PORTABILIDADE DE PLANOS DE SAÚDE
PósGraduação em Direito Médico e da Saúde
-Prof. Joseval Martins Viana (Aula n. 46)
• Trato sucessivo e prazo indeterminado • Renovação automática
• Proibida a cobrança de taxa ou qualquer outro valor na renovação do contrato
• Vigência mínima de um ano
Resolução Normativa n. 186, de 14 de janeiro de 2009, da Agência Nacional de Saúde (artigo 3º)
• Contratos a partir de 1999 ou adaptados à Lei n. 9.656/98
Dispensa de carência na mesma ou em outra operadora, atendendo os seguintes requisitos:
I – Estar adimplente com a antiga operadora. II - Cumprir o prazo mínimo de permanência
III – O plano de destino deve ser compatível com o plano de origem.
IV – O valor da mensalidade deve ser igual ou inferior ao plano de origem.
V - O plano de destino não pode estar “suspenso” ou “cancelado”.
Artigo 13 da Lei n. 9.656/98
• Os contratos de planos de saúde têm renovação automática a partir do vencimento do prazo inicial de vigência, não cabendo a cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da renovação.
• Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput, contratados individualmente, terão vigência mínima de um ano, sendo vedadas:
I - a recontagem de carências
II - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, salvo por fraude ou não pagamento da mensalidade por período superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos últimos doze meses de vigência do contrato, desde que o consumidor seja comprovadamente notificado até o quinquagésimo dia de inadimplência
III - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, em qualquer hipótese, durante a ocorrência de internação do titular.
Artigo 17 da Lei n. 9.656/98
• A inclusão de qualquer prestador de serviço de saúde como contratado, referenciado ou credenciado dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei implica
compromisso com os consumidores quanto à sua manutenção ao longo da vigência dos contratos, permitindo-se sua substituição, desde que seja por outro prestador equivalente e mediante comunicação aos consumidores com 30 (trinta) dias de antecedência.
• § 1o É facultada a substituição de entidade hospitalar, a que
se refere o caput deste artigo, desde que por outro equivalente e mediante comunicação aos consumidores e à ANS com trinta dias de antecedência, ressalvados desse prazo mínimo os casos decorrentes de rescisão por fraude ou infração das normas sanitárias e fiscais em vigor
• § 2o Na hipótese de a substituição do estabelecimento
hospitalar a que se refere o § 1o ocorrer por vontade da
operadora durante período de internação do consumidor, o estabelecimento obriga-se a manter a internação e a operadora, a pagar as despesas até a alta hospitalar, a critério médico, na forma do contrato
• § 3o Excetuam-se do previsto no § 2o os casos de substituição
do estabelecimento hospitalar por infração às normas sanitárias em vigor, durante período de internação, quando a operadora arcará com a responsabilidade pela transferência imediata para outro estabelecimento equivalente, garantindo a continuação da assistência, sem ônus adicional para o consumidor.
• Já aprendemos que os contratos de planos de saúde são
regidos pelo Código de Defesa do Consumidor (Súmula 806 do STJ)
• Os contratos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do
art. 1o desta Lei têm renovação automática a partir do
vencimento do prazo inicial de vigência, não cabendo a cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da renovação.
• II - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, salvo por fraude ou não pagamento da mensalidade por período superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos últimos doze meses de vigência do contrato, desde que o consumidor seja comprovadamente notificado até o quinquagésimo dia de inadimplência;
contratual e função social, tendo em vista a natureza do serviço prestado que envolve a saúde de diversas pessoas - Prestação de serviço de saúde destinada a cada um dos beneficiários, que possuem direito individual à manutenção da avença – Possibilidade de denuncia do contrato que deve ser aferida por meio da interpretação analógica do inciso II, do parágrafo único, do artigo 13 da Lei nº 9.656/1998, sendo necessário que esteja presente uma das hipóteses referidas no dispositivo legal, o que não ocorreu na hipótese – Migração de plano empresarial para individual – Possibilidade – Descumprimento da Resolução 19 do CONSU – O Conselho de Saúde Suplementar utilizando-se de seu poder regulamentar concedido pela Lei nº 9.656/98 resolveu que o beneficiário de plano empresarial tem o direito à contratação de plano individual em caso de rescisão do contrato anterior – Sentença mantida – Recursos desprovidos. TJSP; Apelação 1001618-72.2017.8.26.0161; Relator (a): Luis Mario Galbetti; Órgão Julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Foro de Diadema - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 15/06/2018; Data de Registro: 15/06/2018)
DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES. PLANO DE SAÚDE. UNIMED. RENOVAÇÃO ANUAL. CONTRATO CATIVO E DE LONGA DURAÇÃO. RESCISÃO UNILATERAL. DIMINUIÇÃO DA QUANTIDADE DE BENEFICIÁRIOS INSCRITOS NO PLANO. IMPOSSIBILIDADE FRENTE AS ESPECIFICIDADES DO CASO. AFRONTA AOS PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM AS RELAÇÕES DE CONSUMO. ARTIGOS 39, IV, E 51, IV, DO CODECON. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. A cláusula inserta no contrato de plano de saúde que prevê a rescisão da avença de forma unilateral pela operadora do plano transmuta-se em iníqua e abusiva quando impede a renovação da avença por motivações de ordem técnica. (TJSC, Apelação Cível n. 2016.006623-4, de Joinville, rel. Des. Fernando Carioni, Terceira Câmara de Direito Civil, j. 15-03-2016).
• Em razão da idade do consumidor, ou da condição de pessoa portadora de deficiência, ninguém pode ser impedido de participar de planos privados de assistência à saúde.
9.656/98)
-Compromisso com os consumidores quanto à sua manutenção ao longo da vigência dos contratos
-Substituição: permitido desde que seja por outro prestador de serviço equivalente e mediante comunicação aos consumidores com 30 (trinta) dias de antecedência.
Substituição do estabelecimento hospitalar (Art. 14, § 2º, da Lei n. 9.656/98)
Se a operadora substituir o estabelecimento hospitalar durante o período de internação do consumidor, o estabelecimento obriga-se a manter a internação e a operadora, a pagar as despesas até a alta hospitalar, a critério médico, na forma do contrato.
• A substituição de entidade hospitalar da rede credenciada de plano de saúde deve observar: i) a notificação dos consumidores com antecedência mínima de trinta dias; ii) a contratação de novo prestador de serviço de saúde equivalente ao descredenciado; e, iii) a comunicação à Agência Nacional de Saúde (art. 17, § 1º, da Lei 9.656⁄98).