em Conselhos:
•
articulação das comunidades beneficiadas com as dos seus entornos e
divulgação da estratégia
•
articulação das comunidades beneficiadas com o poder público e outros
parceiros para a sustentabilidade
•
articulação das comunidades beneficiadas, entre si, através da Rede
Mocambos
Projeto Político Pedagógico
2) METODOLOGIA
Oralidade
Núcleos de Formação Continuada
Pajelança Quilombólica Digital
Projeto Político Pedagógico
3) CONTEÚDO
Elementos da Matriz Africana;
Produção de Conteúdos Próprios e Comunicação Multimídia;
Trabalho Colaborativo em Software Livre
Empreendimentos Econômicos Solidários;
Lei 10639, Guia de Tecnologias Educacionais do MEC;
Ferramentas de Gestão de Projetos
A idéia é viabilizar parcerias desde já, e elaborar projetos para conveniar em 2011, focando no projeto de fortalecimento institucional das comunidades e na utilização das TICs para viabilizar ações de etnodesenvolvimento em cada comunidade. FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL: projeto de formação de lideranças a partir
das TICs (oficinas de software livre, trabalho colaborativo, midia ativismo, elaboração de projetos, controle social e acesso a políticas públicas)
Parceiros: GESAC/MINICOM / SERPRO / FBB / MP / MMA / OUTROS
ETNODESENVOLVIMENTO: economia solidária baseada na agricultura familiar, no artesanato e no turismo de base comunitária.
Parceiros: MDA / MDS / SEBRAE / MTE / MMA / MTUR / CAIXA / ELETROBRÁS / PETROBRÁS / FUNDAÇÃO ODEBRECHT
Inclusão Digital em Comunidades Tradicionais
Encaminhamentos
1) organizar cronograma de discussão e validação do projeto
político-pedagógico
2) organizar contato com CNPIR e legitimação da Comissão Temática
3) contato e mobilização das comunidades que serão beneficiadas para
assegurar a sua adequação (rede elétrica, estratégia de captação dos
recursos da contrapartida, gestor e monitor responsáveis pelo
telecentro, apoio Rede Mocambos mais próximo)
Formação Elementar para Elaboração do Projeto
Político-Pedagógico
participar da 9a Oficina de Inclusão Digital;
navegação nos portais das redes sociais propostas, com foco na Rede
Mocambos;
biblioteca do portal inclusaodigital.gov.br;
sua própria contribuição
Recursos
Rede Mocambos
1) Recursos humanos para suporte técnico às entidades locais;
2) formação continuada em ferramentas tecnológicas, cidadania e
promoção da igualdade racial
SEPPIR
1) apoio logístico, em forma de diárias e passagens para a equipe da
Rede Mocambos;
2) acompanhamento permanente das ações:
3) articulação de novas parcerias
Competências
a) Compete à SEPPIR: (em discussão)
I – Designar equipe técnica e manter interlocução com as comunidades para o cumprimento de suas atribuições;
II – Assegurar que as instituições beneficiárias atendam aos requisitos e critérios exigidos pelo Programa Nacional de apoio à Inclusão Digital nas Comunidades; III – Mobilizar as demais instituições parceiras da SEPPIR, com vistas a participar e
viabilizar informações, pautas e revisão técnica de conteúdos;
IV – Apoiar a elaboração e implementação do Projeto Político Pedagógico dos Telecentros;
V – Divulgar, através do site da SEPPIR e outros veículos de comunicação, o andamento das ações e resultados obtidos;
VI – Apoiar a construção de uma rede permanente de articulação e construção de alternativas de sustentabilidade aos Telecentros;
VII – Apoiar institucionalmente os parceiros e construir alternativas para captação de recursos que contribuam para o financiamento das atividades acessórias que
Competências
b) Compete à Casa de Cultura Tainã: (em discussão)
I - Designar equipe técnica qualificada para o suporte às ações;
II – Contribuir para a mobilização dos atores locais na implementação dos Telecentros;
III – Colaborar com a elaboração do Projeto Político Pedagógico de cada Telecentro, em conjunto com SEPPIR e atores locais;
III – Divulgar, através do site da Rede Mocambos e outros veículos de comunicação, o andamento das ações e resultados obtidos;
IV – Colaborar com a execução da agenda de atividades dos Telecentros;
V – Acompanhar e monitorar o andamento dos Telecentros sob sua coordenação e fornecer as informações solicitadas pelo Programa Telecentros.BR;
VI – Disponibilizar informações para utilização do sistema de monitoramento do Programa Telecentros.BR;
VII – Monitorar presença e participação dos bolsistas nos cursos de formação a serem oferecidos no âmbito do Programa Nacional de Apoio aos Telecentros;
VIII – Monitorar realização de cadastramento de usuários das unidades em sistema de gerenciamento unificado fornecido pelo Programa Nacional de Apoio aos
Telecentros.
Competências
c) Compete à entidade local, beneficiada com o telecentro:
Assegurar o custeio de limpeza, segurança e manutenção geral do espaço físico Garantir acesso universal e gratuito; critérios de priorização que considerem a
disponibilidade de tempo dos usuários e o seu perfil sócio-econômico
Definir seus horários de funcionamento, respeitando o mínimo de 30 horas semanais, em função de atividades formativas que serão realizadas através de parcerias
Assegurar a manutenção ordinária dos equipamentos, com suporte técnico via email, voip e telefone, pela Casa de Cultura Tainã e/ou Núcleo de Formação mais próximo
Estruturar Conselho Gestor do telecentro Definir critérios para seleção de bolsistas
Recursos Humanos envolvidos
Equipe de educadores, oficineiros, e articuladores da Casa de Cultura Tainã e dos Núcleos de Formação - aproximadamente 20 pessoas, muitas em caráter voluntário. Equipe e recursos da SEPPIR para viabilizar articulação de comunidades em nível
nacional e promover os encontros de formação.
Equipes de organizações da sociedade civil e de programas governamentais de Inclusão Digital: GESAC, SERPRO, Programa Cultura Viva, Coletivo Digital, entre outros.
Equipe dos órgãos parceiros regionais, como Secretarias estaduais ou municipais de Ciência e Tecnologia, Igualdade Racial, Cultura e Educação.
Telecentros.BR
comunidades tradicionais
Acompanhamento
Brasília, 21 a 24 de junho de 2010
9ª Oficina de Inclusão Digital
Oficina Paralela
“Inclusão Digital no Universo de Matriz Africana”
23 de junho de 2010, às 14 horas
no CET/ CNTC – Centro de Eventos e Treinamentos da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
na SGAS 902, Bloco C – Asa Sul, Brasília/DF
1ª parte - Experiências
Rede Mocambos – TC Silva, produtor cultural – Ponto de Cultura Casa de Cultura Tainã, São Paulo Pedagogia Griô - Líllian Pacheco, pedagoga –– Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô, Bahia
Mídia étnica - Paulo Rogério, publicitário - Instituto Mídia Étnica, Bahia
Educação quilombola - Socorro Guterres, pedagoga – Centro de Cultura Negra do Maranhão mediação: Cynthia Sims, comunicadora, SEPPIR
2ª parte - Roda de conversa
Absorvendo a experiência dos palestrantes, qual deve ser o Projeto Político Pedagógico dos Telecentros em Comunidades Tradicionais?
Contatos
SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República
Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais (SUBCOM)
www.portaldaigualdade.gov.br
(61) 3322-4946